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Matemática
Empresarial
Márcia Castiglio da Silveira
Conselho Editorial EAD
Dóris Cristina Gedrat (coordenadora)
Mara Lúcia Machado
José Édil de Lima Alves
Astomiro Romais
Andrea Eick
Márcia Castiglio da Silveira é natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, nasceu em 25 de março de 1977.
Formou-se professora das Séries Iniciais no Curso de Magistério em 1995. Ingressou na Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1996, recebendo o diploma de Licenciada em Matemática em 30 de janeiro
de 2000. Realizou o curso de Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/UFRGS), no período 2000-2002. Sua dissertação tem o
título “Produção de significados sobre Matemática nos cartuns”. Em 2008, concluiu o curso de Especialização em
Educação a Distância pelo Senac/RS. Iniciou sua carreira na docência como professora substituta na Faculdade
de Educação da UFRGS, entre 2002 e 2004. Ainda em 2002, foi nomeada professora do Estado do Rio Grande
do Sul, onde ainda trabalha como professora de Matemática no Ensino Médio. Desde 2004, é professora na
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) em diversos cursos tecnológicos, de graduação e de extensão.
CDU: 658.15
ISBN 978-85-7528-257-1
1 Razão e proporção...........................................................................11
6 Medidas de variabilidade..............................................................85
7 Juros...................................................................................................99
8 Descontos........................................................................................117
10 Séries de pagamento.....................................................................141
Referências ....................................................................................157
Apresentação
Apresentamos neste livro o conteúdo da disciplina de Matemática
Empresarial. Ela contempla dois assuntos importantes: matemática
financeira e estatística.
Nos primeiros capítulos, revisamos conceitos básicos de razão,
proporção, grandezas proporcionais e regra de três, pois esses são
essenciais para o entendimento das relações entre as variáveis, tanto na
matemática financeira quanto na estatística.
Vamos ver diferentes modos de cálculos envolvendo porcentagens e
os conceitos básicos de estatística, as tabelas, os gráficos e as medidas de
tendência central e de variabilidade.
Com relação à matemática financeira, vamos estudar os juros,
os descontos, as taxas, as equivalências de capitais e as séries de
pagamento.
No estudo de matemática financeira, além das operações simples
como multiplicações e divisões, são também realizadas operações como
potenciação e radiciação. Assim, uma calculadora quatro operações
é insuficiente para realizar as atividades propostas. Para operar com
as fórmulas da matemática financeira precisamos no mínimo de
uma calculadora científica. Além dela, podemos utilizar calculadoras
financeiras (por exemplo, a HP-12C) e também a planilha de cálculo Excel.
Por isso, ao longo do livro você vai encontrar dicas de como utilizar essas
ferramentas de cálculo.
Para complementar seus estudos, sugerimos alguns livros que
apresentam os conteúdos de matemática financeira com o uso de
calculadoras financeiras:
Apresentação
10
1
Razão e proporção
Existem conceitos bastante simples em matemática e que são
fundamentais em problemas do dia-a-dia, além de servirem de base para
outros conceitos matemáticos. Vejamos, neste capítulo, os conceitos de
razão, proporção e divisão proporcional.
1.1 Razão
Vamos ver alguns exemplos nos quais podemos perceber a razão como
um instrumento útil para comparar dois números.
Isso quer dizer que a Revista ABC vende 4 vezes mais que a Revista
XYZ.
nº de candidatos 74
= = 4,93333333...
nº de vagas 15
13
Isso significa que existem 4,93333... candidatos por vaga. Nesse caso,
como a razão é um número decimal, podemos fazer uma aproximação
e dizer que temos mais de 4 candidatos por vaga, ou ainda, que temos
aproximadamente 5 candidatos por vaga.
Conceito de Razão[1]
Representação:
a
ou a:b
b
Por exemplo:
2 3
As razões e são inversas.
Razão e proporção
3 2
1 4
As razões e 4 são inversas. Lembre-se que 4 é o mesmo que .
4 1
5 4
As razões − e − são inversas. (Não há nenhum problema se
4 5
2 3 6
× = =1
3 2 6
1 4
× 4 = =1
4 4
5 4 20
− × − = = 1 (Lembre-se que menos vezes menos é mais.)
4 5 20
1.3 Proporção
15
1
Como se pode notar, a parte destacada mais escura que representa
4 2
é igual à parte destacada que representa .
8
1
Nesse caso, a fração é considerada coeficiente de proporcionalidade ou
2
constante de proporcionalidade. Usa-se a fração na sua forma irredutível, isto
é, que não é mais simplificável, mas também está correto utilizar a forma
Outros exemplos:
2 6 1
= o coeficiente de proporcionalidade é , pois as razões são
6 18 3
1
equivalentes a .
3
20 2 1
= o coeficiente de proporcionalidade é , pois as razões são
100 10 5
1
equivalentes a .
5
Conceito de Proporção[2]
a c
Proporção é a igualdade de duas razões e (com a, b, c e d ≠ 0).
b d
Representação:
a c
= ou a:b = c:d
b d
Razão e proporção
16
2 4
Assim, na proporção = , por exemplo, lê-se 2 está para 3, assim como
3 6
4 está para 6, em que 2 e 6 são extremos e 3 e 4 são meios.
2 4
Por exemplo, na proporção = , o produto dos meios (3 × 4) é igual
3 6
meios
2 4
=
3 6
extremos
3×4=2×6
12 = 12
4 2
17
4 . 9 = x . 2 (Preferimos utilizar o ponto como sinal de multiplicação.)
36 = 2x
2x = 36 (Preferimos trabalhar com a incógnita no 1º membro da
equação, por isso trocamos o 1º com o 2º membro.)
2x 36
= (Simplificamos os dois membros por 2.)
2 2
x = 18
a b c d
= = = = ... = k , em que k é a constante de proporcionalidade.
a' b' c' d'
, ..., isto é:
d'
a b c d
= = = = ... = k , em que k é a constante de proporcionalidade.
1 1 1 1
a' b' c' d'
18
Isto equivale a: a.a' = b.b' = c.c' = d.d' = ... = k .
15 é a constante de proporcionalidade.
30 é a constante de proporcionalidade.
cada pessoa investiu um valor diferente, cada uma delas irá receber um
valor também diferente. Digamos que a pessoa que investiu R$ 20.000,00
vai receber x e a que investiu R$ 30.000,00 vai receber y.
Ao total terão que receber R$ 100.000,00, de onde, x + y = 100.000.
19
x y
Para ser diretamente proporcional, = .
20000 30000
x+y x
= (Em uma proporção, podemos somar
20000 + 30000 20000
os antecedentes entre si e também somar os consequentes entre si que a
50000.)
x = 40000
Atividades1
Razão e proporção
a b
1) Quais os valores de a e b na proporção = , sabendo que
2 3
a + b = 75?
a) a = 30 e b = 45
b) a = 45 e b = 30
20 1
As atividades deste capítulo foram adaptadas de PARENTE e CARIBÉ, 1996.
c) a = 40 e b = 35
d) a = 35 e b = 40
e) a = 25 e b = 50
a) x = 10, y = 16 e z = 3
b) x = 16, y = 10 e z = 3
c) x = 3, y = 10 e z = 16
d) x = 6, y = 13 e z = 10
e) x = 13, y = 6 e z = 10
c) x = 12, y = 4 e z = 3
d) x = 3, y = 12 e z = 4
e) x = 1, y = 4 e z = 12
Gabarito
Referências
Razão e proporção
23
2
Grandezas
proporcionais e regra
de três
Neste capítulo, vamos ver mais conceitos fundamentais para lidar
com problemas matemáticos do cotidiano. Para melhor compreender
a regra de três simples e também a regra de três composta, precisamos
inicialmente saber identificar quando duas grandezas são direta ou
inversamente proporcionais.
27
Tempo (h) Distância (km)
1 80
2 160
3 240
Nº de operários Nº de peças
300 9000
400 x
x = 12 000
Nº de pedreiros Nº de dias
24 180
15 x
15x = 4320
15x 4320
Grandezas proporcionais e regra de três
=
15 15
x = 288
Logo, com 15 pedreiros a obra vai levar 288 dias para estar
concluída.
400 3 6
= ⋅
x 14 18
400 18
=
x 252
18x = 400 . 252
18x = 100800
18x 100800
=
18 18
x = 5600
Logo, com 14 operários, trabalhando 18 dias, serão produzidas 5600 31
peças.
Exemplo 2: Se 20 operários levam 10 dias para levantar um muro de
2 metros de altura e 25 metros de comprimento, quantos dias levarão 15
operários para construir um outro (de mesma largura), mas com 3 metros
de altura e 40 metros de comprimento?
As quatro grandezas relacionadas neste problema são: número de
operários, número de dias, altura e comprimento. Então, para facilitar,
anotamos os dados em uma tabela:
mais comprido for o muro mais dias serão necessários para a construção.
Assim, como quando uma grandeza aumenta a outra grandeza aumenta,
a relação é diretamente proporcional.
Neste caso, para montar a equação, fazemos a razão entre o número
de dias (grandeza em que temos a variável x) igual à razão inversa entre
o número de operários vezes a razão entre as alturas vezes a razão entre
os comprimentos:
32
10 15 2 25
= ⋅ ⋅
x 20 3 40
10 750
=
x 2400
750x = 10 . 2400
750x = 24000
750x 24000
=
750 750
x = 32
Logo, 15 operários, para construir um muro de 3 metros de altura por
40 metros de largura levarão 32 dias.
Atividades2
2
As atividades deste capítulo foram adaptadas de PARENTE e CARIBÉ, 1996, e CRESPO, 33
1999.
3) Um certo rei mandou 30 homens plantar árvores em seu pomar. Se
em 9 dias eles plantaram 1000 árvores, em quantos dias 36 homens
plantariam 4400 árvores?
(Proposto no Líber Abaci, do ano de 1202.)
a) 17 dias
b) 24 dias
c) 33 dias
d) 47 dias
e) 53 dias
a) 200 operários
b) 300 operários
c) 400 operários
d) 500 operários
e) 600 operários
Gabarito
35
3
Regras de
arredondamento e
porcentagem
Este capítulo aborda as regras de arredondamento e o conceito de
porcentagem. Os arredondamentos são necessários, pois os valores
obtidos tanto nos cálculos de matemática financeira como nos cálculos
estatísticos frequentemente são não-exatos, de modo que precisamos
utilizar um valor aproximado. Já o conceito de porcentagem é fundamental
nos cálculos estatísticos e as taxas de juros costumam ser dadas como
uma taxa percentual.
39
Condições Procedimentos Exemplos
=5 Se ao 5 seguir em qualquer casa um 2,352 passa a 2,4
algarismo diferente de zero, aumenta-
25,6501 passa a 25,7
se uma unidade no algarismo a
permanecer. 76,250002 passa a 76,3
Se o 5 for o último algarismo ou se 24,75 passa a 24,8
ao 5 só seguirem zeros, o último
24,65 passa a 24,6
algarismo a ser conservado só será
aumentado de uma unidade se for 24,7500 passa a 24,8
ímpar.
24,6500 passa a 24,6
Fonte: Adaptado de CRESPO, 1998, p.174.
Observações:
Em todos os capítulos deste livro serão utilizadas as regras acima.
Para evitar distorções, não devem ser feitos arredondamentos
sucessivos, o melhor é fazer o arredondamento no final dos cálculos.
Regras de arredondamento e porcentagem
40
Desse modo, ao fazer (2÷3×100) digitamos:
2 Enter 3 ÷ 100 ×
no visor mostrará 66,67.
Usando o Excel
41
3.2 Porcentagem[2]
30% = = 0,3
100
P
Calcular p% de um valor x é multiplicar x por .
100
43
3.2.4 Cálculo direto de “quanto por cento”
Para saber quanto por cento um valor x é de um valor y, calcula-se a
x
razão entre x e y, ou seja, .
y
valor final
f (correção) =
valor inicial
f (ganho nominal)
f (ganho real) =
f (inflação)
45
Como 0,9643 é menor que 1, houve uma perda é de 1 − 0,9643 = 0,0357
= 3,57%
Então, a perda real é de 3,57%.
46
Exemplo 1: Um trabalhador com salário bruto de R$ 750,00 está na
primeira faixa de contribuição, sendo a alíquota de 8%. Calculando:
750 . 8% = 60
Este trabalhador contribui com R$ 60,00.
Até 1.372,81 - -
Atividades4
e) 17%
48 4
As atividades deste capítulo foram adaptadas do Banco de Questões Super Pro da
Interbits.
a) 10,2%
b) 12,1%
c) 14,3%
d) 16,3%
e) 18,4,%
Gabarito
Regras de arredondamento e porcentagem
Referências
50
4
Estatística:
conceitos básicos
Veja como Cordani[1] explica o que é Estatística:
4.1 Tabelas
observados.
Em uma tabela, temos:
Exemplo:
Estatística: conceitos básicos
41 3
42 3
45 1
51 2
53 1
54 2
58 1
55
Idade (anos) Frequência
60 2
65 1
H = Ls − L i
Em que:
Ls é o limite superior da distribuição de frequências.
Li é o limite inferior da distribuição de frequências.
Estatística: conceitos básicos
No exemplo, H = Ls − Li = 65 – 26 = 39
56 5
Existem outras regras, como a regra de Sturges, que calcula k = 1 + 3,3 . log n, mas
também não é uma determinação, vai depender de um julgamento pessoal.
H
h=
k
39
h=
5
h = 7,8
Então, para usar números inteiros, vamos fazer classes com variação
de 8 anos e colocar na primeira coluna (Idade em anos).
26 |– 34 30 2 2 2 2
= 0, 08 = 8% = 0, 08 = 8%
25 25
34 |– 42 38 10 12 10 12
= 0, 40 = 40% = 0, 48 = 48%
25 25
42 |– 50 46 4 16 4 16
= 0,16 = 16% = 0, 64 = 64%
25 25
50 |– 58 54 5 21 5 21
= 0, 20 = 20% = 0,84 = 84%
25 25
58 |– 66 62 4 25 4 25
= 0,16 = 16% = 1 = 100%
25 25
57
Importante, o símbolo |– significa que o intervalo é fechado a esquerda
e aberto a direita, ou seja, na primeira classe (26 |– 34) o 26 está e o 34
não está na primeira classe.
Na terceira coluna (Frequência absoluta - fi), calculamos a frequência
de ocorrência em cada classe.
Na quarta coluna (Frequência absoluta acumulada - Fi), calculamos
o somatório das frequências ocorridas até a classe em que estamos.
Na quinta coluna (Frequência relativa - fri), calculamos a razão entre
a frequência absoluta e o total de elementos.
Na sexta coluna (Frequência relativa acumulada - Fri), calculamos
o somatório das frequências relativas ocorridas até a classe em que
estamos.
4.2 Gráficos[3]
58
Tabela 4: Número de livros vendidos
Mês Número de livros vendidos
Janeiro/08 460
Fevereiro/08 420
Março/08 540
Abril/08 540
Maio/08 575
Junho/08 620
Fonte: Hipotética
59
4.2.2. Gráfico de colunas ou de barras
Este tipo de gráfico representa os valores usando retângulos que podem
ser dispostos verticalmente (colunas) ou horizontalmente (barras).
Exemplo: Imagine que uma empresa avaliou o desempenho de seus
funcionários e chegou ao seguinte resultado:
Fonte: Hipotética
Estatística: conceitos básicos
60
Gráfico 3 (em barras): Desempenho dos funcionários
61
Tabela 6: Lucros da empresa por setor
Setor Contribuição nos lucros
A 55%
B 25%
C 20%
Fonte: Hipotética
20%
55%
25%
A B C
a metade do círculo.
4.2.5 Histograma
O histograma é usado quando os dados são agrupados em classes
(intervalos).
A representação é feita por retângulos justapostos, cujas bases se
localizam sobre o eixo horizontal, de tal modo que seus pontos médios
62 coincidam com os pontos médios dos intervalos de classe.
Exemplo: Vamos usar a tabela apresentada anteriormente que
apresenta a frequência de idade dos funcionários da Empresa ABC:
63
4.2.5 Pictograma
Exemplos:
Atividades6
Estatística: conceitos básicos
6
As atividades deste capítulo foram adaptadas do Banco de Questões Super Pro da
Interbits.
64
horários de maior movimento. A empresa que opera essa
linha forneceu, no gráfico abaixo, o tempo médio de duração
da viagem conforme o horário de saída do ponto inicial, no
período da manhã.
65
condições de ocupação (número de passageiros): ocupação típica
e ocupação máxima.
68
De acordo com o gráfico, pode-se afirmar que o percentual de pessoas
que consideram a administração ótima, boa ou regular é de:
a) 28%.
b) 65%.
c) 71%.
d) 84%.
69
Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar que:
a) o número de meninas com, no máximo, 16 anos é maior que o
número de meninos nesse mesmo intervalo de idades.
b) o número total de alunos é 19.
c) a média de idade das meninas é 15 anos.
d) o número de meninos é igual ao número de meninas.
e) o número de meninos com idade maior que 15 anos é maior
que o número de meninas nesse mesmo intervalo de idades.
Gabarito
Referências
[2] http://www.ibge.gov.br/
70
5
Medidas de
tendência central
As medidas de tendência central são bastante importantes, pois os
valores de uma distribuição de frequência tendem a se agrupar em torno
dos valores centrais. Dentre as medidas de tendência central, as mais
utilizadas são: média aritmética, mediana e moda.
Neste capítulo, vamos ver como são calculadas essas medidas
de tendência cent ral com dados não-ag rupados e com dados
agrupados.
22 + 20 + 21 + 24 + 20 107
Medidas de tendência central
x= = = 21, 4
5 5
73
Generalizando, com n valores x1, x2, x3, ..., xn de uma variável, a média
aritmética ( x ) é obtida por:
n
x1 + x 2 + x 3 + ... + x n ∑x i
x= = i =1
n n
Nota: o símbolo ∑x
i =1
i significa o somatório dos números x sabendo
74
6 × IPA + 3 × IPC + 1× INCC
IGP − M =
6 + 3 +1
6 × 1,2% + 3 × IPC + 1× 0,32%
0,992% =
10
7,2% + 3 × IPC + 0,32%
0,992% =
10
7,52% + 3 × IPC
0,992% =
10
10 × 0,992% = 7,52% + 3 × IPC
9,92% = 7,52% + 3 × IPC
9,92%-7,52% = 3 × IPC
2,4% = 3 × IPC
2,4%
= IPC
3
0,8% = IPC
Generalizando, com n valores x1, x2, x3, ..., xn de uma variável e pesos
f1, f2, f3, ..., fn, respectivamente, a média aritmética ponderada (MP) é
obtida por:
n
x1f1 + x 2 f 2 + x 3 f 3 + ... + x n f n ∑x f i i
MP = = i =1
n
f1 + f 2 + f 3 + ... + f n
∑f
i =1
i
Nota: o símbolo ∑x f
i =1
i i significa o somatório dos produtos dos
Medidas de tendência central
1 a n. O símbolo ∑f
i =1
i significa o somatório dos pesos p, sabendo que
o índice i varia de 1 a n.
75
5.1.2 Mediana para dados não-agrupados (Md)
A mediana é a medida de tendência central que divide os dados
ordenados em duas partes de mesma frequência.
Deste modo, com n elementos colocados em ordem crescente ou
decrescente, a mediana é:
• o número que ocupa a posição central, se n for um número ímpar;
• a média aritmética dos dois números centrais, se n for um número
par.
2; 3; 3; 4; 5; 6; 6; 7; 7; 7; 7; 8; 9; 9; 10
7 elementos 7 elementos
antes depois
76
5.2 Medidas de tendência central para
dados agrupados[3]
∑x f i i
x= i =1
n
∑f
i =1
i
∑ = 40 ∑ = 6440
77
Fonte: CRESPO, 1998, p. 85
O modo mais fácil é criando na tabela colunas para fi (frequência
da classe), xi (ponto médio da classe), e xi fi (produto das duas colunas
anteriores). Assim,
n
∑x f i i
6440
x= i =1
n
= = 161
40
∑f
i =1
i
3 158 |– 162 11 24
4 162 |– 166 8 32
5 166 |– 170 5 37
6 170 |– 174 3 40
∑ = 40
Fonte: CRESPO, 1998, p. 85
78
Para o cálculo da mediana, devemos supor que dentro da classe os
valores estejam uniformemente distribuídos. Então, como há 11 elementos
na classe mediana e o intervalo de classe é igual a 4, fazemos:
20 − 13 7 28
Md = 158 + × 4 = 158 + × 4 = 158 + = 158 + 2,54 = 160,54
11 11 11
Generalizando:
1º) Determinamos as frequências acumuladas
2º) Calculamos
∑f i
2
3º) Marcamos a classe correspondente à frequência acumulada
imediatamente superior a
∑f i
– classe mediana – e, em seguida,
2
empregamos a fórmula:
∑ fi
− F(ant) h*
2
Md = l * +
f*
Na qual:
l* é o limite inferior da classe mediana
F(ant) é a frequência acumulada da classe anterior à classe
mediana
f* é a frequência simples da classe mediana
h* é a amplitude do intervalo da classe mediana.
Fonte: CRESPO, 1998, p. 98
Medidas de tendência central
∑ = 40
Fonte: CRESPO, 1998, p. 85
Fazendo:
l * + L * 158 + 162 320
Mo = = = = 160
2 2 2
Atividades7
80 7
As atividades deste capítulo foram adaptadas do Banco de Questões Super Pro da
Interbits.
a) 1,70.
b) 1,71.
c) 1,72.
d) 1,73.
e) 1,74.
ao trabalho.
82
O salário médio desses trabalhadores é:
a) R$ 400,00
b) R$ 425,00
c) R$ 480,00
d) R$ 521,00
e) R$ 565,00
Gabarito
Referências
83
6
Medidas de
variabilidade
As medidas de tendência central – média aritmética, moda e mediana
– são importantes para caracterizar um conjunto de valores, mas não o
bastante, pois não conseguem expressar o grau de homogeneidade ou
heterogeneidade que existe entre os valores que compõem um conjunto.
Então, neste capítulo, para ver o quanto um conjunto de valores é
homogêneo ou heterogêneo, estudaremos as medidas de variabilidade:
amplitude (A), a variância (σ2) e o desvio padrão (σ).
6.1 Amplitude[1]
87
Exemplo: Considere a tabela abaixo com dados das alturas de 40
pessoas.
∑ = 40 ∑ = 6440
Fonte: CRESPO, 1998, p. 85
Em que:
x i são os valores da variável
x é a média aritmética
n é o número de elementos do conjunto
∑ é o somatório
e, como se pode perceber, o desvio padrão (σ), por não ter o termo ao
quadrado (σ2), é dado pela raiz quadrada da variância, ou seja:
89
O desvio padrão é expresso na mesma unidade dos valores observados
(conjunto de dados).
para a população
para a amostra.
22 + 20 + 21 + 24 + 20 107
x= = = 21, 4
5 5
90 ∑ = 107 ∑ = 11, 2
Calculando a variância:
∑ = 40 ∑ = 6440
Fonte: CRESPO, 1998, p. 85
∑x f i i
6440
Medidas de variabilidade
x= i =1
n
= = 161
40
∑f
i =1
i
91
Tabela 4: Frequência de alturas
i Alturas (cm) fi xi fi xi fi (xi)2
1 150 |– 154 4 152 608 92416
2 154 |– 158 9 156 1404 219024
3 158 |– 162 11 160 1760 281600
4 162 |– 166 8 164 1312 215168
5 166 |– 170 5 168 840 141120
6 170 |– 174 3 172 516 88752
∑ = 40 ∑ = 6440 ∑ = 1038080
Fonte: CRESPO, 1998, p. 85
Observações:
• Quando todos os valores de um conjunto de dados são iguais, a
variância e o desvio padrão são iguais a zero.
• Quanto mais próximo de zero o desvio padrão, mais homogênea é a
distribuição de valores no conjunto de dados.
92
6.3 Aplicando o conceito de
variabilidade
93
Tabela 6: Desempenho de Ana
Ana xi - x (xi - x)2
8,5 8,5 – 8 = 0,5 0,52 = 0,25
9,5 9,5 – 8 = 1,5 1,52 = 2,25
8,0 8,0 – 8 = 0 02 = 0
7,0 7,0 – 8 = −1 (−1)2 = 1
7,0 7,0 – 8 = −1 (−1)2 = 1
∑ =4,5
Variância:
Desvio padrão:
∑ =12,5
Variância:
Medidas de variabilidade
Desvio padrão:
8
As atividades deste capítulo foram adaptadas do Banco de Questões Super Pro da 95
Interbits e de DANTE, 2008.
4) A tabela adiante apresenta o levantamento das quantidades de peças
defeituosas para cada lote de 100 unidades fabricadas em uma linha
de produção de autopeças, durante um período de 30 dias úteis.
c) V F V
d) F V F
e) F V V
total 20
Referências
98
7
Juros
O conceito de juros é fundamental em Matemática Financeira. Este
capítulo vai abordar juros simples e também juros compostos.
Em primeiro lugar, é preciso ficar claro o que é juro. Nas palavras de
Garrity (2000)[1]:
São dois os fatores que influenciam o cálculo dos juros: tempo e taxa.
Quanto mais tempo, mais juros serão gerados.
Quanto maior a taxa, maiores os juros.
Tempo e taxa implicam nos juros e consequentemente no valor futuro
(montante).
9
Vamos utilizar preferencialmente as mesmas siglas utilizadas na calculadora HP- 101
12C.
O número de períodos é o tempo que decorre desde o início até o final
da operação financeira. É o prazo durante o qual os juros estão sendo
acumulados.
Existem duas convenções[2] para contagem dos períodos de tempo:
• Prazo exato: é aquele que leva em conta o ano civil de 365 dias e 366
dias (anos bissextos).
• Prazo comercial (ou bancário): é aproximado considerando o mês
com 30 dias e o ano com 360 dias.
FV = PV + PV. i . n
FV = PV (1 + i . n)
Juros
No exemplo:
FV = 10000 (1 + 0,05 . 5)
FV = 12500,00
Usando o Excel
Juros
Desta forma, quando temos juros com taxas mensais, nosso período
tem de ser em meses, se a taxa for diária, o período tem de ser em dias
e assim por diante.
104
Tabela 2: Juros Compostos
Meses Capital Juros Montante
(n) (PV) (J) (FV)
FV = PV . (1 + i)n
No exemplo:
FV = 10000 (1 + 0,05)5
FV = 12762,82
105
Usando a calculadora HP-12C
Obs.: Para usar a convenção exponencial temos que ter no visor a letra
“C”. Para isso, teclamos STO EEX. Ao teclar novamente, apagamos a letra
“C”, desabilitando a convenção exponencial.
Usando o Excel
Juros
106
O montante é uma P.G. (progressão geométrica) de razão (1+ i).
No exemplo: (10500; 11025; 11576,25; 12155,06; 12762,82).
montante composto
montante
montante simples
capital inicial
período
107
7.5 Exercícios resolvidos
90
i= = 0,03 = 3% a.m.
3000
108
d) Determine em que prazo um empréstimo de R$ 11.000,00 pode ser
quitado em um único pagamento de R$ 22.125,00 sabendo que a taxa é
de 15% a.s., capitalizado semestralmente, em regime de capitalização
composta.
Resolução:
PV = 11000
FV = PV (1 + i )
n
FV = 22125
22125 = 11000 (1 + 0,15 )
n
Usando logaritmos
ln M N = N . ln M
Juros
22125
ln
11000
Para calcular n = , usando a HP-12C, digitamos:
ln (1,15 )
22125
ln
11000
No Excel, n = pode ser assim calculado:
ln (1,15 )
Juros
110
e) O valor de R$ 550.000,00 é aplicado à taxa de juros compostos de
12% a.m. com capitalização mensal durante 5 meses. Qual o valor
acumulado no final da operação?
Resolução:
PV = 550000
FV = PV(1 + i) n
i = 12% a.m. = 0,12 a.m.
FV = 550000(1 + 0,12)5
n = 5 meses FV = 550000(1,12)5
FV = 969287,93
7
3,28116789 = 1 + i
111
Na calculadora científica, costuma aparecer a tecla x y , neste caso,
digitamos:
7 x y 3.28116789 =
O expoente a “está por dentro”, quem “está por dentro fica por cima”.
O índice b “está por fora”, quem “está por fora está por baixo”.
1
Daí, podemos calcular 7
3,28116789 fazendo 3,28116789 7 .
1
No Excel para fazer 3,28116789 7 :
J = VF – VP = 1218,99 – 1000 =
218,99
Atividades10
10
As atividades deste capítulo foram adaptadas de diversos livros citados nas Referências 113
Gerais.
3) O capital de R$ 400,00 foi aplicado à taxa de juros simples de 4% a.m.
Após 1 semestre a taxa foi majorada, ficando durante 3 meses com
este valor. Se o montante no final de 9 meses foi R$ 568,00, qual a taxa
no segundo período?
a) 4% a.m.
b) 5% a.m.
c) 6% a.m.
d) 7% a.m.
e) 8% a.m.
a) 0,18% a.m.
b) 1,49% a.m.
114 c) 2,66% a.m.
d) 3,96% a.m.
e) 4,12% a.m.
Gabarito
Referências
115
8
Descontos
Desconto é o abatimento sobre o valor de um título ao qual alguém faz
jus por trocá-lo em data anterior ao seu vencimento. Vamos, neste capítulo,
conhecer o desconto simples comercial, o desconto simples racional e o
desconto composto racional.
No desconto de um título são elementos importantes:
• Valor nominal (valor futuro do título, valor de face ou valor de resgate)
é o valor do título na data do seu vencimento.
• Valor atual (valor presente do título) é o valor do título na data
(antecipada) em que ele é resgatado.
Data do vencimento
(valor nominal - VN)
Desconto
Segundo Kruse[1]:
Dc = VN . d . n
VN – VA = VN . id . n
VN − VN . id . n = VA
VN (1 – id.n) = VA
ou
VA
VN =
(1 − i d .n)
VA
VN =
(1 − i d .n)
120
VA
120,75 =
4
1 − 0,06.
12
VA
120,75 =
0,98
VA = 120,75.0,98
VA = 118,335, arredondando, VA = 118, 34.
O valor líquido (atual) será de R$ 118,34.
Dr = VA . i . n
VN – VA = VA . i . n
VN = VA + VA . i . n
VN = VA . (1 + i . n)
VN = VA . (1 + i . n)
135 = VA . (1 + 0,01 . 2)
135 = VA . 1,02
121
135
VA = = 132,3529412, arredondando, VA = 132,35.
1,02
D = VN - VA
D = 135,00 - 132,35
D = 2,65
O desconto será R$ 2,65.
A taxa de desconto e a taxa de juros não são iguais. É fácil perceber isso,
na medida em que a taxa de desconto (id) incide sobre o valor nominal e a
taxa de juros (i) incide sobre o valor atual, sendo o valor nominal maior que
o valor atual, a taxa de desconto (id) será menor que a taxa de juros (i).
i id
id = e i=
(1 + i.n ) (1 − id .n )
VA
VN =
(1 − i d .n)
VA
452,40 =
122 (1 − 0,21.0,6)
VA
452,40 =
0,874
VA = 452,40.0,874
VA = 395,3976, arredondando, VA = 395,40.
D = VN − VA
D = 452,4 − 395,40 = 57,00
O desconto é de R$ 56,00.
id
i=
( id .n )
1 −
0,21
i=
(1 − 0,21.0,6 )
0,21
i=
0,874
i = 0,2402745 = 24%
Em resumo:
ou
VA = VN (1 + i )
-n
VA = VN (1 + i )
-n
VA = 1120 (1 + 0,18 )
-5
VA = 1120 (1,18 )
-5
VA = 489,56
ATENÇÃO:
Desconto
Usando o Excel
Atividades11
11
As atividades deste capítulo foram adaptadas de CESAR, 2000, e PARENTE e CARIBÉ, 125
1996.
2) Por uma duplicata de R$ 20.000,00, um banco pagou o líquido de R$
19.250,00. Quantos dias ainda faltavam para o vencimento do título,
se a operação deu-se à taxa comercial de 30% a.a.?
a) 15 dias
b) 30 dias
c) 35 dias
d) 45 dias
e) 60 dias
a) R$ 200.000,00
b) R$ 220.000,00
c) R$ 180.000,00
126 d) R$ 190.000,00
6) (AFTN) Obtenha o valor hoje de um título de R$ 10.000,00 de valor
nominal, vencível ao fim de três meses, a uma taxa de juros de 3% ao
mês, considerando um desconto racional composto e desprezando
os centavos.
a) R$ 9.140,00
b) R$ 9.126,00
c) R$ 9.151,00
d) R$ 9.100,00
e) R$ 9.174,00
Gabarito
Referências
127
9
Estudo das taxas
Neste capítulo, serão abordadas as taxas efetivas e as taxas nominais[1].
• Chamamos de taxas efetivas de juros aquelas em que o período de
capitalização da taxa coincide com o período de referência da taxa.
Ex.: 10% a.m./c.m. (Lê-se dez por cento ao mês com capitalização
mensal.)
Veja que o período de capitalização (mês) é igual ao período de
referência (mês).
OBSERVAÇÃO: Quando se tem uma taxa efetiva se pode omitir o período
de capitalização. Então, 10% a.m. é o mesmo que 10% a.m./c.m.
• As chamadas taxas nominais de juros são aquelas cujo período de
capitalização não coincide com o período de referência da taxa.
Ex.: 10% a.m./c.b. (Lê-se 10 por cento ao mês com capitalização
bimestral. Como você pode perceber, o período de capitalização é
bimensal e o período de referência é mensal.)
Nesta situação, o capital é capitalizado somente a cada dois meses.
Exemplos:
a) 12% a.a./c.m (taxa nominal)
Para transformar em taxa efetiva, devemos mudar a.a. para a.m. Então,
como um ano tem 12 meses, dividimos por 12.
Estudo das taxas
Generalizando:
Para calcular a taxa efetiva (iE), basta dividir a taxa nominal (iN) pelo
número de capitalizações no período ao qual se refere a taxa nominal
(k), isto é:
i
iE = N
k
6%
iE a.m. 0,5%a.m
12
Onde:
ia = taxa desejada ib = taxa dada
a = prazo da taxa desejada (ia) b = prazo da taxa dada (ib)
Como você pode perceber, a razão a/b serve, apenas, para indicar
quantas vezes o tempo da taxa que queremos é maior (ou menor) que o
tempo da taxa que temos.
Onde:
id é a taxa diária de juro composto
Estudo das taxas
133
Usando a calculadora científica
134
Usando o Excel
No exemplo acima:
135
Exemplo 1: Em Boletim do Banco Central do Brasil de 2003, foi
informado que a taxa Selic mensal era de 1,37% a.m. e que esta mesma taxa
anual foi de 17,737% a.a. Vamos verificar a equivalência entre essas taxas.
Vamos encontrar a taxa anual equivalente à taxa mensal de 1,37%.
anual
i anual = (1 + i mensal ) mensal
−1
12
i anual = (1 + 0,0137 ) 1
−1
12
i anual = 1,0137 − 1
i anual = 0,177371064 = 17,737% a.a.
mensal
i mensal = (1 + i anual ) anual
−1
1
i a = (1 + 0,2178 ) 12 − 1
1
i a = (1,2178 ) 12 − 1
i a = 0,016556053 = 1,66% a.m.
Uma situação que ocorre, com muita frequência, no mundo dos negócios,
é o desequilíbrio entre as entradas e as saídas de caixa, fazendo com
que as empresas ou instituições financeiras ora tenham excesso de
Estudo das taxas
136
Desse modo, equivalência de capitais é utilizada para mudar a data
de vencimento de um título ou para mudar a forma de pagamento, por
exemplo, trocando um título por outros dois títulos.
Dois ou mais capitais, com datas de vencimento diferentes, são ditos
capitais equivalentes quando, transportados para uma mesma data, à mesma
taxa, produzirem, nessa data, valores iguais.
Atividades12
e) 11,80%
138 12
As atividades deste capítulo foram adaptadas de diversos livros citados nas Referências
Gerais.
4) (AFTN) A taxa de 40% ao bimestres, com capitalização mensal, é
equivalente a uma taxa trimestral de:
a) 60,0%
b) 66,6%
c) 68,9%
d) 72,8%
e) 84,4%
Gabarito
Referências
140
10
Séries de
pagamento
Séries de pagamento também são chamadas de renda certa ou de
anuidades.
Vamos ver, neste capítulo, que séries de pagamento são usadas para
construir um capital ou resgatar uma dívida depositando ou pagando certas
quantias em épocas distintas.
Capitalização × Amortização[1]
• Ao construir um capital temos uma capitalização.
• Ao resgatar uma dívida temos uma amortização.
143
Fonte: Adaptado de Araújo, 2006, p.138.
1 − (1 + i )− n
PV = PMT
i
O termo (
1 − 1 + i )− n
é chamado Fator de Valor Presente.
i
Séries de pagamento
Logo,
PV = PMT . fvp(i%,n)
1- (1 + i )− n
× (1 + i )
n
FV = PMT
i
(1 + i ) -1
n
O termo (
1 + i )n -1
é chamado Fator de Valor Futuro.
i
Logo,
FV = PMT . fvf(i%,n)
145
Fonte: Adaptado de Araújo, 2006, p.147.
1 − (1 + i )− n
VP(ant) = PMT × (1 + i)
i
i
Logo,
Séries de pagamento
146
10.2.2 Valor futuro de uma série antecipada
O valor futuro de uma série antecipada FV(ant) pode ser interpretado
como a capitalização de um período do valor futuro de uma série
postecipada FV.
FV(ant) = FV . (1 + i)
(1 + i )n -1
FV(ant) = PMT × (1 + i )
i
(1 + i )n -1
O termo é chamado Fator de Valor Futuro.
i
Logo,
exemplos:
Exemplo 1:
Supondo que você deseje comprar um DVD pagando em 8 parcelas
de R$ 68,80, sem entrada, à taxa de 2,5% ao mês. Qual é o valor presente
do DVD?
Exemplo 2:
Suponha que você deseje comprar um DVD pagando em 8 parcelas
de R$ 68,80 a uma taxa de 2,5% ao mês, sendo a primeira parcela paga
no ato da compra. Qual é o valor futuro do DVD?
148
Lembrete: como a primeira parcela coincide com o ato da compra, o
problema trata de uma série de pagamento antecipada, por isso devemos
informar que o tipo é 1.
=VF(0,025;8;-68,8;0;1) igual a R$ 616,07
Exemplo 3:
Suponha que você deseje comprar um DVD pagando em 8 parcelas,
sem entrada, a uma taxa de 2,5% ao mês e com valor presente de R$ 493,31.
Qual é valor da prestação do DVD? Séries de pagamento
149
=NPER(taxa;pgto;vp;vf;tipo) − Exibe o número de prestações,
mediante algumas informações: taxa (constante), valor da prestações,
valor presente ou valor futuro e tipo. O valor da prestação deve ser
precedido do sinal (-), pois significa uma saída de caixa. Os valores de
vp e vf são positivos.
Exemplo 4:
Suponha que você deseje comprar um DVD com a prestação de R$
68,80, sem entrada, a uma taxa de 2,5% ao mês, valor presente de R$ 493,31.
Quantas serão as prestações?
=NPER(0,025;-68,8;493,31;0;0) é igual a 8.
Exemplo 5:
Suponha que você deseje comprar um DVD pagando em 8 prestações
Séries de pagamento
150
=TAXA(8;-68,8;493,31;0;0) é igual a 2,5% ao mês
Grupo 1 PV PMT FV
Grupo 2 i n
151
Na HP-12C:
f CLx
f (2)
1500 PV
0 FV
10 n
5i
PMT
O valor no visor será -194,26.
Na HP-12C:
f CLx
f (2)
g 7(BEG).
1.500 PV
0 FV
Séries de pagamento
10 n
5i
PMT
O valor no visor será -185,01.
PMT
Período de
carência
0 VF (dif)
VP(ant)
k períodos de carência
n prestações
Logo,
(1 + i )n -1
× (1 + i )
k +1
FV(dif) = PMT
i
Logo,
Atividades13
Séries de pagamento
154 13
As atividades deste capítulo foram adaptadas de diversos livros citados nas Referências
Gerais.
a) R$ 1.225,57
b) R$ 1.268,46
c) R$ 1.559,26
d) R$ 1.506,54
3) Sabendo-se que uma loja financia suas vendas com uma taxa de juros
de 4% ao mês e que um cliente deseja comprar um eletrodoméstico
no valor à vista de R$ 430,00, em 5 prestações mensais sem entrada,
calcule o valor da prestação.
a) R$ 76,34
b) R$ 79,34
c) R$ 92,87
d) R$ 96,59
d) R$ 6.890,08
Gabarito
Referências
156
Referências
ARAÚJO, Eduardo. Matemática para negócios e finanças. Curitiba:
IESDE Brasil S.A., 2006.
CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. 16. ed. São Paulo: Saraiva,
1998.
160