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ENSAIO DE ADENSAMENTO HIDRÁULICO

W. S. Silva
Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa.
R. F. Azevedo
Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa.

RESUMO: O presente trabalho apresenta os primeiros resultados obtidos com um edômetro para
ensaios de adensamento hidráulico (HCT – Hidraulic Consolidation Test) desenvolvido na
Universidade Federal de Viçosa (Silva, 1999). O equipamento é semelhante ao apresentado por
Abu-Hejleh et al. (1996). Neste sentido, faz-se uma breve apresentação do equipamento e em
seguida, a análise dos ensaios feita através da teoria unidimensional do adensamento por
deformações finitas e um procedimento de otimização para obter os parâmetros das relações
constitutivas (índice de vazios versus tensão efetiva e índice de vazios versus permeabilidade) é
apresentada. Finalmente, o novo equipamento e sua análise são usados com três diferentes
materiais e os resultados obtidos são comparados com os obtidos em um ensaio edométrico por
deformação constante (Silva, 1999).

1 INTRODUÇÃO adensamento com deformações finitas


apresentada por Gibson et al. (1967).
Processos de mineração produzem grandes Relações constitutivas de adensamento
quantidades de rejeitos. No Brasil estes rejeitos (índice de vazios versus compressibilidade e
são normalmente materiais finos que são permeabilidade) de materiais muito moles
dispostos em reservatórios e, ou, lagoas onde podem ser obtidas por várias técnicas de
passam por um processo acoplado de ensaio. Entre elas podemos citar o trabalho de
transporte, sedimentação e adensamento por Bromwell e Carrier (1979), usando um
peso próprio. consolidômetro de lamas; os trabalhos de Been
Freqüentemente, o aspecto mais importante e Sills (1981), Scully (1984) e Pane (1985),
deste processo acoplado é o adensamento por usando colunas de sedimentação; e, os
peso próprio, porque o transporte e a trabalhos de Imai (1979) e Gobara et al. (1995)
sedimentação são relativamente rápidos. Com usando o ensaio de adensamento hidráulico.
isso, o estudo do enchimento do reservatório e Outro trabalho que merece destaque é o de
consequentemente o dimensionamento da Znidarcic et al. (1986) que desenvolveu um
altura da barragem, além do reaproveitamento edômetro com taxa constate de deformação
da área de estocagem envolve, principalmente, (CRD) e a teoria do adensamento por
a teoria do adensamento. Entretanto, as lamas deformações finitas.
provenientes destes processos são muito moles Entretanto, nenhuma das metodologias
e não se enquadram dentro das hipóteses com existentes pode ser considerada como perfeita
as quais estabeleceu-se a teoria do na determinação dos parâmetros de
adensamento convencional de Terzaghi. Sendo adensamento de solos moles.
assim, o processo de adensamento destas lamas Partindo da idéia apresentada inicialmente
passou a ser estudado através de uma teoria de por Imai (1979), Abu-Hejleh et al. (1996)
apresentaram uma nova versão do ensaio de
225
adensamento hidráulico, juntamente com uma
análise indireta para a determinação das
características de adensamento de solos muito
moles que procurou, com sucesso, minimizar
todas as limitações apresentadas pelos métodos
anteriores.
A seguir, um ensaio de adensamento
desenvolvido na UFV, similar ao descrito por
Abu-Hejeleh et al. (1996), é apresentado
juntamente com detalhes de sua análise.
Comparações entre os resultados obtidos com
o novo equipamento e os obtidos com um
ensaio tipo CRD são também apresentados
(Silva, 1999).

2 EQUIPAMENTO HCT
Figura 1. HCT da UFV.
O equipamento desenvolvido na UFV
(Figura 1) pode ser dividido nos seguintes Com o primeiro ensaio, e00, é
componentes: (i) painel de controle de pressão; aproximadamente determinado misturando-se
(ii) bomba de fluxo; (iii) célula de ensaio com uma quantidade suficiente de lama com uma
um transdutor diferencial de pressão capaz de consistência desejável. Após a
medir até 35 kPa de diferença de pressão com homogeneização, o solo é colocado dentro de
uma precisão de 0,0875 kPa; (iv) sistema de dois vasilhames e deixado em repouso até uma
carregamento e (v) sistema de aquisição de interface sólido-líquido aparecer. Então, o
dados. líquido acima do topo do solo é
Uma descrição detalhada de cada cuidadosamente removido e duas amostras por
componente pode ser obtida em Silva (1999) e vasilhame são coletadas da superfície do solo
Silva e Azevedo (1999). para determinar seus teores de umidade.
Assumindo que as amostras estão saturadas e
conhecendo-se a densidade específica dos
3 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO sólidos (Gs), índices de vazios são
determinados. A média desses valores é
A parte experimental do ensaio de considerada ser e00.
adensamento hidráulico é dividida em quatro O SICT inicia colocando a amostra com
fases que são: uma consistência desejada dentro da célula de
Um ensaio para a determinação do índice de ensaio. Duas horas depois, um top cap com
vazios correspondente à tensão efetiva zero uma pedra porosa é cuidadosamente colocado
(e00); sobre a amostra. A célula de ensaio é montada
Um ensaio de adensamento induzido por e o sistema saturado com uma contrapressão de
forças de percolação (SICT) em que um fluxo 250 kPa. Sob estas circunstâncias, a amostra
é imposto através da amostra e esta deforma adensa durante 24 horas decorrente de seu peso
até o estado permanente ser alcançado; próprio e da sobrecarga do top cap. Após este
Um ensaio de carregamento em etapas estágio, a bomba de fluxo é colocada em
(SLT) que consiste em um carregamento da funcionamento, succionando água da base da
amostra, após o SICT, com uma carga amostra. Decorrente deste fluxo de cima para
constante; e, baixo, a amostra adensa e uma diferença de
Um ensaio de permeabilidade com bomba pressão de água aparece entre seu topo e sua
de fluxo (FPPT), para cada carregamento base. Esta diferença aumenta com o tempo,
doSLT, para medir a permeabilidade enquanto a amostra adensa, até um valor
correspondente. constante, ∆PH, ser alcançado. Neste ponto, o

226
chamado estado permanente é alcançado, valores de σL, eL e kL é suficiente para a análise
significando que o adensamento induzido pelas do ensaio.
forças de percolação cessou. Conseqüentemen- Após o término do ensaio, a amostra é
te, a velocidade da fase sólida é nula e a removida e seu peso seco, Wd, determinado.
velocidade da fase líquida, v, é obtida
dividindo-se a vazão da bomba, q, pela área da
seção transversal da amostra, A. A altura da 4 ANÁLISE DO ENSAIO
amostra, HF, é medida e a tensão efetiva na
base da amostra deve ser calculada por: A análise do ensaio, apresentada por Abu-
Hejleh et al.(1996), é baseada na teoria
σ’b = σ’0 + γwHs(Gs - 1) + ∆PH (1) unidimensional do adensamento por
deformações finitas desenvolvida por Gibson
onde: σ’0 = tensão efetiva dada pelo top cap; γw et al. (1967). A equação governante é dada por:
= peso específico da água; Hs = altura de
sólidos da amostra igual a Wd/(GsγwA), onde k  ∂e ∂  k dσ′v ∂e  ∂e
(Gs −1) d   −  = (4)
Wd é o peso seco da amostra. de 1+ e  ∂z ∂z  γ w (1+ e) de ∂z  ∂t

Uma vez atingido o estado permanente, um onde, z é a coordenada material, positiva


novo (maior) fluxo pode ser imposto, iniciando quando orientada de acordo com a gravidade, e
um novo processo de adensamento que irá t é o tempo.
fornecer novos valores de v, σ’b e HF para a No estado permanente do SICT, a Eq. (4)
análise do ensaio. Entretanto, somente um torna-se:
conjunto de valores de v, σ’b e HF é suficiente
para a análise. dσ′v de
k  de d  k
A terceira fase do experimento consiste em (Gs −1) d   −   = 0 (5)
obter as características de compressibilidade e  de  1 + e  dz dz  γ w (1 + e) de dz
permeabilidade do solo para altas tensões
efetivas. Uma carga constante, correspondendo uma vez que o índice de vazios é independente
a uma tensão vertical σL, é aplicada no topo da do tempo.
amostra, iniciando um novo processo de Esta equação é equivalente a (Silva, 1999):
adensamento (SLT). Quando o estado
dσ′v (z)
permanente é novamente alcançado
v=
k

k
(G s − 1) (6)
(normalmente 24 horas depois), a nova altura γ w (1 + e) dz 1+ e
da amostra, HL, é medida com o transdutor de
deslocamento e o correspondente índice de A partir da qual obtém-se:
vazios calculado por:
z vγ w
eL = (HL/Hs) –1 (2) σ ′v ( z ) = σ ′0 + γ w (G s − 1) z + ∫ 0 k
(1 + e)dz (7)

Finalmente, a bomba de fluxo impõe um Nesta equação o primeiro termo representa


pequeno fluxo através da amostra e a diferença a tensão efetiva decorrente da sobrecarga do
de pressão é medida (FPPT). No estado top cap; o segundo termo representa a tensão
permanente esta diferença de pressão é igual a efetiva devida ao peso próprio e o último termo
∆PL e a permeabilidade correspondente, kL, representa a tensão efetiva decorrente das
será: forças de percolação.
Usando a Eq. (7), a tensão efetiva na base
kL = (v * HL*γw)/ ∆PL (3) da amostra σ’bteor é dada por:
A terceira e quarta fase do ensaio HCT vγ w

Hs
podem ser repetidas para vários incrementos de σ′bteor = σ′0 + γ w (G s − 1) Hs + (1 + e)dz (8)
0 k
carga. Entretanto, somente um conjunto de

227
Note que conhecendo a distribuição de obtidos numericamente. A determinação de
índice de vazios, é também possível descobrir σ’bteor e HFteor é feita por um processo iterativo
a altura da amostra pela equação: seguindo os seguintes procedimentos:
Uma distribuição inicial de tensão efetiva,
∫ (1 + e )dz
HS
H Fteor = (9) decorrente do adensamento por peso próprio e
0 da sobrecarga do top cap é obtida utilizando-se
os dois primeiros termos da Eq. (7). Com essa
A análise do ensaio supõe que a relação distribuição de tensão efetiva e para valores
constitutiva entre índice de vazios e tensão assumidos dos parâmetros A, B e Z obtém-se
efetiva é dada por (Silva, 1999): uma distribuição de índice de vazios,
decorrente do adensamento por peso próprio e
e = A(σ’v + Z)B (10) da sobrecarga, utilizando-se a Eq. (10). Essa
distribuição de índice de vazios e valores
e a relação constitutiva entre permeabilidade e assumidos de C e D são utilizados como
índice de vazios é dada por (Silva, 1999): entrada na Eq. (11) determinando-se uma
distribuição de permeabilidade. Esses valores
k = CeD (11) de permeabilidade e índice de vazios são
utilizados no terceiro termo da Eq. (7) para
onde A, B, C, D e Z são parâmetros calcular as tensões efetivas devidas às forças
constitutivos do solo, sendo o objetivo da de percolação, atualizando assim, a
análise determiná-los. distribuição de tensões efetivas. Essa nova
Cabe mencionar que: distribuição de tensão efetiva é novamente
- conhecendo o índice de vazios para a tensão levada à Eq. (10), determinando-se uma nova
efetiva zero, a Eq. (10) pode ser escrita como: distribuição de índice de vazios que será
levada à Eq. (11) para a determinação de novas
e 00 permeabilidades. Essas permeabilidades serão
A= (12) novamente levadas ao terceiro termo da Eq. (7)
ZB
conhecendo-se nova distribuição de tensões
- a partir dos resultados do SLT e usando as efetivas. Esse processo é repetido até que seja
Eq. (10) e (12): atingido um critério de convergência
preestabelecido. Uma vez que a distribuição de
σ′L índice de vazios no estado permanente é
Z= (13) alcançada, a altura da amostra é calculada
(eL e 00 ) B −1
1
como descrito pela Eq. (9) e a tensão efetiva na
base é calculada como:
- e a partir do FPPT e Eq. (11):
σ’bteor = (eb/A)1/B - Z (16)
kL
C= (14)
(e L )D onde eb é o índice de vazios calculado na base
da amostra. Estes valores são então usados
para calcular o valor da função objetiva Err
Conseqüentemente, os parâmetros B e D
(Eq. 15). Caso o valor da função objetiva não
são independentes e cabe à análise do ensaio
esteja dentro dos limites previstos, inicia-se um
determinar o melhor par destes parâmetros.
processo de otimização dos parâmetros B e D,
Para isso, um processo de otimização é
baseado no método de Newton e na estratégia
realizado para minimizar a função objetiva
de procura em linha (Vanderplaats, 1984). Este
dada por:
processo de minimização continua até a função
σ′b HF
Err(B, D) = 1 − + 1− (15) objetiva, Err, tornar-se menor que um pequeno

σ bteor H Fteor valor fornecido, em geral 10-4.
Esta análise é automaticamente feita por um
onde σ’b e HF são valores experimentais programa de computador chamado SICTA
obtidos durante o SICT, e σ’bteor e HFteor são (Seepage Induced Consolidation Test)

228
desenvolvido pela Universidade do Colorado mm/min e o realizado com a amostra CB com
(Abu-Hejleh e Znidarcic, 1992). a velocidade de 0,035 mm/min.

5 RESULTADOS DOS ENSAIOS 100

Porcentagem que passa(%)


90
80
Características de três solos diferentes 70
60
foram obtidas usando o novo equipamento e a 50
40
análise do ensaio (Silva, 1999). Os solos são: 30
um solo na forma de lama existente no 20
10
laboratório de geotecnia, RE; caulim, CA; e, 0
uma mistura de caulim e bentonita, proporção 0,0001 0,001 0,01 0,1 1
8:2, CB. As curvas de distribuição Diâmetro dos grão(mm)
granulométrica destes materiais são CB RE CA
apresentadas na Figura 2 e algumas de suas
propriedades básicas são apresentadas na Figura 2 – Distribuição granulométrica.
Tabela 1.
Os resultados experimentais para as quatro
2,2
etapas do ensaio são apresentados na Tabela 2. 2
As Figuras de 3 e 4 mostram a resposta com
Pressão Diferencial (kPa)
1,8
o tempo da pressão diferencial no SICT e no 1,6
FPPT para a amostra RE. Nestes gráficos as 1,4
várias quedas abruptas representam o instante 1,2
1
em que era necessário recolocar o pistão da 0,8
seringa em sua posição inicial, após ser 0,6
atingido o seu curso máximo. Observa-se que 0,4
breves interrupções na bomba não influenciam 0,2
nos resultados do ensaio. 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Os dados apresentados na Tabela 2 foram Tempo(h)
utilizados como variáveis de entrada do
programa SICTA que, após ser executado, Figura 3. Resultado experimental do SICT,
forneceu os parâmetros constitutivos (A, B, C, amostra RE.
D e Z) das funções de compressibilidade e
permeabilidade utilizadas para modelar o
comportamento dos materiais ensaiados 1
(Tabela 3). 0,9
Pressão Diferencial (kPa)

Nas Figuras 5 e 6 estão representadas as 0,8


0,7
características de compressibilidade e 0,6
permeabilidade para as amostras ensaiadas. 0,5
0,4
0,3
Tabela 1. Propriedades dos solos 0,2
0,1
Amostra Gs Limite Limite 0
de de 0 10 20 30 40 50 60 70
Liquidez Plasticidade Tempo(min)
(%) (%)
RE 2,60 29 20 Figura 4. Resultado experimental do FPPT,
amostra RE.
CA 2,58 45 25
CB 2,56 137 51 As curvas de compressibilidade e
permeabilidade obtidas por meio dos dois
Os ensaios CRD das amostras RE e CA foram ensaios estão apresentadas conjuntamente nas
realizados com uma velocidade de 0,0756 Figuras de 7 a 12.

229
Tabela 2. Resultados experimentais dos ensaios realizados

Amostra e00 H0 σ’0 v σ’b Hf σL eL kL


(m) (kPa) (m/s) (kPa) (m) (kPa) (m/s)
-6
RE 5,23 0,0543 0,137 0,953 X 10 2,35 0,0324 50,50 1,21 0,137 X 10-7
CA 5,70 0,0424 0,137 0,953 X 10-6 0,98 0,0267 50,45 1,37 0,339 X 10-7
CB 8,98 0,0566 0,000 0,476 X 10-6 0,74 0,0381 10,08 2,52 0,601 X 10-8

Tabela 3. Parâmetros constitutivos de adensamento


Amostra A B Z C D
(kPa) (m/s)
RE 2,59541 -0,19439 0,02716 0,68308 X 10-8 3,20813
CA 2,79878 -0,18272 0,02040 0,14509 X 10-7 2,71392
CB 3,92924 -0,19279 0,01370 0,51096 X 10-10 5,16667

10
instrumentação fornece resultados confiáveis
CB
somente para valores de tensão efetiva acima
de aproximadamente 5 kPa.
Índice de vazios

8 CA
Com relação à permeabilidade, observa-se
6 RE
também, uma boa concordância entre os
4 resultados do ensaio HCT e os resultados do
ensaio CRD, exceto para a amostra CA.
2 Os resultados apresentados demonstram o
bom funcionamento do equipamento e a
0 confiabilidade dos resultados obtidos com a
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000 análise.
Tensão efetiva (kPa)
Figura 5. Características de compressibilidade 6
Índice de vazios

5
das amostras ensaiadas.
4
3
10 2
1
Índice de vazios

8 CB 0
CA 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
6 Tensão efetiva (kPa)
RE
4 HCT CRD-simplif. CRD-complexa

2 Figura 7. Verificação da compressibilidade


para a amostra RE.
0
1,E-11 1,E-10 1,E-09 1,E-08 1,E-07 1,E-06 1,E-05
Permeabilidade (m/s) 7 CONCLUSÕES
Figura 6. Características de permeabilidade das
amostras ensaiadas. O ensaio de adensamento hidráulico (HCT)
apresentado neste artigo, juntamente com sua
Observa-se para todas as amostras, com análise, demonstra ser uma forma eficiente
relação à compressibilidade, um bom para obter relações de compressibilidade e
agrupamento entre os resultados obtidos com o permeabilidade para solos muito moles, como
ensaio HCT e CRD, exceto para os pontos os rejeitos. Além disso, resultados comparados
iniciais do ensaio CRD. Isto ocorre porque o com o ensaio CRD demonstram que o novo
equipamento tipo CRD/UFV e sua equipamento funciona propriamente e tem a
vantagem de trabalhar em uma faixa mais
230
extensa de tensão efetiva, índice de vazios e 6

Índice de vazios
permeabilidade do que o ensaio CRD. Por 5
outro lado, o ensaio CRD não dura mais do que
4
um dia enquanto o ensaio apresentado neste
3
artigo leva pelo menos três dias para ser
concluído. 2
Em conclusão, o novo ensaio de 1
adensamento é claramente melhor do que o 0
ensaio CRD que tem sido freqüentemente 1,E-10 1,E-09 1,E-08 1,E-07 1,E-06 1,E-05
usado no Brasil para ensaiar materiais muito Permeabilidade (m/s)
moles, como os rejeitos. O ensaio entretanto, é HCT CRD-simplif. CRD-complexa
mais demorado e mais trabalhoso. Nas
circunstâncias em que as relações constitutivas Figura 10. Verificação da permeabilidade,
de adensamento são necessárias para valores amostra CA.
de tensão efetiva maior do que 10 kPa, o
ensaio CRD é ainda uma boa alternativa. 10

Índice de vazios
8
6
6
Índice de vazios

4
5
4 2
3 0
2 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
1
Tensão efetiva(kPa)
0
HCT CRD-simplif. CRD-complexa
1,E-10 1,E-09 1,E-08 1,E-07 1,E-06 1,E-05

Permeabilidade (m/s) Figura 11. Verificação da compressibilidade,


amostra CB.
HCT CRD-simplif. CRD-complexa

Figura 8. Verificação da permeabilidade, 10


Índice de vazios

amostra RE. 8
6

6 4
Índice de vazios

5 2
4 0
3 1E-11 1E-10 1E-09 1E-08 1E-07 1E-06 1E-05
2 Permeabilidade (m/s)
1 HCT CRD-simplif. CRD-complexa
0 Figura 12. Verificação da permeabilidade,
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000 amostra CB.
Tensão efetiva (kPa)
HCT CRD-simplif. CRD-complexa
8 AGRADECIMENTOS
Figura 9. Verificação da compressibilidade,
amostra CA. Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa
concedida ao primeiro autor e à FAPEMIG
pelo suporte financeiro para o
desenvolvimento desta pesquisa. Os autores
são, também, gratos ao Prof. Znidarcic da
Universidade do Colorado em Boulder por ter

231
enviado a eles uma cópia do programa SICTA, REGEO’95, Ouro Preto, MG, Brasil, Vol. 2,
tão bem como cópia da referência 1. p.1-14.
Imai, G. (1979) Development of a new
consolidation test procedure using seepage
9 REFERÊNCIAS force, Soils and Foundation, Tokyo, Japan,
Vol. 19, n. 3, p. 45-60.
Abu-hejleh, A. N., Znidarcic, D. (1992) User Lima, P. P. (1996) Ensaios oedométricos com
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Boulder, CO: University of Colorado; 101 muito moles, M. Sc. Dissertação,
p. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa,
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ASCE, Vol. 122, n. 4, p. 295-301. University of Colorado, Boulder, Colo.
Barbosa, M.; Lima, P. P.; Azevedo, R. F. Scully, R. W. (1984). Determination of
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São Paulo, Brasil, Vol. 1, p. 117-124. Silva, W. S. (1999) Desenvolvimento de um
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consolidation of soft soils: an experimental induzido por forças de percolação, M. Sc.
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1, p. 293-30. Foz do Iguaçu, Brasil.(em impressão)
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dimensionamento de reservatórios para Existing testing procedures and analyses,
disposição de rejeitos pelo ensaio HCT, Geotech. Test. J., ASTM, Vol. 7, n. 3, p.
123-133.

232

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