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REVISTA DO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM TECNOLOGIA-PPGTE
EDIÇÃO COMEMORATIVA
18 anos (1995-2013)

2013
Expediente
Carlos Eduardo Cantarelli
Reitor da UTFPR

Luiz Alberto Pilatti


Vice-Reitor da UTFPR

Denise Rauta Buiar


Diretora do Câmpus Curitiba

Humberto Remigio Gamba


Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação Câmpus Curitiba

® Editora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Adriano Lopes
Coordenador Geral da Editora UTFPR

Faimara do Rocio Strauhs


Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia

Nanci Stancki da Luz


Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia

Angela Maria Rubel Fanini


Orientadora de Estágio Curricular Obrigatório

Marco Tulio Braga de Moraes


Supervisor de Estágio Curricular Obrigatório

Danyelle Castro
Estagiária do Curso de Comunicação Institucional - UTFPR
Sumário
05 | editorial
07 | Apresentação
09 | implantação do PPGTE
11 | Entrevistas: COORDENADORES
Profª. Drª. Sonia Ana Charchut Leczynski
Prof. Dr. Gilson Leandro Queluz
Profª. Drª. Luciana Martha Silveira
Profª. Drª. Marília Gomes de Carvalho
Prof. Dr. Domingos Leite Lima Filho
Profª. Drª. Faimara do Rocio Sthaus

19 | Área de concentração
23 | Linhas de pesquisaS
Mediações e Culturas
Tecnologia e Desenvolvimento
Tecnologia e Trabalho

27 | Grupos de PESQUISAS
Arte e Tecnologia
Design e Cultura
Design de Mídias Interativas
Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Relações de Gênero e Tecnologia
Ciências Humanas, Tecnologia e Sociedade
Grupo de Estudos e Pesquisas em Trabalho, Educação e Tecnologia
Núcleo de Gestão de Tecnologia e Inovação
Formações dircusivas sobre Trabalho e Tecnologia
Tecnologias, Aprendizagem Humana e Organizacional
Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável
Tecnologia e Meio Ambiente

31 | Publicações
Revista Tecnologia e Sociedade
Revista Educação e Tecnologia
Cadernos de Estudos de Gênero

35 | Eventos
Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade – TECSOC
Iberamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero – IBERO
Escritório Verde

38 | Curso de Extensão
Curso Igualdade de Gênero

40 | EntrevistaS: ALUNOS , SERVIDORES e dirIgentes

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Editorial
A Revista do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, PPGTE: edição comemorativa (18 anos-
1995-2013), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba, é fruto de uma parce-
ria entre o Curso de Comunicação Institucional da UTFPR, Departamento Acadêmico de Comunica-
ção e Expressão-DACEX e o PPGTE. Elaborou-se como resultado de trabalho de Estágio Curricular
Obrigatório, visando colocar em prática os conhecimentos adquiridos no Curso de Comunicação.
O produto visa fixar certa memória do Programa, assim como promover tanto a comunicação
interna quanto externa. No decorrer de dezoito anos de existência do PPGTE, muitos eventos e
ações foram executados e seria impossível mapeá-los em sua totalidade. Selecionamos alguns, sa-
bendo que muitos, deveras importantes, não foram visibilizados. O espaço é limitado e a seleção se
fez necessária. Muitos foram os que contribuíram para a implantação e consolidação do Programa
e, na Revista, trouxemos alguns desses atores para nos contar sobre essa história de dezoito anos.
Agradecemos a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a formação dessa trajetória.
Desejamos uma boa leitura e esperamos que nossa Revista seja mais um meio de comunicação a
reforçar a democratização da informação dentro de nossa Instituição.

Angela Maria Rubel Fanini Marco Tulio Braga de Moraes Danyelle Meirelles de Castro

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Apresentação
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Apresentação e Implantação do PPGTE

Na década de 1990, o professor Dr. João Augusto Bastos, preocupa-


do e orientado para realizar ações dentro das políticas de educação cien-
tífica, vinculadas à tecnologia, projetou juntamente com uma equipe de
estudiosos, a viabilidade de um curso de mestrado para estabelecer rela-
ções entre educação, ciência e tecnologia. Verificou-se naquela ocasião,
a necessidade de pesquisar as interações, em âmbito de mestrado , entre
o universo da tecnologia e da sociedade em geral, apostando-se no desa-
fio da interdisciplinaridade. O projeto foi implantado no então CEFET-PR,
hoje Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Naquela ocasião o
PPGTE apresentava um corpo docente e discente dispostos a superar
limitações, prontos para abraçar o exercício e o aprendizado interdis-
ciplinar e desenvolver um ambiente de pesquisa acadêmica em nível de
pós-graduação. O professor João Augusto Bastos, coordenando uma
equipe docente, conseguiu reunir forças externas e internas,dirigentes
da Instituição, representantes de órgãos governamentais e dos peritos
de instituições de fomento, e dar formas e contornos para os desenhos
e projetos de um programa de mestrado capaz de articular as relações
entre educação, ciência, tecnologia e inovação tecnológica.

Identidade visual atual do Programa

Identidade visual utilizada até 2008

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Implantação

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Apresentação e Implementação do PPGTE

O programa implantou-se em definitivo,em 1995, propondo-se a atu-


ar no âmbito interdisciplinar, congregando docentes pesquisadores de di-
ferentes áreas do conhecimento: Letras, História, Sociologia, Engenharia,
Física, Matemática, Psicologia, Educação, Artes, Design, Filosofia, Enge-
nharias, Arquitetura, Direito, Meio Ambiente – em torno das investigações
que abrangem as interações entre Tecnologia e Sociedade.
O PPGTE, ao longo desse período, tem aprofundado e amadurecido
suas pesquisas, recebendo por parte do Comitê de Avaliação da CAPES, con-
ceito 5 (cinco), demonstrando que se fortaleceu a cada ano que passou. Hoje
já conta com cerca de 396 dissertações de mestrado e 13 teses de doutorado
defendidas. O corpo discente é formado por 64 alunos de mestrado e 44 alu-
nos de doutorado.
Entende-se que a sociedade humana se destaca pela capacidade de
alterar o meio em que está inserida e que essas modificações implicam
também alterações na fisionomia dessa sociedade. As descobertas, ino-
vações e avanços tecnológicos, como o fogo, o uso de metais, a escrita,
a imprensa, a maquinaria moderna, a eletricidade, a internet e,tantos
outros, tem caracterizado a história do homem na sua interação com
a natureza e com o meio social. Essas alterações tecnológicas tem sido
uma constante na história do homem que se faz e refaz a cada novo
invento técnico, provocando mudanças em todos os segmentos da so-
ciedade e requerem entendimentos que podem ser obtidos por meio de
investigação científica nas variadas áreas de conhecimento.
Nesse âmbito, o propósito deste Programa é pesquisar as transfor-
mações que essas mudanças provocam nas atividades realizadas pela
sociedade no âmbito material e cultural. As visões, representações e im-
pactos da tecnologia na vida do homem e do meio natural devem ser in-
vestigados e analisados a partir de uma perspectiva interdisciplinar haja
vista a complexidade do estudo. Para tanto, oferece-se ao aluno pesqui-
sador um quadro de docentes oriundos de várias áreas do conhecimento
que se debruçam sobre o universo da tecnologia, procurando abordá-lo
de forma multidisciplinar.
Tendo, portanto, o quadro da interdisciplinaridade como referência, o
Programa organiza-se em torno de três linhas de pesquisa: Mediações e
Culturas ,Tecnologia e Trabalho, Tecnologia e Desenvolvimento.
As linhas de pesquisa não são estanques, pois internamente a cada linha,
há a existência de um projeto de pesquisa agregador de docentes e discen-
tes, permitindo a interação entre os diversos projetos em desenvolvimento.

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Entrevistas: Coordenadores

Tecnológica; 4. História da Técnica e o resga-


te do entendimento global das tecnologias; 5.
Interação Homem-Máquina (CEFET-PR 1996/
1997). Após algumas reuniões, as duas áreas
de concentração se fundiram, dando origem
a uma única área de concentração: Tecnologia
e Sociedade. As linhas de pesquisas também
sofreram modificações, passaram a ser repre-
sentadas por apenas três linhas: Tecnologia e
Prof .Dr . Sonia Ana Charchut Leczynski
a a Sociedade, Tecnologia e Desenvolvimento e
Período de Gestão: 1998 a 2003 Tecnologia e Interação.

Durante a gestão da Profa. Dra. Sonia Ana Charchut


Leczynski, o PPGTE consolidou sua área de concen- Como a senhora define o PPGTE?
tração. Em entrevista, a ex-coordenadora discorre
sobre os acontecimentos que levaram à formação A própria CAPES não entende o concei-
do PPGTE, até a sua consolidação como um
to de interdisciplinaridade. Durante a minha
programa interdisciplinar.
gestão, um palestrante da CAPES realizou
uma palestra sobre interdisciplinaridade.Nas
primeiras colocações, o mesmo propôs seto-
Formação do Programa rizar a interdisciplinaridade, querendo criar o
setor de saúde, o setor de ciências exatas e
A discussão a respeito da formação do PPG- da terra e o setor de ciências sociais, porém
TE começou em 1994, com a realização de isso não é interdisciplinaridade. Nas pesqui-
um curso de especialização em Inovação e Edu- sas realizadas pelos alunos do PPGTE, o ob-
cação Tecnológica, que aconteceu em 4 campi jeto é analisado a partir das perspectivas de
(Ponta Grossa, Medianeira, Cornélio Procópio várias áreas do conhecimento.
e Curitiba). Após a realização do curso, fizemos
uma comissão instituída pela Comissão Geral Mudanças
que desenvolveu o Programa.
A quantidade de professores do PPGTE é
Transformação do Programa
um marco. Quando começamos, o Programa
tinha apenas três professores efetivos, alguns
O PPGTE, inicialmente, tinha duas áre-
eram visitantes, outros apenas colaboradores.
as de concentração: Educação Tecnológica e
A quantidade de bolsas oferecidas pela CAPES
Inovação Tecnológica. Delas desdobravam-se
e pela Fundação Araucária foi outro ganho,
cinco linhas de pesquisa: 1. Educação, Ciência,
pois, com mais bolsas, conseguimos desen-
Tecnologia, Trabalho, Qualificação e Produ-
volver mais pesquisas e publicar mais artigos.
ção; 2. Currículos, Métodos e Técnicas de En-
sino Tecnológico; 3. Dimensões da Inovação

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Entrevistas: Coordenadores

ridade no Programa. A partir dessa definição,


estabelecemos algumas medidas que, posterior-
mente, acabaram servindo para divulgação do
programa em âmbito nacional e para implanta-
ção do doutorado. Uma das estratégias, na épo-
ca, foi a criação da revista Tecnologia e Sociedade
e a organização e a realização do Simpósio Na-
cional de Tecnologia e Sociedade que atualmen-
te está na sua 4ª edição.
Prof. Dr. Gilson Leandro Queluz
Período de Gestão: 2003 a 2007 De que maneira o PPGTE pode elevar o seu
conceito junto a CAPES ?
Durante a gestão do professor Gilson L.
Queluz, o PPGTE deu o primeiro passo
para a implantação do doutorado. Na Para elevar o conceito junto à CAPES, é ne-
época, algumas estratégias foram criadas cessário um processo de internacionalização. O
para que o Programa ganhasse visibilida-
conceito 5, considerado a nota máxima de ava-
de nacional, e, consequentemente, au-
mentasse o seu conceito junto à Capes.
liação da CAPES, será atingido se aumentarmos
a produção acadêmica internacional, que na área
interdisciplinar é a mais valorizada. No PPGTE,
De quem partiu a iniciativa da esse processo é muito recente, os alunos estão
implantação do Programa de Doutorado?
começando a participar de Congressos e, con-
sequentemente, adquirindo contatos, para futu-
A instauração do doutorado depende do
ramente realizarem publicações conjuntas, que
Programa alcançar a nota básica exigida pela
gerem resultados fora do Brasil. É uma questão
CAPES, 4. Quando assumi a coordenação,
difícil, que se resolverá em longo prazo.
tínhamos recebido no final do ano a nota ne-
cessária. Após uma decisão coletiva, o próprio
Qual a importância do PPGTE dentro da Univer-
colegiado tomou a decisão de mandar a pro- sidade?
posta à CAPES.A aprovação do doutorado só
viria no final de 2007. Um programa como o PPGTE é fundamental
dentro de uma Universidade Tecnológica, servindo
Quais foram as primeiras atitudes tomadas
como local de problematização das contradições
como coordenador do Programa?
que envolvem a ciência e a tecnologia. Esse seria
Quando assumi a coordenação, o programa o principal papel do PPGTE, discutir essas con-
tinha quase 10 anos, ou seja, já tinha uma traje- tradições e as consequências da ciência e da
tória. O que nos propusemos foi fortalecer a área tecnologia na sociedade.
de concentração e o conceito de interdisciplina-

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Entrevistas: Coordenadores

Qual é o principal desafio do Programa?

O principal desafio é trabalhar a inter-


disciplinaridade, pois, para que ela ocorra
efetivamente é necessário um tempo de
vida, de maturação das ideias e de discus-
são. A interdisciplinaridade do Programa
não é uma produção individual dos profes-
sores, ela ocorre na discussão dentro da
Profª. Drª. Luciana Martha Silveira
Período de gestão: 2008 a 2009 sala de aula, sendo refletida no trabalho
dos alunos. Apesar de professores e alunos
Sob coordenação da professora Luciana, o trabalharem juntos, a interdisciplinaridade
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia demora uma pouco para ser refletida nos
iniciou o programa de doutorado, em 2008. trabalhos, pois é um desafio construir um
objeto de estudo a partir da análise de vá-
Qual é a importância do curso de Doutorado rias áreas do conhecimento.
para o PPGTE ?
Como elevar o conceito do programa jun-
O fato do PPGTE hoje oferecer o curso de tos a CAPES?
doutorado indica que nós somos reconhecidos
pelo órgão avaliador e que possuímos capaci- Para a CAPES, o conceito do Programa é
dade de dar continuidade ao curso implantado. estabelecido de acordo com a produção de
O processo de elaboração do projeto de dou- docentes. A maturação do Programa inteiro
torado e, consequentemente, sua aprovação acontece em camadas e demora um pou-
foi mérito da gestão anterior,coordenada pelo co mais do que os Programas disciplinares.
professor Gilson L. Queluz. Na minha gestão, É um desafio, mas isso, assumimos há anos.
ocorreu a implantação do curso. Tivemos que Se compararmos o Programa desde a sua
lidar com todos os cuidados relativos à primei- formação, há 15 anos, nós amadurecemos
ra seleção, envolvendo a elaboração do edital, muito, já temos uma idade ideal para propor
a seleção dos alunos e outros assuntos. novos desafios, o próximo, inclusive, seria
aumentar o nosso conceito.

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Entrevistas: Coordenadores

mandos de uma turma de desenho industrial


do CEFET, a partir da perspectiva de gênero.
Essas duas dissertações foram o passo inicial
para novas propostas de pesquisa na área. Em
2000, os alunos que realizavam essas pesqui-
sas resolveram se reunir para fazer um grupo
de estudos. Não tínhamos a propensão de ser
um grupo de estudo do PPGTE, mas o tema
acabou atraindo muitas pessoas que tinham
Profª. Drª. Marília Gomes de Carvalho interesse em discutir a questão de gênero.
Período de Gestão: 2009 a 2010
Enquanto coordenadora do PPGTE, a pro- Qual a importância de se discutir gênero
fessora Marília presenciou alguns aconte- dentro da Universidade?
cimentos marcantes na trajetória do Pro-
grama. Dentre eles, destaca-se a criação Acredito que a discussão de gênero deve
de um grupo de Estudo sobre gênero e a
se dar em todos os espaços, seja ele acadê-
organização do Congresso Iberoamerica-
no, sendo esse, considerado o marco de
mico, público ou privado. O grupo de gênero
sua gestão compreende que o gênero perpassa todas
as relações sociais, sendo elas constituídas e
construídas por homens e mulheres. Na Uni-
Marco da gestão versidade essa importância se dá pelo fato de
haver uma grande disparidade no quadro de
professores, onde há uma predominância de
A organização de dois eventos: o III Sim-
professores homens. Essa disparidade não
pósio Nacional de Tecnologia e Sociedade
se limita apenas no quadro de professores,
(TECSOC), que ocorreu no mês de dezembro
mas também na sala de aula. Percebe-se que
de 2009, e o 8º Congresso Iberoamericano de tanto a questão de gênero quanto o papel da
Ciência, Tecnologia e Gênero, inédito no Bra- mulher são assuntos que deveriam ser mais
sil, que aconteceu no mês de abril de 2010 aprofundados, explicitados na UTFPR, para
que não só os professores, mas, também,
Como iniciou a discussão de Gênero no Pro-
as alunas e os alunos tenham consciência do
grama de Pós-Graduação em Tecnologia?
que está acontecendo, para assim termos
perspectiva de mudanças.
A discussão começou com duas disser-
tações de mestrado que orientei. Naquela
época, não se pensava em gênero. A primeira
dissertação tinha como objeto de estudo as re-
lações de trabalho das mulheres em uma em-
presa eletroeletrônica; a segunda relatava as
diferentes perspectivas profissionais dos for- Identidade visual do Grupo de Estudos em que a
Profª Marília foi uma das idealizadoras

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Entrevistas: Coordenadores

Projetos para 2012

No início do ano letivo, com um grande


número de alunos novos ingressando no Pro-
grama, vimos a necessidade da organização
de uma semana de planejamento. Nessa se-
mana inaugural de atividades no PPGTE, pla-
Prof. Dr. Domingos Leite Lima Filho nejamos palestras e seminários que permitem
Período de Gestão: 2010 a 2012 que os alunos novos conheçam o que é de fato
a concepção de um programa interdisciplinar,
Ao longo de sua existência, o PPGTE enfren-
que é a área de atuação do PPGTE. Outro foco
tou uma série de dificuldades relacionadas
dessa semana foi o esclarecimento do termo
à falta de infraestrutura e recursos financei-
ros. Em sua gestão, o professor Domingos que o próprio programa carrega: tecnologia.
priorizou a revitalização do espaço físico Muitas pessoas têm uma visão de que tecno-
do PPGTE, e procurou obter mais recursos logia é engenharia, é máquina, é técnica, mas
junto a agências de financiamento. temos a compreensão de que tecnologia, an-
tes de tudo, é uma construção social , é uma
relação social. Essa concepção, do que é de
fato a tecnologia, precisa ser de entendimen-
Quais foram as principais to tanto dos alunos que estão ingressando no
mudanças que ocorreram no PPGTE? Programa como para aqueles que já estão de-
senvolvendo suas pesquisas.
Procuramos melhorar nesse período o sis-
tema de comunicação dos alunos com a secre-
taria, via melhoria da plataforma de serviços Experiência
online. O Programa também aderiu o uso de
redes sociais como facebook e twitter.Outra A convivência no PPGTE com profissionais
preocupação foi melhorar a infraestrutura do de diferentes áreas de graduação possibilitou
espaço físico. Houve um processo de revitali- uma mudança de olhar. O programa representa
zação da sala de informática, agora os alunos essa possibilidade de olhar uma realidade, um
podem fazer as pesquisas no próprio progra- problema a partir de múltiplos olhares. O desa-
ma. Além disso, buscamos mais apoio para fio cotidiano é a percepção dessa diversidade.
que os alunos pudessem apresentar trabalhos Nós precisamos nos colocar em uma posição
em congressos. Conseguimos também mais horizontal, sem hierarquia entre as ciências, e
recursos junto à agência de financiamento, o esse é um espaço privilegiado do PPGTE.
que fez com que o número de bolsas ofertadas
pelo Programa aos alunos de mestrado e dou-
torado aumentasse consideravelmente.

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Entrevistas: Coordenadores

Quais são os principais desafios do Programa?

Em termos de recursos, os Programas dis-


ciplinares têm mais facilidade para conseguir
financiamentos, já os interdisciplinares, como
o nosso, enfrentam algumas barreiras. Mas
apesar de algumas dificuldades, tivemos uma
grande alegria, o aumento do número de ins- Profª. Drª. Faimara do Rocio Strauhs
critos no processo seletivo. A grande procura Período de Gestão: 2012 a 2014
dos profissionais pelo Programa aponta um
crescente interesse da sociedade pela pesqui- Atualizar o Sistema de Informação Gerencial
sa interdisciplinar. Anualmente o programa do Programa e melhorar a infraestrutura do
Programa são as prioridades da atual ges-
recebe bons projetos, de grande qualidade,
tão, coordenada pela professora Faimara.
mas o número de vagas é limitado. O cresci-
mento de interesse e a qualidade dos projetos
inscritos demonstram a necessidade que o Qual a política que a senhora pretende im-
Programa tem de receber mais recursos, essa plantar em sua gestão no PPGTE?
é a nossa luta diária.
Entendo política como sendo um processo
de transição. Medeiros (2003, p. 41), que é filó-
sofo e professor de Metodologia diz que é “a
transição entre /o que é/ para o /como deve
Redes sociais utilizadas pelo
ser/”, e isto com grifo no original, representan-
Programa desde 2011
do toda a carga de significância subliminar a
estas simples palavras.

Neste sentido gostaria de estabelecer como


@ppgte objetivo primário de uma política para o PPG-
TE, na minha carta de intenções tácitas, o res-
ponder de forma pronta e imediata, com alto
grau de eficácia, às demandas daqueles que
procuram a Coordenação, sejam representan-
facebook.com/ppgte tes da comunidade interna (gestores, docentes
e discentes) ou externa. Ao atender anseios,
dar respostas positivas ou não, diminui-se, na
minha opinião, o grau de incerteza e se cria
linkedin.com/in/ppgte comprometimento, necessário para o cresci-
mento de todos. Para isto, engajar a equipe que
assessora à Coordenação é fundamental, esta-

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Entrevistas: Coordenadores

belecer claramente critérios e procedimentos e pessoal, permeada de grandes e sucessivos


de ação, também. Todos e todas, Coordenação, desafios, transpostos com bastante empenho
Secretaria, estagiários e estagiárias, devem es- em crescer e diversificar, onde os erros são
tar imbuídos do espírito da colaboração e da encarados como oportunidades de aprendi-
cooperação, em prol do coletivo. zagem e de melhoria continua. Como um pro-
grama Muldisciplinar, com pessoas das mais
Em uma segunda instância deixar atua- diferentes formações, com múltiplos discursos
lizado e consistente o Sistema de Informa- e entendimentos da relação entre Sociedade
ção Gerencial do Programa, bem como sua e Tecnologia, acredito que devemos retomar,
infraestrutura envolvendo, em especial os sempre, alguns dos princípios do PPGTE na
ambientes de trabalho diário dos docentes e sua gênese, em especial o de ser permanente
discentes, as salas e os Laboratórios, tornan- espaço de diálogo, de ser um espaço de cria-
do-os mais e melhor equipados. Aumentar ção constante de conhecimento, apoiado nas
significativamente a participação e o envolvi- mais diferentes mídias e tecnologias informa-
mento da comunidade discente , bem como, cionais e gerenciais. Um espaço de respeito,
ampliar a rede de relações docente com in- constante, às diferentes ideologias e filoso-
cremento das parcerias com pesquisadores e fias, um espaço de espírito inovador capaz de
entidades de pesquisa afins, sobretudo. Ou- aceitar em seu bojo novas ideias, novas ex-
tra ação será a de aumentar o vínculo com os periências com desprendimento e destemor.
egressos do PPGTE e instá-los a continuar a A trajetória do PPGTE me lembra um verso
colaboração com o Programa. muito conhecido de Fernando Pessoa: “quem
quer passar além do Bojador, tem que passar
além da dor”. Temos tido avanços graduais,
Sendo docente do PPGTE há muitos anos,
pequenos retrocessos, retomadas lentas, sal-
como percebe a trajetória do Programa nes-
ses anos de existência do mesmo? tos vigorosos, cada um a seu tempo, como
organismo vivo que somos, mas sempre indo
Conheci o Programa antes do seu efetivo além do nosso olhar e da nossa estatura.
estabelecimento. Acompanhei a tarefa ár-
dua e extenuante do Prof. João Augusto, seu
grande mentor, e da sua sempre e inseparável
Estela, nas lidas do cotidiano de se gestar e
dar à luz a um programa tecnológico em uma
instituição técnica à época. Fomos vizinhos de
sala, fisicamente. Fui aluna da primeira turma
do PPGTE. Hoje sou professora e estou Coor-
denadora. Meus laços são, portanto, afetivos,
viscerais. Percebo a trajetória do Programa
como a minha própria trajetória profissional

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Entrevistas: Coordenadores

Da esq. para dir: Professores Luciana Martha Silveira, Eloy Fassi Casagrande Junior e Libia P.
Peralta Agudelo, participam da banca qualificação de mestrado do aluno Celso Luiz Podlasek,
em 27/10/11.

Professora Dra. Inês Lacerda Araújo ministra a palestra com o tema “Comunicação sobre Filosofia da Lin-
guagem”, na sala Poty Lazarotto da UTFPR, em 2012.

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Da esq. para dir: Professores Sergio Gaiad, Edson Tadeu Iede e Dario Dergint, do PPGTE, participam da defesa de dissertação
da aluna Regina Stewart Rodriques, em 21/10/11.

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Área de Concentração: Tecnologia e Sociedade

O amadurecimento do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia


é fruto de um reiterado reforço da premissa de indissociabilidade entre
Sociedade e Tecnologia, claramente assumida desde sua criação.
Neste contexto, a proposta deste projeto é parte de uma pers-
pectiva de pesquisa que assume como pressuposto a noção de que a
sociedade modela a ciência e a tecnologia e essas, por sua vez, mo-
delam a sociedade e o ambiente, o que se reflete na formalização de
uma área de concentração denominada Tecnologia e Sociedade.
Tecnologia é um termo polissêmico, seja devido aos inúmeros sig-
nificados que variam de acordo com os diferentes grupos que a inter-
pretam, ou aos diferentes valores que ele incorpora em seu uso con-
creto. Neste Programa parte-se do pressuposto de que a compreensão
da tecnologia exige abordagens teóricas e práticas mais amplas e pro-
fundas do que aquelas restritas a bens de consumo ou a conjuntos de
técnicas atrelados apenas à operação de equipamentos, organização
da maquinaria, ou administração de recursos humanos e direcionados
exclusivamente à sua produção e aos ganhos econômicos imediatos.
Os seguintes princípios constitutivos perpassam e estruturam em
diferentes graus e amplitudes as linhas de pesquisa do Programa:

Interdisciplinaridade: O PPGTE assume que a interdisciplinaridade


se impõe como necessidade e como problema no plano material, his-
tórico-cultural e epistemológico. Assim, a interdisciplinaridade busca
superar a racionalidade técnica e instrumental conduzida por visões tec-
nocráticas. A construção do saber, por essa concepção, passa pela expe-
riência de vida, pela existência compartilhada que forma o novo racional
do entendimento, abandonando determinações emanadas a priori.

Inserção Sociocultural: A tecnologia não constitui um sistema inde-


pendente. Não se pode esquecer do elemento cultural que direciona os
objetivos da técnica para diferentes usos, de acordo com os interesses
de quem a cria, explora e utiliza. A compreensão da tecnologia como
uma dimensão sociocultural permite considerá-la como um elemento
fundante da sociedade. A tecnologia é parte da cultura e deve ser com-
preendida em sua interconexão com outros elementos culturais.

22
Área de Concentração

Professores do PPGTE durante reunião de planejamento, em 2012.

Evolução Histórica: O entendimento histórico conduz à compreensão integral


da tecnologia e das razões econômicas e sociais que a efetivaram. É preciso desen-
volver a percepção de que a dinâmica evolutiva da tecnologia emerge, sobretudo,
do contexto sociocultural, não sendo determinada apenas pela economia.

Dimensão Econômico-Social: Nas modernas sociedades industriais, as


formas de concorrência baseiam-se progressivamente nos processos de inova-
ção, tanto tecnológicos como de gestão. A mobilização bem sucedida desses
conhecimentos, transformando-os em inovações valorizáveis para a socieda-
de, com o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável, poderá ocorrer
especialmente através da criativa fusão entre os padrões educacionais gerais e
os conhecimentos tecnológicos e científicos específicos, em uma relação dire-
ta com o contexto regional.

23
Área de Concentração

Postura Crítico-Reflexiva: A dimensão crítica estabelece a diferença na re-


lação dos sujeitos com a objetividade, para favorecer a experiência do conhe-
cimento comprometido com a realidade e com a sociedade. Representa uma
meta ambiciosa, qual seja, a transformação da sociedade pela prática.

Referencial Epistemológico e Ético: Trata-se do esforço reflexivo voltado para


a compreensão das questões epistemológicas e éticas que circundam os processos
de construção e apropriação do conhecimento científico e tecnológico.

Impacto Socioambiental: Face aos impactos antropogênicos decorrentes


do uso intensivo da tecnologia, com a extração de recursos naturais renováveis
e não renováveis, a emissão de poluentes e a degradação extensiva do meio
natural – impactos estes que também acentuam a exclusão social –, faz-se ne-
cessário refletir criticamente sobre a dimensão socioambiental da tecnologia.

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Linhas de Pesquisas

Mediações e Culturas
Coordenação: Prof. Dr. Luiz Ernesto Merkle

A linha de pesquisa “Mediações e Culturas” integra o Programa de


Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE), da Universidade Tecnológica do
Paraná – Campus Curitiba.
Um dos pressupostos do Programa é fomentar a compreensão crítica
e cidadã de tecnologia. A linha de Tecnologia e Interação surgiu em 1999,
após a reformulação do Programa, que até então tinha áreas de concen-
tração em Educação e Inovação Tecnológica. Com a mudança, assumiu es-
treita correlação entre as tecnologias e as atividades humanas.
Entretanto, ao longo de uma década, percebeu-se que os termos tec-
nologia e interação eram, muitas vezes, entendidos instrumentalmente
apenas como ações realizadas por meio de ferramentas, meios ou arte-
fatos. Além disso, parece redundante o uso da palavra interação, já que
se trata de um processo que é próprio de todo o Programa, abrangendo
as três linhas de pesquisa atuais.
A mudança, em 2011, para Mediações e Culturas visa aumentar as
possibilidades de entendimento de tecnologia. A escolha por Mediações
também tem por objetivo realçar as abordagens plurais fomentadas na
linha e no Programa. Tecnologias, nesta acepção, não se restringem aos
artefatos e instrumentos, embora estes as permeiem. Assume-se que o
ser humano se faz coletivamente pelas relações sociais, nas mediações
(materiais ou simbólicas). Nesta perspectiva, tecnologias são sempre
mediações sociais (materiais ou simbólicas), situadas e circunstanciadas
axiológica, cultural e historicamente.
O interesse da linha é pelo conhecimento e pela circulação de técni-
cas, processos, práticas, artefatos, meios, ambientes e outras mediações.
Constitui, portanto, objetos-chave dessa linha de pesquisa:

• Arte;
• Design;
• Educação;
• Mídias.

26
Linhas de Pesquisas

Tecnologia e Desenvolvimento
Coordenação: Prof. Dr. Christian Luiz da Silva

Nesta linha de pesquisa, objetiva-se, a partir de métodos de análise e


diagnóstico, avaliar o impacto tecnológico e de novos padrões de ativida-
des de trabalho na sociedade e no meio ambiente. Procura-se investigar,
desde a ergonomia do ambiente de trabalho e o design do produto até a
organização, projeto e desenvolvimento do produto final, as possibilidades
de reduzir os impactos negativos ao homem e ao meio, tendo como objeti-
vo a procura de uma maior racionalidade no uso da tecnologia.
Também constitui objeto de pesquisa todo o campo de análise sobre as
condições institucionais, empresariais e individuais para a geração de tec-
nologias, onde a inovação, a criatividade e o empreendedorismo são temas
centrais. Essas três dimensões desdobram-se em: formação e educação
como geradoras de mentes inovadoras; conhecimento tecnológico e das
formas de gestão capazes de gerar empresas inovadoras; e condições ins-
titucionais gerais criadoras de sociedades e de indivíduos empreendedores.
Os principais temas de interesse dessa linha de pesquisa são:

• Desenvolvimento Regional;
• Gestão Ambiental;
• Gestão de Tecnologia;
• Sistemas Produtivos.

27
Linhas de Pesquisas

Tecnologia e Trabalho
Coordenação: Profª. Drª Angela Maria Rubel Fanini

Nessa linha de pesquisa, reflete-se sobre a centralidade do trabalho


na constituição da sociedade humana, ou seja, entende-se o trabalho na
sua dimensão ontológica a partir da qual o homem, não somente alte-
ra, cria e modifica seu entorno mediante o seu labor, mas institui-se, en-
quanto ser humano, no e pelo trabalho.
Trabalho e Tecnologia também são percebidos em sua íntima asso-
ciação, articulação e contradição a partir de uma perspectiva histórico-
crítica, que considera essas dimensões como fruto de intensa atividade
humana que se distancia de uma abordagem que percebe a tecnologia
em perspectiva autônoma, neutra e determinista.
Tecnologia e Trabalho são realidades históricas, culturais e econômi-
cas e criam, impactam, modificam, alteram o meio socionatural. Essas
alterações e modificações são analisadas e investigadas, sobretudo a
partir do âmbito da educação, literatura, história, sociologia, publicida-
de, jornalismo e filosofia. Nessa perspectiva, a Linha de Pesquisa procura
investigar as seguintes temáticas:

• Tecnologia e suas relações com a educação;


• História da técnica e da tecnologia;
• História da educação técnico-profissional;
• Produção e apropriação do conhecimento pelo trabalhador;
• Tecnologia e relações de gênero;
• Dimensões culturais e filosóficas da tecnologia;
• Políticas públicas para a educação profissional;
• Construções discursivas da tecnologia e do trabalho no âmbito
literário, jornalístico e publicitário.

28
29
Grupos de Pesquisas

Grupo de Estudos e Pesquisas Núcleo de Gestão de


em Trabalho, Educação e Tecnologia Tecnologia e Inovação
Líder: Prof. Dr. Domingos Leite Lima Filho
Líder(es): Prof. Dr. Hélio Gomes de Carvalho e
Prof. Dr. Dálcio Roberto dos Reis
O GETET foi criado em 2005, a partir da
confluência de temáticas de pesquisa e objetos
O grupo enfoca a utilização do conheci-
de estudo comuns de pesquisadores da Linha
de Pesquisa Tecnologia e Trabalho, do PPGTE/ mento e da tecnologia voltada à geração de
UTFPR. A partir de diferentes objetos, com inovação nas organizações. O Núcleo de Ges-
enfoque multidisciplinar, o grupo se dedica ao tão de Tecnologia e Inovação tem desenvolvi-
estudo das relações entre as categorias traba- do atividades de ensino em nível de graduação
lho, educação e tecnologia em diferentes es- (Gestão de Tecnologia e Inovação, Gestão de
paços da vida social, em particular, no entorno Projetos Tecnológicos, Políticas e Gestão de Ci-
das instituições educacionais e nos ambientes ência e Tecnologia, Planejamento Estratégico,
da produção. Além disso, o GETEC, tem como entre outras) e pós-graduação (Gestão do Co-
referência de análise o trabalho em sua dupla nhecimento e Inteligência Competitiva Tecno-
dimensão, ontológica e histórica. lógica, Gestão de Tecnologia e Inovação, entre
outras). Na pesquisa, o grupo tem buscado de-
senvolver metodologias, modelos, métodos,
Tecnologia e Meio Ambiente técnicas e ferramentas de gestão de tecnolo-
Líder(es): Prof. Dr. Eloy F. Casagrande Jr e
Profª. Drª. Maclovia Corrêa da Silva
gia e inovação no ambiente empresarial.

Os principais temas de interesse contempla-


dos pelo núcleo temático Gestão da Tecnologia Design de Mídias Interativas
Líder: Profª. Drª. Maristela Mitsuko Ono
são: gestão da inovação tecnológica e transfe-
rência de tecnologia, gestão do conhecimen-
O grupo de pesquisa Design de Mídias Intera-
to e da informação tecnológica. Os principais
tivas (DMI), atua junto ao Programa de Pós-Gra-
temas de interesse contemplados pelo núcleo
duação em Tecnologia da Universidade Tecnoló-
temático Uso Sustentado da Tecnologia são:
gica Federal do Paraná (UTFPR), desde 2005.
análise do ciclo de vida, conforto ambiental e
O Grupo congrega estudantes de graduação
eficiência energética, urbanismo e industriali-
e pós-graduação, pesquisadores, professores
zação, gestão ambiental de recursos naturais
e outros interessados em estudar, pesquisar e
e das atividades produtivas, ações de educa-
desenvolver o conhecimento e práticas, envol-
ção ambiental, políticas públicas ambientais e
vendo as inter-relações entre design, cultura,
tecnológicas que promovam a melhor relação
interação e meio ambiente.
entre a sociedade e o meio ambiente.

30
Grupos de Pesquisas

Núcleo de Gênero e Tecnologia Arte e Tecnologia


Líder: Profª. Drª. Luciana Martha Silveira
Líder(es): Profª. Drª. Marilia Gomes de Carvalho e
Profª. Drª. Nanci Stancki da Luz
O grupo arte e tecnologia desenvolve pes-
O grupo tem como objetivo geral desen- quisas na área de tecno-arte. As interações da
volver estudos e pesquisas sobre a temática tecnologia com o espaço da linguagem visual,
“Relações de Gênero e Tecnologia”. Ao de- especialmente na percepção das imagens téc-
senvolver estudos na área de gênero o GETEC nicas (fotografia, televisão, vídeo, e cinema)
se propõe ao desenvolvimento das seguintes através da análise de seus signos plásticos, é um
atividades: viabilizar a discussão sobre as re- dos temas abordados pelo grupo de pesquisa.
lações de gênero e tecnologia, através da
promoção de encontros, palestras, reuniões,
Formações discursivas sobre
seminários, conferências e workshops; divul-
Tecnologia e Trabalho
gar resultados das pesquisas e dos estudos de- Líder(es): Profª. Drª. Angela Maria Rubel Fanini e
senvolvidos no âmbito do núcleo; estabelecer Prof. Dr. Wilton Fred Cardoso de Oliveira
intercâmbio com outras instituições (públicas,
privadas, nacionais, internacionais) interessa- O Grupo pesquisa como se manifesta o
das na temática gênero e tecnologia; desen- universo da tecnologia e do trabalho nas for-
volver um banco de dados constituído de es- mações discursivas, tais como a Literatura
tudos e pesquisas sobre gênero e tecnologia. Brasileira, os textos jornalísticos, publicitários,
históricos, filosóficos e outros. O universo do
trabalho e da tecnologia não podem ser disso-
ciados da vida humana, pois há uma centrali-
Design e Cultura dade deles na vida dos seres sociais desde as
Líder: Profª. Drª. Marilda Lopes Pinheiro Queluz
priscas eras. A técnica e o trabalho conjugados
permitem que o homem sobreviva e altere o
Desenvolver estudos e pesquisas sobre a
meio ambiente e nesse processo, constitui-
temática “Design e Cultura”. Apresentações
se como ser social. O estudo contribui para
de resultados de pesquisas concluídas e em an-
tomadas de posição social e política uma vez
damento em seminários e congressos, artigos
que a partir, sobretudo da perspectiva histó-
publicados em periódicos e a publicação de
rico-crítica, visa demonstrar que tanto os dis-
coletâneas são alguns dos resultados do Gru-
cursos canônicos quanto os não canônicos po-
po de Pesquisa e sua colaboração para as dis-
dem emancipar e/ou alienar. Congrega alunos
cussões do campo das relações entre Design
de graduação, especialização e mestrandos e
e Arte, Design e Linguagem e Design e Socie-
doutorandos do PPGTE e docente da UTFPR e
dade. Essas relações são ainda permeadas por
de outras instituições
pesquisas nas áreas de educação e aplicação.

31
Grupos de Pesquisas

Ciências Humanas, Tecnologia Tecnologia e Desenvolvimento


e Sociedade Sustentável
Líder(es): Prof. Dr. Gilson Leandro Queluz e Líder: Prof. Dr. Eduardo Leite Krüger
Prof. Dr. Luiz Ernesto Merkle

O grupo TEMA discute tecnologia, ética


Estudar as relações entre tecnologia e so- e meio ambiente, ampliando a interlocução
ciedade, embasados em aportes teóricos e com a comunidade externa. Procura preparar
direcionados à transformação social, é o prin- os participantes para que eles aumentem suas
cipal objetivo do grupo de estudos de Ciências capacidades de perceber a sociedade e a natu-
Humanas, Tecnologia e Sociedade (CHTS) do reza como forças de mudanças e criadoras de
PPGTE. modos de vida. A ciência, a técnica e a tecno-
O grupo enfatiza suas pesquisas nos proces- logia representam a base para a formação in-
sos de apropriação, circulação, produção e con- terdisciplinar crítico-reflexiva que institui um
sumo intrínseco às relações históricas, sociais diálogo inteligente com a diversidade e com
e culturais mediadas cotidianamente pelo viés as diferenças. Porém, não se pode esquecer
tecnológico, científico, artístico e político. que os aspectos culturais, artísticos e literários
são instrumentos de diálogo que permitem
ensinar de outros modos os valores humanos.

Núcleo de Gênero e Tecnologia durante seminário realizado em abril de 2012.

32
33
Publicações

Revista Tecnologia e Sociedade


Editor: Prof. Dr. Christian Luiz da Silva

A Revista Tecnologia e Sociedade é uma publicação semestral.


A revista tem como missão contribuir para o entendimento aprofunda-
do das múltiplas e complexas relações entre a tecnologia e a sociedade,
mediante a divulgação de relevantes trabalhos interdisciplinares de pes-
quisa, análises teóricas e resenhas bibliográficas, que possam enriquecer
diálogos e debates, bem como subsidiar atividades acadêmicas e ações
sociais, culturais e tecnológicas voltadas à promoção do desenvolvimento
harmônico e sustentável da sociedade.
A linha editorial da revista prioriza a discussão interdisciplinar das
diversas formas de relação e interação da tecnologia e sociedade, a
partir de uma compreensão polissêmica do termo tecnologia, seja de-
vido aos inúmeros significados que variam de acordo com os diferentes
grupos que a interpretam, ou aos diferentes valores que ele incorpora
em seu uso concreto.

Endereço eletrônico para submissão de artigos e manuscritos

Link: Acesso ao Website

Exemplares das das publicações

34
Publicações

Cadernos de Gênero e Tecnologia


Editoras: Profª. Drª. Nanci Stancki da Silva
Profª. Drª. Lindamir Salete Casagrande

A revista tem como objetivo primordial, desenvolver estudos e pes-


quisas sobre a temática “Relações de Gênero e Tecnologia”. Os objetivos
específicos procuram: viabilizar a discussão sobre as relações de gênero
e tecnologia, através da promoção de encontros, palestras, reuniões,
seminários, conferências e workshops; divulgar resultados das pesqui-
sas e dos estudos desenvolvidos no âmbito do núcleo; estabelecer in-
tercâmbio com outras instituições (públicas, privadas, nacionais, inter-
nacionais) interessadas na temática gênero e tecnologia; desenvolver
um banco de dados constituído de estudos e pesquisas sobre gênero e
tecnologia.

Endereço eletrônico de artigos e manuscritos


Link: Acesso ao Website

Exemplares das das publicações

35
Publicações

Revista Educação e Tecnologia


Editores: Prof. Dr. Eloy Fassi Casagrande Jr
Profª. Drª. Maclovia Corrêa da Silva

A revista “Revista Educação & Tecnologia” nasceu com a cria-


ção dos Programas de Pós-Graduação em Tecnologia dos Cen-
tros Federais de Educação Tecnológica dos Estados do Para-
ná, Minas Gerais e Rio de Janeiro em 1997. Entre 1997, quando
foi lançado o primeiro número, até o ano de 2004, já havia
oito números publicados em parceria entre os três programas.
A Revista Educação & Tecnologia, comprometida com a divulga-
ção científica, oferece aos leitores e autores oportunidades de publi-
cação de artigos, resenhas, ensaios nas áreas de educação, ciência e
tecnologia, em formato impresso e eletrônico. Para uma instituição
jovem enquanto universidade, mas centenária nas suas experiên-
cias com educação profissional e tecnológica, é relevante para os
propósitos da revista divulgar trabalhos acadêmicos nessas áreas.
Os principais objetivos são divulgar resultados de estudos e pes-
quisas dos Programas de Pós-Graduação, resultados apresentados
em eventos científicos, relatos de experiências e publicações técni-
cas. São aceitos artigos nas áreas disciplinar e interdisciplinar que
tratem de: Educação Formal e Não-formal; Educação Ambiental;
Sustentabilidade; Educação Profissional e Tecnológica; Estudos So-
ciais da Ciência e da Tecnologia; Política Científica e Tecnológica
e interfaces com a Educação; História da Técnica e da Tecnologia.

Endereço eletrônico de artigos e manuscritos

Link: Acesso ao Website

Exemplares das das publicações

36
37
Eventos

Sede do escritório verde, localizado na Av. Silva Jardim, 807 , próximo ao Câmpus Curitiba
Coordenação Prof. Dr. Eloy Fassi Casagrande Jr.
Linha de Pesquisa: Tecnlogia e Desenvolvimento - PPGTE

Escritório Verde

Desenvolver a política de sustentabilidade da Instituição é o objetivo do Escritório Verde (EV)


da Universidade Tecnológica Federal do Paraná(UTFPR), inaugurado em dezembro de 2011.
O escritório verde é um projeto inédito no Brasil, concebido pelo Prof. Eloy F. Casagrande Jr, do
Programa de Pós Graduação em Tecnologia (PPGTE), juntamente com a empresa EcoStudio – So-
luções Sustentáveis e em parceria com mais de 50 empresas, selecionadas pelas suas tecnologias,
materiais e serviços em acordo com os princípios da sustentabilidade.
O projeto foi elaborado de acordo com os princípios da construção sustentável e tem como
proposta ser um “laboratório vivo” aberto ao público para demonstração da ecoefiência dos pro-
dutos e das tecnologias empregadas em sua construção, por meio de visitas previamente agenda-
das com acompanhamento técnico.
Com a construção do escritório verde, a Instituição pretende reduzir o impacto ambiental das
atividades acadêmicas e também servir de referência a outras instituições de ensino e empresas.
O espaço, localizado na Av. Silva Jardim, 807 , próximo ao Câmpus Curitiba, também abri-
ga uma Empresa Junior interdisciplinar, a primeira do gênero na UTFPR, onde os alunos serão
treinados em gestão socioambiental e no sistema construtivo sustentável. A ideia é que se crie
assim um “Selo Verde UTFPR” para produtos e tecnologias.

38
Cursos de Extensão

Curso Igualdade de Gênero

A escola é um espaço onde se produzem e reproduzem diferenças e desigual-


dades. Envolvidas por esse pensamento, as professoras do PPGTE e coordenado-
ras do Grupo de Estudos e Pesquisas em Relações de Gênero e Tecnologia (GETEC),
Profª. Drª. Nanci Stancki e Profª. Drª. Marília Gomes de Carvalho, organizaram o
Curso de formação continuada “Construindo a Igualdade de Gênero na Escola“, mi-
nistrado pelos profissionais integrantes do GETEC. O curso iniciou suas atividades
em 2008, visando sensibilizar profissionais da educação – professoras e professo-
res do Ensino Fundamental e Médio, gestores escolares, técnicos-administrativos,
inspetoras(es), merendeiras(os), entre outros – preparando-os para receber e tra-
balhar com questões de gênero e diversidade sexual no ambiente escolar.
A intenção é discutir gênero em todos os âmbitos, seja na escola, no material
didático ou nas políticas públicas. Durante todos os módulos, tenta-se incitar uma
discussão ampla, os temas sexísmo e homofobia também passaram a ser discu-
tidos na última versão do curso, em 2011. A importância de se discutir tais temas
veio da constatação de que vivemos em uma sociedade plural, em que a diversi-
dade sexual é algo presente em todos os lugares. Diante dessa realidade, o curso
não poderia deixar de debater o determinismo biológico, ou seja, os padrões dico-
tômicos de gênero, impostos pela sociedade, que aprisionam homens e mulheres
em comportamentos e atributos considerados, respectivamente, naturalmente
masculinos e femininos.

Nicolau Afonso Barth, diretor de Relações Empresariais


e Comunitárias, Sonia Ana Charchut Leszczynski, chefe
do Departamento de Educação da UTFPR, Marcos Flá-
vio de OliveiraSchiefler, diretor Geral do Campus Curiti-
ba, e Nanci Stancki , uma das idealizadoras do projeto,
durante o lançamento do curso, em 2010.

39
Eventos

Congresso Ibero-americano de Ciência,


Tecnologia e Gênero

Em 2010, ocorreu em Curitiba o 8° Congresso Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Gênero.


O evento, considerado inédito no Brasil, foi organizado pelo PPGTE, graças aos esforços de uma
gestão engajada com a discussão de gênero no universo da ciência e da tecnologia.
Consciente da necessidade de revelar em nosso país a importância das investigações e seus
resultados nos temas de ciência, tecnologia e gênero, a Profª Drª Marilia Gomes de Carvalho, após
participar de várias edições do congresso em outros países, conseguiu, enfim, a aprovação para
organizar o mesmo no Brasil, mais precisamente, em Curitiba. Anteriormente o evento havia sido
realizado na Espanha e em outros países da América Latina.
Com dimensão internacional, o evento abarcou os seguintes objetivos: visibilizar a participa-
ção feminina nas pesquisas científico-tecnológicas em todas as áreas do conhecimento, propor-
cionando novas discussões epistemológicas e críticas, provenientes tanto da perspectiva femi-
nista da ciência, como das ciências sociais, biológicas e físicas; possibillitar o intercâmbio entre
pesquisadoras e pesquisadores ibero-americanas/os a fim de promover pesquisas em conjunto,
parcerias e estudos comparativos, enriquecendo assim as áreas da ciência tecnologia e gênero;
ampliar a inserção de pesquisadoras e pesquisadores brasileiras/os no grupo de estudos ibero-
americanos sobre ciência, tecnologia e gênero, ressaltando a importância de se construir genea-
logias, redes e comunidades de conhecimento que valorizem os contextos da sua produção, cons-
trução e transmissão.
Em linhas gerais, o evento tem incitado uma reflexão plural da questão de gênero e suas influ-
ências na ciência e tecnologia.No total, o evento registrou 400 inscrições, foram formados mais
de 14 grupos temáticos, e cerca de 200 trabalhos foram apresentados. Durante os três dias de
evento, foram realizadas conferências, palestras e mesas redondas, coordenadas por palestrantes
da Espanha e da América Latina.

40
Eventos

Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade

O que deveria ser apenas uma semana de tecnologia acabou dando origem ao
primeiro Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade do país, popularmente co-
nhecido como TECSOC. O sucesso do evento resultou na criação da Associação Bra-
sileira de Estudos em Ciências e Tecnologias (ESOCIT).
O Simpósio de Tecnologia e Sociedade surgiu após a realização de duas edições
da Semana de Tecnologia, que ocorreram em 2005 e 2007, na UTFPR, com o objetivo
de ampliar os debates multi e interdisciplinares sobre as relações entre ciência, tec-
nologia e sociedade. As edições anteriores reafirmaram a importância da compreen-
são da tecnologia nos seus múltiplos aspectos (políticos, sócias, culturais e econô-
micos) e da busca de abordagens teóricas e praticas que permitam a apreensão dos
conhecimentos científicos e tecnológicos na dinâmica das interações sociais e nos
valores culturais. Em 2009, o evento acabou assumindo um caráter nacional, fazendo
com que os professores Gilson Queluz e Luiz Ernesto Merkle o transformassem em
um Simpósio.
Atualmente o TECSOC está na sua 4° edição, recebendo acadêmicos, estudantes
e representantes de comunidades científicas e tecnológicas de várias regiões do Bra-
sil e do exterior, principalmente da América Latina.
O evento colabora para a consolidação da temática ciência e tecnologia no país, tanto
que no encontro realizado em 2011 foi criado o ESOCIT. A criação do fórum de discussão na
área é importante para consolidar a união entre os pesquisadores de tecnologia e sociedade.

O diretor de Pesquisa e Pós-Graduação, Prof.


Humbero Gamba, o Prof. Gilson Queluz, a Dire-
tora de Graduação e Educação Profissional Deni-
se Buiar e o Pró-reitor da UTFPR Luiz Nacamura
Júnior(da esq. para a dir.) durante solenidade de
abertura do IV Simpósio Nacional de Tecnologia e
Sociedade, em 2011.
41
Eventos

Cartazes do evento

42
43
Diregentes
Entrevistas

Marco Tulio Braga de Moraes Humberto Gamba


Assessoria Executiva à Coordenação desde 2009 Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da
UTFPR, Câmpus Curitiba

Qual a importância do PPGTE dentro da UTFPR?

A Ciência se tornou cada vez mais especí-


fica e direcionada a fins específicos, chegando
ao ponto de submeter a produção acadêmica
às demandas de mercado.
Uma das consequências mais evidentes
Como você definiria o Programa de Pós-Gra- dessa tendência é o crescente nível de especia-
duação em Tecnologia? lizações das Ciências, que ocorre também (ou
Em meu entendimento o Programa de Pós- principalmente) no campo da Pós-Graduação.
Graduação em Tecnologia é um grupo de É verdade, contudo, que essa ramificação
profissionais sob a tutela do Governo Federal cria problemas epistemológicos importantes,
brasileiro, cujo compromisso está vinculado às sobretudo porque a especificidade tecnológi-
questões educacionais no âmbito da pesquisa ca se reproduz no campo acadêmico.
científico-tecnológica. Nesse sentido, a tentativa de compreen-
der esses problemas, seus impactos na so-
De que maneira o programa contribuiu para
a sua formação profissional? ciedade e enfrentá-los de forma transversal
A grande descoberta está relacionada à possi- (que compõem a área da Ciência, Tecnologia
bilidade de identificar com maior precisão as e Sociedade) se revelam nas pesquisas do
relações existentes entre o público e o priva- Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
do, ou seja, como o trabalho em uma institui- (PPGTE), de caráter multidisciplinar. Essa par-
ção governamental exerce sua influência na ticularidade do PPGTE, que em certa medida
sociedade. Estas relações, situadas na dimen- se contrapõe ao movimento geral das espe-
são política, me ajudam no reconhecimento cializações dos diversos campos do conheci-
das complexidades e desafios da profissão. mento, permite a esse Programa se debruçar
com um viés particularmente produtivo sobre
Quais as principais mudanças no Programa de questões sociais clássicas e contemporâneas
Pós-Graduação durante a sua permanência? em que a Tecnologia é um fator presente.
A principal mudança foi a adoção de novas tec-
nologias da informação e comunicação, com
o objetivo de facilitar o fluxo das atividades
administrativas. Outra inovação foi o uso de
meios de divulgação para os eventos do pro-
grama, a inclusão de um perfil do PPGTE em
websites de relacionamentos pessoais, crian-
do interações de abrangência internacional.

44
Entrevistas

Lindamir Salete Casagrande Aline Prado Maciel


Doutoranda e Secretária do PPGTE (2000 até 2009) Mestranda 2009

Como foi sua experiência no Programa de


Pós-Graduação em Tecnologia?
Profissionalmente, eu tive a oportunidade de
ver como funciona um programa de Pós- gra-
duação por dentro e o que tem que ser feito
para o programa funcionar de maneira eficien-
te. Quando estamos de fora não temos essa
percepção, tudo parece fácil, não entendemos
o funcionamento interno da secretaria.

Quais foram as principais mudanças do Pro- Por que você optou pelo Programa Gra-
grama de Pós-Graduação em Tecnologia du- duação em Tecnologia para fazer o curso
rante a sua permanência? de mestrado?
Percebi um amadurecimento das linhas e Foram várias as razões acadêmicas e emocionais
também estive presente na criação do dou- que me levaram ao PPGTE, principalmente a pro-
torado. Desde o princípio eu queria fazer a posta interdisciplinar que tanto me encanta. Nos-
sos professores se esmeram em nos fazer enten-
primeira defesa de tese. O acontecimento
der a tecnologia em suas múltiplas facetas e isso é
foi o marco da nova etapa do programa, por-
muito gratificante.
que até então nós só tínhamos o mestrado.
A satisfação pessoal de conseguir concluir o
Qual a importância de obter o título de mes-
doutorado, no prazo estabelecido, foi uma tre em um programa interdisciplinar?
experiência engrandecedora. A interdisciplinaridade nos mostra que não
existem barreiras para o conhecimento, que
as ciências se imbricam, afastam-se e aproxi-
mam-se em discussões muito ricas e promis-
soras. Ter o titulo de mestre num programa
interdisciplinar reforça essa comunhão entre
as ciências e nos faz ter esperança que a soma
das diferenças possa enriquecer nossa socie-
dade, que possamos como mestres ser agen-
tes de mudança promotores de avanços na
ciência em benefício de todos.
A Doudoranda Lindamir S. Casagrande durante a
Defesa de Tese, em 9/12/2011.

45
Entrevistas

Simone Dias Rosangela Penteado


Mestranda 2011 Doutoranda 2011

Por que você optou pelo Programa Gra- Por que você optou pelo Programa Graduação
duação em Tecnologia para fazer o curso em Tecnologia para fazer o curso de doutorado?
de mestrado? A opção pelo PPGTE foi por conta do rela-
Primeiramente, por causa da universidade. A cionamento anterior de orientação que havia
UTFPR é uma instituição muito respeitada e com o orientador.
querida por seus alunos egressos, que, como
eu, fizeram curso técnico no antigo CEFET. A Qual a importância de obter o título de dou-
segunda motivação veio da possibilidade de tora em um Programa Interdisciplinar?
analisar meu tema de interesse pela lente da Indiferentemente de ser um programa inter-
Tecnologia e da Sociedade, filtros importantes disciplinar, a importância do título, para mim
para o estudo de assuntos complexos como a especificamente, se refere à carreira docente
violência urbana e suas relações com a orga- que desejo seguir.
nização espacial. Finalmente, a possibilidade
de ser orientada por professores respeitados,
como a Maclovia ou o Christian, e ter aulas
com o Herivelto foram aspectos decisivos na
escolha do programa.

Qual a importância de obter o título de mes-


tre em um Programa Interdisciplinar?
Francamente, creio que a importância deve-
se à variedade de formação das pessoas envolvidas
com o programa, variedade tal que possibilita a troca
de experiências entre profissionais .Esse é o principal A doutorando Rosangela Penteado tem artigo
ganho do programa. premiado no 10° Congresso Brasileiro de Gestão
do Conhecimento, em 2011 .

46
Docentes

Angela Maria Rubel Fanini Eloy Fassi Casagrande Júnior


Linha de Pesquisa: T T Linha de Pesquisa: TD

Celso João Ferretti Faimara do Rocio Strauhs


Linha de Pesquisa: TT Linha de Pesquisa: TD

Christian Luiz da Silva Francis Kanashiro Meneghetti


Linha de Pesquisa: TD Linha de Pesquisa: T T

Dario Eduardo Amaral Dergint Geraldo Augusto Pinto


Linha de Pesquisa: TD Linha de Pesquisa: TT

Décio Estevão do Nascimento Gilson Leandro Queluz


Linha de Pesquisa: TD Linha de Pesquisa: T T

Domingos Leite Lima Filho Hélio Gomes de Carvalho


Linha de Pesquisa: T T Linha de Pesquisa: TD

Eduardo Leite Krüger Herivelto Moreira


Linha de Pesquisa: TD Linha de Pesquisa: MC

47
Lindamir Salete Casagrande Marinês Ribeiro dos Santos
Linha de Pesquisa: TT Linha de Pesquisa: MC

Luciana Martha Silveira Mário Lopes Amorim


Linha de Pesquisa: MC Linha de Pesquisa: T T

Luiz Ernesto Merkle Nanci Stancki da Luz


Linha de Pesquisa: MC Linha de Pesquisa: T T

Maclovia Corrêa da Silva Nestor Cortez Saavedra Filho


Linha de Pesquisa: TD Linha de Pesquisa: MC

Marilda Lopes Pinheiro Queluz Nilson Marcos Dias Garcia


Linha de Pesquisa: MC Linha de Pesquisa: TT

Marilia Abrahão Amaral Ronaldo de Oliveira Corrêa


Linha de Pesquisa: MC Linha de Pesquisa: MC

Linhas de Pesquisas:
Marília Gomes de Carvalho MC - Mediações e Culturas
Linha de Pesquisa: TT
TD - Tecnologia e Desenvolvimento
TT - Tecnologia e Trabalho

48

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