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Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto - SP
ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS
NAS
S ENZIMOPATIAS
Introdução
Cerca de 90% da energia para o metabolismo dos eritrócitos é produzida pela glicose anaeróbica
da via de Embden-Meyerhof,
Meyerhof, que produz adenosina trifosfato (ATP) em concentrações
necessárias para o seu funcionamento normal e da sua sobrevida. Há várias enzimopatias
enzim que
alteram o funcionamento normal dessa via metabólica, causando anemias hemolíticas de
intensidades diversas, e são denominadas em conjunto por anemias hemolíticas não
esferocíticas. A forma mais comum de anormalidade enzimática da via de Embden-Meyerhof
Embden é
a deficiência de piruvato quinase.
A via das pentoses é responsável pela glicólise aeróbica, que gera cerca de 10% de energia dos
eritrócitos. Essa via produz a nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato reduzida (NADPH)
que é necessário para a redução da glutationa oxidada (GSSG) em glutationa reduzida (GSH). A
GSH protege as outras enzimas eritrocitárias e as moléculas de hemoglobinas das oxidações. As
deficiências de enzimas nesta via desencadeia a peroxidação do hidrogênio, a desnaturação
oxidativa
dativa da hemoglobina, e hemólise (ver capítulo "Radicais
"Radicais Livres e Danos Eritrocitários").
Eritrocitários A
indução desse processo hemolítico é quase sempre resultante do estresse
estresse oxidativo por ingestão
de drogas oxidantes (ex.: sulfas) bem como de determinados alimentos potencialmente
oxidantes (ex.: fava). A enzimopatia mais comum da via das pentoses é a deficiência de glicose-
glicose
6-fosfato desidrogenase ou G--6-PD.
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ATP (energia):
Fosfoenol-piruvato Piruvato
Assim, a deficiência de piruvato quinase reduz a produção de ATP, que é necessária para
manter o funcionamento normal da bomba de sódio-potássio
sódio potássio da membrana do eritrócito. Nesta
situação, potássio
ssio e água são perdidos pela célula, resultando na distorção da sua forma, com
espículas (figura 1).
). Essas células lesadas perdem a capacidade de deformabilidade e são
destruídas prematuramente no baço causando anemia.
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Deficiência de G-6-PD
PD (Glicose-6-Fosfato-Desidrogenase)
(Glicose
A deficiência de G-6-PD
PD é a forma mais comum de enzimopatia associada com hemólise. A
doença se origina devido à herança de um dos genes que codifica a enzima G-
G-6-PD. O curso da
doença varia desde episódios de hemólises induzidos por drogas
drogas ou estresse oxidativo até
formas graves de anemia hemolítica. A deficiência de G-6-PD
G PD foi descoberta na década dos
anos 50 em alguns soldados negros que receberam droga anti-malária
anti malária (primaquina) e
desenvolveram anemia hemolítica.
A deficiência de G-6-PDD é ligado ao cromossomo X, e por isso o homem a expressa com maior
intensidade por serem sempre homozigotos. Na mulher, a expressão da doença também pode
ocorrer desde que os dois cromossomos estejam com genes afetados.
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