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Direito Constitucional | Material Complementar

Professor Cristiano Lopes

Classificação das Constituições

Não há uniformidade entre os doutrinadores quanto a Classificação das Constituições. No entanto, dentre
as classificações existentes, as mais recorrentes em concursos públicos são:
a) quanto à origem;
b) quanto à forma;
c) quanto ao modo de elaboração;
d) quanto à extensão;
e) quanto ao conteúdo;
f) quanto à estabilidade.

a) Quanto à origem: Promulgadas ou Outorgadas


 Promulgada (democráticas ou populares) – É a constituição de origem popular, decorrente do fruto do
trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para exercer
legitimamente o Poder Constituinte. São promulgadas as Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e
1988.
 Outorgada – É a Constituição elaborada e estabelecida sem a participação do povo. Trata-se daquela
impostas, de maneira unilateral, pelo governante. Não tendo origem democrática. São outorgadas as
Constituições brasileiras de1824, 1937, 1967/69.
b) Quanto à forma: Escrita ou Não-Escrita
 Escrita (instrumental) – É a Constituição codificada e sistematizada num único texto. Formada por um
conjunto de regras organizadas em um único documento. Por exemplo, a atual Constituição brasileira.
 Não-Escrita (consuetudinária ou costumeira) – Formada por textos esparsos e se baseia nos usos, costumes,
jurisprudência. O Exemplo clássico apresentado pela doutrina é a Constituição inglesa.
c) Quanto ao modo de elaboração: Dogmática ou Histórica
 Dogmática – É a Constituição elaborada por um órgão constituinte, e sistematiza os dogmas ou ideias
fundamentais da teoria política e do Direito dominantes no momento. As Constituições Dogmáticas serão
sempre escritas. Pode-se citar a atual Constituição brasileira.
 Histórica – É aquela que resulta da lenta formação histórica, das tradições de uma sociedade, de um longo
processo de evolução dos valores de um povo, em determinada sociedade, resultando em regras escritas e
não escritas. As regras escritas serão leis e as não escritas usos e costumes.
d) Quanto à extensão: Analítica ou Sintética
 Analítica – É aquela que aborda todos os assuntos considerados como fundamentais pelo povo, através de
seu representante. Descrevem às minúcias. É muito extensa, havendo necessidade de maiores modificações
para atender às mutações sociais. Normalmente, trazem regras que deveriam estar na legislação
infraconstitucional. Por exemplo, a atual Constituição brasileira.
 Sintética – É aquela que traz apenas os princípios fundamentais e estruturais do Estado. É muito enxuta e
duradoura, pois os princípios estruturais são interpretados e adequados aos novos anseios da sociedade,
pela atividade da Suprema Corte. Por exemplo, a atual americana, que dura mais de 200 anos.
e) Quanto ao conteúdo: Material ou Formal
 Formal – É a Constituição que elege como critério definidor das normas constitucionais o processo de
formação e não a natureza do conteúdo de suas normas. É aquela cujas normas possuem a natureza
constitucional pelo simples fato de estarem prevista no texto escrito da Constituição, uma vez que o seu

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conteúdo não está relacionado ou não possui relevância para o estabelecimento da organização básica do
Estado.
 Material – É a Constituição (ou o conteúdo constitucional) que é composta por princípios e regras que têm
como objeto os direitos fundamentais, a estruturação do Estado e a organização dos Poderes.
f) Quanto à estabilidade ou possibilidade de alteração: Imutável, Rígida, Flexível ou Semirrígida
 Imutável – São aquela inalteráveis em virtude de terem sido criadas para reger de forma perpetua a vida de
uma sociedade, constituindo-se em verdadeiras relíquias históricas.
 Rígida – São aquelas Constituições que exigem, em relação às normas infraconstitucionais, para a sua
alteração um processo legislativo mais complexo, mais solene, mais dificultoso do que o processo de
alteração das normas não constitucionais. Por exemplo, a atual Constituição brasileira.
 Flexível – É a Constituição que pode ser modificada livremente pelo constituinte derivado, utilizando-se do
mesmo processo de elaboração das leis ordinárias, pois não possuem processo legislativo mais rigoroso em
comparação às normas infraconstitucionais.
 Semirrígida (Semi-flexível) – É aquela que o mesmo dispositivo Constitucional pode ser modificado segundo
ritos distintos, a depender de que tipo de norma esteja para ser alterada. Neste tipo de Constituição, alguns
artigos do texto compõe a parte rígida, de forma que só possam ser reformados por meio de um
procedimento diferenciado e rigoroso, enquanto os demais, que compõe a parte flexível se alteram
seguindo processo menos complexo, menos dificultoso.
Assim, podemos concluir que a CRFB/88 é promulgada (democrática), escrita, dogmática, analítica, formal e
rígida.

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