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Mas preste muita atenção, o estudo dessa pequena síntese, não dispensa a leitura
mais aprofundada dos guias de estudo de Metodologia Científica das semanas
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10, disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem
(AVA).
Uma dica muita importante, a saber: para a realização de uma boa prova de
Metodologia Científica estude esse resumo, juntamente com os guias de
estudo disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e assista às
vídeo-aulas.
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Os tipos de Citações e as regras gerais de apresentação;
Os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais dos trabalhos acadêmicos.
Bons estudos...
1. O QUE É METODOLOGIA?
Na visão de Marconi e Lakatos (2003), todas as ciências valem-se de métodos
científicos, entretanto, nem todos os ramos de estudo que utilizam desses métodos
são ciências. Podemos concluir então, que a utilização de métodos não é
exclusividade da ciência, mas não podemos deixar de destacar que não existe
ciência sem o emprego de métodos científicos.
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Metodologia do trabalho acadêmico: apresenta os principais tipos de trabalho
acadêmico, a importância da normalização e formalização dos trabalhos como fator
de qualidade da produção acadêmica.
Primeiro passo: leitura elementar ou global – folhear e refletir sobre capa, sumário,
introdução, conclusão, início de cada capítulo (converse com o material – autor,
título, assunto...). Faça uma leitura global do texto, para verificar o assunto como um
todo. Não se preocupe em fazer marcas ou registros. Conheça a essência do
assunto.
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Quarto passo: identificar o contexto e as referências históricas, filosóficas, etc.;mas
não basta apenas a consulta das palavras, é preciso identificar o contexto em que
estas estão sendo empregadas: a palavra está sendo utilizada para discutir uma
proposição, para criticar um posicionamento, afirmar ou negar uma situação?
Quinto passo: sublinhar apenas palavras-chave. Cuidado para não grifar tudo, não
se deve pensar que tudo é importante. Muitos de nós, não conseguimos separar o
que de fato é importante do que é acessório. Nem todos os parágrafos terão
relevância no texto que você está lendo.
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acordo com essas mesmas emoções e preferências. A questão da interferência das
emoções e valores é tão profunda, necessitando por isso de uma constante
vigilância, pois afeta as observações cotidianas e corriqueiras.
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Conhecimento Filosófico:
Conhecimento Teológico:
Conhecimento Científico:
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Para Marconi e Lakatos (2003), mesmo vigorando uma separação metodológica
entre os variados tipos de conhecimento, no processo de apreensão da realidade o
homem (sujeito cognoscente) pode adentrar em diversas áreas. Assim, os tipos de
conhecimento podem coexistir numa mesma pessoa, O cientista, por exemplo,
mesmo estudando física, pode ser crente e praticante de uma determinada religião,
adotar um sistema filosófico e em diversas etapas de sua vida, pode agir de acordo
com os conhecimentos do senso-comum.
Não há hierarquia de fato, ou seja, um não é “superior” ao outro, todos são formas
de compreender a complexa realidade que envolve os seres humanos, embora haja
grupos que consideram um ou outro “melhor”.
Nesse sentido, fica claro que a pesquisa científica busca caminhos e possíveis
respostas para as muitas indagações de um determinado problema. Contudo, seus
procedimentos não são realizados de forma aligeiradas – mas, requer objetivos,
problematização, hipóteses, metodologia, recursos e análise de resultados – a fim
de constatar ou não os fatos indagados.
Respeito às fontes: citar e referenciar todos os dados, conceitos usados, mesmo que
seja para discordar e criticar.
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6. QUAIS SÃO OS TIPOS DE PESQUISA MAIS UTILIZADOS?
A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado
objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de
manifestação desse objeto. Ela também é uma preparação para a pesquisa
explicativa (SEVERINO, 2007).
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Para Santos (2011) a pesquisa explicativa estuda fatores que determinam a
ocorrência de determinados fenômenos, visando aprofundar o saber sobre a
realidade.
Para Marconi; Lakatos (2003) o experimento é aquele que tenta descobrir a ação e
a conduta que teve lugar em condições cuidadosamente dispostas e controladas.
Entretanto, muitos aspectos da vida humana não podem ser observados sob
condições idealizadas em laboratório. Tem um caráter artificial, contudo é importante
estabelecer condições o mais próximo do natural, que não sofram influências
indevidas, pela presença do observador ou por seus aparelhos de mediação e
registro.
Para Severino (2007) o caso escolhido para a pesquisa deve ser significativo e bem
representativo, de modo a ser apto para fundamentar uma generalização e situações
análogas, autorizando inferências. Os dados devem ser coletados e registrados com
o necessário rigor seguindo todos os procedimentos da pesquisa. Devem ser
trabalhados, mediante análise rigorosa e apresentados em relatórios qualificados.
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No que diz respeito à pesquisa bibliográfica, a mesma é feita com base em
documentos já elaborados, tais como livros, dicionários, enciclopédias, periódicos,
como jornais e revistas, além de publicações como comunicação, artigos científicos,
resenha e ensaios críticos. Há muita semelhança deste tipo de pesquisa e o estudo
exploratório. Os livros são classificados como de leitura corrente e de referência. Os
primeiros são para consulta de que se pode lançar mão para conseguir dados com
certa rapidez, enquanto os segundos são livros para leitura mais demorada e atenta
e se referem a títulos mais diversos (SANTOS, 2011).
A pesquisa documental por sua vez, na visão de Marconi; Lakatos (2003), é aquela
onde a fonte de coleta de dados está restrita aos variados documentos escritos ou
não. Os documentos, por sua vez, podem ser produzidos no momento em que
ocorreu o fato ou não.
As vantagens desse tipo de pesquisa são a confiança nas fontes documentais, como
essenciais para qualquer estudo, o baixo custo e o contato do pesquisador com
documentos originais. Entre as desvantagens temos a falta de objetividade, a falta
de representatividade e a subjetividade dos documentos (SANTOS, 2011).
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envolvimento sistemático e permanente, ao longo do tempo da pesquisa, das suas
atividades. O pesquisador coloca-se numa postura de identificação com os
pesquisados. Passa a interagir com eles em todas as situações, acompanhando
todas as ações praticadas pelos sujeitos. Vai aos poucos observando as
manifestações dos sujeitos e as diversas situações vividas, registrando
descritivamente todos os elementos observados e as inúmeras considerações que
fizer ao longo dessas interações.
Por sua vez, a pesquisa etnográfica, faz um mergulho no microssocial, olhado por
meio de uma lente de aumento. Aplica-se métodos e técnicas compatíveis com a
abordagem qualitativa, valendo-se do método etnográfico (descrição). Visa também
à compreensão, na sua continuidade, dos processos do dia a dia, nas suas diversas
modalidades (SEVERINO, 2007).
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Na pesquisa documental, os documentos tornam-se fontes principais no sentido
amplo, ou seja, não só de documentos impressos, mas sobretudo de outros tipos de
documentos, tais como jornais, fotos, gravações, filmes e/ou documentos legais. Os
conteúdos dos textos que ainda não tiveram nenhum tratamento analítico são
matéria-prima, a partir do qual o pesquisador vai desenvolver suas investigações e
análises (SEVERINO, 2007).
Já, nas pesquisas quantitativas tudo pode ser quantificável, ou seja, os fenômenos
e questões estudadas são numericamente medidos a partir de critérios pré-
definidos. Estes dados são transformados em informação a partir de técnicas
estatísticas apoiadas em softwares específicos para esta função. Os métodos
quantitativos procuram conhecer a realidade a partir de mensuração de variáveis.
São utilizados amplamente em experimentos físicos, químicos, biológicos e estudos
sociais.
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As pesquisas qualitativas trabalham aspectos da cultura, valores, crenças,
sensações e atitudes. Não utilizam critérios de representatividade amostral. Buscam
informações profundas, dificilmente obtidas de outra forma. Permitem perceber
tendências e manifestações consensuais. Possuem diferentes formas de coleta e
análise de dados.
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7. O QUE VEM A SER A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ABNT) E QUAL A IMPORTÂNCIA DA NORMALIZAÇÃO?
É comum cobrar as técnicas formais e regulamentadas na apresentação de um
trabalho acadêmico. Essa cobrança vem acompanhada de um nome: ABNT. Mas o
que é a ABNT? Esclarecemos que as informações ora apresentadas são recortes de
pesquisa e busca que foram feitas no site http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-
abnt.
Demo (1992, p. 21-25) traduz esse binômio (aceitação e rejeição) das pesquisas
para publicação como: qualidade política e qualidade formal. Para o autor,
podemos entender que a qualidade política está ligada à pertinência de uma
contribuição científica para preencher lacunas existentes no quadro geral do
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conhecimento, em determinada ciência. A qualidade política coloca a questão dos
fins, a circulação social do saber científico, a tradução dos conceitos utilizados pela
comunidade científica e sua disponibilidade em meios de comunicação. Já a
qualidade formal trata da capacidade de usar regras e técnicas adequadas, dentro
dos ritos acadêmicos: domínio de técnicas de coleta, manuseio e uso de dados;
capacidade de manipular bibliografias; versatilidade na discussão temática.
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Por sua vez, a falta de normalização pode atingir a qualidade de vida das pessoas
com algum tipo de deficiência, documentos normalizados aceleram o trânsito de
informações, dentre outros. Constituem-se
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De acordo com o Manual de Normalização e Apresentação de Trabalhos Científicos
e Acadêmicos, elaborado pela Universidade Federal do Espírito Santo (2015, p. 13),
os trabalhos acadêmicos podem ser definidos como “[...] trabalhos que representam
o resultado de um estudo e/ou pesquisa sobre um tema, exigidos por disciplina,
módulo, estudo independente, curso e programa [...]”.
Tendo como base a NBR 14724:2011 apud UFES (2015), o trabalho acadêmico
deve obedecer a seguinte ordem:
Chamamos atenção para o fato de que toda apropriação de uma citação, torna-se
necessário nossos posicionamentos diante das mesmas, isto é, o diálogo com os
autores justificando os motivos dos usos é essencial.
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Sobre os tipos de citação:
A citação direta de até três linhas deve vir inserida no texto e entre aspas
duplas. Caso o trecho transcrito já contenha expressões ou palavras entre
aspas, essas serão transformadas em aspas simples. Quando o trecho
citado não for início de parágrafo, deverá ser antecedido de reticências
entre colchetes [...] (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO,
2015, p. 32).
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Deve-se deixar uma linha de espaçamento em branco (tamanho 12 e
entrelinhamento 1,5) antes e depois desse parágrafo. Vejamos o que nos diz a
ABNT acerca desse uso:
Transcrição sem destaques (aspas, itálico etc.), pois somente as ideias foram citadas e não
as palavras do autor;
É essencial o uso do ano da publicação consultadaprecedida por vírgula;
Diferentes obras, cada uma com autoria diferente, quando citadas simultaneamente, devem
ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética: (SENA, 1984; SILVA, 1986;
SOUZA, 1991). Esse recurso somente pode ser utilizado, colocando-se os autores entre
parênteses;
Existem basicamente, dois tipos de autoria de textos, livros etc.: pessoal (pessoa física) e
institucional, a autoria é da instituição, da associação ou outro tipo de organização.
Citação indireta de autor pessoal: existem duas formas de citar o autor: ou ele fica
incluído na sentença, ou ele fica entre parêntesis. No primeiro caso, usam-se as
expressões: Como...; Segundo...; Conforme...; Todavia...; Entretanto...; De acordo..., etc.
Porém, o uso exagerado e frequente dessas expressões, tornam o texto maçante, fazendo
com que perca a qualidade. Alguns preferem o uso do autor entre parêntesis, que, em geral,
deve ser feito ao final da frase ou do parágrafo.
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Citação de citação: É o famoso uso do apud (ou citado por). É a citação direta ou
indireta de um texto a cuja obra original não se teve acesso. É quando você toma
emprestado de um livro ou autor uma citação que está no texto desse autor. É uma
“carona”. Esse tio de citação deve ser evitada ao máximo! Somente se usa em
casos que a obra original esteja esgotada, indisponível ou em outra língua.
Quando se faz uma citação a partir de uma outra fonte à qual não se teve
acesso, cita-se o autor original seguido da expressão „apud‟ e dá indicação
do autor, data e página da obra diretamente consultada. Faz-se a indicação
completa da obra na seção „Referências‟ [...] (UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ESPÍRITO SANTO, 2015, p. 38).
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diferentes páginas de uma mesma obra são separadas por vírgula: Alves (1989, p.
5, 49) ou (ALVES, 1989, p. 5, 49); diferentes obras, cada uma com autoria diferente,
quando citadas simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em
ordem alfabética: (ALVES, 1984; SILVA, 1986; SILVEIRA, 1991). Esse recurso
somente pode ser utilizado, colocando-se os autores entre parênteses; para dar
ênfases ou destaques no uso das citações diretas, estas deverão ser realizadas por
meio de grifo, negrito ou itálico, indicando-se essa alteração com a expressão “grifo
nosso” ou “grifo do autor” a depender da situação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002b, p. 3); não fazer citações em outros idiomas. Caso se
faça, deve-se traduzir o texto e colocar ao seu final, entre parênteses, finalizando, a
expressão tradução nossa, ou minha tradução. O ponto final: se o texto citado
terminar com ponto final, as aspas vêm depois do ponto; do contrário as aspas virão
antes dele; se na lista das fontes houver autores com sobrenomes iguais,
acrescentam-se, nas citações, as iniciais de seus prenomes. Ex.: A globalização une
e separa (SILVA, C., 2003). Se mesmo assim continuar a coincidência, colocam-se
os prenomes por extenso. Ex.: A globalização une e separa (SILVA, Josué; 2001);
citação de obras de mesmo autor e mesmo ano. Diversos documentos de um
mesmo autor e publicados em um mesmo ano devem ter o acréscimo, após o ano,
de letras minúsculas, em ordem alfabética e sem espacejamento. Isso é válido tanto
para a lista das fontes.
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1995.
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_____. Princípio científico e educativo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1992.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. atual.
São Paulo: Cortez, 2007.
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