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2-Descrição do Processo de Cristalização

2.1- Estrutura dos Cristais

Um cristal é uma configuração muito organizada de átomos, ou de


moléculas ou de íons dispostos em redes espaciais tridimensionais (FOUST et al.,
1982; MERSMANN, 2001).
Os cristais diferem dos sólidos amorfos por terem uma estrutura altamente
organizada resultante de forças de atração. A rede cristalina de um cristal ideal é
formada de células elementares cujos cantos ou superfícies planas e centros espaciais
tem componentes organizadas para formar estruturas que são completamente
regulares. A célula elementar determina um sistema de coordenadas com eixos x , y

e z e ângulos α , β e ᵧ . Os cristais de diferentes substâncias variam suas dimensões


a , b e c e a amplitude dos ângulos (MERSMANN, 2001).

2.2- Nucleação

A nucleação é uma etapa extremamente importante da cristalização, que inicia após


a solução atingir a supersaturação. Os núcleos são cristais de tamanho mínimo, que não
se dissolvem na solução supersaturada.
2.2.1Nucleação Primária

Nucleação primária é a forma clássica de nucleação. Ocorre principalmente quando se têm sistemas
com níveis altos de supersaturação e, consequentemente, é a que prevalece na precipitação, e em
soluções muito puras. Este modo de nucleação é dividido em: homogênea, a qual ocorre de forma
espontânea a partir de uma solução límpida e heterogênea, que ocorre na presença de partículas em
suspensão (pó, colóides) ou em superfícies sólidas como as paredes do cristalizador (NÝVLT et al.,
2001; JONES, 2002).

2.2.1- Nucleação Homogênea

A nucleação primária é dita homogênea quando a solução é isenta de cristais e pura, necessitando
de uma supersaturação alta para ocorrer.

Nucleação Heterogênea

A nucleação heterogênea é induzida por núcleos estranhos ou superfícies em contato com a solução
e que torna significativos a baixos níveis de supersaturação (JONES, 2002). Entretanto, é difícil
distinguir entre nucleação homogênea e heterogênea.

2.2.2- Nucleação Secundária

Nucleação secundária aparente

Nesse tipo de nucleação, os núcleos (sementes) são introduzidos na solução, isto é, a


nucleação inicial ocorre ao submergir um pequeno cristal na solução supersaturada (NÝVLT
et al., 1985). Na superfície desse cristal há microcristais, aderidos por forças eletrostáticas ou
capilares, geradas pelo atrito dos cristais, pela secagem de licor-mãe etc.; após submersão do
cristal na solução, eles começam a se soltar da superfície aderida, servindo de núcleos de
crescimento. Esse tipo de nucleação secundária pode ocorrer na cristalização em batelada
semeada.
A desintegração de policristais também pode contribuir para a formação de novos
núcleos cristalinos. Em particular, cristais que cresceram irregularmente em altas
supersaturações podem formar agregados policristalinos e estes, por sua vez, podem, em
soluções agitadas, se desintegrar em pequenos pedaços, também gerando novos núcleos de
crescimento. Nessas condições, esse mecanismo de nucleação não é muito importante, é mais
provável ocorrer a nucleação por colisões (NÝVLT et al., 2001).
Nucleação por contato

Na nucleação por contato, os núcleos são gerados na fase sólida por macroatrito ou por
microabrasão. O macroatrito pode ocorrer em suspensões com forte turbulência, levando à
criação de frações cristalinas de tamanhos comparáveis aos já presentes (KHAMBATY
& LARSON, 1978). A microabrasão produz cristais finos, comparáveis em tamanho aos núcleos
críticos, ocorrentes na superfície ou nos vértices dos cristais-mãe, que crescem gradativamente
(NÝVLT et al., 1985).
O caso da nucleação por contato baseia-se no fato de que a superfície do cristal não é
completamente lisa e contém inúmeras imperfeições (chamadas “montes e vales”
microscópicos), de diversos tamanhos, que vão do núcleo crítico aos visíveis a olho nu. O
impacto de um outro corpo sólido nessa superfície atua em uma área superficial muito menor
do que no caso de uma face lisa; tais forças podem quebrar esses pequenos montes e os
microcristais poderão agir como núcleos cristalinos.
2.4- Crescimento dos cristais
Quando um cristal cresce sem o impedimento de outros cristais ou de outros sólidos, a
sua forma poliédrica pode manter-se fixa. É o que se chama um cristal invariante. Num destes
cristais, uma única dimensão pode ser usada para caracterizar o volume, a área superficial total,
ou outros parâmetros, como a área superficial por unidade de volume. Mais freqüentemente,
porém, mesmo num ambiente sem obstáculos, a existência de potenciais não- homogêneos
provoca o crescimento mais rápido do cristal numa dimensão do que em outra, o que causa
elongações e distorções (FOUST et al., 1982).
Nos processos industriais de cristalização, o crescimento de cristais sem o impedimento
de outros sólidos é uma exceção rara. Os cristais se aglomeram, as impurezas são ocluídas nas
superfícies de crescimento. A nucleação ocorre não só na solução, mas também sobre as
superfícies cristalinas, e os cristais são fragmentados pelos rotores das bombas e pela agitação
(FOUST et al., 1982). O resultado líquido é o de que todos estes fatores concorrem para a
formação do hábito do cristal. Este hábito tem grande importância para os operadores da
cristalização, pois afeta a pureza do produto, a sua aparência, a tendência a formar torrões ou a
pulverizar-se e influencia a aceitação dos consumidores.
O hábito dos cristais é fortemente afetado pelo grau de supersaturação, pela intensidade
da agitação, pela densidade de população e pelas dimensões dos cristais nas vizinhanças durante
o processo e pela pureza da solução. Então, a seleção e o projeto detalhado do cristalizador são
importantes não apenas pela economia e operacionalidade, mas também pela sua influência
sobre o hábito cristalino, sobre a distribuição de dimensões do cristal e sobre a colocação
mercantil do produto (FOUST et al., 1982)

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