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P4) Sistema de Osciladores Clássicos (Salinas, Cap. 2). Considere um sistema de N
osciladores clássicos, com centros de massa fixos, massas iguais (m) e frequências angulares
iguais (ω), " 2
N
#
X pj 1 2 2
H= + mω qj ,
j=1 2m 2
onde qj e pj são as coordenadas e momentos dos osciladores. (a) Admitindo que o sistema
tenha energia entre E e E + δE, obtenha o número de microestados acessíveis, Ω(E, N ).
Dica: O volume de um elipsoide n-dimensional,
n
xk 2
X
1= ,
k=1 ak
(b) No limite termodinâmico, obtenha a densidade de energia interna, u(T ). Compare com
a densidade de energia do sólido de Einstein no limite de altas temperaturas, kh̄ω
BT
1.
2
Respostas
= kB [ v ln(v) − (v − 1) ln(v − 1) ].
P1) (a) Densidade de entropia: s(v)
v
Equação de estado é: p = kB T ln v−1 .
(b) Densidade de entropia:
u 1 u 1 u 1 u 1
s(u) = kB + ln + − − ln − .
h̄ω 2 h̄ω 2 h̄ω 2 h̄ω 2
T → 0 =⇒ u → h̄ω 2
=⇒ S → 0.
(c) Densidade de entropia:
u u u u u
s(u) = kB ln(2) − 1− ln 1 − − ln .
D D D D D
T → 0 =⇒ u → 0 =⇒ S → 0.
P2) (a) Densidade de Entropia:
" ! ! ! !#
kB u u u u
s(u) = kB ln(2) − 1− ln 1 − + 1+ ln 1 + .
2 µ0 H µ0 H µ0 H µ0 H
(b)
(c) (i) u(T < 0) > u(T > 0). (ii) Energia (calor) é transferida de B para A.
Não se assuste (muito). O argumento utilizado para provar que β −1 > 0 (ver notas de aula),
se baseou na estimativa grosseira Ω(E) ∼ E f , onde f é o número de graus de liberdade, e
portanto se aplica a sistemas em que a energia interna cresce sem limite superior (qualquer
sistema com energia cinética tem essa propriedade). A rede de spins com posições fixas não
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satisfaz essa condição, pois a energia tem um limite máximo, E = N µ0 H (todos os spins
antiparalelos ao campo). Temperaturas negativas resultam da diminuição da entropia em
razão do aumento da energia interna (ver gráficos acima). Um cristal paramagnético real
tem temperatura associada aos spins, mas também à vibração dos átomos (que pode ser en-
tendida com base no modelo do sólido de Einstein) e à dinâmica dos elétrons. A temperatura
associada ao movimento e interações de elétrons e núcleos não admite valores negativos. A
magnetização, m = (N1 − N2 ) µN0H
, pode ser invertida por uma técnica denominada ressonân-
cia magnética nuclear. Em termos simples, a orientação dos spins pode ser invertida pela
aplicação de um pulso de radiofrequência, invertendo o sinal da magnetização, m → −m, onde
m > 0 (situação usual, com a maioria dos spins paralelos ao campo). A transição m → −m
implica Tspin → −Tspin , mas a temperatura negativa de spin resulta de transições quânticas
(“saltos quânticos”) e não do resfriamento gradativo além do zero absoluto. A temperatura
de spin torna-se negativa sem passar por zero. Para ilustração, visualize, nos gráficos acima,
a transição u = −0.5µ0 H (Tspin > 0) → u = +0.5µ0 H (Tspin < 0), percebendo que a absor-
ção de radiação eletromagnética (radiofrequência) aumenta a energia da rede de spins. Um
artigo famoso sobre o tema: E. M. Purcell, R. V. Pound, A Nuclear Spin System at Negative
Temperature, Physical Review 81, 279 (1951) [https://doi.org/10.1103/PhysRev.81.279].
P3) (a) Número de microestados (N = NA + NB ):
NA 3 NB 3
s(uA , vA , uB , vB ) = s0 + kB ln(uA ) + ln(vA ) + kB ln(uB ) + ln(vB ) ,
N 2 N 2
com " ! #
3 8πmA mB 5
s0 = kB ln + .
2 3h20 3
Variação de entropia:
VB VA
∆S = kB NA ln 1 + + NB ln 1 + .
VA VB
(d) Para átomos do mesmo tipo, ∆S = 0.
P4) (a) Número de microestados:
N
1 2π
Ω(E, N ) = E N −1 δE .
N ! ωh0
(b) Densidade de energia interna:
u(T ) = kB T ,
que corresponde ao limite de altas temperaturas do sólido de Einstein.