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REDE DE ENSINO DOCTUM

Diretoria de Educação a Distância (EaD)

REVISÃO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA – PROVA PRESENCIAL – 1ª ETAPA


DE NOTAS (18/04/2017)

Caro Acadêmico (a),

Com o objetivo de revisar os principais conteúdos a serem cobrados para a


realização da Prova Presencial de Metodologia Científica, referente à 1ª etapa de
notas, apresentamos essa pequena síntese, em forma de perguntas e respostas,
que poderá em muito, lhe ajudar na preparação e realização de uma boa avaliação.

Mas preste muita atenção, o estudo dessa pequena síntese, não dispensa a leitura
mais aprofundada dos guias de estudo de Metodologia Científica das semanas
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10, disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem
(AVA).

Uma dica muita importante, a saber: para a realização de uma boa prova de
Metodologia Científica estude esse resumo, juntamente com os guias de
estudo disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e assista às
vídeo-aulas.

Serão cobrados, mais especificadamente, na Prova de Metodologia Científica, os


seguintes conteúdos, a saber:

 Conceito de Metodologia Científica;


 Importância da Leitura;
 Conceito e características da Ciência;
 Os tipos de Conhecimento e suas respectivas características;
 Conceito de Pesquisa Científica e os principais tipos;
 Informações sobre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a
importância da Normalização na vida universitária;

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 Os tipos de Citações e as regras gerais de apresentação;
 Os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais dos trabalhos acadêmicos.

Bons estudos...

1. O QUE É METODOLOGIA?
Na visão de Marconi e Lakatos (2003), todas as ciências valem-se de métodos
científicos, entretanto, nem todos os ramos de estudo que utilizam desses métodos
são ciências. Podemos concluir então, que a utilização de métodos não é
exclusividade da ciência, mas não podemos deixar de destacar que não existe
ciência sem o emprego de métodos científicos.

De modo amplo e geral, a metodologia pode ser chamada de “metaciência”, ou seja,


um estudo e uma prática cujos objetivos são as próprias ciências particulares, isto é,
um estudo que tem por objeto a própria ciência e as técnicas específicas de cada
ciência. Constitui-se no conjunto dos variados caminhos e técnicas que envolvem a
produção e apropriação do conhecimento, a partir da atividade básica da ciência que
é a pesquisa.

Os significados da metodologia mudaram, ao longo de milhares de anos, e, no


século XX, com o rápido desenvolvimento das ciências (e da tecnologia) e do ensino
superior, a metodologia assume amplo domínio, com pelo menos três áreas
distintas, mas inter-relacionadas:

Metodologia científica ou da ciência (filosofia da ciência): preocupa-se com as


reflexões epistemológicas sobre os caminhos das diversas ciências, procurando os
fundamentos do saber das diversas ciências, os limites da linguagem, dos conceitos,
das teorias;

Metodologia da pesquisa: procura apresentar e aperfeiçoar as diversas maneiras


de se empreender pesquisas que tenham um cunho acadêmico e científico;
apresenta os instrumentais de pesquisa (questionário, entrevista etc.) disponíveis e
as formas de analisar os dados obtidos por meio desses instrumentos;

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Metodologia do trabalho acadêmico: apresenta os principais tipos de trabalho
acadêmico, a importância da normalização e formalização dos trabalhos como fator
de qualidade da produção acadêmica.

Resumindo: metodologia: do grego “meta” (ao largo), “odos” (caminho) e


“logos” (discurso, estudo), ou o “caminho que conduz ao conhecimento de
algo”.

2. QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA SE INICIAR OS ESTUDOS


DE METODOLOGIA?
Leitura: ter organização de horários; postura corporal; diversificação de fontes a
serem pesquisadas; leitura contínua; local adequado e tempo necessário.

Sobre os cinco passos de uma boa leitura:

Primeiro passo: leitura elementar ou global – folhear e refletir sobre capa, sumário,
introdução, conclusão, início de cada capítulo (converse com o material – autor,
título, assunto...). Faça uma leitura global do texto, para verificar o assunto como um
todo. Não se preocupe em fazer marcas ou registros. Conheça a essência do
assunto.

Segundo passo: questionar o que se lê; rascunhar perguntas à lápis no texto, ou


escrever perguntas no papel sobre o texto; uma técnica é dar títulos, subtítulos,
fazer grifos, interpretar itálicos etc.; transformam-se os títulos/subtítulos em
perguntas, esboçando-se, a seguir, respostas.

Terceiro passo: estudo do vocabulário: dicionários generalistas e específicos


(sociologia, psicologia, filosofia); levantamento de termos à medida que se lê. Os
dicionários de Língua Portuguesa ajudam, mas é indispensável o uso de dicionários
específicos (Filosofia, Psicologia, Sociologia) para o bom entendimento de um texto.
A expressão “papel social”, por exemplo, será encontrada em um dicionário de
Sociologia.

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Quarto passo: identificar o contexto e as referências históricas, filosóficas, etc.;mas
não basta apenas a consulta das palavras, é preciso identificar o contexto em que
estas estão sendo empregadas: a palavra está sendo utilizada para discutir uma
proposição, para criticar um posicionamento, afirmar ou negar uma situação?

Quinto passo: sublinhar apenas palavras-chave. Cuidado para não grifar tudo, não
se deve pensar que tudo é importante. Muitos de nós, não conseguimos separar o
que de fato é importante do que é acessório. Nem todos os parágrafos terão
relevância no texto que você está lendo.

3. QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA?

Exatidão: a descrição precisa corresponder a realidade, ou seja, ser o mais preciso


possível na observação. O preço da exatidão é a verificação, reverificação para
obtenção de proposições cuidadosamente enunciadas.

Precisão: a observação refere-se ao grau ou medida. Por causa dessa


característica a linguagem científica evita os adjetivos, os relatos votados para a
persuasão emocional.

Sistema: a investigação científica define um problema e depois traça um plano


organizado para coletar fatos ao seu respeito. Conclusões baseadas em
recordações casuais não são confiáveis. Podem até inspirar hipótese, mas não
servem como base para conclusão.

Registro: a memória humana é falha, sujeita a reformulações constantes, os dados


que não são registrados perdem confiabilidade. No campo da observação social a
necessidade de observação registrada é pouco compreendida.

Objetividade: a observação científica é objetiva. Significa que a observação tanto


quanto seja possível, não deve ser afetadas pela própria crença, preferências,
desejos ou valores do observador. Em qualquer assunto em que estejam envolvidas
nossas emoções, crenças, hábitos e valores, é provável que tendamos a ver de

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acordo com essas mesmas emoções e preferências. A questão da interferência das
emoções e valores é tão profunda, necessitando por isso de uma constante
vigilância, pois afeta as observações cotidianas e corriqueiras.

Observação treinada: para que a observação obtenha um grau de sofisticação é


necessário leitura, treino e uma atitude científica. Deve-se deixar de lado atitudes
crédulas, bajuladoras e assumir posturas honestas e sinceras.

Condições controladas: um bom exemplo disso são as pesquisas realizadas em


laboratório. Entretanto grande arte dos fenômenos não pode ser testada no
laboratório. Nas ciências sociais freqüentemente o pesquisador necessitará ir até o
fenômeno que quer investigar para aplicar questionários, entrevistar, observar. As
condições da observação precisam ser controladas, ou seja, precisam ser
conhecidas para que se evite interferências.

4. QUAIS SÃO OS TIPOS DE CONHECIMENTO EXISTENTES?


Conhecimento Empírico/ Vulgar/ Popular ou Senso Comum:

O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta


numa seleção operada com base em estado de ânimo e emoções: como o
conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o
sujeito cognoscente, e de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de
certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto
conhecido. É também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade
com o objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral. A
característica de assistemático baseia-se na organização particular das
experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização
de ideias, na procura de uma formulação geral que explique os fenômenos
observados, aspecto que dificulta a transmissão de pessoa para pessoa,
desse modo de conhecer. É verificável, visto que está limitado ao âmbito da
vida privada e diz respeito àquilo que se pode perceber no dia a dia.
Finalmente é falível e inexato, pois se confronta com a aparência e com o
que se ouviu dizer a respeito do objeto. Em outras palavras, não permite a
formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além
das percepções objetivas (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 78).

Características do Conhecimento Empírico/ Vulgar/ Popular ou Senso Comum:


Valorativo, reflexivo, assistemático, verificável, falível e inexato

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Conhecimento Filosófico:

O conhecimento é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em


hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: “as hipóteses
filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge
da experiência e não da experimentação” (Trujillo, 1974:12); por esse
motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados
das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência,
não podem ser confirmadas nem refutadas. É racional, em virtude de
consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Tem
característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a
uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de
apreendê-la em sua totalidade. Por último, é infalível e exato, já que, quer
na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição
do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim
como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação
(experimentação). Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo
esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder
discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da
própria razão humana. Assim, se o conhecimento científico abrange fatos
concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos, através do
emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação, o objeto de
análise da filosofia são as ideias, relações conceptuais, exigências lógicas
que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são
passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos),
como a que é exigida pela ciência experimental... a filosofia emprega o
método racional, no qual prevalece o processo dedutivo que antecede a
experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência
lógica. O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar
e analisar o que se constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da
realidade, ao passo que a filosofia encontra-se sempre à procura do que é
mais geral, interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e
unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes
indagações do espírito humano e, até, busca as leis mais universais que
englobem e harmonizem as conclusões da ciência (MARCONI; LAKATOS,
2003, p. 79).

Características do Conhecimento Filosófico:


Valorativo, racional, sistemático, não verificável, infalível e exato

Conhecimento Teológico:

O conhecimento religioso, isto é, teológico, apóia-se em doutrinas que


contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo
sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são
consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento
sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra
de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre
implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. Assim, o
conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as “verdades”
tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por constitirem em “revelações” da
divindidade (sobrenatural). A adesão das pessoas passa a ser um ato de fé,
pois a visão sistemática do mundo é interpretada como decorrente do ato de
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um criador divino, cujas evidências não são postas em dúvida nem sequer
verificáveis (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 79).

Características do Conhecimento Teológico:


Valorativo, inspiracional, sistemático, não verificável, infalível e exato

Conhecimento Científico:

O conhecimento científico é real (factual) por que lida com ocorrências ou


fatos ... constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou
hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da
experiência e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento
filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente,
formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e
desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as
afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao
âmbito da ciência. Constitui-se um conhecimento falível, em virtude de não
ser definitivo, absoluto ou final e, por esse motivo, é aproximadamente
exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem
reformular o acervo de teoria existentes (MARCONI; LAKATOS, 2003, p.
80).

Características do Conhecimento Científico:


Real (factual), contingente, sistemático, verificável, falível e aproximadamente
exato

Resumindo: características dos Tipos de Conhecimento segundo Marconi e


Lakatos (2003):

Conhecimento Valorativo Reflexivo Assistemátic Verificável Falível Inexato


Popular o
Conhecimento Valorativo Racional Sistemático Não Infalível Exato
Filosófico verificável
Conhecimento Valorativo Inspiracional Sistemático Não Infalível Exato
Teológico verificável
Conhecimento Real Contingente Sistemático Verificável Falível Aproxima
Científico (factual) damente
exato

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Para Marconi e Lakatos (2003), mesmo vigorando uma separação metodológica
entre os variados tipos de conhecimento, no processo de apreensão da realidade o
homem (sujeito cognoscente) pode adentrar em diversas áreas. Assim, os tipos de
conhecimento podem coexistir numa mesma pessoa, O cientista, por exemplo,
mesmo estudando física, pode ser crente e praticante de uma determinada religião,
adotar um sistema filosófico e em diversas etapas de sua vida, pode agir de acordo
com os conhecimentos do senso-comum.

O que importa é se apropriar com qualidade do conhecimento. Sendo assim:

Não há hierarquia de fato, ou seja, um não é “superior” ao outro, todos são formas
de compreender a complexa realidade que envolve os seres humanos, embora haja
grupos que consideram um ou outro “melhor”.

O positivismo, que via no conhecimento científico a suprema realização do homem e


a necessidade deste de subjugar os outros tipos, acabou sendo questionado tanto
nas ciências humanas, quanto nas ciências naturais.

As relações entre os conhecimentos são complexas, não são de total negação e


conflito e também de total aprovação e harmonia. No entanto, em alguns momentos
na história e nas sociedades, os conhecimentos travam violenta disputa.

São conhecimentos simultâneos e, muitas vezes, passamos de um para o outro sem


perceber. Se o movimento de trânsito é percebido, é porque se faz um esforço de
pesquisa e de reflexão sobre as práticas diárias.

5. O QUE É A PESQUISA CIENTÍFICA?


A partir de Santos (2011, p. 189-190), a pesquisa científica não constitui tarefa fácil,
pois cada pesquisador promove essa definição apontando aquilo que lhe é mais
factível. Assim,

Entende-se por pesquisa científica, o processo, a forma, a maneira, o


caminho, seguidos para alcançar resposta para uma dúvida sobre um
problema, um fato, obedecendo a princípios, normas e técnicas. Disso se
deduz, que o homem pesquisa para explicar fenômenos, criar novos
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instrumentos, equipamentos e máquinas, para alcançar objetivos pré-
determinados, ou seja, o homem pesquisa para desenvolver, para melhorar
o nível de vida e muitas vezes para dominar, para mostrar poder e força
(SANTOS, 2011, p. 190).

Nesse sentido, fica claro que a pesquisa científica busca caminhos e possíveis
respostas para as muitas indagações de um determinado problema. Contudo, seus
procedimentos não são realizados de forma aligeiradas – mas, requer objetivos,
problematização, hipóteses, metodologia, recursos e análise de resultados – a fim
de constatar ou não os fatos indagados.

Constituem os princípios éticos da ciência e da pesquisa, a saber:

Respeito às fontes: citar e referenciar todos os dados, conceitos usados, mesmo que
seja para discordar e criticar.

Em caso de pesquisa de campo: garantia do sigilo e anonimato das fontes vivas,


explicação da finalidade da pesquisa, retorno do pesquisador para a comunidade
pesquisada, entre outros aspectos.

Em caso de pesquisa com seres humanos: submeter a um comitê de ética os


projetos, respeitar os protocolos das áreas médicas e da saúde, rigor na análise dos
impactos, respeito à pessoa humana e a sua dignidade.

Honestidade e a atitude de buscar a verdade: mesmo que ela contrarie as


expectativas e certos interesses econômicos ou sociais que sejam contrários ou
prejudiciais.

Compromisso com o rigor científico, a sobriedade, a serenidade: desde a escolha


dos instrumentos até a divulgação dos resultados.

Avaliação dos impactos das decisões: aspectos positivos e negativos.

Debater as decisões e desdobramentos da pesquisa: com a sociedade, com os


grupos pesquisados, etc.

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6. QUAIS SÃO OS TIPOS DE PESQUISA MAIS UTILIZADOS?
A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado
objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de
manifestação desse objeto. Ela também é uma preparação para a pesquisa
explicativa (SEVERINO, 2007).

Por sua vez, é caracterizada pelo desenvolvimento e esclarecimento de ideias, com


o objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação a um
determinado fenômeno que é pouco explorado (GONSALVES, 2003).

Para Santos (2011), a pesquisa exploratória se caracteriza pela existência de


poucos dados disponíveis. Objetiva aprofundar e aperfeiçoar ideias e a construção
de hipóteses, ou seja, a elaboração de respostas antecipadas.

Já na pesquisa descritiva, temos uma descrição das características de uma


determinada população, estudo descritivo de determinado fenômeno com suas
variáveis (SANTOS, 2011). Entre as pesquisas descritivas, salientam-se aquelas que
têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade,
sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental etc (GIL,
2002).

A pesquisa experimental é aquela que determina o objeto de estudo, relacionando


variáveis, de modo a conceituar as formas de observação e controle. É muito
utilizada nas ciências humanas: Psicologia, na Sociologia e nas Ciências Físicas e
Biológicas. As vantagens se caracterizam pelo grau de clareza, objetividade e a
precisão nos seus resultados. Como desvantagem, conta-se o fato de ser difícil o
controle entre variáveis, em estudos sociais (SANTOS, 2011).

Já a pesquisa explicativa é aquela que, além de registrar e analisar os fenômenos


estudados, busca identificar suas causas, seja por meio da aplicação do método
experimental/matemático, seja através da interpretação dos métodos qualitativos
(SEVERINO, 2007).

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Para Santos (2011) a pesquisa explicativa estuda fatores que determinam a
ocorrência de determinados fenômenos, visando aprofundar o saber sobre a
realidade.

Para Marconi; Lakatos (2003) o experimento é aquele que tenta descobrir a ação e
a conduta que teve lugar em condições cuidadosamente dispostas e controladas.
Entretanto, muitos aspectos da vida humana não podem ser observados sob
condições idealizadas em laboratório. Tem um caráter artificial, contudo é importante
estabelecer condições o mais próximo do natural, que não sofram influências
indevidas, pela presença do observador ou por seus aparelhos de mediação e
registro.

A pesquisa de levantamento refere-se aos estudos interrogando-se, de forma clara


e direta, indivíduos dos quais se objetiva saber o comportamento. Exemplo são os
censos realizados pelos governos e que buscam informações de todos os
componentes de um determinado universo pesquisado, por meio de amostras. Os
pontos positivos são: o conhecimento direto da realidade, economia, rapidez e
quantificação. Já os pontos negativos caracterizam pela pouca profundidade,
limitado grau de entendimentos sobre mudanças no grupo pesquisado e ênfase que
se dá aos aspectos percebidos com mais facilidade (SANTOS, 2011).

A pesquisa de estudo de caso analisa com profundidade um ou poucos fatos, com


vista à obtenção de um grande conhecimento com riqueza de detalhes do objeto
estudado. É usada nos estudos exploratórios e no início de pesquisas mais
complexas. Possui aplicação em qualquer área do conhecimento (SANTOS, 2011).

Para Severino (2007) o caso escolhido para a pesquisa deve ser significativo e bem
representativo, de modo a ser apto para fundamentar uma generalização e situações
análogas, autorizando inferências. Os dados devem ser coletados e registrados com
o necessário rigor seguindo todos os procedimentos da pesquisa. Devem ser
trabalhados, mediante análise rigorosa e apresentados em relatórios qualificados.

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No que diz respeito à pesquisa bibliográfica, a mesma é feita com base em
documentos já elaborados, tais como livros, dicionários, enciclopédias, periódicos,
como jornais e revistas, além de publicações como comunicação, artigos científicos,
resenha e ensaios críticos. Há muita semelhança deste tipo de pesquisa e o estudo
exploratório. Os livros são classificados como de leitura corrente e de referência. Os
primeiros são para consulta de que se pode lançar mão para conseguir dados com
certa rapidez, enquanto os segundos são livros para leitura mais demorada e atenta
e se referem a títulos mais diversos (SANTOS, 2011).

A pesquisa documental por sua vez, na visão de Marconi; Lakatos (2003), é aquela
onde a fonte de coleta de dados está restrita aos variados documentos escritos ou
não. Os documentos, por sua vez, podem ser produzidos no momento em que
ocorreu o fato ou não.

Por sua vez, a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica.


Sua diferença reside na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se
utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado
assunto, a pesquisa documental vale-se dos materiais que não recebem ainda um
tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objetos de pesquisa (GIL, 2002).

As vantagens desse tipo de pesquisa são a confiança nas fontes documentais, como
essenciais para qualquer estudo, o baixo custo e o contato do pesquisador com
documentos originais. Entre as desvantagens temos a falta de objetividade, a falta
de representatividade e a subjetividade dos documentos (SANTOS, 2011).

Já na pesquisa participativa exige-se o mesmo grau de interação do pesquisador e


a população, bem como com os elementos que participam do estudo. É utilizada
nas ciências humanas, para o estudo de grupos desfavorecidos, a saber: índios,
populações de rua, operários, dentre outros (SANTOS, 2011).

Para Severino (2007), na pesquisa participativa o pesquisador para realizar a


observação dos fenômenos, compartilha a vivência dos sujeitos pesquisados, tendo

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envolvimento sistemático e permanente, ao longo do tempo da pesquisa, das suas
atividades. O pesquisador coloca-se numa postura de identificação com os
pesquisados. Passa a interagir com eles em todas as situações, acompanhando
todas as ações praticadas pelos sujeitos. Vai aos poucos observando as
manifestações dos sujeitos e as diversas situações vividas, registrando
descritivamente todos os elementos observados e as inúmeras considerações que
fizer ao longo dessas interações.

Por sua vez, a pesquisa etnográfica, faz um mergulho no microssocial, olhado por
meio de uma lente de aumento. Aplica-se métodos e técnicas compatíveis com a
abordagem qualitativa, valendo-se do método etnográfico (descrição). Visa também
à compreensão, na sua continuidade, dos processos do dia a dia, nas suas diversas
modalidades (SEVERINO, 2007).

A pesquisa de campo o objeto/fonte é abordado em seu próprio ambiente. A coleta


de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem. Sendo
assim diretamente observados, sem intervenção e manuseio por parte do
pesquisador. Abrange desde os levantamentos (surveys), que são mais descritivos,
até estudos mais analíticos (SEVERINO, 2007).

Já a pesquisa de laboratório toma o próprio objeto em sua concretude como fonte


e o coloca em condições técnicas de observação e manipulação experimental nas
bancadas e pranchetas de um laboratório, onde são criadas condições adequadas
para seu tratamento. Nesse caminho, o cientista seleciona determinadas variáveis e
testa suas relações funcionais, utilizando formas de controle. Essa modalidade é
plenamente adequada para as ciências naturais (SEVERINO, 2007).

No tocante a pesquisa bibliográfica, parte-se do registro disponível, decorrente de


tantas outras pesquisas. As fontes são os livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de
dados ou categorias teóricas trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente
registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O cientista
trabalha a partir das contribuições dos autores e dos estudos analíticos constantes
dos textos.

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Na pesquisa documental, os documentos tornam-se fontes principais no sentido
amplo, ou seja, não só de documentos impressos, mas sobretudo de outros tipos de
documentos, tais como jornais, fotos, gravações, filmes e/ou documentos legais. Os
conteúdos dos textos que ainda não tiveram nenhum tratamento analítico são
matéria-prima, a partir do qual o pesquisador vai desenvolver suas investigações e
análises (SEVERINO, 2007).

Já, nas pesquisas quantitativas tudo pode ser quantificável, ou seja, os fenômenos
e questões estudadas são numericamente medidos a partir de critérios pré-
definidos. Estes dados são transformados em informação a partir de técnicas
estatísticas apoiadas em softwares específicos para esta função. Os métodos
quantitativos procuram conhecer a realidade a partir de mensuração de variáveis.
São utilizados amplamente em experimentos físicos, químicos, biológicos e estudos
sociais.

As pesquisas quantitativas ganharam status de serem mais rigorosas


metodologicamente do que as metodologias qualitativas, por serem um método mais
antigo e reconhecido pelas associações científicas há muitas décadas. Contudo,
percebeu-se que em vários casos somente os métodos qualitativos eram capazes
de compreender alguns fenômenos e de abordar algumas questões até então não
desvendadas pelos cientistas.

Essas pesquisas caracterizam-se também pelo registro preciso do método e


repetição deste se necessário; pode-se fazer inferências sobre grandes populações
utilizando critérios estatísticos. Apresentam rapidez na execução das pesquisas e
também permitem análises comparativas temporais.

Já as pesquisas qualitativas são instrumentos científicos de apreensão


aprofundada da realidade ou como os fenômenos, sentimentos, opiniões e atitudes
são construídos. A metodologia quantitativa procura mensurar fenômenos e sua
magnitude. Os métodos qualitativos por sua vez, visam a entender como e porque
grupos de pessoas se comportam em relação a determinadas questões.

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As pesquisas qualitativas trabalham aspectos da cultura, valores, crenças,
sensações e atitudes. Não utilizam critérios de representatividade amostral. Buscam
informações profundas, dificilmente obtidas de outra forma. Permitem perceber
tendências e manifestações consensuais. Possuem diferentes formas de coleta e
análise de dados.

Para Santos (2011) quando se fala de pesquisa quantitativa ou qualitativa e,


mesmo quando se refere a metodologia quantitativa ou qualitativa, apesar da
linguagem consagrada pelo uso acadêmico, não está se referindo a uma modalidade
de metodologia em particular. Daí ser preferível falar em abordagem quantitativa, de
abordagem qualitativa, pois com essas designações, cabe referir-se a conjuntos de
metodologias, envolvendo, eventualmente diversas referências epistemológicas. São
várias metodologias de pesquisa que podem adotar uma abordagem qualitativa,
modo de dizer que faz referência mais a seus fundamentos espistemológicos do que
propriamente a especificidades metodológicas.

O campo científico aponta uma tendência para o surgimento de um novo paradigma


metodológico. Um modelo que consiga atender plenamente as necessidades dos
pesquisadores. A dicotomia positivista x interpretativo, quantitativo x qualitativo,
parece estar cedendo lugar a um modelo alternativo de pesquisa, o chamado
quanti-qualitativo, ou o inverso, quali-quantitativo, dependendo do enfoque do
trabalho.

Apesar da clara oposição existente entre as duas abordagens (quantitativa x


qualitativa) muitos autores, especialmente os da área social, colocam que o ideal é a
construção de uma metodologia que consiga agrupar aspectos de ambas
perspectivas, como é o caso de Demo (1995, p. 231) quando diz que “Embora
metodologias alternativas facilmente se unilateralizem na qualidade política,
destruindo-a em conseqüência, é importante lembrar que uma não é maior, nem
melhor que a outra. Ambas são da mesma importância metodológica”.

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7. O QUE VEM A SER A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ABNT) E QUAL A IMPORTÂNCIA DA NORMALIZAÇÃO?
É comum cobrar as técnicas formais e regulamentadas na apresentação de um
trabalho acadêmico. Essa cobrança vem acompanhada de um nome: ABNT. Mas o
que é a ABNT? Esclarecemos que as informações ora apresentadas são recortes de
pesquisa e busca que foram feitas no site http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-
abnt.

A ABNT, órgão reconhecido desde 1940 e, é responsável pela normalização técnica


no país, confirmada pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais.
Entidade reconhecida como Fórum Nacional de Normalização por meio da
Resolução do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (CONMETRO) desde 1992. É membro fundador da International
Organization for Standardization (ISO), norma cultuada por empresas e gestores.
Cabe destacar que a ABNT é a única e a exclusiva representante, no Brasil, dessas
entidades internacionais.

O crescimento dos estudos, o acúmulo de pesquisas e relatórios exigiu formas de


apresentação que garantissem a uniformidade, a universalidade e a padronização
dos trabalhos produzidos nos cursos de ensino superior (faculdades privadas e
universidades estaduais e federais) e, por conseguinte aos que envolvem a pós-
graduação.

Desde os anos 1970, a normalização é apontada como fator de eficiência na


transferência da informação. Estudos nos mais variados campos do conhecimento
indicaram a qualidade formal dos trabalhos acadêmicos como fator determinante
para aceitação ou rejeição de pesquisas para publicação, o que amplia o valor da
normalização na comunicação científica.

Demo (1992, p. 21-25) traduz esse binômio (aceitação e rejeição) das pesquisas
para publicação como: qualidade política e qualidade formal. Para o autor,
podemos entender que a qualidade política está ligada à pertinência de uma
contribuição científica para preencher lacunas existentes no quadro geral do

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conhecimento, em determinada ciência. A qualidade política coloca a questão dos
fins, a circulação social do saber científico, a tradução dos conceitos utilizados pela
comunidade científica e sua disponibilidade em meios de comunicação. Já a
qualidade formal trata da capacidade de usar regras e técnicas adequadas, dentro
dos ritos acadêmicos: domínio de técnicas de coleta, manuseio e uso de dados;
capacidade de manipular bibliografias; versatilidade na discussão temática.

Em linhas gerais podemos dizer que;

A normalização é [...] o processo de formulação e aplicação de regras para


a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos os
interessados, e, em particular, para a promoção da economia global. No
estabelecimento dessas regras recorre-se à tecnologia como o instrumento
para estabelecer, de forma objetiva e neutra, as condições que possibilitem
que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam
às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de
segurança. Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado
por um organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou
características mínimas para atividades ou para seus resultados, visando à
obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. A norma é,
por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por representar
o consenso sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido entre
especialistas das partes interessadas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2016).

Alguns comentários importantes sobre a normalização dos trabalhos acadêmicos: a


falta de conhecimento sobre a importância da normalização de textos científicos faz
com que essa etapa do trabalho acadêmico seja vista de forma reducionista,
representado uma mera formalidade acadêmica; a normalização não deve ser
encarada como uma amarra à criatividade, mas sim como um processo necessário
ao sucesso da ação de aprender e ensinar.

De acordo com a ABNT (2016), as normas tem relavante contribuição para os


diversos aspectos que envolvem a vida acadêmica e os diferentes campos
profissionais de qualquer cidadão. Os benefícios técnicos, sociais e econômicos são
relevantes para a sociedade como um todo. Exemplificaremos alguns desses
benefícios: a ampla padronização, consenso internacional em terminologias, dentre
outros.

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Por sua vez, a falta de normalização pode atingir a qualidade de vida das pessoas
com algum tipo de deficiência, documentos normalizados aceleram o trânsito de
informações, dentre outros. Constituem-se

Para as empresas, a adoção de normas significa que os fornecedores


podem desenvolver e oferecer produtos e serviços que atendam às
especificações que têm ampla aceitação em seus setores. Empresas que
utilizam Normas Internacionais podem competir em muito mais mercados ao
redor do mundo. Para os inovadores de novas tecnologias, as normas
sobre aspectos como terminologia, compatibilidade e segurança, aceleram
a disseminação das inovações e seu desenvolvimento em produtos
possíveis de serem fabricados e negociados. Para os clientes, a
compatibilidade da tecnologia em todo o mundo, que é atingida quando
produtos e serviços são baseados em normas, fornece aos clientes
uma ampla gama de ofertas. Eles também se beneficiam dos efeitos da
concorrência entre fornecedores. Para os governos, as normas
proporcionam as bases tecnológicas e científicas que sustentam a saúde, a
segurança e a legislação ambiental. Para o comércio internacional, as
Normas Internacionais criam uma "igualdade" para todos os concorrentes
nesses mercados. A existência de normas nacionais ou regionais
divergentes pode criar barreiras técnicas ao comércio. As Normas
Internacionais são os recursos técnicos pelos quais a política de acordos
comerciais pode ser colocada em prática. Para os países em
desenvolvimento, as Normas Internacionais que representam um
consenso internacional sobre o estado da arte, são uma fonte importante
de know-how tecnológico. Ao definir as características dos produtos e
serviços esperados para atender aos mercados de exportação, as Normas
Internacionais fornecem aos países em desenvolvimento uma base
paratomar as decisões certas ao investir seus escassos recursos, e assim
evitando desperdícios. Para os consumidores, a conformidade dos
produtos e serviços de acordo com as normas oferece garantias sobre sua
qualidade, segurança e confiabilidade. Para qualquer pessoa, as normas
contribuem para a qualidade de vida, em geral assegurando que o
transporte, máquinas e ferramentas utilizados sejam seguros. Para o
planeta que habitamos, as normas sobre a qualidade do ar, da água e dos
solos, sobre as emissões de gases e de radiação e sobre os aspectos
ambientais de produtos, podem contribuir para os esforços em preservar o
meio ambiente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2016).

8. O QUE VEM A SER UM TRABALHO ACADÊMICO?


Podemos dizer que os trabalhos acadêmicos são estudos que resultam de
pesquisas que expressam um conjunto de conhecimentos construídos e apropriados
nos diversos componentes curriculares, cursos e programas desenvolvidos na
academia tanto no âmbito do ensino superior como na pós-graduação. Podemos
exemplificar esses estudos e pesquisas por meio das resenhas, resumos, projetos,
relatórios científicos, artigos e outros nos mais variados aspectos e formas
(DOCTUM, 2013).

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De acordo com o Manual de Normalização e Apresentação de Trabalhos Científicos
e Acadêmicos, elaborado pela Universidade Federal do Espírito Santo (2015, p. 13),
os trabalhos acadêmicos podem ser definidos como “[...] trabalhos que representam
o resultado de um estudo e/ou pesquisa sobre um tema, exigidos por disciplina,
módulo, estudo independente, curso e programa [...]”.

Tendo como base a NBR 14724:2011 apud UFES (2015), o trabalho acadêmico
deve obedecer a seguinte ordem:

Parte externa: composta pela *capa e pela lombada;


Parte interna: composta dos elementos pré-textuais (*folha de rosto, *folha de
aprovação; dedicatória, agradecimento e/ou epígrafe; resumo na língua vernácula e
em língua estrangeira; lista de ilustrações, de tabelas, de abreviaturas, de siglas
e/ou de símbolos e *sumário); dos elementos textuais (*introdução,
*desenvolvimento e *conclusão) e por fim , dos elementos pós-textuais
(*referências, glossário, apendice(s) e anexo(s).

“Os elementos precedidos de asterisco (*) são essenciais” (UNIVERSIDADE


FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, 2015, p.16)

9. O QUE É UMA CITAÇÃO E COMO FAZER O USO CORRETO DA MESMA?


De acordo com a Normalização e Apresentação de Trabalhos Científicos e
Acadêmicos podemos definir citação como “[...] menção, no texto, de informação
colhida de outra fonte (escrita ou oral), para esclarecimento do assunto em
discussão ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma” (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ESPÍRITO SANTO, 2015, p. 31).

Chamamos atenção para o fato de que toda apropriação de uma citação, torna-se
necessário nossos posicionamentos diante das mesmas, isto é, o diálogo com os
autores justificando os motivos dos usos é essencial.

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Sobre os tipos de citação:

Citação direta: são citações em que se reproduzem as ideias utilizando-se das


palavras do autor de forma literal.

A Normalização e Apresentação de Trabalhos Científicos e Acadêmicos define as


citações diretas como a correspondência ao “[...] original em redação, ortografia e
pontuação [...]”(UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, 2015, p. 32).
Por sua vez esclarece a normatização do uso de citações diretas, ao mencionar que;

A citação direta de até três linhas deve vir inserida no texto e entre aspas
duplas. Caso o trecho transcrito já contenha expressões ou palavras entre
aspas, essas serão transformadas em aspas simples. Quando o trecho
citado não for início de parágrafo, deverá ser antecedido de reticências
entre colchetes [...] (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO,
2015, p. 32).

A partir da ABNT, podemos dizer que as regras gerais adequadas a todas as


citações diretas são:

É obrigatória a menção à página onde se encontra o texto citado;


Partes do texto citado (início, meio ou fim de uma frase) podem ser suprimidas. Em
seu lugar, colocam-se reticências entre colchetes: [...];
Acréscimos ou comentários ao texto citado, devem vir entre colchetes;
Quando o texto a ser citado tem até três linhas digitadas, existem regras próprias. O
texto citado é digitado entre aspas duplas, sem destaques (negrito, itálico etc.),
dentro do próprio parágrafo. Como saber que um texto citado tem até três linhas ou
mais? Digitar primeiramente e, depois, medir.

Citação direta tem mais de três linhas:

O texto citado é digitado sem aspas, em parágrafo próprio, recuado à 4 cm da


margem esquerda, sem recuo de parágrafo na primeira linha, em letra tamanho 10,
sem destaques (negrito, itálico etc.) e com entrelinhamento simples.

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Deve-se deixar uma linha de espaçamento em branco (tamanho 12 e
entrelinhamento 1,5) antes e depois desse parágrafo. Vejamos o que nos diz a
ABNT acerca desse uso:

A citação direta com mais de três linhas aparece em parágrafo isolado,


iniciado 4 cm a partir da margem esquerda, com letra menor do que o texto
original, com entrelinhas com espaço simples e sem aspas. Recomenda-se,
nesse caso, o uso da fonte tamanho 10 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO
ESPÍRITO SANTO, 2015, p. 33).

Citação indireta: são citações em que se reproduzem as ideias, sem transcrever as


palavras do autor, podendo-se condensar (síntese) o texto ou então parafraseá-lo.

Para a Normalização e Apresentação de Trabalhos Científicos e Acadêmicos “A


citação livre do texto de um autor (paráfrase), permanecendo-se fiel às suas ideias,
é preferível a uma longa citação direta. A indicação da(s) página(s) consultadas(s) é
dispensável (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, 2015, p. 37)”,
sendo necessária apenas o ano da obra consultada.

De modo geral, as regras gerais a todas as citações indiretas são:

Transcrição sem destaques (aspas, itálico etc.), pois somente as ideias foram citadas e não
as palavras do autor;
É essencial o uso do ano da publicação consultadaprecedida por vírgula;
Diferentes obras, cada uma com autoria diferente, quando citadas simultaneamente, devem
ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética: (SENA, 1984; SILVA, 1986;
SOUZA, 1991). Esse recurso somente pode ser utilizado, colocando-se os autores entre
parênteses;
Existem basicamente, dois tipos de autoria de textos, livros etc.: pessoal (pessoa física) e
institucional, a autoria é da instituição, da associação ou outro tipo de organização.

Citação indireta de autor pessoal: existem duas formas de citar o autor: ou ele fica
incluído na sentença, ou ele fica entre parêntesis. No primeiro caso, usam-se as
expressões: Como...; Segundo...; Conforme...; Todavia...; Entretanto...; De acordo..., etc.
Porém, o uso exagerado e frequente dessas expressões, tornam o texto maçante, fazendo
com que perca a qualidade. Alguns preferem o uso do autor entre parêntesis, que, em geral,
deve ser feito ao final da frase ou do parágrafo.

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Citação de citação: É o famoso uso do apud (ou citado por). É a citação direta ou
indireta de um texto a cuja obra original não se teve acesso. É quando você toma
emprestado de um livro ou autor uma citação que está no texto desse autor. É uma
“carona”. Esse tio de citação deve ser evitada ao máximo! Somente se usa em
casos que a obra original esteja esgotada, indisponível ou em outra língua.

Quando se faz uma citação a partir de uma outra fonte à qual não se teve
acesso, cita-se o autor original seguido da expressão „apud‟ e dá indicação
do autor, data e página da obra diretamente consultada. Faz-se a indicação
completa da obra na seção „Referências‟ [...] (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ESPÍRITO SANTO, 2015, p. 38).

Observe atentamente que em todas as citações (diretas de


até três linhas, diretas com mais de três linhas, indiretas ou citação de
citação), o uso do ponto “.”, virá sempre após o fechamento dos
parênteses. Isso é uma regra essencial!!!!

Regras gerais de apresentação: palavras ou expressões em língua estrangeira de


pouco uso devem ser digitadas em itálico. Exceção às abreviaturas latinas que
indicam sequência, continuidade (etc. = e outras coisas / et al. = e outros) e a
expressão apud (= citado por, utilizada na citação de citação); citação obtida por
meio de canais informais: dados obtidos por informações decorrentes de canais
informais originários de palestras, debates, comunicações, aula, entrevistas,
conferencias, anotações de aula, etc.) deverão ser indicadas pela expressão
“informação verbal” entre parênteses no próprio texto, entre parênteses, logo após a
menção (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, 2015). Em nota de
rodapé, esclarecem-se os dados disponíveis: palestrante, professor, curso,
disciplina, data etc. (Ex.: Informação obtida em 30 de abril de 2016, na aula do
professor Arlindo de Souza, disciplina de Filosofia do Direito, do curso de Direito,
das Faculdades Integradas de Caratinga); diferentes obras de um mesmo autor,
publicadas em anos diferentes e citadas simultaneamente, têm as suas datas
separadas por vírgula: Alves (1989, 1991, 1995) ou (ALVES, 1989, 1991, 1995);

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diferentes páginas de uma mesma obra são separadas por vírgula: Alves (1989, p.
5, 49) ou (ALVES, 1989, p. 5, 49); diferentes obras, cada uma com autoria diferente,
quando citadas simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em
ordem alfabética: (ALVES, 1984; SILVA, 1986; SILVEIRA, 1991). Esse recurso
somente pode ser utilizado, colocando-se os autores entre parênteses; para dar
ênfases ou destaques no uso das citações diretas, estas deverão ser realizadas por
meio de grifo, negrito ou itálico, indicando-se essa alteração com a expressão “grifo
nosso” ou “grifo do autor” a depender da situação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002b, p. 3); não fazer citações em outros idiomas. Caso se
faça, deve-se traduzir o texto e colocar ao seu final, entre parênteses, finalizando, a
expressão tradução nossa, ou minha tradução. O ponto final: se o texto citado
terminar com ponto final, as aspas vêm depois do ponto; do contrário as aspas virão
antes dele; se na lista das fontes houver autores com sobrenomes iguais,
acrescentam-se, nas citações, as iniciais de seus prenomes. Ex.: A globalização une
e separa (SILVA, C., 2003). Se mesmo assim continuar a coincidência, colocam-se
os prenomes por extenso. Ex.: A globalização une e separa (SILVA, Josué; 2001);
citação de obras de mesmo autor e mesmo ano. Diversos documentos de um
mesmo autor e publicados em um mesmo ano devem ter o acréscimo, após o ano,
de letras minúsculas, em ordem alfabética e sem espacejamento. Isso é válido tanto
para a lista das fontes.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2016. Disponível em: <


http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e>. Acesso em: 16 julho 2016.

_____. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos –


apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

_____. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de


Janeiro, 2002a.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1995.

23
_____. Princípio científico e educativo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.

GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. 3. ed. Campinas: Alínea,


2003.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia


Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

REDE DE ENSINO DOCTUM. Material de apoio para as aulas de Metodologia


Científica. Caratinga: 2013. 167 p.

SANTOS, Izequias Estevam. Manual de métodos e técnicas de pesquisa científica.


8. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. atual.
São Paulo: Cortez, 2007.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Biblioteca Central.


Normalização e apresentação de trabalhos científicos e acadêmicos. 2. ed. Vitória,
ES: EDUFES, 20015. Disponível em:
<http://repositorio.ufes.br/jspui/bitstream/10/1533/1/Normalizacao%20e%20apresent
acao%20de%20trabalhos%20cientificos%20e%20academicos.pdf>. Acesso em: 01
jul. 2016.

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