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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

CÍVEL DA COMARCA DE CACHOEIRA DOURADA ESTADO DE


GOIÁS.

POR DEPENDENCIA

Processo: 201402590673 (259067-40.2014.8.09.0180)


Natureza: COBRANCA
Autor: ELIANA MACENA GOMES E OUTROS
Reqdo: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO
DPVAT S/A

TANIA MARIA GOIS COSTA, brasileira, inscrita no CPF n°.


415.010.631-20, residente e domiciliada na Rua Cassiano Pires Cardoso, Qd 34,
Lote 07 em Cachoeira Dourada de Goiás, por intermédio de seu de seu advogado
e bastante procurador, com procuração em anexo, que receberá as intimações e
notificações em seu endereço profissional, na Rua Doutor Valdivino Vaz, n.º 225,
Setor Central, Itumbiara - GO. CEP: 75503-040, vem mui respeitosamente à
presença de Vossa Excelência com fulcro nos arts. 682 e 59 do Código de
Processo Civil, promover a presente:

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NA ESPÉCIE DE OPOSIÇÃO

Em face da Ação de Cobrança nº. Processo: 201402590673 (259067-


40.2014.8.09.0180), proposta por ELIANA MACENA GOMES, brasileira,
divorciada, do lar, portadora da Cl/RG 4.903.369 DGPC/GO e inscrita no

Fábio Gonçalves Júnior


OAB/GO nº 36.743 1
Itumbiara-GO Avenida Porto Nacional n.º 1638, Morada dos Sonhos – FONE (64) 3433-9980, FONE: (64) 9202- 4769 Cel.(64)9664-4004 - CEP: 75.528-122
fabiog.adv@gmail.com
CPF/MF sob o n° 012.814.651-60, residente e domiciliada na Rua 7, Q. 7, L. 29,
Vila Operária, Cachoeira Dourada - Goiás; JOSÉ JÚLIO RODRIGUES DE
MELO, brasileiro, divorciado, desempregado, portador do Cl/RG 1.534.057
SSPIGO e inscrito no CPF/MF sob o n° 251.318.501-34, residente e domiciliado
na Avenida Joaquim França Nascimento, Q. 13 A, s/n, Setor Noroeste, Cachoeira
Dourada, em desfavor da SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO
SEGURO DPVAT S/A, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita
no CNPJ sob n°. 09.248.608/0001-04, em sua matriz situada na Rua Senador
Dantas, n° 74, 50 andar, Centro, CEP: 20.031-205, Rio de Janeiro - RJ, diante
dos fatos a seguir expostos:

PRELIMINARMENTE

A Requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA,


assegurada pela Lei 1.060/50, tendo em vista não poder arcar com as despesas
processuais sem prejuízo do sustento próprio ou da família.

DOS FATOS E FUNDAMENTOS

O Requerente ingressou com Ação de Cobrança nº.


201402590673 (259067-40.2014.8.09.0180) proposta por RAFAEL JÚLIO
GOMES DE MELO em desfavor da SEGURADORA LIDER DOS
CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A., pretendendo receber do Requerido,
a importância de R$ 13.500,000 (treze mil e quinhentos reais), a título de
indenização decorrente de seguro de DPVAT, previsto na Lei n° 6.194/74 c/c Lei
n° 8.441/92

Fábio Gonçalves Júnior


OAB/GO nº 36.743 2
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Alega “o requerente que no dia 2 de abril de 2014, por volta das
14h30min, o requerente conduzia sua bicicleta Monark, cor preta, pela Rua 3,
sentido clube AECD/Praça da Vila Operária quando no cruzamento com a Rua 11
colidiu na lateral direita do veículo GM/ 51 O Advantage, cor preta, de placas
NVO - 6901, que manejava por aquela via, tudo conforme Boletim de Ocorrência
e Acidente de Trânsito de n° 801 5112, elaborado pela Polícia Militar do Estado
de Goiás”.

Ainda que “em virtude do acidente, a vítima, ora requerente, fora


encaminhado ao Hospital Municipal de Cachoeira Dourada e posteriormente
conduzido pelo Samu para a cidade de Itumbiara, pois se encontrava em estado
grave de saúde com diversas fraturas.

Posteriormente o Requerente veio a falecer, devido aos


ferimentos do acidente, sendo habilitados nos autos os pais biológicos do
falecido, com alegação de que são herdeiros necessários e legais.

Importante esclarecer que os pais biológicos não exerciam o


pátrio poder em relação ao falecido RAFAEL JÚLIO GOMES DE MELO,
conforme em anexo cópia do processo 200.000.212.770 de guarda e
responsabilidade.

A sanção mais grave imposta ao genitor é a perda ou destituição


do poder familiar, que se caracteriza pela falha aos deveres para com o filho, não
agindo de acordo com a sua condição de pai. O Código Civil determina as
ocasiões em que ocorre a perda do poder familiar, casos em que se comprova
falta, omissão ou abuso. Na forma do art. 1638, perderá por ato judicial o poder
familiar o pai ou a mãe que:

I - castigar imoderadamente o filho;

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II - deixar o filho em abandono;

III - praticar atos contrários à moral e aos bons


costumes;

IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no


artigo antecedente.

Vejamos o depoimento da testemunha Maria das Graças Oliveira


no processo 200.000.212.770 de guarda e responsabilidade.

“Que a genitora do menor explorava a prostituição e


deixava o filho em abandono, sem ao menos receber a
higiene necessária; Que a mãe do menor entregou o
filho a uma amiga que também exercia a prostituição,
sendo que está deixou a criança em situação de
abandono; inclusive deixando de alimentá-la
adequadamente; Que a depoente exercia, à época
função junto ao conselho municipal dos direitos da
criança e adolescente, sendo comunicada sobre a
situação de abandono em que se encontrava o menor,
ocasião em que, com a concordância dos pais da
criança, entregaram a Requerente.

Inaceitável que os pais destituídos do poder familiar sucederem


seus filhos. De fato não seria moralmente correto o pai destituído do poder
familiar suceder seu filho, tendo em vista os atos graves de abandono ocorrido.

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A plenitude de recebimento da herança por todos os herdeiros e
legatários é a regra geral, constante na legislação brasileira. Contudo, há
exceções que excluem herdeiros e legatários, quando são considerados indignos
para o recebimento do patrimônio que será transmitido pelo de cujus.

Atualmente, no direito sucessório brasileiro, existem apenas duas


hipóteses de exclusão de herdeiro da sucessão, quais sejam por indignidade e por
deserdação.

Indignidade sucessória é o impedimento do herdeiro de participar


da herança em razão de ter praticado atos que a lei reprova. Conforme o artigo
1.814 do Código Civil o herdeiro que praticar crime de homicídio doloso ou
tentativa contra o de cujus ou um de seus descendentes, ascendentes, cônjuge ou
companheiro está sujeito a indignidade. O herdeiro que acusar caluniosamente
em juízo o autor da herança ou praticar crime contra sua honra ou mesmo de seu
companheiro ou cônjuge, bem como, impedir, através de fraude ou violência, que
a herança seja dividida segundo a vontade do de cujus, também incorre em
indignidade.
O conceito de indignidade está relacionado com atos praticados
que afrontam o autor da herança, a honra ou os seus interesses. É a ofensa
demasiada que pode ter consequências na sucessão.

Outra forma de excluir um herdeiro da sucessão é a deserdação.


Nas palavras de Paulo Nader, “deserdação é a penalidade imposta pelo auctor
hereditatis a herdeiro necessário, mediante justificativa em cláusula
testamentária, visando alijá-lo da sucessão em decorrência de prática de ato
moralmente censurável e catalogado na Lei Civil”.39

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A Opoente sempre esteve com a guarda do RAFAEL JÚLIO
GOMES DE MELO e sempre exerceu plenamente o pátrio poder em relação ao
mesmo.

Conforme consta nos autos de Guarda e Responsabilidade o


menor desde o ano de 2000 até a data do falecimento sempre esteve na guarda e
cuidados da Opoente tendo em vista que os pais biológicos não exerciam o pátrio
poder.

Diante da destituição do Poder Familiar, os pais biológicos devem


ser excluídos da sucessão. Cabendo, com isso, aduzir que o Poder Judiciário ao
reconhecer tal situação jurídica reafirma o princípio do respeito à dignidade da
pessoa humana, ao princípio da proteção integral e ao princípio do melhor
interesse da criança que jamais devem deixar de serem protegidos, consagrados e
esquecidos no meio social.

Cabe frisar que as crianças que viveram tal situação de violação


de seus direitos pela família de origem, quando da sua morte, já estavam sob o
poder de uma nova família, é dessa última o direito de receber qualquer
herança, pois lhe acolheu, ofereceu um lar organizado, estruturado, enfim,
reverteu a condição de abandono e negligência.

Sendo assim, a Opoente faz jus ao recebimento da importância de


R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), a título de seguro obrigatório
DPVAT.

Quanto a Intervenção de Terceiros determina o Art. 682 e 685 do


Código de Processo Civil:

Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa


ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá,
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até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra
ambos.

Art. 685. Admitido o processamento, a oposição


será apensada aos autos e tramitará
simultaneamente à ação originária, sendo ambas
julgadas pela mesma sentença.

Sendo assim, a Opoente possui legitimidade para figurar no pólo


ativo da tutela jurisdicional de cobrança proposta por RAFAEL JÚLIO
GOMES DE MELO em desfavor de SEGURADORA LIDER DOS
CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A.

DOS PEDIDOS

Nestas condições e face ao exposto, verificados os pressupostos


fáticos e legais, somados à contundência da prova material acostada, requerem se
digne V. Exa. determinar, com fulcro no Artigo 683 parágrafo único do CPC, a
citação de todos os Requeridos na pessoa de seus respectivos Patronos afim de
que Contestem, querendo, a presente Oposição, no prazo legal de 15 (quinze)
dias, sob pena de Revelia e de admitir-se como verdadeiros os fatos articulados
na Ação, a qual deverá ser apensada a Ação de Cobrança nº. 201402590673
(259067-40.2014.8.09.0180), deste r. Juízo afim de serem julgadas pela mesma
Sentença, nos precisos termos do Artigo 685 do CPC.

A Requerente é pessoa de poucos recursos financeiros. Assim


requer, nos termos preconizados pela Lei nº 1.060/50, os benefícios da Justiça
Gratuita, por não ter condição de arcar com as custas processuais.

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Requer que sejam os pais biológicos declarados indignos, ou seja,
declarada a deserdação dos mesmos.

Sejam julgados procedentes todos os pedidos formulados na


presente vestibular, condenando a Instituição Requerida a pagar a Opoente a
indenização no valor de R$ 13.500,000 (treze mil e quinhentos reais), a título de
indenização decorrente de seguro de DPVAT.

Pretende provar o alegado por todos os meios de provas


admitidos em direito, em especial a documental, testemunhal, e depoimento
pessoal da Requerida, conforme dispositivo legal.

Seja a Requerida condenada a pagar os honorários advocatícios e


as demais sucumbências processuais;

Requer ainda que todas as intimações sejam realizadas em nome


do advogado Fábio Gonçalves Júnior, inscrito na OAB/GO nº. 36.743 sob pena
de nulidade
Dá - se à causa o valor de R$ 13.500,000 (treze mil e
quinhentos reais)

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

Itumbiara/GO, 04 de dezembro de 2017.

Fábio Gonçalves Júnior


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