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A Ergonomia Cognitiva e a

Interação Pessoa-Computador:
Análise Ergonômica da Urna
Eletrônica 2002 e do Módulo de
Impressão Eletrônico.

Sérgio Luis dos Santos Lima


Defesa de Dissertação

22/12/2003
Problema e contexto da pesquisa

• Brasil – Processo Eletrônico de Votação


• Eleição indireta EUA
• Estudos com interação TEB-Usuários
• Aplicação em larga escala
Objetivo Geral

• Avaliar a usabilidade da URNA


ELETRÔNICA 2002 e do MÓDULO
DE IMPRESSÃO ELETRÔNICO - MIE
Objetivos Específicos

– Verificar em que situações a competência do eleitor


encontra limites
– Identificar as estratégias operatórias empregadas
pelos eleitores para responder às exigências das
tarefas;
– Analisar as propriedades físicas e gráficas que
estruturam a organização e apresentação das
informações;
– Identificar técnicas de avaliação de interfaces
Objetivos Específicos

– Fornecer subsídios ao TSE para realização de uma


pesquisa abrangente em todo o território nacional;
– Formular questões que visem compreender melhor
o processo de interação Pessoa-Artefato
Tecnológico;
– Propor recomendações para otimização da
interação.
Importância

– Carência de estudos
Compreensão das principais dificuldades na
interação
Rejeição – uso inadequado – operações incorretas que
podem demandar tempo ou enviesar voto.

– Proposta de otimização da UE
– Identificação das estratégias e dos modos
operatórios para realizar uma pesquisa uniforme
em todo o país.
Hipóteses de Estudo

H1 – “O Módulo de Impressão Eletrônico - MIE será


ignorado pelo eleitor quando em votação”;

H2 – “A estratégia operatória proposta pelo TSE é


eficiente diminuindo conflitos de interação com a
Urna Eletrônica”;

H3 – “Pessoas que possuem mais familiaridade com


outros artefatos tecnológicos possuirão uma
interação mais rápida com a Urna Eletrônica”.
Limitação do Estudo

• Amostra

• Lei 4.737 - Código Eleitoral


Art. 103 – voto secreto
cabine indevassável.
Estrutura da Apresentação

• Introdução

• Referencial Teórico

• Trajetória Metodológica

• Apresentação e Discussão dos Resultados

• Conclusões e Recomendações
UE - Introdução

• A Urna Eletrônica começou a ser


implantada em 1996 em 57 municípios
• No ano de 1998 em 537 municípios
• No ano de 2000, 100% do eleitorado
brasileiro utilizou-se da urna eletrônica
• Novidades
UE2002 / MIE
MIE - Introdução

• Ministro Nelson Jobim - a intenção da Justiça


Eleitoral é garantir o voto impresso em todas
as urnas eletrônicas até o ano de 2008, sendo
o pleito de 2002 um teste e a partir de 2004
como uma obrigatoriedade. (Silva, 2002).

• Finalidade: “É uma forma de aumentar a


transparência do processo e trazer
tranqüilidade para toda a população.”

• Características
Referencial Teórico

• Ergonomia

– Ergonomia Cognitiva

– Ergonomia de Software
» Usabilidade
Abordagem Metodológica – Procedimentos

AET – Análise Ergonômica do Trabalho


Guérin e cols (2001)

Etapa 1 – Análise da Demanda

P/ Delimitação do problema:
(1) Análise Contextual e Documental;
(2) Entrevistas com profissionais do Tribunal Superior
Eleitoral – TSE, profissionais do Tribunal Regional
Eleitoral do Distrito Federal – TRE/DF;
(3) Observações globais da interação eleitor-urna eletrônica.
Abordagem Metodológica – Procedimentos

Etapa 2 – Análise da Tarefa Intrínseca


Orientada para as características técnicas e funcionais da
interface em termos de coerência interna de funcionamento.

(1) Avaliação Heurística;


5 especialistas – Alexandre Silvino, Marcelo Ortega,
Maurício Sarmet e Andréa Castello Branco Sergio Lima

3 encontros – Total – 5 hs

(2) Inspeção Ergonômica.


Taxonomia de Nielsen
Abordagem Metodológica – Procedimentos

Etapa 3 – Análise Extrínseca da Tarefa:


ligada às exigências técnicas e administrativas da tarefa e aos
objetivos, experiências e características dos usuários.

(1) Observações Globais e Sistemáticas da interação eleitor-urna


eletrônica;
(2) Inspeção Cognitiva;
(3) Validação de Instrumento tipo survey;
(4) Entrevistas abertas e semi-estruturadas:
profissionais da área de informática do TSE, TRE/DF, TRE/SC,
mestrandos e doutorandos de Informática e Engenharia de Produção e
Sistemas da UFSC, mestrandos e doutorandos de Psicologia e Desenho
Industrial da UnB, mesários, escrutinadores, eleitores, e outros
profissionais envolvidos no sistema de votação eletrônico;
Abordagem Metodológica – Procedimentos

Etapa 4 - Análise da Atividade


Análise da interação eleitor-urna eletrônica em
situação real de eleição.
Abordagem Metodológica - Instrumento

Instrumento survey:
(1) A percepção subjetiva do eleitor quanto à facilidade de
utilização da urna eletrônica;
(2) A percepção subjetiva do eleitor quanto à confiabilidade no
sistema eletrônico de votação;
(3) O grau de satisfação do eleitor quanto ao processo de
votação eletrônico;
(4) A estratégia operatória dos eleitores;
(5) Características dos eleitores: (a) dados gerais – sexo, faixa
etária; (b) nível de escolaridade (c) familiaridade com a
tecnologia computacional (urna eletrônica, Terminal
eletrônico e Computador).

- SPSS
Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca da
Tarefa

Avaliação Heurística

1. A mensagem ‘voto nulo’ é muito pequena levando-se em


conta que a atenção do eleitor está mais voltada para o
espaço onde aparece a foto, seria interessante que nesse
local fosse exibido algo alertando que o voto vai ser
computado como nulo;

2. Intermitência do “voto nulo” é alta sendo de 6


segundos. O recomendado varia de 2-5 Hz. Os
especialistas indicam a intermitência de 2 Hz.
Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca
da Tarefa

Avaliação Heurística
3. A tela única para votação de senador não foi uma boa
solução. O fato das fotografias e nomes aparecerem na
mesma tela, provavelmente dificulta o entendimento por
parte dos eleitores que muitas vezes poderão confirmar o
voto nulo para o 2º senador tentando mudar de tela.

4. O papel de feedback da votação do MIE possui uma


péssima legibilidade, a fonte não é de serifa, é pequena e o
espaçamento entre as linhas é curto, não obstante o espelho
de visualização ainda distorce a leitura. Esta péssima
qualidade ergonômica provavelmente causará conflitos de
interação.
Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca
da Tarefa

Inspeção Ergonômica via Lista de verificação


– Aspectos Positivos
A interface da Urna eletrônica:
  Informa e conduz o eleitor a uma boa
navegação.

  Facilita a aprendizagem e a utilização do


sistema, permitindo que o eleitor tenha
conhecimento, a qualquer momento de onde se
encontra na seqüência de interação e de
execução da votação;

É concisa, reduz a carga mnemônica e


perceptiva, proporcionando baixo tempo de
leitura e eficiência de interação;
Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca
da Tarefa

Inspeção Ergonômica via Lista de verificação


– Aspectos Positivos
 Possui um bom posicionamento quanto aos
itens, bem como uma característica gráfica que
estabelece distinção entre diferentes classes da
interação;

   É homogênea e consistente;

   Possui legibilidade clara e sucinta;

   Tem boa gestão de erros.


Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca
da Tarefa

Inspeção Ergonômica via Lista de verificação


– Sugestões de Intervenção:
C. Colocar a taxa de intermitência de aviso de voto
nulo entre 2 e 5 Hz;
Taxonomia de Nielsen: 4

F. Manter os formatos de apresentação de dados


consistentes (tela de senador);
Taxonomia de Nielsen: 3

I. Realizar uma distinção melhor da ação voto nulo,


que ao menos tenha a mesmo tamanho das
outras fontes e que seja centralizado na tela;
Taxonomia de Nielsen: 2
Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca
da Tarefa

Inspeção Ergonômica via Lista de verificação


– Sugestões de Intervenção:
C. Corrigir apenas a última entrada de dados do eleitor
(ex: o eleitor, após errar, tem que digitar novamente
toda a numeração do candidato);
Taxonomia de Nielsen: 2

F. Separar os parágrafos de texto por no mínimo uma


linha em branco; (ex. a informação de corrige ou
confirma nos finais de todas as telas);
Taxonomia de Nielsen: 2
Resultados - Análise da Dimensão Intrínseca
da Tarefa

Inspeção Ergonômica via Lista de verificação


– Sugestões de Intervenção:

F. Fornecer um posicionamento automático do cursor;


Taxonomia de Nielsen: 1

G. Subdividir campos numéricos de entradas de dados


em grupos menores e pontuados pelo espaço;
Taxonomia de Nielsen: 1
Resultados - Análise da Dimensão Extrínseca
da Tarefa

Observações Globais e Inspeção Cognitiva #1


UFSC - 12 mestrandos e doutorandos de Informática e
Engenharia de Produção e Sistemas 1 h e 30’ e 2 IC 

1. Os sujeitos navegam com o olhar fixo no teclado da urna


eletrônica. E não na interface como se esperava;

2. Os sujeitos sentiram estranheza na tela de Senador. A


poluição visual e a inconsistência desta dela pode gerar um
problema de usabilidade;

3. Ao final da votação, alguns sujeitos focaram o olhar na


impressora e por vezes esqueceram de confirmar pela
segunda vez a votação;
Resultados - Análise da Dimensão Extrínseca
da Tarefa

Observações Globais e Inspeção Cognitiva #1

4. Os sujeitos reclamaram da péssima visualização fornecida


pelo Módulo de Impressão eletrônico;

5. Um sujeito confirmou duas vezes quando desejava ter


mudado o voto;

6. Um sujeito votou na legenda quando queria ter executado a


ação de anular o voto.
Resultados - Análise da Dimensão Extrínseca
da Tarefa

Observações Globais e Inspeção Cognitiva #2


Eleitores na plataforma rodoviária de Brasília – 2hs – 6 IC

1. Os sujeitos, em sua grande maioria, focaram o olhar no


teclado;

2.  Alguns sujeitos confirmam o voto antes de olhar a


interface da urna;

3. A tela de votação para senador causou impacto


(estranheza) na grande maioria dos sujeitos;

4.   Dois sujeitos votaram na legenda quando gostariam de


anular o voto;
Resultados - Análise da Dimensão Extrínseca
da Tarefa

Observações Globais e Inspeção Cognitiva #2

5.  Os sujeitos encontram dificuldades de visualização do


resumo da votação, provavelmente por uma dupla hipótese:
(a) a tela de vidro da MIE causa distorções; (b) a fonte é
pequena e as informações muito compactas;

6.   Um sujeito confirmou duas vezes, finalizando a votação,


quando sua intenção era a modificação do voto que houvera
anulado sem querer;

7. Dois eleitores, ao final da votação, focaram o olhar na


impressora e por vez esqueceram de confirmar a votação;
Resultados – Hipóteses Secundárias

H2 (1) – “O conflito de interação será evidenciado


na visualização do espelho do voto impresso e na
dupla confirmação”.

H2 (2) – “A poluição visual gerada pela tela de


senador pode enviesar a intenção de voto”;

H2 (3) – “O eleitor ao tentar anular o voto pode


estar votando na legenda”;

H2 (4) – “A intermitência longa do voto nulo está


induzindo o eleitor ao erro”;
Resultados – Entrevistas

• Processo eletrônico de Votação


– Verbalizações negativas – sorteio das UE a serem conferidas.
– Verbalizações positivas – apuração na própria seção; feedback da
votação.

• MIE
– Maior tempo de duração da interação nas seções onde haviam o
voto impresso ocasionando constrangimentos;
– O eleitor, no momento da votação não deu muita importância ao
módulo de impressão eletrônico – MIE, realizando a votação como
se não existisse a impressão; como conseqüência foi reduzida a
quantidade de eleitores que realmente conferiram o voto e
significativo o número dos que saíam da cabina de votação sem
realizar a dupla confirmação após a impressão do espelho,
aumentando o tempo de votação e causando constrangimentos;
Resultados – Entrevistas

• MIE (continuação)
– Aqueles eleitores que deram importância ao módulo de impressão
eletrônico – MIE, foram prejudicados pela baixa qualidade do
espelho de visualização do voto. O espelho de visualização possui
uma lente de aumento que não amplia o suficiente e ainda causa
distorções, sofre ofuscação da claridade do ambiente e da
luminosidade da lâmpada do MIE, dificulta a interação
principalmente para o deficiente físico, acarretando em conflitos
de interação e contribuindo para o atraso na votação;
– Maior complexidade para a montagem das seções devidas: (a) ao
transporte e manuseio dos MIEs pelos técnicos e mesários, mais
especificamente pela 0dificuldade no encaixe do MIE com o
terminal do eleitor;
– O elevado número de panes no MIE, em grande parte devido ao
atolamento do papel na impressão;
Resultados – Entrevistas

• MIE (continuação)
– Maior solicitação de servidores do TRE, devido à locomoção destes
às localidades com voto impresso;
– Necessidade de mais espaço de armazenamento nas seções;
– Dificuldade na visualização do voto impresso: tamanho da letra, o
espaçamento entre as informações, lente de aumento que não
amplia o suficiente e ainda causa distorção, influência da claridade
do ambiente, luminosidade da lâmpada do MIE;
– Provável aumento do custo ao erário público do processo eleitoral
pelas aquisições de MIE; bem como pelo custo logístico
(pessoal/veículos/apoio do TRE) nos municípios com voto
impresso.
Resultados

100,0%
90,0%
80,0% Nota 4 Nota 8
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0% Nota 9 Nota 10
20,0% 92,9%
10,0%
0,0%

Amostra
Resultados - Facilidade

100,0%
90,0%
80,0% Discordo Totalmente
70,0% 1,4%

60,0% Concordo
50,0% 10,0%
40,0% Concordo Totalmente
30,0% 88,6%
20,0% Total
10,0%
0,0%
Facilidade
Resultados

100,0%
90,0%
80,0% Concordo
70,0% 1,4%
60,0%
50,0% Concordo Totalmente
40,0% 98,6%
30,0%
20,0% Total
10,0%
0,0%
Confiabilidade
Resultados

100,0%
90,0%
80,0% Vota Sozinho
70,0% 58,6%
60,0%
É Orientado
50,0%
30,0%
40,0%
É Auxiliado
30,0%
11,4%
20,0%
10,0% Total
0,0%
Confirmação
Dupla
Resultados

Interação Tempo Médio Interação


Rápida Lenta
28” 74” 265”
Resultados

100,0%
90,0%
80,0%
70,0% Trouxe Não Trouxe
60,0% 88,6% 11.4%
50,0%
40,0%
30,0%
Total
20,0%
10,0%
0,0%
Estratégia
Operatória
Resultados

100,0%
90,0% Sim
80,0% 14,3% 24,4%
70,0%
Não
60,0%
50,0% 44,3% 75,6%

40,0% Não Visualizado


30,0% 41,4%
20,0% Total
10,0%
0,0%
Conferiu %
o MIE Válida
Resultados

Familiaridade Correlação

F_TEB 66,7% - Rápida interação 4,7% - Lenta interação


X2 = 6,694; gl=2; p<0,035

S/F_TEB 92,3% - Lenta interação


Amostra

F_CPU 87,5% - Rápida interação


S/ F_CPU 95,7% - intermediária 92,3% - Lenta interação
X2 = 12; gl=2; p<0,002
Amostra
Conclusões e Recomendações

• EU 2002 - Excelente usabilidade


MIE – Péssima usabilidade

• A Urna Eletrônica contribui para a inserção da


população brasileira na futura era da informação,
gerando competência para o agir, diminuindo o impacto
da inserção de novas tecnologias, incutindo uma
alfabetização digital na população brasileira fornecendo
a possibilidade desta obter um
comportamento baseado em habilidades.
Conclusões e Recomendações

• Os resultados obtidos pela Análise Ergonômica permitem


concluir que a estratégia operatória bem delineada é capaz de
transformar uma demanda cognitiva complexa em uma ação
simples e familiar. Logo é válido pressupor que ergonomistas
podem se preocupar com a questão de incluir em seus
relatórios finais de análise cognitiva de tarefas complexas uma
sugestão de Estratégia operatória que busque facilitar a
regulação dos indivíduos em sua atividade de trabalho.
Provavelmente esta Estratégia será delineada no estudo do
enfrentamento das complexidades realizadas pelos experts de
cada domínio.
Conclusões e Recomendações

A. Extinção do Módulo de Impressão Eletrônico


– MIE:
Justificativa: as formas de auditoria da votação eletrônica
podem e devem se manter no escopo do processo eletrônico,
não havendo prejuízo à segurança e confiabilidade do sistema
eletrônico de votação. A inserção deste artefato não contribui
para usabilidade e nem contribui para a confiabilidade do
eleitor no processo eletrônico de votação demandando custos
financeiros e de logística.
feedback da votação é a única vantagem da inserção do MIE,
assim recomenda-se manter a confirmação dupla ao final da
votação e, entre estes modos operatórios, uma tela de
feedback com a votação realizada pelo eleitor.
Conclusões e Recomendações

A.2 Na impossibilidade de haver a extinção do


Módulo de Impressão Eletrônico – MIE:
1. Melhora do MIE com relação ao próprio hardware,
aumentando a robustez e a confiabilidade; evitando
assim os atolamentos de papel e os problemas de
encaixe;
2. Melhora dos aspectos ergonômicos da MIE tais
como: (a) modificar o espelho de visualização do
voto; (b) melhorar a legibilidade: trocar a fonte,
aumentar seu tamanho e o espaçamento entre suas
respectivas linhas;
Conclusões e Recomendações

B. Realizar pesquisas aplicadas da


interação.
Em uma primeira etapa para a cronometragem dos
tempos médios de interação de cada tela. Em
seguida a realização de outro ensaio de interação,
com a interface já modificada, a fim de validar as
sugestões de modificação na
Interface da urna eletrônica.
Conclusões e Recomendações

C – Sortear 3% das urnas a terem seus


votos conferidos no dia da votação, mas
precisamente na própria conferência na
Junta Eleitoral.
Justificativa: Sortear as urnas na véspera da eleição
pode gerar comentários negativos sobre o sistema
de votação da urna eletrônica;
Conclusões e Recomendações

mudança na legislação da Lei nº 9.504, de 30 de


setembro de 1997 que estabelece normas para as
eleições, em seu artigo 59, § 6º. Parágrafo este
incluído pela Lei nº 10.408. de 10/01/2002 e assim
redigido: “Na véspera do dia de votação, o juiz
eleitoral, em audiência pública, sorteará três por
cento das urnas de cada zona eleitoral, respeitando o
limite mínimo de três urnas por município, que
deverão ter seus votos impressos contados e
conferidos com os resultados apresentados pelo
respectivo boletim de urna”
Conclusões e Recomendações

• Sugestões para trabalhos Futuros


– Pesquisa empírica
– Validar as sugestões
– Verificar as hipóteses secundárias
– Verificar a inserção da tela de feedback.
– Análise Ergonômica em dimensão
nacional
ANEXOS
Dimensão Intrínseca

• Critérios Ergonômicos
1. Orientação (Condução)
2. Carga de Trabalho
3. Controle Explícito
4. Adaptabilidade
5. Gestão de Erros
6. Homogeneidade / coerência
7. Significado dos códigos e denominações
8. Compatibilidade
Critérios Ergonômicos - Condução

• Presteza

• Feedback Imediato
Exemplos: Indicador de progresso
Indicador de processamento (ampulheta)

• Agrupamento/Distinção de Itens
• por Localização
• por Formato
Critérios Ergonômicos - Carga de Trabalho

• Brevidade
• Concisão
• Ações Mínimas

• Densidade Informacional
Critérios Ergonômicos - Controle Explícito

• Ações Explícitas do usuário

• Controle do usuário
Critérios Ergonômicos - Adaptabilidade

• Flexibilidade
• Exemplo: adequar a interface às
características do usuário

• Consideração da experiência do usuário


Exemplo: tecla de atalho
Critérios Ergonômicos - Gestão de Erros

• Proteção contra os erros


• Deseja Sair?

• Qualidade das
mensagens de erro

• Correção dos erros


Exemplo: “Undo” (Desfazer)
Critérios Ergonômicos - Homogeneidade

Manutenção de escolhas na concepção da


interface (códigos, denominações, formatos,
procedimentos, etc.) são conservadas idênticas
em contextos idênticos, e diferentes para
contextos diferentes.
Critérios Ergonômicos - Códigos e
Denominações

Diz respeito a adequação entre o objeto ou a


informação apresentada ou solicitada, e sua
referência.

Quando a codificação é significativa, a


recordação e o reconhecimento são melhores, o
contrário pode induzir erros.
Critérios Ergonômicos
(memória, - Compatibilidade
percepção, hábitos,
competências, idade,
expectativas, etc.)
Refere-se ao acordo que possa existir entre as
características do usuário e das tarefas, de uma
parte, e a organização das saídas, das entradas
e do diálogo de uma dada aplicação, de outra.
Diz respeito também, ao grau de similaridade
entre diferentes ambientes e aplicações.
Exemplo: Aplicativos MS Office.
Dimensão Extrínseca

• Técnicas Analíticas
• Técnicas Prospectivas
Aumentam a efetividade de avaliações
analíticas.

• Técnicas Empíricas
Análise das estratégias operatórias
adotadas pelos usuários
O Que é Ergonomia

Objetivos
 transformar o contexto de trabalho
adaptando-o ao homem e,
 produzir conhecimentos científicos

• Estudo interdisciplinar;
• Solução de compromisso:
Eficácia / Conforto/ Segurança;
• Dimensões: Homem (Cargas: física, psíquica e
cognitiva) e Atividade;
• Fio Condutor:
Análise da Atividade em situação real de
trabalho
Definição de Usabilidade
(memória, percepção, hábitos,
competências, idade,
expectativas, etc.)
Capacidade do software em permitir que o
usuário alcance suas metas de interação com o
sistema. – Scapin e Bastien (INRIA, 1993).

(Institut National
Capacidade que apresenta de Recherche
um sistema interativo
en Informatique et en
de ser operado, de maneira eficaz, eficiente e
Automatique)
agradável, em um determinado contexto de
operação, para realização das tarefas de seus
usuários. – ISO 9241
Desenvolvimento de Competências

Conhecimentos Habilidades

Experiência
Competência
Estratégias Operatórias

Processo de categorização, resolução de problem

Modo Operatório
(sequência de ações e operações)
adotados pelos eleitores na interação com a
UE2002
Categorização e Tomada de Decisão

Categorização:
• Identificação e definição do problema;
• Construção de uma estratégia de resolução;
• Organização das informações;
• Alocação de recursos cognitivos, a
monitoração e a avaliação da resolução;
Tomada de Decisão:
Está embasada nas estratégias que o
trabalhador utiliza para julgar a probabilidade
de acerto entre as diferentes escolhas;
Ciclo de Resolução de Problemas

Identificação
do Problema
1

Avaliando a
Definição
resolução de
do Problema
problemas
2
7

Monitorando a Construindo
resolução de uma estratégia
problemas 3
6

Alocação de Organizando
recursos a informação
5 4

Fonte: Sternberg (2000)


Modos Operatórios

• Resultado de uma regulação entre:


– Os objetivos;
– Os meios de trabalho;
– Os resultados produzidos;
– O Estado Interno do Trabalhador.

• Relação: Estratégia – Modo Operatório:


O trabalhador elabora de novos modos, ou
ações, reinterpetrando a situação presente
formulando estratégias para solucionar os
problemas, bem como antecipar incidentes.
Contextualizando

• Teclado
– Números de 0 a 9 dispostos como em
um telefone
– Branco
– Corrige
– Confirma
Contextualizando

• Votação passo a passo

– Apresentação do título de eleitor ou de


documento de identificação
– Validação do documento pelo mesário
– Mesário digita o número do título em um
microterminal Desbloqueio da urna
Contextualizando

• Votação passo a passo

– Recomenda-se que seja levada uma


“cola”
– Primeira tela: 4 números a serem
preenchidos para deputado federal
– Após a digitação do número
Aparecerá a foto, o nome, o número
e o partido do candidato
Contextualizando

Object 4104

– Se algo sair errado apertar a tecla


Corrige e começar de novo
– Se a foto, o nome, o número e o
partido apresentados estiverem
corretos apertar a tecla Confirma
Contextualizando

– Repetir o mesmo procedimento para:


• Deputado estadual
• Senador 1 / Senador 2
• Governador
• Presidente

– Palavra FIM aparece na tela


acompanhada de um sinal sonoro
Contextualizando

– Voto de legenda: digitar pelo menos


os 2 primeiros números do partido e
apertar a tecla Confirma

– Voto em branco: apertar a tecla


Branco e depois a tecla Confirma

– Voto Nulo: digitar número de


candidato e partido inexistentes e
apertar a tecla Confirma
Novidades – UE2002

•Impressão de voto
– Apenas em 75 munícipios
•Mudanças nas cédulas
– 2 votos para senador (não aceita
repetição)
– Aparecerá nome do candidato para
vice-governador
•Facilidade para deficientes visuais
– algarismos em braile nas teclas
– sinal sonoro para avisar final da
votação
Características – UE2002 (1)

Dimensão e Peso da UE2002 e do MIE

UE2002
Largura: 38 cm
Altura: 16 cm
Profundidade: 17 a 29 cm
Peso: 8,5 kg
MIE
Largura: 15 cm
Altura: 27,5 cm
Profundidade: 23 cm
Peso: 1,5 kg
Características – UE2002 (2)

Fonte de Alimentação e Autonomia


AC: 90 V a 24 V
DC: 12 V
Componentes Eletrônicos
 Processador GEODE GXLV/166P de
166 MHz
 Memória RAM 32 MB
 Relógio Interno com autonomia de 10
anos a partir de janeiro de 2001
 Memória tipo Flash (FI e FV) com
capacidade de 16MB e arquitetura tipo
CompactFlash
Características – UE2002 (3)

Módulo Impressor Interno/Externo


 Tecnologia de impressão térmica
 Largura do papel: 57 mm
 Caracteres por linha: 38
 Velocidade de Impressão: 45 mm/s
 Guilhotina
 Hot Swap
Ergonomia Cognitiva

 Disciplina aplicada que estuda os processos


cognitivos em situação de trabalho
 Não se trata de entender a natureza da
cognição humana
 Particularização do conhecimento mais
amplo para compreender uma situação
específica
 Formação de um quadro teórico com
conceitos próprios
Cognição

 Mecanismos mentais que agem sobre a


informação sensorial, buscando a sua
interpretação, classificação e organização
 Conjunto de atividades e processos pelos
quais um organismo adquire informação e
desenvolve conhecimentos.
 Processos Cognitivos: Memória;
Categorização; Atenção; Resolução de
Problemas: tipos de raciocínio;
Linguagem.
 Processo de aquisição de aprendizagem
Processos perceptivo e cognitivo

Objeto Interpretação e
Integração das
Cérebro R
características
E
Captação do objeto aos
Estruturas S
conhecimentos
pelo corticais P
do sujeito
O
Sistema •Memória S
Sistema •Categorização T
Características: Sensorial Cognitivo •Atenção A
- cor •Resolução de S
- textura Problemas: tipos
- tamanho de raciocínio
- formato
•Linguagem
- profundidade

Processo Perceptivo Processos Cognitivos


Fonte: Júlia Abrahão(2003), Labergo-UnB
Percepção

 Conjunto de processos pelos quais reconhecemos


e organizamos as sensações recebidas dos
estímulos ambientais.

 Modalidades perceptivas:
- Visão
- Audição
- Tato
- Paladar
- Olfato
- Senso sinestésico
Fonte: Júlia Abrahão(2003), Labergo-UnB
Percepção

Base neurofisiológica da
percepção
 Comunicação aferente e eferente
 Neurônios e sinapses
 Neurotransmissores e sinapses
elétricas

Elementos da Percepção
 Atenção e percepção
 Percepção profunda
 Constância perceptiva
 Déficit da percepção
Fonte: Júlia Abrahão(2003), Labergo-UnB
Representação Para Ação

 Representações mentais que atuam como elo


entre sujeito e o contexto
 Apreensão de elementos de um contexto
 Imagem operatória
 Modelos mentais incompletos, pessoais e
instáveis
 Norteia a ação do indivíduo
Representação Para Ação

 Características:

- processos mentais ativos para apropriação


das situações;
- construir significados sobre uma situação -
caráter finalístico;
- processo qualitativo de re(estruturação)
constante e reorganização dos conteúdos -
processo de aprendizagem;
- desenvolvimento contínuo; e
- o processo representativo não é cristalizado.
Taxonomia de Nielsen

0 – não é necessariamente um
problema;
1 – problema estético;
2 – baixa prioridade de correção;
3 – alta prioridade de correção;
4 – é imperativo a correção.
Esquema Metodológico de Guèrin
SRK - Rasmussen

O bjetivos í
Raciocnio
í ico
Heurst

Comportamento Decisão da
Identificação Planejamento
tarefa
baseado em
Conhecimentos
S ím bolos

Criatividade
Comportamento
Associação Estoque
baseado em Reconhecimento
estado/tarefa de regras
Regras para tarefa
signos

Comportamento Sinais Padrões


Formação sensórios motores
baseado na
automatizados
Habilidade

Entrada sensorial Sinais Ações


Caracterização da Amostra

Porcentagem

16 anos -25 anos 35,7%

26 anos – 35 anos 28,6%

36 anos – 45 anos 11,4%

46 anos – 55 anos 15,7%

+ de 56 anos 8,6%

Total 100%

Faixa Etária
48,6% - sexo feminino
51,4% - sexo masculino
Caracterização da Amostra

Porcentagem Porcentagem
Acumulativa
1o.Grau Incompleto 75,7% 75,7%

1o.Grau Completo 11,4% 87,1%

2o.Grau Incompleto 4,3% 91,4%

2o.Grau Completo 8,6% 100,0%

Total 100%

Escolaridade
Caracterização da Amostra

Porcentagem

Nunca Utilizei 77,1%

Já Utilizei e não Utilizo mais 11,4%

Utilizo uma/duas vezes por semana 4,3%

Utilizo três/quatro vezes por 4,3%


semana
Utilizo + de quatro vezes por 2,9%
semana
Total 100%

Familiaridade com Computadores


Caracterização da Amostra

Porcentagem

Nunca Utilizei 65,7%

Já Utilizei e não Utilizo mais 5,7%

Utilizo 28,6%

Total 100%

Familiaridade com Terminal Eletrônico Bancário


Caracterização da Amostra

Porcentagem

Nunca Votou 10,0%

Votou Uma Vez 34,3%

Votou Duas Vezes 42,9%

Votou três vezes 12,9%

Total 100%

Familiaridade com Urna Eletrônica


Votação de Laguna

Abstenção Votos Brancos Nulos


válidos
Presidente 10,14 % 92,03 % 2,70 % 5,26 %

Governador 10,14 % 91,98 % 3,84 % 4,18 %

Senador 10,14 % 84,74 % 7,42 % 7,83 %

Deputado 10,14 % 93,45 % 4,35 % 2,20 %


Federal
Deputado 10,14 % 95,16 % 3,20 % 1,65 %
Estadual
Fonte: TRE/SC
Anexo 1

Protocolo de interação
Protocolo de Interação
Eleitor Urna eletrônica

1. Tempo de Votação _____
2. Tempo de Confirmação _____
Dupla Confirmação
Presidente solicita a 2 confirmação Vota sozinho

MIE
Conferiu o voto Não foi possível observar
Não Conferiu

Escala de Concordância
Facilidade
Discordo Discordo Não Discordo Concordo Concordo
Totalmente Não Concordo Totalmente

Confiabilidade
Discordo Discordo Não Discordo Concordo Concordo
Totalmente Não Concordo Totalmente

Escala de Satisfação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Trouxe a “cola” Sim Não

Você tem alguma sugestão para melhorar o serviço da Urna eletrônica?  
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Protocolo de interação
Familiaridade Computacional                

UE Nunca votou votou 1 vez votou 2 vezes votou 3 vezes

Computador Nunca utilizou já utilizou / não utiliza 1/2 3/4 + de 4

Terminal eletrônico Nunca utilizou já utilizou / não utiliza utiliza

 bancário
Idade
16 - 25 anos 26 - 35 anos

46 - 55 anos 36 - 45 anos

+ de 56 anos

Escolaridade
1 Grau Incompleto 1 Grau Completo

2 Grau Incompleto 2 Grau Completo

3 Grau Incompleto 3 Grau Completo

Sexo
Masculino Feminino

População
Urbana Rural

Observações: ___________________________
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