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Disciplina: Empreendedorismo Período: 5º

Parte nº 01

Objetivo Geral do Curso

Desenvolver a capacidade empreendedora dos alunos do Curso de Administração,


estimulando e dando ferramentas para criação de novos negócios.

 Aspectos históricos

Empreendorismo no Brasil

No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a


abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma
condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores
que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos
e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou
mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder
competir e voltar a crescer.

O governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a


economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia
voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho. Investidores
de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram.
Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de trabalhadores.

As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas:

 Técnicas: envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser


organizado, saber liderar e trabalhar em equipe.
 Gerenciais: incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa
(marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão,
planejamento e controle).
 Características pessoais: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia,
persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão
pelo que faz.

Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o sucesso nos negócios
depende principalmente de nossos próprios comportamentos, características e atitudes, e não
tanto do conhecimento técnico de gestão quanto se imaginava até pouco tempo atrás. No
Brasil, apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer concluíram o
ensino fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos empreendedores
possuem formação superior. Quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país, maior
será a proporção de empreendedorismo por oportunidade

Síndrome do Empregado

A palavra síndrome do empregado nasceu com o personagem "Seu André" do livro O


Segredo de Luísa do autor brasileiro Fernando Dolabela. "Seu André" preocupado em
explicar a ineficácia de grande parte dos empregados da sua indústria, disse: "eles estão
contaminados com a síndrome do empregado".

 Desajustado e infeliz, com visão limitada.


 Dificuldade para identificar oportunidades.
 É dependente, no sentido que necessita de alguém para se tornar produtivo.
 Sem criatividade.
 Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descuida de outros
conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua especialidade.
 Dificuldade de auto-aprendizagem, não é auto-suficiente, exige supervisão e espera
que alguém lhe forneça o caminho.
 .Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a
cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evolução do setor.
 Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender, especializar-se a
melhorar somente no que já existe.
 Mais faz do que aprende.

 Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de


comunicações.
 Tem medo do erro, não trata como uma aprendizagem.
 Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços.
 Não sabe ler o ambiente externo: ameaças,
 Não é pró-ativo.

Razões do empreendedorismo

O empreendedorismo busca a auto-realização que quem utiliza este método de trabalho,


estimular o desenvolvimento como um todo e o desenvolvimento local, apoiando a pequena
empresa, ampliando a base tecnológica, criar empregos, evitar armadilhas no mercado que
está incidindo. E re-orientar o ensino brasileiro para a velocidade nas mudanças, novas
tendências internacionais, adaptar-se ao novo mercado, com ética e cidadania.

Partes envolvidas

Características Gerente Empreendedor Intra-empreendedor


Liberdade de ação e
Liberdade de ação, Auto-
Motivação Poder recompensa
motivação
Organizacional
Delega a sua Arregaça as mangas,
Atividades Delega mas colabora
autoridade Colabora com os outros
Negócios, Gerência e Empreendedor com mais
Competência Administração, Política
Política habilidade Política
Acontecimentos Dentro e fora da empresa,
Interesses Tecnologia e mercado
internos da empresa mercado
Erros são evitados, mas
Erros Evitar erros Aprendizagem com erros
aprende-se com eles
Interage do assunto Visão e decisão própria,
Decisões Fundamentação
para depois delegar Ação versus Discussão
Se o sistema não o Acomoda-se ou provoca
Sistema Burocracia o satisfaz
satisfaz, constrói o seu curto-circuito
Relações Hierarquia Negociação Hierarquia "amiga

Características

Uma pessoa empreendedora precisa ter características diferenciadas como originalidade,


ter flexibilidade e facilidade nas negociações, tolerar erros, ter iniciativa, ser otimista, ter
auto-confiança e ter intuição e ser visionário para negócios futuros. Um empreendedor é um
administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma política para a empresa,
ter diligência, prudência e comprometimento.

As coisas podem ficar melhores" Um empreendedor deve acreditar que o modelo atual pode
ser melhorado. Ele compreende que não será nada fácil traduzir esta frase em resultados e por
isso, é a primeira pessoa a aceitar o desafio de mudar. É a primeira pessoa a se responsabilizar
caso algo falhe em toda a trajetória do empreendimento. Empreendedores gostam de
mudanças.

A arte de ver mais longe e evoluir com erros" Através de mudanças, se obtém experiências
e estas, traduzem-se em ciência, que por sua vez é utilizada para fins evolutivos. Logo não
parece ser apenas um golpe de sorte, quando observamos elevado know how de
empreendedores em ambientes de negócios.

Quando há evolução, há melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas que não


apreciam situações de normalidade ou mediocridade.

Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de enxergar o invisível. A
isso, intitúla-se a famosa máxima: Empreendedores possuem visão.

"Empreendedores adoram não como resposta" Inovações em corporações e corporações


com inovações, surgem em sua maioria das vezes, em momentos de necessidade. Momentos
de necessidade demandam grandes soluções, que por sua vez, demandam grandes
idealizadores. Para qualquer solução necessária, exigi-se riscos e tentativas. Riscos e
tentativas costumam estar presentes em ambientes dinâmicos e hostis. Em resumo, alguém
precisa ter "estrutura" profissional e emocional para ir em direção contrária do fluxo
praticado. Em primeira estância e, em 99% das vezes, o primeiro feedback solicitado trará
péssimos incentivos. "Não, isto não vai dar certo". Empreendedores adoram não como
resposta, eles seguem adiante exaurindo possibilidades e visionando o por vir.

Obs: Para falar de empreendedorismo faz-se necessário falar sobre educação, portanto,
logo abaixo está contido o conceito de educar.

 Conceito de educar
“ Segundo Moran(2005, p.25), Educar é colaborar para que professores e alunos – nas
escolas e organizações – transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.
É ajudar os alunos na construção de sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional, do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais
tornando-se cidadãos realizados e produtivos

 Conceitos/significados de empreendedorismo/empreender

 Dicionário Aurélio: Empreender – 1. Propor-se, tentar (ação, empresa


laboriosa e difícil). 2. Pôr em execução.
 Definição via Web site http://www.priberam.com – v.tr.: tentar, experimentar,
decidir-se a fazer alguma coisa; resolver; pôr em execução; v. int.: cismar,
sentir apreensões.
 “É o indivíduo capaz de identificar oportunidade em seu ambiente atual,
mesmo em meio a crises”. (Kirner, 1973)

 Origem da palavra

A palavra empreender deriva do latim “imprehendere”, onde “in”= ponto de aplicação


de esforço + “prehendere’’= ato de prender ou ato de agarrar a coisa, e fora incorporada à
língua portuguesa no século XV.

(ESPÍRITO EMPREENDEDOR + LIBERDADE DE AÇÃO + OPORTUNIDADE)

 Quem é o empreendedor

 É o indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;


 Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na
forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer propaganda dos seus
produtos ou serviços, agregando novos valores;
 Funcionário que introduz inovações em uma organização.

…Peter Drucker (2004), por exemplo, entende que não é necessário aos
empreendedores causar as mudanças, mas os vê como aqueles que exploram oportunidades
que as mudanças criam.
Segundo Donabela, o empreendedor é alguém que sonha e busca transformar o seu
sonho em realidade”

 Características geral do empreendedor

 Busca de oportunidade e iniciativa


 Persistência
 Comprometimento
 Eficiência e qualidade
 Correr riscos calculados
 Estabelecimento de metas
 Busca de informações
 Planejamento e monitoramento sistemáticos
 Persuasão e rede de contatos (NETWORKING)
 Independência e auto-confiança

Características

1 - Quanto à natureza

 Todos nascemos empreendedores. A espécie humana é empreendedora.


 Não é novo ou moda: existe desde sempre.
 Não é um fenômeno econômico; é um fenômeno cultural.
 O empreendedor está em qualquer área. Não é somente o que abre uma empresa.
 Empreendedorismo é uma manifestação da liberdade humana.
 Não é um fenômeno individual, não é um dom. É coletivo, é comunitário. A
comunidade tem o empreendedor que merece.
 Precisa de um ambiente favorável:. (democracia, cooperação, estrutura de relação em
rede) (capital social)
 O protagonismo é da sociedade; Estado está fora.

Características

2 - Quanto à ética

 Proposta da Pedagogia Empreendedora: empreendedorismo como instrumento de


desenvolvimento social
 O empreendedor gera valor positivo para a coletividade.

 Não é uma proposta de enriquecimento pessoal

 Empreendedorismo do bem e do mal: ideologia e ética


Características

3 - Quanto à importância para a sociedade

 Responsável pelo crescimento econômico e desenvolvimento social


 Empreendedorismo = sustentabilidade
 Distribuição de renda, poder, conhecimento.
 Iniciativa criadora. Inovação.
 É a melhor arma contra o desemprego

Características

4 - Quanto à importância para o indivíduo

 Objetivo: libertar o empreendedor que existe em todo ser humano.


 Alunos não precisam mudar suas características para serem empreendedores.
 O aluno gera o conhecimento: sonho e estratégia para a realização do sonho.
 Autoria, auto-conhecimento, concepção do futuro, construção do bem estar coletivo;
oferta de valor positivo; trabalho; independência; Autonomia, auto-realização, busca
do sonho.
 Construção da liberdade
 Trabalho

Intra-Empreendedor

 Conceitos/definições

O termo intra empreendedor é uma livre tradução original, em inglês, intrapreneur ,


cunhado por Gifford Pinchot III, em 1978, e representa aquele que dentro da organização
assume a responsabilidade de promover a inovação de qualquer tipo, a qualquer momento, em
qualquer lugar da empresa.

Para Wunderer (2001), o intra-empreendedor é um colaborador da empresa que inova,


identifica e cria oportunidades de negócios, monta e coordena novas combinações ou arranjos
de recursos para agregar valor. Age para atender necessidades latentes e busca fazer de forma
mais eficaz o que já existe.Para Pryor Shayas (1993), o intra-empreendedor é a criação de um
ambiente no qual pode florescer de forma a transformar pessoas comuns, que nunca viram um
cliente, em empreendedores de sucesso que assumem responsabilidades e papéis dentro da
empresa, que muitas vezes, já mais sonharam ser possível.

Motivos que levam o intra-empreendedor a empreender dentro das organizações e


não fora delas.

 Segurança:O empreendedor interno enfrenta menos riscos dentro de sua


empresa do que se tivesse de começar tudo do zero.

 Mais recursos. Caso suas idéias estejam alinhadas com a estratégia


organizacional, a probabilidade de conseguir recursos para concretizar suas
idéias é bem maior do que se estivesse no ambiente externo, tendo que disputar
esses recursos , que vão de capital e pessoas até infra-estrutura (operacional,
marketing, tecnologia, financeiro etc.), com outras entidades.

 Alto valor agregado para organização. Seu poder de contribuição é


potencialmente maior do que o de outros funcionários. Assim como para o
empreendedor o valor agregado também é substancialmente maior em termos
de viabilidade de concretização da idéia do que ele poderia encontrar no
ambiente externo

O comportamento do intra-empreendedor mediante suas competências, segundo o


professor americano Lanny Herron (1993):

Área Descrição
Conhecimento doHabilidades para entender o produto, o desenho, a concepção e o potencial.
produto
Negócio Habilidade para realizar as atividades funcionais de uma organização e
entender o seu funcionamento como um todo
Setor Habilidade para compreender o setor e as implicações de suas tendências e
mudanças.
Liderança Habilidades para motivar e influenciar o comportamento dos subordinados

Rede de contatos Habilidades para criar rede de contatos com pessoas influentes e tomadores de
decisão
Administrativa Habilidade de planejamento e organização de atividades
Empreendedor Habilidades relacionadas ao reconhecimento de oportunidades.

Obs: O intra- empreendedor não pode ser visto como um


gerente criativo. Um gerente possui um vinculo muito
estreito com a organização, enquanto o empreendedor
quer FORMAR sua própria organização.

EMPREENDEDORISMO E ADMINISTRAÇÃO

Peter Drucker consolidou as primeiras definições da economia empreendedora e as uniu


com sua visão sobre novas aplicações da Administração. Drucker entende que Administração,
como foi concebida originalmente, sofreu grandes mudanças, a saber:

 A Administração deve ser aplicada a novos empreendimentos, comerciais, ou


não. Até então se achava que ela era aplicável somente a empresa já existentes;
 A Administração deve abordar pequenos empreendimentos. Até então havia a
certeza absoluta de que ela servia só para grandes corporações;
 A Administração deve enfocar qualquer tipo de organização, inclusive as não
comerciais. Até então se acreditava que ela só servia para empresas com fins
lucrativos.
 A Administração deve incluir pequenas atividades comerciais que não eram
consideradas empresas, como restaurantes, lojas e postos de gasolinas.

Essa nova visão da Administração proporcionou novos enfoques ao ensino e


desenvolvimento do empreendedorismo, justificando a origem dos diversos estudos sobre o
assunto, inicialmente alocados no campo das Ciências Sociais Aplicadas.

O professor Arthur Cole definiu empreendedorismo, em 1959, como ‘’ atividade com


propósito de iniciar, manter e aumentar uma unidade de negocio voltada ao lucro, para a
produção ou distribuição de bens e serviços’’, aproximando mais ainda da definição de
Administração de Drucker.
Empreendedorismo,reside em três elementos localizados no coração da atividade
empreendedora: a inovação, o risco e autonomia.
Tais elementos não são contemplados nem mesmo na nova Administração de Drucker
Dentro do conceito de Drucker, o novo Administrador não inova, não arrisca e não é
independente.
Parte 02
Empreendedorismo

1. Empreendedorismo e os empreendedores

Diversos autores têm estudado e definido empreendedorismo sob diferentes óticas


desde o surgimento do termo há alguns séculos, derivado do verbo francês “entreprendre” que
quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. Os economistas, por exemplo, têm
associado empreendedores com inovação, enquanto os comportamentalistas têm se
concentrado nas características da criação e da intuição dos empreendedores.
Schumpeter (1982), um dos principais estudiosos do tema dentro do enfoque
econômico, associou claramente o empreendedorismo com a inovação. Ele define o
empreendedor como aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de
novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de
novos recursos e materiais. Para ele, o empreendedor é a essência da inovação no mundo,
tornando obsoletas as antigas maneiras de fazer negócios.
McClelland (1972), autor comportamentalista, que aponta como um dos traços mais
importantes do empreendedor a motivação de realização ou impulso para melhorar. Ele
apresenta algumas principais características de um empreendedor bem-sucedido: iniciativa e
busca de oportunidades; perseverança; comprometimento; busca de qualidade e eficiência;
coragem para assumir riscos, mas calculados; fixação de metas objetivas; busca de
informações; planejamento e monitoramento sistemáticos; capacidade de persuasão e de
estabelecer redes de contatos; independência, autonomia e autocontrole.
Embora seja ponto de partida para várias dimensões do processo empreendedor,
Lumpkin e Dess (1996) afirmam que não há um consenso de como caracterizar o
empreendedorismo. Os autores lembram que estudiosos do empreendedorismo tem
desenvolvido diversas tipologias para descrever perspectivas alternativas de
empreendedorismo. Estes sistemas de classificação representam as diferenças entre
empreendedorismo como resultado de várias combinações de fatores individuais,
organizacionais e ambientais que influenciam como e por que o empreendedorismo ocorre.
Ireland et al (2005), afirmam que o construto do empreendedorismo é variadamente
discutido como dizendo respeito a: identificação e exploração de oportunidades (Shane e
Venkataraman, 2000); renovação incorporada (Guth e Ginsberg, 1990); criação de firmas;
inovação (Drucker, 1986); entre outros.
De acordo com Lumpkin e Dess (1996) o essencial ato do empreendedorismo é novo
negócio, que pode ser realizado por entrar em novos ou estabelecidos mercados com novos ou
existentes bens ou serviços. É o ato de lançar um novo negócio por uma empresa iniciante,
por uma firma já existente ou internamente em uma corporação.
Para Drucker (1986), os empreendedores criam algo novo, algo diferente, mudam ou
transformam valores. Eles vêem a mudança como norma e como sendo sadia. Geralmente não
provocam a mudança por si mesmos, mas, e isto define o empreendedor e o empreendimento,
sempre estão buscando a mudança, reagem a ela e a exploram como sendo uma oportunidade.
Para este autor o espírito empreendedor é uma característica distinta, seja de um indivíduo ou
de uma organização.
Segundo Lumpkin e Dess (1996), a lacuna de consenso que existe sobre a definição de
empreendedorismo dificulta o progresso em direção à construção e testagem de uma teoria
geral de empreendedorismo e por conseqüência sua relação com a performance da empresa.
Ireland et al (2005) afirmam que o empreendedorismo é um campo: no qual a pesquisa por
uma teoria distinta de empreendedorismo continua (Phan, 2004); caracterizado por baixo
desenvolvimento paradigmático; estudiosos têm freqüentemente evoluído para avaliar seus
progressos e status como um campo independente de estudos.

2. Orientação empreendedora como diferencial para as organizações

Quanto aos termos, orientação empreendedora e o gerenciamento empreendedor, eles


são utilizados para caracterizar uma organização empreendedora, ou seja, uma organização
que possui uma postura empreendedora. De acordo com Guth e Ginsberg (1990), o tópico de
organização empreendedora envolve dois tipos de fenômenos e os processos circundantes: o
surgimento de novos negócios dentro de organizações existentes; e a transformação de
organizações através de renovação de idéias chaves dentro nas quais ela foi construída.
Segundo Stevenson e Jarillo (1990), o gerenciamento empreendedor reflete os
processos organizacionais, métodos a estilos que uma firma utiliza para atuar de forma
empreendedora. Covin e Slevin (1991) afirmam que organizações com postura
empreendedora são aquelas onde um particular padrão comportamental ocorre
periodicamente. Este padrão invade todos os níveis organizacionais e reflete uma filosofia
estratégica global em efetivas práticas gerenciais.
Miller (1983) aponta para o fato de que existem algumas dimensões que caracterizam
uma orientação empreendedora. Para ele, uma firma empreendedora empenha-se em
produtos/mercados inovadores, empreende com algum risco e atua de forma proativa. Assim,
ele utiliza as dimensões inovação, correr riscos e proatividade para caracterizar e testar
empreendedorismo. Por outro lado, uma firma não empreendedora é aquela que inova muito
pouco, é altamente aversa a riscos, e imita as mudanças de seus competidores ao invés de ser
proativa em suas ações.
Zahra e Covin (1995), afirmam que esta definição de Miller é construída com base no
trabalho de Schumpeter, de 1934, e é consistente com estudos mais recentes como o de Guth e
Ginsberg (1990), assim como tem influenciado outras pesquisas sobre organizações
empreendedoras. Lumpkin e Dess (1996) também apontam para um grande número de
pesquisas que têm adotado uma abordagem baseada nessa conceitualização original de Miller.
A partir dos estudos de Miller (1983), Lumpkin e Dess (1996) acrescentam mais duas
dimensões para caracterizar e distinguir o processo empreendedor: agressividade competitiva
e a tendência para ação independente e autônoma. Assim, para Lumpkin e Dess (1996), cinco
dimensões têm sido usadas como chaves para caracterizar e distinguir o processo
empreendedor: autonomia, inovação, correr riscos, proatividade e agressividade competitiva.
Estas dimensões podem estar presentes quando a empresa se empenha em novo
negócio, entretanto novos negócios bem sucedidos também podem acontecer com apenas
algumas destas dimensões. O quanto cada uma dessas dimensões é útil para predizer a
natureza e o sucesso de um empreendimento pode ser contingente a fatores externos, como o
ambiente de negócios, por exemplo, ou a fatores internos ou ainda a características de
fundadores ou gerentes (Lumpkin e Dess, 1996). Isso corrobora os estudos de Miller (1983),
que apontam para o fato de que o empreendedorismo é integralmente relacionado a variáveis
de ambiente, estrutura, estratégia e personalidade do líder, e que este relacionamento varia
sistematicamente e logicamente de um tipo de organização para outro.
Zahra e Covin (1995), apontam para o fato de que organizações empreendedoras têm
um impacto positivo nas medidas de performance financeira. Segundo os autores, estes efeitos
na performance tendem a ser modestos ao longo dos primeiros anos e crescem ao longo do
tempo, sugerindo que um comportamento empreendedor pode, de fato, contribuir para o
progresso da performance financeira da organização a longo prazo.
Bernardi (2003) afirma que empresas empreendedoras, com alta capacidade
competitiva, centram suas atenções no cliente, nas percepções de valor e utilidade, bem como
nas formas sistêmicas adequadas a cumprir bem seu papel no ambiente. De acordo com
Freitas (1993), para uma empresa ser sempre competitiva deve ser capaz de reagir
rapidamente aos eventos para atingir os objetivos fixados a curto termo, bem como antecipar e
evoluir em harmonia com seu ambiente, para garantir a perenidade a longo prazo.
Para Chagas e Freitas (2001), a empresa empreendedora é aquela que consegue olhar
além do usual, possuindo habilidade de assumir a direção dos processos de transformação e o
mudança de direção de seus recursos. Lesca (apud Freitas, 1993) apontam para uma empresa
ideal, com as seguintes características:
- Rentável a curto prazo e viável a longo prazo;
- Possui uma identidade clara, sabendo o que é, o que quer vir a ser, e como agir;
- É comunicante e participativa, vigilante e previdente;
- É capaz de adaptação à mudança e de aprendizagem inovadora;
- É capaz de esforços para aperfeiçoamento de seus membros;
- É capaz de mobilizar energia e inteligência para atingir seus objetivos.
No ambiente organizacional de rápida mudança e inovação, as organizações precisam
aprender a sobreviver e prosperar, e só poderão fazer isso se aprenderem a ser
empreendedoras.

3. Estímulo ao comportamento empreendedor

Covin e Slevin (1991) afirmam que as organizações podem e devem ser vistas como
entidades empreendedoras e que o comportamento empreendedor pode ser parte das
atividades de uma organização. Eles ainda salientam que como uma postura empreendedora é
um fenômeno comportamental, ela pode ser gerenciada; conseqüentemente este
comportamento pode ser estimulado ou não.
Alguns pesquisadores afirmam que o empreendedorismo é um comportamento
transitório e que nem todas as pessoas o possuem. A partir disso, Shane e Venkataraman
(2000) acreditam que é improvável que o empreendedorismo possa ser explicado somente
pelas características pessoais, mas que tem influência das situações e do ambiente em que elas
se encontram. “A empresa empreendedora trata o empreendimento como um dever; ela é
disciplinada para isso... a trabalhar nele... e a praticá-lo” (Drucker, 1986, p.209). Segundo
este autor, para uma administração empreendedora é necessário que se possua estratégias
empreendedoras e que se desenvolva algumas diretrizes e práticas, entre elas:
- Receptividade à inovação e predisposição para ver a mudança como uma
oportunidade e não como ameaça;
- Mensuração sistemática do desempenho da organização como empreendedora e
inovadora e aprendizado integrado para melhorar o desempenho;
- Práticas específicas pertinentes à estrutura organizacional, à provisão de pessoal e
gerência, e à remuneração, incentivos e recompensas.
Miller (1983) afirma que diferentes organizações provavelmente requerem diferentes
tipos de forças para estimular o empreendedorismo. Segundo o autor, em pequenas empresas
o foco pode ter de ser na liderança.
Morris et al (2000) apontam para o fato de que tem sido dada limitada ênfase na
literatura para os eventos que desencadeiam o comportamento empreendedor. Assim como
existem condições favoráveis que levam empreendedores a agir proativamente iniciando seus
negócios e a perseguir rentabilidade e crescimento, também existem fatores que ativam o
comportamento empreendedor em organizações estabelecidas. Os autores afirmam que os
fatores que desencadeiam o comportamento empreendedor são um importante componente do
processo empreendedor em organizações estabelecidas.

QUESTIONÁRIO:

1-Quem é o empreendedor.
2-A palavra síndrome do empregado nasceu com o personagem "Seu André" do livro
O Segredo de Luísa do autor brasileiro Fernando Dolabela. Descreva quais as
características deste funcionário.
3-Alguns autores apontam para um modelo de empresa ideal, com as seguintes
características. Qual é o modelo citado pelos autores.
4-McClelland (1972), autor comportamentalista, que aponta como um dos traços
mais importantes do empreendedor, é.....
5-As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3
áreas, quais são.
6-Para Chagas e Freitas (2001), a empresa empreendedora é aquela que consegue
olhar além do usual, possuindo habilidade de assumir a direção dos processos de
transformação e a mudança de direção de seus recursos. Lesca (apud Freitas,
1993) apontam para uma empresa ideal, com as seguintes características:
7- O comportamento do intra-empreendedor mediante suas competências, segundo
o professor americano Lanny Herron (1993). Esta relacionado a quais
caracterisiticas.
8- Como você vê o estimulo ao empreendedor.
9- Comente com suas palavras o que são metodos e estilos de uma empresa
empreeendedora.
10- Assim, para Lumpkin e Dess (1996), cinco dimensões têm sido usadas como
chaves para caracterizar e distinguir o processo empreendedor:

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