Vous êtes sur la page 1sur 11

CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

BLOCO 1

Temas: Materiais e Metalurgia

1. Diagrama Fe - C
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

1.1. Microconstituintes

 Ferrita / Cementita / Perlita / Austenita / Martensitica / Bainita

• Austenita: é a solução sólida do carbono em ferro gama (Fe ϒ) – CFC: Temperatura


“existência” 912°C ~ 1394°C.

• Cementita: Fe3C – forma-se quando o limite de solubilidade do carbono é


ultrapassado (6,7% de C). – Duro e Frágil

• Perlita: lamelas alternadas de fase α (Ferrita) e Fe3C (Cementita). Propriedade


mecânicas é intermediária entre ferrita (mole e dúctil) e cementita (dura e frágil).

• Ferrita: Ferro Alfa (Fe α) – Aço macio (Aço carbono com cerca de até 0,02% em peso
C). Estrutura Cristalina CCC

• Martensititica: Processo onde austenita é rapidamente resfriada em um processo


conhecido como têmpera. O rápido resfriamento faz com que o carbono fique
aprisionado dentro da estrutura cristalina dos átomos de ferro. A dureza vai depender
do teor de carbono e dos elementos de liga.

• Bainita: é uma microestrutura resultante de uma decomposição eutetóide, na qual


austenita se decompõe em ferrita e carbonetos (cementita).

1.2. Diagramas de Equilíbrio

São Gráficos que mostram as fases presentes em um material em equilíbrio com o seu
ambiente.

• Indica o número de fases presentes;


• Composição;
• % de cada fase;
• Temperatura x Pressão x Volume (composição global do material).

OBS: Diagramas binários são mais usados.

Regra da Alavancagem (% de perlita e ferrita)

%Perlita = %Carbono – 0,008%C / 0,76% - 0,008%C

% Ferrita = 100% - %Perlita


CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

Exemplo Diagrama Pb - Sn

1.3. Curvas TTT e CCT

As curvas TTT estabelecem a temperatura e o tempo em que ocorre uma determinada


transformação. Apenas para transformação a Temperatura Constante.

Diagrama TTT para aço Eutetoide

*Resfriamento Isotérmico

*Tempos longos de resfriamento não apresenta martensita


CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

Diagrama CCT
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

*Muitos tratamentos térmicos são feitos com resfriamento contínuo (CTT) o que gera um
pequeno desajuste nas curvas TTT que como vimos são construídas a partir de um
resfriamento isotérmico (TTT).

2. Tratamento Térmico

*Praticamente todos os tratamentos térmicos realizados em aços se baseiam em


transformações

Se essa transformação não existisse não haveria a possibilidade de endurecer os aços e obter
materiais tão duros e tão resistentes ao desgaste e à fadiga.

2.1. Têmpera do Aço

A têmpera consiste em aquecer o aço até uma temperatura acima da zona crítica
(austenitização), mantê-lo nesta temperatura por um certo tempo e em seguida resfria-la
bruscamente.

Forma martensita (dura e frágil), com reticulado TC – tetragonal compacto.

O reticulado TC é um reticulado CCC distorcido devido ao excesso de carbono contido.

2.2. Recozimento Pleno

O recozimento pleno é feito com o objetivo de reduzir o máximo a dureza do aço.

Eleva a temperatura do aço lentamente até aproximadamente 50°C acima da zona crítica
(austenitização total).

O aço é mantido até se tornar austenítica ou austenita + cementita e em seguida é resfriado


dentro do forno com velocidade de aproximadamente 25°C/h até aproximadamente 50°C
abaixo da zona crítica, onde a partir daí o aço pode ser resfriado ao ar.

Importante que a passagem pela faixa de temperatura seja bem lenta para formar perlita
grossa, perlita esferoizada e cementita esferoidizada.

2.3. Esferoidização

É realizado em aços com alto carbono %C > 0,8, apresenta cementita precipitada nos
contornos da perlita, o que torna difícil de usinar. O tratamento produz cementita esferoidal
em uma matriz de ferrita, eliminando a presença de perlita e a rede de carbonetos frágeis
anteriormente existentes na microestrutura.

O tratamento consiste em aquecimento do aço até uma faixa de temperaturas 50° C abaixo da
zona crítica, manutenção prolongada (várias horas) nesta temperatura e resfriamento lento
dentro do forno.
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

2.4. Alívio de tensões (recozimento Subcrítico)

Aquecimento do aço para reduzir tensões residuais introduzidas por usinagem pesada ou
conformação mecânica a frio. Também chamado de recozimento subcrítico.

Geralmente é realizada em temperatura subcrítica, onde consegue aumentar a ductilidade,


melhorar usinabilidade, remover tensões residuais, através da redução da dureza, do limite de
escoamento e do limite de resistência do material.

2.5. Normalização

É realizado quando se deseja refinar o grão do material. O aço com grão grandes tende a
apresentar maior heterogeneidade de propriedades, e maior fragilidade.

O tratamento térmico de normalização consiste no aquecimento do aço até 60°C acima do


limite superior da zona crítica (A3 ou Acm), sempre garantindo Austenitização total do
material, em seguida é retirada do forno e deixado resfriar ao ar natural.

A estrutura resultante é de pequenos grãos de ferrita e perlita fina.

Esse tratamento é mais barato que o recozimento pleno, pois o forno pode ser desligado, após
o termino da austenitização.

Diferença entre a normalização e o recozimento pleno é que no recozimento a peça fica inteira
exposta ao ciclo de resfriamento, apresentando ductilidade e usinabilidade homogêneas em
todas as regiões e a normalização a velocidade de resfriamento não é uniforme, onde seções
mais espessas resfriam mais lentamente do que finas. Caso a peça necessite de usinagem
posterior, é aconselhado realizar o recozimento pleno.

OBS: É preciso ter em mente que quanto maior é o teor de carbono, mais frágil é o aço. Da
mesma forma, quanto mais heterogênea é a estrutura do aço (mistura de martensita,
bainita, perlita e ferrita) menor é a sua resistência à fadiga. Desta forma a seleção do
material deve sempre ser feita adotando-se o menor teor de carbono compatível com a
dureza desejada.

2.6. Martêmpera

É realizado o tratamento para eliminar a diferença de temperaturas e tempos de


transformação entre a superfície e o núcleo do aço.

Consiste na austenitização do aço nas temperaturas logo acima da temperatura Mi. O tempo
de manutenção deve ser o suficiente para equalizar a temperatura em toda a peça. A estrutura
final é martensitica.

2.7. Revenimento

É realizado quando tem um tratamento de têmpera, pois torna a peça muito dura e frágil.
Durante o revenido, a martensita com estrutura TC perde o excesso de carbono em solução e
seu reticulado vai se tornando mais próximo da ferrita.

2.8. Austêmpera

O aço é mergulhado em um banho constituído de uma mistura de sais fundidos, mantido a


temperatura constante, entre 250 e 450°C. Visa evitar a formação de ferrita e perlita e induzir
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

a formação de bainita nas peças. A bainita é uma estrutura que tem dureza semelhante à da
martensita revenida, porém, maior tenacidade.

*De uma maneira geral pode-se afirmar que a dureza máxima que se pode atingir em um aço
temperado depende somente do teor de carbono.

*Os elementos de liga, presentes no aço, aumentam a profundidade de endurecimento por


têmpera, chamada de temperabilidade. A principal razão pela qual se adicionam elementos de
liga aos aços é aumentar a temperabilidade, ou seja, a profundidade capaz de endurecer por
têmpera.

2.9. Ensaio Jominy

Pinos de aços ligados de alta temperabilidade apresentam variação muito pequeno de dureza
ao longo da distância à extremidade temperada.

Pinos de aço carbono e outros aços de baixa temperabilidade apresentam curvas Jominy com
variação acentuada de dureza próxima da extremidade temperada.

2.10. Efeito dos elementos de liga na temperabilidade dos aços

Os elementos de liga C, Mo, Mn, Cr, Si e Ni têm efeito acentuado sobre a temperabilidade dos
aços. O elemento químico que apresenta a melhor relação custo/beneficio no aumento da
temperabilidade dos aços é o Mn.

2.11. Cementação

A cementação é um tratamento termoquímico feito para enriquecer a superfície da peça em


carbono. Um aço cementado é um aço de baixo carbono (no máximo 0,2% C), tratado
termoquimicamente de forma a se obter teor de carbono próximo de 0,8% na superfície. A
espessura de camada pode variar de 0,5 a 2,0 mm.

2.12. Tratamentos Sub-zero

Existem tratamentos térmicos sub-zero feitos com o objetivo de promover a transformação da


austenita retida para martensita e aumentar a dureza superficial do aço. É um tratamento
térmico frequentemente aplicado aos aços de alto carbono, principalmente o aço ferramenta.

2.13. Tratamento Criogênico

Consiste em resfriar peças até temperaturas sub-zero e mantê-las nesta temperatura por
várias horas. Em seguida as peças são aquecidas até a temperatura ambiente em tempos
prolongados de 8 a 20 horas. Posteriormente são revenidas entre 150° C e 600° C para baixar a
dureza e aumentar a tenacidade. Há relatos de que a realização de tratamentos criogênicos
pode melhorar ainda mais a vida em fadiga destes componentes.

3. Sistemas Cristalinos

CCC – Cúbica de Corpo Centrado


2 atomos
Número de coordenação = 8
a = 4R / raiz 3
FEA = 0,68
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

CFC - Cúbica de Face Centrada


4 átomos
Número de coordenação =
a = 2R raiz 2
FEA = 0,74

HC – Hexagonal Compacta

Massa Específica
Ρ = n A / Vc Na - n = número de átomos / A = peso atômico / Vc = Volume célula unitária
Na = número avogrado 6,022 x 10²³

4. Difusão

• Primeira lei de Fick

J = D dC / dX (Regime estacionário)

D = coeficiente de difusão (m²/s)

• Coeficiente de difusão

D = Do exp ( - Qd / R T)

D = Coeficiente de difusão
Do = cte pré-exponencial independente da temperatura (m²/s)
Qd = a energia de ativação para difusão (J/mol)
R = constante dos gases
T = Temperatura absoluta (K)

• Segunda lei de Fick

dC / dT = D d²C / dX²

Cx – Co / Cs – Co = 1 – erf (x / 2 raix DT)

Co – concentração inicial
Cs – concentração superficial
Cx – Concentração na posição X após um tempo.

5. Mecanismo de endurecimento em Metais

5.1. Encruamento

Mecanismo pelo qual um material dúctil é submetido a uma deformação plástica, tornando
mais duro.
Durante a deformação plástica as discordâncias movimentam-se, multiplicam-se, interagem
entre si, formando “emaranhados”.
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

Para que a movimentação das discordâncias ocorra passa a haver a necessidade de tensões
crescentes.

5.2. Refino de Grão

O refino de grão deixa o material mais duro, pois o mesmo possui um número maior de
contorno de grão, dificultando o seu deslizamento.

5.3. Solução Sólida

Átomos do soluto ocupam lugares da rede cristalina, onde o mesmo se aloca nas
discordâncias, dificultando o movimento dessa discordância, aumentando a resistência do
material.

5.4. Recristalização e Crescimento de grãos

Basicamente, recristalização é utilizado após o material sofrer uma deformação (ficando mais
duro), ele é aquecido por um determinado tempo, melhorando sua ductilidade.

6. Classificação de aços: Aços Carbono, Aços Liga e Aços Inoxidáveis

• Aços liga

Aço baixa liga: soma dos teores dos elementos menor que 5%;

Aço média liga: Soma dos teores dos elementos entre 5% e 12%;

Aço alta liga: soma dos teores dos elementos maior que 12%;

Aço baixa liga de alta resistência: Aço com teor de carbono menor 0,25%, com total de
elementos de liga inferior a 2,0%. Neste grupo de aço os elementos mais comuns são, Nióbio,
Vanádio e o Titânio.

• Manganês

Como manganês ocasiona o aumento da temperabilidade e reduz a temperatura de


austenitização, ele é útil na produção de aços ferramentas, na produção do aço austenitico. Na
necessidade de produção de têmperas é um dos meios mais econômicos e na melhoria da
usinabilidade.

• Boro

O Boro é caracterizado por aumentar a temperabilidade. É utilizado para revestimento de


superfície e para retratar o envelhecimento do aço. Também, quando adicionado em
pequenas quantidades, melhora a temperabilidade do aço, diminui a tendência a trincas de
têmpera, distorções durante o tratamento térmico e melhora as propriedades de conformação
mecânica.

• Cromo

O cromo aumenta a temperabilidade do aço e contribui para a resistência ao desgaste e


dureza. Quando o cromo excede 11% em aços de baixo carbono, um filme inerte é formado na
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 1

superfície, criando resistência ao ataque por reagentes oxidantes. Aços com cromo são mais
fáceis de usinar do que aços com níquel de resistência mecânica similar. Os aços com cromo
são usados quando durezas elevadas são requeridas, como em matrizes, rolamentos, limas e
ferramentas.

• Níquel

O níquel reduz a temperatura eutetóide, onde a transição é diminuída com o aumento de Ni.
Fornece uma contribuição moderada para temperabilidade e tenacidade em aços ferriticos-
perliticos.

Vous aimerez peut-être aussi