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Este documento trata de uma ação de cobrança movida por Eliana Macena Gomes e José Júlio Rodrigues de Melo contra a Seguradora Lider dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A. Tania Maria Gois Costa requer intervenção no processo alegando que os autores originais foram destituídos do poder familiar sobre o falecido Rafael Júlio Gomes de Melo e, portanto, não podem ser seus herdeiros.
Este documento trata de uma ação de cobrança movida por Eliana Macena Gomes e José Júlio Rodrigues de Melo contra a Seguradora Lider dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A. Tania Maria Gois Costa requer intervenção no processo alegando que os autores originais foram destituídos do poder familiar sobre o falecido Rafael Júlio Gomes de Melo e, portanto, não podem ser seus herdeiros.
Este documento trata de uma ação de cobrança movida por Eliana Macena Gomes e José Júlio Rodrigues de Melo contra a Seguradora Lider dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A. Tania Maria Gois Costa requer intervenção no processo alegando que os autores originais foram destituídos do poder familiar sobre o falecido Rafael Júlio Gomes de Melo e, portanto, não podem ser seus herdeiros.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CÍVEL DA COMARCA DE CACHOEIRA DOURADA ESTADO DE
GOIÁS.
POR DEPENDENCIA
Processo: 201402590673 (259067-40.2014.8.09.0180)
Natureza: COBRANCA Autor: ELIANA MACENA GOMES E OUTROS Reqdo: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A
TANIA MARIA GOIS COSTA, brasileira, inscrita no CPF n°.
415.010.631-20, residente e domiciliada na Rua Cassiano Pires Cardoso, Qd 34, Lote 07 em Cachoeira Dourada de Goiás, por intermédio de seu de seu advogado e bastante procurador, com procuração em anexo, que receberá as intimações e notificações em seu endereço profissional, na Rua Doutor Valdivino Vaz, n.º 225, Setor Central, Itumbiara - GO. CEP: 75503-040, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fulcro nos arts. 682 e 59 do Código de Processo Civil, promover a presente:
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NA ESPÉCIE DE OPOSIÇÃO
Em face da Ação de Cobrança nº. Processo: 201402590673 (259067-
40.2014.8.09.0180), proposta por ELIANA MACENA GOMES, brasileira, divorciada, do lar, portadora da Cl/RG 4.903.369 DGPC/GO e inscrita no
Fábio Gonçalves Júnior
OAB/GO nº 36.743 1 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com CPF/MF sob o n° 012.814.651-60, residente e domiciliada na Rua 7, Q. 7, L. 29, Vila Operária, Cachoeira Dourada - Goiás; JOSÉ JÚLIO RODRIGUES DE MELO, brasileiro, divorciado, desempregado, portador do Cl/RG 1.534.057 SSPIGO e inscrito no CPF/MF sob o n° 251.318.501-34, residente e domiciliado na Avenida Joaquim França Nascimento, Q. 13 A, s/n, Setor Noroeste, Cachoeira Dourada, em desfavor da SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob n°. 09.248.608/0001-04, em sua matriz situada na Rua Senador Dantas, n° 74, 50 andar, Centro, CEP: 20.031-205, Rio de Janeiro - RJ, diante dos fatos a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE
A Requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA,
assegurada pela Lei 1.060/50, tendo em vista não poder arcar com as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O Requerente ingressou com Ação de Cobrança nº.
201402590673 (259067-40.2014.8.09.0180) proposta por RAFAEL JÚLIO GOMES DE MELO em desfavor da SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A., pretendendo receber do Requerido, a importância de R$ 13.500,000 (treze mil e quinhentos reais), a título de indenização decorrente de seguro de DPVAT, previsto na Lei n° 6.194/74 c/c Lei n° 8.441/92
Fábio Gonçalves Júnior
OAB/GO nº 36.743 2 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com Alega “o requerente que no dia 2 de abril de 2014, por volta das 14h30min, o requerente conduzia sua bicicleta Monark, cor preta, pela Rua 3, sentido clube AECD/Praça da Vila Operária quando no cruzamento com a Rua 11 colidiu na lateral direita do veículo GM/ 51 O Advantage, cor preta, de placas NVO - 6901, que manejava por aquela via, tudo conforme Boletim de Ocorrência e Acidente de Trânsito de n° 801 5112, elaborado pela Polícia Militar do Estado de Goiás”.
Ainda que “em virtude do acidente, a vítima, ora requerente, fora
encaminhado ao Hospital Municipal de Cachoeira Dourada e posteriormente conduzido pelo Samu para a cidade de Itumbiara, pois se encontrava em estado grave de saúde com diversas fraturas.
Posteriormente o Requerente veio a falecer, devido aos
ferimentos do acidente, sendo habilitados nos autos os pais biológicos do falecido, com alegação de que são herdeiros necessários e legais.
Importante esclarecer que os pais biológicos não exerciam o
pátrio poder em relação ao falecido RAFAEL JÚLIO GOMES DE MELO, conforme em anexo cópia do processo 200.000.212.770 de guarda e responsabilidade.
A sanção mais grave imposta ao genitor é a perda ou destituição
do poder familiar, que se caracteriza pela falha aos deveres para com o filho, não agindo de acordo com a sua condição de pai. O Código Civil determina as ocasiões em que ocorre a perda do poder familiar, casos em que se comprova falta, omissão ou abuso. Na forma do art. 1638, perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
Fábio Gonçalves Júnior
OAB/GO nº 36.743 3 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons
costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no
artigo antecedente.
Vejamos o depoimento da testemunha Maria das Graças Oliveira
no processo 200.000.212.770 de guarda e responsabilidade.
“Que a genitora do menor explorava a prostituição e
deixava o filho em abandono, sem ao menos receber a higiene necessária; Que a mãe do menor entregou o filho a uma amiga que também exercia a prostituição, sendo que está deixou a criança em situação de abandono; inclusive deixando de alimentá-la adequadamente; Que a depoente exercia, à época função junto ao conselho municipal dos direitos da criança e adolescente, sendo comunicada sobre a situação de abandono em que se encontrava o menor, ocasião em que, com a concordância dos pais da criança, entregaram a Requerente.
Inaceitável que os pais destituídos do poder familiar sucederem
seus filhos. De fato não seria moralmente correto o pai destituído do poder familiar suceder seu filho, tendo em vista os atos graves de abandono ocorrido.
Fábio Gonçalves Júnior
OAB/GO nº 36.743 4 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com A plenitude de recebimento da herança por todos os herdeiros e legatários é a regra geral, constante na legislação brasileira. Contudo, há exceções que excluem herdeiros e legatários, quando são considerados indignos para o recebimento do patrimônio que será transmitido pelo de cujus.
Atualmente, no direito sucessório brasileiro, existem apenas duas
hipóteses de exclusão de herdeiro da sucessão, quais sejam por indignidade e por deserdação.
Indignidade sucessória é o impedimento do herdeiro de participar
da herança em razão de ter praticado atos que a lei reprova. Conforme o artigo 1.814 do Código Civil o herdeiro que praticar crime de homicídio doloso ou tentativa contra o de cujus ou um de seus descendentes, ascendentes, cônjuge ou companheiro está sujeito a indignidade. O herdeiro que acusar caluniosamente em juízo o autor da herança ou praticar crime contra sua honra ou mesmo de seu companheiro ou cônjuge, bem como, impedir, através de fraude ou violência, que a herança seja dividida segundo a vontade do de cujus, também incorre em indignidade. O conceito de indignidade está relacionado com atos praticados que afrontam o autor da herança, a honra ou os seus interesses. É a ofensa demasiada que pode ter consequências na sucessão.
Outra forma de excluir um herdeiro da sucessão é a deserdação.
Nas palavras de Paulo Nader, “deserdação é a penalidade imposta pelo auctor hereditatis a herdeiro necessário, mediante justificativa em cláusula testamentária, visando alijá-lo da sucessão em decorrência de prática de ato moralmente censurável e catalogado na Lei Civil”.39
Fábio Gonçalves Júnior
OAB/GO nº 36.743 5 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com A Opoente sempre esteve com a guarda do RAFAEL JÚLIO GOMES DE MELO e sempre exerceu plenamente o pátrio poder em relação ao mesmo.
Conforme consta nos autos de Guarda e Responsabilidade o
menor desde o ano de 2000 até a data do falecimento sempre esteve na guarda e cuidados da Opoente tendo em vista que os pais biológicos não exerciam o pátrio poder.
Diante da destituição do Poder Familiar, os pais biológicos devem
ser excluídos da sucessão. Cabendo, com isso, aduzir que o Poder Judiciário ao reconhecer tal situação jurídica reafirma o princípio do respeito à dignidade da pessoa humana, ao princípio da proteção integral e ao princípio do melhor interesse da criança que jamais devem deixar de serem protegidos, consagrados e esquecidos no meio social.
Cabe frisar que as crianças que viveram tal situação de violação
de seus direitos pela família de origem, quando da sua morte, já estavam sob o poder de uma nova família, é dessa última o direito de receber qualquer herança, pois lhe acolheu, ofereceu um lar organizado, estruturado, enfim, reverteu a condição de abandono e negligência.
Sendo assim, a Opoente faz jus ao recebimento da importância de
R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), a título de seguro obrigatório DPVAT.
Quanto a Intervenção de Terceiros determina o Art. 682 e 685 do
Código de Processo Civil:
Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa
ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, Fábio Gonçalves Júnior OAB/GO nº 36.743 6 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição
será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Sendo assim, a Opoente possui legitimidade para figurar no pólo
ativo da tutela jurisdicional de cobrança proposta por RAFAEL JÚLIO GOMES DE MELO em desfavor de SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A.
DOS PEDIDOS
Nestas condições e face ao exposto, verificados os pressupostos
fáticos e legais, somados à contundência da prova material acostada, requerem se digne V. Exa. determinar, com fulcro no Artigo 683 parágrafo único do CPC, a citação de todos os Requeridos na pessoa de seus respectivos Patronos afim de que Contestem, querendo, a presente Oposição, no prazo legal de 15 (quinze) dias, sob pena de Revelia e de admitir-se como verdadeiros os fatos articulados na Ação, a qual deverá ser apensada a Ação de Cobrança nº. 201402590673 (259067-40.2014.8.09.0180), deste r. Juízo afim de serem julgadas pela mesma Sentença, nos precisos termos do Artigo 685 do CPC.
A Requerente é pessoa de poucos recursos financeiros. Assim
requer, nos termos preconizados pela Lei nº 1.060/50, os benefícios da Justiça Gratuita, por não ter condição de arcar com as custas processuais.
Fábio Gonçalves Júnior
OAB/GO nº 36.743 7 Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122 fabiog.adv@gmail.com Requer que sejam os pais biológicos declarados indignos, ou seja, declarada a deserdação dos mesmos.
Sejam julgados procedentes todos os pedidos formulados na
presente vestibular, condenando a Instituição Requerida a pagar a Opoente a indenização no valor de R$ 13.500,000 (treze mil e quinhentos reais), a título de indenização decorrente de seguro de DPVAT.
Pretende provar o alegado por todos os meios de provas
admitidos em direito, em especial a documental, testemunhal, e depoimento pessoal da Requerida, conforme dispositivo legal.
Seja a Requerida condenada a pagar os honorários advocatícios e
as demais sucumbências processuais;
Requer ainda que todas as intimações sejam realizadas em nome
do advogado Fábio Gonçalves Júnior, inscrito na OAB/GO nº. 36.743 sob pena de nulidade Dá - se à causa o valor de R$ 13.500,000 (treze mil e quinhentos reais)