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ANÁLISE DE EFICÁCIA DO MICROAGULHAMENTO PARA CICATRIZ DE


ACNE.
Luana Trindade¹, Lohanna Thais Romanin dos Santos², Ariane Batista de
Souza³
1- Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da
Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba-PR).
2- Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da
Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba-PR).
3- Especialista Prof ª Adjunta do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética
da Universidade Tuiuti do Paraná.
Endereço para correspondência: Lohanna Thais Romanin,
lohanna.romanin@hotmail.com

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Resumo

A acne vulgar é uma das doenças de pele mais comuns em toda a


população,que geralmente resulta em cicatrizes que resultam em problemas
estéticos e psicológicos. O presente estudo tem como destacar o
microagulhamento e suas ações benéficas em tratamento de cicatriz de acne.
A literatura pesquisada evidenciou que a acne é uma doença dermatológica
que atinge as unidades pilos sebáceas de algumas áreas do corpo, bastante
frequente entre os adolescentes (80%), classificada de acordo com o seu grau
de acometimento, em leve, moderada e grave e tipologicamente, em acne
vulgar, hiperandrogênica, iatrogênica, cosmética, da mulher adulta e entre
outras. Sobre o seu tratamento a literatura evidenciou que o microagulhamento
é eficaz, por criar uma grande quantidade de microsfuros através da epiderme
para a derme papilar, estimulando a migração e a proliferação de fibroblastos,
que resultando em deposição do colágeno na região. Com objetivo de um
procedimento baseado no uso de microagulhas, sendo um método simples e
natural de regeneração da pele. É um método alternativo à Luz Pulsada, Laser
e Peelings que agem de forma ablativa, já que o microagulhamento age de
forma construtiva e fisiológico, podendo ser utilizado em qualquer tipo de pele.

Palavra-chave: Acne vulgar, cicatriz de acne, infecção dermatológica,


microagulhamento, produção de colágeno,reparação tedicual ,cicatrização.
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INTRODUÇÃO

A acne é classificada uma infecção dermatológica, de localização


pilossebácea e caracterizada pela formação de comedões, pápulas e cistos,
quando se tem à inflamação, ocorre a formação de pústulas e abscessos que
facilitam em geral a cicatrição (ABRAHAM et al., apud AZULAY; AZULAY;
ABULAFIA, 2008). O microagulhamento é uma técnica bastante conhecida no
meio cientifico em relação a sua ação de induzir de forma percutânea a
produção de colágeno. Nesta técnica, a pele é perfurada superficialmente,
criando múltiplos micro-canais, através dos quais se utilizam formulações com
princípios ativos à base de fatores de crescimento e peptídeos
nanoencapsulados que penetram nestes micro-canais com maior efetividade
(KLAYND A. P LIMANA M D. MOARAES 2013).

O uso de rolamentos cobertos de discos agulhados aumentam


enormemente a taxa de penetração eficaz na derme e epiderme ao simular
uma nova rota trans-celular para criar um novo sistema de entrega
transdérmico dos ativos cosméticos. Além disso, as microagulhas estimulam
uma cicatrização natural da derme que induzem a produção natural de
colágeno para maximizar as habilidades de recuperação das células da pele ao
reduzir rugas e pigmentação, além de melhorar a firmeza e o tom da pele.

O microagulhamento recupera a pele envelhecida ao estimular a


produção natural de colágeno, de maneira semelhante as técnicas de
resufacings, tais como as cirurgias a laser ou técnicas e peeling e não há
praticamente nenhum efeito colateral, tornando verdadeira a solução
antienvelhecimento da pele. Realizando o processo de cicatrização, a
inflamação é a fase mais importante, uma vez que é liberada grande
quantidade de citocinas e nutrientes, que são levados para a área a ser
reparada, removendo bactérias e restos celulares, estimulando a reparação da
lesão tecidual (AUST et. al .2008).

O objetivo geral é estimular a derme e renovar o colágeno e


angiogênese, classificar e denominar uma terapia para induzir o colágeno.
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Acne Vulgar

A acne vulgar é uma enfermidade inflamatória da unidade pilos sebácea


da pele,sendo caracterizada como comedões, vulgarmente conhecido como
"cravo",sendo classificada como não inflamatória, quando apresenta somente
comedões,sem sinais inflamatórios, e acne inflamatória que, conforme o
número, intensidade e características das lesões, é classificada em graus I a
IV. O processo se inicia pela obstrução do orifício chamado pilos sebácea, com
acúmulos de secreções , restos celulares e bactérias. A acne se manifesta com
mais frequências em jovens e adolescentes, assim podendo ser fisiológica na
maioria dos casos, pela frequência com que ocorre na faixa etária, sendo uma
manifestação temporária da puberdade, correlacionada com a idade puberal do
que com a idade cronológica, sendo com um comprometimento severo no sexo
masculino.

Mas à vários fatores influenciáveis, a alta elevação de carga hormonal


com modificações características da pele são os principais responsáveis,
sendo possível que possua componente genético, na conformação do folículo,
facilitando a obstrução. A severidade das lesões é variada, desde comedões
isolados até nódulos. Principais patogênese da acne; formação do comedão,
produção de sebo,colonização bacteriana pelo (Propionibacterium) e processo
inflamatório, sendo também favorecidos pela mudança hormonal e distúrbios
hiperandreogênicos (MANFRINATO, 2009).

As glândulas pilos sebáceas sofrem uma modificação


fundamental para o processo de formação da acne, à uma hipertrofia de toda a
glândula decorrente da ação androgênica sobre sua estrutura . Conforme o seu
grau de acometimento ou evolução clínica os diferentes tipos de
hiperproliferação no infundíbulo da glândula (epidérmica) forma uma camada, e
ocluindo óstio ductal, impedindo a drenagem do seco normalmente produzido
pela glândula e favorecendo a comedogênese.

A cicatriz da acne ocorre quando os folículos pilosos estão com excesso


de células mortas, gerando inflamação local, com o folículo inflamado haverá
bactérias,saliências vermelhas,inchaço e pus. As lesões supercifiais de acne
são de curta e rápido tratamento, mas quando ocorre a ruptura profunda na
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parede do poro, o material infectado pode chegar até o tecido circundante,


levando a criação de lesões a nível profundo,danificando as novas fibras de
colágeno (GIACHETTI, 2008).

Cicatrização

O processo de cicatrização é definido como a substituição de um tecido


lesado por tecido conjuntivo vascularizado, com alteração da estrutura original,
independentemente da causa da lesão. Cabe dizer que a cicatrização é
diferente da regeneração, que consiste na substituição do tecido perdido por
outro de características idênticas, e para reparar um dano ocorrido na pele, o
organismo sempre age da mesma maneira, passando pelas mesmas etapas,
nos três tipos de cicatrização: a cicatrização por Intenção Primária - que ocorre
quando a ferida está limpa, com bordas próximas e mínima perda de tecido,
como nas suturas cirúrgicas; a cicatrização por Intenção Secundária - que
ocorre em feridas sujas, infectadas e com perda tecidual, produzindo tecido
cicatricial para recuperação do trauma, como nas úlceras de pressão,
queimaduras, abscesso; e a cicatrização por Intenção Terciária - que é uma
combinação das outras duas, com lentidão no fechamento primário devido à
inicial cicatrização por intenção secundária e posterior por intenção primária;
como nas úlceras venosas. (CARLUZ MIRANDA FERREIRA,2006).

Microagulhamento

Na década de 90 na Alemanha surgiu a técnica de microagulhamento,


sob a marca Dermarrole. O roller é um aparelho em forma de tambor pequeno
cravejado com diversas agulhas finas (0,1 mm de diâmetro), em diferentes
milímetros de comprimento (0,5 a 3,0 mm), feitos de aço inoxidável cirúrgico,
posicionados em várias fileiras paralelamente. O uso da técnica de
microagulhamento tem como ação induzir mais colágeno, através de
microlesões provocadas a pele, acaba gerando um processo inflamatório local,
fazendo com que aumente a proliferação celular e o metabolismo celular desse
tecido, com o aumento do colágeno, elastina e outras substâncias que se
encontram no tecido, restitui a integridade da pele, e assim o procedimento de
microagulhamento tem seus efeitos positivos, tais como a estimulação de
colágeno. Em pouco tempo ocorre a cicatrização, e os efeitos colaterais são
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mínimos comparada a outras técnica, já as desvantagens dizem respeito a


capacitação do profissional e como ele foi preparado, pois dependendo da
profundidade que a agulha atinge, o tempo de recuperação é maior, sendo
assim, a avaliação a ser feita pelo profissional deve ser cautelosa para desta
forma não criar falsas expectativas em relação ao resultado final (LIMA; LIMA;
TAKANO, 2013). A técnica de microagulhamento pode ser utilizada para vários
tratamentos que apresentam disfunções estéticas da pele, como cicatrizes de
acne, rejuvenescimento facial, estrias e lipodistrofia ginoide
(DODDABALLAPUR, 2009).

A técnica de microagulhamento descende da Acupuntura, que faz parte


da Medicina Oriental Chinesa, nos anos 1960, na França, surgiram os
primeiros achados da técnica considerada Nappage, que se tratava de
pequenas incisões na pele para a administração de fármacos, cujo objetivo era
o rejuvenescimento facial. Em 1995, Orentreich defendeu a técnica com
agulhas para tratamento de rugas periorais. Já em 2006, Fernandes elaborou a
técnica de indução de colágeno, que se utilizava de um rolo com agulhas de
aço visando melhorar cicatrizes e rugas finas. O microagulhamento induz a
produção de colágeno na pele a partir de um estímulo mecânico, por meio de
um rolo composto por microagulhas, o rolo é de polietileno e composto por
agulhas de aço inoxidável e estéreis, as quais são posicionadas
proporcionalmente em fileiras, totalizando entre 192 e 540 unidades. O
comprimento das microagulhas variam de 0,25 mm a 2,5 mm de diâmetro.
No decorrer da técnica de microagulhamento, o rolo é passado de 15 a
20 vezes sobre a pele na horizontal, na vertical e na diagonal, levando um a
quadro epidemia até a um leve sangramento, que pode ser espontaneamente
controlado. A técnica dura de 15 a 20 minutos, de acordo com a dimensão da
área a ser tratada. É recomendado um intervalo de seis semanas entre uma
sessão e outra, visto que leva determinado tempo para a constituição do
colágeno. O microagulhamento é uma opção de tratamento para várias
disfunções estéticas da pele, como cicatrizes de acne, rejuvenescimento facial,
estrias e lipodistrofia ginoide.O tratamento é realizado por meio da perfuração
do estrato córneo, sem danificar a epiderme. Esse processo permite a
liberação de fatores de crescimento, que vai incentivar a produção de colágeno
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e elastina na derme papilar. Com isso, aumenta-se a proliferação celular, em


especial os fibroblastos, aumentando, então, as proteínas de colágeno e
elastina, capazes de restaurar a plenitude do tecido,sendo assim é a partir dos
fatores de crescimento que ocorre essa estimulação da formação de colágeno
e elastina na derme papilar (DODDABALLAPUR S 2009).

Outra função da técnica de migroagulhamento é potencializar a


permeação de princípios ativos cosmetológicos, uma vez que os microcanais
facilitam a absorção do ativo, aumentando a penetração de moléculas maiores
em até 80%. Sendo assim, é possível afirmar que a ação combinada
migroagulhamento e de ativos cosméticos pode potencializar os resultados
desejados. A técnica de microagulhamento se mostra eficaz em diversos
tratamentos estéticos, seja pela permeação de ativos ou pela estimulação de
colágeno quando usado isoladamente (LIMA E TAKANO 2013).

O mecanismo de ação da técnica é dividido em três etapas: indução


percutânea de colágeno, cicatrização e maturação, a primeira etapa inicia-se
com a perda da plenitude da barreira cutânea, tendo como objetivo, a
desagregação dos queratinócitos, o que permite a liberação de citocinas. As
citocinas promovem uma vasodilatação dérmica, além da migração de
queratinócitos para fins de restauração do dano epidérmico. Na segunda fase,
a de cicatrização, ocorre a proliferação celular, ou seja, a troca de neutrófilos
por monócitos, ocorrendo a angiogênese, a epitelização e a proliferação de
fibroblastos, subsequente à produção de colágeno o tipo III, elastina,
glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Simultaneamente, o TGF – α e o TGF –
β (fatores de crescimento dos fibroblastos) são liberados pelos monócitos.

Em média, cinco dias após a injúria, a matriz de fibronectina está


completa, viabilizando o depósito de colágeno abaixo da camada basal da
epiderme, e por fim, na terceira fase, a de maturação, ocorre uma lenta
substituição do colágeno tipo III pelo colágeno tipo I, que é mais duradouro,
podendo permanecer de cinco a sete anos. O tecido é, portanto, regenerado e
se obtém a melhora da aparência da pele (RIVITTI E. A SAMPAIO 2000).
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METODOLOGIA

Realizou-se uma pesquisa de artigos na base de dados do Google


acadêmico, Scielo e Lilacs, com publicações entre os anos de 2009 a 2013. A
revisão bibliográfica foi realizada junto a seus acervos de dados como Google
acadêmico, Scielo e Lilacs, com publicações entre os anos de 2009 a 2013. Os
descritores utilizados foram (DODDABALLAPEER; LIMA; TAKANO; HARRIS;
DONADUSSI). O presente estudo foi constituído de análises bibliografias,
mediante a isso nossa pesquisa visa demonstrar a eficácia da técnica de
microagulhamento para cicatriz de acne. Tratamentos prévios com a técnica de
microagulhamento no tratamento de cicatrizes de acne demonstraram sua
eficácia. As vantagens do microagulhamento são: rápida execução, baixo custo
e fácil abordagem em áreas de difícil acesso.

DISCUSSÃO

Em vista dos estudos analisados, nota-se o sucesso da técnica de


microagulhamento para as cicatrizes de acne, devido ao favorecimento da
indução percutânea de colágeno e o advento de fibroblastos no processo de
maturação da nova pele, substituindo o tecido conjuntivo vascularizado e
alterado na estrutura original, proveniente do processo cicatricial da acne.

A técnica se mostra segura, eficaz e de baixo custo, sendo muito


acessível aos clientes.

Convém apontar que o sucesso da técnica vai além da uniformização


epitelial e consequente boa estética tecidual, com benefícios para a autoestima
do cliente e satisfação pessoal do profissional, que tem em suas mãos a
possibilidade de observar a evidente melhora da pele do paciente, desde que
detenha o conhecimento e execute adequadamente o microagulhamento,
tendo este sido eleito como atendimento viável para o caso do client
(FERNANDES. D MASSIMO .S 2008).
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CONCLUSÃO

A literatura pesquisada evidenciou que a acne é uma infecção


dermatológica. A etiologia da acne é um fator multifatorial, englobando
componentes hereditários e hormonal, hipersecreção sebácea, distúrbio da
queratinização folicular e a participação de cosméticos. De acordo com o grau
as lesões podem deixar cicatrizes de acne.

O microagulhamento é um tratamento inovador, o uso da técnica tem


como ação induzir mais colágeno, gerando um processo inflamatório local.
Quando microlesões são provocadas a pele, a proliferação celular e o
metabolismo celular desse tecido aumentam, consequentemente o colágeno, a
elastina e outras substâncias que são encontradas no tecido se restituem. Em
pouco tempo ocorre a cicatrização, e os efeitos colaterais são mínimos
comparada a outras técnica. O microagulhamento neste trabalho mostrou-se
eficaz, seguro e de baixo custo, demonstrou ser capaz de proporcionar uma
melhora clinica satisfatória nas cicatrizes de acne.
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REFERÊNCIAS

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Terapêuticas nas Disfunções Estéticas . Phorte: Sao Paulo, 2006.
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3. CAMIRAND, DIOUCET 1997; FABBROCINI et al., 2008
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Cutaneous And Aesthetic Surgery, Bangalore, Karnataka, India, v. 2, n.
2, p. 110-111, jul./dez. 2009. Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2015.
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11. LEHETE T, TAWDY A : Percutaneous Collagen Induction Versus Full-
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15. THIBOUT D. ACNE: Semin Dermatol. 2002; 47:109-17

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