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Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

Revista Brasileira de
Geografia Física
ISSN:1984-2295
Homepage: www.ufpe.br/rbgfe

Monitoramento espaço temporal da malha urbana e da linha de costa por GPS e VANT:
praia Enseada dos Corais, Pernambuco

Dyego Lins da Silva1 Maria das Neves Gregório2 Eduardo Paes Barreto3 Márcia Cristina de Souza
Matos Carneiro4 Carlos Fabrício Assunção da Silva5 Weyller Diogo Albuquerque Melo6
1
Mestrando em Tecnologia Ambiental, ITEP. Programa de Pós-graduação em Tecnologia Ambiental, - ITEP, Autor
correspondente: dyego.lins@itep.br- 2Professora e Pesquisadora, Programa de Pós-graduação em Tecnologia Ambiental,
ITEP, nevesgregorio@hotmail.com3 Doutor em Geociências, Mestre em Engenharia Mineral, UFPE
edubarretoy@hotmail.com- 4Doutora em Geociências, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
carmarcia@gmail.com5 Graduando em Engenharia Cartográfica, Bolsista do Laboratório de Fotogrametria,UFPE,
carlosfew@outlook.com, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da
Geoinformação da UFPE, Graduado em Engenharia Cartográfica, UFPE wdiogo19@gmail.com 6

Artigo recebido em 23/09/2016 e aceito em 31/10/2016


RESUMO
O desenvolvimento de geotecnologias para a aquisição de informações aéreas com fins cartográficos teve um grande
avanço a partir do século XXI. Este trabalho teve por objetivo analisar o processo de ocupação no loteamento Enseada
dos Corais, e a relação da malha urbana sobre a variação multitemporal da linha de costa, através do emprego de técnicas
de geoprocessamento. Na metodologia foi utilizado fotografias áreas de 1974, 1981, 1997 e as linhas 2010 e 2015,
equipamentos geodésicos e receptores GPS/GNSS, somados a aquisição de imagens aéreas por Veículo Aéreo Não
Tripulado (VANT). O cálculo do deslocamento da linha de costa, foi realizado entre a linha de 1974 e os demais anos,
através da extensão DSAS do software ArcGis 9.1. Os resultados nas médias das taxas de deslocamento foram 1,09m/anos
(1974-1981), 0,31m/anos (1974-1997), 0,47m/anos (1974-2010), -1,06m/anos (1974-2015); apresentando erosão
acelerada a partir de 2010. A semelhança entre os resultados das linhas de 2015, com diferentes metodologias comprova
a utilização do VANT, com excelentes resultados para o estudo, devido a maior velocidade de resposta ao monitoramento
à erosão. Na análise urbana e da linha de costa identificou invasões ao longo do ambiente praial em Enseadas dos Corais.
Palavras Chave: análise multitemporal, linha de costa, erosão, VANT.

Temporal monitoring of urban loop area and coast line GPS and UAVs: praia Enseada dos Corais,
Pernambuco

ABSTRACT
The development of geotechnology for the acquisition of aerial images with mapping purposes was a major advance from
the twenty-first century. This study aimed to analyze the occupation process in allotment Coral Cove, and the relationship
of the urban area on the multitemporal change the shoreline, by utilizing geoprocessing techniques. The methodology
was used aerial photographs from 1974, 1981, 1997, 2010 and 2015 lines, geodetic equipment with GPS / GNSS receivers,
plus the acquisition of aerial images by Unmanned Aerial Vehicle (UAVs). The calculation of the shoreline displacement
was made between the line 1974 and the other years by DSAS extension of ArcGIS 9.1 software. The results the averages
of displacement rates were 1,09 m/years (1974-1981), 1,09 m/years (1974-1981), 0,31 m/years (1974-1997), 0,47 m/years
(1974-2010), -1,06 m/years (1974-2015); presenting accelerated erosion from 2010. The similarity between the shoreline
results in 2015, with different methodologies proves the use of UAVs, with excellent results for the study, due to higher
response speed for monitoring the erosion. The analysis of the urban and the shoreline identified invasions along the
beach environment in Enseada dos Corais.
Keywords: multitemporal analysis, shoreline erosion, uavs.

Introdução

1861
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

Processos costeiros de diferentes 2012). Após o período colonial, o litoral do cabo


magnitudes e frequências configuram repostas a foi ocupado por pequenas nucleações, que
alta dinâmica espacial da linha de costa como tomaram forma urbana a partir da década de 70. O
elemento geomorfológico. Sua variação de posição loteamento enseada dos corais consolidado em
decorre de diferentes ações ligadas a elevação do 1980 teve seu processo de ocupação acelerado na
nível do mar, balaço de sedimentos, movimentos década de 90 com o crescimento turístico, e o
geológicos e interferência antrópica (Camfield & advento do Complexo Portuário Industrial de
Morang, 1996). Suape (CPRH 2003). Esse contexto, ocasionou a
ASMUS e KITZMANN (2004) definem mudança do ambiente natural e inferência a ação
Gerenciamento Costeiro como um processo antrópica no loteamento.
contínuo e dinâmico pelo qual são tomadas Grandes avanços tecnológicos invadirão o
decisões e ações para o uso sustentável e para o campo das informações geográficas e cartografia
desenvolvimento e proteção das áreas costeiras e digital (Leathermann, 2003). Com o advento do
recursos marítimos. Global Navigation Satellite System
A ação antrópica, tornam necessárias o (GNSS/DGPS), das novas técnicas para
mapeamento sistemático da linha de costa e o mapeamento da linha de costa. A forma de
acompanhamento de suas mudanças afim de obtenção de dados pela incorporação de novas
subsidiar o planejamento e gerenciamento costeiro, tecnologias chega além das informações coletadas
provendo parâmetros de determinação para por terra, surgindo também por imagens aéreas de
construção da faixa de recuos da zona litorânea, alta precisão adquiridas por Veículos Aéreos Não
permitindo a determinação de áreas de riscos sob Tripulados (VANT).
erosão e apoio a soluções de engenharia (guias Este trabalho teve por objetivo apresentar
correntes, molhes, engordamento de praia etc.), os resultados obtidos através do emprego de
evitando e/ou antevendo danos patrimoniais. técnicas de geoprocessamento sobre a variação
(Anders & Byrnes, 1991; Crowel et al., 1991). multitemporal da linha de costa a médio prazo
Levantamento de linha de costa foram (1974-2015), a variação de progradação e
realizados em várias partes do mundo, entre outros: retrogradação ao longo de 41 anos no loteamento
Schwarzer e Schrottke, (1999), Baitelli1 et al, Enseada dos Corais. Observando a relação do
(1999), Anders e Byrnes (1991), Muñoz-Perez et processo de ocupação sobre a linha de costa. Sendo
al. (2000), Teixeira e Pinto (2002), Esteves et al. de grande importância para monitoramento do
(2002), Miller e Dean (2004), Mendonça (2005, processo erosivo incidente nas quadras lindeiras ao
2014), Toldo Jr. et al. (2005), Ferreira et al. (2006), loteamento.
Rocha et. al. (2008), Gregório (2009), Gonçalves
et. al. (2010), Manso et al. (2012). Em Material e métodos
Pernambuco, entre o Município do Cabo de Santo Área de estudo
Agostinho e a Ilha de Itamaracá (Muehe, 1998), há O município do Cabo de Santo Agostinho
sinais de erosão que varia de moderada a severa, (Figura 1) localiza-se no Estado de Pernambuco, na
entretanto, não existe ainda um diagnóstico preciso região metropolitana do Recife, com população
para a compreensão das causas locais e regionais estimada em 2015 de 200.546 habitantes, com
(Manso et al. 1995). 448,735 km2. Enseada dos corais é um loteamento
No Brasil, e em Pernambuco, é comum o urbano com área total 1.143,20ha e 7.676 lotes, que
desenvolvimento urbano sem planejamento, apresenta além de áreas verdes, equipamentos
desconsiderando os limites do ambiente natural e a públicos, área de proteção ambiental e logradouros
dinâmica da linha costa. O Cabo de Santo públicos (CPRH, 1984).
Agostinho teve seu processo de ocupação iniciado
em 1536 e elevado à cidade em 1911 (IBRASIL,

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Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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Figura 1: Mapa de localização da área de estudo - a) Localização do Estado de Pernambuco. b) Localização


do Município do Cabo de Santo Agostinho e Praia de Enseada do Corais. Fonte: Elaborado pelos autores
(2016)

O clima (Köppen,1948) é tropical úmido em único ponto, e caracteriza por sua


(Ams’), com chuvas de outono a inverno, os meses adaptação ao ambiente salobro da faixa de praia. A
mais chuvosos são de março a julho. Englobando espécie em destaque foi a Laguncularia Racemosa,
várias unidades ambientais como praia, mangue, comumente chamada de mangue branco. (Figuras
planícies e poucos tipos de vegetação (Figuras 2a e 3a e 3b)
2b). Contudo, a vegetação de mangue é presente

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Figura 2: a) Tipo de vegetação ao sul na área de estudo. b) vegetação de mangue inserida em uma formação
de beachrock. Fonte: Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Geologicamente a área de estudo está nos Vulcano Sedimentar. A área em estudo encontra-se
domínios da Bacia de Pernambuco, limitando-se ao sobre (Figura 3) areias marinhas (AM). Ao longo
norte com a Bacia Paraíba por meio do Lineamento da área encontra-se feições lineares de rocha praial
Pernambuco, situado sob a cidade do Recife ou beachrock (Figura 3b). Elas refletem nível
(Figura 2a). Segundo Mabesoone e Alheiros relativo do mar mais alto do que o atual durante o
(1988), está inserida geotectonicamente em uma Holoceno. Caracteriza-se como um ambiente
bacia sedimentar do tipo rifte, denominada Sub- antropizado, apresentando erosão na faixa de praia
Bacia Cabo. O rifte é composto por uma sequência (Figura 3c).

Figura 3: a) Mapa de localização da Bacia Pernambuco com ênfase nos seus limites estruturais. b) presença de
Beachrock ao sul da praia de Enseada dos Corais.c) residências ao norte que sofrem ação das ondas. Fonte:
Mapa - Barbosa e Lima Filho, 2006. Fotos Elaborado pelos autores (2016).

Linhas de Costa por Fotografias Áreas e DGPS Desenvolvimento da Região Metropolitana do


Foram utilizadas fotografias aéreas de Recife (FIDEM), em formato digital, na escala
1974, 1981 e 1997 totalizando um período de 23 1:6000. As imagens foram geoprocessadas através
anos, estas foram obtidas junto a Fundação de do software ArcGis® sobre um mapa com uma

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Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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escala de 1:25000, geo-referenciado no sistema Em 2015 foi aplicada mesma metodologia


UTM (Universal Transversal Mercator) e Datum, usada em 2010 para levantamento da linha de costa
SIRGAS2000 (Sistema de Referência para as pelo PGEST. O equipamento utilizado foi
Américas). Essas Linhas foram definidas como a receptores DGPS (Sistema de Posicionamento
linha de última maré. Global Diferencial) com coleta de dados em tempo
A linhas de costa 2010 foi realizada pelo real, baseado no conhecimento das coordenadas de
Projeto de Geração de Subsídios Técnico- um ponto de referência, onde fica instalado um
Científicos às Políticas Públicas de Proteção a receptor base. E, de um receptor móvel que enviará
Costa (PGEST, ano), segundo a metodologia de informações a ao receptor base, ao mesmo tempo
Mendonça (2005). Foram realizados que ele receberá observações dos satélites. Os
caminhamentos, com equipamentos geodésicos no equipamentos utilizados foram os receptores
modo relativo cinemático, pós-processado, sob o DGPS de dupla frequência da marca TOPCON
sistema UTM (Universal Transversal Mercator) e HIPER L1L2 (Figura 4) com precisão horizontal de
Datum SAD-69 (South American Datum - SAD- 3 mm + 0,5 PPM e Precisão vertical de 5mm + 0,5
69). Neste trabalho, foi realizada a transformação PPM, com intervalo de 3".
do Sistema Geodésico SAD-69 para o sistema
SIRGAS2000 (Sistema de Referência Geocêntrico
para as Américas).

Figura 4: GPS/Equipamento TOPCON HIPER L1L2 (equipamento base) e GPS - Geodésico, unidade móvel
de coleta de dados - Condomínio Itapoama II, Coord. x =284925,46 e y = 9082596,911. Fonte: Elaborado
pelos autores (2015).

Linhas de Costa de 2015 por Veículo Aéreos O planejamento foi realizado no software
Não Tripulado (VANT) emotivo 2® pela unidade de geoprocessamento do
O equipamento utilizado foi o micro ITEP/OS (Instituto de Tecnologia de Pernambuco).
VANT eBee: envergadura de 96cm, peso: 630g, Os trabalhos foram auxiliados por visitas de
bateria de Lithium para operação de até 45 campo, onde foram avaliadas as condições físicas
minutos, registro de dados a bordo, sensor de do local e definido os pontos de decolagem e
detecção de solo, pouso linear e circular, motor aterrissagem do equipamento. A função do
elétrico com capacidade de voo em até 57 Km/h (10 emotion 2 foi simular o voo com as condições
m/s), câmera de 16 MP de resolução, cobertura de físicas extraídas em campo, assim, minimizando os
10km2 e resistência a ventos de até 45 km/h (12 fatores de risco ocasionados no processo de
m/s). Todavia, o processo de aquisição de dados foi aquisição das imagens. Em 19 de março de 2015,
realizado em três estágios: planejamento, execução foi executado o plano de voo considerando a maré
e processamento das imagens. de sizígia com altura de 0,1m. O veículo Aéreo Não

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Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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Tripulado decolou as 9:15hs aterrissando 45 a média e desvio padrão. O estudo foi realizado
minutos depois. considerando a comparação entre os resultados
obtidos das taxas e das distâncias entre os
Para o processamento das imagens obtidas transectos da linha de 1974 e os demais anos.
no voo, foi utilizado Software Post Flight Terra
3D®, seguindo a metodologia adotada pela Ocupação Urbana
unidade de geoprocessamento do ITEP/OS, que O cruzamento das imagens obtidas por
consiste: em importar o mosaico de imagens veículo aéreo não tripulado e a construção do
gerado pelo VANT eBee, definir o sistema de delineamento das edificações e propriedade
coordenadas, inserir os pontos de controle no privada foram utilizadas para o desenvolvimento
mesmo sistema de coordenadas e Datum. Para do estudo e relação entre o processo de urbanização
aferição da linha de costa, utilizou-se a linha da e a implantação do loteamento Enseada dos Corais.
última maré identificada através da linha de deixa, Para tanto, foi demarcado a linha de início e
sendo delineada a linha de costa. término das propriedades privadas e linha de
ocupação irregular chegando a realidade em 2015.
Cálculo das variações da linha de costas e Assim, para prospecção evolutiva foi calculado
análise qualitativa entre DGPS e Veículo possíveis cenários com intervalos de 5 anos afim de
Aéreos Não Tripulado (VANT) determinar o quanto a linha obtida em 2015
avançará adentro do continente. O cálculo
O cálculo das taxas de evolução da linha de
obedeceu ao teor da média encontrada no período
costa de progradação e retrogradação foi realizado
de 1974-2015 multiplicado pelo período do
de modo automático na extensão DSAS Shoreline
cenário.
Analysis System (DSAS) do software ArcGis
10.2.2®, através das distâncias dos transectos entre
a linha base (1974) e os demais anos, com intervalo Resultados
de 5 m. A linha da última maré foi utilizada para Para uma melhor compreensão da variação
comparação entre as variações ocorridas. As linhas da linha de costa, os resultados obtidos no estudo
de costa traçadas para cada ano foram utilizadas ao longo dos 41 anos encontram-se agrupados na
para o cálculo da variação das taxas entre a linha Tabelas 1 e 2, os dados expõem as taxas e as
base (1974) e os anos de 1981, 1997 e 2010 e 2015. distancias máximas, mínimas, médias, medianas e
A variação das distâncias (m), foram sua dispersão através do desvio padrão. As
calculadas pela multiplicação da variação das taxas variações dos deslocamentos entre a linha base
pelos números de anos em relação à linha base. A (1974) e os demais anos (1981, 1997, 2010 e 2015),
fim de uma melhor compreensão, os dados foram encontram-se representados nas Figuras 5 a 11.
agrupados em um programa estatístico e calculada

Tabela 1: Dados das taxas entre os anos 1974, 1981, 1997, 2010 e 2015. Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Média Mediana Máximo Mínimo Desvio


Períodos (m/ano) (m/ano) (m/ano) (m/ano) Padrão
1974 - 1981 1,09 0,81 7,63 -4,07 3,29
1974 - 1997 0,31 0,38 2,47 -2,01 1,22
1974 - 2010 0,47 0,39 1,58 -0,47 0,50
1974 - 2015 -1,06 -1,12 -0,24 -1,59 0,30

Apesar de ser observado na tabela 1 proporcional, o deslocamento passa a ser


medias positivas até o período de 1974-2010, negativo com a média de -1,06 m/ano (Tabela
nota-se que a maior média foi entre os anos de 1), havendo um processo erosivo no sentido de
1974-1981, bem como, a maior taxa de norte para o sul. Todavia, nota-se que no
deslocamento positiva para todo o estudo, no extremo norte da área de estudo sempre
valor de 1,09 m/ano (Tabela 1). Entre 1974 e apresentou uma tendência a retrogradação no
os demais anos 1997, 2010 e 2015 houve um deslocamento da linha de costa (Figura 5).
decréscimo progressivo. A relação entre as A taxa máxima observada corresponde
medias dos períodos 1974-1981 e 1974-2015 ao período entre 1974 -1981, no valor de 7,63
encontram-se quase inversamente m/ano e o valor mínimo mais expressivo

1866
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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(Tabela 1), encontra-se também para o mesmo transecto 551 ao 353. Na direção de sul para
período (-4,07 m/ano). Entretanto o valor norte, entre o período de 1974-1981,
máximo observado para o período de 1974- apresentou retrogradação do transecto 111 até
2015, corresponde a um deslocamento 133 e do transecto 353 ao 529, nos demais
negativo da linha de costa (-0,24 m/ano). Em ocorre a progradação. Entre 1974 a 1997, a
relação a dispersão dos dados, o maior valor do retrogradação ocorre entre o transecto 177 até
desvio padrão foi observado entre 1974- 221 e 309 até o 507. Entre 1974 a 2010, o
1981(3,29), apresentando uma diminuição processo ocorre de forma pontual entre os
nesta dispersão para os demais períodos, com transecto 331 até 353 e nos 441, 485 e 529.
um menor valor entre 1974-205 (0,30). Apesar das variações podemos notar que a
A Figura 5, apresenta as taxas de partir do transecto 309 até o 529 sempre houve
progradação e retrogradação de todos os uma tendência a erosão.
períodos analisados, assim, distribuídos de sul
para o norte: ao sul, do transecto 1-177; ao
centro, do transecto 178 – 353; e ao norte, do

Sul Norte
Sul Norte

Sul Norte

Sul Norte

Figura 5: Resultados das taxas de progradação e retrogradação entre os anos 1974, 1981, 1997, 2010 e 2015.
Fonte: Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Individualmente os resultados médios das relação a dispersão dos dados (Tabela 01), o maior
taxas de velocidade por ano, progradação e valor do desvio padrão foi observado entre 1974-
retrogradação, não se distanciaram dos valores das 1981(3,29), apresentando uma diminuição nesta
medianas representando assim uma função normal dispersão para os demais períodos, com um menor
nos dados observados (Tabela 01 e Figura 6). Em valor entre 1974-205 (0,30).

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Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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Figura 6 – Histograma de distribuição taxas (1974, 1981, 1997, 2010 e 2015).Fonte: Elaborado pelos autores
(2016).

Os maiores valores nas distâncias dos 1974-1981 (53,42m) e 1974-2010 (46,58 m),
transectos (Tabela 2) observados na área de estudo, estando as médias de suas distâncias positivas
e sob a relação à progradação, foram os anos de nestes mesmo anos.

Tabela 2: Dados das distancias entre os anos 1974, 1981, 1997, 2010 e 2015. Fonte: Elaborado pelos autores
(2016).
Média Mediana Máximo Mínimo Desvio
Períodos (m/ano) (m) (m) (m) Padrão
1974 - 1981 7,52 5,60 53,42 -28,50 23,01
1974 - 1997 -0,42 1,46 38,40 -41,31 17,66
1974 - 2010 9,61 7,32 46,58 -17,09 16,83
1974 - 2015 -60,10 -60,08 -26,16 -83,51 10,78

A área referente a cada período encontra- 124.941,00 m2, apenas retrogradação.


se representado nas figuras 7 e 8. Entre 1974 e 1981 Representando assim, a retirada de sedimentos em
foi observado uma área no valor de 41.687,00 m2 todos os períodos demonstrando e a instalação de
de progradação e 17.830,00 m2 para retrogradação; um processo erosivo, ou seja, a retrogradação da
entre 1974 e 1997, o valor de 47.623,00 m2 de linha de costa desde do período 1974-1981, embora
progradação e 24.552,00 m2 para retrogradação; esse processo seja menos representativo entre
entre 1974 e 2010 encontra-se 50.407,00 m2 de 1974-2010, mas no somatório houve retirada de
progradação e 2.524,00 m2 para retrogradação e, sedimentos constante chegando ao seu ápice em
entre 1974 e 2015 foi encontrado o valor de 2015.

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Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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A B

C D
Figura 7: Deslocamento da linha de costa e suas respectivas áreas de progradação (cor azul) e retrogradação
(cor vermelha), praia Enseada dos Corais (PE): a) período 1974-1981; b) 1974-1997; c) 1974-2010; d) 1974-
2015. Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

1869
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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Similaridades entre Tecnologias


Seguindo o processo metodológico, há imagem aérea de Veículo Aéreo Não Tripulado
duas situações aplicadas para extração das linhas (VANT) tem-se a média no valor de -1.06, o desvio
da costa de 2015 (Tabela 3) cujos resultados padrão de 0,30 e a variância de 0,09, corroborando
estatísticos das médias, variância e do desvio em uma escala qualitativa e percebendo-se que a
padrão são comparados. Na série 1974-2015 A, o diferença se restringi a terceira casa decimal. A
método aplicado no levantamento de campo foi por figura 8 mostra o comportamento do deslocamento
GPS, apresentou a média no valor de -1,01, o da linha de costa nas duas metodologias entre
desvio padrão 0,33 e a variância de 0,11. Na série 1974-2015.
1974-2015 B, os dados foram extraídos por
Tabela 3: Dados do Levantamento realizado por GPS (A) e Veículo Aéreo Não Tripulado (B). Fonte:
Elaborado pelos autores (2016).
DESCRIÇÃO 1974 - 2015 - A 1974 - 2015 - B
Média -1,01 -1,06
Desvio Padrão 0,33 0,30
Variância 0,11 0,09

A B

Figura 8: a) - Comportamento da Linha de Costa de 1974-2015 realizado por GPS; b) comportamento da


linha de costa realizado por Veículo Aéreo Não Tripulado, Praia Enseada dos Corais (PE). Fonte: Elaborado
pelos autores (2016).

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Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
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Perspectivas de Cenários Futuros


Para perspectivas futuras, cenários foram 4 foi considerando a ausência de uma reversão no
prospectados utilizando-se das médias das taxas processo de erosão observado, sem a deposição de
(Tabela 1) dos valores observados entre 1974-2015 sedimentos no ambiente, como vem ocorrendo nos
por GPS, com intervalo a cada cinco anos para períodos analisados, havendo ausência de
possíveis cenários, foi observado que em 15, o progradação através os resultados encontrados até
ambiente provavelmente apresentará uma 2015, conforme a figura 16.
retrogradação de até -15,87 m. Para tanto, na tabela

Tabela 4: Cenários futuros do processo erosivo, na praia Enseada dos Corais. Fonte: Elaborado pelos autores
(2016).
Escala Temporal Cenário 01 Cenário 02 Cenário 03
2016 – 2021 (5 anos) 2016 – 2026 (10 anos) 2016 – 2031 (15 anos)
Media -5,29 -10,58 -15,87

Linhas de Construção e Ocupação Irregular


Sobre o parcelamento do solo urbano, propriedade que lotes lindeiros na faixa costeira
então regulamentado pela lei no 6.766, de 19 de invadiram a região do pós-praia. Os muros,
dezembro de 1979, os lotes definem a localização piscinas e áreas de lazer sofrem com embate das
precisa das edificações que foram sobre eles ondas de maior expressão, e a salsa e os coqueiros,
construídas nos termos da legislação aplicável, são a vegetação predominante na localidade. A
assim o proprietário só poderiam construir até o figura 9, representa parte do loteamento aprovado
limite da dominialidade de seu lote (Figura 9). em 1984 e destaca a linha de limite dos 40 metros
Mesmo sem a demarcação da linha de que os proprietários teriam direito a construir em
preamar, verifica-se através do direito à seus lotes.

40 Metros

Fonte: o autor, 2016.

Término do Limite de Propriedade

Figura 9: Ao centro da área de estudo, a planta de loteamento aprovada em 1984 e a linha (cor vermelha) que
representa o limite do direito à propriedade privada. Elaborado pelos autores (2016).

A figura 10 representa o processo de início dos lotes contidos nas quadras que fazem
ocupação do loteamento Enseadas dos Corais e no divisa entre a faixa de praia e o loteamento Enseda
contexto do ano de 2015, a implantação dos lotes dos Corais, a linha azul marca o término dos lotes
resulta na falta de clareza nos marcos e limites do e a linha vermelha, as construções irregulares
processo de edificação. A linha preta representa o executadas pelos proprietários dos lotes. Pode-se

1871
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

notar que vários proprietários construíram além de interferência antrópica no ambiente praial (faixa de
seu direito de propriedade, resultando na praia e pós-praia).

A B

Figura 10: Mapas dos limites de propriedades e ocupação irregular no loteamento da praia Enseada dos Corais
(PE): a) linha preta, início dos lotes contidos nas quadras que fazem divisa entre a faixa de praia e o loteamento,
linha azul marca o término dos lotes, a linha vermelha, as construções irregulares. b) linha preta/amarela início
do direito do proprietário, linha azul marca o término do direito do proprietário, e a linha vermelha, as

1872
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

construções irregulares. Rever com Diego, não entendi direito (essa legenda deixe para depois). Fonte:
Elaborado pelos autores (2016).
O DSM (Digital Surface Model), modelo digital de superfície (Figura 11), reforça o processo
de ocupação sobre a linha de costa e o perfil longitudinal do terreno, visualizando em terceira
dimensão os resultados obtidos pelo uso das imagens aéreas adquiridas por veículo aéreo não
tripulado.

Linha de costa

Figura 11: Vista Panorâmica - Imagem Modelo em Orthomosic e DSM. Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Discussão amplitude de variações temporais. As diferenças


As zonas costeiras são áreas dinâmicas, em temporais e espaciais envolvem não apenas as
constante mudança em respostas às forças naturais diferenças na morfologia de deposição, mas
e a atividade humana. Fatores como clima, estoque também significativas diferenças no
sedimentar, processos costeiros, nível relativo do comportamento hidrodinâmico, os rápidos avanços
mar e atividade humana, representam parâmetros e recuos de bares e linhas costeiras variam com o
de controle (MARTINS, 2004). Para Dias (1993), tempo e lugar. Ao tomar uma abordagem
atividades como: elevação do nível do mar, morfodinâmica a zona de arrebentação da praia, os
desmatamento de matas ciliares, construção de processos hidrodinâmicos e os processos de
barragens, dragagens, obras portuárias e de redistribuição de sedimentos tem como
engenharia costeira; diminuem o fornecimento de consequência a variabilidade das condições
sedimentos ao litoral, sendo necessário o ambientais (Wright e Short. 1984).
monitoramento desses impactos. Segundo Suguio (1992), linha de costa é o
Brunn (1960) define a morfodinâmica limite entre o continente e a porção adjacente ao
praial como sendo: “o ajuste mútuo da topografia e mar onde não há efetiva ação marinha no alcance
da dinâmica do fluido, envolvendo o transporte de máximo das ondas, concretizando-se pela presença
sedimentos”. Para Marques (2007), os processos de falésias, no limite entre a vegetação e a praia, ou
hidrodinâmicos associados aos processos nos costões rochosos, ou por qualquer outra feição
climáticos determinam a variação da morfologia da que marque o início da área continental. Crowell
costa ao longo do tempo. (1991) afirma que posicionamento da linha de
As zonas de surf e as praias são não são costa em áreas arenosas, considera a mudança
todos iguais, esses ambientes variam no tempo e no nítida de tonalidade nas areias da praia marcada
espaço, com a mudança de condições de onda e pelo limite da maré durante a preamar de sizígia.
1873
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

Mudança da linha de costa em médio prazo metropolitana do Recife e instalação do porto de


pode estar relacionada à variabilidade do nível do SUAPE.
mar, que resulta no reajustamento do perfil Entre 1974-2015, as taxas de retrogradação
transversal com o novo nível da água (Miller e passaram à números negativos, chegando a média
Dean et al., 2004). Para tanto, baseado do estudo a ser inversamente proporcional a progradação
Hanson et al. (2003), a escala aplicada ao trabalho observada em décadas anteriores. Esse fato pode
foi a de décadas, observando a evolução associada estar associado pela ausência de sedimentos,
a disponibilidade das imagens aéreas, e oriundo por carreamento do material vindo do
levantamento de outros estudos associados ao continente, quanto pela ausência de material
sentido longitudinal à linha de costa. oriundos das correntes oceânicas dos sedimentos
Na costa pernambucana, na praia de Boa relíquias ou, até por interferências antrópicas
Viagem, Gregório (2009) acusa entre as causas da portuárias, que poderiam sugerir a elevação dessas
erosão, impactos antrópicos e falta de suprimento taxas.
de sedimentos, além de causas naturais, como por Na região, principalmente na Zona da Mata
exemplo, mudanças nos padrões das correntes nordestina, a qual inclui a faixa costeira ocorreu
litorâneas, e elevação do nível relativo do mar. uma forte tempestade, provocando uma grande
Nesta ótica, Dias (2004) estuda a ação o cheia na região em 2010. Entretanto não ocorreu
deslocamento da linha de costa não deposição de sedimentos oriundo das fortes chuvas
necessariamente por contribuições sedimentares no continente carreados pelo maior volume de agua
novas, mas sim por sedimentos relíquias. Partículas nos rios. Pelo contrário observa-se entre 1974-2015
retrabalhadas e remanescentes de ambientes um processo de retrogradação acentuado. O que
anteriores até de plataformas oceânicas ou de provavelmente o grande volume de água vindo do
outros processos ambientais. Segundo Mazzer e continente adentro os sedimentos para áreas
Dillenburg (2009), a linha de costa corresponde a oceânicas mais profundas, associado a uma maior
um elemento geomorfológico que apresenta alta energia das ondas acentuando a retirada de
dinâmica espacial em respostas a diferentes sedimentos ao longo da área de estudo.
processos costeiros. As praias de areia funcionam como um
Na praia Em Enseada dos Corais, no amortecedor de sedimentos natural para sistemas
período de 41 anos, o processo de progradação e costeiros. Períodos de acresção e erosão de
retrogradação em escala temporal e espacial sedimentos se alternam ao longo do tempo e são
apresentou entre 1974-1981 taxas de progradação geralmente associadas as condições de baixa e alta
ao sul e ao centro, e retrogradação ao norte. energia das ondas. É bem conhecido o modelo
Todavia, mantendo-se com taxas médias positivas 'tempestade pós-tempestade", que prevê rápida
ao sul possivelmente atribuídos ao promontório do erosão de sedimentos durante as tempestades e
Cabo de Santo Agostinho, principal promontório acréscimo mais lento das praias em uma
do litoral sul de Pernambuco, essa barreira natural alternância de acresção e erosão em uma escala
funcionaria como molhe natural e protegeria parte temporal, mais longo, geralmente em fase com as
da área em estudo do processo erosivo. estações do ano, a erosão durante um evento de
Segundo Almeida (2013) os respectivos tempestade é causada pelo transporte de
valores das taxas médias de variação da linha de sedimentos para o mar induzido pela quebra da
costa são de grande importância, pois representam onda (Quartel et al., 2008).
um indicativo das tendências evolutivas do litoral, O deslocamento da linha de costa está
fornecendo subsídios para uma avaliação de intimamente ligado a progradação ou
possíveis impactos gerados por fatores retrogradação e relacionados aos processos
perturbadores da dinâmica sedimentar costeira, energéticos de ondas e marés, também são
como também auxilia no diagnóstico e influenciadas pelo grau de exposição da praia e
gerenciamento de qualquer região litorânea. pela proximidade com as fontes de sedimento
Mesmo entre as décadas, a progradação (Bush et al., 1999; Gornitz, 1991; Mazzer;
permaneceu ao sul da área de estudo e Dillenburg; Souza, 2008. A erosão praial é um
retrogradação ao norte, mas sempre demonstrando problema recorrente e de estágio elevado presente
a tendência e evolução do processo erosivo de norte em quase todo litoral de vários os países (Cunha,
para o sul. Entre 1974-1997 e 1974-2010, as taxas 2004). De certa forma, a erosão praial é um
retrogradação continuaram a subir, fato que problema antropogênico no sentido de que se
possivelmente poderá ser atribuído a criação de ninguém morasse próximo à linha de costa, este
barragens da COMPESA (2013) na região fenômeno não teria importância para o homem
(Domingues, 2007).
1874
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

Após as cheias, cinco novas barragens na pontos 3D e tempo reduzido de execução


Mata Sul do estado foram iniciadas: Barragem (Humphrey, 2014). Ao contrário do Google Earth
Serro Azul, Barra de Guabiraba, Gatos, Panelas II ou fotografias aéreas convencionais oferece um
e Igarapeba (ITEP, 2016), movimentado o solo e excelente nível de detalhe (Jordan, 2015).
desfavorecendo o carreamento natural dos A possibilidade do uso desses dados é
sedimentos até a costa. Segundo Madruga (2004), reforçada pelos resultados estáticos encontrados e
a área de estudo entre 1972 e 2002 ao longo de 30 apresentaram semelhanças entre as medias, desvio
anos teve retrogradação chegando a cerca de padrão com os dados obtidos por DGPS. Os dados
72.049,50m2. No estudo, entre 1974-2015, em 41 estatísticos de ambas metodologias apresentaram
anos foi verificado 124.941,00 m2. Então, 42,34% uma diferença na terceira casa decimal, estima-se
do volume encontrado entre 1974-2015 aconteceu que uso e aplicação do VANT seja viável na
após 2002 em 13 anos, sugerindo grau de erosão se obtenção de imagens para levantamento de linha de
intensificou neste período. costa em tempo proporcionalmente real, que
O estudo não apresentou relação direta corresponde a uma ferramenta para o cenário de
entre o deslocamento da linha de costa e a presença monitoramento numa variada gama de series
dos beachrock emerso durante a maré baixa. temporais. Além de representar uma visão aérea
Segundo Cooper (1991), a formação dos espacial de 124,941 m2 obtida pelo VANT.
beachrocks causa impactos diretos na evolução da O crescimento da população, o déficit
costa, inclusive a redução do volume de habitacional e a oscilação na política econômica;
sedimentos, fato que também poderia ser contribuíram para um arranjo de uso e ocupação do
considerado como causa da mudança na solo promovendo a transformação no espaço físico
morfologia da costa. e no tempo de forma que nem sempre são
Desde 1983, tecnologias relacionadas ao planejadas (Leal, 2003). No contexto do presente
uso GNSS são aplicadas na obtenção de soluções trabalho, a economia do litoral sul de Pernambuco
geodésicas, assim, a Navigation System with Time foi estruturada na agricultura, indústrias e turismo;
And Raging Global Positioning System todas trouxeram grandes impactos ao município do
(NAVSTAR GPS) foi o resultado do Cabo de Santo Agostinho. Em especial, o
aprimoramento tecnológico dessas iniciativas. crescimento industrial destaca-se por seus reflexos
Trata-se de um sistema de navegação e carreamento de varais mudanças à malha urbana.
fundamentado em satélites que fornecem através de O porto de SUAPE, teve um importante
sinais de rádio, o posicionamento tridimensional papel no desenvolvimento da região, incialmente
preciso (Seeber, 2003). teve seu Plano Diretor desenvolvido pelo Governo
Anders e Byrnes (1991), Mendonça (2005, do Estado de Pernambuco através da Lei Nº
2014), Rocha et. al. (2008, 2009), Gregório (2009), 7.763/78 e modificado em 2011 pelo decreto nº
Gonçalves et. al. (2010), Manso (2012), entre 37.160, de 23 de setembro de 2011 que dispõe
outros, estudaram o monitoramento do uso, sobre o ordenamento do solo ampliando espaços de
ocupação e vulnerabilidade dos ambientes atração a novos empreendimentos.
costeiros e marinhos a partir de técnicas Em 2008, a praia de Enseda dos Corais
geoprocessamento na região litorânea. Todavia, os eclode com um novo regime urbano, passando de
dados foram adquiridos através de fotografia aéreas local destinado a segundas residência para o livre
do acervo estadual para anos anteriores ao estudo financiamento de mercado (Harvey 2006 apud
e, coleta de dados terrestres por GPS (Global Ramalho; Vasconcelos 2013). Espaços urbanos são
Positioning System) para ano base do trabalho. otimizados de forma a abrigar um maior número de
Diferentes dos equipamentos com operários do porto de SUAPE e lotes lindeiros a
plataformas orbitais o Veículo Aéreo Não faixa de praia são ocupados rapidamente afim de
Tripulado VANT é uma forma rápida de aquisição otimizar o espaço urbano, além de buscarem áreas
de dados com melhor resolução em tempo real. A no pós-praia para lazer e recreação, costume das
metodologia usada pelos supracitados não foi antigas residências de veraneio já edificadas.
desconsiderada, apenas completada com dados Segundo Tavares (2014), atraídos pelos
brutos gerados pelo VANT. Neste trabalho, o postos de trabalho gerados, principalmente, pelos
Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) foi setores da indústria e construção civil, as praias
utilizado para fornecer fotografias aéreas em tempo passaram a concentrar grande parte desta mão-de-
real com baixo custo, posteriormente pós obra devido à sua boa conectividade ao Complexo
processados. As imagens obtidas com os voos dos de SUAPE. Esse distrito, que entre os anos de 1991
VANTs são de baixa altitude, nítidas, de excelente e 2000 concentrava apenas 4,98% de sua
resolução, possibilita a construção de nuvens de população, em 2010 passou a concentrar 11,44%.
1875
Silva, D. L.; Gregório, M. N.; Barreto, E. P.; Carneiro, M. C. S. M.; Silva, C. F. A.; Melo, W. D. A.
Revista Brasileira de Geografia Física v.09, n.06 (2016) 1861-1879.

Sua população total, que em 2000 era de 7.622 possuem extensões de sua propriedade ocupando o
habitantes, em 2010 registrou 21.180 habitantes, ou pós-praia possivelmente agravando o processo
seja, um acréscimo próximo a 200% em sua erosivo e prejudicando o balanço sedimentar.
população (IBGE, 2010). Baseado na linha de costa de 2015, foi
Diante desse crescimento e ocupação do criado três cenários que esboçam possíveis
espaço à construir, o estudo aborda aspectos posicionamentos da linha de costa sob perspectiva
metodológicos usando o limite da propriedade já diferentes entre 5 e 5 anos, totalizando 15 anos.
consolidada para determinada ocorrência de Manso (2012) realizou a construção de cenários na
construções irregulares fora da propriedade praia de Porto de Galinhas (PE) utilizando a
escriturada. Usualmente, estudos abordam a busca variação da linha de premar em 100 anos. O
pela delimitação da faixa não edificante das praias, resultado foi dado em décadas, mais sua média em
e são realizados por levantamentos topográficos, anos chegou a 4,23 m/ano em um cenário
caracterização sedimentar, mapeamento da linha de pessimista. Diferente de Mazzer et al. (2008) que
preamar máxima e delimitação da zona não elegeu oito variáveis ligadas à morfodinâmica
edificante da orla através da Lei de Brunn (1960) costeira e duas taxas de variação da linha de costa
sob diferentes cenários de elevação do nível do mar em escalas interanual e interdecadal para
(Manso et al, 2012). Nesta ótica, vários lotes estabelecer índices de vulnerabilidade costeira.

Conclusão
O estudo retrata a importância da dinâmica dos retrogradação da linha de costa de -1,06 m/ano.
ambientes costeiros, bem como, a influência de Fato este que inclui a necessidade de ações
intervenções antrópicas na morfologia do sistema urgentes no ordenamento urbanístico e econômico
praial. Logo, os ajustes no contorno litorâneo na localidade.
podem acontecer no decorrer de anos, bem como, Constata-se que o adensamento populacional
as mudanças no processo de urbanização. aliado a ausência do poder público, que não
Neste trabalho, foi gerado dados espaciais que promoveu uma fiscalização e nem implantação de
permitem o planejamento preventivo e corretivos infraestrutura urbanística adequada, resultou em
em zonas costeiras; de modo, que seja asseguradas um quadro de degradação atual. Áreas de lazer,
a potencialidade ambiental e turística, bem como, extensões de edificações e diversas construções no
o desenvolvimento econômico dos habitantes ambiente do pós-praia, possivelmente sofrerão com
locais. o ambiente natural a reivindicar o espaço destinado
Ações direcionadas a gestão integrada da zona a progradação e retrogradação natural do ambiente.
costeira são necessidades urgentes constatadas Para respostas de monitoramento da linha de
nesta pesquisa. A presença de retrogradação ao costa, utilizar o Veículo Aéreos Não Tripulado
longo da faixa litorânea na praia de Enseada dos (VANT) acrescenta a possibilidade do uso dessa
Corais, é um fato acompanhado das invasões nova geotecnologia para aquisição das imagens
causadas pelos proprietários dos loteamentos na aéreas em tempo real, ao mesmo tempo que
região do ambiente praial, bem como, há possibilita um mapeamento de baixo custo, rápido
evidencias associadas as causas antrópicas as e conciso para o levantamento de zonas costeiras.
causas naturais, principalmente a partir de 2010. Então, esse instrumento poderá atender os estudos
Através dos resultados obtidos de cenários relacionados ao traçado da linha de costa,
futuros, aliados a ausência de deposição de sobretudo por fornecer resultados semelhantes aos
sedimentos ao longo da área de estudo foi constado obtidos através das metodologias aplicadas pela
um cenário pessimista no deslocamento da linha de coleta de dados tradicional com receptores de GPS
costa, esta adentrará mais ao continente. Na praia Geodésicos.
Enseada dos Corais poderá ocorrer um processo de

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