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Este documento descreve o livro "O Pastor" de Hermas. Foi escrito em Roma no século II por Hermas, irmão do Papa Pio I, para ensinar sobre a necessidade da penitência após o batismo. Contém visões, mandamentos e parábolas que usam imagens como árvores e ovelhas para explicar conceitos como perdão e castigo dos pecados.
Este documento descreve o livro "O Pastor" de Hermas. Foi escrito em Roma no século II por Hermas, irmão do Papa Pio I, para ensinar sobre a necessidade da penitência após o batismo. Contém visões, mandamentos e parábolas que usam imagens como árvores e ovelhas para explicar conceitos como perdão e castigo dos pecados.
Este documento descreve o livro "O Pastor" de Hermas. Foi escrito em Roma no século II por Hermas, irmão do Papa Pio I, para ensinar sobre a necessidade da penitência após o batismo. Contém visões, mandamentos e parábolas que usam imagens como árvores e ovelhas para explicar conceitos como perdão e castigo dos pecados.
Estrutura interna da obra (como o autor desenvolve e estrutura seu
argumento); . Considerações.
Hermas foi mencionado por Paulo em Romanos 16:14 “saudai Asíncrito,
Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reúnem com eles”. De acordo com o próprio livro, Hermas era escravo de nascença, convertido ao cristianismo, vendido em Roma a uma mulher chamada Rode. Após ser liberto, casou, teve filhos, se tornou comerciante e enriqueceu. No livro, descreve que sua mulher era “linguaruda”, seus filhos eram debochados e blasfemadores, por isso Deus entregou a casa de Hermas à ruína. Na primeira visão Hermas é convidado à penitencia, posteriormente deve levar a mensagem da penitencia e perdão após o batismo para sua casa, aos presbíteros e a todos os cristãos. Diante desse relato do próprio autor, alguns estudiosos levantam a hipótese de que não se trata de autobiografia, mas de uma ficção organizada para despertar a necessidade de penitência. O que se pode concluir com mais certeza é que o autor vive em Roma pelos meados do século II (devido à natureza da teologia e a similaridade com os textos joaninos), casado, sem grande cultura, e que não conhece muito a teologia. Três relatos históricos citam Hermas como irmão do Papa Pio: o Catálogo Liberiano, o poema escrito contra Marcião pelo Pseudo-Tertuliano e o Canon de Muratori, no qual se lê se lê: “E muito recentemente, em nossa época, na cidade de Roma, Hermas escreveu o Pastor, quando seu irmão Pio, o bispo, ocupava a cátedra de Roma”. Como o pontifício do Papa Pio aconteceu entre 140 e 155, entende-se que o livro “O Pastor” foi escrito nesse mesmo período. Segundo os estudiosos pode-se afirmar que o livro é todo escrito por Hermas, pois há unidade da forma e conteúdo, e retrata a cultura da época, tendo coincidências com a Didaque e com o Pseudo-Barnabé. A obra foi considerada inspirada por um período de tempo e muito utilizada para instruir na piedade os novos cristãos, porém nem todos a consideravam inspirada por Deus e devido as incertezas de sua veracidade e sendo colocada entre os apócrifos em 393, no Concílio ecumênico de Hipona. Comentários de Tertuliano e Clemente de Alexandria revelam a resistência em crer na inspiração da obra de Hermas, Tertuliano afirma é a única escritura que favorece os adúlteros e chama Hermas de “pastor dos adúlteros”. Clemente cita a obra com reverencia e fala de sua utilidade, mas destaca que muitos a desprezam pois a consideram falsa. É uma das obras mais longas dos Pais Apostólicos e mais longa do que qualquer livro do Novo Testamento, com 114 capítulo divididos em 3 partes: 5 visões (capítulos 1 ao 25), 12 mandamentos (capítulos 26 ao 49), 10 Parábolas (capítulos 50 ao 114). A preocupação central do autor é a necessidade de penitencia para alcançar santificação e perdão de Deus, sendo o batismo apenas a primeira penitencia que apaga os pecados. Hermas destaca ainda a grande importância do jejum, do celibato e do martírio. Trata a igreja como uma instituição necessária para a salvação, e não utiliza o temo Jesus Cristo em nenhum momento de sua obra. O autor trata de duas pessoas de Deus: Deus Pai e Deus-Espirito-Filho, afirmando que o filho de Deus é o Espírito Santo encarnado.
Segunda Parábola: O Pastor mostra a Hermas duas árvores: Olmeiro e Videira
que servem para modelo aos servos de Deus. O Olmeiro sustenta a videira para que ela possa dar frutos, assim também os ricos sustentam os pobres em suas necessidades, os pobres intercedem pelos ricos e suas orações são acolhidas, dessa forma ambos cumprem sua missão, o rico compreendeu o propósito de sua riqueza e o pobre entrega a Deus sua oração em favor do ricos. “Felizes os que possuem e compreendem que o Senhor preserva suas riquezas, pois aquele que compreende poderá também prestar bons serviços” (Hermas, cap. 51)
Quarta Parábola: Nessa parábola Hermas vê Arvores Secas são os pecadores
que não fizeram penitencia e Arvores Verdes são os justos que dão frutos. O conselho do Pastor diante disso é que não se tenha muitas ocupações que impeçam de servir ao Senhor, pois os que têm muitas ocupações deixam de servir ao Senhor e por isso não dão frutos. Sexta Parábola: Enquanto Hermas está meditando nos mandamentos que recebeu do Senhor, o Pastor aparece ao lado dele falando sobre a importância de praticar os mandamentos e a penitencia. O pastor o leva a lugar onda há ovelhas saltitantes e alegres que são as que se entregaram as paixões desse mundo e estão sendo pastoreadas pelo “Anjo do Erro”, elas não praticaram a penitencia portanto não há perdão para elas. As ovelhas que não saltitavam foram levadas para um pasto espinhoso para serem cuidados pelo “Anjo do Castigo” que é encarregado de puni-las com diversos castigos. Após a penitencia são entregues ao Pastor que reeduca as ovelhas e elas passam a servir ao Senhor de coração puro. Sétima Parábola: Após alguns dias Hermes é novamente visitado pelo Pastor e pede a Ele que retire de sua casa o “Pastor Justiceiro” pois está sofrendo muito. O Pastor explica a Hermas que não são por causa dos pecados dele, mas pelos pecados de sua família que sua casa está sendo atribulada. O Pastor explica que mesmo que sua família já tenha feito penitencia de todo coração ainda é necessário que provem seus corações diante do Senhor, e após a tribulação sua penitencia terá sido pura e firme, e ele e sua família serão reestabelecidos.
Nona Parábola: o Anjo da Penitência aparece a Hermas e afirma: “Quero te
mostrar tudo o que te mostrou o Espirito Santo, [...] esse Espírito é o Filho de Deus.” O anjo o leva a um monte do qual pode ver outras doze montanhas com diferentes aspectos, no meio dessas montanhas surge uma rocha grande com uma porta, ao redor da porta doze virgens. Surgem então, seis homens que ordenam que uma multidão de homens construam uma torre em cima da rocha. A torre era construída em sobre a rocha e em cima da porta. Os homens ordenaram que viessem do abismo doze pedras, as quais foram o alicerce para as demais pedras que vieram. Todas as pedras passavam pelas mãos das virgens para serem entregues aos construtores, e houve uma pausa para que o proprietário da torre viesse examinar a construção. O proprietário examinou e mandou retirar algumas pedras inúteis para a torre, entregando-as ao Pastor para que pudessem ser lavradas e recolocadas na construção, as que não pudessem ser lavradas e úteis para a torre seriam rejeitadas. A torre foi finalizada e ficou muito bonita. Hermas foi deixado sob os cuidados das virgens durante a noite até que o pastor voltasse pela manhã, ele relata a noite da seguinte forma: COLAR CAP. 88 Pela manhã o Pastor explica para Hermas que a rocha e a porta são a Filho de Deus, a rocha é antiga pois o Filho de Deus nasceu antes da criação e a porta é nova pois ele se revelou recentemente, e somente os que passam pela porta e receberem o Filho. A torre é a igreja e as virgens são os espíritos santos e os poderes do Filho de Deus, somente poderá entrar na torre quem é revestido com as vestes das virgens. As pedras formam um só bloco que se torna a torre pois “os que acreditam no Senhor por meio o Filho são revestidos com esses espíritos, formarão um só espírito, um só corpo e suas vestes terão a mesma cor”. As pedras rejeitadas são os que foram seduzidos pela beleza de mulheres vestidas de preto e rejeitaram o poder das virgens, mas se fizerem penitencia e aceitarem novamente o poder das virgens poderão entrar na torre novamente. O Pastor disse a Hermas nome das virgens: Fé, Temperança, Força, Paciencia, Simplicidade, Inocência, Castidade, Alegria, Verdade, Inteligencia, Concóridia, e Caridade. Já as mulheres de preto são: Incredulidade, Intemperança, Desobediencia, Engano, Tristeza, Maldade, Dissolução, Cólera, Falsidade, Insesatez, Malidicência e Ódio. As pedras rejeitadas definitivamente são os que conheceram a Deus mas continuaram praticando o mal, quando esses forem rejeitados a igreja será completamente purificada, e o Filho de Deus se alegrará. Montanhas. Por fim, as pedras recolocadas na montanhas após serem lavradas pelo pastor são aqueles que ouviram os mandamentos e fizeram penitencia de todo coração, e alcançaram o perdão e foram reestabelecidas a torre. REFERENCIAS http://terradaimaculada.blogspot.com.br/2012/04/patrologia-e-patristica-0-o- pastor-de.html