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O documento descreve as diretrizes estabelecidas pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 para a adoção inicial da Lei 11.638/07 pelas empresas, incluindo a possibilidade de não retroagir os efeitos dos novos procedimentos contábeis e a obrigatoriedade de apresentar notas explicativas sobre os efeitos da lei.
O documento descreve as diretrizes estabelecidas pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 para a adoção inicial da Lei 11.638/07 pelas empresas, incluindo a possibilidade de não retroagir os efeitos dos novos procedimentos contábeis e a obrigatoriedade de apresentar notas explicativas sobre os efeitos da lei.
O documento descreve as diretrizes estabelecidas pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 para a adoção inicial da Lei 11.638/07 pelas empresas, incluindo a possibilidade de não retroagir os efeitos dos novos procedimentos contábeis e a obrigatoriedade de apresentar notas explicativas sobre os efeitos da lei.
Os procedimentos necessários à adoção inicial da Lei
11.638/07, estipulados por meio do Pronunciamento Técnico CPC 13, buscaram especificar formas para os registros contábeis em seu primeiro ano de vigência, objetivando fornecer um guia para a adaptação de suas novidades. A bem da verdade, o CPC 13 se refere não apenas a referida Lei, mas também à Medida Provisória 449/08, posteriormente convertida na Lei 11.941/09. O Pronunciamento permite que as empresas não retroajam os efeitos dos novos procedimentos, mas exige que todos os novos critérios sejam evidenciados em nota explicativa e que os efeitos sobre o resultado de 2008 e sobre o patrimônio líquido sejam evidenciados. As entidades que quiserem retroagir poderão fazê-lo. Sua intenção maior é de que as primeiras demonstrações elaboradas de acordo com as novas práticas contábeis, bem como as intermediárias, contenham informações que proporcionem um ponto de partida adequado, com transparência e a um custo que não supere seus benefícios. De acordo com a norma, a Entidade deveria elaborar Balanço Patrimonial Inicial na data de transição para as novas práticas contábeis. Esta data poderia variar de acordo com a opção de ajustes escolhida pela empresa, que poderia seguir de acordo com as disposições aplicáveis à mudança de critério contábil ou cifras comparativas. Para tanto, deveria a Entidade se utilizar das mesmas práticas tanto no balanço de encerramento do exercício em que as novidades foram introduzidas, quanto no de transição. O CPC prevê a obrigatoriedade em se ofertar tratamento aos Instrumentos Financeiros nos termos das referidas Leis e do CPC 14, exceto nos casos em que sejam contabilizados pelo método de equivalência patrimonial, se a classificação já for adotada por entidade reguladora, ou contabilização de operações de hedge. Ressalta também a necessidade de que a Entidade observe a forma de trabalhar os arrendamentos mercantis com contratos vigentes na data de transição, que deverão ser registrados pelo valor justo ou presente na data inicial do contrato, ajustado pela depreciação acumulada até a data de transição, com registro a valor presente das contraprestações em aberto na data de transição, devendo a diferença ser lançada como lucro ou prejuízo. O Ativo Diferido, extinto pela MP 449/08, deveria ser reclassificado, baixado com contra-lançamento a lucros ou prejuízos acumulados, ou mantidos neste grupo até sua completa amortização. Especifica as regras de reconhecimento do Ativo Intangível, novo grupo de contas criado pela legislação. De acordo com o CPC, o intangível será reconhecido quando for provável resultar em benefícios econômicos futuros, tiver custo mensurável com segurança e for identificável e separável da entidade. Observa ainda 2 – ADOÇÃO INICIAL DA LEI 11.638/07
que o intangível anteriormente reconhecido que não atenda a
estes requisitos deveria ser baixado e, os que atendessem sem reconhecimento anterior deveriam ser reconhecidos, sem, no entanto, seus efeitos retroagirem. Devem também as entidades efetuarem teste de impairment quando da adoção da nova lei, com devido reconhecimento em demonstração de resultados. Outro ponto importante tocado pelo CPC é o ajuste a valor presente, a que deverão se submeter os elementos do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo, ou curto prazo se houver efeitos relevantes, tendo como base a data de transição, admitindo-se calculo global para todos os saldos em abertos, desde que os elementos apresentem características razoavelmente uniformes. A partir da Lei 11.638/07, foram ampliados os conceitos de coligada, e automaticamente a aplicação do Método de equivalência patrimonial. O CPC facultava que o tratamento fosse dado a partir da data de transição, com a diferença devidamente registrada, ou por meio da retroatividade do cálculo de equivalência, com apuração do ágio e deságio gerado na data original do investimento. Os prêmios na emissão de debentures, doações ou subvenções para investimentos deixaram de poder ser registrados como reserva de capital, devendo seus valores serem lançados em conta de resultado, podendo seu lucro liquido ser destinado à conta específica a fim de que não componham o montante de dividendos obrigatórios. Defendia porém, que os saldos existentes no inicio do exercício social deveriam ser mantidos até sua total utilização. Também eliminada a reserva de reavaliação, seus saldos deveriam ser mantidos até sua efetiva realização, ou ser estornados até o fim do exercício de 2008, devendo as entidades uniformizarem ou readaptarem os procedimentos efetuados por suas coligadas e controladas. Cita ainda as remunerações, que deverão constar abaixo da linha do imposto de renda como resultado de participações, quando motivados por ações e, como custos ou despesas operacionais em outras situações. A Lei 11.638/07 exigia o reconhecimento de ativos e passivos originários de incorporação, cisão ou fusão por seu valor justo, o que posteriormente foi abolido pela MP 449/08. Apesar de não exigido pela lei, o CPC aconselhou que se fizesse comparativo da DVA e DFC com o exercício anterior à vigência da lei, trazendo a obrigatoriedade para as entidades que já houvessem as elaborado e divulgado anteriormente. Por fim, determinava que todos os procedimentos adotados por conta da lei pela primeira vez deveriam ser anotados e divulgados em notas explicativas, discriminando as práticas aplicadas e os resultados alcançados, objetivando permitir sua comparabilidade.