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- Nariz:
- Seios paranasais: alguns ossos do crânio, entre eles o frontal,
- É dividido em nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais.
maxilar, o esfenoide e o etmóide, apresentam cavidades
- Nariz externo: forma uma pirâmide no plano mediano do denominadas seios paranais. Essas cavidades são recobertas
corpo. A extremidade superior dessa piramide recebe o nome pela mesma mucosa da cavidade nasal, favorecendo a
de raiz e a inferior, a base. Na base, encontram-se duas disseminação de infecções.
aberturas denominadas narinas, que comunicam o meio
- seio esfenóidal: desemboca no recesso esfenoetmoidal,
externo com a cavidade nasal, e são separadas por um septo.
acima da conha superior.
A ponta do nariz é chamada de ápice e entre a ponta e a raiz
estende-se o dorso do nariz. O esqueleto do nariz é formado - células etmoidais: desembocam nos meatos superior e
pelos ossos nasais e porções das duas maxilas (que delimitam médio.
a abertura piriforme), além de 5 cartilagens principais: duas
cartilagens nasais laterais, duas cartilagens alares maiores e - seios frontal e maxilar: desembocam no meato médio.
uma cartilagem do septo.
- Vascularização e inervação da cavidade nasal:
- da artéria esfenopalatina;
- Tubo muscular associado ao sistema respiratório e digestivo. - Está situada anteriormente a faringe, ao nivel de C3 e é
continuada com a traquéia, ao nível de C6.
- Possui tres partes: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
- Ádito da laringe: é considerado a entrada da laringe e encaminha
- Se estende desde o crânio até a vértebra C6, próximo à o ar da parte laríngea da faringe para dentro da cavidade da
cartilagem cricóidea. laringe.
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- Cartilagem Cricóidea: é constituida por um arco anterior, mais
fino, e uma lâmina posterior, mais larga. Lateralmente,
possuem facetas que se articulam com os cornos inferiores da
cartilagem tireóidea.
- Cartilagens corniculadas
- Cartilagens cuneiformes
- Ligamentos e membranas:
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e, através dela, drena para a veia jugular interna. A veia - As veias bronquiais drenam para a veia ázigo e hemiázigo
laríngea inferior se une à veia tireóidea inferior e desemboca na acessória, ou para a veia intercostal superior esquerda.
veia braquiocefálica esquerda.
- As veias traqueais drenam para a v. cava superior ou
- A laringe é inervada pelos ramos laríngeos superior e inferior braquiocefálica e/ou tireóidea inferior.
do nervo vago.
- A inervação simpática é feita pelo tronco simpático e tem
- O nervo laríngeo superior divide-se em dois ramos terminais efeito de broncodilatação; a inervação parassimpática é feita
dentro da bainha carótica: o ramo interno (sensitivo e pelo nervo vago e tem efeito de broncoconstrição.
autônomo) e o ramo externo (motor). O ramo interno, o maior,
perfura a membrana tireohióidea faz a inervação sensitiva da - Pulmões:
laringe. O ramo externo desce posteriormente ao músculo
- Órgãos principais da respiração, estão contidos na cavidade
esternotireóideo para inervar o músculo constritor inferior da
torácica e entre eles há o mediastino.
faringe e o músculo cricotireóideo.
- São orgãos de forma cônica, apresentando um ápice superior,
- O nervo laríngeo inferior, a continuação do nervo laríngeo
uma base inferior e duas faces: costal, em relação às costelas e
recorrente – um ramo do nervo vago – entra na laringe
medial, voltada para o mediastino. A base, também chamada de
passando profundo à margem inferior do músculo constritor
face diafragmática, descansa sobre o diafragma, músculo que
inferior da faringe. Divide-se em ramos anterior e posterior que
separa, internamente, o tórax do abdome.
farão a inervação motora da laringe, suprindo todos os
músculos da laringe com exceção do músculo cricotireóideo, - Se dividem em lobos cujo o número é de 3 para o direito
inervado pelo ramo externo do nervo laríngeo superior. (superior, médio e inferior, separados pelas fissuras oblíqua e
horizontal) e 2 para o esquerdo (superior e inferior, separados pela
- Traquéia:
fissura oblíqua).
- Está localizada entre as vertebras C6 até T4-T5 (ângulo
- Na sua face medial está localizado o hilo do pulmão, pelo qual
esternal).
entram e saem brônquios, vasos e nervos pulmonares,
- É formada por aproximadamente 20 anéis cartilaginosos constituindo a raiz do pulmão.
incompletos unidos uns aos outros pelos ligamentos anulares e,
- Segmentos broncopulmonares: cada lobo é divido em segmentos
posteriormente, o tubo é fechado pelo musculo traqueal, que tem
broncopulmonares que são supridos independentemente por um
disposição longitudinal.
brônquio segmentar e um ramo terciário da artéria pulmonar.
- A região de bifurcação é chamada Carina e a traqueia está
- Pulmão direito:
levemente deslocada para a direita porque a aorta a empurra.
- Lobo superior:
- Brônquios:
- Segmento apical
- Divisão da traqueia.
- Segmento posterior
- O brônquio principal direito da origem a 3 brônquios lobares, que - Segmento anterior
por sua vez dão origem a 10 segmentares, que terminam nos
- Lobo médio:
bronquíolos. Ele é curto, largo e vertical proprício para a
obstrução por corpos estranhos. - Segmento medial
- Segmento lateral
- O brônquio principal esquerdo da origem a 2 brônquios lobares,
que por sua vez dão origem a 8 segmentares, que também - Lobo inferior:
terminam nos bronquíolos. Ele é inclinado, longo e estreito.
- Segmento basilar anterior
- Vascularização e inervação da traqueia e brônquios: - Segmento basilar lateral
- Segmento basilar medial
- As artérias bronquiais, ramos da a. aorta torácica ou das a.a.
- Segmento basilar posterior
intercostais posteriores, consistem em um vaso direito e dois
- Segmento superior
pequenos vasos esquerdos. Elas suprem a traqueia, brônquios,
tecido pulmonar e linfonodos. - Pulmão esquerdo:
- As artérias traqueais, ramos da a. aorta torácica ou a. torácica - Lobo superior:
interna ou do tronco tireocervical, também fazem a irrigação da
traqueia. - Segmento ápico-posterior
- Segmento anterior
- Segmento lingular superior
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- Segmento lingular inferior - Os nervos dos pulmões e da pleura visceral são derivados
dos plexos pulmonares anteriores e (principalmente)
- Lobo inferior: posteriores às raizes dos pulmões. Estas redes nervosas
contém fibras parassimpáticas provenientes dos nervos vago e
- Segmento basilar ântero-medial
das fibras simpáticas provenientes dos troncos simpáticos.
- Segmento basilar lateral
- Segmento basilar posterior - Diafragma:
- Segmento superior
- É o principal músculo da inspiração. Se insere na aponeurose
central.
- É dividido em:
- Vascularização e inervação:
- Músculos da respiração:
- Cada pulmão está envolvido por um saco seroso, a pleura, que
- Inspiração: diafragma, intercostais externos e escalenos (na
apresenta dois folhetos: a pleura visceral (recobre a superfície do
respiração forçada).
pulmão) e a pleura parietal (recobre a face interna da parede do
tórax). Entre os folhetos, há a presença de líquido. - Expiração: intercostais internos e músculos abdomnais.
- A entrada de ar na cavidade pleural (pneumotórax), resultante de
Histologia do Sistema Respiratório
um ferimento penetrante na pleura parietal ou do rompimento de
um pulmão provocado por uma bala, por exemplo, resulta em - Três funções principais são realizadas pelo sistema respiratório:
colapso do pulmão. Costelas fraturadas também podem rasgar a condução do ar, filtração do ar e troca gasosa (respiração). Além
pleura parietal e produzir pneumotórax. O acúmulo de líquido na disso, o ar que passa pela laringe é usado para produzir a fala, e o
cavidade pleural é chamado de hidrotórax e o acúmulo de sangue, ar que passa sobre a mucosa olfatória nas cavidades nasais
hemotórax. transporta estimulo para o olfato.
- Inervação:
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- A porção condutora é responsável por fazer o condicionamento celulas são células tronco. Por fim, encontra-se a célula
do ar: aquecimento, umidificação e remoção de materiais granular, que parece uma celula basal mas possui
particulados. numerosos grânulos com diâmetro 100-300nm. Essas
celulas pertencem ao sistema neuroendócrino difuso.
- Cavidades nasais:
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OEp: Epitélio Olfatório; BG: Glândulas de Bowman; N: Nervos olfatórios; OM: Mucosa
olfatória; A: Artéria: EB: Osso etmóide; Rep: Epitelio respiratório; ES: Seio etmoidal.
- A lâmina própria contém algumas poucas glândulas pequenas e - Submucosa: composta por tecido conjuntivo ligeiramente mais
é contínua com o periósteo. denso que a lâmina própria.
- Laringe:
- Traqueia:
- Os brônquios primários na sua porção extrapulmonar possuem a - O epitélio, nas porções iniciais, é pseudoestratificado colunar
mesma estrutura da traqueia. A medida que se caminha para a ciliado que se transforma gradualmente em um epitélio simples
porção respiratória, observa-se uma simplificação da estrutura, colunar ciliado à medida que o ducto se estreita.
bem como a diminuição da altura do epitélio.
- As células caliciformes diminuem em número, podendo até
- Os aneis cartilaginosos são substituídos por placas de cartilagem mesmo desaparecer.
de forma irregular. As placas são distribuídas em um arranjo linear
ao redor de toda a circunferência da parede, conferindo aos - A lâmina propria dos bronquíolos é delgada e rica em fibras
brôquios uma forma circular ou cilíndrica ao contrário da forma elásticas. Segue-se à mucosa, uma camada de celulas
ovoide com parede posterior achada da traqueia. musculares lisas.
B: Bronquíolo Terminal; C: Cartilagem; BV: Vasos Sanguíneos; L: Nódulos Linfáticos; Setas: Extremidade do
bronquíolo terminal; RB: Bronquíolo respiratório.
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- Ductos alveolares e saco alveolar: corpos multilamelares, elétron-densos, que são
responsáveis pelo aspecto vesiculoso do citoplasma. Os
- A parede dos ductos alveolares é constituída apenas de corpos lamelares originam o material que se espalha sobre
alvéolos. Tanto os ductos alveolares quanto os alvéolos são a superfície dos alvéolos denominado surfactante, que tem
revestidos por epitélio simples plano cujas celulas são como principal função reduzir a tensão superficial dos
extremamente delgadas. Nas bordas dos alvéolos, a lâmina alvéolos.
própria apresenta feixes de músculo liso. O ducto alveolar
desemboca no saco alveolar. - Poros alveolares: o septo interalveolar contém poros que
comunicam os dois alvéolos. Eles têm função de equalização
da pressão do ar e possibilitam a circulação colateral do ar,
quando um bronquíolo é obstruído.
- Alvéolos:
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- Os neurônios sensoriais na área quimiossensível são
particularmente estimulados pelos íons hidrogênio. Contudo,
- Três fases da respiração – 1 inspiratória e 2 expiratórias: esses íons não atravessam a barreira hematoencefálica com
facilidade. Por essa razão, as alterações na concentração
- No nível do centro de controle respiratório, a inspiração e a
sanguínea de tais íons têm efeito consideravelmente menor na
expiração ocorrem em três fases — uma inspiratória e duas
estimulação dos neurônios quimiossensíveis, em comparação com
expiratórias.
as alterações de dióxido de carbono sanguíneo, embora se
- A inspiração começa com aumento repentino da descarga das acredite que o dióxido de carbono estimule esses neurônios de
células do núcleo do trato solitário (GRD), do núcleo retroambíguo maneira secundária, por meio da variação da concentração de
(GRV) e do núcleo para-ambíguo (GRV), seguido por aumento íons hidrogênio.
uniforme em rampa da frequência das descargas durante a
- Além do controle da atividade respiratória pelo centro
inspiração. Isso leva à contração progressiva dos músculos
respiratório, ainda existe outro mecanismo disponível para o
respiratórios durante a respiração automática. Ao final da
controle da respiração, representado pelo sistema quimiorreceptor
inspiração, evento de desligamento (offswitch) resulta em
periférico. Em diversas áreas externas do cérebro, existem
diminuição acentuada da descarga neuronal, e começa a
receptores químicos neurais específicos que recebem o nome de
expiração.
quimiorreceptores. Tais receptores são especialmente relevantes
- No início da expiração (fase I da expiração), um aumento para a detecção de variações sanguíneas do oxigênio, embora
paradoxal da descarga neuronal inspiratória diminui a velocidade também respondam em menor grau às alterações das
da fase expiratória ao aumentar o tônus dos músculos inspiratórios concentrações de dióxido de carbono e dos íons hidrogênio.
e a descarga neuronal expiratória. Essa descarga inspiratória
- Grande parte dos quimiorreceptores está situada nos corpos
diminui até cessar completamente na fase II da expiração.
carotídeos. Entretanto, alguns deles também se encontram nos
- Apesar de diferentes neurônios do GRD e GRV estarem corpos aórticos.
envolvidos na ventilação, cada tipo celular parece ter função
- Os corpos carotídeos estão localizados bilateralmente nas
específica. Por exemplo, o reflexo de Hering-Breuer é um reflexo
bifurcações das artérias carótidas comuns. As fibras nervosas
inspiratório inibitório originado em receptores de estiramento
aferentes desses corpos cursam pelos nervos glossofaríngeos até
aferentes, localizados nos músculos lisos das vias aéreas. O
a área respiratória dorsal do bulbo.
aumento da insuflação do pulmão estimula esses receptores de
estiramento e resulta em expiração precoce pela estimulação dos - Os corpos aórticos estão situados ao longo do arco da aorta; as
neurônios associados à fase de desligamento inibitório do controle fibras aferentes neurais desses corpos cursam pelos nervos
dos músculos inspiratórios. Assim, a respiração rítmica depende vagos, também rumo à área respiratória dorsal do bulbo.
de controle respiratório contínuo (tônico), mediado pelo GRD, e de
controle expiratório intermitente (dividido em fases) realizado pelo - Regulação da respiração durante o exercício físico:
cérebro, tálamo, nervos craniais e tratos sensoriais ascendentes
da medula espinal. - Na atividade física vigorosa, o consumo de oxigênio e a
formação de dióxido de carbono podem aumentar por até 20
- Controle químico da respiração: vezes. Contudo, a ventilação alveolar, no atleta saudável, costuma
aumentar quase que proporcionalmente à elevação do nível de
- O excesso de dióxido de carbono ou de íons hidrogênio no metabolismo de oxigênio. A PO2 e PCO2 e o pH arteriais
sangue atua basicamente de forma direta sobre o centro permanecem quase precisamente normais.
respiratório, gerando grande aumento na intensidade dos sinais
motores inspiratórios e expiratórios para os músculos respiratórios. - Ao tentar analisar a causa do aumento na ventilação durante a
atividade física, fica-se induzido a atribuir tal aumento às
- O oxigênio, por sua vez, não apresenta efeito direto significativo elevações sanguíneas do dióxido de carbono e dos íons
sobre o centro respiratório no controle da respiração. Ao contrário, hidrogênio, somadas à redução do oxigênio sanguíneo. No
esse elemento atua quase que exclusivamente sobre os entanto, isso é questionável, pois as medidas da PCO2, do pH e
quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e da PO2 arteriais revelam que nenhum desses valores se altera de
aórticos. Tais estruturas, por sua vez, transmitem sinais neurais forma significativa durante a atividade física.
adequados ao centro respiratório, para o controle da respiração.
- A intensa ventilação durante a atividade física parece ser devido
- Acredita-se que nenhuma das três áreas do centro respiratório à pelo menos um efeito predominante. Acredita-se que o encéfalo,
(GRD, GRV e centro pneumotáxico) seja diretamente influenciada durante a transmissão de impulsos nervosos para os músculos
pelas variações da concentração sanguínea de dióxido de carbono participantes da atividade física, transmita ao mesmo tempo
ou de íons hidrogênio. Em vez disso, outra área neural, a área impulsos colaterais para o tronco cerebral, para estimular o centro
quimiossensível, é muito sensível às alterações sanguíneas de respiratório.
PCO2 ou da concentração de íons hidrogênio. Tal área, por sua vez,
estimula outras porções do centro respiratório. - Na verdade, quando a pessoa começa a se exercitar, grande
parte do aumento global da ventilação se inicia imediatamente
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com o começo da atividade física, antes que qualquer substância extravascular – resultante do aumento da permeabilidade
química sanguínea tenha tido tempo de se alterar. É provável que vascular). Os dois sinais cardinais adicionais da inflamação aguda,
a maior parte do aumento da respiração se origine de sinais dor e perda de função, ocorrem como consequência da
neurogênicos, transmitidos diretamente ao centro respiratório do elaboração do mediador e da lesão mediada por leucócitos.
tronco cerebral ao mesmo tempo em que sinais neurais se dirigem Quando o agente lesivo é eliminado e os mecanismos anti-
aos músculos corporais para promoção da contração muscular. inflamatórios tornam-se ativos, o processo cede e o hospedeiro
retorna a um estado normal de saúde.
Inflamação Aguda
- A inflamação aguda possui dois componentes principais:
- A inflamação é uma resposta protetora direcionada para eliminar
a causa inicial da lesão bem como as células e tecidos necróticos - Alterações vasculares: vasodilatação para aumento do fluxo
que resultam do insulto original. Ela põe em movimento os eventos sanguíneo; aumento da permeabilidade vascular
que consequentemente cicatrizam e reparam os sítios de lesão. (principalmente, devido à contração da célula endotelial) para
Porém, os componentes da reação inflamatória que destroem e que as proteínas plasmáticas deixem a circulação.
eliminam os micróbios e tecidos mortos também são capazes de
lesar os tecidos normais. - Processo:
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- Estímulos para a inflamação aguda: - Metabólitos do Acido Aracdônico (AA-eicosanóides):
prostaglandinas, leucotrienos e lipoxinas.
- Infecções (por bactérias, vírus, fungos e parasitas).
- produzidas por leucócitos, mastócitos, células
- Trauma (corte e penetração) e agentes quimicos e físicos endoteliais e plaquetas.
(lesão térmica).
- o AA é primariamente derivado do ácido linoleico da
- Necrose tecidual. alimentação e presente no organismo na sua forma
estereficada, como componente dos fosfolipidios da
- Corpos estranhos.
membrana celular.
- Reações imunológicas.
- é liberado das membranas celulares através de
- Mediadores quimicos da inflamação: estímulos mecânicos, químicos e físicos ou por
mediadores inflamatórios como C5a.
- Podem ser produzidos localmente pelas células,
armazenados em grânulos de secreção e secretados sob - o metabolismo do AA ocorre ao longo de duas
ativação celular (histamina) ou são sintetizados originalmente principais vias enzimáticas:
em resposta a um estímulo (prostaglandinas e citocinas), ou
- via da ciclo-oxigenase: os produtos dessa via
podem estar circulando no plasma, sintetizados pelo fígado.
incluem as prostaglandinas (causam dor e febre),
- Possuem função de ligação à receptores específicos das prostaciclinas (vasodilatador e inibidor da agregação
células alvo, podendo estimular a liberação de outros plaquetária) e tromboxano A2 (potente agente de
mediadores pelas mesmas. agregação plaquetária e vasoconstritor).
- Tem vida curta, pois são inativadados por enzimas e muitos - via da lipo-oxigenase: os produtos dessa via incluem
tem decomposição rapida. os leucotrienos, potente agentes quimiotaticos para
neutrófilos. Outros produtos tem função
- Aminas Vasoativas: são armazenadas nos mastócitos e vasoconstritiva, causam broncoespasmo e aumentam
estão entre os primeiros mediadores a serem liberados nas a permeabilidade vascular.
reações inflamatórias agudas.
Inflamação Crônica
- Histamina:
- A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada
- produzida por mastócitos, basófilos e plaquetas. (semanas a meses ou anos) na qual inflamação ativa, destruição
tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente.
- causa dilatação das arteríolas principal mediador
da fase imediata de aumento da permeabilidade
- Ao contrário da inflamação aguda, que é caracterizada pelas
vascular, induzindo à contração do endotélio venular e
alterações vasculares, edema e infiltrado predominantemente
as lacunas interendoteliais.
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neutrofílico, a inflamação crônica caracteriza-se por um conjunto central de necrose. Macroscopicamente, essa zona possui
de alterações: aparência granular caseosa e é por isso chamada de necrose
caseosa.
- Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos,
linfócitos e plasmócitos. - Tipos de granulomas:
- Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das - Corpo estranho ou não-imunogênico: é causado por agentes
células inflamatórias. particulares inertes (fio de sutura, partículas de talco, prótese
de silicone, ferpas). O granuloma é formado devido ao tamanho
- Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos do material impossibilitar a fagocitose por um único macrófago.
(angiogênese) e fibrose. Esses tipos de granuloma não suscitam resposta imune. Se
existirem células gigantes multinucleadas (gigantócitos), esses
- A inflamação aguda pode progredir para inflamação crônica. serão do tipo corpo estranho.
Essa transição ocorre quando a resposta aguda não pode ser
resolvida ou devido à persistência do agente lesivo ou por causa
da interferência com o processo normal de cura.
- Inflamação granulomatosa:
- Morfologia:
- Frequentemente, a infecção bacteriana segue uma infecção viral - A hepatização cinza vem a seguir, com desintegração
do trato respiratório alto. progressiva dos eritrócitos e persistência de um exsudato
fibrinossupurativo, fornecendo o aspecto macroscópico de
- A invasão bacteriana do parênquima pulmonar causa o uma superfície seca, castanho-acinzentada.
preenchimento dos alvéolos com um exsudato inflamatório,
consequentemente causando consolidação (“solidificação”) do - Na resolução, o exsudato consolidado no interior dos
tecido pulmonar. Muitas variáveis, como o agente etiológico espaços alveolares sofre digestão enzimática progressiva
específico, a reação do hospedeiro e a extensão do envolvimento, para produzir resíduos que são reabsorvidos, ingeridos por
determinam a forma precisa da pneumonia. Condições macrófagos, expectorados ou organizados por fibroblastos
predisponentes incluem extremos de idade, doenças crônicas que crescem em direção aos mesmos.
(ICC, DPOC e DM) e deficiências imunológicas congênitas.
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- Focos de broncopneumonia são áreas consolidadas de Fatores que favorecem essa extensão da infecção incluem
inflamação supurativa aguda. A consolidação pode ser irregular extremos de idade, desnutrição, alcoolismo e doenças debilitantes
em um lobo, mas, na maioria das vezes, é multilobar e subjacentes.
frequentemente bilateral e basal em razão da tendência de as
secreções se acumularem nos lobos inferiores. - Quando chega ao trato respiratório baixo, o vírus infecta o
Histologicamente, a reação geralmente estimula um exsudato pneumócito e, portanto, a resposta inflamatória ocorre no interior
supurativo que preenche brônquios, bronquíolos e os espaços dos septos alveolares.
alveolares adjacentes.
- Morfologia:
2. Pneumonia intersticial (viral) – Pneumonia Atípica: - A erradicação da infecção é seguida pela reconstituição da
arquitetura normal do pulmão.
- O termo pneumonia atípica foi aplicado inicialmente a uma
doença respiratória febril aguda caracterizada por alterações - As alterações citopáticas virais características de cada tipo de
inflamatórias irregulares nos pulmões, em grande parte confinadas vírus podem auxiliar no diagnóstico do agente etiológico.
aos septos alveolares e interstício pulmonar.
3. Pneumonia Crônica:
- O termo atípica denota a quantidade moderada de escarro, a
ausência de achados físicos de consolidação, uma elevação - Na maioria das vezes, é uma lesão localizada em pacientes
apenas moderada na contagem de leucócitos e ausência de imunocompetentes, com ou sem envolvimento de linfonodos
exsudato alveolar. regionais.
- Os agentes etiológicos mais frequentes são os vírus, incluindo os - Tipicamente, a reação inflamatória é granulomatosa e causada
vírus influenza de tipos A e B, os vírus sinciciais respiratórios, o por bactérias (p. ex., M. tuberculosis) ou fungos (p. ex.,
metapneumovírus humano, adenovírus, rinovírus, vírus da rubéola Histoplasma capsulatum).
e varicela.
- A tuberculose é o principal exemplo de pneumonia crônica.
- Qualquer um desses agentes pode causar simplesmente uma
infecção do trato respiratório alto, reconhecida como um resfriado
comum ou uma infecção do trato respiratório baixo mais severa.
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Tuberculose primária: consolidação, conhecida como o foco de Ghon. Na maioria
dos casos, o centro desse foco sofre necrose caseosa.
- É a forma da doença que se desenvolve em uma pessoa
previamente não exposta e, portanto, não sensibilizada. - Os bacilos da tuberculose, tanto livres como no interior de
fagócitos, são drenados para os linfonodos regionais, os
- Cerca de 5% das pessoas primo-infectadas desenvolvem quais também frequentemente sofrem caseação. Essa
doença clinicamente significativa. combinação de lesão parenquimatosa pulmonar e
envolvimento nodal é referida como complexo de Ghon.
- Na tuberculose primária, a fonte do organismo é exógena.
- Na grande maioria dos casos, o desenvolvimento de
- Na maioria das pessoas, a infecção primária é contida, mas,
imunidade controla a infecção. Portanto, o complexo de
em outras, a tuberculose primária é progressiva. Essa forma
Ghon sofre fibrose progressiva, frequentemente seguida de
mais grave frequentemente se assemelha a uma pneumonia
calcificação radiologicamente detectável (complexo de
bacteriana aguda, com consolidação dos lobos inferior e médio;
Ranke).
a cavitação é rara, especialmente em pessoas com
imunossupressão severa. A vacinação é dada para prevenir - Histologicamente, locais de envolvimento ativo são
esses casos de tuberculose. marcados por uma reação inflamatória granulomatosa
característica, que forma tanto tubérculos caseosos quanto
- Geralmente, na tuberculose primária, a única evidência da
não caseosos.
infecção, se alguma permanecer, é um nódulo pequeno e
fibrocalcificado no local da infecção. - Pessoas imunocomprometidas não formam os granulomas
característicos.
- Os macrófagos são as células primárias infectadas por M.
tuberculosis. Precocemente na infecção, o bacilo da Tuberculose secundária:
tuberculose se multiplica de forma incontrolada no interior do
fagossomo, pois possui a capacidade de bloquear a fusão do - A tuberculose secundária é o padrão da doença que surge em
fagossomo com o lisossomo, enquanto tardiamente na um hospedeiro previamente sensibilizado.
infecção, a resposta celular estimula os macrófagos a conter a
proliferação da bactéria. - Ela pode seguir logo após a tuberculose primária, porém mais
comumente ela aparece muitos anos após a infecção inicial,
- Portanto, durante o estágio inicial da tuberculose primária (<3 usualmente quando a resistência do hospedeiro está
semanas) em um indivíduo não sensibilizado, as bactérias se enfraquecida.
proliferam nos macrófagos alveolares pulmonares e nos
espaços aéreos, resultando em bacteremia e semeadura de - Ela mais comumente deriva da reativação de uma infecção
múltiplos locais. Apesar da bacteremia, a maioria das pessoas latente, mas também pode resultar de uma reinfecção exógena
nesse estágio é assintomática ou possui uma doença branda no caso de uma redução da imunidade do hospedeiro ou
semelhante à gripe. quando um grande inóculo de bacilos virulentos inunda o
sistema imune do hospedeiro.
- Cerca de 3 semanas após a infecção, uma resposta T-auxiliar
1 (TH1) é montada, a qual ativa macrófagos para se tornarem - A tuberculose pulmonar secundária classicamente envolve o
bactericidas. Além de estimular os macrófagos a destruir a ápice dos lobos superiores de um ou ambos os pulmões.
micobactéria, a resposta TH1 orquestra a formação de Devido à preexistência de hipersensibilidade, os bacilos
granulomas e necrose caseosa. Os macrófagos ativados pelo elicitam uma imediata e marcada resposta tecidual que tende a
IFN-γ se diferenciam em “histiócitos epitelióides” que isolar o foco de infecção. Assim, a cavitação ocorre
caracterizam a resposta granulomatosa, e podem se fusionar prontamente na forma secundária.
para formar células gigantes.
- A cavitação é quase inevitável em tuberculoses secundárias
- Em muitas pessoas essa resposta estaciona a infecção antes negligenciadas, e a erosão das cavidades em uma via aérea é
de uma destruição tecidual ou doença significativa. Em outras uma importante fonte de infecção porque a pessoa agora tosse
pessoas, a infecção progride devido a idade avançada ou escarro que contém bactérias.
imunossupressão, e a resposta imune contínua resulta em
- Sintomas sistêmicos incluem mal-estar, anorexia, perda de
destruição tecidual devido a caseação e cavitação.
peso e febre. Comumente, a febre é baixa e remitente
- Morfologia: (aparecendo no fim de cada tarde e então decrescendo), e
ocorrem suores noturnos.
- Tipicamente, o bacilo inalado se implanta nos espaços
aéreos distais da parte inferior do lobo superior ou na parte - Com o envolvimento pulmonar progressivo, aparece uma
superior do lobo inferior, usualmente próximo à pleura. elevação da quantidade de escarro, primeiramente mucoide e
depois purulento. Algum grau de hemoptise está presente em
- À medida que a sensibilização se desenvolve, emerge uma cerca de metade dos casos de tuberculose pulmonar.
área de 1 a 1,5 cm de inflamação branco-acinzentada com
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- O diagnóstico da doença pulmonar é baseado em parte na estranhos e, ocasionalmente, impactação de muco, em que a
história e nos achados físicos e radiográficos de consolidação bronquiectasia permanece localizada ao segmento pulmonar
ou cavitação nos ápices dos pulmões. obstruído; e (4) outras condições, incluindo artrite reumatoide e
lúpus eritematoso sistêmico.
- Morfologia:
- Etiologia e patogenia:
- A lesão inicial é normalmente um pequeno foco de
consolidação, com menos de 2 cm de diâmetro, dentro de 1 - Obstrução e infecção são as principais condições associadas
a 2 cm da pleura apical. à bronquiectasia.
- Tais focos são áreas branco-acinzentadas nitidamente - Após uma obstrução brônquica, os mecanismos de
circunscritas e firmes, que possuem uma quantidade eliminação normais estão prejudicados, ocorre acúmulo de
variável de caseação central e fibrose periférica. secreções distalmente a obstrução e inflamação das vias
aéreas. Inversamente, infecções severas dos brônquios levam
- Histologicamente, as lesões ativas demonstram tubérculos à inflamação, frequentemente com necrose, fibrose e
coalescentes característicos com caseação central. Os eventualmente dilatação das vias aéreas.
bacilos da tuberculose podem frequentemente ser
identificados por colorações álcool-ácido-resistentes (Ziehl- - Estes mecanismos de infecção e obstrução são mais
Neelsen) nas fases iniciais exsudativa e caseosa da facilmente visíveis na forma severa de bronquiectasia
formação do granuloma, mas são normalmente muito associada à fibrose cística. Na fibrose cística, o defeito primário
poucos para serem encontrados nos estágios tardios no transporte iônico produz uma ação mucociliar defeituosa e
fibrocalcificantes. acúmulo de secreções viscosas e espessas que obstruem as
vias aéreas. Isso provoca susceptibilidade acentuada a
- A lesão apical se expande para porções adjacentes do infecções bacterianas, o que danifica ainda mais as vias
pulmão e eventualmente erode para os brônquios e vasos. Isso aéreas. Com infecções repetidas, ocorre uma lesão difusa das
evacua o centro caseoso, criando uma cavidade irregular e paredes das vias aéreas, com destruição do tecido muscular
áspera que é pobremente resulta em hemoptise. liso e elástico de suporte, fibrose e subsequente dilatação dos
brônquios.
- Com tratamento adequado, o processo pode ser interrompido,
apesar de a cicatrização por fibrose frequentemente distorcer a - Os bronquíolos menores são progressivamente obliterados
arquitetura pulmonar. As cavidades, agora livres de inflamação, como resultado da fibrose (bronquiolite obliterante).
podem persistir ou se tornar fibróticas.
- Morfologia:
- A doença pulmonar miliar ocorre quando organismos
drenados através dos linfáticos penetram no sangue venoso e - A bronquiectasia geralmente afeta os lobos inferiores
circulam de volta aos pulmões. Lesões individuais são focos de bilateralmente, particularmente as passagens aéreas
consolidação (2 mm), visíveis, branco-amarelados, dispersos verticais, e é mais severa nos brônquios mais distais e
pelo parênquima pulmonar (o adjetivo “miliar” é derivado da bronquíolos.
semelhança destes focos com grãos de milho).
- Quando tumores ou a aspiração de corpos estranhos
- Com a tuberculose pulmonar progressiva, a cavidade pleural provocam bronquiectasia, o envolvimento pode ser
é invariavelmente envolvida, e efusões pleurais serosas, nitidamente localizado em um único segmento do pulmão.
empiema tuberculoso ou pleurite fibrosa obliterativa podem se
desenvolver. - Na TC, é visto o padrão em colmeia ou faveolamento.
- Uma atelectasia significativa reduz a oxigenação e predispõe à - A formação da membrana hialina é devida a algumas situações
infecção. Uma vez que o parênquima pulmonar colapsado pode que danificam as células epiteliais e endoteliais da barreira
ser reexpandido, a atelectasia é um distúrbio reversível (exceto a alvéolo-capilar. Essas situações podem ser infecções de repetição
causada por contração). ou sepses, mediadores inflamatórios, traumatismos, aspiração de
conteúdo gástrico ou inalação de gases tóxicos.
Doença da membrana hialina (Síndrome da Angústia
Respiratória do Neonato – SARN) x Dano alveolar difuso - No estágio de organização, os pneumócitos de tipo II sofrem
(Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto – SARA) proliferação e ocorre uma resposta com tecido de granulação nas
paredes alveolares e espaços alveolares. Na maioria dos casos, o
- As duas doenças têm em comum a presença de uma membrana tecido de granulação desaparece, deixando um prejuízo funcional
de fibrina (membrana hialina) que reveste a parede do alvéolo, mínimo. Algumas vezes, porém, ocorre espessamento fibrótico
impedindo as trocas gasosas (efeito Haldane). dos septos alveolares, causado pela proliferação de células
intersticiais e depósito de colágeno.
- Doença da membrana hialina (SARN):
- No Rx, é caracterizada por opacidades em vidro fosco e
- O surfactante impede o colabamento dos alvéolos.
consolidações.
- Nos RNs prematuros, os pneumócitos tipo II ainda não estão
Doenças intersticiais do pulmão
plenamente desenvolvidos para produzir o surfactante e por isso,
parte dos seus pulmões está em atelectasia. Com isso, a - Pneumonia intersticial usual (UIP):
hipoxemia resultante leva a uma retenção de CO2, que caracteriza
uma acidose respiratória. A resposta à acidose é a vasoconstrição - O termo fibrose pulmonar idiopática (FPI) refere-se a uma
pulmonar. A hipoperfusão pulmonar decorrente da vasoconstrição síndrome com aspectos radiológicos, patológicos e clínicos
leva a um dano endotelial e dano ao epitélio alveolar. Assim, a característicos.
barreira alvéolo-capilar é danificada e há exsudação de conteúdo,
composto por fibrina e células mortas para dentro da parede - O padrão histológico da fibrose é referido como pneumonia
alveolar. Esse exsudato é chamado de membrana hialina e intersticial usual (UIP), que é necessária para o diagnóstico de
dificulta as trocas gasosas. FPI, mas também pode ser observada em outras doenças,
notavelmente doenças do tecido conjuntivo, pneumonia por
- Dano alveolar difuso (SARA): hipersensibilidade crônica e asbestose.
- É uma doença aguda do interstício pulmonar, sendo a - O conceito atual é que a FPI é causada por “ciclos repetidos” de
complicação de uma situação já grave. ativação/lesão epitelial por algum agente não identificado.
Ocorrem inflamação e indução de uma resposta de células T de
- No estado agudo, os pulmões estão pesados, firmes, vermelhos tipo TH2. O reparo epitelial anormal nesses locais origina
e encharcados. Por isso, em uma autopsia de pulmão, a parte com proliferação fibroblástica/miofibroblástica exuberante, levando aos
dano alveolar difuso afunda. Exibem congestão, edema intersticial “focos fibroblásticos”, que são tão característicos da FPI.
e intra-alveolar, inflamação, depósito de fibrina e lesão alveolar
difusa. As paredes do alvéolo tornam-se revestidas por - 70% ocorrem em fumantes.
membranas hialinas de aspecto céreo, que são morfologicamente
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- Morfologia: - Patologicamente, existem áreas normais intercaladas com áreas
com bronquiolite.
- Macroscopicamente, as superfícies pleurais do pulmão
apresentam aspecto de pedras de calçamento como resultado - Também tem melhor prognóstico que a UIP.
da retração das cicatrizes ao longo dos septos interlobulares.
- Pneumoconioses:
- A superfície de corte exibe fibrose (áreas brancas firmes,
borrachosas) do parênquima pulmonar com predominância do - O termo pneumoconiose foi criado originalmente para descrever
lobo inferior e a distribuição distintiva nas regiões subpleurais e a reação pulmonar não neoplásica à inalação de poeiras minerais
ao longo dos septos interlobulares. encontradas no local de trabalho. Atualmente, também inclui
doenças induzidas por partículas orgânicas assim como
- Microscopicamente, a marca registrada da PIU é a fibrose inorgânicas, fumaças e vapores de produtos químicos.
intersticial irregular, que varia em intensidade e idade.
- Patogenia:
- A fibrose densa causa destruição da arquitetura alveolar e a
formação de espaços císticos revestidos por pneumócitos de - O desenvolvimento de uma pneumoconiose depende (1) da
tipo II hiperplásicos ou epitélio bronquiolar (fibrose em favo de quantidade de poeira retida no pulmão e nas vias aéreas; (2)
mel). do tamanho, forma e consequentemente poder de flutuação
das partículas; (3) da solubilidade da partícula e reatividade
- Curso clínico: a FPI começa insidiosamente, com dispneia de físico-química; e (4) de possíveis efeitos adicionais de outros
esforço gradualmente crescente e tosse seca. Hipoxemia, cianose irritantes (p. ex., tabagismo concomitante).
e baqueteamento ocorrem tardiamente na evolução. A sobrevida
média corresponde a 3 anos ou menos. O transplante de pulmão é - A quantidade de poeira retida pelos pulmões é determinada
a única terapia definitiva atualmente disponível. pela concentração de poeira no ar ambiente, pela duração da
exposição e eficácia dos mecanismos de eliminação.
Obs: quando associada a doenças do colágeno, exceto a artrite
reumatoide, há uma boa resposta ao tratamento. - Qualquer influência, como o fumo, que afete a integridade do
aparelho mucociliar predispõe significativamente ao acúmulo
- Achados radiológicos: de poeira.
- Padrão típico: reticular (devido à fibrose dos septos) + padrão - As partículas mais perigosas variam de 1 a 5 μm em diâmetro
em favo de mel (quando o padrão reticular se agrava) + porque podem atingir pequenas vias aéreas terminais e os
predomínio basal e subpleural da alterações sacos aéreos e se depositar em seus revestimentos.
- O conceito de pneumonia intersticial inespecífica (PII) surgiu - Em geral, quanto menor a partícula, maior a probabilidade de
quando foi percebido que existe um grupo de pacientes com que ela apareça em líquidos pulmonares e atinja rapidamente
doença pulmonar intersticial difusa de etiologia desconhecida níveis tóxicos, dependendo obviamente da solubilidade do agente.
cujas biópsias pulmonares não conseguem mostrar aspectos Consequentemente, partículas menores tendem a causar lesão
diagnósticos de nenhuma das outras doenças intersticiais bem pulmonar aguda. Partículas maiores resistem à dissolução e,
caracterizadas. desse modo, podem persistir no interior do parênquima pulmonar
por anos. Estas tendem a evocar pneumoconioses colagenosas
- Tem prognóstico melhor do que a pneumonia intersticial usual. fibrosantes, como é característico da silicose.
- Diferentemente da UIP, onde é visto focos de fibrose alternados - Apenas uma pequena porcentagem de pessoas expostas
com focos sem fibrose, na pneumonia intersticial inespecífica, toda desenvolve doenças respiratórias ocupacionais, implicando uma
a área pulmonar é acometida por fibrose. predisposição genética para seu desenvolvimento.
- Pode haver um componente inflamatório. - Pneumoconioses dos mineradores de carvão (PMC) e antracose:
- Carcinoma de células escamosas (homens 32%, mulheres - É o tipo mais comum de câncer de pulmão em mulheres e em
25%). não fumantes. Em comparação com os cânceres de células
escamosas, as lesões estão localizadas mais perifericamente e
- Carcinoma de células pequenas (homens 14%, mulheres tendem a ser menores.
18%).
- Variam histologicamente de tumores bem diferenciados com
- Carcinoma de células grandes (homens 18%, mulheres elementos glandulares óbvios a lesões papilares que lembram
10%). outros carcinomas papilares e até massas sólidas com glândulas e
células produtoras de mucina apenas ocasionais.
- Pode haver misturas de padrões histológicos, inclusive no
mesmo câncer. Portanto, tipos combinados de carcinoma de - A maioria é positiva para o fator de transcrição de tireoide-1
células escamosas e adenocarcinoma ou de carcinomas de (TTF-1) e aproximadamente 80% contêm mucina.
células pequenas e de células escamosas ocorrem em
aproximadamente 10% dos pacientes.
- Morfologia:
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fumantes e indivíduos de origem asiática), e estão localizados, - A maioria dos carcinomas de células escamosas se origina
principalmente, na periferia. centralmente a partir dos brônquios segmentares ou
subsegmentares.
- Um estudo demonstrou que pacientes com mutações EGFR
apresentavam melhor sobrevida com tratamento direto com - Metaplasia escamosa, displasia epitelial e focos de carcinoma
inibidor de EGFR. Mutações KRAS estão altamente franco in situ podem ser vistos no epitélio brônquico adjacente à
correlacionadas a pior evolução e resistência a inibidores de massa tumoral.
EGFR.
- Carcinoma de células pequenas:
- Eles crescem mais lentamente que os carcinomas de células
escamosas, porém tendem a apresentar metástases amplas e - Este tumor altamente maligno possui um tipo celular distinto.
mais precoces.
- As células epiteliais são relativamente pequenas, com citoplasma
- O carcinoma de padrão lepídico (antigamente chamado de escasso, bordas celulares pouco definidas, cromatina nuclear
bronquioloalveolar) ocorre no parênquima pulmonar nas regiões finamente granular e nucléolos ausentes ou pouco evidentes.
bronquioloalveolares terminais. As células tumorais substituem os
- Não existe um tamanho absoluto para as células tumorais, mas,
pneumócitos alveolares. Macroscopicamente, o tumor quase
em geral, são menores que três pequenos linfócitos em repouso.
sempre ocorre nas porções periféricas do pulmão, como nódulo
único ou como múltiplos nódulos difusos, que, algumas vezes, - A contagem mitótica é alta. As células crescem em grupos que
coalescem para produzir uma consolidação semelhante a não exibem organização glandular nem escamosa. Necrose é
pneumonia. Os nódulos parenquimatosos apresentam comum e frequentemente extensa.
transluscência mucinosa cinza, quando secreção está presente,
mas em outras circunstâncias aparecem como áreas sólidas, - Como o carcinoma tem crescimento muito rápido, a angiogênese
cinza-esbranquiçadas, que podem ser confundidas com não acompanha o crescimento do tumor. Com isso, as células
pneumonia à inspeção macroscópica. tumorais sofrem necrose e incrustam seu DNA nas paredes
vasculares, dando uma coloração basofílica a essas paredes.
- Histologicamente, o tumor é caracterizado por um padrão de Esse efeito, chamado efeito de Azzopardi frequentemente está
crescimento bronquioloalveolar puro sem evidência de invasão presente.
estromal, vascular ou pleural (CA in situ). A principal característica
dos carcinomas lepídicos é seu crescimento ao longo de
estruturas preexistentes, sem destruição da arquitetura alveolar.
No entanto, ele pode invadir os tecidos adjacentes.
diferenciados.
- A microscopia eletrônica mostra grânulos neurossecretores de
núcleo denso em dois terços dos casos. Os grânulos são
semelhantes aos encontrados nas células neuroendócrinas
presentes ao longo do epitélio brônquico, particularmente no feto e
no recém-nascido. A ocorrência de grânulos neurossecretores, a
capacidade de alguns desses tumores secretarem hormônios
polipeptídios e a presença de marcadores neuroendócrinos
sugerem a derivação deste tumor de células progenitoras
neuroendócrinas do epitélio brônquico de revestimento.
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- Podem surgir nos brônquios principais ou na periferia do pulmão. - Os fatores hormonais ou semelhantes a hormônios elaborados
Não existe uma fase pré-invasiva conhecida ou carcinoma in situ. incluem:
- Estes são os tumores pulmonares mais agressivos, apresentam - Hormônio antidiurético (ADH), induzindo hiponatremia
metástases amplas, e são virtualmente incuráveis por meio decorrente de secreção inapropriada de ADH.
cirúrgico.
- Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), produzindo síndrome
- O marcador da imunohistoquímica que pode ser usado para de Cushing.
identificar esse tumor é o CD56, já que identifica tumores
neuroendócrinos. - Paratormônio, peptídeo relacionado ao hormônio paratireoide,
prostaglandina E e algumas citocinas, todas implicadas na
- Carcinoma de Células Grandes: hipercalcemia frequentemente observada no câncer de pulmão.
- É um tumor epitelial maligno não diferenciado que não possui as - Calcitonina, causando hipocalcemia.
características citológicas do carcinoma de pequenas células e
diferenciação glandular ou escamosa. - Gonadotrofinas, causando ginecomastia.
- As células tipicamente apresentam núcleos grandes, nucléolos - Serotonina e bradicinina, associadas à síndrome carcinoide.
proeminentes e quantidade moderada de citoplasma.
- Qualquer tipo histológico de tumor pode, ocasionalmente,
- Estes carcinomas provavelmente representam carcinomas de produzir qualquer um desses hormônios, porém os tumores que
células escamosas e adenocarcinomas tão indiferenciados que já produzem ACTH e ADH predominantemente são carcinomas de
não podem ser reconhecidos por microscopia óptica. células pequenas, enquanto aqueles que produzem hipercalcemia
na maioria das vezes são tumores de células escamosas.
- Carcinoma Combinado:
- Curso clínico:
- Síndromes paraneoplásicas: