Vous êtes sur la page 1sur 9

www.cers.com.

br 1
Teorias do crime: Conceito de conduta.

4) Funcionalismo

- Ganha força e espaço na década de 1970, discutidas com ênfase na Alemanha.


- Busca adequar a dogmática penal aos fins do Direito Penal.
- Percebe que o Direito Penal tem necessariamente uma missão e que seus institutos devem ser compreendidos
de acordo com essa missão (edifica o Direito Penal a partir da função que lhe é conferida).

Conclusão:

Obs. Duas grandes vertentes do funcionalismo são apresentadas na doutrina porque os idealizadores dessas teo-
rias divergiram quanto à missão do Direito Penal.

Funcionalismo teleológico
(dualista, moderado, da política criminal)

- Defendido por Roxin


- Crime:

Funcionalismo teleológico de Roxin

 Missão do Direito Penal: proteção de bens jurídicos (proteger os valores essenciais à convivência social harmô-
nica).

Funcionalismo teleológico de Roxin

 Conceito de conduta: comportamento humano voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de
lesão ao bem jurídico tutelado.

Funcionalismo sistêmico de Jakobs


(monista ou radical)

- Crime:

Funcionalismo sistêmico de Jakobs

 Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do sistema.

Funcionalismo sistêmico de Jakobs

www.cers.com.br 2
 Conceito de conduta: comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema, frus-
trando as expectativas normativas.

Questão: Qual a teoria adotada pelo CP?

Cuidado!
Código Penal Militar

Art. 33. Diz-se o crime:

Culpabilidade:

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.


II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que
estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o supõe leviana-
mente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo.

 O CP Militar:
 O CP/84:
 Doutrina moderna:
Tema: conduta

Conceito analítico de crime

Fato típico Ilicitude Culpabilidade

Conduta
Resultado
Nexo Causal
Tipicidade

Código Penal

Art. 19. Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente.

Questão: O Código Penal contempla alguma norma considerada resquício de responsabilidade penal objetiva?

Obs. A doutrina aponta resquícios de responsabilidade penal objetiva em duas situações:

a) Rixa qualificada (art. 137, parágrafo único, CP)


b) Teoria da “actio libera in causa”, que permite a punição de infrações penais praticadas em estado de embriaguez
voluntária ou culposa.

Tema: Conduta dolosa


Código Penal

Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

Conceito de dolo: vontade e consciência de realizar os elementos do tipo penal incriminador.

Elementos do dolo:

Espécies de dolo

www.cers.com.br 3
1. Dolo direto e indireto

 Dolo direto: o sujeito prevê o resultado e busca alcançá-lo.


 Dolo indireto: Subdivide-se em:
 Alternativo: o agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta na realização de qualquer um deles.
 Eventual: o agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta na realização de um, mas aceitando
outro.

Obs.:

2. Dolo cumulativo: o agente pretende alcançar dois ou mais resultados típicos em sequência.

3. Dolo de dano e dolo de perigo

 Dolo de dano: a vontade do agente é causar efetiva lesão ao bem jurídico tutelado.
Ex. Se o bem jurídico é a vida, a minha intenção é
 Dolo de perigo: a intenção do agente é expor a risco o bem jurídico tutelado.
Ex. Se o bem jurídico é a vida, a intenção é

4. Dolo normativo (híbrido) e dolo natural (neutro)


Dolo normativo (híbrido): o sujeito tem consciência do que faz e consciência de que o que faz é proibido.
Dolo natural (neutro): é aquele que independe da consciência da ilicitude. É constituído apenas de elementos
naturais (consciência e vontade).

5. Dolo genérico e dolo específico

 Dolo genérico: o agente atua com vontade de realizar a conduta descrita no tipo penal sem um fim específico.
 Dolo específico: o agente atua com vontade de realizar a conduta descrita no tipo penal com um fim específico.

Extorsão mediante sequestro

Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou
preço do resgate:

Pena - reclusão, de oito a quinze anos.

Cuidado! A doutrina moderna não trabalha mais com dolo genérico e dolo específico.

6. Dolo de 1º grau, 2º grau e 3º grau

 Dolo de 1º grau: é o dolo direto, o objetivo desejado pelo agente com a sua conduta.
 Dolo de 2º grau: é uma espécie do dolo direto. É o dolo de consequência necessária. Abrange os efeitos colate-
rais do crime, de verificação praticamente certa.

Obs.

Atenção! Dolo de 2º grau x Dolo eventual

www.cers.com.br 4
Dolo de 3º grau: é o dolo de dupla consequência necessária.

7. Dolo geral (erro sucessivo)

É o erro quanto ao meio de execução do crime.

Ex. Agente que, com ânimo homicida, desfere um tiro no peito do seu desafeto que cai desfalecido. Imaginando já
estar morto, o agente joga a vítima no rio visando ocultar o cadáver. Dias depois o corpo da vítima é encontrado e
o exame necroscópico conclui que a morte se deu por afogamento.

Obs.

Teorias do dolo

Art. 18 - Diz-se o crime:

I - doloso, quando o agente quis (dolo direto) o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo (dolo eventual).
Teorias do dolo (art. 18, CP)

 Teoria da vontade
 Teoria do consentimento ou assentimento

Obs.

Tema: Conduta culposa

Código Penal

Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Conceito: O crime culposo consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito não querido ou aceito pelo
agente, mas que lhe era previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa consciente) e que
poderia ser evitado se empregasse a cautela necessária.

Elementos do crime culposo

www.cers.com.br 5
1) Conduta humana voluntária
2) Violação de um dever de cuidado objetivo
3) Resultado naturalístico involuntário
4) Nexo entre conduta e resultado
5) Resultado involuntário previsível
6) Tipicidade.

1. Conduta humana voluntária

 Dolo: vontade dirigida a realização de um resultado ilícito.


 Culpa: vontade dirigida a realização de um resultado lícito, porém

2. Violação de um dever de cuidado objetivo

Questão: Como apurar se houve ou não infração ao dever de diligência?

2.1. Formas de violação do dever de diligência

 Imprudência:
 Negligência:
 Imperícia:

3. Resultado naturalístico involuntário


4. Nexo causal entre conduta e resultado
5. Resultado involuntário previsível
6. Tipicidade
Código Penal

Art. 18
(...)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente.

Em resumo: Elementos estruturais da culpa

1. conduta humana voluntária


2. violação do dever objetivo de cuidado
3. resultado involuntário
4. nexo causal
5. previsibilidade
6. Tipicidade

Obs. A previsibilidade subjetiva, entendida como a possibilidade de conhecimento do perigo, analisada sob o prisma
subjetivo do autor (e não mais do homem médio), levando em consideração seus dotes intelectuais, sociais e cul-
turais, NÃO É ELEMENTO DA CULPA, mas será analisada pelo juiz na culpabilidade.

Tema: Espécies de culpa

1. Culpa consciente e Culpa inconsciente

 Culpa consciente (“ex lascivia”): com previsão do resultado,


 Culpa inconsciente (“ex ignorantia”): sem previsão do resultado (por parte do agente),

Questão: A culpa consciente é mais grave do que a culpa inconsciente?


Atenção! O Código Penal dispensa igual tratamento à culpa consciente e à culpa inconsciente. A previsão do resul-
tado, por si só, não representa maior grau de reprovabilidade na conduta.

Questão. Qual a diferença entre dolo eventual e culpa consciente?

www.cers.com.br 6
Dolo eventual X Culpa consciente

 Dolo eventual: o sujeito prevê o resultado, mas


 Culpa consciente: o sujeito prevê o resultado, mas

2. Culpa própria e Culpa imprópria

 Culpa própria: é gênero da qual são espécies a culpa consciente e culpa inconsciente.
 Culpa imprópria (também chamada de culpa por equiparação, assimilação ou extensão)

É aquela em que o agente por erro evitável, imagina certa situação de fato que, se presente, excluiria a ilicitude
(descriminante putativa).

Provoca intencionalmente determinado resultado típico, mas responde por culpa, por razões de política criminal (art.
20, § 1º, 2ª parte).

Obs1.

3. Culpa “in re ipsa” (culpa presumida)

Obs. Não se admite a culpa presumida em nosso ordenamento jurídico, devendo sempre ser comprovada.

Tema: Conduta preterdolosa

Preterdolo

Conceito: o agente pratica crime distinto do que havia projetado cometer, advindo da conduta dolosa resultado
culposo mais grave do que o projetado.

Crimes agravados pelo resultado

1. Crime doloso agravado/qualificado pelo dolo


Ex.
2. Crime culposo agravado/qualificado pela culpa
Ex.
3. Crime culposo agravado/qualificado pelo dolo
Ex.
4. Crime doloso agravado/qualificado pela culpa

www.cers.com.br 7
Ex.

Conclusão: Nem todo o crime agravado pelo resultado é preterdoloso. As três primeiras hipóteses trabalham crimes
também agravados pelo resultado, mas que não caracterizam o preterdolo. Só há crime preterdoloso se o crime for
doloso e o resultado culposo.

Questão: Em comprovado surto epilético, “A” desfere violento golpe no ventre de mulher grávida, matando-a. Do
evento, também resulta a interrupção da gravidez e a morte do feto. Haveria, neste caso, se “A” não soubesse do
estado gravídico da vítima, apenas crime de homicídio.

( ) Certo ( ) Errado

www.cers.com.br 8
www.cers.com.br 9

Vous aimerez peut-être aussi