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Código do Procedimento Administrativo

Impugnações Administrativas
de atos e de omissões ilegais

artigos 184.º a 199.º do CPA


TIPOS DE IMPUGNAÇÕES ADMINISTRATIVAS

1. RECLAMAÇÃO: para o autor do ato ou da omissão do ato (artigos 191.º e 192.º CPA)

2. RECURSOS: para outro órgão que não o autor do ato ou da omissão ilegal
a) HIERÁRQUICO: para o mais elevado superior hierárquico do autor do ato ou da omissão do ato (artigo
193.º a 198.º do CPA)

b) RECURSOS ADMINISTRATIVOS ESPECIAIS (artigo 199.º do CPA):

‒ Recurso para órgão da mesma pessoa coletiva que exerça funções de supervisão

‒ Recurso para órgão colegial de atos ou omissões de qualquer dos seus membros, comissões ou
secções

‒ Recurso para órgão de outra pessoa coletiva que exerça poderes de tutela ou superintendência

‒ Recurso para o delegante ou subdelegante de atos do delegado/subdelegado, mediante disposição


legal expressa
O Código do Procedimento Administrativo prevê:

A. Um regime geral – artigos 184.º a 190.º

B. Regimes específicos:

1. Reclamação – artigos 191.º a 192.º

2. Recurso hierárquico – artigos 193.º a 198.º

3. Recursos administrativos especiais – artigo 199.º


A-REGIME GERAL
artigos 184.º a 190.º do CPA

– Necessárias: quando a possibilidade de acesso aos meios contenciosos de


impugnação ou de condenação à prática de ato devido dependa da prévia utilização
das garantias administrativas.
– Facultativas: quando a possibilidade de acesso aos meios contenciosos de
impugnação ou de condenação à prática do ato devido não dependa da sua prévia
utilização.

REGRA: as reclamações e os recursos têm carácter facultativo, salvo se a lei os


denominar como necessários.
As Reclamações e os Recursos de atos administrativos podem ter por fundamento:

 A ilegalidade

 A inconveniência do ato praticado ou sua omissão

 EXCEÇÃO – artigo 199.º/3 do CPA:

— O recurso tutelar só pode ter por fundamento a inconveniência ou a


inoportunidade do ato ou da omissão nos casos em que a lei estabeleça uma
tutela de mérito
(exemplo – a tutela sobre a Adm. Indireta do Estado)
- Os titulares de direitos subjetivos ou interesses legalmente protegidos que se
considerem lesados pela prática ou pela omissão de um ato relativo a interesses
relacionados com saúde pública, habitação, educação, ambiente, qualidade de vida,
património cultural;

- Os cidadãos e demais eleitores recenseados no território português, as associações e


fundações representativas de interesses relacionados com saúde pública, habitação,
educação, ambiente, qualidade de vida, património cultural, e as autarquias locais em
relação à proteção dos bens identificados na área da sua circunscrição.
 Para impugnar atos administrativos, o prazo começa a contar:

‒ No caso de interessados a quem o ato deva ser notificado (artigo 114.º CPA): a
partir da data da notificação, mesmo que o ato tenha sido objeto de publicação
obrigatória (cfr. artigo 188.º/1)

‒ No caso de quaisquer outros interessados, a impugnação de atos que não


tenham de ser obrigatoriamente publicados: a partir do primeiro dos seguintes
factos – notificação/publicação/conhecimento do ato ou da sua execução (cfr.
artigo 188.º/2)

 Para impugnar omissões ilegais:

– Um ano a contar da data do incumprimento do dever de decisão (cfr. artigos


187.º e 188.º/3 CPA)
 Das reclamações sobre os recursos administrativos necessários:

a. A reclamação de atos ou omissões sujeitos a recurso administrativo necessário suspende o


prazo da sua interposição [n.º 1]

b. Nos restantes casos, a reclamação não suspende o prazo de interposição dos recursos
administrativos [n.º 2]

 Das impugnações administrativas sobre a propositura da ação judicial

a. A utilização dos meios impugnatórios administrativos contra atos administrativos suspende


o prazo de propositura de ações nos Tribunais Administrativos e Fiscais, só retomando o seu
curso com a notificação da decisão proferida sobre a impugnação administrativa ou com o
decurso do respectivo prazo legal [n.º3] + artigo 59.º/4/5 CPTA.
 Das impugnações administrativas necessárias

‒ Suspendem os respetivos efeitos (n.º1)

 Das impugnações administrativas facultativas

– Não têm efeito suspensivo, com a exceção dos casos em que o autor do ato ou o órgão
competente para conhecer do recurso, oficiosamente ou a pedido do interessado
[neste último caso a decisão tem de ser tomada no prazo de 3 dias], considere que a
sua execução imediata causa prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação ao
destinatário e a suspensão não cause prejuízos para o interesse público (n.ºs 2 e 3)

– A possibilidade de ser decidida pela administração a suspensão de eficácia do ato não


prejudica o pedido de suspensão de eficácia perante os tribunais administrativos (n.º
5)
B – REGIMES ESPECÍFICOS
1. R E C L A M A Ç Ã O

Pode reclamar-se da prática ou da omissão de qualquer ato administrativo:


‒ Salvo disposição legal em contrário;
‒ Não é possível reclamar-se de ato que decida anterior reclamação ou recurso administrativo, salvo com
fundamento em omissão de pronúncia.

‒ 15 dias para se reclamar, a menos que lei especial preveja prazo diferente

– O interessado reclama mediante requerimento para o autor do ato


– O órgão competente para a decisão deve notificar os contrainteressados (que são aqueles que podem ser
prejudicados pela procedência da reclamação) para alegarem no prazo de 15 dias – artigo 192.º/1 CPA
– O órgão competente aprecia e decide a reclamação no prazo de 30 dias (artigo 192.º/2 CPA)
– Em caso de omissão de decisão: se a reclamação for necessária e tiver decorrido o prazo para o órgão competente
decidir, o interessado tem a possibilidade de usar o meio de tutela administrativa ou contencioso ajustado à
satisfação da sua pretensão - artigo 192.º/3 CPA
 Nos casos em que houve lugar à prática de ato, o autor do ato pode
(artigo 192.º/2):
– Confirmar
– Revogar
– Anular
– Declarar nulo o ato
– Modificar
– Substituir o ato
– Sanar o ato

 Nos casos de omissão ilegal o autor pode (artigo 192.º/2):


— Praticar o ato devido
2. RECURSO HIERÁRQUICO

 ÂMBITO

Quando existam relações hierárquicas e a lei não exclua a possibilidade de interposição


de recurso (cfr. artigo 193.º)

 PRAZOS DE INTERPOSIÇÃO (artigo 193.º/2)

– Recurso Hierárquico Necessário: 30 dias

– Recurso Hierárquico Facultativo: no prazo da impugnação contenciosa do ato ou da


omissão ilegal em causa – cfr. artigos 58.º e 69.º CPTA
 PROCEDIMENTO – artigo 184.º/3 e 194.º:
– Inicia-se com a apresentação de requerimento dirigido ao mais elevado superior hierárquico do
autor do ato ou da omissão do ato – com a exceção de a competência para a decisão se encontrar
delegada ou subdelegada
– Deve ser apresentado ao autor do ato ou da omissão ou à autoridade a quem seja dirigido, que o
terá de remeter ao primeiro no prazo de 3 dias
 SANEAMENTO – artigo 196.º:
– Pode ser rejeitado.
 PARTICIPAÇÃO DOS CONTRAINTERESSADOS
– O autor do ato ou da sua omissão notifica os contrainteressados para alegarem no prazo de 15 dias
– artigo 195.º/1
 PRONÚNCIA DO AUTOR DO ATO:
– O autor deve pronunciar-se no prazo de 15 dias se não houver contrainteressados e no prazo de 30
dias se houver contrainteressados – artigo 195.º/1 e 2
– Após pronúncia, deve remeter o recurso ao órgão competente para dele conhecer, notificando o
recorrente dessa remessa – artigo 195.º/2
O autor do ato pode ainda:
 No caso de recurso hierárquico contra ato, quando não tenham havido oposições
dos contrainteressados e os elementos constantes do processo permitirem
percecionar a probabilidade de procedência do recurso:
- O autor do ato pode revogar/anular/modificar ou substituir o ato (mas nunca em
sentido menos favorável ao recorrente), informando da sua decisão o órgão
competente para conhecer o recurso (artigo 195.º/3 e 4).

 No caso de recurso hierárquico contra omissão de decisão:


- O órgão responsável pelo incumprimento do dever de decisão pode praticar o ato
ilegalmente omitido na pendência do recurso hierárquico, dando disso conta ao
órgão competente para conhecer o recurso, notificando o recorrente e os
contrainteressados que hajam deduzido oposição (artigo 195.º/5).
DECISÃO DO SUPERIOR HIERÁRQUICO (cfr. artigo 197): o órgão competente para conhecer do
recurso não fica obrigado à proposta de pronúncia do autor ou da omissão e deve respeitar as regras
da fundamentação previstas no artigo 153.º do CPA quando não opte por essa proposta de pronúncia
(n.º 2).
 Decisão no caso de recurso contra ato:
- se a competência do autor do ato for exclusiva, o superior hierárquico pode confirmar ou anular
o ato recorrido (cfr. n.º 1)
- se a competência do autor do ato não for exclusiva, o superior hierárquico pode confirmar,
anular, revogar, modificar ou substituir o ato, ainda que em sentido mais desfavorável para o
recorrente, e pode anular total ou parcialmente o procedimento determinando-lhe nova
instrução (cfr. n.ºs 1 e 3)
 Decisão no caso de recurso por incumprimento do dever de decisão (cfr. n.º 4):
- Se a competência do órgão omisso não for exclusiva, pode substitui-se ao órgão omisso na
prática desse ato
- Se a competência do órgão omisso for exclusiva, pode ordenar a prática de ato ilegalmente
omitido
 Prazos para a decisão – artigo 198.º:

- 30 dias a contar da remessa do processo para órgão competente para dele


conhecer

- Pode ir até 90 dias se houver lugar a atos instrutórios ou diligências


complementares
3. RECURSOS ADMINISTRATIVOS ESPECIAIS
artigo 199.º
 Recurso para órgão da mesma pessoa coletiva que exerça funções de supervisão

 Recurso para órgão colegial de atos ou omissões de qualquer dos seus membros, comissões ou

secções

 Recurso para órgão de outra pessoa coletiva que exerça poderes de tutela ou superintendência

– O recurso tutelar com fundamento na inconveniência ou inoportunidade do ato ou

omissão só pode ter lugar nos casos em que a lei estabeleça uma tutela de mérito (cfr. n.º

3)

– No recurso tutelar, a modificação ou a substituição do ato recorrido só é possível se a lei

conferir poderes de tutela substitutiva e no âmbito destes (cfr. n.º 4)

 Recurso para o delegante ou subdelegante de atos do delegado/subdelegado, mediante

disposição legal expressa

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