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Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o segundo semestre de 2016
Respostas esperadas
Parte 1
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q1. (a) Sim, pois a única força capaz de gerar o torque para que a esfera role sem deslizar é o
atrito.
(b) Sim, pois o atrito é estático e não realiza trabalho, uma vez que a velocidade do ponto de
contato entre a esfera e o plano inclinado é nula (rolamento sem deslizamento).
(c) Tomando a base do plano como o zero de energia potencial gravitacional, a energia mecânica
inicial é apenas potencial gravitacional, dada por Ei = mgh. Na base do plano inclinado, a
energia mecânica é puramente cinética, dada pela energia cinética de translação do centro de
massa (CM) mais a energia de rotação em torno do CM, ou seja, Ef = mv 2 /2 + Iω 2 /2, onde v
e ω são, respectivamente, as velocidades de translação do CM e angular na base do plano. Por
conservação de energia mecânica,
1 1
mgh = mv 2 + Iω 2 . (1)
2 2
Como há rolamento sem deslizamento, a velocidade de translação do CM e a velocidade de
rotação satisfazem v = ωr. Substituindo na Eq. (1) e usando a expressão para o momento de
inércia dada no enunciado obtemos r
10
v= gh.
7
(d) Definimos um sistema de coordenadas com um eixo x paralelo ao plano inclinado e apon-
tando para a base do plano e um eixo y perpendicular ao plano e apontando para cima do
plano. A força resultante no eixo y é nula. No eixo x, usando a segunda lei de Newton,
onde τ é o torque em relação a um eixo que passa pelo CM da esfera e α é sua aceleração
angular. Derivando em relação ao tempo a expressão do item anterior, v = ωr, obtemos
a = αr. Levando esta última relação e a Eq. (2) na Eq. (3) obtemos
2 a
(mg sin θ − ma)r = mr2 ,
5 r
donde
5
a = g sin θ. (4)
7
Dado que a é constante, podemos usar a seguinte relação, válida para um movimento unifor-
memente acelerado,
v 2 = v02 + 2a∆x
= 2ah/ sin θ, (5)
1
Q2. (a) Utilizaremos como coordenada generalizada o ângulo θ que a haste faz com a vertical. O
módulo da velocidade da partı́cula é dado por v = lθ̇, de modo que sua energia cinética é
m(lθ̇)2
T = .
2
A altura na vertical, em relação à posição em que θ = 0, é dada por h = l − l cos θ. Segue que
a energia potencial gravitacional é
V = mgl(1 − cos θ).
Finalmente, a Lagrangiana do sistema é
ml2 θ̇2
L=T −V = − mgl(1 − cos θ). (6)
2
(c) Nos pontos de equilı́brio, dV /dθ = 0, o que nos dá sin θ = 0, ou seja, os pontos procurados
são
θ = 0 e θ = π.
Para avaliar a estabilidade dos pontos de equilı́brio, analisamos o sinal de
d2 V
= mgl cos θ.
dθ2
Para θ = 0, a expressão acima tem valor positivo (mı́nimo de V ), caracterizando um equilı́brio
estável, enquanto que para θ = π, o sinal é negativo (máximo de V ), correspondendo a um
ponto de equilı́brio instável.
(d) Para pequenas oscilações em torno de θ = 0, podemos aproximar sin θ ≈ θ. A equação de
movimento fica
g
θ̈ = − θ,
l
cuja solução geral é, por inspeção,
θ(t) = A sin(ωt + δ),
onde A e δ são constantes arbitrárias determinadas pelas condições iniciais e
p
ω = g/l,
que é a frequência (angular) procurada. Alternativamente, pode-se comparar a Eq. (2) com
a equação de movimento de um oscilador harmônico simples uni-dimensional de frequência
(angular) ω,
ẍ + ω 2 x = 0,
p
e inferir que no caso em questão teremos ω = g/l.
2
Q3. a) A conservação de energia nos dá
p
E0 + mc2 = p2e c2 + m2 c4 + E, (7)
enquanto a conservação de momento linear é
p~0 + ~0 = p~ + p~e .
3
Q4. (a) Queremos calcular hn0 | x̂ |ni e hn0 | p̂ |ni. Utilizando que
r
† mω i
â = x̂ − √ p̂,
2~ 2mω~
obtemos
r
~
â + ↠,
x̂ =
r2mω
~mω †
p̂ = i â − â .
2
Os elementos de matriz pedidos são
r
~
hn0 | x̂ |ni = hn0 | â + ↠|ni ,
r2mω
~mω 0 †
hn0 | p̂ |ni = i
hn | â − â |ni .
2
Como
√ √
hn0 | â |ni = hn0 | n |n − 1i = nδn0 ,n−1 ,
√ √
hn0 | ↠|ni = hn0 | n + 1 |n + 1i = n + 1δn0 ,n+1 ,
segue que
q √ √
hn0 | x̂ |ni = ~
2mω
nδn0 ,n−1 + n + 1δn0 ,n+1 ,
q √ √
hn0 | p̂ |ni = i ~mω
2
n + 1δn0 ,n+1 − nδn0 ,n−1 .
4
(c) A energia total média em um auto estado do Hamiltoniano é
† 1 1
hn| Ĥ |ni = ~ω hn| â â + |ni = ~ω n + ,
2 2
onde usamos o valor esperado do operador número calculado no item anterior. A energia
potencial média em um auto estado do Hamiltoniano é
1
hn| V̂ |ni = mω 2 hn| x̂2 |ni .
2
Do item anterior
1 ~ 1 ~ω 1
hn| V̂ |ni = mω 2 n+ = n+ .
2 mω 2 2 2
Finalmente
hn| Ĥ |ni
= 2.
hn| V̂ |ni
dâH (t) h i h i
i~ = âH (t),Ĥ = eiĤt/~
â,Ĥ e−iĤt/~ ,
dt
já que o Hamiltoniano comuta com as exponenciais. O comutador procurado é
h i
† 1
= ~ω â,↠â ,
â,Ĥ = ~ω â, â â +
2
dâH (t)
i~ = ~ω eiĤt/~ âe−iĤt/~ = ~ωâH (t).
dt
Resolvendo essa equação diferencial
5
Q5. a) O gráfico pedido é mostrado na Fig. 5:
p
C
V0 rV0 V
b) (i) De maneira geral, o trabalho realizado pelo gás num processo reversı́vel quando o volume
varia de V1 até V2 é dado por Z V2
W = pdV
V1
Portanto, o trabalho realizado no trecho CA é nulo, pois não há variação de volume. O trecho
AB é adiabático, portanto não há troca de calor QAB entre o gás e a vizinhança. Da primeira
lei da termodinâmica ∆U = Q − W (U é a energia interna),
onde usamos a expressão para a energia interna de um gás ideal. Finalmente, na isoterma BC,
usando a equação de estado do gás ideal,
Z V0
WBC = pdV = −nRTB ln r.
rV0
nR
Wtotal = (Tmax − Tmin ) − nRTmin ln r.
γ−1
(ii) Só há troca de calor entre o gás e a vizinhança nos trechos BC e CA, pois o processo AB é
adiabático. Como BC é uma isoterma, a energia interna do gás se mantém constante e, usando
a primeira lei,
QBC = WBC = −nRTB ln r < 0,
o que corresponde a uma liberação de calor do gás para sua vizinhança. Na isocórica CA, o
trabalho é nulo e, usando novamente a primeira lei,
6
Portanto, o calor injetado no gás é
nR
Qinjetado = (Tmax − Tmin ).
γ−1
Wtotal (γ − 1)Tmin
η= =1− ln r.
Qinjetado (Tmax − Tmin )
pB rV0 = pC V0 ⇒ pC = rpB ,
donde
pC pC γ pA
r= = r ⇒ rγ−1 = .
pB pA pC
Da equação de estado dos gases ideais para a isovolumétrica CA
pA TA Tmax
= = .
pC TC Tmin
Assim,
1/(γ−1)
Tmax
r= .
Tmin
Levando na expressão para o rendimento,
Tmin Tmax
η =1− ln .
(Tmax − Tmin ) Tmin
7
EUF
Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o segundo semestre de 2016
Respostas esperadas
Parte 2
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q6. a) Pela lei de Gauss, de maneira geral, sabemos que:
I
E ~ = qV ,
~ · dS (9)
S 0
onde a integral é feita sobre a superfı́cie S de uma região V e qV é a carga total contida em V .
Tomaremos, nessa questão, regiões esféricas de raio r centradas no centro da esfera isolante.
Por simetria, o campo elétrico apontará sempre na direção radial, ou seja, E ~ = E r̂.
i) Campo elétrico para r < a: Neste sub-item, escolhemos regiões esféricas de raio r < a,
representadas pelas linhas pontilhadas na Fig. 2. Desta forma, a carga em V é
qV = ρV ,
4πρ 3
qV = r .
3
Aplicando a Eq. (9) e usando que o campo elétrico é radial
4πρ 3
E4πr2 = r .
30
Portanto, a magnitude do campo elétrico será dada por
ρ
E= r.
30
ii) Campo elétrico para a < r < b: Neste caso, as regiões esféricas tem raio r tal que a < r < b,
como mostrado na Fig. 3. A carga total contida em V é qV = Q. Aplicando a Eq. (9) e usando
que o campo elétrico é radial
Q
E4πr2 = .
0
Portanto, a magnitude do campo elétrico será
Q
E= .
4π0 r2
iii) Campo elétrico para b < r < c: Nesta região, queremos o campo elétrico dentro de um
condutor em equilı́brio eletrostático (veja a Fig. 4), que sempre se anula. Portanto,
E = 0.
(iv) Campo elétrico para r > c: Agora, as regiões esféricas tem raio r > c, como mostrado na
Fig. 5. A carga contida em V é qV = Q. Aplicando novamente a Eq. (9) e usando que o campo
elétrico é radial
Q
E4πr2 = .
0
Portanto, a magnitude do campo elétrico será
Q
E= .
4π0 r2
1
Figura 2: Região V no caso (i) r < a. Figura 3: Região V no caso (ii) a < r < b.
Figura 4: Região V no caso (iii) b < r < c. Figura 5: Região V no caso (iv) r > c.
qV = Q + q1 = 0
⇒ q1 = −Q.
Como, por simetria, a carga se distribui de maneira uniforme na superfı́cie, segue que a densi-
dade de carga induzida em r = b é
Q
σ1 = − .
4πb2
Como o condutor está descarregado, por conservação de carga, temos que
Qcondutor = 0 = q1 + q2
q2 = −q1
Usando novamente que, por simetria, a carga se distribui de maneira uniforme na superfı́cie, a
densidade de carga induzida em r = c é
Q
σ2 = .
4πc2
2
c) Esboço do gráfico E × r:
3
Q7. a) Pelo formulário podemos ver que no vácuo (onde ρ = 0 e J~ = 0), as equações de Maxwell
são dadas por
~ = 0;
∇·E (10)
~ = 0;
∇·B (11)
~
~ = − ∂B ;
∇×E (12)
∂t
~
~ = µ0 0 ∂ E ;
∇×B (13)
∂t
Tomando o rotacional da Eq. (12) temos que
!
~
∂B
~ +∇×
∇ × (∇ × E) = 0. (14)
∂t
Utilizando a primeira identidade vetorial dada no enunciado juntamente com a Eq. (10), po-
demos re-escrever o primeiro termo do lado esquerdo da equação acima como
~ = ∇(∇ · E)
∇ × (∇ × E) ~ − ∇2 E
~ = −∇2 E
~.
Desta forma a Eq. (14) pode ser re-escrita, trocando a ordem das derivadas parciais, como
~ + ∂ ∇×B
−∇2 E ~ = 0.
∂t
Utilizando a Eq. (13) obtemos a equação da onda para o campo elétrico
~
∂ 2E
~ = µ0 0
∇2 E .
∂t2
Utilizando a primeira identidade vetorial dada no enunciado juntamente com a Eq. (11) e
trocando a ordem das derivadas parciais, podemos re-escrever a equação acima como
~ − µ0 0 ∂ ∇ × E
−∇2 B ~ = 0. (15)
∂t
Finalmente, utilizando a Eq. (12) no segundo termo da Eq. (15) obtemos
~
∂ 2B
~ = µ0 0
∇2 B .
∂t2
b) A equação de onda para uma função f (~r,t) se propagando com velocidade v é dada por
1 ∂ 2 f (~r,t)
∇2 f (~r,t) = . (16)
v 2 ∂t2
4
~ eB
Comparando com as Eqs. (15) e (16), notamos que a velocidade de propagação de E ~ é
dada por
1 1
= µ0 0 ⇒ v=√ = c. (17)
v2 µ0 0
E~f = Re(E)
~ = E0 cos(kz − wt)x̂ , (20)
B~f = Re(B)
~ = B0 cos(kz − wt)ŷ . (21)
Essas soluções, de fato, satisfazem as quatro Eqs. (10-13) desde que ω = ck, como pode ser
verificado. De maneira geral, a direção de E~ é arbitrária, desde que seja perpendicular a ~z.
~ ~
Uma vez fixada a direção de E, B tem que ser perpendicular a E ~ e ~z. Os módulos de E
~ eB ~
são:
E = E0 cos(kz − wt) ,
B = B0 cos(kz − wt) .
∂ρ
+ ∇ · J~ = 0
∂t
Esta equação expressa a lei de conservação da carga: em sua forma integral, ela implica que a
taxa de variação temporal da carga total incluı́da em uma região espacial fixa é igual ao fluxo
de corrente elétrica entrando pela superfı́cie que delimita a região.
5
Q8. (a)Das relações fornecidas
γB~
Ĥ |±i = −γB Ŝz |±i = ∓ |±i
2
Portanto, |±i são auto-vetores do Hamiltoniano com auto-valores dados, respectivamente, por
γ~B
E± = ∓ .
2
onde c± são coeficientes determinados pelas condições iniciais. Usando as expressões dos auto-
valores do item anterior
h γB γB
i
|ψ (t)i = c+ ei 2 t |+i + c− e−i 2 t |−i .
Em t = 0 temos
1
|ψ (t = 0)i = [c+ |+i + c− |−i] = √ [|+i − |−i] ,
2
√
donde c+ = −c− = 1/ 2. Portanto,
1 h i γB t −i γB t
i
|ψ (t)i = √ e 2 |+i − e 2 |−i .
2
6
Finalmente,
1 h γB γB
i ~ h γB γB
i
hψ (t)| Ŝx |ψ (t)i = √ e−i 2 t h+| − ei 2 t h−| √ ei 2 t |−i − e−i 2 t |+i
2 2 2
~
= − cos (γBt)
2
1 h −i γB t γB
i ~ h γB γB
i
hψ (t)| Ŝy |ψ (t)i = √ e 2 h+| − ei 2 t h−| i √ ei 2 t |−i + e−i 2 t |+i
2 2 2
~
= sin (γBt)
2
1 h γB γB
i ~ h γB γB
i
hψ (t)| Ŝz |ψ (t)i = √ e−i 2 t h+| − ei 2 t h−| √ ei 2 t |+i + e−i 2 t |−i
2 2 2
= 0
D E
Ŝx = − ~2 cos (γBt)
D E
~
Ŝy = 2
sin (γBt)
D E
Ŝz = 0
|ψ (0)i = |ψ (t)i ,
1 1 h γB γB
i
√ [|+i − |−i] = √ e+i 2 t |+i − e−i 2 t |−i ,
2 2
onde usamos o resultado do item (b). Por inspeção nota-se que a condição a ser satisfeita é
γB γB
e±i 2
t
=1⇒ t = 2nπ (n = 1,2, . . .).
2
O menor valor de t corresponde a n = 1
4π
t= .
γB
7
Q9. a) Em qualquer outro referencial S 0 , o intervalo invariante terá o mesmo valor
2 2 2 2
∆s2 = (∆x0 ) + (∆y 0 ) + (∆z 0 ) − c2 (∆t0 ) .
Assim, terı́amos Vx2 + Vy2 + Vz2 = V 2 > c2 . Portanto, o sinal teria que se propagar com uma
velocidade maior do que a da luz, o que é impossı́vel.
c) (i) Como o relógio está em repouso em S 0 , ∆x0 = ∆y 0 = ∆z 0 = 0 e ∆s2 = −c2 (∆t0 )2 < 0. O
sinal é negativo.
(ii) Observados no referencial S, os eventos são tais que ∆x = Vx ∆t, ∆y = Vy ∆t e ∆z = Vz ∆t.
Logo,
2
∆s2 = Vx2 + Vy2 + Vz2 ∆t2 − c2 ∆t2 = −c2 (∆t0 ) ,
onde usamos que o valor do intervalo invariante não depende do referencial. Segue que
r
V2
∆t0 = 1− ∆t.
c2
L
∆x = L e ∆t = .
V
8
Q10. a) A função de partição é obtida somando sobre todos os estados do sistema com o peso de
Boltzmann ∞ ∞ 2
mω 2 x2
Z Z
−βH dxdp p
Z = Tre = exp −β + ,
−∞ −∞ h 2m 2
onde β −1 = kB T . Usando
∞
Z r
−ax2 π
dxe = ,
−∞ a
obtemos
r r
π 2m 2
Z =
h β βmω 2
2πkB T kB T
Z= = .
hω ~ω
b) Como os osciladores são independentes, o número médio n(x)dx pedido é igual a 3N vezes
a probabilidade de um oscilador ter sua posição no intervalo considerado. Esta probabilidade,
por sua vez, é igual ao peso de Boltzmann integrado sobre todos os valores de momento linear,
donde
3N dx ∞ dp
2
mω 2 x2
Z
p
n(x)dx = exp −β +
Z −∞ h 2m 2
mω 2 x2
r
m
n(x)dx = 3N ωdx exp − .
2πkB T 2kB T
9
EUF
Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o primeiro semestre de 2017
Gabarito
Parte 1
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q1. (a) Da componente da segunda lei de Newton na direção vertical (orientada para cima), a
queda é descrita por
Z v Z t
dv dv dv 0
F = m = −mg − kmv ⇒ = −(g + kv) ⇒ 0
=− dt0 , (1)
dt dt 0 g + kv 0
onde usamos a condição inicial de que o corpo parte do repouso. Usando
Z
dx 1
= ln(ax + b),
ax + b a
segue que
Z v Z t
dv 0
0 g + kv
0
=− dt ⇒ ln = −kt. (2)
0 g + kv 0 g
Invertendo a última relação
g −kt
v(t) = e −1 . (3)
k
Como v(t) < 0 (corpo em queda), o módulo da velocidade é
g g
|v(t)| = − e−kt − 1 = 1 − e−kt .
k k
(b) A velocidade terminal vterm é obtida tomando-se o limite t → ∞ na Eq. (3)
g −kt g g
vterm = lim e − 1 = − ⇒ |vterm | = .
t→∞ k k k
(c) A posição vertical do corpo é obtida integrando mais uma vez a Eq. (3)
k z 0
Z t
e−kt 1
Z
dz g −kt −kt0
0 kz
v= = e −1 ⇒ dz = e − 1 dt ⇒ =− + − t,
dt k g 0 0 g k k
donde
g gt
z(t) = 2 1 − e−kt − . (4)
k k
(d) Das Eqs. (3) e (4),
v g
z = − − t.
k k
Eliminando t usando a Eq. (2), encontramos a expressão procurada
g kv v
z(v) = 2 ln 1 + − .
k g k
Alternativamente, da Eq. (1)
dv
a= = −(g + kv).
dt
Mas
dv dv dt a
= = ⇒ v dv = a dz = −(g + kv)dz.
dz dt dz v
Logo
v Z z v z
v0 g ln(g + kv) − kv
Z
0 0
− 0
dv = dz ⇒ 2
= z ,
0 g + kv 0 k
0
0
R x bx−a ln(a+bx)
onde usamos o resultado a+bx dx = b2
. Segue que
g kv v
z(v) = 2 ln 1 + − .
k g k
1
Q2. (a) Seja um sistema cartesiano de coordenadas com x na horizontal orientada para a direita
e y na vertical orientada para baixo e com a origem no ponto de sustentação do pêndulo
superior. Sejam (x1 ,y1 ) e (x2 ,y2 ) as coordenadas cartesianas das partı́culas de massas m1 e m2 ,
respectivamente. Então,
donde
ẋ22 = l12 θ̇12 cos2 θ1 + l22 θ̇22 cos2 θ2 + 2l1 l2 θ̇1 θ̇2 cos θ1 cos θ2 ,
ẏ22 = l12 θ̇12 sin2 θ1 + l22 θ̇22 sin2 θ2 + 2l1 l2 θ̇1 θ̇2 sin θ1 sin θ2 ,
donde
m2 2 m2 h 2 2 i
T2 = ẋ2 + ẏ22 = l1 θ̇1 + l22 θ̇22 + 2l1 l2 θ̇1 θ̇2 cos(θ1 − θ2 )
2 2
A energia cinética total é
m1 2 2 m2 h 2 2 i
T = T1 + T2 = l1 θ̇1 + l1 θ̇1 + l22 θ̇22 + 2l1 l2 θ̇1 θ̇2 cos(θ1 − θ2 ) .
2 2
(c) A Lagrangiana é L = T − V
m1 2 2
L = l1 θ̇1 + 2gl1 cos θ1
2
m2 h 2 2 2 2
i
+ l θ̇ + l2 θ̇2 + 2l1 l2 θ̇1 θ̇2 cos(θ1 − θ2 ) + 2g (l1 cos θ1 + l2 cos θ2 ) .
2 1 1
Temos para i = 1
∂L
= −(m1 + m2 )gl1 sin θ1 − m2 l1 l2 θ̇1 θ̇2 sin (θ1 − θ2 ),
∂θ1
∂L
= (m1 + m2 )l12 θ̇1 + m2 l1 l2 θ̇2 cos(θ1 − θ2 ),
∂ θ̇1
2
e
d ∂L
= (m1 + m2 )l12 θ̈1 + m2 l1 l2 θ̈2 cos(θ1 − θ2 ) − m2 l1 l2 θ̇2 sin (θ1 − θ2 )(θ̇1 − θ̇2 ),
dt ∂ θ̇1
e para i = 2
∂L
= −m2 gl2 sin θ2 + m2 l1 l2 θ̇1 θ̇2 sin (θ1 − θ2 ),
∂θ2
∂L
= m2 l22 θ̇2 + m2 l1 l2 θ̇1 cos(θ1 − θ2 ),
∂ θ̇2
e
d ∂L
= m2 l22 θ̈2 − m2 l1 l2 θ̇1 sin (θ1 − θ2 )(θ̇1 − θ̇2 ) + m2 l1 l2 θ̈1 cos(θ1 − θ2 ).
dt ∂ θ̇2
As equações procuradas são, portanto,
(m1 + m2 )(l12 θ̈1 + gl1 sin θ1 ) + m2 l1 l2 [θ̈2 cos(θ1 − θ2 ) + θ̇22 sin (θ1 − θ2 )] = 0,
m2 [l22 θ̈2 + gl2 sin θ2 ] + m2 l1 l2 [θ̈1 cos(θ1 − θ2 ) − θ̇12 sin (θ1 − θ2 )] = 0.
3
Q3. a) A Hamiltoniana do oscilador isotrópico é
1 mω 2 2
p2x + p2y + p2z + x + y2 + z2 ,
H=
2m 2
que corresponde à soma de 3 osciladores unidimensionais independentes, um para cada direção
cartesiana. Como os osciladores são independentes, os auto-estados do sistema são dados pelo
produto tensorial (ou Kronecker, ou externo) dos auto-estados de cada oscilador
Os únicos valores com probabilidade não nula de serem medidos nesse caso são
3 5
0+0+1+ ~ω = ~ω = E1
2 2
3 5
0+1+0+ ~ω = ~ω = E1
2 2
3 7
0+1+1+ ~ω = ~ω = E2 .
2 2
A probabilidade de se medir E1 = (5/2)~ω é
|h0,1,1|ψi|2 = 1/4.
d) O resultado da medida foi E1 . O estado logo após a medida é a projeção do estado |ψi no
auto-sub-espaço de E1 , ou seja,
1 1
|ψ(t > 0)i = α √ |0,0,1i + |0,1,0i ,
2 2
2
√ constante de normalização. Normalizando o estado, acha-se |α| (1/2 + 1/4) =
onde α é uma
1 ⇒ α = 2/ 3. Assim, r
2 1
|ψ(t > 0)i = |0,0,1i + √ |0,1,0i.
3 3
4
Q4. (a) Fazendo a mudança de variáveis ν = xT , na expressão para a densidade de energia, fornecida
no enunciado, obtém-se Z ∞
4
u(T ) = T x3 f (x)dx. ≡ KT 4 ,
0
onde K é uma constante independente da temperatura. Como u tem dimensão de energia
por unidade de volume, segue que K tem dimensão de energia por unidade por unidade de
temperatura absoluta à quarta potência ou
[E] m
[K] = 3 4
= 2 4,
l k lt k
onde m tem dimensão de massa, l tem dimensão de comprimento, t tem dimensão de tempo e
k tem dimensão de temperatura absoluta e usamos que [E] = ml2 /t2 .
(b)
2
(i) O fator 8πν
c3
dν é número de modos normais de vibração do campo eletromagnético, por
unidade de volume, com frequência no intervalo [ν,ν + dν].
(ii) Se hν kB T , exp(hν/kB T ) ≈ 1 + hν/kB T e a distribuição de energia é
hν hν
≈ hν
= kB T.
e(hν/kB T ) −1 kB T
(iii) O resultado obtido no item anterior é o que seria obtido utilizando um tratamento clássico,
via o teorema de equipartição para osciladores clássicos: kB T /2 para cada termo quadrático na
energia, termo cinético e potencial harmônico.
(c) Determinamos primeiramente tP . Escrevendo, de maneira geral,
tP = Gα hβ cγ
obtém-se
l3α+2β+γ m−α+β t−2α−β−γ = t.
Logo, α = β = 1/2 e γ = −5/2. Portanto,
r
~G
tP = .
c5
A distância de Planck é r
~G
lP = ctP = .
c3
De maneira similar, para a massa de Planck
5
A temperatura de Planck pode ser determinada fazendo a razão entre a energia de Planck,
mP c2 , e a constante de Boltzmann
s
mp c2 ~c5
TP = = 2
.
kB GkB
6
Q5. (a) A conservação de energia interna leva a
(K + mH2 O cH2 O )(Teq − Tamb )
mx cx (Tx − Teq ) = (K + mH2 O cH2 O )(Teq − Tamb ) ⇒ cx = .
mx (Tx − Teq )
= 0,28 ± 0,014.
Finalmente,
7
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Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o primeiro semestre de 2017
Gabarito
Parte 2
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q6. a) O elemento de carga dQ do anel produzirá um campo dE~ no ponto P , como mostrado na
figura. O módulo deste elemento de campo elétrico é
dQ
dE = .
4π0 r2
z
dE
P
θ
r
z
y
R
O dQ x
~ = ẑ Qz = ẑ
E
Qz
.
4π0 r 3 4π0 (R2 + z 2 )3/2
dQ
dV (z) = .
4π0 r
O potencial devido a todas as contribuições dos elementos de carga do anel é obtido somando
todas as contribuições, donde se obtém
Q Q
V (z) = = √ .
4π0 r 4π0 R2 + z 2
c) A energia cinética inicial da partı́cula é nula, porque ela parte do repouso. A energia
potencial elétrica inicial da partı́cula é nula também, porque −qV (z0 ) ≈ 0 se z0 R. A
conservação da energia mecânica (cinética mais potencial elétrica) nos dá a velocidade v no
centro do anel via
mv 2 mv 2 Q
0+0= + (−q)V (0) = −q ,
2 2 4π0 R
donde r
qQ
v= .
2π0 mR
1
Q7. a) Como o aro é quadrado, a área da região interna ao aro e contida no retângulo sombreado
é um triângulo isósceles de altura s e ângulos internos 45◦ ,90◦ e 45◦ . Portanto, o tamanho da
base do triângulo é 2s e sua área é
1
A = s(2s) = s2 .
2
O fluxo do campo magnético através do aro é
Z
Φ= B ~ · dS
~ = BA = Bs2 ,
onde usamos o fato de que o campo magnético é constante na região sombreada e normal ao
plano da figura.
y
v
x
L
s
B R
dΦ ds
ε=− = −B2s = −2Bsv ,
∂t dt
e o valor da corrente elétrica é
2Bsv
I= . (5)
R
A área sombreada diminui com o movimento do aro e, portanto, o fluxo do campo magnético
também diminui. O sentido da força eletromotriz, pela lei de Lenz, é anti-horário para se
~ Segue que a corrente fluirá também no sentido anti-
contrapor à diminuição do fluxo de B.
horário.
c) A força magnética sobre um elemento do aro é
dF~m = Id~l × B
~.
√
Os elementos do √aro dentro da região sombreada são: d~l = − 22 (x̂dl + ŷdl) (lado superior
esquerdo) e d~l = 22 (x̂dl − ŷdl) (lado inferior esquerdo). A força magnética é, então,
√ √
2 2
dF~m = I[− (x̂dl + ŷdl) × B ẑ + (x̂dl − ŷdl) × B ẑ] ,
2 2
ou
√
dF~m = − 2IBdlx̂ ,
2
√
e integrando em dl de 0 a 2s (lembrando que as contribuições dos dois segmentos já foram
somadas) obtemos
4B 2 s2 v
F~m = −x̂ .
R
Para que o quadrado se mova com velocidade constante, temos que aplicar uma força de mesmo
módulo que F~m , mas de sentido oposto, isto é para a direita (sentido positivo de x).
3
Q8. a) A parte da Hamiltoniana devida ao campo elétrico é
V̂E = (−e)(−E x̂) = eE x̂,
4
Q9. (a) Denotemos quantidades no referencial da Terra sem “linha” e no referencial da nave com
“linha”. O intervalo de tempo próprio medido pelos astronautas para a viagem de ida é
∆t0 = 3T /4 anos. O intervalo de tempo medido na Terra, por outro lado, é ∆t = cT /V , onde
V é a velocidade da nave. Da fórmula de dilatação temporal
∆t 3 c/V
∆t0 = γ(V )∆t = q ⇒ =q ,
1− V2 4 V2
1 − c2
c2
5
Q10. (a) Podemos escrever
1 3
En = ~ω0 2n + 1 + = ~ω0 2n + n = 0,1,2, . . .
2 2
12
10
8
U(hω0)
0
0 2 4 6 8 10
T
Figura 1: Esboço de u x T .
6
(b) A entropia por oscilador é
S U −F u kB ln Z u
s = = = + = + kB ln Z1
N NT T N T
~ω0 3 2 3 −2β~ω0
= + − kB β~ω0 + ln(1 − e )
T 2 e2β~ω0 − 1 2
2~ω0 /T
= 2β~ω0 − kB ln(1 − e−2β~ω0 ),
e −1
onde usamos alguns resultados do item (a). No limite clássico
2~ω0 /T kB T
s≈ − kB ln(2β~ω0 ) = kB 1 + ln .
2β~ω0 2~ω0
2
s
0
0 2 4 6 8 10
T
Figura 2: Esboço de s x T .
7
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Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o segundo semestre de 2017
Gabarito
Parte 1
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q1. (a) As componentes vertical (y) e horizontal (x) da equação da segunda lei de Newton são
Fy = T cos θ − mg = mÿ,
Fx = −T sin θ = mẍ,
(b) Como a massa da esfera era muito maior que a massa do fio e os deslocamentos iniciais eram
muito menores que o comprimento do fio, o que foi confirmado pela ausência de variação do
perı́odo dentro do intervalo de variação dos deslocamentos iniciais, podemos tratar o pêndulo
utilizado com um pêndulo simples. Assim, utilizando a resposta do item anterior,
l
g = 4π 2 .
T2
Usando os valores medidos
4,00
g = 4π 2 = 9,86960 m/s2 ,
(4,00)2
que ainda está expresso com algarismos significativos em excesso. Para o cálculo do erro de g,
utilizamos
q
∆g = ∆21 + ∆22 ,
∂g 1
∆1 = ∆l = 4π 2 2 ∆l ,
∂l T
∂g l
∆2 = ∆T = −8π 2 3 ∆T .
∂T T
Usando os dados fornecidos
∆1 = π 2 × 5 × 10−3
∆2 = −π 2 × 25 × 10−3 ,
donde √ √
∆g = π 2 × 650 × 10−3 = 5π 2 × 26 × 10−3 ≈ 0,2 m/s2 .
Alternativamente, pode-se argumentar que ∆2 ∆1 e ∆g ≈ |∆2 |. O resultado final é
1
Q2. Considerando o sistema de referência da figura abaixo, definimos as coordenadas do corpo A
como xA e yA = 0 e do corpo B como xB e yB . Dadas as distâncias S e r definidas na figura,
segue que
xB = S + r sin θ,
yB = −r cos θ,
(S − xA ) + r = l.
A
M
x
θ r
S
M B
(a) Para esse item, podemos impor θ = 0 desde o inı́cio. Nesse caso,
ẋB = 0,
ẏB = −ṙ,
ẋA = ṙ,
M 2
ẋA + ẋ2B + ẏB2 − V
La =
2
La = M ṙ2 + M gr.
A equação de Euler-Lagrange é
d ∂La ∂La
=
dt ∂ ṙ ∂r
g
2M r̈ = M g ⇒ r̈ = ,
2
que é a aceleração comum pedida.
2
(b) Deixando agora θ variar, as componentes das velocidades ficam
(c) Nesse caso, precisamos acrescentar as contribuições da corda para as energias cinética e
potencial. A energia cinética é
m
Tcorda = ṙ2 ,
2
já que a velocidade da corda é a mesma do corpo B e a energia potencial é
r r mg 2
Vcorda = − mg = − r ,
l 2 2l
onde usamos que a fração de massa da corda que pende ao lado da mesa é (r/l)m e a altura
do seu centro de massa é −r/2. Portanto, a Lagrangiana fica
m mg 2
Lc = M ṙ2 + ṙ2 + M gr + r
2 2l
m 2 mg 2
Lc = M + ṙ + M gr + r .
2 2l
A equação de Euler-Lagrange é
d ∂Lc ∂Lc
=
dt ∂ ṙ ∂r
mg
(2M + m) r̈ = M g + r.
l
3
Q3. (a) A energia total da partı́cula 1 é E1 = γmc2 . Segundo o enunciado, E1 = 2mc2 . Portanto,
1
γ=q = 2,
v2
1− c2
v2 1
1− 2
= .
c 4
Resolvendo para v, √
3
v= c.
2
(b) Da conservação de energia, E1i + E2i = E f ,
3m = γ(V )M (2)
Da conservação de momento linear
γ(v)mv = γ(V )M V
√
3 √
2 mc = 3 mc = γ(V )M V. (3)
2
Dividindo (3) por (2), temos √
3
V = c. (4)
3
Substituindo (4) em (2), temos
3m p p √
M= = 1 − 1/3 3m = 2/3 3m = 6 m.
γ(V )
K = γ(V )M c2 − M c2 = [γ(V ) − 1] M c2 .
4
Q4. (a) Para E ∈ [0,U0 ], E > V (x) se x ∈ [0,L] e E < V (x) se x < 0 ou x > L. Isso leva a
que, nessas duas últimas regiões, a função de onda decaia exponencialmente com a distância ao
poço, o que impõe condições de contorno restritivas sobre as soluções da equação de Schrödinger
independente do tempo (ESIT). Como consequência dessas condições de contorno, a ESIT só
pode ter solução para valores discretos de E.
(b) Se x < 0 (região I) ou x > L (região III), a função de onda decai exponencialmente,
enquanto que se 0 < x < L (região II) ela tem comportamento oscilatório/senoidal. Assim, de
maneira geral,
(c) A ESIT é uma equação diferencial linear de segunda ordem. Logo, para um potencial
contı́nuo por partes não infinito, a função de onda e sua primeira derivada são sempre contı́nuas.
Impondo essas condições nas descontinuidades do potencial em x = 0 e x = L
A ESIT
~2 00 ~2 00
− ψ x + V (x)ψ(x) = Eψ(x) ⇒ − ψ (x) = [E − V (x)] ψ(x)
2m 2m
aplicada nas 3 regiões nos dá
r
~2 2 2m|U0 − E|
I : − α ψ(x) = −|U0 − E|ψ(x) ⇒ α = ,
2m r ~2
~2 2 2mE
II : − γ ψ(x) = +Eψ(x) ⇒ γ = ,
2m ~2 r
~2 2 2m|U0 − E|
III : − β ψ(x) = −|U0 − E|ψ(x) ⇒ β = α = .
2m ~2
De (5) e (6), obtemos A e B em termos de C
As Eqs. (9) e (10) formam um sistema de duas equações em duas incógnitas, φ e E (através
de α e γ), que pode ser resolvido para achar a energia E.
(d) No limite L → 0, podemos ver que a condição na energia se torna α → −α, que só tem
solução se α → 0 ou E → U0 .
5
Q5. (a) O esboço do ciclo num diagrama P x V é
(b) Usaremos a convenção de que trabalho realizado pelo gás e calor injetado no gás são
positivos. Nesse caso, ∆U = Q − W . A energia interna de um gás ideal só depende da sua
temperatura. Como não há variação de temperatura no processo 1, a variação da energia
interna é nula ∆U1 = 0. No processo 2 o trabalho é nulo, pois não há variação de volume. A
variação de energia interna é, portanto, igual ao calor injetado no sistema (note que n = 1)
3R 3RT0
∆U2 = Q2 = CV ∆T = (2T0 − T0 ) = .
2 2
(d) De forma semelhante ao feito no item (c), o trabalho realizado pelo gás no processo
isotérmico 1 à temperatura T0 é
Z V0 /3 Z V0 /3
RT0
W1 = P dV = dV = −RT0 ln 3,
V0 V0 V
de tal forma que o trabalho total é Wtot = W1 + W3 = RT0 ln 3, onde usamos que o trabalho
é nulo nos processos isovoluméticos 2 e 4. Calor é injetado (positivo na nossa convenção) no
sistema apenas nos processos 2 e 3, pois:
(i) o calor no processo 1 é igual ao trabalho W1 (já que a energia interna é constante, porque
a temperatura é constante) e W1 < 0 (ver acima) e
(ii) o calor no processo 4 é Q4 = CV ∆T = 3R
2
(T0 − 2T0 ) = − 3RT
2
0
< 0.
O calor no processo 2 foi calculado no item (b) e é Q2 = 3RT0 /2. O calor no processo 3, que
é isotérmico, é igual ao trabalho realizado pelo gás Q3 = W3 = 2RT0 ln 3, como calculado no
item (c). O calor total injetado é, portanto,
3
Qinj = Q2 + Q3 = RT0 + 2 ln 3 .
2
6
Finalmente, o rendimento da máquina é
Wtot ln 3
η= = 3 ≈ 0,30.
Qinj 2
+ 2 ln 3
7
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Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o segundo semestre de 2017
Gabarito
Parte 2
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q6. (a) O potencial eletrostático total V (z) é a soma dos potenciais dos dois aros. O potencial
devido ao aro de carga negativa é
λ · 2πb 1
V− (z) = − √ ,
4π0 z 2 + b2
já que cada elemento de carga do aro está à mesma distância do ponto P . Analogamente, o
potencial devido ao aro de carga positiva é
2λ · 2π2b 1
V+ (z) = p .
4π0 z + (2b)2
2
qλ
z̈ ≈ − z.
40 mb2
A equação diferencial é equivalente à equação de um oscilador harmônico simples com frequência
angular r
qλ
ω= .
40 mb2
A frequência de oscilação é, portanto,
r
ω 1 qλ
f= = .
2π 4πb m0
1
Q7. (a) O campo elétrico fı́sico é dado por
h i
E(r,t) = Re Ẽ(r,t)
= E0 x̂Re ei(kz−ωt) + ŷRe iei(kz−ωt)
2
Q8. (a) Usando a relação entre a energia cinética e o momento linear (não-relativı́sticos) e a relação
de de Broglie
p2
= Ecin
2m
h h
⇒λ = =√
p 2m Ecin
6,63 × 10−34
= p = 0,26 nm.
2 × (9,11 × 10−31 ) × (22) × (1,6 × 10−19 )
Podemos verificar que esta relação é satisfeita para n = 2, uma vez que
3 136 3
13,6 × = = 34 × 3/10 = 10,2.
4 4 10
Assim, o número quântico do estado excitado é n = 2.
(c) Da relação de incerteza energia-tempo, temos
~ ~ 10−34
∆E ∆t ≥ ⇒ ∆E ≥ ≈ −8
J = 10−7 eV,
2 2∆t 10
que é a incerteza procurada.
(d) A energia cinética relativı́stica é (β ≡ v/c).
mc2
Ecin = p − mc2 .
1− β2
v2
2 Ecin Ecin
β = 2 ≈ 1 − 1 − 2 2 = 2 2.
c mc mc
Logo,
mv 2 p2
Ecin ≈ ≈ .
2 2m
Alternativamente, pode-se apontar que a energia cinética do elétron incidente, 22 eV, é muito
menor que a energia de repouso da partı́cula, 511 keV, o que justifica o uso da aproximação
não-relativı́stica.
3
Q9. (a) Como todo observável, à Hamiltoniana deve corresponder um operador Hermitiano. Sua
representação matricial é realizada por uma matriz Hermitiana, ou seja, uma matriz que é
igual a sua transposta complexa-conjugada, ou ainda, uma matriz cujos elementos Hij são tais
que
Hij = Hji∗ .
∗
Segue que, para que a matriz fornecida seja Hermitiana, então o elemento que falta é M23 e
E3 ∈ R e sua parte imaginária é zero.
(b) A matriz de A é evidentemente diagonal e dada na base considerada por
2 0 0
A = 0 2 0 .
0 0 1
e ele é, de maneira geral, não nulo. Segue que A não pode ser medido simultaneamente com
a energia. Alternativamente, pode-se dizer que A só pode ser medido simultaneamente com a
energia se M23 = 0.
(c) Devemos diagonalizar a Hamiltoniana. De sua estrutura de blocos, segue que o estado |1i
é auto-estado de H com auto-valor λ1 = E1
H|1i = E1 |1i .
Focando agora no sub-espaço gerado por |2i e |3i, as outras autoenergias são soluções de
E2 − λ M23
det ∗ = (E2 −λ)(E3 −λ)−|M23 |2 = 0 ⇒ λ2 −λ(E2 +E3 )+E2 E3 −|M23 |2 = 0.
M23 E3 − λ
λ1 = 1; λ2 = 2; λ3 = 4.
Já vimos que o auto-estado de λ1 é |λ1 i = |1i. Os auto-estados de λ2,3 são obtidos de
3 − λ2,3 1 a 0
= .
1 3 − λ2,3 b 0
4
Para λ2 = 2, o auto-estado é
1 1 1
√ → |λ2 i = √ (|2i − |3i) ,
2 −1 2
e para λ3 = 4, o auto-estado é
1 1 1
√ → |λ3 i = √ (|2i + |3i) .
2 1 2
O estado em t = 0 é |2i = √1 (|λ2 i + |λ3 i). A evolução temporal posterior é simples na base
2
de auto-estados de H
1 λ2 λ3
1 2 4
|ψ(t)i = √ e−i ~ t |λ2 i + e−i ~ t |λ3 i = √ e−i ~ t |λ2 i + e−i ~ t |λ3 i .
2 2
Na base original, o estado é
1 h −i 2 t −i ~4 t
i 1 h 4
−i ~ t −i ~2 t
4
−i ~ t −i ~2 t
i
|ψ(t)i = e ~ (|2i − |3i) + e (|2i + |3i) = e +e |2i + e −e |3i .
2 2
O vetor coluna correspondente na base original é
0
1 −i 4 t 2
e ~ + e−i ~ t .
2 4 2
e−i ~ t − e−i ~ t
5
Q10. (a) Nos itens abaixo, 1/β = kB T . Como os ı́ons são independentes, a função de partição é
dada pelo produto das funções de partição de cada ı́on
Z = Z1N ,
onde
2
X
Z1 = e−βDσ1 +βhσ1
σ1 =−1,0,+1
= e−βD+βh + 1 + e−βD−βh
= 1 + 2e−βD cosh(βh).
Logo
Z = (1 + 2e−βD cosh(βh))N .
F kB T
f= =− ln Z = −kB T ln Z1 = −kB T ln(1 + 2e−βD cosh(βh)).
N N
U 1 ∂ ∂
u= =− ln Z = − ln Z1 .
N N ∂β ∂β
Calculando a derivada
2e−βD
u= (D cosh hβ − h sinh hβ) .
2e−βD cosh hβ + 1
6
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Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o primeiro semestre de 2018
Gabarito
Parte 1
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q1. (a) As equações de movimento são
dv
Fg = −mgẑ = m ⇒ v̇x = 0, v̇z = −g.
dt
v̇x = 0 ⇒ vx (t) = C1
vx (0) = v0 cos θ = C1 ⇒ vx (t) = v0 cos θ,
dx
= vx = v0 cos θ ⇒ x(t) = v0 t cos θ + C1
dt
x(0) = 0 = C1 ⇒ x(t) = v0 t cos θ,
dz 1
= v0 sin θ − gt ⇒ z(t) = v0 t sin θ − gt2 + C2
dt 2
1 2
z(0) = 0 = C2 ⇒ z(t) = v0 t sin θ − gt .
2
L = r × p = mr × v
1 2
L = m x̂ (v0 t cos θ) + ẑ v0 t sin θ − gt × [x̂ (v0 cos θ) + ẑ (vo sin θ − gt)]
2
1 2
L = mgv0 t cos θ ŷ.
2
N = r × Fg
1 2
N = x̂ (v0 t cos θ) + ẑ v0 t sin θ − gt × (−mgẑ)
2
N = (mgv0 t cos θ) ŷ.
dL
= N.
dt
1
Q2. (a) A força pedida é
dU2 (r)
F2 = −∇U2 (r) = −r̂ = −krr̂ = −kr = −k(xx̂ + yŷ).
dr
(b) A energia cinética da partı́cula é dada por
1 1
T = mv 2 = m ṙ2 + r2 θ̇2 .
2 2
Como U1 (y) = λy = λr sin θ, a energia potencial em coordenadas polares é
1
U = kr2 + λr sin θ.
2
A lagrangiana da partı́cula é, portanto,
L = T − U,
1 2 1
L = m ṙ + r2 θ̇2 − kr2 − λr sin θ.
2 2
Usando
∂L
= mrθ̇2 − kr − λ sin θ,
∂r
∂L
= mṙ,
∂ ṙ
∂L
= −λr cos θ,
∂θ
∂L
= mr2 θ̇,
∂ θ̇
as equações de movimento de Euler-Lagrange são dadas por
∂L d ∂L
− =0 ⇒ mr̈ − mrθ̇2 = −kr − λ sin θ,
∂r dt ∂ ṙ
∂L d ∂L d 2
− =0 ⇒ mr θ̇ = −λr cos θ, (1)
∂θ dt ∂ θ̇ dt
2
m r θ̈ + 2rṙθ̇ + λr cos θ = 0.
2
Q3. (a) A forma geral das soluções ψ1 (x) (região 1: x < 0) e ψ2 (x) (região 2: x > 0) é
√
ψ1 (x) = A eik1 x + B e−ik1 x , k1 = 2mE/~,
p
ψ2 (x) = C eik2 x + D e−ik2 x , k2 = 2m(E − V0 )/~,
ψ1 (0) = ψ2 (0) ⇒ A + B = C,
ψ10 (0) = ψ20 (0) ⇒ k1 (A − B) = k2 C.
Assim,
2 2 p !2
|B|2
B k1 − k2 k1 − k2 1 − k2 /k1 1− (E − V0 )/E
= ⇒R= = = = p .
A k1 + k2 |A|2 k1 + k2 1 + k2 /k1 1 + (E − V0 )/E
onde A, B e C são constantes complexas a serem determinadas e já excluı́mos um termo com
exponencial crescente para x > 0 por corresponder a uma função de onda que não é limitada
superiormente quando x → +∞.
|B|2
(d) A probabilidade pedida é o coeficiente de reflexão R = |A|2
, como no item (b).
ψ1 (0) = ψ2 (0) ⇒ A + B = C,
ψ10 (0) = ψ20 (0) ⇒ i k1 (A − B) = −κ C,
donde
B k1 − iκ |B|2 k12 + κ2
= ⇒R= = = 1.
A k1 + iκ |A|2 k12 + κ2
3
Q4. (a) Do gráfico, pode-se estimar y1 ≈ 25µm. Para o ângulo, se L é a distância da grade ao
plano do detector
2,5 × 10−5
θ1 ≈ tgθ1 = y1 /L = = 2,0 × 10−5 rad.
1,25
(b) Se d é a separação entre as fendas da grade, a condição para interferência construtiva é, do
formulário,
d senθn = nλ.
Para o primeiro máximo (n = 1)
(c) A massa molar do C60 é 60 × 12 = 72 × 101 g/mol. Logo, a massa de uma molécula é
72 × 101 g
M= 23
= 1,2 × 10−24 kg.
6,02 × 10
O módulo do momento linear de uma molécula é
h
λdB = = 6,63 × 10−34 /2,6 × 10−22 = 2,6 × 10−12 m.
p
4
Q5. (a) A pressão final Pf é a soma da pressão externa Pa e a pressão Pm devido à força da mola.
Esta última é
kx 400 × 2
Pm = = −3
= 1,6 × 105 N/m2 ,
A 5 × 10
onde x é a variação de comprimento do cilindro. Assim
Pi V i Pf V f Pf Vf Ti Pf Ti (L + x) 2,6 × 300 × 27
= ⇒ Tf = = = = 8,4 × 102 K.
Ti Tf Pi Vi Pi L 1 × 25
(c) O trabalho total W realizado pelo gás é igual à soma da variação de energia potencial
elástica da mola Wm com o trabalho Wa realizado contra a pressão externa constante
(d) O calor Q fornecido ao gás é igual ao trabalho total W calculado em (c) mais a variação
da energia interna do gás ∆U
5
EUF
Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o primeiro semestre de 2018
Gabarito
Parte 2
• Estas são sugestões de possı́veis respostas.
Outras possibilidades também podem ser consideradas corretas, desde que equivalentes às res-
postas sugeridas abaixo.
Q6. (a) Há conservação de energia mecânica dos ı́ons entre a fonte e a fenda de entrada. A energia
mecânica total é a soma da energia cinética e potencial elétrica. Assim, se a velocidade final
procurada tem módulo v e as energias mecânicas inicial e final são Ei e Ef , respectivamente,
r
1 2 2qV
Ei = qV = Ef = mv ⇒ v = .
2 m
Dentro da câmara, a energia mecânica, que é puramente cinética, é conservada, já que o campo
magnético não realiza trabalho. Portanto, v é também o módulo da velocidade dos ı́ons quando
passam pela fenda de saı́da.
(b) O módulo da força magnética Fm dentro da câmara é
pois v e B são perpendiculares entre si. A força magnética é a resultante centrı́peta responsável
pelo movimento circular uniforme dos ı́ons. Portanto,
mv 2 qBr qB 2 r2
qvB = ⇒m= ⇒m= ,
r v 2V
onde usamos o resultado do item (a) no último passo.
(c) A resolução das medidas de massa ∆m está relacionada ao erro na medida do raio ∆r por
∂m qB 2 r
∆m = ∆r ⇒ ∆m = ∆r.
∂r V
Assim,
1,6 × 10−19 × (1,00)2 × 1,0 × 10−1
∆m = 100 × 10−6 = 4,0 × 10−28 kg.
4,0 × 103
(d) A diferença de massa entre os isótopos δm é aproximadamente duas vezes a massa do
nêutron
δm = 2 × 1,7 × 10−27 kg = 3,4 × 10−27 kg.
Essa diferença é 8,5 vezes a resolução do aparelho. Portanto, é possı́vel distinguir os isótopos.
1
Q7. (a) Partindo das equações de Maxwell em meios materiais (dadas no formulário) e fazendo
ρF = 0, JF = σE, D = E e B = µH,
∂ ∂
∇ × ∇×E = − (∇×B) ⇒ ∇ (∇·E) − ∇2 E = − (∇×B)
∂t ∂t
Usando as Eqs. (2) e (5)
2 ∂ ∂E
−∇ E = − µσE + µ .
∂t ∂t
Finalmente,
∂E ∂ 2E
∇2 E − µσ − µ 2 = 0.
∂t ∂t
∂ 2E
∇2 E = 2
= −k 2 E
∂x
∂E
= −iωE
∂t
∂ 2E
= −ω 2 E
∂t2
⇒ −k 2 + iµσω + µω 2 E = 0
Portanto
σ
k 2 = µω 2 + iµσω = µω 2 1 + i .
ω
Quando σ = 0, k é real e a propagação da onda se dá com amplitude constante, sem atenuação.
2
Q8. (a) Medidas da energia dão como resultado auto-valores do hamiltoniano. Ao auto-valor E0
corresponde unicamente o estado |1i. Portanto, o protocolo P1 prepara sempre o estado |1i.
(b) Ao auto-valor E corresponde o sub-espaço gerado pelos estados |2i e |3i. Portanto, os
estados preparados por P2 são da forma
Os auto-valores são
λ0 = E0 , λ+ = E + W, λ− = E − W.
|λ0 i = |1i
(d) Primeiramente, escrevemos o estado inicial |ψ(t = 0)i = |2i na base de auto-estados de H
1
|ψ(t = 0)i = |2i = √ (|λ+ i + |λ− i) .
2
Para t > 0, a evolução temporal na base de auto-estados de H é simples
1 λ+ λ−
1 E+W E−W
|ψ(t)i = √ e−i ~ t |λ+ i + e−i ~ t |λ− i = √ e−i ~ t |λ+ i + e−i ~ t |λ− i .
2 2
Alternativamente, na base inicial o estado é
1 h −i E+W t E−W
i
|ψ(t)i = e ~ (|2i + |3i) + e−i ~ t (|2i − |3i) ,
2
E
|ψ(t)i = e−i ~ t [cos (W t/~) |2i − i sin (W t/~) |3i] .
3
Q9. (a) A energia dos fótons E = hc/λ é inversamente proporcional ao comprimento de onda.
Portanto, os fótons espalhados, que transferiram parte de sua energia aos elétrons, têm com-
primento de onda maior que os incidentes. Segue que o comprimento de onda dos raios X
incidentes é λ1 e o comprimento de onda dos fótons espalhados é λ2 > λ1 .
(b) O comprimento de onda do fóton incidente é
hc 1,24 keV nm
λi = = = 0,54 Å.
Ei 23 × 103 eV
h λC 0,0243
λ = λi + [1 − cos (60o )] = λi + = 0,54 + = 0,55 Å.
m0 c 2 2
(d) A variação da energia total relativı́stica do elétron no evento é igual à variação procurada
de sua energia cinética ∆K, já que a energia de repouso não varia. Como a energia cinética
inicial do elétron é praticamente nula, sua energia cinética após o espalhamento é ∆K. Essa
variação, por sua vez, é igual (em módulo) à variação da energia do fóton no espalhamento, ou
seja,
hc 1,24 keV nm
∆K = Ei − = 23 keV − = (23 − 22,5) keV = 0,5 keV.
λ 0,055 nm
4
Q10. a) Se o momento da partı́cula é p = px x̂ + py ŷ + pz ẑ, seu hamiltoniano H1 é a soma das
energias cinética e potencial gravitacional
p2x p2y p2
H1 = + + z + mgz
2m 2m 2m
b) Por se tratar de um sistema de partı́culas que não interagem entre si, sua função partição
Z é
ZN
Z= 1 ,
N!
onde já incluı́mos o fator de correção de contagem de Gibbs e
ZL ZL ZL Z∞ Z∞ Z∞
1
Z1 = 3 dxdydz dpx dpy dpz e−βH1 ,
h
0 0 0 −∞ −∞ −∞