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Flávio Gomes *
Universidade Federal do Rio de Janeiro
*
Professor do departamento de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Ver: CRATON, 1986; BRAUND, 1991; LANDERS, 1999, MULROY, 1993; PRICE, 1988-89
e SOCOLOW, 1992. Para o Brasil ver: AZEVEDO, 1953; BASTIDE, 1979; KARASCH, 1996;
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fez parte da própria ocupação colonial do Brasil, em várias e diferentes áreas. Vamos
seguir neste artigo pistas históricas dos contatos interétnicos entre índios e negros
(especialmente grupos de fugitivos) na sociedade colonial brasileira, especialmente nas
áreas de fronteiras das Guianas.
FRONTEIRAS E CONFLITOS
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As rotas dos índios fugidos podiam ser das mais diversas. Assim como suas
aldeias de origem, seus mocambos eram móveis, podendo migrar para outras regiões
em diversas direções. A propósito, que muitos índios eram destinados a trabalhar bem
longe das regiões de suas aldeias de origem. Essa prática das autoridades portuguesas
visava também dispersar e desarticular os grupos indígenas. Índios capturados em
algumas regiões tinham como castigo o envio para outras áreas bem distantes. Em 1781
ordenou-se o envio de índios das Vilas de Ourém, Portel, Melgaço, Monte Alegre,
Alenquer e Outeiro para Macapá, como castigo das deserções das viagens do rio Negro
do “serviço” dessas vilas. Na Vila de Borba, em 1778, as autoridades eram alertadas
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e Solimões mais de 2.000 índios morreram. Só numa missão jesuíta na foz do rio
Madeira houve 700 mortes. Em 1750, a capitania do Grão-Pará tinha confirmado a
morte de mais de 18.000 pessoas e as autoridades previam que este número poderia
ultrapassar os 40.000. Segundo Alden neste cálculo não era incluído o grande número de
índios foragidos que tinham estabelecidos “mocambos” nas florestas. Ressalta que tal
fato, ou seja, a fuga e mocambos de índios era fonte de preocupação constante das
autoridades reais e de colonos na Amazônia.(ALDEN, 1985:437) Os jesuítas além, de
utilizarem índios como mão-de-obra nos aldeamentos, participariam do tráfico escravo
de índios e depois de negros na Amazônia durante os séculos XVII e XVIII.(SWEET,
1978) Não só religiosos e colonos, mas também, o poder público na Amazônia Colonial
teria importante papel no apresamento e utilização da mão-de-obra indígena. Como bem
anotou John Monteiro destacando a política indigenista colonial na Amazônia no século
XVII, havia a presença e ingerência dos agentes coloniais portugueses no abastecimento
e distribuição da mão-de-obra nativa. (MONTEIRO,1994:111-2)
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Nos anos de 1780, ao que parece, as fugas de índios aumentaram, pelo menos,
nas regiões de Nogueira, Colares, Soure, Barcelos, Melgaço, Joanes, Ourém, Monte
Alegre, Cintra, Alenquer, Rio Negro, entre outras. Não foi por acaso. Neste mesmo
contexto tinha aumentado a retenção dos índios, permitindo-se o reassentamento
privado, assim como os descimentos. Acontecia, também, a excessiva demanda de mão-
de-obra por parte do Estado. Cada vez mais precisava de braços para a construção e
guarnição de fortalezas, manutenção de estradas e pontes, canoas de vigilância, etc.
Igualmente aumentavam os trabalhos nas expedições demarcatórias.3 Ainda que em
1755, a Coroa Portuguesa determinasse a liberdade aos índios das Capitanias do Grão-
Pará e Maranhão, a utilização compulsória dos mesmos sempre continuou. Em 1775,
em Baião, índios eram denunciados "por não quererem absolutamente trabalharem e
com suas fugas, causarão inconsideravel prejuízo" às canoas de negócio. Em
contrapartida, em 1803, reclamava-se ao Conde dos Arcos que ali como em outras
capitanias existia o "abusivo costume" de se obrigar índios a trabalharem por "tênue
jornal". Com isso eram comuns as fugas de escravos, procurando uns outras capitanias e
buscando outros os sertões e matos.(GOMES, 1999: 279 e segs.)
3
ALMEIDA, 1988; CARDOSO, 1985; FARAGE, 1991; HEMMING, 1978 e 1987; SWEET,
1974 e VERGOLINO-HENRY & FIGUEREDO, 1990
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gado. Sabia-se mesmo que os índios locais "tinham comércio com os ditos fugidos". Em
Benfica, ainda em 1775, a propósito de uma expedição contra um mocambo e a captura
de “índios vadios" houve tentativa de resgate dos prisioneiros por parte de “pretos” com
os quais mantinham contatos. (GOMES, 1999: 269 e segs.)
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Para uma bibliografia clássica ver: BASTIDE, 1974 e 1985; RAMOS, 1942 e 1979. Para
análises mais recentes ver: SLENES, 1991-1992, 1995-1996 e 1999. Questões teóricas
sugestivas continuam em MINTZ & PRICE, 1979. Ver uma análise mais recente em:
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PRICE, 2001
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"internando-se pelo rio Arepecuruassú foi dar com os índios que habitam nas cabeceiras
do mesmo rio". Revelaria ainda que "encontrou pretos fugidos, pois consta que os índios
habitam juntamente com últimos". O referido delegado complementaria estas
informações dizendo que "no Trombetas existem não menos de 300 escravos por que
tem sido um mocambo inexpugnável e de uma existência longuíssima". (GOMES,
1999:299 e segs.) Provavelmente o dito Romualdo referia-se aos grupos de negros
Saramakas, os Boni, os Paramakas e os Djukas, antigos redutos de escravos fugidos que
forçaram as autoridades coloniais holandesas estabelecer tratados de paz desde o século
XVIII.(Ver: PRICE, 1983, 1987 e 1990) Fugitivos negros do lado brasileiro já estavam
entrando em contato, nas fronteiras, com os negros fugidos e seus remanescentes
maroons do Suriname. Tinham o apoio de grupos indígenas locais. De fato, para a
região do Baixo Amazonas e as fronteiras com o Suriname existem várias evidências
sobre tais contatos sócio-econômicos. Funes anota que em 1727, missionários franceses
diziam que grupos indígenas -- os Xarumas e os Parankari -- dos altos rios da Guiana
mantinham contatos com os traficantes holandeses. Grupos indígenas de ambos os lados
desta fronteira tinham a tradição de migrações constantes, permitindo contatos com
negros fugidos tanto no Brasil como no Suriname. Dentre estes índios, destacam-se os
Tiryjó, os Pianogotó e os Xaruma. Sabe-se que desde 1749, grupos indígenas instalados
na fronteira estabeleciam contatos com os bush negroes ("negros da mata") do
Suriname. Em 1875, Barbosa Rodrigues, um conhecido viajante da região do
Trombetas diria: "Os mocambistas além do trato com os brancos das povoações
negociam por intermédio dos Arequenas com os Tunayanas, com os Xarumas e
Pianagotós, que por seu turno comerciam com os Drios e estes com os mocambistas do
Suriname".5
5
Ver: BARBOSA RODRIGUES, 1875:28-9; MEIRELLES, 1955 e FRIKEL, 1971 citados em
FUNES, 1995:171
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mascates de Demerara, colônia holandesa donde lhes vem armas de fogo, terçados de
superior qualidade como os que encontrei no mocambo".(FUNES, 1995:172-3)
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Qual era a política colonial para a Amazônia? Melhor seria dizer políticas
coloniais, reforçando o plural. Isso não só porque havia vários interesses estrangeiros,
no caso ingleses, holandeses e principalmente espanhóis e franceses mas também os
interesses portugueses não tinham um único vetor definido. Assim como a
heterogeneidade da extensa Amazônia Colonial, em termos de ocupação, povoamento,
práticas econômicas estabelecidas, vinculações políticas e comerciais com a metrópole
era no que tange as políticas coloniais. É bom destacar -- como já falamos um pouco no
início -- a ocupação colonial na Amazônia sofreu várias transformações no tempo,
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Ver: FRIKEL, 1971 e DERBY, 1897-98 citados em FUNES, 1995:175-6
7
Cf.: COUDREAU, 1901:139; FUNES, 1995:160; AGUIAR, 1942 e FRIKEL, 1955 citados em
FUNES, 1995:162
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Foi, sem dúvida, Artur Cézar Ferreira Reis quem melhor pesquisou, refletiu e
escreveu sobre a expansão portuguesa na Amazônia. Houve sempre uma preocupação
militar. Neste sentido, a ocupação teve um caráter político-estratégico. Ao mesmo
tempo que tentava-se diversos tipos de exploração econômica, formava-se barreiras
contra holandeses, franceses, espanhóis e ingleses. No século XVIII, os vários tratados
internacionais (Utrecht/1713, Madrid/1750 e Santo Ildefonso/1777) seriam assinados,
tendo como pano de fundo complexos cenários de disputas coloniais, principalmente
nas áreas de fronteira do Rio Negro, Madeira, Solimões, Rio Branco, Tapajós e Amapá.
A construção de fortalezas militares em vários pontos da fronteira aconteceria neste
contexto.(REIS, 1947)
Uma outra face desta disputa colonial dava-se bem longe dos tratados e
diplomacias das autoridades coloniais e metropolitanas francesas, holandesas,
espanholas, inglesas e portuguesas. Colonos, autoridades régias locais, moradores,
militares, soldados desertores, índios aldeados, tribos indígenas não-contactadas,
escravos negros, fazendeiros, traficantes, comerciantes, lavradores, índios e negros
fugidos -- muitos constituídos em mocambos -- não só percebiam com suas próprias
lógicas complexidades, contradições, avanços e recuos das várias políticas coloniais
implementadas como agiam a partir destas próprias percepções. No processo histórico
de expansão colonial na Amazônia seria interessante pensar a própria idéia de
colonização para os vários sujeitos históricos em questão. Rompe-se assim com os
argumentos tradicionais de homogeneidade, modelos econômicos internacionais e
evolucionismo na história da conquista e colonização européia. Num palco de conflitos
e disputas estariam sendo forjados os próprios significados históricos da colonização
para diversos setores sociais e consequentemente os níveis de alianças, acordos,
conflitos, interesses e identidades. Estes vários personagens históricos ao forjarem o
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Ver: DREYFUS, 1993; HOWARD, 1991 e WHITEHEAD, 1988.
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Não fosse só isso, em não raras ocasiões, as tropas que entravam nas matas para
capturar fugitivos negros e destruir seus mocambos eram formadas por índios e/ou por
eles guiadas. Talvez também escravos negros tenham sido utilizados para combater
mocambos de índios. Em Ourém, em 1762, as autoridades mandaram destruir um
mocambo de negros, mas estes tiveram de aguardar os índios por "estarem plantando as
suas roças" e "que acabando a plantação" mandariam "fazer a diligência ao dito
mocambo". Para perseguir e prender mais de 50 fugitivos negros africanos da obra de
fortificação de Macapá foi expedida uma força com índios e até pretos ladinos. Em
Porto do Moz, também índios foram utilizados para combater mocambos. (GOMES,
1996: 140 e segs.)
De uma maneira geral, os índios bem antes que os negros integravam as milícias
coloniais. Em 1778, na região de Joanes era ordenada a formação de companhia de
infantaria com índios e mestiços. Em 1797 e 1799 outras ordens nesta direção foram
executadas. É claro que parte destas divisões, não só entre índios e negros, mas também
crioulos, africanos e índios de grupos étnicos diferentes era provocada pelas autoridades
coloniais. Fazia parte das estratégias de dominação e era fundamental naquele caldeirão
étnico do Grão-Pará.
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guerrear com pretos por entre matos e pântanos". Estes e outros fatores provocaram
rixas e animosidade entre negros e índios fugidos. Em Benfica, em 1775, onde
destacamos anteriormente que índios "vadios tinham contatos com pretos", estes últimos
eram acusados pelos índios das povoações de "insultos", pois: "todas as vezes que os
índios vão pescar para a banda do seu igarapé, tiram-lhe as canoas, e os parizes, e lhe
dão muita pancada, e assim estão os índios tão intimidados, que morrem a fome pelo
temor que tem dos pretos". De Santarém, foi enviado preso em ferros o cafuz Benedito
devido aos distúrbios que fazia com os moradores índios. Conflitos e solidariedade
podiam surgir também com brancos. Na Vila de Serpa, em 1785, um sargento-mor era
acusado de dar proteção a índios fugidos e mesmo existir um mocambo no interior do
seu sítio. Índios e negros -- com todas suas complexidades étnicas -- cooperaram,
fizeram alianças e entraram em conflito naquele contexto colonial. As estratégias destes
fugitivos constituídos em mocambos podem ter funcionado com o auxílio de vários
grupos indígenas. As fronteiras naturais e a densa malha hidrográfica não constituíram
barreiras culturais. Grupos indígenas e negros fugitivos, atentos as disputas coloniais,
certamente forjaram suas próprias fronteiras, fossem elas geográficas e/ou
comerciais.(Ver: GOMES, 1999) Pode ter havido, portanto, complexos conflitos
engendrados por holandeses, franceses, portugueses, espanhóis, ingleses, colonos,
escravos negros, servos índios, comunidades de negros fugidos e grupos indígenas
diversos naquelas fronteiras coloniais. Havia disputas coloniais. Percepções e estratégias
diversos foram vivenciadas por diferentes setores sociais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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