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B11 PEIXES

Considerações gerais sobre Chordata


Chordata é o maior filo entre os deuterostomados e está distribuído em praticamente todos
os ambientes. Possui representantes tanto em grupos extintos quanto nos atuais. Alguns são
invertebrados (estudados no texto anterior), além de todos os vertebrados: peixes, répteis, aves e
mamíferos.
Quatro características, presentes em pelo menos alguma fase do ciclo de vida, distinguem
Chordata de todos os outros filos, são elas:
1. Notocorda dorsal, podendo ou não persistir no adulto. É a primeira sustentação do corpo
de um cordado e também é a origem do nome do filo.
2. Tubo nervoso dorsal oco;
3. Fendas faríngeas;
4. Cauda projetando-se atrás do ânus.
A observação dessas características em vertebrados atuais é uma atividade interessante
que pode ser realizada em sala de aula, pois possibilita que o aluno faça uma correlação entre os
conteúdos já estudados, e geralmente “esquecidos” depois da “prova”. Vários questionamentos
podem levar a uma interação entre os alunos e despertar o interesse pelo conteúdo, como por
exemplo:
- Em quais animais a notocorda persiste no adulto? Podemos vê-la?
- Existem cordados que não apresentam tubo nervoso dorsal oco no adulto?
- Como é a distribuição dos cordões nervosos em outros grupos, como insetos?
- Se mamíferos são cordados vertebrados e a espécie humana pertence a este grupo, onde
estão as fendas faríngeas e a cauda?

Uma breve consideração sobre a ancestralidade dos primeiros vertebrados


Dentre as várias hipóteses sobre a origem de Chordata, Garstang sugeriu em 1928, que os
deuterostômios ancestrais seriam animais sedentários, providos de tentáculos, e que os estágios
larvais desses animais não tenham sofrido metamorfose, ocorrendo o desenvolvimento de
gônadas e capacidade reprodutiva (relembrar heterocronia e pedomorfose). Esse mesmo processo
se repetiria com larvas de tunicados para a formação de Cephalochordata e Vertebrata. Embora
essa hipótese seja a mais aceita, ainda precisa de mais evidências que confirmem a proximidade
entre cordados adultos e larvas ancestrais.
Os primeiros registros fósseis de vertebrados são de peixes ancestrais que datam de
aproximadamente 500ma, no período Cambriano. Esses vertebrados primitivos viviam,
provavelmente, em ambiente marinho, não possuíam mandíbula, por isso a denominação Agnatha
(do grego a, sem; gnathos, maxila), o formato circular da boca é o motivo pelo qual também são
chamados de Cyclostomata. Apresentavam placas ósseas e as nadadeiras não eram pares, o
esqueleto era cartilaginoso e as vértebras não eram totalmente formadas. Tinham hábito bentônico
e locomoção lenta.
Durante o Siluriano ocorreu diversificação dos agnatas e o aparecimento de outra classe de
vertebrados, os placodermas, primeiros a apresentar mandíbula e esqueletos ósseos.
O período Devoniano é conhecido como “A Era dos Peixes”, devido à ocorrência abundante
de registros fósseis desse grupo. Surgem os primeiros representantes da Classe Chondrichthyes,
embora fossem muito diferentes dos tubarões atuais. Supõe-se que os placodermas sejam os
ancestrais dos Chondrichthyes. A maioria das espécies de agnatas e placodermas não sobreviveu
à passagem do Devoniano para o Permiano. Os agnatas atuais são representados pelas lampreias
(Classe Cephalaspidomorphi, com 30 espécies) e feiticeiras ou peixes-bruxa (Classe Myxini, com
20 espécies).
Os tubarões, arraias e quimeras, representantes dos Chondrichthyes atuais, surgiram
durante uma radiação ocorrida no Jurássico e Cretáceo.
Ainda se discute sobre o ancestral dos peixes ósseos verdadeiros, a classe Osteichtyes.
Esta classe é dividida em duas subclasses: Sarcopterygii (nadadeiras lobadas) e Actinopterygii
(nadadeiras raiadas).
Sarcopterygii possui duas ordens, Crossopterygii e Dipnoi. Os registros fósseis do
Devoniano apontam os Crossopterygii como sendo os ancestrais dos primeiros anfíbios.
Atualmente existe apenas um gênero Latimeria, com duas espécies. Dado como extinto, foi
redescoberto em 1938, quando Marjorie Courtenay-Latimer encontrou um exemplar em um barco
pesqueiro.
Na ordem Dipnoi estão as cinco espécies de peixes pulmonados, distribuídas na América
do Sul, África e Austrália. Esses peixes podem se locomover e respirar fora da água. A espécie
sul-americana é encontrada em nossa região, sobretudo no Pantanal, conhecida popularmente
como pirambóia.
A subclasse Actinopterygii é dividida em duas superordens: Chondrostei (esqueleto ósseo-
cartilaginoso), radiação no Permiano, tendo como exemplo atual o esturjão, e Neopterygii (Neo –
novo, pteryx –nadadeiras), inclui todos os peixes ósseos modernos, com duas ordens mais
primitivas Lepisosteiformes e Amiiliformes, e os Teleostei, mais modernos, com grande radiação
adaptativa no Jurássico.
Ainda existem lacunas a serem preenchidas, porém estudos moleculares, morfofisiológicos
e imunobioquímicos, além dos conhecimentos em biogeografia e paleontologia, entre outras áreas,
auxiliam a esclarecer as relações evolutivas deste importante grupo de seres vivos.
A figura 26.1, mostra uma representação gráfica da árvore genealógica dos peixes, você
pode montar sua própria árvore: busque figuras de representantes de cada grupo, isso facilita o
entendimento dos conteúdos. Outra opção é buscar árvores filogenéticas no site
http://tolweb.org/tree/phylogeny.html e comparar com a do livro, utilize o cladograma da figura 26.2.
Na página de abertura do capítulo 26 temos:
Filo Chordata
Classe Myxini
Classe Cephalaspidomorphi

Poderíamos completar essa classificação! E se começarmos pelos Domínios? Passando


pelo Filo e Subfilos, Superclasses e Classes. Poderíamos também colocar o significado de cada
“termo”, por exemplo: Filo Chordata (presença de notocorda). Isso facilita o entendimento além de
desmistificar as tão famosas “palavras complicadas” da Biologia. Tente! Pode ser uma boa
experiência.

Pisces – o maior grupo de vertebrados


De longe, os peixes são os mais abundantes vertebrados, tanto em número de indivíduos,
quanto em número de espécies, embora a maior parte das pessoas reconheça apenas a existência
de “peixes”, sem fazer distinções entre as espécies e o ambiente que cada uma delas ocupa. Veja
na página 481 a discussão sobre o termo “peixes”.
Esses ambientes são os mais variados, indo de águas muito frias até fontes termais; águas
marinhas, doce ou salobra. Existem espécies que vivem na superfície da água, outras na coluna
d’água, sobre o sedimentos bentônicos e muitas delas em regiões abissais, com grande pressão
atmosférica, o que dificulta estudo dessas formas de vida.
O tubarão-baleia é considerado o maior peixe, podendo medir em torno de 15 metros,
enquanto um dos menores é o Pandaka pygmea, com fêmeas de 1,5 cm e machos 1,1 cm. O
peixe-lua é um dos maiores entre os peixes ósseos, podendo chegar até 3m.

Tubarão-baleia: http://ciencia.hsw.uol.com.br/tubarao-baleia.htm Pandaka pygmea: http://dlsbros.com/201.html

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Peixe-lua: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1420059-EI8145,00.html

O ambiente, de uma forma geral, pode restringir o crescimento desses animais, a


temperatura mais elevadas permitem maior disponibilidade de alimentos e, consequentemente,
maior crescimento. As espécies de regiões temperadas praticamente param de crescer no inverno.
A figura 26.37 mostra o crescimento das escamas, como uma forma de estimar a idade do peixe.
Os hábitos alimentares são os mais variados, podendo ser herbívoros, carnívoros,
detritívoros, onívoros, parasitas, filtradores. As estratégias de obtenção de alimentos também são
variáveis entre as espécies e, geralmente, refletem o hábito alimentar, a morfologia e o ambiente
onde vivem.
É interessante que os alunos do ensino fundamental e médio possam, com base em
características morfológicas, relacionarem as novidades evolutivas com a conquista de novos
ambientes, como por exemplo, a mandíbula, a sustentação do corpo oferecida pelas vértebras
verdadeiras, disposição dos músculos em miômeros, entre outros. A falta de animais vivos, ou
mesmo fixados não é impedimento para a realização dessas atividades, pois com imagens de
livros, revistas ou mesmo Internet (as tecnologias de informação estão cada vez mais disponíveis
das escolas), os alunos podem alcançar o mesmo objetivo. Na página 482 há um quadro onde
encontramos as principais contribuições biológicas e suas consequências para o grupo dos
vertebrados.
Podemos aqui, retomar os conceitos sobre forma e função, estudados em módulos
anteriores e também aproveitar as informações que se iniciam na página 488 sobre forma e função
na Subclasse Elasmobranchii. Utilize os mesmos conceitos para as demais subclasses. Dessa
forma é possível uma comparação entre os peixes cartilaginosos e os peixes ósseos. Por quais
motivos os tubarões afundam quando param de nadar? Isso acontece com os outros peixes?
Encontramos arraias em água-doce, mas tubarões são ocasionais nestes ambientes. O que
permite a permanência das arraias e não dos tubarões? Esses são apenas alguns exemplos.
Questionamentos que levem o aluno a pensarem em diversas possibilidades, ao mesmo tempo em
que aplicam os conhecimentos teóricos sobre os diversos sistemas dos organismos, como
excretor, digestório, circulatório, respiratório, além das variáveis ambientais.
Utilizando os quadros nas páginas 485 e 486, é possível fazer uma comparação entre
lampreias e feiticeiras. As informações do texto, bem como curiosidades e figuras podem deixar as
informações sobre as características de cada classe mais atraentes aos alunos do ensino
fundamental e médio. Esses quadros com características de cada classe aparecem também para
Chondrichthyes (pág. 488), Actinopterygii (pág. 494) e Sarcopterygii (pág. 496), e a atividade pode
ser repetida com essas três classes.

Importância comercial e manutenção dos estoques


O peixe faz parte da alimentação humana desde os primórdios. Pinturas rupestres
demonstram que os peixes já faziam parte do cardápio no Paleolítico. Várias civilizações milenares
têm o peixe como bases de sua alimentação e em muitos casos estes possuem um grande
significado religioso, seja como parte em rituais orientais, seja como símbolo de uma religião, como
no início do cristianismo.
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Entretanto, o aumento da população mundial, aliado a diversos fatores sociais, como a
revolução industrial e o incremento de uma nova e grande parcela de consumidores, levou à pesca
em larga escala, causando grande impacto nas populações de organismos marinhos e de água-
doce.
Muito além da culinária, está a utilização de peixes como animais de estimação e até
mesmo como peças de colecionadores, na modalidade aquarismo, que movimenta um mercado
em expansão. Também podemos encontrar vários produtos naturais a base de óleos de peixe,
como o ômega 6.
Nas últimas décadas ocorreu aumento nas atividades de defesa ambiental, com entidades
governamentais e não governamentais voltadas à proteção de ambientes aquáticos. É necessário
divulgar os prejuízos da pesca predatória, mas também é preciso aumentar o conhecimento sobre
a biologia das espécies de peixes, por exemplo: onde vivem e como se alimentam, em que época
do ano e onde se reproduzem, se existe cuidado parental, qual o tamanho médio de um adulto e
quanto tempo leva para alcançá-lo, entre tantas outras informações.
Uma excelente fonte de pesquisa sobre peixes é o Fishbase, disponível em
www.fishbase.org, que contém informações como nome popular, nome científico, fotos, entre
tantas possibilidades. É possível selecionar o idioma Português (Brasil).

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