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1-8)
1.Introdução.
Hoje, irei falar-lhes sobre uma doutrina muita esquecida nas igrejas atuais,
a doutrina da regeneração que é a mesma coisa que nascer de novo. Muito
se fala em nascer do novo, que no grego traz um outro sentido que é nascer
do alto, mas quase em todos os lugares que se prega nos púlpitios a respeito
é errôneo. Alguns pensam que nascer de novo é dar uma “reviravolta” na
vida, ser feliz, satisfeito consigo mesmo e ter uma vida “vitoriosa”, outros
pensam que é fazer uma “reforma” em certas áreas deficientes da vida. As
pessoas comuns tem o conceito errado do novo nascimento, de que se elas
persuadirem um membro de uma gangue a deixar a gangue e começar uma
nova vida, ou tirar um alcoólatra e um drogado dos seus vícios já o
consideram como “nascidas de novo”. Mas quero falar no contexto bíblico
que é citado no encontro entre Jesus e Nicodemos relatado por João no
capítulo 3. George Whitefield, um dos maiores evangelistas de todos os
tempos, iniciou o seu sermão sobre regeneração afirmando de forma clara:
“A doutrina da nossa regeneração, ou do novo nascimento em Cristo
Jesus, é uma das mais fundamentatais doutrinas da nossa santa religião.”
Tal doutrina fora deixado de lado nesses últimos tempos, é tão importante
porque a regeneração é o primeiro passo da salvação cujo ato é realizado
apenas por Deus renovando o coração humano, fazendo-o reviver depois de
mortos que estavam em suas trangressões e pecados (Ef 2.1).
Para entendermos melhor a passagem, precisamos voltar a anterior e ver o
pano de fundo em João 2.23b,24 e 25 que servirá de introdução. Leiamos:
“... muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram
em seu nome. Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos.
Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem,
pois ele bem sabia o que havia no homem.” (NVI)
Aqui nos mostra como Jesus pode conhecer e sondar cada corações; e
mesmo que as pessoas ali crendo e estando maravilhadas com os sinais, tal
crença era superficial para Jesus, ou seja uma fé morta, por isso não se
confiava a eles e por conhecer cada um. Tais pessoas eram não-
regeneradas ou nascidas de novo ou do alto. (Comente algo a mais)
2.Desenvolvimento.
Leiamos João 3.1-8, entrando no texto:
(v.1) Nicodemos era uma autoridade entre os judeus, alguem muito
respeitado, talvez rico e com poderes políticos-religiosos, porém ainda um
não-regenerado como veremos mais adiante. O interessante nele é a
curiosidade por procurar a Cristo para sanar suas dúvidas a respeito dos
sinais miraculosos sendo até sincero e de uma forma educada o que não é
visto em outros fariseus. Ele não está atrás de destruir Jesus e não
apresenta nenhuma crítica contra aparente.
(v.2) Entrando na fala de Nicodemos, ele fala no plural para representar a
sua facção político-religiosa: “Mestre, sabemos que ensinas da parte de
Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo,
se Deus não estiver com ele”. Nicodemos era apenas mais um que estava
crendo nos sinais miraculosos, mas o fato de crer nos sinais não siginfica
estar crendo na pessoa de Jesus; o fato dele o chamar de Mestre e respeita-
lo não é condição do novo nascimento também. Vejam como ele estava na
frente do Filho Unigênito de Deus e ainda assim não cria que Jesus era o
tal, o Cristo de Deus! Crer em algo milagroso ainda não significa um sinal
da regeneração, saber quem é Jesus ou saber que ele ensina da parte de
Deus também não é sinal do novo nascimento! Logo mais falarei sobre
como saber se uma pessoa é nascida do alto.
(v.3) Jesus Responde: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de
Deus, se não nascer de novo.”. Cristo poderia ter respondido de uma
maneira mais “educada”, mas sabendo da necessidade e da condição
pecaminosa da alma de Nicodemos, o Mestre tinha que ser um pouco mais
“aspero” e falar a verdade nua e crua. Uma verdade que “assutou” uma
autoridade religiosa e política e de grande importância no contexto da
socidade da época; de que ninguém, ninguém mesmo, seja a pessoa judeu
ou grego, político ou civil, rico ou pobre, altruísta ou assassino, novo ou
velho, intelectual ou ignorante; não há distinção pois todos pecaram e
estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.23)! As pessoas no mundo
sente-se ofendidas quando comparadas com outras de um contexto social
diferente, quando na verdade não são distintas diante de Deus. Vou ler um
trecho da obra de um teólogo chinês, Vincent Cheung, o porque da maioria
das pessoas ficarem ofendidas com o Evangelho de Cristo:
“... devemos primeiramente admitir que o evangelho de fato chega como
um insulto para álguem que ainda não percebeu sua necessidade de
salvação. Nossa pregação aplica a mesma linguagem e os mesmo rótulos a
toda pessoa, quer ela seja um profissional ou um criminoso. ... Assim, o
professor e o filantropo ficam irados quando lhes é dito que eles não são
melhores do que o burro ou a prostituta diante de Deus.”. Dar o exemplo.
Admitindo que o evangelho chega como uma ofensa a um não salvo, mais
ainda para os orgulhosos e de justiça próprias; pois bem sabemos que a
salvação não é por obras e sim pela graça (cf. Ef 2.8), então podemos dizer
que o novo nascimento e a regeneração só podem vir por parte do Espírito
Santo sendo um dom da graça e o homem não tem participação alguma
nesse processo todo, é apenas passivo.
(v.4) Voltando ao texto, vemos Nicodemos confuso no que Jesus estava
falando, de que é necessário nascer de novo, mas por outro lado ele estava
começando a enxergar de que é impossível a entrada ao Reino com esforço
próprio: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode
entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!”. Vejam que a
primeira frase é uma pergunta e a segunda é uma afirmação. Essa
impossiblidade de esforço humano para nascer de novo me faz lembrar a
passagem em Lucas 19.25-26, na qual os díscipulos perguntam ao Mestre,
depois de ter falado com o jovem rico, “quem pode ser salvo?” e Jesus
responde “para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são
possíveis”. Para Deus não é impossível fazer um velho, novo, pobre, rico
ou qualquer um nascer do alto. Visto que Nicodemos ainda pensava com
uma mentalidade carnal achando que o novo nascimento consistia no
nascer fisíco e da carne, visto que o fariseu ainda era um não-regenerado.
Agora, pois, podemos ver algumas pistas e evidências de um regenerado,
de que todos os que nascem do alto, deve ter algum entendimento espiritual
, mesmo que não apurado ou perfeito ainda dependendo da sua maturidade
espiritual.
(v.5) Vendo a ignorância espiritual do líder fariseu, Jesus novamente
responde com mais ênfase e com mais detalhes: “Digo-lhe a verdade:
Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do
Espírito”. Meus alunos, percebam que na primeira resposta Jesus diz ver o
Reino de Deus e na segunda entrar no Reino de Deus.
Como também diz nascer de novo na primeira resposta e nascer da água
e do Espírito na segunda, sendo as mesmas coisas porém com explicações
diferentes, pois Jesus sabia que o fariseu entenderia melhor por nascer da
água e do Espírito.
Ápice do sermão:
• 1-)Ver no grego tem um mesmo sentido que contemplar, vocês
vêem?! As pessoas que leêm essa passagem pensam num sentido
escatológico, ou seja, no futuro que está para acontencer, mas na
realidade para o regenerado é algo real e agora! O Reino vem e fixa-
se aqui na terra em justiça e no amor de Deus, vejam Mateus 6.9, 10:
Fontes e referências:
Bíblia Nova Versão Internacional (NVI), © 2001, Editora Vida.
CHEUNG, Vincent; Nascido de Novo, © 2006.
JORDAN, James B.; Biblical Horizons, Nº. 55, Novembro, 1993.
BRUCE, F. F., João Introdução e Comentário, 2005. Edições Vida Nova.