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DE DESASTRES NATURAIS
ROCHA, E. M. Método para classificação do “grau de risco” de desastres naturais. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS, 1., 2004, Florianópolis. Anais... Florianópolis: GEDN/UFSC,
2004. p. 499-506. (CD-ROM)
RESUMO
O “Grau de Risco” de uma área de risco, é um parâmetro de fundamental importância para a elaboração de
Projetos de Prevenção de Desastres Naturais, pois o mesmo permite a definição de urgências e prioridades
das soluções. O presente trabalho apresenta um Método, prático e de fácil aplicação, para a determinação do
parâmetro em tela.
ABSTRACT
The “Level of Risk” of a risk area is a parameter of fundamental importance for Prevention Projects of
Natural Disasters, as it allows to define the urgencies and priorities of solutions. This paper presents a
method, practical and of easy application to determine that parameter.
1. INTRODUÇÃO
Para a elaboração de “Projetos de Prevenção de Desastres Naturais”, seja para
problemas localizados ou para uma região, torna-se indispensável a classificação do “Grau
de Risco” de cada problema previamente identificado por um “cadastramento inicial”.
Com base nesta “Classificação” é que serão definidas as urgências e prioridades
das soluções, alocação de recursos, cronogramas etc.
O método aqui proposto, foi inicialmente apresentado, em forma simplificada, ao
VIII Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, realizado
em Porto Alegre-RS, em 1986 (ROCHA, Euler Magalhães da. O problema de encostas em
áreas urbanas), tendo sido complementado em abril de 2000 (ROCHA, Euler Magalhães
da. Programa preventivo de proteção e assistência às populações das áreas de risco do
Estado de Minas Gerais, v. III, abril, 2000); a versão agora apresentada representa o
aprimoramento das versões anteriores.
Este método pode ser aplicado também para desastres ambientais e outros
antropogênicos.
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2 MÉTODO PARA CLASSIFICAÇÃO DO “GRAU DE RISCO”
2.1 Tipos de Riscos
Para cada “Área de Risco”, ou para cada problema, serão analisados,
independentemente, quatro diferentes tipos de risco, designados por:
R1 – RISCOS HUMANOS;
R2 – RISCOS ECONÔMICOS PRIVADOS;
R3 – RISCOS ECONÔMICOS PÚBLICOS;
R4 – RISCOS DE AGRAVAMENTO;
assim conceituados:
R1 – Quando houver risco para a integridade do ser humano: ferimentos, mortes, desabrigo,
doenças etc.;
R2 – Quando houver riscos para propriedades privadas e/ou para atividades industriais e
comerciais;
R3 – Quando houver risco para edificações públicas, vias, logradouros e equipamentos
urbanos, estradas, pontes etc.;
R4 – Quando houver risco de evolução e agravamento do risco.
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TABELA 2
NÍVEL DE GRAVIDADE (NR) NÚMERO DE PONTOS
Sem gravidade 0
Gravidade média 1
Grave 5
Muito grave 21
SEM GRAVIDADE - SG
GRAVIDADE MÉDIA – GM
GRAVE – GV
MUITO GRAVE – MG
Mínima IG = 1
Baixa 1<IG ≤ 1,4
Média 1,4<IG ≤ 1,6
Alta 1,6<IG < 2
Máxima IG = 2
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O valor de IG é lido diretamente na diagonal do Ábaco.
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¾ identificação dos tipos de riscos existentes.
4. CONCLUSÃO
O Método apresentado é de fácil aplicação, conforme exemplificado a seguir:
• Na elaboração do “Projeto de Prevenção de Desastres Naturais” para uma determinada
região, uma encosta em área urbana foi identificada como “Área de Risco”.
O Relatório de Inspeção realizado informa:
a encosta é habitada e existe possibilidade efetiva de risco de vida (R1);
existe possibilidade efetiva de danificação de casas particulares (R2);
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danos à via pública são de possibilidade nula (R3);
O risco de evolução e agravamento do problema é de possibilidade provável
(R4).
Estas informações permitem montar o seguinte quadro:
TIPO DE SITUAÇÃO DO NÍVEL DE NÚMERO DE
RISCO RISCO (SR) GRAVIDADE (NR) PONTOS
R1 Possibilidade efetiva Muito grave 21
R2 Possibilidade efetiva Muito grave 21
R3 Possibilidade nula Sem gravidade 0
R4 Possibilidade provável Grave 5
Assim, PA = 21 + 21 + 0 + 5 = 47
Entrando-se com este valor no eixo vertical do Ábaco obtém-se, no eixo
horizontal NA = MG e na diagonal, IG = 1,41.
Portanto, o “Grau de Risco” da encosta será expresso por
GR = MG/1,41
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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