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Centro de Tecnologia - UFAL

Instituto de Pesquisas Hidráulicas - UFRGS


Grupo de Pesquisa em Ecotecnologia

MANUAL DO USUÁRIO

Data de Revisão: 11/07/2012

Aprovado por: Carlos Ruberto Fragoso Jr. Data: 11/07/2012

Este é o manual do usuário do modelo IPH-ECO com todas


as modificações incorporadas, desta forma não existe notas de
revisão. Este versão substitui todas as demais publicadas
anteriormente.
Este manual é de propriedade do Grupo de Pesquisa Ecotecnologia da UFRGS.
Ele não pode ser reproduzido no todo ou em parte ou divulgado sem
consentimento prévio por escrito do Grupo de Pesquisa Ecotecnologia.
A cópia oficial controlada deste manual é visível a todos os usuários
autorizados. Todas as cópias impressas, eletrônicas e versões, exceto a descrita
acima, são consideradas cópias não controladas utilizadas apenas para
referência.

Centro de Tecnologia - CTEC


Universidade Federal de Alagoas - UFAL
Campus A.C. Simões
Av. Lourival Melo Mota, s/n
Cidade Universitária
Maceió - AL - Brasil
CEP: 57072-900
https://sites.google.com/site/iphecomodelpt
Grupo de Pesquisa Ecotecnologia
O Grupo de Pesquisa Ecotecnologia realiza o desenvolvimento de
tecnologias simples e baratas, baseadas em princípios básicos de
funcionamento de ecossistemas permitindo a sua inserção no contexto de um
desenvolvimento mais equilibrado. O desenvolvimento de sistemas construídos
em associação com o estudo de sistemas naturais fornece a base para o
entendimento da estrutura, funções e funcionamento tanto dos sistemas
naturais quanto dos construídos. Assim é possível controlar fontes pontuais e
fontes difusas de poluição bem como um diagnóstico e prognóstico mais
adequado dos sistemas naturais. Procura-se com estas tecnologias e
conhecimento da ecologia funcional destes sistemas naturais fornecer meios de
controle da qualidade de águas e conservação de sistemas a serem utilizados
nos planos de gestão de bacias hidrográficas. Estruturas, funções e processos
são elementos fundamentais que caracterizam ecossistemas aquáticos. Estes
elementos possuem variações no espaço e tempo, geram padrões, e dão a
linha de base que caracteriza estes sistemas. O conhecimento e modelagem de
padrões permitem separar comportamentos "naturais" e desvios devido a ações
antrópicas. Este conhecimento implica definitivamente em uma análise de longa
duração a qual fornece elementos robustos para gestão de ecossistemas
aquáticos e recursos hídricos, com uma aplicação dos diplomas legais baseada
em conhecimento e não aproximações.

Membros do Grupo (Modelagem Ecológica):


David M. L. da Motta Marques (Líder do grupo)

Carlos Ruberto Fragoso Jr.

Fábio Farias Pereira

José Rafael de Albuquerque Cavalcanti

Juan Martin Bravo

Mino Viana Sorribas

Rafael Siqueira Souza

Walter Collischonn
Sumário
1. Introdução ............................................................................................... 1
Apresentação do Modelo IPH-ECO ............................................................. 1
Capacidades do Modelo IPH-ECO............................................................... 1
Documentação do Modelo IPH-ECO ........................................................... 5
Partes deste Manual ................................................................................. 5
2. Instalando e desinstalando o Modelo ......................................................... 7
Configurações mínimas recomendadas....................................................... 7
Pré-requisitos ........................................................................................... 7
Instalação do modelo ............................................................................... 8
Desinstalação do modelo ........................................................................ 11
Suporte e Acompanhamento ................................................................... 11
3. Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO .......................... 12
Tipos de arquivos ................................................................................... 12
O arquivo de geometria .......................................................................... 16
O arquivo de parâmetros/preferências ..................................................... 18
O arquivo de condições de contorno ........................................................ 19
O arquivo de projeto............................................................................... 20
O arquivo de saída gráfica ...................................................................... 21
4. Criando e trabalhando com projetos ........................................................ 22
Criando um novo projeto ........................................................................ 22
Abrindo um projeto ................................................................................ 23
Salvando um projeto .............................................................................. 25
Propriedades do projeto .......................................................................... 25
Saindo do projeto ................................................................................... 26
5. Criando o arquivo de geometria e de condição de contorno ...................... 27
6. Configurando sua simulação .................................................................... 32
Configurando as opções de simulação...................................................... 32
Escolhendo as preferências de simulação ................................................. 34
Escolhendo os parâmetros para simulação ............................................... 35
Ajustando as condições iniciais ................................................................ 37
Definindo as saídas do modelo ................................................................ 37
7. Definindo as condições de contorno e variáveis meteorológicas ................. 42
Definindo arquivos de condições de contorno ........................................... 42
Definindo variáveis meteorológicas/ambientais ......................................... 50
8. Simulando e visualizando os resultados .................................................... 53
Simulando um projeto montado .............................................................. 53
Visualizando séries temporais .................................................................. 56
9. Menu GLEON e menu HELP ..................................................................... 61
Apêndice A: Visualizando os arquivos de entrada gerados ............................. 63
Apêndice B: Entendendo as variáveis do modelo .......................................... 64
Cap. 1 - Introdução

1. Introdução

Apresentação do Modelo IPH-ECO

O modelo IPH-ECO é um modelo dinâmico tridimensional desenvolvido


para ecossistemas aquáticos, como lagos, reservatórios e estuários. O modelo
se baseia em diversas equações diferenciais divididas em três módulos: (a) um
módulo hidrodinâmico detalhado, descrevendo fluxos quantitativos e nível
d’água; (b) um módulo de nutrientes, que descreve os mecanismos de
transporte dos nutrientes; e (c) um módulo biológico, que descreve todas as
interações na cadeia trófica aquática. As equações diferenciais são resolvidas
numericamente pela aplicação de um método semi-implícito, baseado em
diferenças finitas, em uma grade estruturada. Mais detalhes sobre a estrutura
conceitual do modelo podem ser encontrados no Manual Científico do modelo.

Capacidades do Modelo IPH-ECO

O modelo IPH-ECO é capaz de simular o comportamento hidrodinâmico


e/ou de qualidade da água de ambientes aquáticos continentais, como lagos,
reservatórios e estuários em até três dimensões. A seguir, serão descritas as
principais capacidades deste modelo.

Interface para usuários


Considerando a estrutura conceitual extensa do modelo IPH-ECO é
importante pensar como controlar a complexidade em função da grande
quantidade de parâmetros. Uma forma efetiva de controlar a complexidade de
uma determinada simulação é permitir flexibilidade na elaboração de projetos
do modelo (customização da estrutura conceitual), permitindo mudar entre os
diferentes modos de complexidade através de sua interface gráfica que foi
desenvolvida para ambiente Windows OS. A interface gráfica foi desenvolvida
em linguagem Visual Basic, que é uma linguagem de programação baseada em
eventos com um ambiente de desenvolvimento integrado para seus
componentes, chamados de Component Object Models, que facilita o
desenvolvimento de interfaces, sobretudo em aplicações em Windows. Como o
modelo numérico foi implementado em linguagem FORTRAN, a interface gráfica
foi conectada por meio de um executável.
A interface gráfica foi organizada em três diferentes partes (Figura 1.1):
(a) seções inicial e final da interface gráfica; (b) módulos de simulação e (c)
ferramentas adicionais. Na elaboração de um projeto o usuário segue um
caminho lógico na interface gráfica:
1. os dados de entrada são definidos (condições de contorno e condições
iniciais, parâmetros, dimensões, aproximação numérica e etc.);
2. o tipo de simulação é definido (hidrodinâmica, qualidade da água ou
ambos)

1
Cap. 1 - Introdução

3. a simulação é realizada;
4. opcionalmente, as ferramentas especiais de análises1 podem ser
utilizadas (ex. modelagem de bacia de contribuição, calibração automática dos
parâmetros e análise de sensibilidade).
Desta forma, existem diferentes formas de simulação e de investigar os
resultados. Ferramentas de análises e diversas ferramentas de visualização
também ajudam a controlar a complexidade e analisar os resultados.

Figura 1.1 Diagrama esquemático da interface gráfica do modelo IPH-ECO. As


ferramentas adicionais não estão disponíveis na versão 1.0 da interface gráfica

1
As ferramentas adicionais não estão disponíveis na versão 1.0 da interface gráfica do modelo
IPH-ECO

2
Cap. 1 - Introdução

Componentes de análises
O modelo permite a utilização de seus módulos (hidrodinâmico e
qualidade da água) de maneira isolada ou conjunta. Esta flexibilidade permite o
usuário aumente ou reduza a complexidade em suas simulações.
Módulo Hidrodinâmico: Este módulo é capaz de simular a elevação do
nível d’água, o campo de velocidades e a temperatura da água resultante de
misturas no ambiente, considerando a variabilidade no espaço e no tempo. Este
módulo também permite a inclusão de vazões afluentes (por exemplo,
pequenos canais, rios e bacia de contribuição) e vazões efluentes (ex. retirada
para irrigação de áreas próximas), assim como variações de nível no contorno
do domínio (ex. efeito de maré). Além disso, o modelo permite levar em conta
o balanço hidrológico vertical entre precipitação e evaporação sobre o corpo
hídrico. Desta forma, o nível da água e as velocidades são avaliados a partir
composição de efeitos, levando em conta fatores ambientais (precipitação e
evaporação), fatores externos (vazões afluentes e efluentes) e fatores internos
(efeito do vento na mistura, variabilidade da densidade da água, etc).
O procedimento computacional utilizado é a resolução das equações
hidrodinâmica em três dimensões, derivada das equações de Navier-Stokes e
da equação da conservação da massa, com a idealização de que a pressão é
hidrostática. O modelo incorpora a perda de energia por fricção no fundo e a
tensão de cisalhamento causada pelo vento na superfície da água. A
temperatura é modelada a partir da aplicação da primeira lei da termodinâmica
para um fluido incompressível, a qual define que a variação de energia interna
no sistema é igual à resultante dos fluxos de calor no contorno do sistema.
O módulo hidrodinâmico do modelo IPH-ECO inicialmente foi idealizado
para lagos tropicais e subtropicais. Entretanto, as idealizações utilizadas na
resolução de suas equações hidrodinâmicas e os métodos utilizados para este
fim, permitem a aplicação do modelo também em outros ambientes aquáticos
(reservatório e estuários, por exemplo) com precisão igual ou similar.
Módulo de Qualidade da Água: Este módulo permite que o usuário avalie
a dinâmica da qualidade da água (variáveis químicas e biológicas -
representando os ciclos biogeoquímicos). Este módulo possui uma divisão entre
coluna d’água e sedimento, permitindo a avaliação do comportamento
biogeoquímico destes dois ambientes de forma separada. O módulo abiótico
descreve o ciclo geral fechado (exceto para fluxos externos e processos de
perda permanente como desnitrificação) para os nutrientes nitrogênio, fósforo e
sílica. Desta forma, a razão nutrientes/peso seco não são constantes no espaço
e no tempo e aumenta a medida o nível trófico cresce. Mecanismos foram
incluídos no modelo para que esta diferenciação seja realizada. Além disso, o
modelo pode avaliar o montante de matéria orgânica e inorgânica, assim como
as porções de detritos na água e no sedimento. A biota pode ser modelada
como grupos funcionais. Além dos fluxos de massa (ex. preferência por
alimentos, relações tróficas, etc) o modelo também contém algumas relações
empíricas que representam alguns efeitos indiretos entre duas comunidades

3
Cap. 1 - Introdução

aquáticas como, por exemplo, os impactos de peixes e macrófitas aquáticas na


resuspensão de sedimentos e nutrientes.
O equacionamento da maioria dos elementos na água deste módulo,
utiliza a equação geral de difusão-advecção para o transporte, alterando-se
apenas o termo fonte (também chamado termo de perdas e de ganhos). Este
termo é dinamicamente atualizado para cada elemento e em cada intervalo de
tempo durante o período de simulação.
Como comentado anteriormente, a utilização dos módulos de maneira
separada ou conjunta permite aumentar ou reduzir complexidade da simulação.
A utilização do módulo de qualidade da água em regime permanente
(desativando a hidrodinâmica) auxilia para a avaliação de interações tróficas
entre, por exemplo, fitoplâncton e macrófitas aquáticas. A utilização dos
módulos hidrodinâmicos e de qualidade da água, em conjunto, permite o
usuário descrever o sistema com toda sua dinâmica de maneira aproximada.

Armazenamento e utilização de informações


Os arquivos de entrada e saída utilizados do modelo IPH-ECO são em
formato ASCII (“American Standard for Computer Information Interchange”),
com exceção dos arquivos binários de mapas associados ao programa Array
Visualizer (saída do modelo) e ao IDRISI (entrada do modelo). Os arquivos de
entrada são utilizados para criação do projeto e definição da simulação, onde
são lidos os dados de geometria, condições de contorno, séries meteorológicas
e preferências de simulação. Os arquivos de saídas de séries temporais e
mapas são salvos e podem ser visualizados com a utilização de softwares
diversos de leitura de arquivos em formato ASCII (ex. Excel, Word, Notepad,
Wordpad), para as séries temporais, e em formato binário, para os mapas.
A interface do modelo IPH-ECO cria pastas próprias para cada categoria
de arquivo, seja ele de entrada ou de saída (ver Apêndice A). Isto permite que
o usuário altere ou utilize os arquivos em outras aplicações.

Resultados gráficos e séries temporais


A interface também possui uma saída visual, onde os resultados podem
ser observados e avaliados. As saídas do modelo IPH-ECO pode ser em formato
de tabelas ou figuras. As tabelas estão em formato padrão (ASCII) que podem
ser visualizadas através da interface do modelo. A interface ainda permite o
armazenamento dos resultados em formato de gráfico. A visualização de mapas
pelo modelo é possível apenas em duas dimensões (X e Y). Os arquivos de
saída ficam disponíveis e podem ser pós-processados em diversos softwares.
No site do modelo IPH-ECO é possível encontrar algumas rotinas desenvolvidas
em MATLAB para visualização de séries temporais, de mapas e geração de
filmes.

4
Cap. 1 - Introdução

Documentação do Modelo IPH-ECO

O modelo IPH-ECO possui diversos documentos e materiais de apoio.


Cada documento tem como objetivo auxiliar o usuário na utilização do modelo e
alguns aspectos particulares do sistema modelado. A documentação pode ser
dividida em três categorias diferentes, conforme Tabela 1.1.

Tabela 1.1 Documentação do modelo IPH-ECO

Documento Descrição
Este manual é um guia para a utilização do IPH-ECO através
de sua interface gráfica. O manual apresenta uma introdução
básica do modelo e uma visão geral do sistema de
Manual do Usuário modelagem, instruções de instalação, como iniciar um
projeto, entrando e editando arquivos de geometria, detalhes
sobre os principais componentes da modelagem e como
visualizar e pós-processar os dados de saída.
Este manual descreve a teoria de toda estrutura conceitual do
modelo IPH-ECO. Equações são apresentadas assim como as
idealizações utilizadas em suas deduções. Os métodos
Manual Científico
numéricos utilizados pelo modelo também são mostrados.
Também são descritos os parâmetros do modelo, assim como
as diretrizes sobre diferentes abordagens de modelagem.
Este documento contém uma série de exemplos que
demonstram algumas aplicações do IPH-ECO. Cada exemplo
Tutorial de
consiste de uma definição do problema, dados de entrada
Aplicações
necessários, apresentação das saídas do modelo e discussão
sobre alguns aspectos da modelagem.

Partes deste Manual

O Manual do Usuário descreve a utilização do modelo IPH-ECO por meio


de sua interface gráfica. Este manual foi organizado da seguinte forma:
 Capítulo 1 – Introdução
Este capítulo comenta de forma geral o modelo IPH-ECO, dando ênfase
na capacidade representativa do modelo, mostrando uma visão geral da
interface gráfica e a documentação existente sobre o modelo.
 Capítulo 2 – Instalando e desinstalando o modelo
Este capítulo demonstra as configurações mínimas necessárias para a
instalação do modelo, os programas pré-requisitos que devem estar instalados,
como instalar e como desinstalar o modelo IPH-ECO.
 Capítulo 3 – Entendendo os arquivos de entrada do modelo
Este capítulo apresenta como montar os arquivos de entrada do modelo
e os diferentes tipos de arquivo que o modelo utiliza.

5
Cap. 1 - Introdução

 Capítulo 4 – Criando e trabalhando com projetos


Este capítulo demonstra o passo-a-passo para inicialização da simulação.
Como trabalhar com um projeto novo ou já existente.
 Capítulo 5 – Definindo o arquivo de geometria e de condição de contorno
Este capítulo descreve como o usuário pode definir o arquivo de
geometria e seu arquivo de condição de contorno associado.
 Capítulo 6 – Configurando sua simulação
Neste capítulo o usuário aprende a configurar sua simulação. Definição
do tempo de simulação, variáveis de decisão, parâmetros e condições iniciais
são alguns dos tópicos explorados.
 Capítulo 7 – Definição das condições de contorno e das variáveis
meteorológicas/ambientais
Neste capítulo o usuário aprende a definir um ou mais arquivos de
condições de contorno e variáveis meteorológicas/ambientais.
 Capítulo 8 – Visualizando os resultados
Este capítulo apresenta os dados de saída, como visualizá-los e de quais
formas a interface permite trabalhar as saídas.

6
Cap. 2 - Instalando e desinstalando o Modelo

2. Instalando e desinstalando o Modelo

Configurações mínimas recomendadas

Nome do software: Modelo IPH-ECO

Desenvolvido por: Grupo de Pesquisa Ecotecnologia

Página na internet: https://sites.google.com/site/iphecomodelpt/

Requerimentos mínimos do sistema:

 Processador Intel ou similar (Pentium III ou superior recomendado);


 Disco rígido com pelo menos 60 megabytes de espaço (100 MB
recomendados);
 Drive de CD (CD-R, CD-RW, DVD). Desnecessário caso seja feito download.
 Pelo menos 512 MB de memória RAM;
 MS Windows 95 ou superior.

Linguagem de programação: Visual Basic e Intel Visual Fortran

Tamanho: Aproximadamente 10.0 MB

Disponibilidade: Livre para utilização para fins não comerciais e educacionais.

Pré-requisitos

Para utilizar o modelo IPH-ECO o usuário precisa primeiramente baixar e


instalar alguns programas auxiliares, chamados de pré-requisitos. Os pré-
requisitos são um conjunto de programas que a interface gráfica utiliza para
visualizar as saídas do modelo, tais como séries temporais, perfis verticais e
mapas. É recomendado que a instalação dos programas pré-requisitos siga a
seguinte ordem:
 Python 2.6.4;
 NumPy 1.4;
 IPython 0.1;
 MatPlotLib 0.99;
 Array Visualizer 3.3 (32 bit);
Estes programas encontram-se disponíveis para download através da
página do modelo na internet.

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Cap. 2 - Instalando e desinstalando o Modelo

Instalação do modelo

A instalação do modelo IPH-ECO é realizada a partir da execução do


pacote de instalação do modelo, denominado "Setup.msi". Para instalar o
modelo no disco rígido do seu computador, siga as seguintes instruções:
 Baixe o programa e seus pré-requisitos a partir da página do modelo na
internet;
 Instale os pré-requisitos, respeitando a ordem de instalação (ver seção
anterior);
 Execute o arquivo "Setup.msi";
 Siga as instruções que aparecerão na tela de acordo com a seguinte ordem
de aparência:

Figura 1.2 Tela de boas vindas da instalação do modelo IPH-ECO

8
Cap. 2 - Instalando e desinstalando o Modelo

Figura 1.3 Selecione a pasta de instalação. Por padrão, a pasta de instalação será
C:\Program Files\IPH-ECO. Para que a instalação possa ser compartilhada para
todos os usuários do computador selecione "Everone", caso contrário selecione
"Just me"

Figura 1.4 Tela de confirmação de instalação do modelo

9
Cap. 2 - Instalando e desinstalando o Modelo

Figura 1.5 Tela de instalação do modelo. Uma barra mostrará o progresso da


instalação

Figura 1.6 Tela mostrando que a instalação foi finalizada. Um atalho do modelo será
instalado no Menu "Programas"

 O programa automaticamente cria um grupo chamado IPH-ECO, situado da


pasta de instalação "[pasta de instalação]\IPH-ECO". O executável do
modelo IPH-ECO pode ser acessado através do menu "Programas" do
Windows ou pela pasta de instalação "[pasta de instalação]\IPH-ECO\IPH-
ECO.exe ".

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Cap. 2 - Instalando e desinstalando o Modelo

Desinstalação do modelo

Para desinstalar o modelo, basta ir na pasta criada no menu “Programas”


do Windows e executar a opção "Uninstall". Aparecerá uma tela para
confirmação da desinstalação. Pressione a opção "Sim" para desinstalar do
modelo IPH-ECO do seu computador.

Suporte e acompanhamento

A partir da página eletrônica do modelo


(https://sites.google.com/site/iphecomodelpt/) é possível acessar o Fórum de
discussão (uma das abas do site). Neste espaço os usuários do modelo IPH-
ECO podem se expressar e tirar suas dúvidas em contato direto com os
desenvolvedores, programadores e outros usuários do modelo. É sempre bem-
vindo críticas e sugestões para aprimorar o modelo e sua interface gráfica.

11
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

3. Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

Este capítulo apresenta os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO


necessários para uma simulação, com o propósito de tornar o usuário apto a
reconhecer e criar seus próprios arquivos de entrada.

Tipos de arquivos

O modelo IPH-ECO trabalha com arquivos de entrada em formato ASCII,


ou seja, possuem apenas caracteres que representam letras, números e outros
símbolos legíveis, segundo um padrão universalmente aceito. Arquivos deste
tipo podem ser lidos e manipulados diretamente pelo usuário através de
programas editores de texto de uso geral. Todos os arquivos de entrada do
modelo IPH-ECO possuem extensão própria e foram distribuídos em três
categorias (de acordo com a Tabela 3.1), facilitando o reconhecimento e
localização dos arquivos desejados.
Os arquivos da categoria "Condições de Contorno" e "Séries
Meteorológicas" devem possuir na primeira linha a identificação da variável (um
texto), na segunda linha o tipo de arquivo que será lido pelo modelo e a partir
da terceira linha a série histórica. O arquivo de entrada possui duas formas (ou
tipos). Arquivos de entrada do tipo dois (2) são aqueles onde o valor da
variável em toda a série histórica é constante (Figura 3.1). Neste tipo de
arquivo entrada, apenas o valor presente na terceira linha será lido e atribuído
para toda a série histórica da variável. Apesar da simplicidade, informações
importantes como data e intervalo temporal entre medições não serão levadas
em conta durante o período de simulação para arquivos tipo dois. Arquivos de
entrada do tipo um (1) apresentam, a partir da terceira linha, informações de
data, hora e o valor da variável (Figura 3.2). A formatação das linhas que
contêm informações de data, hora e valor, devem apresentar a seguinte
ordenação:

formato da linha: mm/dd/aaaa hh:mm:ss value

data horário valor


registrado

onde mm é o mês com dois dígitos, dd é dia com dois dígitos, aaaa é o ano
com quatro dígitos, hh é a hora com dois dígitos, mm são os minutos com dois
dígitos, ss são os segundos com dois dígitos e value é o valor da variável
registrada. As informações referentes aos campos "data" e "horário" são
separadas pelos símbolos barra (/) e dois pontos (:), respectivamente. Os
campos "data" (mm/dd/aaaa) e "horário" (hh:mm:ss) também deverão
obrigatoriamente ser separados por um espaço em branco. Já os campos

12
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

"horário" (hh:mm:ss) e "valor registrado" (value) deverão ser separados por


no mínimo um espaço em branco. O campo "valor registrado" (value) deverá
conter um número inteiro ou real com até 3 (três) casas decimais. Por padrão,
o modelo IPH-ECO utiliza o símbolo ponto (.) como separador decimal de
números reais nos arquivos de entrada.

Atenção: use o símbolo ponto (.) como separador decimal de


números reais nos arquivos de entrada. Recomenda-se também
configurar o separador decimal do Windows (opções regionais)
para ponto ao invés de vírgula.

Exemplos de números reais válidos nos arquivos de entrada:


(a) 2.1
(b) -9.53
(c) 29.975

Dentre os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO, o arquivo de vento


apresenta formação diferente dos demais (Figura 3.3), seguindo o formato
abaixo:

formato da linha: mm/dd/aaaa hh:mm:ss valuex valuey

data horário valor x valor y


registrado registrado

onde mm é o mês com dois dígitos, dd é dia com dois dígitos, aaaa é o ano
com quatro dígitos, hh é a hora com dois dígitos, mm são os minutos com dois
dígitos, ss são os segundos com dois dígitos, valuex e valuey são as
componentes de velocidade do vento nas direções x e y, respectivamente.
Assim, no caso de arquivos de vento duas entradas são necessárias, as
velocidades ao longo do eixo X (valuex) e ao longo do eixo Y (valuey). Esta
formatação é necessária tanto para arquivos de tipo 1 quanto para arquivos de
tipo 2. Os campos "valor x registrado" (hh:mm:ss) e "valor y registrado"
(value) deverão conter 9 (nove) espaçamentos.
Os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO podem ter quaisquer
intervalos de tempo, desde segundos a dias. O modelo é capaz de interpolar
linearmente os dados registrados dentro do passo de tempo adotado, com
exceção para os dados de precipitação e evaporação. Para o arquivo de
radiação solar, o modelo pode distribuir um dado diário do arquivo de entrada
ao longo do dia caso o passo de tempo seja menor do que um dia, evitando,
assim, a ocorrência de valores de radiação em períodos noturnos.

13
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

Os outros arquivos referentes a condição de contorno, geometria do


sistema, parâmetros, preferência de simulação, projeto e o arquivo de saída são
apresentados em detalhes na sequência.
Tabela 3.1 Extensão dos arquivos de entrada do modelo IPH-ECO
Tipo de Arquivo Extensão Unidades

Condições de Contorno
Vazão de entrada .vzi (m³/s)

Vazão de saída .vzo (m³/s)

Nível d’água .nvl (m)

Matéria Inorgânica .mig (mg/L)

Detritos .det (mg/L)

Ortofosfato (PO4) .po4 (mg/L)

Adsorção de Fósforo .pad (mg/L)

Amônia (NH4) .nh4 (mg/L)

Nitrato (NO3) .no3 (mg/L)

Sílica .sil (mg/L)

Oxigênio Dissolvido .oxd (mg/L)

Demanda Bioquímica de Oxigênio .dbo (mg/L)

Temperatura da Água .tem (°C)

Séries Meteorológicas

Evaporação .evp (mm/dia)

Precipitação .prc (mm/dia)

Radiação .rad (W/m²)

Temperatura do Ar .air (°C)

Umidade .pru (%)

Vento .vnt (m/s)

Outros

Condições de Contorno .con

Geometria .geo

Arquivo de Parâmetros e Preferências .ini

Arquivo de Projeto .prj

Frame de Saída .H5

14
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

Figura 3.1 Exemplo de formatação de arquivo tipo 2

Figura 3.2 Exemplo de formatação de arquivo tipo 1

Figura 3.3 Exemplo de formatação de arquivos de vento (duas colunas)

Atenção: os valores do arquivo de vazão de saída devem ser


negativos (Figura 3.1 e 3.2), diferentemente dos valores de vazão
de entrada que devem ser positivos

15
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

O arquivo de geometria

O arquivo de geometria do modelo IPH-ECO contém informações físicas


sobre a área de estudo, tais como discretização, conectividade entre as células,
coordenadas espaciais, batimetria, rugosidade e coeficiente de redução do
vento. As primeiras cinco linhas do arquivo de geometria contêm informações
inerentes ao processo de discretização. As linhas seguintes contêm informações
gerais sobre cada célula dentro do sistema discretizado (Figura 3.4).

Figura 3.4 Formatação do arquivo de geometria do modelo IPH-ECO. O número de


linhas depende da quantidade de células computacionalmente ativas no domínio de
simulação

A primeira linha do arquivo informa o número de colunas do domínio


matricial (raster), seguido do número de linhas na segunda linha. Na terceira
linha é apresentado o número de células computacionalmente ativas1 e nas
linhas quatro e cinco o tamanho da célula nas dimensões X e Y,
respectivamente. Nas linhas seguintes, o arquivo apresenta informações
particulares de cada célula. Estas informações são apresentadas em quatorze
(14) colunas, as quais estão descritas na Tabela 3.2.
O arquivo de geometria pode ser gerado a partir da interface gráfica do
modelo (o Capítulo 5 apresenta os procedimentos necessários). Entretanto,
para criá-lo o usuário deve possuir os mapas de batimetria, coeficiente de
Chezy, coeficiente de redução do vento, localização de banhados e localização
da região de interesse. Estes arquivos, devem ser criados na fase de pré-
processamento. Os softwares e ferramentas de geoprocessamento que podem
ser utilizados para criação destes mapas são descritos no Manual de Aplicação
do modelo IPH-ECO.

1
Células computacionalmente ativas são as células dentro de um domínio matricial (n x m) que
efetivamente serão utilizadas para computar a solução hidrodinâmica e de qualidade da água.
As demais células não serão utilizadas no processo de cálculo.

16
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

Tabela 3.2 Descrição das colunas do arquivo de geometria do modelo

Coluna Representação
número da célula – Geralmente o código
reconhece a primeira célula como sendo a
célula mais ao noroeste do domínio. A
1 varredura da região de interesse para a
numeração das células seguintes segue
da esquerda para a direita e de cima para
baixo
índice matricial j da célula – representa o
2
número da coluna na matriz espacial
índice matricial i da célula – representa o
3
número da linha na matriz espacial
Célula vizinha ao norte1 – Aponta o
4 número da célula que faz fronteira ao
norte
Célula vizinha ao leste – Aponta o número
5
da célula faz fronteira ao leste
Célula vizinha ao sul – Aponta o número
6
da célula faz fronteira ao sul
Célula vizinha ao oeste – Aponta o
7
número da célula faz fronteira ao oeste
Coordenada X UTM georreferenciada da
8
célula
Coordenada Y UTM georreferenciada da
9
célula
10 Rugosidade de Chezy da célula
11 Profundidade (batimetria) da célula
12 Coeficiente de redução do vento da célula
Indica se a célula é um banhado ou não.
13 Se for igual a 0, a célula não é banhado.
Se for igual a 1, a célula é banhado
Indica o tipo da célula. Se for igual a 1, a
14 célula não é de margem (célula interna),
se for igual a 2, a célula é de margem

1
Se o valor for igual a 0 (zero) significa que a célula faz fronteira com a margem nesta face. Se
for igual a -1 (menos um), indica que existe uma condição de contorno de vazão de entrada na
face desta célula. Se for igual a -2 (menos dois), indica que existe uma condição de contorno
de vazão de saída na face desta célula. Tal codificação também vale para as colunas 5, 6 e 7 do
arquivo geometria

17
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

O arquivo de parâmetros/preferências

O arquivo de parâmetros/preferências configura a simulação. Este


arquivo é formado por linhas, onde cada linha é reconhecida pelo código e as
preferências são definidas (Figura 3.5). A primeira linha é uma descrição do
arquivo, sendo recomendado que ela não seja alterada pelo usuário. As linhas
que se encontram entre chaves, { }, representam um texto da categoria do
parâmetro. O modelo lê cada parâmetro a partir de uma varredura deste
arquivo, reconhecendo o texto do parâmetro, o sinal de igualdade e o valor do
parâmetro. Desta forma, é muito importante não modificar o texto com o nome
da variável, o sinal de igualdade e os espaçamentos entre as informações, uma
vez que a leitura deste arquivo pelo código tem formato fixo. Sem o uso da
interface gráfica do modelo, recomenda-se apenas a modificação dos valores
dos parâmetros ou da preferência de simulação através da edição direta deste
arquivo.

Figura 3.5 Arquivo de parâmetros e preferências do modelo IPH-ECO.

A montagem do arquivo de parâmetros/preferências pode ser feita


inteiramente pela interface gráfica. O Capítulo 5 apresenta como o usuário pode
editar este arquivo através da interface gráfica.

18
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

O arquivo matriz de condições de contorno

O arquivo matriz de condições de contorno do modelo IPH-ECO é


composto por 13 (treze) colunas (Figura 3.6). Cada coluna representa uma
variável de condição de contorno que se deseja adicionar ao sistema e cada
linha representa uma célula da região de interesse.

Figura 3.6 Formatação do arquivo de condições de contorno. O número de linhas


depende da quantidade de células computacionalmente ativas no domínio de
simulação

É possível atribuir as seguintes condições de contorno pela interface:


vazão de entrada, vazão de saída, nível d’água, matéria inorgânica, detritos,
ortofosfato, adsorção de fósforo, amônia, nitrato, sílica, oxigênio dissolvido,
demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e temperatura da água. A ordenação
das variáveis por coluna do arquivo matriz condição de contorno é apresentado
na Tabela 3.3.

Tabela 3.3 Ordenação das variáveis por coluna do arquivo matriz condições de
contorno

Coluna Variável da condição de


contorno
1 Vazão de saída
2 Nível d’água
3 Matéria inorgânica
4 Detritos
5 Ortofosfato
6 Adsorção de fósforo
7 Amônia
8 Nitrato
9 Sílica
10 Oxigênio Dissolvido
11 DBO
12 Temperatura da água
13 Vazão de entrada

19
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

O usuário deve informar o nome do arquivo de uma determinada


variável e colocar este nome na sua respectiva coluna no arquivo matriz de
condições de contorno (Figura 3.7). Desta forma, o modelo é capaz de ler este
arquivo e interpolar o mesmo para cada passo de tempo utilizado na simulação.

Figura 3.7 Exemplo de uma condição de contorno de vazão de entrada na célula


número 3 (três). Observe que o nome do arquivo (com sua extensão) foi colocado
na coluna 13 (treze) do arquivo matriz de condições de contorno, conforme
ordenação apresentada na Tabela 3.3. O caminho do arquivo será apresentado no
Capítulo 4

O arquivo matriz de condições de contorno pode ser criando e editado a


partir da interface gráfica do modelo. A criação e edição deste arquivo será
apresentada nos capítulos 5 e 7, respectivamente.

O arquivo de projeto

O arquivo de projeto guarda informações sobre o projeto e dos nomes


dos arquivos principais necessários para a simulação (Figura 3.8). Neste arquivo
se encontram o nome do projeto, a descrição geral do projeto, o tipo de grade
(nesta versão, é possível utilizar apenas a grade estruturada), o nome do
arquivo de geometria, o nome do arquivo de condições de contorno, as células
selecionadas para visualização das séries temporais e o arquivo de
parâmetros/preferências. Neste arquivo também existe a opção de configurar
conexões com o servidor remoto do GLEON (Global Lake Ecological Observatory
Network), permitindo os usuários cadastrados utilizar o banco de dados do
grupo de pesquisa GLEON.

Figura 3.8 Arquivo de projeto do modelo IPH-ECO

20
Cap. 3 - Entendendo os arquivos de entrada do modelo IPH-ECO

O arquivo de saída gráfica

O arquivo de saída gráfica (frame de saída) é um arquivo com extensão


.H5 e pode ser lido através do programa Array Visualizer. É possível trabalhar
com estes arquivos para criação de filmes e mapas espaciais, utilizando rotinas
desenvolvidas em MATLAB que estão disponível no site do modelo. Uma
descrição resumida destas rotinas também pode ser encontrada no site.

21
Cap. 4 - Criando e trabalhando com projetos

4. Criando e trabalhando com projetos

Este capítulo apresenta uma descrição geral de como o usuário pode


criar e trabalhar com os projetos do modelo IPH-ECO através da interface
gráfica. Porém, antes de iniciar a criação de um novo projeto, o usuário deve se
familiarizar com o menu "View", que permite utilizar a barra de ferramentas e a
barra de status. A barra de ferramentas permite que o usuário utilize atalhos
para as principais funções da interface (Figura 4.1). As funções disponíveis na
barra de ferramenta são as seguintes: novo projeto (Figura 4.1a), abrir projeto
(Figura 4.1b), salvar projeto (Figura 4.1c), parâmetros de simulação (Figura
4.1d), gráfico de série temporal (Figura 4.1e), iniciar simulação (Figura 4.1f),
finalizar simulação (Figura 4.1g) e sair da interface gráfica (Figura 4.1h).

(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h)


Figura 4.1 Atalhos gráficos na barra de ferramentas

Criando um novo projeto

O primeiro passo para criação de um novo projeto é abrir o formulário de


criação de um novo projeto através do menu “File > New Project...” (Figura
4.2). Este formulário também pode ser acessado pelo atalho CTRL+N ou pela
barra de ferramentas (Figura 4.1a).
Assim, o formulário de criação de um novo projeto será aberto (Figura
4.3). Nesta nova janela, o usuário possui opções para criar um novo projeto,
sendo possível customizar o nome do projeto e o local onde o mesmo será
salvo. Por padrão, o novo projeto é salvo na pasta onde o modelo foi instalado
([Caminho de instalação do modelo]\Projects\). O usuário pode alterar a pasta
onde o projeto será criado e onde o trabalho será realizado através do menu
“File > Change work directory...”. Desta forma, um novo diretório de trabalho
pode ser definido.
Após definição do nome e caminho do projeto, pressione o botão
"Create" e, na sequência, um novo projeto será criado na pasta indicada. O
modelo então cria uma pasta (com o mesmo nome do projeto) contendo as
seguintes sub pastas: (a) "bound_con", pasta para receber os arquivos de
condições de contorno; (b) "color_pallete", pasta que contém arquivo(s) de
paleta de cores para a saída gráfica; (c) "geometry", pasta com o(s) arquivo(s)
de geometria do sistema; (d) "output", pasta para armazenar os arquivos de
saída; (e) "param", pasta que contém arquivo(s) de parâmetros/preferências; e
(f) "var_amb", pasta com os arquivos de entrada de meteorologia/ambientais.

22
Cap. 4 - Criando e trabalhando com projetos

Durante a criação do projeto, o modelo copia um arquivo de


parâmetros/preferência (ver Capítulo 3) na pasta "param", com todos os
valores padrões de simulação e dos parâmetros. Além disso, neste processo, o
modelo também cria um arquivo de paleta de cores que é copiado na sub pasta
"color_pallete" com o mesmo nome do projeto. As demais sub pastas ficarão
vazias após a criação de um novo projeto.

Figura 4.2 Opção para criar um novo projeto na interface a partir do menu “File”.
Este comando também pode ser acessado através da barra de ferramentas ou pela
tecla de atalho Ctrl+N

Figura 4.3 Formulário para criação de um novo projeto do modelo, com opções de
nome e indicação do caminho onde o novo projeto será salvo

Abrindo um projeto

Para abrir um projeto já existente, o usuário deve acessar o menu “File


> Open Project...” (Figura 4.4). Esta opção também pode ser acessada pelo

23
Cap. 4 - Criando e trabalhando com projetos

atalho CTRL+A, ou pela figura de uma pasta na barra de ferramentas (Figura


4.1b).

Figura 4.4 Opção para abrir um projeto já existente pela interface a partir do menu
“File”

Após acessar o menu, uma nova janela será aberta. Esta janela, por
padrão, estará no diretório de trabalho do modelo (na pasta “Projects” onde o
modelo foi instalado). Na sequência, basta localizar a pasta do projeto e abrir o
arquivo com terminação “.prj” (Figura 4.5).

Figura 4.5 Localização do arquivo de projeto do modelo IPH-ECO

24
Cap. 4 - Criando e trabalhando com projetos

Salvando um projeto

Para salvar um projeto em que esteja trabalhando, o usuário deve


acessar o menu “File > Save Project”. Além do acesso pelo menu “File”, existe
o atalho no teclado (CTRL+B) e o atalho pela barra de ferramentas (Figura
4.1c). O usuário também possui a opção de salvar o projeto com outro nome
através do menu “File > Save Project as...”. Além disto, o menu “File” ainda
possui opções de salvar o arquivo de parâmetros/preferências e visualizar as
propriedades do projeto (Figura 4.6). A edição do arquivo de
parâmetros/preferências será descrita no capítulo 5 deste manual.

Atenção: É importante salvar o projeto a cada passo realizado.


Dessa forma, cada alteração realizada fica gravada nos arquivos
utilizados pelo modelo.

Figura 4.6 Opção para salvar um projeto do modelo IPH-ECO utilizando o menu
“File”

Propriedades do projeto

As propriedades do projeto são acessadas a partir do menu “File ->


Properties”. Esta opção abre uma nova janela (Figura 4.7) onde o usuário pode
colocar uma descrição para o projeto e definir os arquivos de
parâmetros/preferências, de geometria e de matriz de condições de contorno.
Como pode ser observado, o projeto se encontra sem arquivos de geometria e
matriz de condições de contorno. O capítulo 6 apresenta como o usuário pode
criar estes arquivos.

25
Cap. 4 - Criando e trabalhando com projetos

Figura 4.7 Janela de opções de propriedades do projeto. Neste momento apenas o


arquivo de parâmetros/preferência existe na pasta "param" e nenhum arquivo de
geometria e condição de contorno foi localizado nas pasta "geometry" e
"bound_con", respectivamente

Saindo do projeto

Ao terminar seu projeto, o usuário pode salvar o mesmo e sair do


programa ou abrir um outro projeto e trabalhar normalmente. Para sair do
programa basta acessar o menu “File > Exit”. O modelo mostrará uma janela
confirmando se o usuário deseja salvar o projeto antes de sair do programa
(Figura 4.8).

Figura 4.8 Janela de confirmação de saída do programa. O usuário poderá salvar o


projeto antes de sair do programa

O usuário também possui a opção de abrir outro projeto existente, caso


deseje continuar a trabalhar no modelo IPH-ECO. Neste caso, a mesma janela
de confirmação irá aparecer, lembrando ao usuário de salvar as últimas
alterações no projeto em que estava trabalhando.

26
Cap. 5 – Construindo o arquivo de geometria

5. Definindo o arquivo de geometria e o arquivo matriz de


condições de contorno

Após a criação do projeto, o próximo passo é definir um arquivo de


geometria e seu respectivo arquivo matriz de condições de contorno1. Neste
ponto o usuário possui duas opções, importar um arquivo de geometria de
outro projeto existente ou criar um arquivo novo a partir de mapas rasters
gerados na fase de pré-processamento, utilizado um Sistema de Informação
Geográfica2. Para importar um arquivo de geometria de outro projeto, basta
acessar o menu “Input > Input geometry > Import structured grid file...”
(Figura 5.1). Uma janela se abrirá e o usuário poderá indicar o caminho para o
arquivo de geometria já existente (Figura 5.2).

Figura 5.1 Caminho para o usuário importar um arquivo de geometria de outro


projeto existente

O usuário também tem a opção de criar um novo arquivo de geometria a


partir de mapas. Neste caso, é necessário acessar o menu “Input > Input
geometry > Create a new structured grid file...” (Figura 5.3) e optar criar o
arquivo de geometria a partir de arquivos binários raster do IDRISI ou de
arquivos ASCII raster do ArcGIS. Uma janela aparecerá (Figura 5.4), permitindo
que o usuário indique o caminho para os seguintes mapas (ver Caixa 5.1):
região de interesse (Mask), batimetria (Bathymetry), coeficiente de Chezy
(Chezy coefficient), coeficiente de redução do vento (Wind reduction
coefficient) e áreas na região de estudo onde ocorrem banhados (Wetland
areas). O último espaço do formulário é destinado ao nome do arquivo de
geometria. Para criação de um novo arquivo de geometria, indique os mapas,
digite o nome do arquivo de geometria e pressione "Create". Após a criação do

1
Os arquivos de geometria e matriz de condições de contorno são associados uma vez que o
número de células ativas que consta no arquivo geometria deve corresponder ao número de
linhas do arquivo matriz de condições de contorno
2
Um Sistema de Informação Geográfica (SIG ou GIS - Geographic Information System, do
inglês) é um sistema de hardware, software, informação espacial e procedimentos
computacionais que permite e facilita a análise, gestão ou representação do espaço e dos
fenômenos que nele ocorrem

27
Cap. 5 – Construindo o arquivo de geometria

arquivo de geometria, uma janela de confirmação aparecerá (Figura 5.5)


indicando que o arquivo foi criado e perguntando se deseja atribuir este arquivo
no projeto corrente. As informações dos arquivos de mapas serão armazenadas
no arquivo geometria do modelo. Este arquivo será criado na sub pasta
"geometry" e seu respectivo arquivo matriz de condições de contorno será
criado na sub pasta "bound_con". Após a criação do arquivo geometria os
mapas não serão mais utilizados pelo modelo.

Figura 5.2 Janela que permite ao usuário indicar o caminho do arquivo de geometria

Figura 5.3 Opção de criar um novo arquivo de geometria a partir do menu “Input”

28
Cap. 5 – Construindo o arquivo de geometria

Estes mapas devem ser criados pelos usuário utilizando o software


IDRISI ou ArcGIS. Não é o propósito deste manual mostrar
particularidades para uso destes programas. Neste caso,
recomenda-se a leitura de algum tutorial disponível na internet.
Aqui mostramos apenas o formato dos arquivos que serão lidos
pelo modelo IPH-ECO. O Manual de Aplicação mostra, com um
maior detalhamento, como estes arquivos podem ser criados para
um estudo de caso específico.

Caixa 5.1 Arquivos raster do IDRISI e ArcGIS

Todos os arquivos rasters do IDRISI® ou do ArcGIS devem possuir a mesma


resolução espacial (grade uniforme). O mapa da região de interesse (Mask)
representa uma grade Booleana (verdade ou falso, formato inteiro), onde
células dentro do domínio de simulação (computacionalmente ativas) têm valor
igual a um (1) e células fora do domínio de simulação têm valor igual a zero
(0). Este mapa pode ser elaborado a partir de um polígono delimitador que
representa o contorno do sistema. O mapa de batimetria (Bathymetry),
também chamado de Modelo de Elevação Digital (MED), tem formato real e
pode ser derivado a partir de levantamento em campo. O mapa de rugosidade
de fundo (Chezy coefficient) tem formato real e permite atribuir
heterogeneidade espacial para o coeficiente de Chezy ao longo do domínio,
diferenciando, por exemplo, zonas de banhados (maior rugosidade) e zonas
abertas (menor rugosidade). O mapa coeficiente de redução do vento (Wind
reduction coefficient) tem formato real e possui valores entre zero (redução de
100% da tensão de cisalhamento do vento) e um (sem redução da tensão de
cisalhamento do vento). O mapa de banhado (Wetland areas) representa uma
grade Booleana (verdade ou falso, formato inteiro), onde células áreas de
banhados têm código igual a um (1) e área fora do banhado têm código igual
a zero (0). Tal codificação permite identificar regiões de banhado, as quais
apresentam fatores ambientais e de auto regulação distintos (levados em
consideração na estrutura do modelo, ver Manual Científico do modelo IPH-
ECO). Atenção, todos os mapas precisam está em coordenadas
métricas planas! Desta forma, nunca utilize mapas em coordenadas
geométricas (latitude/longitude).

29
Cap. 5 – Construindo o arquivo de geometria

Figura 5.4 Janela para que o usuário insira os arquivos oriundos do pré-
processamento em formato raster

Figura 5.5 Janela de confirmação da utilização do arquivo de geometria criado pelo


usuário

A partir da criação de um novo do arquivo de geometria, o modelo cria


automaticamente o arquivo matriz de condições de contorno ([nome de arquivo
geometria].con) e o arquivo paleta de cores ([nome de arquivo geometria].pal).
Estes arquivos se encontram nas sub pastas "bound_con" e "color_pallete",
respectivamente. Acessando agora o menu “File -> Properties” é possível
observar o arquivo de geometria e o arquivo matriz de condições de contorno
no projeto (Figura 5.6). Neste momento já seria possível realizar uma
simulação, no entanto, nenhuma condição de contorno ou forçante
meteorológica foi definida (ver Capítulo 7).

30
Cap. 5 – Construindo o arquivo de geometria

Figura 5.6 Janela com as propriedades do projeto, apresentado os arquivos recém-


criados após criação do arquivo geometria e seu respectivo arquivo matriz de
condições de contorno

A partir das informações do arquivo de geometria, o modelo está apto a


construir os arquivos restantes para simulação. O próximo capítulo apresenta
como configurar sua simulação através da edição do arquivo de
parâmetros/preferências de simulação.

31
Cap. 6 – Configurando sua simulação

6. Configurando sua simulação

Este capítulo apresenta como o usuário pode configurar sua simulação


através da edição do arquivo de parâmetros/preferências do projeto, o qual é
responsável pelas configurações gerais de sua simulação.

Configurando as opções de simulação

As opções de simulação definem as condições em que o usuário deseja


simular o ambiente aquático de interesse. É neste momento que o usuário
indica qual(is) módulo(s) do modelo deseja utilizar, a data inicial de simulação,
o período de simulação, o passo de tempo computacional e a discretização
vertical do sistema.
Para abrir a tela de opções de simulação o usuário deve acessar o menu
“Input -> Simulation settings...” (Figura 6.1). Um formulário aparecerá (Figura
6.2), onde o usuário pode escolher o tipo de simulação, a data inicial de
simulação, a duração da simulação e o passo de tempo utilizado. O número de
camadas na vertical é atribuído na opção "Numbers of layers".

Figura 6.1 Caminho de acesso para as configurações de simulação do modelo IPH-


ECO.

Existem três opções de simulação:


1. "Hydrodynamic" - nesta opção apenas o módulo hidrodinâmico (i.e.
escoamento em uma, duas ou três dimensões) é ativado junto com o
módulo de balanço hídrico e de balanço calor;
2. "Water quality" - nesta opção apenas o módulo de qualidade é ativado e
não existe fluxo nas células computacionais. No entanto os balanços hídrico
e de calor também são computados;
3. " Hydrodynamic + Water quality" - todos os módulos do modelo são
ativados.

32
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Figura 6.2 Painel de opções para as configurações da simulação

O dia inicial (Initial day) define a data (dia, mês e ano) de início de
simulação. O passo de tempo (Step time) define o intervalo de tempo
computacional.

Atenção! A data inicial das séries temporais dos arquivos de


entrada precisa ser igual a data inicial de simulação. O passo de
tempo de simulação depende da resolução espacial do sistema.
Recomenda-se que o passo de tempo seja menor do que o tamanho
da célula para respeitar condições de estabilidade do módulo
hidrodinâmico. Por exemplo, para uma resolução espacial de 100 x
100 m, recomenda-se um passo de tempo menor do que 100
segundos. Lembrando que esta não é uma regra geral (apenas uma
recomendação) e o passo de tempo adequado deve respeitar as
condições de estabilidade e precisão do modelo (ver Manual
Científico).

O número de camadas verticais (Number of layers) define a discretização


vertical do sistema. Por padrão, o número de camadas verticais é igual a 1
(um), indicando uma simulação integrada na vertical (pode ser 0D, 1D ou 2D
na horizontal). Nos casos de simulações tridimensionais (3D) é necessário
atribuir um valor maior do que 1 (um) na caixa de edição "Number of layers" e
pressionar o botão "..." (contornada em azul na Figura 6.2) para definir a
profundidade de cada camada (cortes) (Figura 6.3). Define a profundidade dos
corte e pressione "OK".

33
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Figura 6.3 Janela para definição das profundidades de cada camada na vertical. Este
exemplo mostra dois níveis de cortes. A primeira e a segunda camada tem
profundidade de 5 e 10 m em relação a superfície da água, respectivamente

Após definição de todas as configurações de simulação pressione "OK"


na janela "Settings" (Figura 6.2).

Escolhendo as preferências de simulação

Para escolher as preferências de simulação, o usuário deve acessar o


menu “Input -> Preferences” (Figura 6.4). Uma nova janela aparecerá (Figura
6.5), permitindo que o usuário escolha entre preferências hidrodinâmicas1
(profundidade constante ou não) e preferências ecológicas (simulação de
fitoplâncton, macrófitas aquáticas, zooplâncton, zoobentos, e peixes). Dentre as
preferências ecológicas, o usuário pode escolher diferentes grupos funcionais
de fitoplâncton (diatomáceas, algas verdes e cianobactérias), diferentes grupos
funcionais de macrófitas aquáticas (submersa enraizada, submersa não-
enraizada, emergente e flutuante) e diferentes grupos funcionais de peixes
(planctívoros, omnívoros e piscívoros). Caso o usuário não escolha distinção
entre espécies de fitoplâncton ou macrófitas aquáticas, o modelo por padrão
assumirá o comportamento de único grupo funcional para a comunidade
aquática. O usuário pode optar por não simular os grupos funcionais
zooplâncton, zoobentos e peixes2 (desmarcar opção "Include" destes itens). É
importante destacar que o módulo de qualidade da água funcionará com, no
mínimo, um grupo funcional de fitoplâncton e um de macrófitas aquáticas.

1
Caso seja marcada a opção "Constant depth" o modelo assumirá que não existe perda ou
ganho de profundidade por sedimentação ou resuspensão no sedimento
2
Desmarcar a opção "Include Zooplankton", "Include Zoobentos" e "Include Fishes" para não
simular zooplâncton, zoobentos e peixes, respectivamente

34
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Figura 6.4 Caminho de acesso para as preferências de simulação do modelo IPH-


ECO

Figura 6.5 Preferências de simulação do modelo IPH-ECO

Após estas definições de preferência de simulação é recomendado que o


usuário salve seu projeto. Estas definições serão gravadas no arquivo
parâmetros/preferências do projeto.

Definindo os parâmetros para simulação

O usuário pode definir e/ou editar os parâmetros do modelo através da


interface gráfica. O ajuste dos valores dos parâmetros permitem representar o
ambiente estudado com maior precisão em relação aos dados observados.

35
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Para escolher os parâmetros de simulação, o usuário deve acessar o


menu “Input -> Parameters” (Figura 6.6). O formulário de edição dos
parâmetros também pode ser acessado através da barra de ferramentas.

Figura 6.6 Caminho para o usuário editar os parâmetros do modelo

Os parâmetros de simulação estão divididos em oito abas (Figura 6.7),


são elas: hidrodinâmico (Hydrodynamic), abiótico (Abiotic), fitoplâncton
(Phytoplankton), macrófitas (Macrophytes), zooplâncton (Zooplankton),
zoobentos (Zoobenthos), peixes (Fishes) e parâmetros gerais (General). Mais
detalhes sobre os parâmetros do modelo pode ser observados no Manual
Científico do modelo IPH-ECO.

Figura 6.7 Janela onde o usuário deve inserir os parâmetros do modelo

36
Cap. 6 – Configurando sua simulação

É importante ressaltar que ao gerar um novo projeto, o usuário já


encontrará parâmetros pré-definidos, com valores padrões encontrados na
literatura. Desta forma o usuário pode realizar uma simulação mesmo que não
conheça o valor exato do parâmetro para o seu sistema. Nestes casos, o
parâmetro está sujeito a alteração caso o modelo não represente bem a
realidade.

Ajustando as condições iniciais

O usuário pode informar as condições iniciais das variáveis de estado do


modelo antes de iniciar a simulação através do menu “Input -> Initial
conditions” (Figura 6.8). As condições iniciais podem ser atribuídas para
variáveis hidrodinâmicas e de qualidade da água (Figura 6.9). Novamente, o
modelo possui valores padrões para as condições iniciai, que são atribuídas no
momento que o usuário cria um novo projeto. Recomenda-se que o usuário
observe se todos os valores estão adequados para o seu sistema.

Figura 6.8 Caminho para que o usuário edite as condições iniciais.

Definindo as saídas do modelo

O modelo possui duas formas de visualização das saídas: séries


temporais em formato tabular (arquivos em formato ASCII, *.txt) e mapas
(arquivos binários gerados pelo Array Visualizer, *.h5). Este formulário pode ser
acessado no menu “Input -> Graphic options...” (Figura 6.10). Nele o usuário
poderá escolher as variáveis que deseja visualizar em forma de mapas e os
pontos onde deseja registrar as séries temporais (Figura 6.11).

37
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Figura 6.9 Janela de edição das condições iniciais no modelo IPH-ECO

Figura 6.10 Caminho para as opções de saída do modelo IPH-ECO

No formulário Opções de gráfico (Graph options) o usuário pode


visualizar duas caixas: "Variables" e "Options". Na caixa "Variables" o usuário
pode escolher quais variáveis de estado deseja visualizar em forma de mapa.
Esta saída fica sendo atualizada ao longo da simulação. Na caixa "Options" o
usuário define se deseja visualizar os mapas (Generate Spatial Graph), as séries
temporais (Generate Time Graph) e salvar os frames em formato “.h5” (Save
Frames).
Um série temporal é registrada para cada ponto de monitoramento
escolhido pelo usuário. A seleção de cada ponto de monitoramento pode ser
realizada através da digitação das coordenadas planas (UTM) do ponto (podem
ser visualizadas no arquivo de geometria) ou utilizando a opção "Open Map".

38
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Para selecionar um ponto de saída através da opção "Open Map", o


usuário deve clicar no botão "Point Maker" na barra de ferramentas e clicar
sobre a célula que se deseja registrar a série temporal (Figura 6.12). O ponto
será atualizado automaticamente na janela anterior (Figura 6.11).

Figura 6.11 Janela para que o usuário defina as saídas do modelo

Figura 6.12 Escolhendo um ponto para visualizar as séries temporais de saída

39
Cap. 6 – Configurando sua simulação

Durante a simulação modelo gravará o arquivo tabular que contém as


séries temporais de diversas as variáveis de estado (abióticas e bióticas) do
modelo IPH-ECO (Tabela 6.1). O usuário pode verificar que ao se alterar entre
os diferentes módulos do modelo (hidrodinâmico e qualidade da água) a
quantidade de variáveis de saída permanece a mesma no arquivo tabular,
porém as variáveis que não estão sendo atualizadas permanecerão com valores
constantes equivalente ao valor dado na condição inicial.

Tabela 6.1 Variáveis de saída padrão do modelo IPH-ECO (ver manual científico para
mais detalhes destas variáveis)
sDIMW sDDetW sNDetW sPDetW sSiDetW
sDHumS sNHumS sPHumS sPO4W sPAIMW
sPO4S sPAIMS sNH4W sNO3W sNH4S
sNO3S sSiO2W sO2W sDDiatW sNDiatW
sPDiatW oSiDiatW sDGrenW sNGrenW sPGrenW
sDBlueW sNBlueW sPBlueW sDPhytW sNPhytW
sPPhytW sDPhytS sNPhytS sPPhytS aDTotS
aRhoTotS aRhoSolidS afDTotS afDOrgS afDetS
afDetTotS aPInorgS aPTotAvailS afPInorgS afPO4S
oPO4S aNDissS aNkjAvailS aNTotAvailS aNTotS
afNInorS afNTotS oNO3S oNH4S oNDissS
PTotal NTotal SiTotal sDZoo sNZoo
sPZoo sDElod sNElod sPElod sDCera
sNCera sPCera sDNymp sNNymp sPNymp
sDHelo sNHelo sPHelo sDVeg sNVeg
sPVeg sDBent sNBent sPBent sDPlankJv
sNPlankJv sPPlankJv sDPlankAd sNPlankAd sPPlankAd
sDOniJv sNOniJv sPOniJv sDOniAd sNOniAd
sPOniAd sDPisc sNPisc sPPisc oDOMW
oDSestW oPInorgW oPTotW oNDissW oNkjW
aExtCoef aSecchi Depth Temperature SolarRad
Wind PRECIP EVAP Vel_X Vel_Y
DBO GPP Resp NEP Phyt_Chl-a
Diat_Chl-a Green_Chl-a Blue_Chl-a

Um ponto importante e que se deve destacar é a escolha dos passos de


tempo das saídas no formulário "Graph options". Existem três parâmetros que
definem o intervalo de registro das saídas do modelo: (a) passo de tempo de

40
Cap. 6 – Configurando sua simulação

visualização (View Time Step), determina os instantes que os mapas do Array


Visualizer serão atualizadas; (b) passo de tempo para salvar os mapas (Frame
Time Step), determina os instantes que os mapas do Array Visualizer serão
salvos na sub pasta "output"; e (c) passo de tempo das séries temporais (Time
Series Time Step), determina os intervalos, na série temporal, que serão
registrados os valores das variáveis de estado. Estes três parâmetros estão em
função do passo de tempo de simulação (ver a seção "Configurando as opções
de simulação" neste capítulo). Para obter o passo de saída para um tempo
desejado, siga as instruções abaixo:

A forma de cálculo é simples e serve para os três passos de tempo (View Time
Step, Frame Time Step e Time Series Time Step). Use a equação abaixo para
calcular o passo de tempo de saída:

Exemplo:
Suponha que você deseje uma saída horária e que o passo de tempo de
simulação seja de 30 segundos. Realize o seguinte procedimento e obtenha o
passo de saída do modelo:
Passo 1: Transforme o intervalo de saída desejado em segundos:

Passo 2: Divida o intervalo de saída desejado pelo passo de tempo de


simulação e obtenha o passo da saída:

Além da definição das principais configurações de simulação (visto neste


capítulo) e de porte dos arquivos de geometria e de condição de contorno
(visto no capítulo anterior), o usuário ainda precisa definir os valores ou as
séries de condições de contorno e meteorológicas/ambientais da área de
estudo. Tais definições serão abordadas no próximo capítulo.

41
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
7. Definindo as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais

Este capítulo mostra como o usuário cria e define os valores ou as séries


temporais das condições de contorno e das variáveis meteorológicas/ambientais
da área de estudo.

Definindo arquivos de condições de contorno

O arquivo matriz de condições de contorno, que foi criado


concomitantemente com o arquivo de geometria, funciona como um apontador
de outros arquivos, os quais possuem os valores das variáveis de condição de
contorno (e.g. vazão de entrada, vazão de saída, temperatura da água, etc).
Nesta seção mostramos como o usuário pode criar e associar tais arquivos a
uma determina célula computacional. O Capítulo 3 mostra como deve ser o
formato destes arquivos.
Para definir uma nova ou existente condição de contorno o usuário deve
acessar o menu “Input -> Boundary Conditions” (Figura 7.1). O gerenciamento
de todas as condições de contorno de um projeto é feito por um formulário
principal, chamado "Boundary Conditions" (Figura 7.2).

Figura 7.1 Caminho de acesso para definir uma ou mais condições de contorno ao
projeto a partir do menu “Input”

Inicialmente, o usuário precisa definir a(s) célula(s) onde existe uma ou


mais condições de contorno. Tal procedimento pode ser realizado por meio de
duas opções. A primeira opção é definir as coordenadas UTM da célula
manualmente no formulário (Figura 7.2). Após o preenchimento das
coordenadas, basta pressionar o botão “Add” que o modelo fará uma busca no
mapa da célula que corresponde a tal coordenada. Caso a coordenada dada
esteja fora do domínio do sistema, uma mensagem aparecerá informando o
usuário. Caso a coordenada dada esteja dentro do domínio, uma linha será
adicionada na lista de condição de contorno (formulário "Boundary
Conditions"). A lista de condição de contorno apresenta o número da célula

42
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
1
selecionada, as coordenadas e a situação (status ) da condição de contorno.
Para remover um ponto de condição de contorno, o usuário precisa selecionar a
linha correspondente e clicar no botão “Rem”.

Figura 7.2 Janela em que os pontos onde as condições de contorno são adicionados
de maneira manual.

A segunda opção é selecionar uma célula com condição de contorno por


meio do mapa da região de interesse. Para acessar a janela de seleção através
do mapa2, basta clicar no botão “Open Map” no formulário principal (Figura
7.2). Esta janela (Figura 7.3), possui alguns recursos de geoprocessamento em
sua barra de ferramentas que auxiliam o usuário na busca, definição e seleção
da célula com condição de contorno. Estes recursos na barra de ferramentas
são: (a) visão geral do mapa (zoom extent), (b) mais zoom, (c) menos zoom,
(d) caneta de seleção da célula, (e) movimentar mapa (pan) e (f) edição de
paleta de cores do mapa. Em certos casos, o mapa pode não está bem visível e
se confunda com a cor de fundo da janela (Figura 7.3). Nestes casos, o usuário
necessita editar a paleta de cores através do editor de paletas (Figura 7.4). O
editor de paletas contém 256 caixas de cores que corresponde aos 256 índices
da matriz paleta de cores. Para alterar a cor de uma caixa de cores, basta clicar
duas vezes sobre a caixa e escolher a cor que deseja aplicar à caixa. O usuário

1
O símbolo "-" indica que nenhuma condição de contorno foi associada à célula. Caso o usuário
tenha associado alguma condição à célula, o status muda para "OK"
2
Esta operação requer o arquivo de geometria pois o mapa é gerado com base na batimetria
do sistema

43
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
também pode interpolar cores entre duas caixas de cores através do botão
“Interpolate”. O editor de paletas também permite abrir um arquivo de paleta
de cores existente ou salvar a paleta de cores atual (acesse o Menu "File").

Figura 7.3 Janela para seleção da célula com condição de contorno por meio do
mapa da região de interesse

Figura 7.4 Editor de paleta de cores

44
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais

As cores referentes ao primeiro e ao último índice da matriz de cores


serão atribuídas às células de menor e maior profundidade do domínio,
respectivamente. As cores intermediárias da paleta serão atribuídas de forma
linear ao longo da faixa de variação da profundidade. Após definição da paleta
de cores o mapa de batimetria será atualizado na tela fundo (Figura 7.5).

Figura 7.5 Mapa da batimetria do sistema. Neste caso o domínio é formado por
células com profundidade constante (mapa unicolor)

O usuário pode selecionar uma célula que deseja inserir uma ou mais
condições de contorno usando a caneta de seleção (Point Marker) na barra de
ferramentas (Figura 7.6). Após ativação da caneta de seleção, a forma do
cursor do Windows mudará (cruzeta), indicando que o usuário pode iniciar a
seleção da célula. Para isto, basta clicar sobre a célula que se deseja colocar
uma condição de contorno. A célula será marcada automaticamente no mapa e
lançada na lista de condições do contorno no formulário "Boundary Conditions",
permitindo que o usuário insira ou edite as condições de contorno que desejar.
Para associar uma ou mais condições de contorno a uma célula, o
usuário deve selecionar uma linha da lista de condições do contorno
(correspondente a célula de interesse) e pressionar no botão “Insert Boundary
Condition”. Uma nova janela aparecerá (Figura 7.7), possibilitando adicionar as
condições de contorno desejadas. O usuário pode adicionar as seguintes
condições de contorno a uma célula: vazão de entrada, vazão de saída, nível da
água, matéria inorgânica, detritos, ortofosfato, adsorção de fósforo, amônia,
nitrato, sílica, oxigênio dissolvido, DBO e temperatura. No caso de vazão de
entrada ou saída, o usuário pode escolher em qual face da célula deseja colocar

45
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
a condição de vazão (norte - acima , sul - abaixo, leste - direita e oeste -
esquerda).

Figura 7.6 Inserção do ponto onde será colocada uma condição de contorno

Figura 7.7 Janela onde o usuário pode adicionar ou editar as condições de contorno
de uma determinada célula

46
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
Para associar um arquivo de condição de contorno a uma célula, basta
clicar no botão “...” da variável de interesse (ex. para uma condição de
contorno de vazão de entrada clique no botão contornado com azul na Figura
7.7). Na sequência, a janela de gerenciamento de arquivos de condição de
contorno aparecerá (Figura 7.8). Aqui o usuário pode criar um novo arquivo,
modificar um arquivo existente ou deletar o arquivo de condição de contorno da
variável de interesse. Para adicionar um novo arquivo, o usuário deve clicar o
botão “Add...”.

Figura 7.8 Janela que gerencia os arquivos de condição de contorno da variável


selecionada (neste caso a variável selecionada foi a vazão de entrada cujo arquivos
associados tem extensão .vzi, ver Capítulo 3). A lista está vazia porque ainda não
existem arquivos *.vzi na sub pasta "bound_con"

A janela para edição de arquivos de condição de contorno (Figura 7.9)


permite que o usuário crie, edite ou leia um arquivo de condição de contorno.
Para criar um novo arquivo, o usuário precisa informar o nome do arquivo, tipo
de informação e o(s) valor(es). O nome do arquivo deve ser informado na caixa
de texto "Name". É recomendado que o nome do arquivo não apresente
caracteres especiais tais como letras acentuadas, barras ou pontos. O arquivo
também não pode apresentar espaçamentos. O tipo de informação (Type of
information) possui quatro opções, possibilitando diferentes formas de
colocação da condição de contorno. As opções "Equidistant" e "Non-
equidistant" permitem que o usuário coloque uma série temporal de condição
de contorno com intervalo de tempo uniforme ou não uniforme1,
respectivamente (Figura 7.10). Para estas duas opções, os valores em cada
intervalo devem ser digitados caixa de texto "Value" e, em seguida, inseridos
na série temporal através do botão "Insert row". O usuário pode modificar o
intervalo de tempo equidistante ou alterar uma série não equidistante para
equidistante. Nestes casos, o modelo automaticamente atualizará toda a série
temporal considerando o intervalo selecionado. O valor de um determinado

1
O editor de arquivos do modelo IPH-ECO permite a seleção de 7 intervalos de tempo: 1
minuto, 5 minutos, 10 minutos, 30 minutos, 1 hora, 12 horas e 1 dia. Para intervalos diferentes,
é recomendando que o usuário elabore seu próprio arquivo usando algum editor de texto (ver
Capítulo 3)

47
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
intervalo pode ser editado, digitando seu novo valor na caixa de texto "Value"
e, em seguida, pressionado o botão "Update value".

Figura 7.9 Janela para gerar arquivos de condições de contorno. Neste caso, foi
criado um arquivo de condição de contorno de vazão de entrada que apresenta que
apresenta dados diários (intervalo uniforme), iniciando em 20/01/2010.

Figura 7.10 – Intervalos de tempo da série temporal do arquivo de condição de


contorno podem ser atribuídos pelo usuário

O usuário pode ainda criar um arquivo de condição de contorno com


valores constantes ao longo de todo o período de simulação (Figura 7.11) ou ler
um arquivo ASCII criado em algum software editor de textos (Figura 7.12).
Para criar um arquivo com condição constante, basta clicar na opção
"Constant", digitar o valor para condição de contorno e apertar o botão “OK”.
Para ler um arquivo de condição de contorno existente, selecione a opção
"Read from file" em "Type of information" e clique no botão "Read file...". Ao

48
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
clicar neste botão, o usuário deverá selecionar um arquivo de condição de
contorno, respeitando as extensões apresentadas no Capítulo 3.

Figura 7.11 Condição de contorno constante sendo inserida no modelo

Figura 7.12 Condição de contorno com valores a partir de um arquivo sendo inserida
no modelo.

Analogamente este procedimento pode ser realizado para definir outras


variáveis de condição de contorno (ex. vazão de saída, matéria inorgânica,
detritos, etc). Lembrando que a definição de arquivos de condição de contorno
é opcional para a simulação. No entanto, quanto maior o número de
informações (neste caso de condições de contorno) melhor será a
representatividade do modelo, principalmente considerando o módulo de
qualidade da água.

49
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
Definindo variáveis meteorológicas/ambientais

Além das condições de contorno, a interface do modelo IPH-ECO


também permite definir as condições meteorológicas/ambientais para o período
simulado. As variáveis meteorológicas/ambientais que podem ser definidas são:
temperatura da água, temperatura do ar, umidade relativa, radiação solar,
vento, evaporação e precipitação. Para incluir estas condições
meteorológicas/ambientais no modelo o usuário deve acessar o menu “Input ->
Environmental variables” (Figura 7.19). É importante ressaltar que o modelo
utiliza estas variáveis para estimar os fluxos de diversos processos ambientais
nos módulos hidrodinâmicos e de qualidade da água. Portanto, ao se fazer uma
simulação em qualquer área de estudo, é importante ter o máximo possível de
informações sobre as variáveis meteorológicas/ambientais1.

Figura 7.13 Caminho para o usuário definir as condições ambientais


(meteorológicas) da simulação

O painel de definição das variáveis meteorológicas/ambientais é


apresentado na Figura 7.14. Os tipos de informações que podem ser atribuídas
a estas variáveis são as seguintes:
 valor constante ("Constant");
 padrão senoidal ("Sinoidal pattern");
 definir valores de um arquivo ("Add values");
 modelagem (apenas para o caso da temperatura da água e
evaporação).

1
Por exemplo, diversos processos hidrodinâmicos e de qualidade da água dependem da
temperatura da água que, por sua vez, está em função de diversas variáveis meteorológicas
(temperatura do ar, umidade relativa, radiação solar e vento). Sem dados meteorológicos não
seria possível representar o balanço térmico do ecossistema aquático através de modelagem.
Outro exemplo é o processo de produção pela vegetação aquática (fitoplâncton e macrófitas
aquáticas) que depende da radiação solar (intensidade e distribuição temporal).

50
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais

Figura 7.14 Painel de opções para entrada de variáveis ambientais

Em todas as variáveis meteorológicas/ambientais o usuário pode definir


um valor constante ao longo de todo o período de simulação, selecionado a
opção "Constante" e informado o valor na caixa de texto. O usuário também
pode definir os valores de uma variável meteorológica/ambiental a partir de um
série temporal. Para isto, basta clicar em "Add values" e seguir o mesmo
procedimento utilizado para inserir valores de condições de contorno (ver seção
anterior deste capítulo).
Para o caso da temperatura na água e da radiação solar, é possível
modelar estas variáveis estabelecendo um padrão senoidal de variação anual
(seguindo sazonalidade anual entre estações) (Figura 7.15). Neste caso, as
variações intra diárias (dentro de um período diário) da temperatura e radiação
solar não seriam levadas em consideração pelo modelo.
Para o caso da temperatura da água e evaporação, é possível ainda fazer
uma estimativa dos valores através da modelagem. As equações levam em
conta a transferência de calor entre os meios aquáticos e atmosféricos (ver
Manual Científico do modelo IPH-ECO). Ao clicar na opção de modelagem da
temperatura ("Temperature modeling"), o usuário será levado para outra janela
(Figura 7.16) com o intuito de definir alguns parâmetros e valores de

51
Cap. 7 - Definido as condições de contorno e variáveis
meteorológicas/ambientais
1
temperatura do ar e umidade relativa . Para estas variáveis, existem diversas
opções de tipo de informação, as quais foram descritas anteriormente. Para o
caso da modelagem de evaporação, o usuário não precisa definir valores de
parâmetros mas requer a definição dos valores de temperatura do ar.

Figura 7.15 Parâmetros para a modelagem via padrão senoidal

Figura 7.16 Parâmetros para a calibração do modelo de temperatura na água.

1
O usuário também pode optar em definir temperatura do ponto de orvalho ao invés de
umidade relativa

52
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

8. Simulando e visualizando os resultados

Este capítulo mostra como o usuário pode simular um projeto e visualizar


as diferentes saídas decorrentes da simulação.

Simulando um projeto

Antes de simular um projeto é necessário que o usuário tenha carregado


um projeto (Capítulo 4), definido o arquivo de geometria (Capítulo 5),
configurado sua simulação (Capítulo 6) e definido as condições de contorno e
meteorológicas/ambientais (Capítulo 7). Antes de iniciar uma simulação,
recomenda-se que o usuário salve seu projeto. Para iniciar uma simulação,
acesse o menu “Run -> Start” (Figura 8.1) ou use o atalho gráfico (calculadora)
na barra de ferramentas.

Figura 8.1 Caminho para iniciar a simulação no modelo IPH-ECO

Quando o usuário inicia uma simulação, a interface gráfica chama o


executável do modelo IPH-ECO ([pasta de instalação]/Models) e abre uma
janela do Microsoft QuickWin responsável pelo processamento numérico (Figura
8.2). Nesta janela o usuário pode verificar as etapas de leitura e cálculos que o
modelo está fazendo, além do exato momento quando a simulação se inicia.
Uma estimativa do custo computacional (tempo real) da simulação também
pode ser observada nesta janela. Após o início da simulação, a interface gráfica
do modelo continuará aberta e uma mensagem aparecerá mostrando a data e a
hora que a simulação iniciou (mm/dd/aaaa hh:mm:ss).

53
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

Figura 8.2 Janela do Microsoft QuickWin mostrando as etapas de leitura e cálculos


do processo de simulação

Figura 8.3 Janela apresentando o início da simulação

Após o término da simulação, o usuário receberá o aviso de que a


simulação terminou por meio de duas janelas. A primeira (Figura 8.4) aparecerá
na área de trabalho, sobreposta a outras janelas abertas. Ao apertar a opção
"Sim", outra mensagem aparecerá na interface gráfica, indicando que a
simulação foi concluída e a data e hora em que ela encerrou (Figura 8.5).
O usuário pode também interromper a simulação a qualquer momento
fechando a tela de simulação numérica do QuickWin.

54
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

Figura 8.4 Janela avisando que o modelo terminou a simulação

Figura 8.5 Janela apresentando o término da simulação

Visualizando mapas

A saída gráfica de mapas do modelo IPH-ECO é integrada ao software


Array Vizualizer, o qual permite visualizar em tempo real a evolução das
variáveis de saída selecionadas no projeto por meio de mapas (Figura 8.6) ou
salvar frames (arquivos *.h5 salvos na sub pasta "output"). O uso e as
configurações do Array Vizualizer estão fora do escopo deste manual e é
recomendado que o usuário faça uma leitura do manual do software. Outras
saídas gráficas a partir dos frames (*.h5) podem ser elaboradas por meio de
algumas rotinas desenvolvidas em MATLAB, as quais estão disponíveis na
página do modelo (seção "Ferramentas")

55
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

Figura 8.6 Saída gráfica do modelo IPH-ECO integrada ao Array Vizualizer


permitindo o usuário acompanhar em tempo real a evolução das variáveis de saída
selecionadas na simulação

Visualizando séries temporais

A visualização das séries temporais de todas as variáveis de saída do


modelo é feita através do menu Output. Tal visualização pode ser em formato
tabular ou gráfico. Para acessar as séries temporais tabulares o usuário deve
acessar o menu “Output -> View values...” (Figura 8.7). Uma nova janela
aparecerá (Figura 8.8) onde o usuário deve escolher o ponto que deseja
visualizar (Point). Uma planilha com a série temporal de todas as variáveis de
saída do modelo será apresentada. É importante ressaltar que a saída tabular
tem um formato padrão, logo, caso o usuário tenha escolhido apenas o módulo
hidrodinâmico as saídas do módulo de qualidade permanecerão constantes e
vice-versa.

Figura 8.7 Caminho de acesso para as séries temporais em formato tabular

56
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

Figura 8.8 Saída tabular para o ponto escolhido

O menu Output também permite visualizar as séries temporais em


formato gráfico. Para isto, o usuário deve acessar o menu “Output -> Time
series graph...” (Figura 8.9). Uma nova janela será aberta (Figura 8.10), onde o
usuário pode escolher entre visualizar uma série temporal (Time Graph) ou um
perfil vertical1 (Contour Graph).

Figura 8.9 Caminho de acesso para visualização das séries temporais em formato
gráfico

1
Os gráficos de perfil vertical são realizados apenas para os pontos com distribuição vertical
(camadas)

57
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

Figura 8.10 Janela onde o usuário pode visualizar as séries temporais em formato
gráfico

Para iniciar a avaliação gráfica, o usuário deve primeiro escolher o ponto


que deseja visualizar os resultados gráficos (Point) e depois selecionar a
variável de saída (Figura 8.11). É recomendado que a visualização seja feita
apenas para as variáveis associadas ao módulo de simulação que o usuário
definiu (hidrodinâmico, qualidade da água ou ambos). O usuário pode gerar
gráficos de séries temporais com uma ou mais variáveis em uma mesma área
de plotagem (Figura 8.11). A interface permite ainda tratar o gráfico gerado
através da opção "Open window" (Figura 8.12) ou salvar o gráfico através da
opção "Save as..." (Figura 8.13).

Figura 8.11 Gráfico de séries temporais com duas variáveis em uma mesma área de
plotagem

58
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

Figura 8.12 Janela de edição do gráfico gerado. Aqui o usuário pode usar alguns
recursos tais como mais zoom, menos zoom, visualizar valor e salvar figura

Figura 8.13 Salvando as séries temporais geradas pela visualização dos resultados

Opcionalmente, o usuário pode observar os perfis verticais nos pontos


desejados (Figura 8.14). Para esta opção de plotagem, apenas uma variável é

59
Cap. 8 – Simulando e visualizando os resultados

apresentada. Novamente, o usuário possui a liberdade para editar a figura


gerada e salvar em uma pasta.

Figura 8.14 Perfil vertical de uma variável de saída de modelo IPH-ECO (variável
que apresenta distribuição vertical - camadas)

60
Cap. 9 – Menu GLEON e menu HELP

9. Menu GLEON e menu HELP

O menu GLEON (Figura 9.1) permite ao usuário se conectar a base de


dados do grupo de pesquisa GLEON. Este acesso é restrito. O usuário deve
entrar em contato com a equipe de desenvolvimento deste software para mais
informações (ao acessar o site do modelo, consulte o fórum do modelo IPH-
ECO e tire suas dúvidas).

Figura 9.1 Menu GLEON que realiza uma conexão com o banco de dados do grupo de
pesquisa GLEON

O menu Help possui informações sobre o modelo IPH-ECO. A


documentação do modelo (Figura 9.2) conta com um material diversificado
para apoiar utilizações diversas. Através da interface o usuário tem acesso ao
manual do usuário (este documento), o manual científico (explicando as
equações e metodologias utilizadas no modelo) e um guia de aplicações. O
menu “Help -> About IPH-ECO” mostra informações resumidas do modelo
(Figura 9.3).

Figura 9.2 Documentos disponíveis para os usuários do modelo

61
Cap. 9 – Menu GLEON e menu HELP

Figura 9.3 Informações resumidas sobre o modelo

A opção “Help -> WEB IPH-ECO” direciona o usuário para o site do


modelo (Figura 9.4). No site o usuário possui uma série de materiais de apoio,
como os próprios manuais já citados e tutoriais para criação de projetos,
arquivos e pré/pós-processamento de mapas. O site pode ser acessado em
duas línguas (Inglês e Português) e conta com um fórum para discussões entre
os usuários do modelo e os seus desenvolvedores.

Figura 9.4 – Página inicial do site do modelo IPH-ECO.

62
Apêndice A: Visualizando os arquivos de entrada gerados

Apêndice A: Visualizando os arquivos de entrada gerados

Todos os arquivos gerados pelo modelo IPH-ECO ficam salvos na pasta


de instalação do modelo ([Caminho de instalação do modelo]\IPH-
ECO\Projects\Default project) ou no diretório de trabalho escolhido (Figura
10.1). Os arquivos são organizados em sub pastas que separam os arquivos
gerados durante a elaboração de um projeto. Na sub pasta "bound_con" se
encontra o arquivo de condições de contorno e seus respectivos arquivos
associados, na sub pasta "geometry o arquivo de geometria, na sub pasta
"output" os arquivos de saída tabulares (*.txt) e os frames (*.h5) da simulação,
na sub pasta "param" fica salvo o arquivo de parâmetros/preferências da
simulação e na sub pasta "var_amb" ficam os arquivos com as séries
meteorológicas utilizadas na simulação.

Figura A.1 Sub pastas de um projeto onde os arquivos criados são organizados e
distribuídos

63
Apêndice B: Entendendo as variáveis do modelo

Apêndice B: Entendendo as variáveis do modelo

As variáveis de estado do modelo foram nomeadas através de um


didático sistema de nomenclatura, de tal forma que o tipo, unidade e seu
significado podem ser identificados, diretamente, a partir do seu nome. Este
sistema de nomenclatura foi utilizado tanto neste manual como em todo o
código fonte do modelo. O sistema básico de nomenclatura segue a estrutura
abaixo:
Tipo + elemento (+ processo) + componente + compartimento (+ sufixo)
As abreviações estão listadas abaixo:
Tipo:
s = variável de estado
t = fluxo por área [g/m2/d] Componentes:
3
w = fluxo por volume [g/m /d] IM = matéria inorgânica
d = derivada Det = detritos
r = razão (dinâmica) [gA/gB] Hum = húmus
o = concentração [mg/l] PO4 = fosfato
a = variável auxiliar NH4 = amônia
c = constante (geral) NO3 = nitrato
k = taxa constante [d-1] Diss = dissolvido (total)
h = constante de meia-saturação
f = fração [-] Processos:
b = constante (calculada) Load = carga externa
u = variável de entrada (calculada) Inf = infiltração
m = variável medida Eros = erosão
Set = sedimentação
Elementos: Resus = resuspensão
D = peso Seco Bur = deposição
P = fósforo Dif = difusão
N = nitrogênio Nitr = nitrificação
Si = sílica Deit = desnitrificação
O2 = oxigênio Sorp = adsorção
L = luz Min = mineralização
Tm = temperatura Upt = Absoção de nutrientes
Chla, Ch = clorofila a Ass = assimilação

64
Apêndice B: Entendendo as variáveis do modelo

Prod = produção Min = mínimo


Cons = consumo In = entrada
Eges = evacuação Bot = leito do lago
Resp = respiração mg = em miligramas
Excr = excreção (nutrientes) Sp = específica (por unidade de
biomassa)
Graz = consumo
Pred = predação
Outras abreviações:
Mort = mortalidade
Fun = função
AIM = adsorção em matéria
inorgânica Cor = corrigido
Phyt = fitoplâncton (total) Iso = isoterma de adsorção
Diat = diatomáceas Ext = extinção
Blue = cianobactérias V = velocidade [m/d]
Gren = clorofíceas Mu = taxa de crescimento [d-1]
OM = matéria orgânica Carr = capacidade de suporte
Zoo = zooplâncton Secchi = profundidade de Sesschi
Omni = peixe omnívoro Fish = peixes
OmniJv = peixe omnívoro juvenil
OmniAd = peixe omnívoro adulto
Plank = peixe planctívoro
PlankJv = peixe planctívoro juvenil
PlankAd = peixe planctívoro adulto
Pisc = peixe piscívoro
Bent = zoobentos
Tot = total
Man = acões de gerenciamento

Compartimentos:
W = coluna d’água
S = sedimento
T = total

Sufixos:
Max = máximo

65
Apêndice B: Entendendo as variáveis do modelo

Exemplos:
1. sDDetW = Variável de estado (s) referente ao peso seco (D) de Detritos
(Det) na água (W)
2. dDPhytS = Derivada ou variação (d) do peso seco (D) de fitoplâncton (Phyt)
no sedimento (S)

66

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