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Cadernos PDE
Resumo: Este trabalho teve como objetivo verificar a conveniência da utilização do Portfólio como
prática de avaliação associada, ou não, a outros instrumentos avaliativos. A avaliação tem se
efetivado através de modelos e instrumentos que tendem a verificar o aprendizado dos conteúdos
mínimos, na maioria das vezes de forma quantitativa, em detrimento da qualidade do processo de
construção do conhecimento. Dentre os desafios do processo ensino-aprendizagem nos deparamos
com o desenvolvimento do estágio curricular supervisionado, momento em que o aluno irá
desenvolver as técnicas de enfermagem, com atenção individual ao paciente ou para a coletividade,
levando informações pertinentes às necessidades identificadas por este público, de promoção,
prevenção e recuperação de agravos para o indivíduo e/ou comunidade. O planejamento dos
instrumentos avaliativos das práticas curriculares apresenta um valor importante enquanto elemento
essencial do método didático, pois faz parte do plano de trabalho docente, assumindo, numa
concepção crítica, um caráter de maior flexibilidade para os envolvidos neste processo educativo. A
avaliação entendida como uma etapa do processo ensino-aprendizagem, não pode ter um aspecto
apenas classificatório; neste contexto, sua função é oferecer subsídios para uma tomada de decisão,
direcionando o aprendizado e conduzindo a ação. Conclui-se que a avaliação deve contribuir para o
êxito da ação pedagógica, embasada em orientações metodológicas que permitam espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o
significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele, através da implantação conjunta de
dois modelos de avaliação: o portfólio e a auto avaliação.
INTRODUÇÃO
A origem do portfólio na escola surgiu nos anos 90, nos Estados Unidos,
como uma forma de avaliação, muito utilizada na área das artes, com o objetivo
contribuir no processo ensino aprendizagem e que surge com a finalidade de instituir
um novo modelo de avaliação. No Brasil este instrumento de avaliação é utilizado
em algumas escolas na educação infantil e em poucas universidades, geralmente
nos estágios supervisionados, existindo poucas publicações sobre os resultados
conquistados, (ALVES, 2003).
Para Reinaldo, Gonçalves e Costa, (2012), este instrumento é a arte de
aplicar os meios disponíveis, explorando-os de forma proveitosa; é de grande valor
para a educação, pois o aluno pode incluir trabalhos individuais ou em grupo,
relatórios, desenhos, experiências, produções livres de uma maneira dinâmica, ou
seja, com uma descrição consistente sobre o que ele aprendeu (ou não) e sobre as
experiências realizadas.
Com reflexões semelhantes está a de Villas Boas (2007) que, define o
portfólio como um compêndio amplo em que os alunos iniciantes ou não, no campo
das práticas curriculares, colocam amostras de suas produções, as quais
apresentam os atributos e abrangência do seu aprendizado, de modo a serem
contemplados pelo professor, permitindo ao próprio aluno compreender o seu
processo de ensino aprendizado.
Para a maioria dos professores a avaliação por meio do portfólio era
totalmente desconhecida; o tema gerou muita inquietação, desconfiança, dúvidas;
tudo isso se desfez após esclarecimentos, à luz do que dizem os especialistas
(Alves; Reinaldo, Gonçalves e Costa; Santos; Villas Boas) e discussões sobre este
tema.
Desta forma os professores passaram a ver de forma positiva a construção do
portfólio, por entenderem que é um instrumento de avaliação que possibilita a
reflexão e o feedback das práticas curriculares em campo de estágio, assegurando a
construção do conhecimento, do desenvolvimento pessoal e profissional dos
envolvidos neste processo (aluno e professor).
Freire (1993), para ensinar é preciso ousar. Neste sentido, no que diz respeito
ao processo ensino aprendizagem:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar Imprenta:
São Paulo: Olho d'agua, s.d. 1993.