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Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


PROFESSOR(A) WAGNER CAMILO MIRANDA

PROCEDIMENTOS OU RITOS TRABALHISTAS


1. PROCESSO
O Processo é o instrumento da jurisdição. É o conjunto de atos processuais
coordenados que se sucedem no tempo objetivando a entrega da prestação jurisdicional.
Procedimento ou rito. É diferente do Processo, ou seja, é a forma pela qual o
processo se desenvolve.

2. SÃO QUATRO OS PROCEDIMENTOS:


I - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (CLT, art. 837 e seguintes)
O procedimento ordinário nos dissídios individuais inicia-se com a apresentação da
petição inicial, elaborada pelo Advogado ou pelo próprio Reclamante, no exercício do jus
postulandi.
São requisitos da petição inicial a designação do Juízo, qualificação do autor,
individualização do réu, exposição dos fatos, pedido e indicação do valor da causa. Não há a
necessidade de pedir a citação do réu, ato que é promovido de ofício pela Secretaria ou Setor
responsável pela Distribuição.
Pelo princípio da oralidade, consubstanciado no art. 840, § 2º da CLT, a petição
inicial pode ser oral, sendo então reduzida a termo no Órgão onde for apresentada. Tal
faculdade vem se exaurindo na prática, não obstante ainda subsista na legislação.
Após a distribuição, será feita a citação por via postal, sem a participação do
Magistrado. Torna-se válido tal ato com a entrega da carta citatória no âmbito do reclamado,
não sendo necessária a citação pessoal. No art. 774 da CLT, a lei fixa uma presunção de
recebimento, após 48 horas da expedição da carta; tal presunção é relativa, admitindo,
portanto, prova em contrário. Por fim, há de se ressaltar que não cabe citação por hora certa
na Justiça do Trabalho, não se aplicando o CPC nessas hipóteses.
Em decorrência do princípio da concentração, a audiência será o momento para
apresentação da defesa. Segundo a lei, a audiência é una, mas, Amauri Mascaro entende que a
praxe consagrou a sua divisão, dada a impossibilidade de realização de todos os atos numa só
e mesma sessão.
Desse modo, a audiência será divida em inicial, de instrução e de julgamento. Na
inicial, será realizada a primeira tentativa obrigatória de conciliação e frustrada, será
apresentada a defesa. A parte tem então 20 minutos para a exposição oral, o que dificilmente
acontece, sendo a contestação escrita predominantemente utilizada.
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O não comparecimento do Autor gerará arquivamento do processo (art. 844, CLT).


Quando o Reclamante der causa a dois arquivamentos, perderá o direito de pleitear durante
seis meses junto à Justiça do Trabalho. Se o Reclamado não comparece, haverá revelia (não
apresentação de contestação) e confissão quanto à matéria de fato alegada na exordial.
Segue-se então com a instrução, onde são produzidas as provas orais. Estas são o
depoimento pessoal e a inquirição de testemunhas. Quanto à prova documental, esta deve
acompanhar a inicial ou a contestação, salvo quando não houver possibilidade de fazê-lo.
A prova pericial também deverá ser requisitada na peça vestibular ou na
contestatória.
Não tendo o juiz conhecimento técnico para dirimir controvérsia surgida, deverá
nomear perito, o qual receberá encargo judicial de proceder à verificação de conteúdo que
exige conhecimento técnico específico. As partes poderão formular quesitos e nomear
assistentes técnicos.
Quanto ao ônus da prova, adota-se supletivamente a regra do Código de Processo
Civil, cabendo ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito e ao réu, os fatos
extintivos, impeditivos ou modificativos dos direitos a que se referem os pedidos.
Após a instrução, tem-se o momento das razões finais, faculdade conferida as partes
para interferir no julgamento do litígio, com um resumo das provas produzidas. Tais
memoriais poderão também ser apresentados na forma escrita, sendo também o momento
específico para impugnação do valor da causa.
Para pôr termo ao processo na instância inicial, o juiz proferirá a sentença,
terminativa ou definitiva, sendo que, na última hipótese, adentrará na discussão do mérito da
causa.
A sentença inicia-se pelo relatório, o qual constitui uma exposição informativa sobre
as peças produzidas no processo. Ademais, deve haver a fundamentação. Por fim, na
conclusão ou dispositivo haverá a decisão do juiz, constituindo o título executório. A sentença
será comunicada de imediato quando prolatada em audiência.
Desta decisão caberá Recurso Ordinário para Turma do Tribunal Regional do
Trabalho respectivo, o qual pode revolver a matéria fática, visando inclusive o
prequestionamento para posterior Recurso de Revista ao Tribunal Superior do Trabalho, na
forma da Súmula 297 deste.
Suas principais características são:
1. A proposta de conciliação é obrigatória antes da defesa e antes da sentença;
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2. É um procedimento mais completo e complexo;


3. As regras são previstas na CLT;
4. É aplicado quando a demanda ou valor da causa ultrapassa 40 (quarenta) salários mínimos;
5. Pode ser ouvida até 3 (três) testemunhas por cada parte, exceto quanto ao MAGISTRADO,
que poderá ouvir quantas forem necessárias ao seu convencimento.

II – PROCEDIMENTO SUMÁRIO (DISSÍDIO DE ALÇADA)


As principais características são:
1. Rito célere;
2. Previsão o art. 2º, §§ 3º e 4º da Lei nº 5.584/70;
3. O valor da causa é de até 2 (dois) salários mínimos;
4. Em regra não é cabível a interposição de recurso, exceto, se a sentença ventilar matéria
constitucional, neste caso é cabível RECURSO ORDINÁRIO ou RECURSO
EXTRAORDINÁRIO? Prevalece o entendimento majoritário de que o recurso cabível é o
EXTRAORDINÁRIO.
Observação
A lei não previu o número máximo de testemunhas nesse procedimento, prevalece, no
entanto, o entendimento de que por analogia o número máximo é de 3 (três) testemunhas.

III - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (CLT, arts. 852 – A e 852 – I)


3.1 – Introdução.
A própria Constituição Federal estabelece a celeridade processual como um direito
individual do cidadão. Inserido pela Emenda Constitucional 45, ocorrida em 2004, o inciso
LXXVIII do artigo 5º da Constituição Federal, dispôs sobre esta questão:
Art. 5º...
LXXVIII- a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

Assim, tanto o legislador, quanto o Poder Judiciário devem diligenciar seus atos no
sentido de tornar mais célere o processo, assegurando ao cidadão o direito a razoável
duração de seu processo.
Entretanto, não obstante, a referida emenda constitucional ter sido efetivada apenas
em 2004, a busca pela celeridade e efetividade do processo já se fazia presente no mundo
jurídico.
Tanto é assim, que em 1999, foi criado o juizado especial cível.

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No Direito do Trabalho não podia ser diferente. Desta forma, foi instituído, em 2000,
com o advento da Lei 9957/2000, o Procedimento Sumaríssimo.
O Procedimento Sumaríssimo buscou, sobretudo, dar maior celeridade aos processos de
menor complexidade, com normas que previam a redução de prazos, uma maior concentração
dos atos em audiência e a restrição de recursos.

3.2 - As causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo

A primeira limitação que merece menção diz respeito ao valor da causa. No


procedimento sumaríssimo as causas são limitadas ao valor de até 40 salários mínimos. Neste
caso, a apuração deve observar o valor do salário mínimo vigente na data do ajuizamento da
reclamatória trabalhista.
Também não estão sujeitas ao procedimento sumaríssimo as causas que tiverem
como partes a Administração Pública Direta, autárquica e Fundacional.
Nesse caso, deve-se atentar que a restrição havida no texto legal não inclui as
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Deve-se ainda registrar que o procedimento sumaríssimo também não se aplica à
dissídios de natureza coletiva, tais como, ações coletivas, ações civis públicas e etc.

3.3 - Requisitos da petição inicial

No procedimento sumaríssimo também deverão ser observadas as regras de caráter


geral constantes da CLT. Assim, a petição inicial deverá atender aos requisitos estabelecidos
pelo artigo 840, §1º da CLT.
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º- Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da
Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do
reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a
data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

Entretanto, em se tratando de procedimento sumaríssimo, existem algumas ressalvas


a serem realizadas.

3.3.1 A citação

Questão importante diz respeito às notificações. Nos termos do artigo 852-B, item I
da CLT, o procedimento sumaríssimo não se admite que seja realizado a citação por edital.

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Desta forma e por expressa imposição legal, caberá ao autor (reclamante) a correta
indicação do nome e endereço do réu (reclamado), sob pena de arquivamento do processo e
condenação ao pagamento das custas.
Entretanto, modernamente, a doutrina e jurisprudência, em prol do princípio da
inafastabilidade do acesso à justiça, tem mitigado a aplicação desta norma.
Esta mitigação irá ocorrer na hipótese do reclamante efetivamente não possuir o
endereço correto do empregador.
Nesse caso, mesmo em se tratando de uma causa com valor inferior a 40 salários
mínimos, tem se admitido que se busque a conversão para o procedimento ordinário e se
realize a citação por edital.
Inclusive, parte da doutrina, também em prol do princípio da inafastabilidade do
acesso à justiça, tem entendido que não é necessário sequer a conversão para o procedimento
ordinário, admitindo-se que o magistrado, mesmo em se tratando de procedimento
sumaríssimo, defira a citação por edital.

3.3.2 - O pedido
O pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente.
Certo: indica o bem pretendido pela parte.
Determinado: indica a quantidade e qualidade do bem pretendido
pela parte.
Líquido: indica o valor do pedido pretendido pela parte.
3.4 - Intimação das partes e advogados
Constitui ônus das partes e seus procuradores informarem o correto endereço para o
qual devam ser enviadas as intimações.
Em se tratando de alteração no endereço, também constitui ônus da parte informá-lo,
sob pena de serem consideradas válidas as intimações realizadas no endereço anteriormente
informado.

3.5 A marcação da audiência


A audiência será UNA e deverá ser realizada no prazo máximo de 15 dias, contados
da data do ajuizamento da Reclamatória trabalhista, estando autorizado, se necessário, a
instituição de pauta especial para o cumprimento desta exigência.
Entretanto, em casos especiais, como, por exemplo, na necessidade de produção de
prova pericial, a audiência pode ser interrompida, hipótese em que se admite a prorrogação do
processo por mais 30 dias. (art. 852-H da CLT).

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3.6 - A audiência
Também, no procedimento sumaríssimo existe a obrigação da tentativa de
conciliação entre as partes, devendo o juiz, quando iniciada a audiência, esclarecer as partes
sobre as vantagens da conciliação e utilizar-se de todos os meios adequados de persuasão para
a solução conciliatória do litígio.

3.6.1 - Os incidentes processuais


Os incidentes processuais que possam interferir no andamento do feito serão
decididos de plano pelo juiz, sem interrupção da audiência. As demais questões serão
decididas na sentença.

3.6.2 - As provas e documentos

Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que


não requeridas previamente.
A parte deverá se manifestar acerca dos documentos apresentados pela parte
contrária imediatamente, sem interrupção da audiência. Salvo, se a critério do juiz, for
constatada a absoluta impossibilidade de fazê-lo.

3.6.3 - As testemunhas

Diferentemente, do que ocorre no rito ordinário, o número de testemunhas é limitado


até no máximo de duas para cada parte, que, neste caso, comparecerão à audiência de
instrução e julgamento independentemente de intimação.
A intimação somente será deferida se houver comprovação de que devidamente
convidada pela parte, a testemunha deixou de comparecer.
Uma vez intimada, havendo nova recusa ao comparecimento, poderá o juiz promover a sua
condução coercitiva.

3.6.4 As perícias
A perícia somente será admitida quando houver imposição legal para a sua realização
ou quando a prova do fato realmente a exigir. Em ambos os caos, o juiz deverá, desde logo,
nomear o perito, fixar o objeto da pericia e o prazo para a sua realização.
Do laudo pericial, as partes serão intimadas a se manifestarem no prazo comum de cinco dias.

3.6.5 A interrupção da audiência.


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Quando for necessária a interrupção da audiência, o seu prosseguimento e a sua


sentença deverão ocorrer no prazo máximo de trinta dias, salvo quando da ocorrência de
motivo relevante, devidamente justificado nos autos pelo juiz da causa.

3.6.6 - A ata de audiência


Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as
afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela
prova testemunhal.

3.7 - A sentença
Na sentença será dispensado o relatório. Neste caso, o juiz deverá mencionar os
elementos de sua convicção do juízo e o resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência.
Sempre que possível, o juiz adotará a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo
aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.

3.8 - Os recursos
As partes, no procedimento sumaríssimo, podem utilizar os mesmos recursos que
seriam utilizados no processo ordinário. Assim, poderá ser utilizado o Recurso Ordinário, o
Recurso de Revista, os Embargos, o Agravo de Instrumento e até o Recurso Extraordinário.

3.8.1 O recurso Ordinário


Em se tratando de Recurso Ordinário, a ação que tramita no rito sumaríssimo será
imediatamente distribuída no Tribunal, devendo o relator liberá-la no prazo máximo de 10
dias, para inclusão em pauta imediata. Neste caso, não há revisor.
Havendo necessidade, o parecer do representante do Ministério Público será oral e em sessão
de julgamento.
O acórdão não terá relatório e consistirá unicamente na certidão de julgamento, com
a indicação do suficiente do processo e a parte dispositiva, e das razões de decidir do voto
prevalente.
Inclusive, em se tratando da hipótese da sentença restar confirmada por seus
próprios fundamentos pelo Tribunal, a certidão de julgamento, registrando esta questão,
servirá de acórdão.

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3.8.2 - O Recurso de Revista


Importante ressalva diz respeito à admissibilidade do Recurso de Revista, pois em se
tratando de procedimento sumaríssimo somente se admitirá a interposição de Recurso de
Revista quando o acórdão prolatado contrariar súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal
Superior do Trabalho ou violar diretamente a Constituição Federal.
Inclusive, o TST fixou tese pela inadmissibilidade de Revista fundamentada em
Orientação Jurisprudencial do TST, em se tratando de procedimento sumaríssimo.
Esta é a redação da súmula 442 do Eg. TST:

SUM-442 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUN-


DAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRU-DENCIAL.
INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT, ACRES-CENTADO PELA LEI Nº
9.957, DE 12.01.2000 (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 352 da SBDI-1)
- Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012.

Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de


revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal
ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por
contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do
RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.

3.8.3 - O recurso adesivo


Há alguma controvérsia na doutrina quanto à admissibilidade do Recurso Adesivo
em procedimento sumaríssimo.
É que na visão daqueles que são contrários a sua admissão, o Recurso Adesivo
contraria o princípio da celeridade processual e neste sentido, não deve ser admitido.
Entretanto, para a maioria da doutrina, o Recurso Adesivo é amplamente admitido.

3.9 - Ação rescisória


Em se tratando de procedimento sumaríssimo, a ação rescisória não recebeu
tratamento diferenciado. Assim, as regras referentes ao processo ordinário valem para o
procedimento sumaríssimo.

1.10 - A execução

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A execução, também não recebeu qualquer tratamento diferenciado no procedimento


sumaríssimo, regendo-se pelos artigos 876 a 892 da CLT, ou seja, os mesmos artigos que
regem o processo ordinário.

As principais características o procedimento sumaríssimo são:


1. Rito célere;
2. Previsão nos arts. 852-A a 852-I, da CLT e Lei 9.957/2000;
3. Valor da causa, prevalece o entendimento de que mesmo com o advento do Procedimento
Sumaríssimo não revogou o procedimento Sumário, razão pela qual o valor da causa é acima
de 2 (dois) salários mínimos, até 40 (quarenta) salários mínimos;
4. Abrange apenas dissídios individuais;
5. Não é aplicável quando for parte a administração pública direta, Autárquica e fundacional;
6. É aplicável as Empresas públicas e as Sociedades de Economia Mista;
7. A Reclamação Trabalhista deverá preencher dois requisitos específicos:
a. O pedido deve ser certo ou determinado, devendo, portanto, indicar o valor correspondente
e
b. O reclamante deverá indicar o nome e endereço do reclamado.
8. Não é cabível citação por edital;
9. Na hipótese de ausência de qualquer um dos requisitos, ocorrerão duas consequências
processuais, quais sejam:
a. Arquivamento da reclamação trabalhista (extinção do processo sem resolução do mérito,
por meio de uma sentença terminativa ou processual);
b. O reclamante será condenado ao pagamento das custas processuais sobre o valor da causa.
10. Do arquivamento cabe Recurso Ordinário – RO, nos termos do art. 895, Inciso I, da CLT;
11. A conciliação poderá ser proposta pelo juiz a qualquer momento;
12. O número máximo de testemunhas é “2” (duas”);
14. Sentença – É desnecessário o relatório;
16. RR – Recurso de Revista cabe em duas hipóteses, quais sejam:
17. Previsão no art. 896, § 6º, da CLT e Súmula 126, do TST.
a. Quando o Acórdão contrariar Súmula do TST, e
b. Quando contrariar a Constituição Federal.
18. Se o Acórdão do TRT contrariar OJ não é cabível Recurso de Revista, consoante OJ 352,
do TST.

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19. Se for homologado acordo com vício, somente será cabível AÇÃO RESCISÓRIA, nos
termos da Súmula 259, do TST;
20. Se o acordo encobrir simulação para prejudicar terceiro, caberá AÇÃO RESCISÓRIA,
nos termos da OJ 94, SDI-II, do TST.

IV - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Regras Especiais
4.1 - Inquérito Judicial
É a Ação de Rito Especial movida pelo empregador objetivando a resolução do
contrato de trabalho de um empregado estável através da comprovação judicial de falta grave
por ele cometida.
Em tempo, nem todos empregados estáveis necessitam de Inquérito Judicial para
serem dispensados, como por exemplo, cipeiro, Gestante e Acidentado, que poderão ser
dispensados sem Inquérito, basta que comentam faltas graves, ao contrário do membro do
Sindicato, cujo inquérito é imprescindível à sua dispensa por justa causa.
Além do Inquérito Judicial, também são considerados procedimentos Especiais, o Dissídio
Coletivo, Ação de Cumprimento, etc.
Audiências Trabalhistas (é imprescindível a leituras dos arts. 813 a 817, da CLT)
Iniciais.
O Horário é das 8 horas às 18 horas, não podendo exceder de 5 horas seguidas, salvo
quando envolver matéria urgente, consoante disposto na norma do art. 813, caput, da CLT.
Observação
Não podemos confundir com o art. 770, “caput”, da CLT, que trata dos atos
processuais trabalhistas, cujo horário é de funcionamento é de 6 às 20 horas.

5. Representação Processual das Partes em Audiência.


a)-Do Empregado (art. 843, § 2º, da CLT)
Se por doença ou qualquer outro motivo pondero (relevante), devidamente
comprovado, o empregado não puder comparecer ele poderá ser representado por outro
empregado que pertença a mesma profissão (colega de trabalho) ou Sindicato da Categoria.
CUIDADO = De acordo com a posição majoritária, esta representação serve apenas para
evitar o arquivamento da reclamação trabalhista, devendo ser marcada uma nova data.

b)-Do empregador (art. 743, § 1º, da CLT).


Representante: PREPOSTO
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As suas declarações obrigam o empregador;


Deve ter conhecimento dos fatos, não precisa ter presenciado;
Em regra, o preposto deverá ostentar a condição de empregado, nos termos da
Súmula nº 377, TST;
Na Praxe, isto é demonstrado pela Carta de preposição e ou Carteira de Trabalho;
EXCEÇÕES:
No caso de empregador doméstico, qualquer pessoa da família, capaz, do local de prestação
de serviços poderão representar a família;
Micro ou Pequeno Empresário, nos termos do art. 54, da Lei Complementar
123/2006, qualquer terceiro que tenha conhecimento dos fatos, independentemente de vínculo
trabalhista ou societário poderão representar a Micro ou o Pequeno Empresário.
Ausência das Partes em Audiência Trabalhista (art. 844, da CLT).
Se o reclamante faltar ocorrerá o arquivamento da Reclamação Trabalhista (extinção do
Processo sem a resolução do mérito, através de uma sentença terminativa (processual);
Desta decisão cabe RO – Recurso Ordinário, nos termos do art. 895, inciso I, da CLT.
Se o reclamado faltar ocorrerá a revelia mais (+) confissão quanto a matéria de fato.
Observação (art. 844, da CLT)
É aplicado em caso de audiência única, na praxe, há fracionamento.
1ª Audiência
Inicial, inaugural ou de conciliação, aplica-se os efeitos do art. 844, da CLT.
2ª – Audiência
De instrução ou prosseguimento (vide Súmula 9 e 74, do TST).
A luz dessas duas Súmulas não se vislumbra mais, nem o arquivamento, nem a
revelia. Todavia, haverá a confissão ficta (parte ausente).
De acordo com a Súmula 122, do TST, o comparecimento do advogado munido de
procuração caracteriza-se REVELIA, com base no art. 23, do Código de Ética, que proíbe o
advogado de cumular a função de patrono e preposto.

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