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DIDÁTICA
2010
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro
s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG)
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Ministro da Educação
Fernando Haddad
Vice-Reitor da Unimontes
João dos Reis Canela
Pró-Reitora de Ensino
Maria Ivete Soares de Almeida
Coordenadora da UAB/Unimontes
Fábia Magali Santos Vieira
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Unidade I: As Concepções de educação que fundamentam o ato de
ensinar: expressão da ação política do homem, para educar o homem,
que, por meio de suas ações, produz e reproduz a história do universo
onde habita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Concepções de Educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Unidade II: As tendências pedagógicas implantadas na educação escolar
brasileira: propostas de ensino - aprendizagem/viabilização de
interesses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2. 1 Tendência pedagógica tradicional liberal . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.2 Tendência pedagógica liberal renovada/moderna . . . . . . . . . 41
2.3 Tendência pedagógica libertadora/teorias críticas da
educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.4 A didática adotada nas relações ensino-aprendizagem norteadas
pelas tendências pedagógicas predominantes na história da educação
brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
2.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Unidade III: Diferentes formas de trabalho pedagógico na
contemporaneidade: projetos de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
3.1 Trabalho pedagógico, organização escolar, pluralidade cultural
conteúdos culturais: uma ideologia política ou proposta
de emancipação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
3.2 Projetos de trabalho: fundamentos e características . . . . . . . 78
3.3 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Unidade IV: Planejamento de ensino: objetivos, métodos, recursos e
avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
4.1 Planejamento de um sistema educacional . . . . . . . . . . . . . 107
4.2 Planejamento escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
4.3 Plano curricular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
4.4 Plano de ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
4.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Referências básica, complementar e suplementar . . . . . . . . . . . . . . 137
Atividades de aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
APRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a):
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EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM
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Didática UAB/Unimontes
Bom estudo!
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UNIDADE 1
AS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO QUE FUNDAMENTAM O ATO DE ENSINAR: EXPRESSÃO
DA AÇÃO POLÍTICA DO HOMEM, PARA EDUCAR O HOMEM, QUE, POR MEIO DE SUAS
AÇÕES, PRODUZ E REPRODUZ A HISTÓRIA DO UNIVERSO ONDE HABITA
INTRODUÇÃO À DIDÁTICA
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Figura 4: Platão
Fonte: http://www.suapesquisa.com/grecia/
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salvar apenas pela graça divina, pois, mesmo sendo feito semelhante a Deus,
vive sempre com a tendência de distanciar-se dele.
Chamamos a sua atenção para o fato de que, no cerne da
concepção de homem de Agostinho, encontramos sua concepção de
educação – que, segundo ele, é obra de Deus –, pois só Deus é capaz de
informar a mente do homem.
Agostinho afirma o pensamento socrático-platônico dizendo que a
educação é “iluminação interior”. Para o homem se educar, é necessário
voltar para si mesmo. A contemplação é fundamental no processo
educacional, pois é necessária numa situação em que o homem se sente
aflito e busca respostas. Na obra (De Magistro) , “O mestre”, escrita por
Agostinho, ele diz que o único mestre é Deus e que o papel do professor não
é educar, mas sim incomodar o aluno, para que ele busque consultar seu
interior, considerado como morada de Cristo que é a verdade imutável,
sendo, dessa maneira, coerente com a proposta platônica de uma educação
que nasce na alma. Nas palavras de Agostinho:
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Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
Aristóteles, que defende a ideia de que a educação passa pelos sentidos que
percebem a realidade e que, a partir de então, por meio da atividade do
pensamento, elabora argumentos que justificam a existência de Deus.
Todavia, para o entendimento desse contexto, você precisa
considerar que Aristóteles e Aquino valorizam a vida ativa intelectiva e a
atividade prática, mostrando o valor do trabalho do homem nas relações
com a natureza que promovem a evolução da história da humanidade.
Dessa forma, apontam, ao mesmo tempo, a diferença singular entre o
homem e os demais animais. Nas palavras de Aquino:
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Figura 8: Descartes
Fonte: DESCARTES, René. Discurso do Método; Meditações; Objeções e respostas;
As paixões da alma, Cartas. In. OS PENSADORES, São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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REFERÊNCIAS
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz
e terra, 2003.
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Pedagogia
UNIDADE 2
AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS IMPLANTADAS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA:
PROPOSTAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM/VIABILIZAÇÃO DE INTERESSES
INTRODUÇÃO
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Bom estudo!
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Contextualizando:
A partir da década de 30, a sociedade brasileira sofreu profundas
transformações, motivadas basicamente pela modificação do modelo
socioeconômico. A crise mundial da economia capitalista provocou no Brasil a
crise cafeeira, instalando-se o modelo socioeconômico de substituição de
importações. Paralelamente, desencadeou-se o movimento de reorganização
das forças econômicas e políticas, o que resultou em um conflito: a Revolução
de 1930, marco comumente empregado para indicar o início de uma nova fase
na história da República do Brasil. Ela representou uma conjugação de
diferentes setores sociais que visavam derrubar o sistema oligárquico e instalar
uma nova forma de Estado no país.
Até 1937, o Brasil passa por um período mais ou menos transitório
que, para muitos historiadores, é um período de acomodação das forças
políticas.
No âmbito educacional, durante o governo revolucionário de 1930,
Vargas institui o Ministério da Educação e Saúde Pública. Em 1032, é lançado o
Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, preconizando a reconstrução social da
escola na sociedade urbana e industrial.
A educação é percebida como instrumento de ação política contra a
ordem vigente, como meio de recomposição do poder político.
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DICAS
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DICAS
Os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs – e os
Conteúdos Básicos Comuns –
CBCs – adotados no Estado de
Minas Gerias estão
fundamentados na lógica da
tendência pedagógica
humanista moderna.
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Contextualizando:
Em meio à implementação do movimento escolanovista, também
atendendo a interesses político-econômicos, foram realizadas reformas
no sistema educacional brasileiro, e, assim, convênios foram feitos entre
o MEC e os Estados Unidos, com vistas à capacitação dos professores.
Para efetivação de tal proposta, cria-se o PABAEE (Programa
Americano-Brasileiro de Auxílio ao Ensino Elementar) voltado para o
aperfeiçoamento dos professores do curso normal. Assim, por meio
desse convênio, é inserido no Brasil o modelo educacional técnico-
americano. Nesta fase o ensino da Didática também se inspirou no
liberalismo e no pragmatismo norte-americano.
Fonte: VEIGA .I.P.A. A prática pedagógica do professor de Didática.
Campinas: Papirus, 1989, p. 56
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A concepção analítica da
Contextualizando: filosofia da educação que se
encontra, segundo Veiga
Paralelamente a realidade educacional, a sociedade brasileira (1989), relacionada com a
vivenciava momentos determinantes na história político-econômica do tendência pedagógica tecnicista
é explicada por Saviani ao
mesmo. Como por exemplo, em meados da década de 40 até década
afirmar que esta
de 70, o Brasil vivencia conflitos originados de divergências de não tem por objeto a realidade,
interesses políticos, ideológicos e econômicos, que a cada dia se mas a linguagem que se profere
sobre a realidade. Refere-se,
fortaleceram, demarcando dois grupos de interesses. Sendo um
pois, à clareza e consistência
conservador e outro revolucionário. Esse momento da história desse dos enunciados relativos aos
país é marcando pela tomada do poder pelo grupo conservador fenômenos e não aos
fenômenos.
representado pelos militares que assumem o poder político desse país.
Consequentemente, a Filosofia
Com a tomada do governo pelos militares, o regime político do Brasil pertence à ordem da lógica do
passa a ser a ditadura. E com base nesse modelo de governo é projetado discurso. A ela cabe
simplesmente fazer a assepsia
o desenvolvimento do progresso econômico de forma acelerada. Os
da linguagem, depurá-la de
vários setores governamentais colocaram-se a serviço do projeto suas inconsistências e
desenvolvimentista e, entre eles, a educação desempenha importante ambiguidades. Não é sua tarefa
produzir enunciados que se
papel na preparação adequada de recursos humanos necessários à
constituam em diretrizes
incrementação do crescimento econômico e tecnológico da sociedade, teóricas e muito menos prática
de acordo com a concepção economicista de educação. (SAVIANI, (1984, p. 279).
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elemento principal não mais o conteúdo como na década de 20, mas sim o
desenvolvimento de manuais de instrução técnica e a gerência do professor
como forma de controle para garantir a eficácia.
Precisamos ter claro que esta tendência pedagógica concebe a
educação como um processo de instrumentalização por meio de
condicionamento e baseia-se, principalmente, como já mencionamos
anteriormente, na neutralidade científica. Podemos, assim, ponderar que
seus pressupostos baseiam–se em uma lógica positivista.
A respeito desta tendência Libâneo afirma:
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Contextualizando:
Ao final dos anos 70 o país vive uma política econômica denominada
de “desenvolvimento integrado”, tendo em vista que o
desenvolvimento econômico deveria ocorrer integradamente com o
social e o político. O segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II
PND) para o período 1975/1979 preconizava que o “o modelo
econômico e social dirigia-se para o homem brasileiro”, o que é
comentado por Vieira:
“Outra vez buscavam-se o aumento de oportunidades de emprego, o
controle gradativo da inflação, o relativo equilíbrio do balanço de
pagamentos, a melhoria da distribuição de renda e a conservação de
estabilidade social e política”. (Vieira, 1985, 49).
Os movimentos de caráter civil, religioso e sindical aparecem sob as
mais diversas formas, tendo como objetivo a efetivação de
importantes reivindicações relativas à melhoria das condições de
vida, trabalho, saúde, habitação e educação. Ao longo dos anos 80, a
situação econômica do país dificultou mais a vida do povo brasileiro
com a elevação da inflação, aumento de desempregados, agravava
pelo conhecimento da dívida externa e pela política recessionista
orientada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Fonte: VEIGA .I.P.A. A prática pedagógica do professor de Didática.
Campinas: Papirus, 1989. p. 6
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memorização.
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REFERÊNCIAS
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Ática,
2003. 327p.
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Pedagogia
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UNIDADE 3
DIFERENTES FORMAS DE TRABALHO PEDAGÓGICO NA
CONTEMPORANEIDADE: PROJETOS DE TRABALHO
INTRODUÇÃO
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Jacomeli (2007) chama atenção para o fato de que nos PCNs fica
evidente o discurso voltado para a ideia de que, com as diferentes áreas e
com os temas transversais, é preciso pensar nos objetivos gerais do ensino
fundamental definidas nos PCNs como forma de colaborar para o pleno
desenvolvimento das capacidades do aluno ao longo da escolaridade, que
são:
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Após analisar esses objetivos, Jacomeli (2007) faz uma alerta com
relação à impressão deixada por eles de que a existência das classes sociais,
com as diferenciações fundadas em questões econômicas, é algo natural,
que não deve ser motivo de surpresa, o que reconhecemos ser um discurso
interessado em desenvolver um sentimento de conformismo, de aceitação
nas pessoas. Sabemos que as diferenciações fundadas em questões
econômicas não é algo natural, porque essas contradições não nascem no
homem, elas são produzidas pelos homens para sustentar seus interesses. Se
concordarmos com tal colocação, estaremos com uma visão de mundo
positivista fundamentada no princípio da identidade determinada por
Platão, conforme discutimos na Unidade I.
Compreendemos que a preocupação em defender o respeito às
diferenças individuais, entendidas como determinadas naturalmente,
possibilita, como afirma Jacomeli (2007), o estímulo da escola e do aluno,
em relação à discriminação, ao estranhamento pelo diferente, o que deveria
ser ao contrário. Defendemos que deveria provocar entre os alunos o
entendimento da “pluralidade” (grifo da autora) e da diversidade como
questões importantes. Essa nossa denúncia torna-se evidente quando
percebemos que o discurso dos PCNs afirma que as diferenças se resumem
em diferenças culturais. Ao não mencionar as diferenças econômicas tão
evidentes nas escolas públicas deste país, limita o olhar das pessoas e,
consequentemente, a consciência crítica.
Você precisa entender aqui que, no contexto evidenciado no
parágrafo anterior, os PCNs trazem em si uma ideia de que existe um
parâmetro natural a ser seguido. Segundo Dalarosa (2001):
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Figura 16: Apresentação Festas Junina, alunos do 4º ano do Ensino Fundamental em uma
escola de Montes Claros - MG
Fonte: Arquivo pessoal Jeane Faria Franco, Junho/2009
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Figura 17: Exposição do Projeto Era uma vez... Alunos do 2º Período da Educação
Infantil de uma escola em Montes Claros – MG
Fonte: Arquivo pessoal Jeane Faria Franco, 2008
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autor, tem sua origem, como já foi dito, em uma visão de mundo cujo
conhecimento é considerado como produto histórico da ação do homem na
realidade social em que vive. Dessa forma, esse autor afirma que o primeiro
passo de um projeto refere-se à atitude de:
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REFERÊNCIAS
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UNIDADE 4
O SURGIMENTO E A CONSOLIDAÇÃO DA SOCIOLOGIA
INTRODUÇÃO
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equipe pedagógica.
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da natureza.
b) Objetivo consensual: Corresponde a uma intenção
comunicativa, reconhece os obstáculos existentes entre os homens; a partir
da reflexão crítica, clareia as ideias.
c) Objetivo político-cultural: Proporciona meios para uma inserção
lúcida na prática social. Corresponde à intenção emancipatória de, pela
articulação entre o conhecimento e a realidade, libertar-se do domínio de
todo poder externo a si mesmo, da natureza, da sociedade interiorizada
consciente e inconscientemente em ambos.
Castanho e Castanho (2000), ao proporem o quadro de objetivos
educacionais e de intenções educativas, propõem também uma ação
libertadora. Propõem objetivos técnicos que correspondem a uma intenção
educativa instrumental por acreditarem que não se pode desvinculá-los da
situação real da sociedade, em que as técnicas são postas a serviço do modo
de produção que gera a opressão. O objetivo técnico não pode estar ausente
do planejamento educacional, mas deve marcar o espaço da intenção
emancipatória. Segundo Castanho e Castanho:
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Conteúdo: Água
Objetivo geral:
Aprender o conteúdo água em suas diversas dimensões, a
fim de adquirir um novo conceito e uma consciência crítica sobre o
tema, assumindo um compromisso efetivo de uso adequado da água.
Objetivos específicos:
Conhecer cientificamente a água para distingui-la de outros
líquidos usados na vida cotidiana.
Conhecer os processos de transformação dos estados físicos
da água, a fim de entender como o homem os utilizou e os utiliza
cientificamente em seu benefício.
Entender a água como um elemento socionatural em suas
dimensões econômica, política, social, religiosa e histórica, para criar
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Dessa forma, fica evidente que na definição dos conteúdos DÍAZ BORDENAVE, Juan;
curriculares é necessário levantar a prática social dos alunos para que os PEREIRA, Adair Martins.
Estratégias de ensino-
conteúdos não sejam trabalhados como se fossem distintos da realidade
aprendizagem. 26 ed.,
deles. E, assim, promover um ambiente de aprendizagem significativa e uma Petrópolis/ RJ: Vozes, 1312p.
prática docente, também significativa, que não separe pensamento e vida,
MASETTO, M. T. Mediação
teoria e prática, o que é confirmado por Gasparim (2007, p. 16) quando cita
pedagógica e o uso da
Freire Campos, ao dizer: tecnologia. In: MORAN, J.M.;
MASETTO, M. T. e BEHRENS,
M. A. Novas tecnologias e
O ensino deve sempre respeitar os diferentes níveis de
mediação pedagógica.
conhecimento que o aluno traz consigo à escola. Tais
Campinas: Papirus, 2000.
conhecimentos exprimem o que poderiam chamar de a
identidade cultural do aluno – ligada, evidentemente, ao
conceito sociológico de classe. O educador deve considerar
essa ‘leitura de mundo’ inicial que o aluno traz consigo, ou
melhor, em si, ele forja-a no contexto do seu lar, de deu
bairro, de sua cidade, marcando-a fortemente com sua
origem social (FREIRE CAMPOS, 1991, p. 5).
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Metodologia de Ensino
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REFERÊNCIAS
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Ática,
2002. 327p.
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RESUMO
RESUMO
Unidade I
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Unidade II
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por ser centrada na alma na essência. Nessa veia, traz um modelo ideal de
mundo pré-determinado, que precisa apenas ser descoberto no decorrer do
processo educacional, por meio da reflexão, em que o professor, por meio
da verbalização, conduz o aluno ao encontro da verdade.
Ao contrário de Platão, Aristóteles considera o homem um ser
pensante. Concebe a educação de forma realista, e não idealista. Afirma que
o homem se desenvolve por meio da lógica, sendo potencial inato
(natureza), hábito, ensino (razão). A educação se dá por meio do uso dos
sentidos e das mãos. Dessa maneira, nasce a ideia do aprender fazendo, que
predomina nas abordagens em que o professor é concebido como alguém
que não ensina, mas orienta por meio de suas atitudes. Aristóteles diz que o
homem já nasce com a potência que se materializará por meio da
observação e do ato, repetido várias vezes, que consiste no treino, como
propõem as concepções técnicas condicionantes.
Na Idade Média, a filosofia cristã, por meio de Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino, resgata as ideias de Platão e Aristóteles,
interpretando-as à luz do cristianismo, e elabora, então, concepções de
educação que ainda hoje são predominantes nas tendências pedagógicas
que norteiam a Didática adotada nas escolas brasileiras.
São Tomás de Aquino, considerado discípulo de Aristóteles,
concebe a educação como um fenômeno ativo, não mecânico. Refere-se à
educação como a condução da potência que é a predisposição inata que a
pessoa tem ao ato estimulado, com fim em si próprio. Aprender fazendo.
Valoriza a atividade intelectiva e a atividade prática, mostrando o valor do
trabalho do homem nas relações com a natureza que promovem a evolução
da história da humanidade A sua concepção de educação contradiz as
doutrinas dominantes na época, ao defender que a pessoa não aprende por
si mesma, só ouvindo o professor falar e meditando. Defende que a
educação é, ao mesmo tempo, ativa e contemplativa (teórica e prática),
Agostinho afirma o pensamento socrático-platônico, dizendo que a
educação é “iluminação interior”. Para o homem se educar, é necessário
voltar para si mesmo. A contemplação é fundamental no processo
educacional, pois é necessária numa situação em que o homem se sente
aflito e busca respostas. Afirma, ainda, que o papel do professor não é
educar, mas sim incomodar o aluno para que ele busque consultar seu
interior, morada onde reside a verdade imutável.
O pensamento de Bacon e Descartes no início da modernidade dá
continuidade a duas posições ideológicas favoráveis aos interesses político-
econômicos da época. Bacon propõe uma ciência que defende a lógica
indutiva. Por meio do método experimental, com base em generalizações
oriundas de observações repetidas de fenômenos, a fim de formular leis
científicas. A concepção de educação empirista é proposta por Bacon e
encontra-se em consonância com o pensamento de Aquino na Idade Média
quando diz que o conhecimento é construído da abstração intelectual do
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Unidade III
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Unidade IV
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
BÁSICAS
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Ática,
2002. 327p.
COMPLEMENTARES
137
Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
DAMIS, Olga Teixeira. Didática: suas relações, seus pressupostos. In: VEIGA,
Ilma Passos Alencastro (Coord.). Didática: o ensino e suas relações. 5 ed.
Campinas, SP: Papirus, 2001. 183p.
138
Didática UAB/Unimontes
139
Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
SUPLEMENTARES
140
Didática UAB/Unimontes
141
Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
142
Didática UAB/Unimontes
SCHAFF, A Historia e verdade. São Paulo: Martins fontes, São Paulo, 1995.
143
Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
144
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM -
AA
145
Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
146
Didática UAB/Unimontes
147
Pedagogia Caderno Didático - 3º Período
148
Didática UAB/Unimontes
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
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