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INTRODUÇÃO

A articulação do joelho recebe várias inserções musculares responsáveis pela mobilidade e estabilidade desta região. A
maioria das inserções existentes são as que se localizam na região anterior da tíbia e também na região patelar.

A existência de uma desproporção entre o potencial muscular e o curto braço de alavanca na tíbia e também a desproporção
pelo pequeno tamanho da patela e sua função de roldana do músculo quadríceps são as causas mais delimitadoras da
patologia músculo-tendínea do nível do joelho.

Com base nesta análise pode-se verificar que a tendinite do tendão patelar é classificada como uma patologia inflamatória
que traz uma série de informações para os devidos interessados em se deteriore num processo seletivo de informações mais
aprofundadas neste pesquisa que se segue. Então como objetivo principal deste trabalho é o de trazer esclarecimentos sobre
a tendinite do tendão patelar ou "joelho de saltador".

1- TENDINITE DO TENDÃO PATELAR

Também conhecida como joelho de saltador ou "jumper's knee", apresenta-se como uma dor na região anterior do joelho. O
tendão patelar corre entre a patela e uma protuberância na superfície anterior e superior da tíbia (tuberosidade tibial). A lesão
desse tendão afeta de modo característico atletas envolvidos em esportes de salto e de arremesso, como badminton,
jogadores de vôlei e basquete e levantadores de peso, e consiste de um ruptura parcial do tendão, freqüentemente no ponto
de sua inserção na patela. Em ambas as situações, prevalece o "overuse" ou o uso exagerado da articulação. É encontrada
também em indivíduos que apresentam alteração da fomoropatelar, o que pontencializa a possibilidade do aparecimento da
tendinite mesmo com atividade física moderada.

As lesões por "overuse" ou por excesso de atividade ocorrem quando existe uma tensão repetida sobre os ossos, com lesões
sobre as estruturas músculo-tendinosas pela incapacidade de auto-regeneração, devido à sobrecarga das estruturas. Uma
combinação de fatores extrínsecos, tais como erros de treinamento ou inadequação do local de treinamento, e fatores
intrínsecos ou anatômicos, tais como alinhamento ósseo das extremidades, diminuição da flexibilidade e deficiência
ligamentar, predispõe o atleta a lesões por sobrecarga. O mal alinhamento das extremidades, incluindo excesso de
anteversão, aumento do ângulo "Q" , torção lateral da tíbia, tíbia vara, genu varum ou valgum, excessivo varo subtalar e
excessiva pronação são alguns dos fatores que contribuem para as lesões sobre o mecanismo extensor.
Essas e outras formas de mal alinhamento têm sido também responsabilizadas pela síndrome da banda iliotibial, fraturas de
estresse e fasciítes plantares. A falta de flexibilidade muscular agrava e predispõe a uma variedade de lesões por excesso de
atividade, especialmente aquelas encontradas em crianças e adolescentes, incluindo a epifisite de tração. O déficit de
flexibilidade muscular pode melhorar sensivelmente com um programa de exercícios de alongamento. Não existe essa
mesma facilidade de tratamento, quando a alteração está relacionada ao mal alinhamento. O uso de goteiras de
posicionamento não tem mostrado resultado clínico animador. O médico deve advertir os pacientes, quando presentes essas
alterações, no sentido de evitar o excesso de atividade que pode levar a lesões, chamando a atenção sobre os fatores que
podem ser evitados.

Além disso, quando comprovada a instabilidade da fomoropatelar, orientar os exercícios de fortalecimento de vasto medial,
com o objetivo de melhorar o posicionamento ou a medialização da patela.

A tendinite patelar é freqüente em indivíduos que fazem atividade esportiva. Ainda não está completamente esclarecida a
causa dessa doença. Estudos históricos vêm sendo realizados para melhor conhecimento da estrutura do tendão e das
patologias que o acometem.

O local mais comum da patologia é o pólo inferior da patela (65%), mas pode haver patologia no pólo superior (25%) e na
inserção tendinosa no tubérculo (10%).

As fibras de colágeno do tendão ficam rotas, com necrose resultante e reparo por proliferação fibroblástica. Como
microrrupturas não resultam em dor, em sensibilidade ou em incapacidade significativas, o atleta continua com a atividade
estressante, provocando mais lesões nos tecidos.

O tendão patelar apresenta ondulações da fibra colágena que são responsáveis pelo alongamento inicial do mesmo, até
aproximadamente 5% de seu comprimento . A partir desse ponto, as fibras perdem a característica de ondulação passando a
adquirir um formato retificado.

Apresenta características próprias, especialmente quando ocorre em indivíduos em crescimento . Dependendo do momento
que surge pode determinar dores na inserção do tendão patelar na tíbia, então chamada de Osgood Schaltter ou dores no
pólo distal da patela, levando o nome de Sinding-Larsen-Johansson. Estas duas entidades, consideradas como
osteocondrites no passado, são responsáveis pela sintomatologia dolorosa ao nível do joelho da maioria dos jovens atletas.

Uma lesão de Osgood-Schlatter , a qual é uma epifisite de tração de tubérculo tibial. Se houver progressão de patologia, o
resultado temível [e uma ruptura do tendão.
A ruptura pode ser palpável com uma patela mais alta do que a outra. É observada a fraqueza de contração do quadríceps
contra a resistência, e a extensão do joelho pode ser impossível.

Quando uma lesão previamente recorrente é estressante e existe um fechamento epifisário imaturo residual, pode ocorrer
avulsão do tubérculo patelar.

A doença de Sinding-Larsen-Johannson é essencialmente uma epifisite por tração do pólo inferior da patela. A epífise
fragmenta-se, surgindo uma necrose avascular. Finalmente aparecem tecidos fibrosos e, depois, ossificação. A patela pode
deformar-se e o tendão patelar torna-se inadequado.

1.1- INCIDÊNCIA

A incidência de tendinite varia significativamente entre adultos e crianças, quanto a sua freqüência e localização no próprio
tendão. Em adolescentes, pode ocorrer uma calcificação da inserção na patela (apofisite) . Em atletas de meia-idade ou mais
velhos, as microrrupturas podem ocorrer em um tendão lesado e degenerado. No seu estágio agudo, essa lesão [e
raramente vista e, se o atleta afetado reassume sua atividade esportiva antes de estar curado, as inflamações ocorrem e
podem trazer problemas prolongados e recorrentes.

Tentando esclarecer essas diferenças, foi realizado um trabalho como objetivo de estudar quantitativamente as ondulações
da fibra colágena do tendão patelar humano em adultos e crianças, dividindo-o em três regiões: terço proximal, médio e
distal. Comparou-se as três regiões do tendão entre si e o grupo de adultos com o grupo de crianças. Para tanto, estudou-se
o tendão de cadáveres de 9 adultos e 8 crianças analisadas sob microscópia óptica e com luz polarizada. Verificou-se haver
menor número de ondulações no terço proximal do tendão patelar de adultos quando comparados com os terços médio e
distal. Não existe diferença entre o número de ondulações nas três regiões do tendão patelar em crianças e o número de
ondulações no terço proximal e medial do tendão patelar em crianças em crianças é o maior do que em adultos.

Pelos trabalhos encontrados na literatura, parece haver uma coincidência entre o local de maior incidência de tendinite
patelar em adultos, no terço proximal, com um menor número de ondulações; as crianças, que apresentam maior número de
ondulações ao longo de todo o tendão, apresentam incidência muito menor de tendinites.

1.2- CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA

A classificação da manifestação clínica da tendinite do tendão patelar é útil para uma graduação da gravidade do quadro.

Grau 1 - dor apenas após atividade, sem limitação funcional


Grau 2 - dor no início da atividade, desaparecendo após o aquecimento, retornando após atividade ou a fadiga.

A diferença anátomo-patológica entre os graus 3 e 4 é a ruptura, devendo portanto ser um alerta importante as
manifestações clínicas no grau 2 para 3 e, principalmente, no grau 3 para 4.

1.3- FISIOTERAPIA DAS TENDINITES POR USO EXCESSIVO

Os tendões são estruturas pouco vascularizadas formados de 30% colágeno do tipo 1,2% de elastina e elasticidade e a
quantidade de água e capacidade de deformação elástica.

O colágeno submetido a constante tensão modifica a sua estrutura molecular, perdendo a resistência.

A elastina mantém as características de deformação elástica até 4% do comprimento original do tendão, além destes valores
a deformação pode ser plástica e definitiva. Com 8% de alteração no comprimento total já ocorre a ruptura.

A solicitação constante e excessiva, muitas vezes além do limite de elasticidade e resistência do tendão, determina
mudanças na sua estrutura molecular e histológica, provocando processo inflamatório reacional . A presença do processo
inflamatório determina graves modificações estruturais que favorecem a deformação plástica do tendão e as microrrupturas.

Sob este processo a seqüência de exercícios determinará acentuação de processo inflamatório facilitando novas rupturas.

1.4- ETIOLOGIA

Diversas causas podem determinar o processo inflamatório reacional, que provocará a tendinite por uso excessivo.

As mais importantes são:


1- Patologia inflamatória de base - os pacientes portadores de doenças inflamatórias apresentam menor resistência ao
esforço na transição músculo-tendínea. O exemplo característico é o paciente portador de gota úrica.

2-Mau alongamento da musculatura justarticular - A função muscular é basicamente elástica, sendo necessário o correto
alongamento para ocorrer completa excursão sem resistência passiva. A retração da musculatura torna necessária uma força
antagonista maior para a realização do movimento, além de representar um estado de maior rigidez inicial para o músculo
efetor. Esta é sem dúvida a causa mais freqüente de tendinites ao nível do joelho, pois a maioria dos músculos são longos
com funções biarticulares.

3-Atividade física eventual - a neuromodulação d deformação dos tendões é feita pelos corpúsculos de Golgi das células, e
ocorre segundo uma evolução e adaptação . A atividade eventual não propicia esta evolução na neuromodulação, além de
determinar solicitações desarmônicas, fato que não ocorre no atleta bem treinado.

4-Início tardio da atividade esportiva - a má adequação, aliada à perda de água, que ocorre fisiologicamente após a terceira
década, determina condições desfavoráveis para o início de atividade física após os 35-40 anos.

5-Esforço constante e repetido- o tendão é um teclado mal vascularizado, tendo limites ao realizar as suas trocas
metabólicas. A constância, aliada ao movimento repetido, impede uma correta adequação metabólica do tendão.

6-Alterações anatômico-estruturais - pacientes portadores de desvios angulares ou torcionais dos membros inferiores
exigirão maior esforços da estrutura músculo-tendínea para a realização do movimento.

1.5- DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é baseado na história e no dolorimento que ocorre à palpação do tendão, próximo à patela (na maioria dos
casos) ou no terço médio deste tendão.

O quadro clínico de uma tendinite está sempre relacionado ao fator esforço. É muito raro que apenas atividades de vida
diária sejam suficientes para provocar dor ao nível das inserções tendíneas.

A introdução de prática esportiva, ou apenas a mudança no ritmo de treinamento, pode determinar o quadro doloroso.

A localização da dor é próxima das inserções ósseas ou da transição músculo-tendínea.

Os fenômenos flogísticos locais são raros, podendo ocorrer aumento de volume da região.

O exames laboratoriais por imagem é útil em casos avançados, quando podemos verificar através do ultra-som ou da
ressonância magnética sinais de ruptura parcial.
O ultra-som diagnóstico para comprovação da patologia e parâmetro de evolução do tratamento, onde veremos o
espessamento do tendão correspondendo ao processo inflamatório local.

O exame radiológico dos tecidos moles pode mostrar edema e calcificação (em adolescentes) e dar suporte ao diagnóstico.

1.6- SINTOMAS

- Dor sobre o tendão (freqüentemente em seu ponto de inserção no pólo inferior da patela) durante esforço, por exemplo em
flexões do joelho com peso.
- Dor, dolorimento e enrijecimento após esforço. A pessoa machucada pode entrar num típico ciclo de dor.
- A dor [e desencadeada se o quadríceps é contraído, sobrecarregado a patela e o tendão.
- Aumento da sensibilidade, às vezes localizada distintamente na inserção do tendão na patela.

Os sintomas da tendinite se manifestam em geral em adultos jovens. Sem correlação com alteração radiológica na maioria
dos pacientes e sem correlação com um incidente único ou trauma local . AL-DURI e KUJALA discordam dessa teoria e
concluem que as contusões diretas e repetidas do joelho no solo podem ser responsáveis pelo aparecimento da tendinite
patelar

1.7- TRATAMENTO DO "JOELHO SALTADOR"

É obrigatório o reconhecimento precoce de mudanças patológicas significativas no complexo tubérculo-tibial-patelar anterior


do joelho. Como a condição ocorre sobre maneira em atletas competitivos bastantes motivados e de início não prejudica a
função, mas meramente apresenta desconforto, diminuindo ou mesmo modificando as atividades atléticas, ela é de difícil
solução.

No estágio inicial, em que qualquer desconforto após a atividade se reduz, embora recorra logo após, o tratamento consiste
em:

1- Repouso do membro. Isso significa:


a) Descontinuidde da atividade atlética por vários meses.
b) Evitar que o joelho se dobre completamente, evitar acocorar-se e evitar subir e descer escadas.

2- Aplicação loca de gelo por períodos de 20 minutos pelo menos quatro vezes ao dia.

3- Medicação oral antiinflamatória. Devem-se evitar as injeções locais de esteróides, pois há evidências de que o colágeno
do tendão pode ser afetado de forma adversa por esse tipo de injeções.

4- Evitar colocar talas ou ingessar, pois isso desencadeia a fraqueza e a atrofia precoce do quadríceps.

5- Devem ser feitos "exercícios de aquecimento" antes de reiniciar as ati idades, incluindo:
a) Estiramento suave e progressivo dos isquiotibiais e do tendão de Aquiles.
b) Exercícios suaves, progressivos e isométricos de quadríceps.
c) Exercícios isotônicos progressivos para ativar o quadríceps.

6- Aplicação local de calor à parte anterior do joelho antes da atividade atlética.

7- Avaliação da pronação e genu valgo ou varo com órtese apropriada. Uma órtese elástica do joelho tem sido recomendada
como sendo benéfica e vale a pena tentar quando se recomeça a atividade atlética.

8- Uso de um sapato atlético bem-acolchoado com palmilhas adequadas.


A descoberta de potencial para o joelho do saltador e sua progressão exigem que o atleta saiba que deve relatar
imediatamente a recorrência dos sintomas e até mesmo a possibilidade da necessidade de suspensão da participação
atlética. O treinador e os pais do atleta devem ser incluídos no cuidado com ele.

Se houver recorrência, e especialmente progressão dos sintomas e relutância do atleta em suspender sua participação, pode
ser indicada a intervenção cirúrgica. O procedimento cirúrgico exato baseia-se na experiência do cirurgião, pois não há, até o
momento, nenhum procedimento-padrão. O procedimento recomendado por Colosimo e Bassett corrige o local e o tipo de
patologia dentro do tendão. OS achados histopatológicos são alterações mixomatosas, interrupção do alinhamento da fibra
colágena e substituição por tecido fibrocartilaginoso. Como cada camada de tendão patelar e examinada, o tecido patológico
é debridado e os tecidos contíguos são reaproximados e saturados. A reabilitação é iniciada imediatamente após a cirurgia
com exercícios do quadríceps para verificar a tolerância do paciente. A volta às atividades atléticas tem sido efetivamente
dentro de seis meses.
2- CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

As ondulações do tecido colágeno, encontradas em todos os tendões, têm uma grande importância na fase inicial do
alongamento do tendão e, portanto, na sua biomecânica. Acredita-se que essas ondulações são fator de proteção ao tendão,
principalmente naqueles movimentos em que o tendão é submetido à sobrecarga intensa e repentina. Vários autores
submeteram tendões de animais e humanos a uma tração e verificaram que as ondulações estão presentes apenas na fase
inicial da curva resultante desse teste, que varia entre 3 a 5% da deformação do tendão, dependendo do autor.

As características morfológicas dos tendões dos atletas, tais como resistência, elasticidade e extensibilidade, poderiam,
segundo FERRETTI e cols. (1985) estar relacionada às tendinites.

FERRETTI (1985) refere que a tendinite afeta em ordem e freqüência a inserção do tendão patelar na patela, a inserção do
tendão do quadríceps na patela e finalmente a inserção do tendão patelar na tuberosidade da tíbia.

Podemos acrescentar a todas essas hipóteses a de que a tendinite nessa região proximal do tendão patelar ocorre em
função do menor número de ondulações encontrado. Vimos que nos adultos, o número de ondulações é significativamente
maior no terço distal no proximal. As tendinites ocorrem na grande maioria das vezes no terço proximal, exatamente no local
menos favorecido quanto ao número de ondulações.

O fato da patela ser móvel faz com que a inserção patelar do tendão em seu pólo distal seja também mais móvel e, portanto,
menos sujeita às trações intensas no momento inicial da contração do tendão. Isso permitia menor proteção e, portanto, um
número menor de ondulações. Esse equilíbrio seria quebrado quando da solicitação exagerada dessa região durante
exercícios intensos repetidos ou com carga mais elevada, provocando um estiramento do tendão acima de 5% de seu
comprimento.

A menor quantidade de ondulações no terço central talvez possa ser explicado pelo fato das trações se iniciarem sempre
pelas extremidades. Isso justificaria a menor necessidade de proteção da região e conseqüentemente menor número de
ondulações.

As tendinites na criança são praticamente inexistentes. Uma das hipóteses para isso seria a maior concentração de
ondulações nas três regiões, quando comparamos com o grupo de adultos. O terço médio é o que apresenta menor número
de ondulações. Talvez isso também possa ser explicado pelo fato das trações se iniciarem a partir da periferia, protegendo o
terço médio do tendão patelar.

3- PESQUISA

No estudo realizado por WOOD e cols. (1988), comparam-se quatro grupos de ratos, sendo que em dois deles os ratos
corriam em uma esteira e, em dois outros, os ratos não faziam exercícios. Os ratos escolhidos para correr foram aqueles que
ao serem colocados na esteira para serem testados apresentaram melhor desempenho.
Um grupo sedentário e um grupo que corria na esteira foram submetido à injeção com anabolizantes. Ao final de 6 semanas,
após aumento progressivo do tempo de corrida dos animais até atingir 15min/dia, 5 dias por semana, com velocidade de 1
Km/h, os animais foram sacrificados. O grupo 1, que fazia exercícios e tomava anabolizantes, foi o que apresentou maior
diferença quanto à morfologia das ondulações, seguido do grupo 2 que apenas exercitava, do grupo 3 que não fazia
exercícios, mas tomava anabolizantes e, por fim, do grupo 4 que não se exercitava e não tomava anabolizantes. Esse
trabalho mostra influência da atividade física sobre as ondulações e conseqüentemente uma influência em seu
comportamento mecânico. Podemos supor que a carga sobre os tendões, influenciada pela marcha pode ser fator de
modificação na estrutura das ondulações. Podemos inferir também que dependendo da carga imposta ao tendão haverá uma
reação proporcional das ondulações do colágeno. Esse talvez seja um fator que justifique que a atividade física deva ser
aumentada lenta e progressivamente, permitindo uma adaptação da estrutura à carga que está lhe sendo imposta. Podemos
também inferir desse trabalho que o terço distal do tendão deva realmente sofrer maior tensão e que o maior número de
ondulações nele encontrado seja adaptação a essa solicitação
CONCLUSÃO

Lembrando-se que o tendão é uma parte da unidade musculotendinosa, geralmente tem-se observado tendinite patelar em
pacientes que têm sido induzidos a realizar trabalhos de alta velocidade ou alta resistência antes do tecido estar pronto para
esses estresses. Portanto, de acordo como que foi exposto no corpo desse trabalho é importante que os pacientes não
sejam induzidos a realizar atividades de alta repetição de estresse, como isociméticos em alta velocidade, com um esforço
máximo, até que o indivíduo seja fisiologicamente capaz de suportar essas atividades. Essas atividades devem progredi
como estresses de sobrecarga graduais no paciente, enquanto os sinais e sintomas clínicos são continuamente reavaliados.

BIBLIOGRAFIA

PETERSON, Lars. MD Phd . BENSTRON, Per, Md, Phd, Traumas no esporte, Sua prevenção e Tratamento, , ed. Britânica.

CAILLIET , Bene . Dor no Joelho, , ed., Artmed, 3ª edição

Lesão no menisco; Quadríceps; Insuficiência mitral; Cisto no joelho; Dor na esteira; Vertigem e mal-estar

POR JOSÉ MARQUES NETO (jmarquesneto@hotmail.com)

LESÃO NO MENISCO
Como assinante, sempre leio sobre diversos tipos de contusões (relatos de leitores e matérias dos colaboradores da
revista) e nunca acreditamos que pode acontecer com a gente. Treino em média 70 km por semana, tenho 1,75 m e
peso 73 kg , 49 anos e faço academia cinco vezes por semana (membros superiores), participo de corridas há 10
anos e nos últimos 3 completei dez maratonas. No começo de abril, durante um longo no final de semana, senti
dores no joelho e terminei o treino me arrastando. Dias depois fiz uma ressonância magnética do joelho direito, cujo
resultado anexo, e procurei um especialista, que me disse que deveria ser submetido a uma cirurgia. O mundo
desabou em minha cabeça, pois iria participar da Maratona de Florianópolis e da de Porto Alegre. Gostaria de ouvir
a opinião de vocês, que sempre trazem palavras de otimismo para corredores com lesões diversas.
José Luiz Scalzer, Cariacica, ES

Apesar da lesão meniscal ter uma indicação cirúrgica em diversas situações, creio que você não só deva procurar
mais especialistas para obter outras opiniões sobre o caso, como também tentar tratamentos ditos conservadores
num primeiro momento, como a fisioterapia e a acupuntura, para observar e sentir quais são os resultados. De
qualquer forma, seu histórico mostra que correu dez maratonas nos últimos 3 anos, que me parece um exagero,
principalmente se seu ritmo foi forte. Os treinos para maratonas, como todos nós sabemos, impõem uma carga de
trabalho sobre as estruturas músculo-esqueléticas do nosso corpo, e isto pode ter contribuído para sua lesão atual
e para o quadro clínico que está enfrentando. Reveja seu calendário de competições, além de procurar outros
especialistas e discutir sobre alternativas de tratamento.

QUADRÍCEPS
O meu joelho esquerdo começou a doer no início de janeiro, e fui diminuindo os treinos até parar e procurar por
ajuda médica. O laudo dos exames de tomografia e ressonância, foram os seguintes: entesopatia / tendinopatia
calcificada do quadríceps; discreta degeneração do ligamento patelar; condropatia patelar grau II; mínimo
derrame articular. O médico passou uma fórmula de antiinflamatório para ser tomada por 30 dias e durante esse
período parar com as corridas, mas fazer musculação com objetivo de fortalecer o quadríceps. No final deste
período começar a trotar. Fiz tudo conforme solicitado, mas no primeiro trote de 2 km a 7 min/km, a dor voltou.
Perguntas: Este problema é comum? Existe um motivo para esta calcificação no tendão? Existe algum tratamento
alternativo? A cirurgia é a melhor saída? Estou muito abalado com tudo isto, pois corredor parado é uma
tristeza... Aproveito para parabenizar pela revista. Faz 12 anos que assino e é a primeira vez que escrevo para
vocês.
Edson Irineu dos Santos, São Caetano do Sul, SP

Tanto a entesopatia calcificada do tendão do quadríceps quanto a condropatia patelar são problemas comuns que
atingem praticantes de atividade física. Além de uma predisposição genética individual, a causa pode ser atribuída
a uma carga exagerada de esforço sobre estas estruturas, ou ainda um preparo inadequado da musculatura da
região, podendo também contribuir alterações biomecânicas no movimento de corrida, que são mais difíceis de
serem determinadas. O tratamento conservador, como a fisioterapia e/ou a acupuntura, é indicado, pois não creio
que ainda tenha tentado esta alternativa; a opção cirúrgica deve ser considerada apenas quando se esgotarem
outros tipos de tratamento. O alongamento deficiente da musculatura do quadríceps também pode contribuir, e
muito, para a ocorrência deste problema. Portanto, discuta com seu fisioterapeuta esta possibilidade.

INSUFICIÊNCIA MITRAL
Peço que me tirem uma dúvida. Fiz um ecocardiograma que revelou o seguinte: refluxo mitral mínimo com
conseqüente insuficiência mitral de grau mínimo. Gosto muito de correr e queria saber se esse diagnóstico vai
interferir nos meus treinos e competições.
Manoel Teotonio da Silva, São Paulo, SP

A insuficiência mitral de grau mínimo não deve lhe trazer repercussão clínica, mas você necessita agendar uma
avaliação com um cardiologista para lhe apresentar o resultado deste exame, se é que você já não o fez. Aliás, por
quem foi pedido este exame, e por qual razão? Havia alguma suspeita clínica de refluxo da válvula mitral? Você
apresentava algum sintoma de cansaço excessivo, falta de ar, ou algo semelhante? Creio que o cardiologista possa
lhe orientar neste sentido.

CISTO NO JOELHO
Tenho cisto no joelho esquerdo. Dói dia e noite; tomo Profam, mas não pára de doer. Isso tem cura, com
remédios?
Josenir das Chagas, Itaboraí, RJ

Seu cisto de joelho é provavelmente um cisto de Baker, ou deve ser desta forma que esteja descrito no exame que
você realizou. Este cisto é mais um achado do exame de imagem do que um diagnóstico em si, já que ele
representa que houve alguma lesão em seu joelho, proveniente de entorse, trauma, sobrecarga etc. A quantidade
de líquido na articulação aumenta devido ao processo inflamatório, e este se acumula na porção posterior do
joelho, distendendo a cápsula articular e formando o tal do cisto de Baker, que é visualizado pelo exame de
imagem. Você necessita de consulta com um ortopedista especializado em medicina esportiva para verificar a
razão da formação do cisto e a detecção da lesão no seu joelho, assim o tratamento específico pode ser iniciado e
você poderá voltar em breve às corridas.

DOR NA ESTEIRA
Tenho uma dúvida / problema que vem me deixando perplexo já há algum tempo. Durante treinos na areia ou
asfalto não sinto nenhum tipo de dor; contudo, quando o treino é na esteira (dias chuvosos ou muitos atribulados)
aparecem pequenas dores ou um pequeno incômodo nos tornozelos e joelhos durante e logo após a sessão. A
intensidade é a mesma que utilizo quando corro pelas ruas e os calçados também. Alguém já passou por isso e/ou
a revista pode me ajudar a esclarecer?
Cleber Santana, Santos, SP
Existe a possibilidade de você estar imprimindo um ritmo mais veloz na esteira do que nas ruas, já que na esteira
você tem o movimento da mesma, que auxilia na superação da inércia. Na areia, como o piso é normalmente mais
irregular, você deveria experimentar mais dores após seus treinos, porém não é o que está ocorrendo. Peça para
algum professor de Educação Física observar sua corrida na esteira para lhe dizer se sua postura ao correr não
está muito alterada.

VERTIGEM E MAL-ESTAR
Há cerca de dois anos comecei a sentir vertigem, idêntica à crise de labirintite, durante provas de 10 km.
Atualmente isso tem acontecido inclusive em corridas de 21 km. Nos meus exames de laboratório está tudo bem,
assim como nos testes de esforço. Tenho prolapso de válvula mitral, assintomática, e ruptura de disco lombar.
Também fiz exames com otorrino e não apareceu nada. Só tenho a crise quando corro rápido, durante longo
tempo. Vem o mal-estar, seguido da vertigem; se eu parar, piora, gira tudo. Então eu fico trotando até passar, sem
mexer o pescoço, às vezes peço ajuda de algum corredor. Se parar, tenho ânsia de vômito, então vou sentindo o
mal-estar até terminar. Será que algum leitor passou pelo mesmo problema e conseguiu resolver? E peço que me
indiquem qual especialista que eu deveria procurar.
Anna Perez, Rio de Janeiro, RJ

Creio que você possa começar sua investigação com dois especialistas distintos, que são o ortopedista e o
neurologista. No seu caso, torna-se importante descartar algum problema que esteja afetando a coluna cervical,
pois você relata que já possui uma alteração na coluna lombar, ou algum problema neurológico não apontado
pelos exames que já realizou. Esteve recentemente no cardiologista? Seu prolapso de válvula mitral sempre foi
assintomático, ou isto já faz tempo que foi diagnosticado e não houve um acompanhamento apropriado? Vale a
pena também consultar seu cardiologista para verificar se não houve nenhuma mudança neste sentido. Tenha
cuidado, e bons treinos.
Fisioterapia

Condromalácia Patelar e Condropatia Patelar

É a inflamação e o desgaste na cartilagem da articulação do joelho, localizada entre a patela (rótula) e o fêmur (osso
da coxa).

Causas:

Mais comum em mulheres devido à predisposição física, porém também tem uma grande incidência em homens.
Essa articulação é muito solicitada em atividades como corrida, musculação, ginástica e em esportes em geral,
quando estes são realizados de maneira excessiva, de forma inadequada ou o indivíduo tem uma predisposição à
instalação da lesão a articulação femoro-patelar primeiramente fica inflamada e se os agentes causadores
persistirem a cartilagem vai se desgastando até a articulação virar um contato de osso com osso (artrose).

Dentre as causas podemos destacar:

• Treino excessivo;
• Fraqueza muscular (principalmente do músculo vasto medial oblíquo);
• Atividades de impacto;
• Falta de alongamento (encurtamento muscular);
• Predisposição biomecânica.

Sintomas:
Dor na região anterior (na frente do joelho) após atividades, dor ao subir e descer escadas, dor após longos períodos
com o joelho flexionado (“dobrado”), crepitação (estalidos), falseio no joelho e outros.

Tratamento:

A fisioterapia sempre é indicada, porém em alguns casos e conforme o grau (grau IV) da lesão também é
recomendado o tratamento cirúrgico.

• Grau I - amolecimento da cartilagem;


• Grau II - fragmentação ou fissuras na cartilagem;
• Grau III - fragmentação ou fissuras na cartilagem com uma área maior;
• Grau IV - erosão e perda da cartilagem.

Mais uma vez o trabalho global é de fundamental importância, pois vários fatores influenciam nesta patologia,
como o encurtamento dos músculos posteriores da coxa, pois estes se encurtados dificultam o movimento de
extensão (“esticar”) do joelho aumentando o atrito na cartilagem. Também podemos destacar o tipo de pisada no
qual o pé pronado (“pé chato”) tende a influenciar para um joelho valgo (com desvio interno) o que proporciona um
maior estresse na face lateral da cartilagem da patela. Enfim, são vários fatores que devem ser eliminados, por isso
o tratamento global é muito importante, sendo geralmente necessário um trabalho de cinesioterapia (alongamento,
fortalecimento, propriocepção, etc.), trabalho de terapia manual e postural (liberação dos músculos encurtados) e
recursos físicos que contribuam para a cicatrização e melhora dos sintomas (microcorrente, crioterapia,
eletroterapia, etc.)

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