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Universidade Federal de Minas Gerais

Administração
Teoria da Administração III
Professor:​ Luiz Alex Silva Saraiva, Dr.
Aluno:​ André Luiz Bax de Castro Junior

Srour, Robert Henry - Ética empresarial / Robert Henry Srour. - 4. ed. - Rio de
Janeiro : Elsevier, 2013. Cap. 5.

5ª Resenha Crítica

Srour discute, no 5º capítulo, sobre como as sociedades contemporâneas


apresentam diversas tentações e oportunidades que resultam em uma propensão
dos indivíduos a infringir as normas sociais existentes quando identificam uma
possível forma de obterem vantagem sobre os outros ou sobre o contexto e como
esse comportamento cria uma dupla moralidade que aparece quando convém.

O autor destaca o Brasil, onde essa dupla moral aparece disfarçada de “jeitinhos”
que os indivíduos usam para facilitar para um amigo, sonegar impostos, usar
propinas, fingir que não está vendo e diversas outras práticas que devido a sua
recorrência acabaram se tornando uma outra interpretação moral das regras sociais
gerais e resultam inclusive em uma pressão social para que todos sigam essas
práticas ou serão rotulados como trouxas, otários, inocente e outras chacotas.

Em sequência, ele apresenta a mudança que vem ocorrendo em relação a


empresas em mercados competitivos, devido a um regime político liberal e uma
mídia crítica mais forte, a credibilidade das organizações e dos agentes econômicos
é agora o foco das preocupações, já que ações oportunistas podem ter um efeito a
curto prazo favorável mas a qualquer momento podem se inverter causado danos
imensuráveis a imagem e credibilidade da empresa.

O autor aponta que para deixar de alimentar o círculo vicioso da corrupção,


seria preciso redesenhar os processos de aprovação de projetos e redistribuir as
atribuições, colocando os cidadãos com contato direto a máquina pública e
reduzindo as intermediações que facilitam os jeitinhos, e também estabelecer mais
controles internos nas empresas com o objetivo de monitorar a autonomia de áreas
mais propensas ou expostas a situações que favoreçam o oportunismo, como as
áreas comerciais e financeiras.

Outros fatores apresentados pelo autor também influenciam as pessoas a


agirem e seguirem uma moral diferente da moral ética geral, mostrando que
contextos históricos, diferentes religiões, a forma de colonização e estrutura do
estado. Cada um desses elementos tem ou por imposição legal, por convencimento
ideológico, pressão social ou poder econômico uma intenção que busca favorecer e
criar benefícios para uma classe ou grupo social e devido ao seu poder de influência
sobre uma grande massa, consegue criar uma nova moral que terá o mesmo efeito
da segunda moral, anteriormente descrita, que dentro de um contexto onde aquela
determinada ação parece adequada, com base nessa outra moral, as pessoas sob a
sua influência vão tender a agir buscando seu benefício próprio, mesmo que
acreditem estar atendendo a um bem comum ou não tenham a clareza de que estão
agindo com base em uma moral imposta de alguma forma e que aquela ação na
verdade irá beneficiar alguém ou algum grupo em detrimento dos outros e em
muitos casos até da própria pessoa que está agindo.

Atualmente, vemos um movimento da administração dentro das empresas e


principalmente das startups, que a partir dessa leitura e análise fica muito clara, a
criação do conceito de cultura organizacional, onde a administração da empresa cria
uma série de regras e expectativas que são impostas sobre como os trabalhadores
ali devem agir, se comportar e pensar em relação a empresa, mas essas questões
não são colocadas como objetivos claros ou ordens diretas, mas sim como uma
ideologia somada a pressão social “ Aqui todos são e agem assim” e se você não
fora também, não será aceito aqui.

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