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Profª Leila Lessa/ Anatomia e Fisiologia Humana

Módulo 1

Centro de Estudos Fundação São Lucas


Anatomia e Fisiologia Humana
Professora Leila Lessa

Introdução à Anatomia

Sistema Esquelético

Sistema Muscular

Sistema Tegumentar

Introdução à Fisiologia
Profª Leila Lessa/ Anatomia e Fisiologia Humana

POSIÇÃO ANATÔMICA

As descrições anatômicas tendem a relacionar a estrutura com a posição


anatômica, padronizando e facilitando o seu entendimento.

O indivíduo em posição anatômica:

• Está em pé (posição ereta ou ortostática);

• Com a cabeça voltada anteriormente e o olhar na linha do horizonte;

• Tem os membros superiores pendentes ao longo do tronco, com as palmas


das mãos voltadas anteriormente;

• Tem os membros inferiores justapostos, com os dedos dos pés direcionados


anteriormente.

TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO

Descrevem as relações das partes do nosso corpo em posição anatômica.

• Anterior ou ventral: voltado ou mais próximo da fronte;

• Posterior ou dorsal: voltado ou mais próximo do dorso;

• Superior ou cranial: voltado ou mais próximo da cabeça;

• Inferior ou podálico: voltado ou mais próximo do pé;

• Medial: mais próximo do plano mediano;

• Lateral: mais próximo do plano mediano;

• Intermédio: entre uma estrutura lateral e outra medial;

• Proximal: mais próximo do tronco ou do ponto de origem do membro;

• Distal: mais distante do tronco ou do ponto de origem do membro;

• Médio: entre uma estrutura proximal e outra distal;

• Superficial: mais próximo da superfície;

• Profundo: mais distante da superfície;

• Interno: no interior de um órgão ou de uma cavidade;


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• Externo: externamente a um órgão ou a uma cavidade;

• Ipsilateral: do mesmo lado;

• Contralateral: do lado oposto.

Sistema Esquelético

O que são ossos? O osso é um tecido multifuncional, metabolicamente muito


ativo, constituído por uma população heterogênea de células, em diferentes
estágios de diferenciação celular. Está em equilíbrio dinâmico, com regulação
da mobilização e deposição mineral, durante a vida do animal. É um tecido
metabolicamente que sofre um processo contínuo de renovação e
remodelação. Esta atividade é consequência, em sua maior parte, da atividade
de dois tipos celulares principais, característicos do tecido ósseo: os
osteoblastos e os osteoclastos. Um terceiro tipo celular, os osteócitos,
derivados dos osteoblastos, são metabolicamente menos ativos, e sua função
menos conhecida. O processo de remodelação óssea desenvolve-se com base
em dois processos antagônicos, mas acoplados: a formação e a reabsorção
ósseas. O acoplamento dos dois processos permite a renovação e
remodelação ósseas e é mantido a longo prazo por um complexo sistema de
controle que inclui hormônios, fatores físicos e fatores humorais locais. Uma
série de condições como idade, doenças ósteo-metabólicas, mobilidade
diminuída, ação de algumas drogas, etc., podem alterar este equilíbrio entre
formação e reabsorção, levando ao predomínio de um sobre o outro. Nutrientes
presentes em menores quantidades nas dietas, os minerais são fundamentais
para o funcionamento das rotas metabólicas. A interação entre estas classes de
nutrientes é perfeita e a disponibilidade destes nutrientes determina o melhor
desempenho dos animais. Os minerais apresentam uma função estrutural (ex.
cálcio e fósforo) e/ou metabólica.

O osso está intimamente relacionado com o crescimento do animal, sofrendo


adaptações constantes quanto à sua constituição, podendo estar hipertrofiado
quando é mais exigido, ou atrofiado quando em desuso. Serve de reserva
metabólica de cálcio e fósforo no organismo, os quais podem ser mobilizados
durante alterações da homeostase (Macariet al. 2002). O osso é um tecido
dinâmico, complexo, influenciado por fatores fisiológicos, nutricionais e físicos,
como estresse mecânico e atividades físicas. Para atender às necessidades de
crescimento do organismo os ossos sofrem processo de modelagem, que
representa o alongamento longitudinal e do diâmetro. Segundo Macariet al.
(1994), há uma variação individual e específica do crescimento de cada osso
cujo controle se dá sobre a físe, isto é, cada cartilagem de conjugação tem uma
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taxa específica de crescimento, em que o controle é geralmente hereditário. A


remodelagem é o termo usado para descrever processos de reabsorção e
formação de tecido mineralizado que mantém a massa e a morfologia. A
manutenção de concentrações adequadas de cálcio no sangue é prioritária
sobre a manutenção da integridade estrutural do osso (Johnson, 2000).

O osso é constituído aproximadamente por 70% de minerais, 20% de matriz


orgânica e cerca de 10% de água, o que o diferencia de outros tecidos
conjuntivos menos rígidos (Rathet al. 2000). A matriz mineral ou inorgânica é
formada predominantemente por Ca e P, na forma de cristais de hidroxiapatita,
Ca3(PO4)2, constituindo aproximadamente 60 a 70% do peso do osso e sendo
responsável pelas propriedades de rigidez e resistência à compressão. Outros
minerais também são encontrados, como 13% de carbonato de Ca (CaCO3), e
2% de fosfato de magnésio, Mg(PO4)2 (Field, 2000).

http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/osso_henn.pdf

Ossificação

O processo pelo qual o osso se forma é denominado ossificação ou


osteogênese O processo de ossificação inicia-se aproximadamente a partir da
sexta semana de vida intra-uterina e continua durante toda a vida. No feto,
podem ser descritos dois tipos de ossificação: intramembranácea e
endocondral. No tipo intramembranáceo, como o nome indica, a ossificação
começa sobre membranas preexistentes de tecido conjuntivo. É o que
acontece com alguns dos ossos planos do neurocrânio*, partes da mandíbula e
da clavícula. Nos ossos restantes, a ossificação realiza-se sobre modelos
preexistentes de cartilagem*. Embora os processos de ossificação apresentem
diferenças, o osso resultante é idêntico. O osso tem duas apresentações
macroscópicas: a compacta e a esponjosa A substância compacta é uma
estrutura sólida, “sem” espaços internos. Ela dá contorno ao osso, constituindo
sua porção externa ou lâ- mina cortical. Por ser compacta é menos elástica que
a porção interna do osso. Esta é formada pela substância esponjosa ou
trabecular, mais elástica. É um emaranhado de trabéculas* ou espículas
ósseas, com pequenos espaços ou cavidades entre elas, preenchidos por
medula óssea. O arranjo do trabeculado não é disforme ou ao acaso; pois
apresenta uma disposição arquitetônica toda especial para melhor responder
às forças que agem sobre o osso (sobre arquitetura óssea vale a pena ler a
primeira página do subcapítulo “Biomecânica* do esqueleto facial”). A
substância esponjosa é encontrada, principalmente, nos ossos curtos, nas
epífises* dos ossos longos e no interior de alguns ossos planos do crânio
(estude o quadro “Veja bem...” neste capítulo). Os canais* ósseos, os seios*
aéreos e os alvéolos* dentais, apesar de internos, são formados por substância
compacta.
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Funções do Sistema Esquelético

Fisicamente os ossos constituem a estrutura rígida de sustentação e de


movimentação do corpo. Ao sustentar o corpo, o esqueleto apóia todas as suas
partes e provê compartimentos fechados para órgãos internos, que se acham
assim protegidos. É o caso do encéfalo na cavidade craniana, do coração na
caixa torácica, da medula espinal no canal vertebral, da medula óssea nas
cavidades medulares dos ossos longos e nos espaços intertrabeculares da
substância esponjosa de ossos do crânio (díploe), esterno, costelas, vértebras,
osso do quadril e epífises de ossos longos. A medula óssea vermelha tem
função de produzir células sangüíneas (observe que a função hemopoética não
é do osso, mas sim da medula óssea vermelha). Os ossos contribuem de forma
fundamental para movimentar o corpo. Servem de inserção* aos músculos,
que, ao se contraírem, propiciam a movimentação do esqueleto que se dobra
nas articulações, sendo o osso o elemento passivo nessa movimentação. Os
ossos têm também a função química de armazenar sais de cálcio, fósforo,
magnésio, sódio, potássio etc. Quase todo o cálcio do corpo está estocado nos
ossos. O organismo recebe cálcio dos alimentos e o elimina na urina. Caso
elimine mais do que recebe, o organismo retira cálcio dos ossos. Dessa
maneira, eles são um reservatório mineral natural.

http://www.ict.unesp.br/disciplina/anatomia/CAP-02_parcial-ROELF.pdf

Divisão do Esqueleto:

Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.

Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores.

A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas
escapular e pélvica.

Classificação dos Ossos:

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:

Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por
um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes
garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse
mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor
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distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido
ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso

em suas epífises. Exemplo: Fêmur.

Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos


praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso,
exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo
compacto. Exemplo: Ossos do Carpo.

Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas
paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre
elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas
para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal.

Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que
podem ser distribuído em 5 grupos:
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Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam


canal central. Exemplo: Costelas.

Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas


por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu
volume. Exemplo: Esfenoide.

Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados


em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso
esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras.

Ossos Sesamoides: Estão presentes no


interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse
físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de
pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados,
normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções
notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamoides, presentes
em quase todos os seres humanos.
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Ossos Suturais: São pequenos ossos localizados dentro de articulações,


chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito
de pessoa para pessoa.

Estrutura dos Ossos Longos:

A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é


responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de
crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes
de um osso longo são as seguintes:

Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido


ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.

Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o


articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise
consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso
e recobertas por cartilagem.

Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.


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Fonte: auladeanatomia.com.br
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Músculos

Conceito de Músculos:

São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela


sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por
células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é
ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de
transformar energia química em energia mecânica.

O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das fibras


musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina
presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar algum O2
proveniente da circulação para o metabolismo oxidativo.

Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.

Funções dos Músculos:

a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo,


como andar e correr.

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos


esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das
posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas


anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de
um órgão oco.

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos


lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os
músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema
reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do
sangue para o coração.
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e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e


grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da
temperatura corporal.

Em muitos animais o tecido muscular é o tecido mais abundante. É um tecido


especializado para contração e permite movimentos variados em animais. As
células musculares são longas e estreitas sendo chamadas de fibras. As fibras
musculares estão arranjadas em camadas, geralmente rodeadas por tecido
conjuntivo constituindo os músculos. Os músculos, histologicamente, são
constituídos por três tipos de tecido muscular: esquelético, liso e cardíaco
(tabela 1). Músculo esquelético - ligado aos ossos pode se contrair
voluntariamente. Este tecido muscular permite que caminhemos, curvamos,
escrevamos e que o corpo se mova. Possui uma aparência "listrada", com
listras escuras e claras ou estriações, sendo também chamado de músculo
estriado. Cada fibra de músculo esquelético tem diversos núcleos, que
repousam sobre a membrana plasmática. Músculo cardíaco - o principal tecido
do coração é um tipo de tecido especial de músculo estriado que não está
sobre controle voluntário. As fibras do músculo cardíaco são "juntadas" nas
porções terminais, ramificam-se e juntam-se novamente, formando redes
complexas (sincício). Uma característica das fibras do músculo cardíaco é a
presença dos discos intercalados - junções especializadas onde as fibras se
juntam. Músculo liso - não apresenta estriações, é involuntário. Cada célula
fusiforme contém somente um núcleo. Constitui a parede de muitos órgãos,
sendo responsável por movimentos internos como o movimento dos alimentos
através do tubo digestivo. Quanto a forma macroscópica, os músculos
correspondem a dois tipos principais, longos e largos, conforme haja
predominância do comprimento ou da superfície. Os longos podem ser
fusiformes, cônicos e em fita; e os largos, triangulares, quadriláteros, circulares,
etc. Cada músculo possui, geralmente, dois tendões (ou aponeuroses) de
inserção, que correspondem às extremidades que se fixam aos ossos ou
outros órgãos. Há, no entanto, músculos nos quais uma das extremidades se
apresenta constituída por duas, três ou mais porções, cada uma delas com seu
tendão próprio, inserido, às vezes, em diferentes formações ósseas. A
extremidade proximal de muitos músculos é denominada cabeça, a
extremidade distal é denominada cauda e o meio de ventre ou corpo. Os
tendões de inserção, de cor branca brilhante, são constituídos essencialmente
por tecido conjuntivo denso. São muito resistentes e praticamente
inextensíveis. Os tendões, via de regra, são cilindróides ou em forma de fita.
Quando laminares, são denominados aponeuroses de inserção.
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ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO DOS VERTEBRADOS

As fibras musculares esqueléticas estão organizadas em feixes, que são


envolvidos por tecido conjuntivo o epimísio. Do epimísio partem septos muito
finos que se dirigem para o interior do músculo, dividindo-o em fascículos.
Estes septos são chamados de perimísio. Cada fibra muscular por sua vez é
envolvida por uma camada muito fina de fibras reticulares formando o
endomísio.

O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que a


força de contração, gerada por cada fibra individualmente, atue sobre o
músculo inteiro, contribuindo para a contração deste. É ainda através do tecido
conjuntivo que a força de contração do músculo se transmite a outras
estruturas como tendões e ossos. A membrana da fibra muscular é
denominada de sarcolema e o retículo endoplasmático de retículo
sarcoplasmático (RS). O RS tem como função armazenar íons Ca++. As fibras
musculares estriadas têm a forma de um cilindro. Cada fibra muscular é
constituída por estruturas denominadas de miofibrilas (fig. 5.1). As miofibrilas
são compostas por miofilamento. Os miofilamentos são constituídos pelas
proteínas: miosina (filamentos grossos) e actina (filamentos mais finos)
(fig.5.2a). Os filamentos de actina e de miosina são arranjados ao longo da
fibra muscular e se sobrepõem. Esta sobreposição produz bandas
microscópicas ou estriações, que é característica do músculo estriado. Ao
microscópio óptico a fibra muscular apresenta estriações transversais pela
alternância de faixas claras e escuras. Ao microscópio de polarização a faixa
escura é anisotrópica e recebe o nome de banda A (formada pelos
miofilamentos de miosina), enquanto a faixa clara, ou banda I, é isotrópica
(formada pelos miofilamentos de actina), (fig.5.2a). Dentro da banda A de uma
fibra descontraída existe uma região mais clara, denominada zona H. No centro
de cada banda I aparece uma linha transversal escura - a linha Z, que
delimitem os sarcômeros. Um sarcômero é uma unidade funcional da
contração muscular. Uma célula muscular tem entre dezenas e centenas de
sarcômeros arranjados na miofibrila.
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Observe como acontece a contração muscular:

A contração do músculo esquelético é voluntária e ocorre pelo


deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina. Nas pontas dos
filamentos de miosina existem pequenas projeções, capazes de formar
ligações com certos sítios dos filamentos de actina, quando o músculo é
estimulado. Essas projeções de miosina puxam os filamentos de actina,
forçando-os a deslizar sobre os filamentos de miosina. Isso leva ao
encurtamento das miofibrilas e à contração muscular. Durante a contração
muscular, o sarcômero diminui devido à aproximação das duas linhas Z, e a
zona H chega a desaparecer.

O mecanismo da contração muscular


Em resumo:

Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento dos


sarcômeros: os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina,
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graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois


filamentos, levando á formação da actomiosina. Para esse deslizamento
acontecer, há a participação de grande quantidade de dois elementos
importantes : íons Ca ++ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o
papel de “quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a
ocorrência de contração.

SISTEMA TEGUMENTAR
Fonte: Sogab

O tegumento comum constitui o manto contínuo que envolve todo o organismo,


protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente. Esse invólucro somente é
interrompido ao nível dos orifícios naturais (narinas, boca, olhos, orelha, ânus,
vagina e pênis) onde se prolonga pela respectiva mucosa.

Sob o ponto de vista anatômico o tegumento comum é formado por dois planos,
o mais superficial denominadocútis ou pele e o mais profundo tela subcutânea.

Dependentes da cútis encontramos uma série de estruturas chamadas anexos


cutâneos, que são os pelos, as unhas e as glândulas (sebáceas, sudoríferas,
ceruminosas, vestibulares nasais, axilares, circumanais e mamas).

Funções da pele (resumo):

1. Regulação da temperatura corporal, pelo fluxo sanguíneo e pelo suor.


2. Proteção, barreira física, infecções, desidratação e radiação UV.
3. Sensibilidade, através de terminações nervosas receptoras de tato,
pressão, calor e dor.
4. Excreção, de água e sais minerais, componentes da transpiração.
5. Imunidade, células epidérmicas são importantes para a imunidade.
6. Síntese de vitamina D, em função à exposição aos raios UV.
7. Absorção de substâncias, principalmente gordurosa, como hormônios,
vitaminas e medicamentos.

Cútis ou pele, é constituída por duas membranas que se justapõem e aderem


intimamente e que são a epiderme(por fora) e a derme ou cório (por dentro).

Epiderme, delgada túnica superficial derivada do ectoderma embrionário,


formada por várias camadas de células achatadas (epitélio pavimentoso
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estratificado). A camada mais periférica da epiderme é constituída por células


mais resistentes, queratinizadas, as quais se acham em constante
descamação, sendo substituídas pelas subjacentes, do que decorre constante
renovação.

A epiderme é mais espessa ao nível da palma e da planta e mais delgada nas


pálpebras, prepúcio, pequenos lábios vaginais e escroto.

A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio


melanócito-estimulante (MSH) da adenohipófise (lobo anterior).

Derme ou cório, do latim corium = couro, significando a membrana espessa


que resulta após ter sido curtida a pele de certos animais e que subpõe-se à
epiderme. Constituída de tecido conjuntivo (mesodérmico) denso. Na palma e
planta a derme é percorrida por cristas e sulcos, utilizáveis para identificação
individual (papiloscopia ou dactiloscopia). É na derme que encontramos a raiz
dos pelos e a maioria das glândulas anexas a ainda é aqui que termina pelo
menos uma das extremidades das fibras musculares dos músculos cutâneos da
cabeça, pescoço, palma, dartos escrotal e grandes lábios, músculo aréolo-
papilar da mama e eretores dos pelos.

Tela subcutânea ou tecido celular subcutâneo (TCSC), encontrada


profundamente à derme, formado por tecido conjuntivo frouxo (areolar) e
gordura (panículo adiposo). Permite o deslizamento da pele sobre os planos
subjacentes, oferece proteção (amortecedor) e constitui-se em verdadeiro
sistema de armazenamento de gordura (energia). Em alguns locais o TCSC é
exíguo ou inexistente, como nas pálpebras, pavilhão da orelha, prepúcio,
escroto, e pequenos lábios vaginais.

Couro cabeludo, é um tipo especial de cútis que recobre a calvária


caracterizado por duas lâminas densas (cório externamente e pericrânio
internamente, aderido ao periósteo). Entre essas duas lâminas ocorre um
tecido frouxo, não gorduroso que é o tecido subaponevrótico.

Pelos, filamentos flexíveis formados por células queratinizadas que se


implantam na derme. Dividido numa parte externa (haste) e numa raiz.

A raiz está contida no folículo piloso, no fundo do qual encontramos uma


dilatação chamada bulbo do pelo. Como anexos do pelo temos as glândulas
sebáceas e os músculos eretores dos pelos.
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Distribuição dos pelos, chamados lanugem ao nascimento, são substituídos


pelos vilos. Denominações especiais por região:

1. Cabelos, couro cabeludo.


2. Supercílios, órbitas.
3. Cílios, nas pálpebras.
4. Vibrissas, vestíbulo nasal.
5. Tragos, meato acústico externo.
6. Bigode, lábio superior.
7. Barba, face.
8. Hircos, axilas.
9. Pubes, região pubiana, monte púbico.
Não há pelos na palma, na planta e no dorso das falanges distais.

Os cabelos crescem meio mm por dia.

Unhas, lâminas queratinizadas que recobrem parcialmente o dorso das


falanges distais de mãos e pés, com a função precípua de protegê-las. Duas
faces (superficial e profunda) e quatro bordas (laterais, proximal e distal). A face
profunda assenta sobre o cório que a esse nível se chama leito ungueal. A face
superficial é convexa. A borda proximal constitui a raiz da unha.

Glândulas sebáceas, vistas com o pelo, situadas junto ao folículo piloso aonde
se abre por curto e largo ducto. A contração do músculo eretor ajuda a expelir o
conteúdo gorduroso. Não existem em pele glabra. Nas pálpebras encontramos
dois tipos de glândulas sebáceas modificadas: as glândulas társicas e as
glândulas ciliares sebáceas. Na aréola mamária também encontramos outra
modificação dessas estruturas que são as glândulas areolares.

Glândulas sudoríferas, constituídas por um fino e longo tubo que no início se


enovela, chamado corpo da glândula, profundamente situado no cório,
chegando mesmo a ultrapassa-lo atingindo o TCSC. Secretam o suor através
do poro sudorífero.

Glândulas ceruminosas, situadas no meato acústico externo, secretam o


cerúmen.

Glândulas vestibulares nasais, localizadas no vestíbulo nasal.


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Glândulas axilares, região axilar, cujo produto sofre decomposição exalando


cheiro próprio e individual, o qual é mais acentuado em certas raças ou por
ocasião da puberdade.

Glândulas circumanais, localizadas na cutis que circunda o ânus.

Glândulas mamárias ou mamas, foram tratadas em sistema genital feminino.

O pele é dividida em 3 camadas: Epiderme, Derme, Hipoderme.

A pele se divide em Fina e Espessa.

Pele Fina Pele Espessa

A epiderme da pele espessa é dividida em:

Pele espessa é aquela encontrada nas regiões de pele glabra

A epiderme da pele espessa é dividida em:

· Extrato córneo (superfície da pele)

· Extrato Lúcido

· Extrato Granuloso

· Extrato Espinhoso

· Extrato Germinativo

Pele Fina: Possui 4 extratos celulares na epiderme:


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A epiderme da pele fina é dividida em:

· Extrato córneo (superfície da pele)

· Extrato Granuloso

· Extrato Espinhoso

· Extrato Germinativo

A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, pois


se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que a mesmas não
se renovassem.
Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir
transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as
células irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a seqüência
transforma-se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama
( renovação da pele ), pois a célula não vive muito tempo sem núcleo.

As células da pele são labeis( tempo de vida curto, se reproduzem


rapidamente ).

A Derme é dividida em:

· Vasos Sangüíneos

· Glândulas Sudoríparas

· Glândulas Sebáceas

· Folículo Espinhoso

· Vasos Linfáticos

· Melanócitos

A derme possui muito colágeno e elastina que suporta a epiderme

A pele tem várias funções como:


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· Permeabilidade seletiva H2O

· Proteção dos raios UVB e UVA

· Impacto mecânico

· Sensorial

· Sistema imonológico

· Órgão excretor

· Sistema Endócrino

PERMEABILIDADE SELETIVA DE H2O = A pele e o rins são responsável pela


regulação do líquido corporal. A queratina que se encontra no extrato córneo
impede parcialmente que a água penetre na pele ( absorvendo normalmente
poucas quantidades de água, ou através de produtos químicos ).
A pele realiza seleção de substâncias que são absorvidas por ela, ou
podemos induzir a pele a absorção de produtos através da Eletroterapia.

PROTEÇÃO DE RAIOS UVB E UVA = Temos em nosso corpo células


chamadas de Melanócitos que produz melanina. A pele ao receber raios
solares UVB e UVA estimulam os Melanócitos que produzem a melanina que é
um protetor natural ( filtro ) da pele, possibilitando a forma seletiva e gradativa
da radiação solar.

IMPACTO MECÂNICO = Ajuda a amortecer os impactos externos do


corpo.

SENSORIAL = Parte sensorial da pele recebe os sinais externos


através dos sensores corporal que transformam este estímulo em P.A que irá
pela medula espinhal até o SNC, que processa e retorna com uma resposta,
podendo assim nos moldar conforme o estímulo; Adaptando-se. Os sinais
podem ser: Tato, Pressão, Vibração, Sensações Sexuais, Cócegas, Prurido
(coceira), Dor, Frio, Calor, Cinestesia.

SISTEMA IMUNOLÓGICO = A pele conforme as demais partes do


corpo também possui seu sistema de defesa, tendo a função de combater os
agentes patogênicos (micoses, alergias e etc). Para combater seus agentes
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patogênicos a pele recebe do sistema circulatório oxigênio e nutrientes para as


células de defesa; podendo no local haver vasodilatação e rubor.

Células de Langehans: São células especiais na defesa que captam


o agente patogênico na superfície da pele, enviando-o para a derme, que
contém vasos linfáticos captando o agente patogênico que foi pré-transformado
por fagocitose, este será encaminhado pelos canais linfáticos até os linfonócitos
que destroem o agressor.

Tanto a derme como a epiderme possuem as células de langehans.

ORGÃO EXCRETOR

· Glândulas Sudoríparas

– Suor

- Termoregulação

- Excreção de produtos químicos e de dietas

· Glândulas Sebáceas

– Sebo

- Protege contra agentes patogênicos

- Sofre menos agressão

- Protege de alterações climáticas

- Hipermeabilidade (água)

A temperatura do corpo humano é geralmente de 36 a 37 graus. Quando a


temperatura do ambiente é de 40 graus ou superior, e como sempre o processo
é sempre do mais concentrado para o menos concentrado a pele serve como
sensor, que ao aumento da temperatura envia um P.A para o SNC, que por sua
vez envia um P.A que estimula as glândulas sudoríparas a secretar suor que irá
resfriar a pele ( sensorial setorial ) conforme a temperatura normal do corpo.
Profª Leila Lessa/ Anatomia e Fisiologia Humana

Além da termoregulação pelo suor, podemos controlar a temperatura através do


centro vasomotor localizado no hipotálamo (núcleo de controle de temperatura).
Ao estímulo do aumento da temperatura a pele manda um P.A para o
hipotálamo que envia um sinal para o córtex parietal, que reenvia um outro sinal
para o hipotálamo que envia um P.A para as veias que fazem uma
vasodilatação nos vasos periféricos da pele, resfriando o sangue, sem aumento
do fluxo sangüíneo.
O hipotálamo possui um núcleo composto por neurônios que possuem seus
axônios que servem como sensor regulador da temperatura ( fazendo
vasodilatação ou vasoconstrição ).
Excreção de produtos químicos: Dependendo de alguns produtos químicos e
da necessidade corporal de absorver as substâncias, pode haver quantidade
excessiva destes produtos no organismo que é secretado pelas glândulas
sebáceas dependendo da afinidade com a substância, que vem pelo sistema
venoso capilar; quando estas glândulas fazem a troca de CO2 e resíduos
metabólicos para O2 e nutrientes, estes nutrientes além de sais minerais,
proteínas trazem junto os produtos químicos em excesso que irá entrar em
contato com os sebos e o suor, que serão eliminados conforme a secreção das
glândulas.

SISTEMA ENDÓCRINO = Ao receber os raios solares a pele forma hormônios


(vitamina D3) que irá atuar no intestino grosso através da corrente sangüínea,
que ajuda o intestino na absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão
alimentar as células do corpo e depositar-se nos ossos.Outra função do
sistema endócrino é o estrogênio na pele.

Camadas da Pele

Fonte:infomedica.com.br
Profª Leila Lessa/ Anatomia e Fisiologia Humana

Observações:____________________________________________________
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Profª Leila Lessa/ Anatomia e Fisiologia Humana

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