0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
333 vues6 pages
O documento discute os princípios fundamentais da transdisciplinaridade. Ele defende que (1) o ser humano não deve ser reduzido a definições formais, mas deve ser visto de forma holística; (2) a realidade é plural e deve ser entendida por meio de diferentes níveis de compreensão; (3) a transdisciplinaridade busca a união dos saberes para novas descobertas que transcendam as disciplinas individuais.
Description originale:
Resenha da Carta da Transdisciplinaridade ancorada a curso de Projeto Interdisciplinar, oferecido pela Licenciatura em Letras Português/Inglês UFLA-MG
O documento discute os princípios fundamentais da transdisciplinaridade. Ele defende que (1) o ser humano não deve ser reduzido a definições formais, mas deve ser visto de forma holística; (2) a realidade é plural e deve ser entendida por meio de diferentes níveis de compreensão; (3) a transdisciplinaridade busca a união dos saberes para novas descobertas que transcendam as disciplinas individuais.
O documento discute os princípios fundamentais da transdisciplinaridade. Ele defende que (1) o ser humano não deve ser reduzido a definições formais, mas deve ser visto de forma holística; (2) a realidade é plural e deve ser entendida por meio de diferentes níveis de compreensão; (3) a transdisciplinaridade busca a união dos saberes para novas descobertas que transcendam as disciplinas individuais.
Uma vez analisada, a Carta da Transdiciplinaridade traz em seu preambulo, uma explicação de como devemos pensar sobre a educação que consiste nos seguintes tópicos: · Considerando que a proliferação atual das disciplinas acadêmicas e não-acadêmicas leva a um crescimento exponencial do saber, o que torna impossível qualquer visão global do ser humano,
· Considerando que somente uma inteligência capaz de abarcar a
dimensão planetária dos conflitos atuais poderá enfrentar a complexidade de nosso mundo e o desafio contemporâneo da autodestruição material e espiritual de nossa espécie,
· Considerando que a vida está fortemente ameaçada por uma
tecnociência triunfante, que obedece apenas à lógica assustadora da eficácia pela eficácia,
· Considerando que a ruptura contemporânea entre um saber cada
vez mais acumulativo e um ser interior cada vez mais empobrecido leva a uma ascensão de um novo obscurantismo, cujas consequências no plano individual e social são incalculáveis,
· Considerando que o crescimento dos saberes, sem precedente na
história, aumenta a desigualdade entre aqueles que os possuem e aqueles que deles são desprovidos, gerando assim desigualdades crescentes no seio dos povos e entre as nações de nosso planeta, · .
Considerando ao mesmo tempo em que todos os desafios enunciados
têm sua contrapartida de esperança e que o crescimento extraordinário dos saberes pode levar, a longo prazo, a uma mutação comparável à passagem dos hominídeos à espécie humana,
· Considerando o que precede, os participantes do Primeiro
Congresso Mundial de Transdisciplinaridade (Convento de Arrábida, Portugal, 2-7 de novembro de 1994) adotam a presente Carta, que contém um conjunto 78 de princípios fundamentais da comunidade dos espíritos transdisciplinares, constituindo um contrato moral que todo signatário desta Carta faz consigo mesmo, sem qualquer pressão jurídica e institucional. (CARTA DA TRANSDISCIPLINARIDADE)
Visto que estamos vivenciando a era da informação, a sociedade da informação
somos bombardeados por de dados informacionais s a todo instante, e não prestamos a devida atenção a todas estas informações. No âmbito escolar, podemos destacar a ocorrência de inúmeras didáticas, cada uma buscando a sua própria metodologia de ensino. Uma vez na sociedade da informação os direcionamentos são ocasionados de inúmeras formas, o que causa no aluno um certo desconforto ao passo de refletir o ensino, ou a informação, concluindo assim que essa esteja externa a ele. Nesta linha de raciocínio, o mais plausível possível seria um grande encadeamento das disciplinas ofertadas, seja em âmbito escolar, seja em âmbito acadêmico, para que o aluno então, possa internalizar os conteúdos, seguindo a premissa de que um está totalmente ligado ao outro, e que o saber em si, está direcionado a amplitude dos saberes, ou seja, uma junção de todos em algo que seja único, o saber individual dos mesmos meios de divulgação do saber derivado. Artigo 1. Qualquer tentativa de reduzir o ser humano a uma definição e de dissolvê-lo em estruturas formais, quaisquer que sejam, é incompatível com a visão transdisciplinar; Neste artigo, podemos observar que há uma crítica ao esvaziamento de uma visão integral do ser humano, no sentido de incluir não apenas incluir o ser humano com apenas um objeto, de estudo, mas também como sujeito, como pessoa que tem dignidade, amores e sentimentos e emoções e que não pode ser reduzido ao mero objeto de estudo. Em filosofia nós nos estudamos, nos autos avaliamos, o tempo todo, temos até uma direção dada pelo professor e por Socrates, conhece-te a ti mesmo, mas a questão aqui é a de não reduzir o ser humano a um objeto de estudo, mas sim levar em consideração a questão desse ser humano ser um sujeito carregado de subjetividade. Portanto, essa foi uma leitura feita por mim pelo artigo número 1 da Carta de Transdiciplinaridade, é bom ter um som senso de levar em consideração que a analise feita não deve ser eleita como uma visão sobre o ser humano em geral, tenho aqui uma breve analise da visão de ser humano aluno, enquanto objeto de estudo. Com isso devemos ter uma visão mais holística do ser humano não apenas como objeto de estudo mas também como um sujeito carregado de informações e complexidades e de conhecimentos. Ele( o ser humano) é um sujeito que nós tentamos conhecer, o único meio de conhecer essa subjetividade do ser humano, e conhecendo-o pelo seu discurso. Artigo 2. O reconhecimento da existência de diferentes níveis de realidade, regidos por lógicas diferentes, é inerente à atitude transdisciplinar. Toda tentativa de reduzir a realidade a um só nível, regido por uma lógica única, não se situa no campo da transdisciplinaridade. Nesta seção, o que a Carta da Transdiciplinaridade traz conhecimentos lógicos, descrevendo a realidade em dois únicos típicos de funcionamentos, em nível macro físico, e em nível micro físico, assim organizando esses níveis para que o ser humano possa de fato entender e compreender, assim organizando o nível da consciência humana. Quando exercitamos o poder de pensar, a arte de pensar nós atravessamos vários níveis de consciência, essa organização desses níveis exemplifica que o que nós vemos além do que vemos. Portanto, o conhecimento é plural e construído de forma plural, assim dado informação e conhecimento se interligam. Artigo 3. A transdisciplinaridade é complementar à abordagem disciplinar; ela faz emergir do confronto das disciplinas novos dados que as articulam entre si; e ela nos oferece uma nova visão da Natureza e da Realidade. A transdisciplinaridade não busca o domínio de várias disciplinas, mas a abertura de todas elas àquilo que as atravessa e as ultrapassa. Podemos propor nesta seção, uma reunião dos saberes, ou seja, qual é a grande questão que atravessa todas as disciplinas, questões como: quem nós somos, de onde nós viemos (origem), e para onde nós vamos (direção), essas grandes questões atravessam todas as disciplinas, e junção dessas questões que perpassam todas as disciplinas; inspirando em vários filósofos e também em Sócrates, a questão do sei, nada sei, é uma doce ingnorancia, entendo que no fundo o que motiva um conhecimento cientico, é o que ele não consegue resolver, a questão que não tem resposta e um objeto cientifico. O que nos une aqui, nesta seção é a união para descobertas novas. Artigo 4 O ponto de sustentação da transdisciplinaridade reside na unificação semântica e operativa das acepções através e 94 além das disciplinas. Ela pressupõe uma racionalidade aberta, mediante um novo olhar sobre a relatividade das noções de ‘definição’ e de ‘objetividade’. O formalismo excessivo, a rigidez das definições e o exagero da objetividade, incluindo a exclusão do sujeito, levam ao empobrecimento. O ponto chave está na acepção de que todas as disciplinas são como contas de um colar, e que a transdiciplinaridade é a linha que perpassa todas as contas formando assim, um belo colar, em termos filosóficos, qual o sentido da disciplina? Porque ele existe? O que ele traz de novo? E não somente, devemos pensar a questão da eficácia, da competência, devemos levar em consideração o significado ético da disciplina, ao que ela contribui e quais são seus subsídios ao nível social, ambiental, filosófico. Contudo, mas não mais importante, consiste no que esta além das disciplinas. O ser humano é um ser de linguagens, um ser de anseios, emoções. Podemos ter tudo preenchido, mas ainda desejemos algo que nem sabemos o que é, mas desejamos. O ser o humano e feito de sentidos. Portanto o que podemos concluir que o que está além das disciplinas é a questão do sentidos, não distante dos grandes problemas enfrentados ao passo do desejo humano, a ao passo do desejo humano de desejar.
O Artigo 5. A visão transdisciplinar é resolutamente aberta na medida que ultrapassa o
campo das ciências exatas devido ao seu diálogo e sua reconciliação, não apenas com as ciências humanas, mas também com a arte, a literatura, a poesia e a experiência interior. Eu ressaltaria aqui, a questão da experiência interior de cada um, a questão da inspiração, da afetividade, da criatividade, sensibilidade e de como razão humana nos me deixa louco. Deixo aberta a questão da relação do conhecimento cientifico com a experiência interior de cada um. Artigo 6. Com relação à interdisciplinaridade e à multidisciplinaridade, a transdisciplinaridade é multirreferencial e multidimensional. Embora levando em conta os conceitos de tempo e de História, a transdisciplinaridade não exclui a existência de um horizonte transistórico e Artigo 7. A transdisciplinaridade não constitui nem uma nova religião, nem uma nova filosofia, nem uma nova metafísica, nem uma ciência das ciências. A interdisciplinaridade gerou novas disciplinas. Biologia com a Neurobiologia. E o cruzamento dos saberes, onde criou saberes mais especializados, mas a fragmentação do saber ainda continua. A Multidisciplinaridade acontece internamente, ou seja, dentro de uma disciplina para estudar um objeto, como um quadro por exemplo, a gente vai chamar várias disciplinas, para estudar e interpretar essas obras. Em consideração a interdisciplinaridade, e notável que ela gerou um saber especializado e mais tecninicista, porem ainda existe a fragmentação dos saberes, e de bom senso que pensemos em um horizonte que seja palpável, tangível, ou até mesmo intangível se for o caso(+rss), ou seja um horizonte que dá sentido a história, um horizonte transitório, um horizonte que humaniza (vida boa, com paz um em os outros e instituições justas) a história. Artigo 8 A dignidade do ser humano é também de ordem cósmica e planetária. O aparecimento do ser humano sobre a Terra é uma das etapas da história do Universo. O reconhecimento 97 da Terra como pátria é um dos imperativos da transdisciplinaridade. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade, mas, a título de habitante da Terra, ele é ao mesmo tempo um ser transnacional. O reconhecimento pelo direito internacional da dupla cidadania - referente a uma nação e à Terra - constitui um dos objetivos da pesquisa transdisciplinar. Pode observar aqui, que há a noção da interconexão do que é local com o que é global. Uma espécie de globalização. Ou seja, o que acontece no mundo e no brasil. Artigo 9. A transdisciplinaridade conduz a uma atitude aberta em relação aos mitos e religiões e àqueles que os respeitam num espírito transdisciplinar. Ao fazermos nossa construção de sentido, nossa construção de informações em conhecimento, muitas vezes no cotidiano, no local existe um conhecimento que já existe, ou seja se a roda existe, porque eu vou reinventa-la? A UFLA tem uma experiência, nossos professores tem uma experiência de vida, é de bom senso que se ouça esses exemplos, que absorvamos essa experencia, mas não somente nos fechar a isso, mas a capacidade sagrada de cada indivíduo desenvolver sua capacidade crítica de forma única e individual. Levando em consideração o espaço dessa construção de sentido, o conhecimento já existente não é cientifico, porem e armado de sua riqueza e contribuições particulares. Artigo 10. Não existe um lugar cultural privilegiado de onde se possa julgar as outras culturas. A abordagem transdisciplinar é ela própria transcultural. No fundo, a violência, a busca da integridade das pessoas está inserida em quase, ou em todas as culturas conhecidas; essas tradições de violência vão se expressar de modo diferente; a busca do bem vai se manifestar de formas diferentes em culturas diferentes; aos morais são várias, existe, claro uma ambição de igualdade, de respeito, de bem comum, de dignidade, etc.. Mas, eu diria que essa questão precisa ser visitada novamente, e discutida localmente, a luz dos direitos humanos. No entanto, e claro que esse pedido não esperou a revolução francesa para acontecer, outros povos outros locais, outras histórias tem um pedido semelhante. Já a dignidade humana em massa também não esperou a revolução pra manifestar seu desejo de liberdade. Qualquer povo pode se levantar e falar de valores humanos. Precisamos respeitar todas as culturas, respeitando a cultura. Artigo 11. Uma educação autentica não pode privilegiar abstração no conhecimento. Ela deve ensinar a contextualizar, concretizar e globalizar. A educação transdisciplinar reavalia o papel da instituição do imaginário, da sensibilidade e do corpo na transmissão do conhecimento. É uma vertente que coloca a educação ligada a ecologia, ou seja, colocando em discussão a dicotomia sujeito x ambiente. O saber é feito por um sujeito que está dentro de um corpo que esta dentro de um contexto ambiental e tudo isso esta interligado. A racionalidade, a intuição, a sensibilidade o corpo e o meio ambiente conversam para desenvolver uma formação humana. Concluo então que deveria ser feita uma educação direcionada as várias potencialidades humanas e também aos seus mistérios. Artigo 12. A elaboração de uma economia transdisciplinar está baseada no postulado de que a economia deve estar a serviço do ser humano e não ao inverso. Esse artigo fala de economia sustentável, sustentabilidade da pesquisa e não uma pesquisa que esteja a serviço de um poder econômico, somente pra fim lucrativos sem levar em consideração o meio ambiente e a preocupação ética. Artigo 13 A ética transdisciplinar recusa toda e qualquer atitude que rejeite o diálogo e a discussão, qualquer que seja a sua origem – de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política, filosófica. O saber compartilhado deve levar a uma compreensão compartilhada, fundamentada no respeito absoluto às alteridades unidas pela vida comum numa só e mesma Terra. Muito importante frisar que esse artigo nos mostra a importância da pesquisa cientifica, e uma das condições de possiblidade é a de um espaço neutro, ou seja, não quer dizer tomar uma certa posição, mas sim, a neutralidade das condições de pesquisa para que o dialogo cientifico possa ocorrer. Posso não concordar com o que você diz, mas defendo ate a morte o seu direito de falar, essa frase mostra a neutralidade de um posicionamento cientifico, precisamos ouvir o outro mesmo sem concordar com ele, sem entrar em guerra, isso é uma troca uma evolução de saberes, misturando o que 1 pensa e que 2 pensam. Não dizer de forma alguma que 1 e certo, mas estabelecer uma conexão entre os dois posicionamentos para criar um 3º, uma definição nova. Por isso a necessidade de um espaço neutro, sereno para que essa troca de informação seja possível. Artigo 14. Rigor, abertura e tolerância são as características fundamentais da visão transdisciplinar. O rigor da argumentação que leva em conta todos os dados é o agente protetor contra todos os possíveis desvios. A abertura pressupõe a aceitação do desconhecido, do inesperado e do imprevisível. A tolerância é o reconhecimento do direito a idéias e verdades diferentes das nossas. E importante que levamos em consideração, como dito no artigo acima, as noções de rigor, abertura e tolerância. O rigor abre a discussão sobre a disciplina do pesquisador. O pesquisador com ideias transdisciplinares, não é indisciplinado, ao contrário, esse pesquisador deve ter a ideia concisa de que há uma certa ordem, uma certa regra, que a transdiciplinaridade coloca o ser humano como objeto de estudo. A abertura, nos passa a ideia de diálogo e a importância do legado filosófico para humanidade e para ciência. Já a tolerância remete a questão da afetividade; quando construímos conhecimento com afetividade, esse passa a ser uma “tarefa” gostosa de desempenhar. Com carinho e atenção tudo acontece, mesmo quando a gente constrói esse conhecimento com desconfiança. Considerações Finais Pois bem, a transdiciplinaridade são áreas do conhecimento que se cruzam. Não a visão distante do conhecimento, mas uma visão construída ao passo em que uma área do saber influencia e ajuda na compreensão de outra. Portanto, a Carta de Transdiciplinaridade, nos mostra uma visão do trabalho em grupo e desempenhado pelo grupo. Esse documento é de enorme relevância ao passo que nos mostra também como sermos transdisciplinares em nossas vidas cotidianas.