EVTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA:

SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

Universidad de Salamanca

RESUMEN

En sus escritos teóricos y e n su obra poética, Saint-Pol-Roux redescubre

el p o d e r creador de la imagen. Muestro aquí u n a breve antología comentada
de sus técnicas principales. E n su poesía e n c o n t r a r o n los surrealistas u n p r e -
cursor de la estética m o d e r n a . E. Diez-Canedo l o señaló ya e n 1925.

PALABRAS CLAVE

Saint-Pol-Roux, surrealismo, estética, i m a g e n , E. Diez-Canedo.

ABSTRACT

I n his theoretical w r i t i n g s a n d i n his poetic w o r k s Saint-Pol-Roux redis-

covers the creative p o w e r o f t h e image. I present here a short account w i t h
c o m m e n t s o f his m a i n techniques. I n his p o e t r y t h e surrealist schools o f poet-
ry f o u n d a precursor o f the m o d e r n aesthetics. E. D i e z - C a n e d o p o i n t e d it o u t
already i n 1925.

KEY WORDS

Saint-Pol-Roux, surrealism, aesthetics, image, E. Diez-Canedo.

RÉSUMÉ

Dans ses écrits théoriques et dans s o n o e u v r e p o é t i q u e , Saint-Pol-Roux

redécouvre le p o u v o i r créateur de l'image. Je m o n t r e i c i u n e a n t h o l o g i e b r è -
ve et c o m m e n t é e de ses techniques principales. Les surréalistes o n t t r o u v é
dans sa poésie u n précurseur de l'esthétique m o d e r n e . Le c r i t i q u e E. Diez-
Canedo l'avait signalé dès 1925.

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CAUCE, Revista de Filología y su Didáctica, n" 22-23, 1999-2000 /págs. 149-173

CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

MOTS-CLÉ

Saint-Pol-Roux, surréalisme, esthétique, image, E. Diez-Canedo.

Los p r ó l o g o s , t r a d u c c i o n e s y a r t í c u l o s d e l crítico y p o e t a E. D i e z -
C a n e d o s o b r e la literatura f r a n c e s a s u p u s i e r o n e n s u día u n a m a g n í f i -
c a p o s i b i l i d a d d e c o n t a c t o c o n la c u l t u r a d e l p a í s v e c i n o . D i e z - C a n e d o ,
j u n t o c o n o t r o s críticos c o n t e m p o r á n e o s , realiza u n a l a b o r d e i n t r o d u c -
c i ó n f u n d a m e n t a l . A u n q u e t r a d u c e o b r a s e n p r o s a , c o m o Poil de carot-
te d e J u l e s R e n a r d , y r e d a c t a a r t í c u l o s s o b r e t e a t r o , e n el á m b i t o d e la
literatura f r a n c e s a s u i n t e r é s s e d e c a n t a c l a r a m e n t e h a c i a la p o e s í a .
El Sol d e l 15 d e julio d e 1925 p u b l i c a u n a n o t i c i a crítica d e D i e z -
C a n e d o s o b r e la o b r a d e J u l e s S u p e r v i e l l e , El hombre de la Pampa,
p u b l i c a d a e n 1923 y a h o r a o b j e t o d e u n a t r a d u c c i ó n d e l p e r u a n o J u a n
P a r r a d e l R i e g o . Se trata d e u n a r t í c u l o b r e v e q u e q u i e r e d a r c u e n t a
s o b r e t o d o d e u n a n o v e d a d editorial; sin e m b a r g o , p r o p o n e los c a m i -
n o s q u e d e b e r í a n s e g u i r s e si u n o q u i s i e r a a d e n t r a r s e e n la l e c t u r a d e
S u p e r v i e l l e y e n el análisis d e t a l l a d o d e s u estilo. D i e z - C a n e d o d e s c u -
b r e claves d e interpretación q u e surgiendo del texto revelan e l e m e n t o s
d e t e o r í a d e la literatura y d e literatura c o m p a r a d a .
La p o e s í a d e S u p e r v i e l l e - d i c e D i e z - C a n e d o - , "no es una poesía del
claro de luna, romántica y sentimental, es una poesía recia, inteligen-
te, irónica, que no deja, por ello, de ser poesía y, en consecuencia, car-
gada de irrealidad\ Una poesía, por tanto, q u e recibe e n España u n a
v a l o r a c i ó n p o b r e , p u e s a q u í s e e n t i e n d e la r e a l i d a d t a n s ó l o c o m o
"verosimilitud"; el p r e j u i c i o realista e s m u y fuerte. D i e z - C a n e d o p r o p o -
n e al l e c t o r dejar d e l a d o e s e p r e j u i c i o , d e j a r s e llevar p o r la s u g e r e n -
cia, a d m i r a r "la prolija invención de las metáforas", "la fértilísima ima-
ginación de los episodios".
D i e z - C a n e d o c o m p a r t e esta l a b o r d e d i f u s i ó n c o n o t r o s críticos q u e
c o l a b o r a n , c o m o él, e n la Revista de Occidente: G u i l l e r m o d e la T o r r e ,
F e r n a n d o Vela, A n t o n i o Marichalar, o el m i s m o O r t e g a y G a s s e t . T o d o s
c o n t r i b u y e n a m o s t r a r e n E s p a ñ a las p o s i b i l i d a d e s y la fuerza d e u n a
n u e v a estética, el s u r r e a l i s m o , q u e e n c u e n t r a a l g u n o s e c o s e n la p o e -
1
sía e s p a ñ o l a y n u m e r o s a s r e t i c e n c i a s .

1
Sobre este tema, véase la tesis de Virginia Trueba Mira: La literatura francesa
a la luz de la crítica española (un estudio de las publicaciones periódicas madrileñas,
1923-193L), defendida el 25 de noviembre de 1997 en el Departamento de Filología

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

D i e z - C a n e d o publica e n la Revista de Occidente u n a pequeña n o t i -

cia s o b r e M a l l a r m é e n r e s p u e s t a a la pregunta: "¿Qué ha pensado u s t e d
e n l o s cinco m i n u t o s dedicados a Mallarmé?" de la encuesta realizada
p o r la Revista e n e l X X V a n i v e r s a r i o de la m u e r t e del poeta. E n esta
circunstancia apenas dice nada s o b r e M a l l a r m é , p e r o s u g i e r e cierta
tonalidad, u n paisaje; n o m b r a a l o s críticos y a m i g o s que s e encuen-
tran con él celebrando el m o m e n t o . Y é l , m á s que u n crítico, parece
u n poeta, influenciado p o r l a s tendencias f o r m a l i s t a s y lúdicas de la
poesía francesa. J u n t o a D i e z - C a n e d o están Ortega, A l f o n s o R e y e s , O r s ,
B e r g a m í n , B e c a r i s s e , M o r e n o V i l l a , Marichalar:

"Elegimos un poco al azar el sitio. Aquel tejo tendido sobre un par

de escalones, como un dosel, nos pareció a todos malarmeano en grado
suficiente. Alfonso Reyes tomó con su 'kodak' un grupo condenado a la
2
ausencia de su efigie" .

Y l o s recuerdos s e le v a n a J u l e s R e n a r d y s u s imágenes antropo-

3
m ó r f i c a s y dinámicas e n s i n t o n í a con e l t o n o l ú d i c o del a r t í c u l o . S o n
pocas palabras, p e r o ha dado la clave de la metáfora renardiana.
4
E n 1 9 2 4 , e n u n artículo s o b r e el p i n t o r J o s é G u t i é r r e z S o l a n a , o f r e -
ce una interpretación p e r s o n a l de la s i e m p r e fructífera relación de la
escritura con la p i n t u r a . H a b l a de l o "pictórico" de l o s poetas, y p o n e
como e j e m p l o , entre o t r o s , a d o s artistas franceses: e l e s c r i t o r T e ó f i l o
Gautier, que ''realiza acaso mejor que nadie la máxima concentración
de elementos pictóricos en la página escrita", y D o m i n i q u e de F r o m e n -
to, p i n t o r conocido p o r s u obra n o v e l í s t i c a . A d e m á s , e n la p i n t u r a de
G u t i é r r e z Solana s e le da entrada a u n m u n d o m o d e r n o y u r b a n o , al
que también la p o e s í a va haciendo u n hueco.

Española de la Universidad de Barcelona; y el artículo escrito a partir de la tesis: "Jules

Supervielle: un poeta central en la generación del 27", Letras de Deusto, n° 84, Uni-
versidad de Deusto, Bilbao, 1999, e n el que se centra en la figura de Supervielle, sin
olvidar la influencia que ejerció también en los poetas españoles P. Valéry, y las
divergencias, sobre todo de carácter teórico, que aparecieron e n España frente al surrea-
lismo francés.
2
E. Diez-Canedo, "El silencio por Mallarmé", Revista de Occidente, t. II, 1923,
pp. 247-248.
3
"Tal v e z el sitio m e trajo al recuerdo aquella familia de árboles entrevista por
los ojos agudos de Jules Renard; de lejos se les ve cuchichear; de cerca, se yergue
cada cual indiferente a los otros..." Ibídem.
4
E. Diez-Canedo, "José Gutiérrez Solana", Revista de Occidente, t. IV, 1924,
p. 114.

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 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

V u e l v e a hablar del tema de la ciudad e n s u artículo s o b r e el poe-

5
ta h i s p a n o a m e r i c a n o Fernández Moreno . L a ciudad aparece e n s u s
aspectos cotidianos y h u m i l d e s ; e l poeta es u n n ú m e r o entre la m u c h e -
d u m b r e . M u e s t r a D i e z - C a n e d o l a s características f o r m a l e s de una poe-
s í a que con e l c o n c u r s o del i m p r e s i o n i s m o y de la i r o n í a s e va hacien-
do cada v e z m á s sintética, para acabar señalando, u n a v e z m á s , las
s e m e j a n z a s con el creador francés J u l e s R e n a r d :

Estamos a corta distancia de Jules Renard. En los versos más recien-

tes hay verdaderas "historias naturales" (...) En los versos de amor la
misma aspiración sintética. Lejos de los suspiros románticos. Una con-
templación sencilla de la amada, un hallazgo de su huella en los obje-
tos familiares...

Ve D i e z - C a n e d o u n a e v o l u c i ó n e n esta p o e s í a que la aleja d e l

r o m a n t i c i s m o , u n i m p r e s i o n i s m o técnico que s e m u e s t r a e n "la facili-
dad para expresar aspectos fugaces, para fijar momentos", "la sensación
rápidamente percibida, la forma sin excesiva construcción", que s e e x p l í -
6
cita e n las enumeraciones, e n las letanías a m o r o s a s , y que anuncian
tendencias de la p o e s í a contemporánea. S i n embargo, D i e z - C a n e d o ,
como también hará en o t r o s casos, n o deja de señalar l o s defectos o
p e l i g r o s de esta escritura: el e x c e s i v o afán de s i m p l i f i c a c i ó n o exceso
decorativo de l o s que n o da e j e m p l o s . E s c o l l o s aquí apuntados, e n l o s
que v e r e m o s caer m á s tarde a a l g u n o s poetas de las vanguardias y al
surrealismo en s u s peores momentos.

E l m i s m o año escribe D i e z - C a n e d o u n j u i c i o crítico s o b r e la poe-

7
s í a de E n r i q u e G o n z á l e z M a r t í n e z , m o s t r a n d o la a p r o x i m a c i ó n a una
estética s i m b o l i s t a :

5
E. Diez-Canedo, "Fernández Moreno", Revista de Occidente, t. IV, 1924, pp.
241-247.
6
Yo te lo dije:
Sol y llama.
A tu lado
me abrasaba.
Yo te digo
Rama, agua,
sombra fresca
de mi casa. (Hogar en el campo)
E. Diez-Canedo, "El cóndor, el cisne y el buho", Revista de Occidente,
7
t. V,
1924, pp. 375-380.

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

De un ideal parnasiano, de encerramiento en el arte, de revelación

de una bella exterioridad se pasa pronto a la sensación de la realidad
como mero signo evocativo de otra realidad más verdadera-.
"Busca en todas las cosas un alma y un sentido
oculto-, no te ciñas a la apariencia vana."
(Los senderos ocultos)

C o n poemas que s o n "vastas parábolas", "breves ficciones dramá-

ticas", e l poeta s e v u e l v e v o z consejera, ofrece u n a e x p e r i e n c i a , tal v e z
una enseñanza, a través de la imagen m á s repetida, la del " h o m b r e en
camino". Se trata de u n a e v o l u c i ó n semejante y paralela a la que s e
da en la poesía francesa y española del m o m e n t o : todo t i p o de rutas,
calles, s e n d e r o s y c a m i n o s i n v a d i r á n el i m a g i n a r i o s i m b ó l i c o de P i e r r e
R e v e r d y y el de l a s Soledades de A n t o n i o Machado.
Poco a poco, e n el contacto obligadamente parcial con l o s poetas,
D i e z - C a n e d o va señalando l a s líneas de la poesía m o d e r n a . E s cierto
que se encuentra especialmente preparado para m o s t r a r las relaciones,
o s u g e r i r l a s , entre la poesía francesa y la española. P e r o n o l i m i t a aquí
s u v i s i ó n . E n u n artículo dedicado a la poesía en E s t a d o s U n i d o s o f r e -
ce datos que d e b i e r o n r e s u l t a r de gran u t i l i d a d para l o s e s c r i t o r e s y
8
críticos de la época, y que a ú n h o y s i g u e n s i e n d o s u g e r e n t e s . E s t a b l e -
ce u n j u i c i o crítico s o b r e el m o v i m i e n t o poético norteamericano a tra-
v é s de l a s r e v i s t a s literarias de la época. D a l o s t í t u l o s de aquellas r e v i s -
tas dedicadas e x c l u s i v a m e n t e a la poesía, Poetry, aparecida en 1 9 1 2 y
que d i o a conocer a Rabindranath T a g o r e , o The Little Review, una r e v i s -
ta que admite una abundante colaboración europea, que deja u n mar-
gen grande a la e x p e r i m e n t a c i ó n , de la que e s t u v o al frente durante
algún t i e m p o E z r a P o u n d , a q u i e n D i e z - C a n e d o califica de espíritu mul-
9
tiforme y sugestivo, de la familia de los Apollinaire y de los Picasso .
P i n t o r e s , poetas, americanos, e u r o p e o s , D i e z - C a n e d o establece i m p l í -
citamente, artículo tras artículo, l a s sagas literarias, l a s f a m i l i a s poéticas
de la m o d e r n i d a d y s u s l í n e a s de f u e r z a .
N o es extraño que s u i n t e r é s p o r la literatura extranjera, y de m o d o
particular p o r la p o e s í a francesa, c r i s t a l i z a r a e n u n a gran antología: La
poesía francesa del romanticismo al surrealismo . 10
D i e z - C a n e d o ordena

8
E. Diez-Canedo, "El país donde florece la poesía: U.S.A.", Revista de Occiden-
te, t. VIII, 1925, pp. 353-357.
9
En un número de 1923 -señala Diez-Canedo-, titulado "Exiles' Numbef, figu-
ran entre las ilustraciones cuatro pinturas de Joan Miró.
1 0
La primera edición, coordinada por Diez-Canedo desde París, es de 1913. En
1945 aparece una edición ampliada en la editorial Losada de Buenos Aires.

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esta antología y traduce m u c h o s de l o s t e x t o s elegidos. U n enorme

1 1
e s f u e r z o de s í n t e s i s clasifica a l o s poetas e n l o s s i g u i e n t e s g r u p o s : L o s
G r a n d e s R o m á n t i c o s , L o s p r e c u r s o r e s de las tendencias m o d e r n a s , L o s
p a r n a s i a n o s , L o s s i m b o l i s t a s , L o s poetas n u e v o s , en l o s que s e s e ñ a l a n
d o s categorías: 1. T r a d i c i ó n y fantasía, y 2 . Libertad y m o d e r n i d a d , y,
finalmente, las E s c u e l a s de vanguardia, con lugar r e s e r v a d o para l o s
Surrealistas.
La clasificación i m p l i c a ya u n a valoración, aún s i n descender a l a s
notas que presentan a l o s poetas. A p o l l i n a i r e es el p r i m e r o e n la l i s t a
de las vanguardias, le s i g u e n M a x Jacob y J u l e s S u p e r v i e l l e . E n e l m i s -
m o g r u p o figura P i e r r e R e v e r d y del que s e señala s u g u s t o p o r l o s m o -
t i v o s s u r g i d o s de l o cotidiano, P a u l É l u a r d , cuya i n f l u e n c i a e n la p o e s í a
12
hispanoamericana se pone de r e l i e v e . A É l u a r d l o s i g u e n e n la anto-
logía T r i s t á n T z a r a , A n d r é B r e t ó n , P h i l i p p e S o u p a u l t y L o u i s A r a g ó n .
Como escribiera A n t o n i o E s p i n a , también en la Revista de Occi-
dente ,13
D i e z - C a n e d o , con el alma abierta a lo extranjero y a lo espa-
ñol, ha ido año tras año, indicando figuras, discutiendo tendencias,
descubriendo valores...
De esta labor s o l o he señalado a l g u n o s m o m e n t o s , a q u e l l o s que
h a n s e r v i d o principalmente para d e s c u b r i r l o s c a m i n o s que s i g u e la
poesía e n el p r i m e r cuarto de s i g l o . Y dentro de estos f r a g m e n t o s de
crítica parcial y creadora, q u i e r o centrarme ahora s o b r e todo e n u n o :
14
el artículo que e s c r i b i ó s o b r e el poeta francés S a i n t - P o l - R o u x , donde
las p r i n c i p a l e s i n t u i c i o n e s me s e r v i r á n de p u n t o de arranque e n e l aná-
l i s i s que intentaré m á s adelante.
Diez-Canedo n o pretendió hacer u n e s t u d i o detallado, s i m p l e m e n -
te quería dar u n a v i s o , ofrecer u n a indicación, presentar a S a i n t - P o l -
R o u x como "el antepasado" o l v i d a d o de l o s s u r r e a l i s t a s :

Esta nota no pretende ser un estudio acerca de Saint-Pol-Roux. Si

lo pretendiera habría de considerar muy detenidamente su tragedia La

11 a a
Nota a la 2 edición: "Como en la I edición, en la presente, breves introduc-
ciones al frente de cada grupo y sucintas notas bajo el nombre de cada poeta tratan
de señalar los rasgos genéricos o individuales... "
12
La poesía de Éluard, que comenzó por anotaciones breves al modo de haikais,
ha sido de las más influyentes en las nuevas generaciones hispanoamericanas, op. cit.,
p. 647.
1 3
Antonio Espina, "Enrique Diez-Canedo: algunos versos", Revista de Occidente,
t. IX, 1925, pp. 255-257.
1 4
E. Diez-Canedo, "Llega el antepasado", Revista de Occidente, t. VIII, 1925, pp.
405-408.

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

Dame à la faute, obra muy significativa que le sitúa en su tiempo, y los

versos de Anciennetés, importantes por más de un motivo.
Ayer se descubría en Eduard Dujardin al inventor del monólogo
interior puesto de moda por famés foyce y Valéry Larbaud; hoy se halla
en Saint-Pol-Roux todo un suprarrealista de antaño.

D i e z - C a n e d o o f r e c e la c r ó n i c a d e u n r e e n c u e n t r o . C o n m o t i v o de
u n h o m e n a j e - l a i d e a h a p a r t i d o d e A n d r é B r e t o n - , S a i n t - P o l - R o u x , via-
ja d e s d e la s o l e d a d d e B r e t a ñ a a París. E n la e s t a c i ó n l o r e c i b e n los
s u r r e a l i s t a s , r e c o n o c i e n d o d e a l g u n a m a n e r a la filiación c o n s u p o e s í a .
D i e z - C a n e d o s e ñ a l a t a m b i é n las r e f e r e n c i a s b i b l i o g r á f i c a s e s e n c i a l e s ,
l o s h i t o s d e e s t e r e d e s c u b r i m i e n t o : el a r t í c u l o d e A. B r e t o n consagrado
a S a i n t - P o l - R o u x c o n m o t i v o d e l h o m e n a j e c o l e c t i v o q u e los s u r r e a l i s t a s
o f r e c i e r o n al p o e t a , t i t u l a d o "Le Maître de l'imagé', y p u b l i c a d o el 9 d e
1 5
m a y o d e 1 9 2 5 . La h u e l l a d e l p o e t a ya e s t a b a p r e s e n t e e n Les Pas Per-
dus d e B r e t o n , p u b l i c a d o e n f e b r e r o d e 1924, y t a m b i é n s e le n o m b r a
e n el Manifeste du Surréalisme, publicado e n octubre del m i s m o a ñ o .
Cita t a m b i é n D i e z - C a n e d o el Livre des Masques de Remy de Gour-
1 6
m o n t , las o b r a s d e S a i n t - P o l - R o u x p u i b l i c a d a s p o r el M e r c u r e d e F r a n -
c e e n t r e s v o l ú m e n e s b a j o el t í t u l o g e n é r i c o d e Les Reposoirs de la Pro-
11
cession , y señala la i m p o r t a n c i a testimonial de la r e s p u e s t a que el
1 8
p o e t a d i o e n L'Enquête sur l'évolution littéraire de Jules Huret en 1891 ,
u n a r e s p u e s t a q u e él c o n s i d e r a t a m b i é n surrealista:

En esta lista vemos que al gallo se le llama partera de la luz" (sage-

femme de la lumière); Recordándola, evidentemente, el propio Saint-Pol-

15
"Le Retour de Saint-Pol-Roux" annonce le passage à Paris de l'exilé de Cama-
ret le 8 mai 1925: Il sera reçu à la gare par les surréalistes. Ceux-ci veulent marquer
par là l'admiration qu'ils portent à ce grand poète et protester ainsi contre l'oubli et l'in-
différence où les contemporains vieillis de celui qu'ils saluaient jadis comme leur maî-
tre ont cru pouvoir, au profit des plus remuants d'entre-eux, confiner l'auteur des "Repo-
soirs de la Procession". André Breton: Oeuvres Complètes, Paris, La Pléiade, Gallimard,
1988, p. 1685.
16
Fue Remy de Gourmond quien más vuelo dio a la gloria de Saint-Pol-Roux (...)
merced a la lista de imágenes y metáforas que formó en el capítulo correspondiente de
su "Livre de Masques", lista que reprodujo la divulgadtsima antología de Van Bever y
Léautaud. E. Diez-Canedo, op. cit., p. 407.
1 7
Vol. I (1901): La Rose et les épines du chemin.
Vol. II (1904): De la colombe au corbeau par le paon.
Vol. III (1907): Les Féeries Intérieures.
1 8
Jules Huret, Enquête sur l'évolution littéraire, Vanves, Ed. Thot, 1984, pp. 136-
151: "Monsieur Saint-Pol-Roux le Magnifique". Esta Enquête acaba de ser objeto de una
reedición en 1999, con introducción y notas de Daniel Grojnowski.

155

CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

Roux dijo, en la famosa "Enquéte sur Vévolution littéraire de Jules Huret":

"Le poete est le sage-homme de la beauté". Muchos párrafos de la con-
testación de Saint-Pol-Roux a Huret me parecen de lo más suprarrealis-
ta que pueda encontrarse.

A partir de aquí, y e n u n a página escasa, e n u n considerable e s f u e r -

z o de s í n t e s i s crítica, D i e z - C a n e d o abandona la tonalidad i n f o r m a t i v a y
neutra, y revela, como s i n p r e t e n d e r l o , p u n t o s claves de esta p o e s í a .
R e p r o d u z c o a continuación l o s d o s párrafos esenciales:

"Amapola sonora" es el canto del gallo, imagen que parece, por ima-
gen y por sonido, un heptasílabo de Góngora. "Romance pour narine",
para significar el aroma de las flores resulta más Quevedo que Góngo-
ra; como resulta Quevedo la expresión que denomina "esquela de defun-
ción" a la urraca. ¿Serán también nuestros poetas del XVII suprarrealis-
tas sin saberlo?
La imagen de Saint-Pol-Roux, calculada aproximación de cosas dis-
tintas, viene a coincidir con el encuentro casual de palabras caracterís-
tico del suprarrealismo más puro, del que elimina hasta donde es posi-
ble la intervención y burla la vigilancia de la inteligencia.
Figura curiosa (Saint-Pol-Roux), que más de una vez atrajo la aten-
ción de los españoles. Ricardo Baeza le tradujo, hace años, y también,
allá en Méjico, González Martínez. Y este raro no podía faltar en la gale-
ría de Rubén Darío, iniciadora de tanta curiosidad entre nosotros.
Rubén Darío fue amigo de Saint-Pol-Roux. Aquí tengo el ejemplar de "La
Rose et les épines du chemin" que le dedicó en grandes letras muy dibu-
jadas como "fraternel hommage". Pero no busquéis las notas de Darío
19
en "Los Raros". Este raro está en "Letras" .

A s í acaba esta "noticia" e n la que D i e z - C a n e d o , como R u b é n D a r í o

ejerce de "iniciador de c u r i o s i d a d " , f ó r m u l a impecable para d e f i n i r a
un crítico. C o m o puede apreciarse e n l o s párrafos a n t e r i o r e s , D i e z -
Canedo no ha r e n u n c i a d o a la l i t e r a t u r a c o m p a r a d a q u e vincula
t i e m p o s y e s p a c i o s ; l a s s e m e j a n z a s que establece s o n o t r a s tantas
apreciaciones de valor. Será p r e c i s o indagar e n la obra del poeta para
comprobar s i e x i s t e ese g o n g o r i s m o , o ese b a r r o q u i s m o que es e x u -
berancia de la i m a g e n y que aquí s e s u g i e r e . S e r á p r e c i s o b u s c a r
e n l o s t e x t o s t e ó r i c o s y e n la verdad material de l o s poemas s i la
imagen tiene e n S a i n t - P o l - R o u x la f u e r z a que quisieron concederle
l o s s u r r e a l i s t a s , u n a imagen "capaz de b u r l a r la vigilancia de la i n t e l i -
gencia".

19
E. Diez-Canedo, op. cit., p. 408.

156

CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

Y q u i z á e n t e n d e m o s a h o r a p o r q u é la p o e s í a d e G o n z á l e z Martí-
n e z la p r e s e n t a b a D i e z - C a n e d o c o n la c a r a c t e r í s t i c a s d e u n simbolismo
a v a n z a d o . G o n z á l e z M a r t í n e z c o n o c e la p o e s í a f r a n c e s a , h a s i d o t r a d u c -
tor d e Saint-Pol-Roux; los t e x t o s q u e s e t r a d u c e n s u f r e n t a m b i é n el e f e c -
t o d e u n a e l e c c i ó n , d e u n a a f i n i d a d . E l e g i r significa. Y si q u i e n ofrece
e l e c c i o n e s e s u n b u e n c r í t i c o , inicia e n la c u r i o s i d a d , e n la búsqueda,
e n el e n c u e n t r o . En este b r e v e artículo d e D i e z - C a n e d o , s o b r e t o d o en
s u s ú l t i m o s p á r r a f o s , s e e n c u e n t r a la c h i s p a q u e h a p r o v o c a d o u n a e l e c -
ción en segundo grado, mi encuentro con Saint-Pol-Roux.
S a i n t - P o l - R o u x le M a g n i f i q u e ( 1 8 6 1 - 1 9 4 0 ) q u e eligió la s o l e d a d como
2 0
vivienda, fue u n gran o l v i d a d o e n m a n u a l e s y antologías . Los estudios
2 1
m á s r e c i e n t e s le d e d i c a n e n g e n e r a l u n b r e v e e s p a c i o , p a r a situarlo a
m e d i o c a m i n o e n t r e el s i m b o l i s m o y el s u r r e a l i s m o , c o m o "le parfait
baroque du symbolisme'; definirlo c o m o el f u n d a d o r d e l " i d e o r r e a l i s m o " ,
d o c t r i n a s e g ú n la c u a l l a s i m á g e n e s a d q u i e r e n u n a v e r d a d e r a autono-
m í a c r e a d o r a , y e n la q u e la f u n c i ó n d e l p o e t a c o n s i s t e e n la restitu-
c i ó n d e la B e l l e z a . U n p o e t a r e c l a m a d o p o r l o s s u r r e a l i s t a s p o r s u s e x -
p e r i m e n t a c i o n e s f o r m a l e s y p o r el p o d e r q u e le r e c o n o c e a la imagen.
N o r m a l m e n t e Saint-Pol-Roux q u e d a reducido a u n e l e m e n t o curio-
so y u n tanto marginal dentro del p a n o r a m a d e la e v o l u c i ó n literaria.
Sin e m b a r g o , t a m b i é n él p e r t e n e c e a u n a familia p o é t i c a q u e lo e x p l i -
ca y a c u y o s e n t i d o él contribuye.
A partir d e B a u d e l a i r e , los p o e t a s s o n t a m b i é n críticos. Las refle-
x i o n e s s o b r e la c r e a c i ó n y la p o e s í a a p a r e c e n c o m o u n a n e c e s i d a d , a
v e c e s i n c l u s o e n el interior d e los p o e m a s . S a i n t - P o l - R o u x s e r á t a m b i é n
u n t e ó r i c o , c o m o l o s e r á n P. R e v e r d y , P. É l u a r d o A . B r e t o n , y s u s i d e -
as n o s e r á n m u y diferentes a las d e los p o e t a s s e ñ a l a d o s .
La t e o r í a m u c h a s v e c e s d e r i v a e n c o n s e j o o e n s e ñ a n z a ; l o s s u r r e -
alistas q u i s i e r o n librarse d e esa p o e s í a o r i e n t a d a h a c i a u n arte d e vivir
o d e escribir, p e r o esta p o e s í a e s t a b a e n el s u r r e a l i s m o y e n s u s p r e -
c u r s o r e s . L a i n c l i n a c i ó n h a c i a e l a f o r i s m o e s f r e c u e n t e . La p a d e c i ó S a i n t -
Pol-Roux, p e r o fue t a m b i é n u n a m a n e r a d e Pierre Reverdy y u n a téc-
n i c a d e P a u l É l u a r d , q u i e n la c a m u f l ó d e p o p u l i s m o y la utilizó e n l o s
f i n a l e s d e p o e m a s q u e p r e s e n t a n a m e n u d o la e s t r u c t u r a b i n a r i a y c o n -
t u n d e n t e d e la m á x i m a .

2 0
No así en la de Diez-Canedo, quien traduce personalmente tres poemas del
poeta: "Alondras", "Agujas del cuadrante" y "Murciélagos".
21
XX siècle, Les grands auteurs Français, Coll: Lagarde et Michard, Bordas, 1962,
pp. 30-31.

157

CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

A pesar de este carácter m o r a l o ético que s e cuela e n la p o e s í a

y que s u g i e r e u n a cierta transcendencia, e x i s t e también e l contrapeso
del lenguaje, de u n significante liberado, objeto de e x p e r i m e n t a c i ó n ,
de juego, de h u m o r . La m o d e r n i d a d y l a s vanguardias p r o p o n e n u n a
valoración p o s i t i v a de la idea de r u p t u r a . La e x p r e s i ó n " m o t s e n l i b e r -
té" aparece p o r p r i m e r a v e z e n el M a n i f i e s t o de M a r i n e t t i ( 1 9 1 3 ) , y será
retomada p o r dadaístas y s u r r e a l i s t a s . Se pretende emancipar el len-
guaje, reaccionar contra las convenciones lingüísticas y l o s lugares
comunes.
A n d r é B r e t o n r e f l e x i o n a s o b r e estas p o s i b i l i d a d e s del lenguaje e n
Les Mots sans 22
rides . L a s palabras n o s o n s ó l o p e q u e ñ o s a u x i l i a r e s , h a y
que liberarlas para que pueda tener lugar la q u í m i c a entre ellas. D e b e n
s u p e r a r s e l a s convenciones l i n g ü í s t i c a s , e l p r e d o m i n i o de la e t i m o l o g í a ,
la s i n t a x i s utilitaria, para considerar la palabra en s í y estudiar l a s reac-
c i o n e s de u n a s palabras s o b r e otras.
La palabra recupera s u e x i s t e n c i a concreta, material. E l poeta s e
convierte e n el materialista que e x p e r i m e n t a con l a s palabras: l o v i s u a l
y l o f ó n i c o del lenguaje, l o pictórico y l o arquitectural, aparecen en
p r i m e r plano. L o s " j u e g o s de palabras" d e m u e s t r a n e l poder creador
del lenguaje, la f u e r z a de s u s a u t o m a t i s m o s .
L a s r e f l e x i o n e s de B r e t o n coinciden con l a s de o t r o s poetas, y de
manera evidente con l a s de P i e r r e R e v e r d y . Y a s e h a n p u e s t o e n parale-
23
l o e n m á s de u n a ocasión s u s respectivas teorías s o b r e la i m a g e n . U n a
r e f l e x i ó n crítica que, como v e m o s , debe m u c h o a la de Saint-Pol-Roux.
E l texto que S a i n t - P o l - R o u x e s c r i b i ó para L'Enquête sur l'évolution
littéraire, e s importante p o r l a s teorías que condensa s o b r e la imagen,
p e r o también, s o b r e todo, p o r q u e ofrece m u c h o s e j e m p l o s de l o que
ya pueden c o n s i d e r a r s e imágenes s u r r e a l i s t a s , y la práctica de la "méta-
p h o r e f i l é e " que sería esencial más tarde; así:

Ce sont les buccins des sensations qui sonnent la diane de l'huma-

nité et c'est par le pont-levis des sens que le fantôme du Mystère entre
visiter le donjon de notre esprit.

2 2
A. Breton, "Littérature", Oeuvres Complètes, Bibliothèque de La Pléiade, Galli-
mard, 1988, pp. 284-286.
2 3
P. Reverdy, Nord-Sud, Paris, Flammarion, 1979, pp. 73-75.
A. Breton, Manifestes du Surréalisme, Oeuvres Complètes, Bib. de La Pléiade,
1988.
Un breve resumen de ambas teorías puede encontrarse en el capítulo "L'Ima-
ge selon Breton et selon Reverdy" de Introduction à la poésie moderne et contemporai-
ne, Paris, Daniel Leuwers, Dunod, 1996, pp. 90-91.

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CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

C o n la metáfora continuada, p o n i e n d o en relación d o s i s o t o p í a s ,

de manera m á s s u t i l que e n la alegoría, s e concreta, s e dota de un
espacio f í s i c o l l e n o de objetos, a realidades i n m a t e r i a l e s , abstractas,
e s p i r i t u a l e s . Se establece e n d e f i n i t i v a , u n a alianza ( f u n c i ó n principal
de la i m a g e n ) :

/7 faut quérir l'absolu avec l'être intégralement tendu vers toutes les
directions. L'artiste se cantonne à tort dans les extrêmes: idéalisme ou
positivisme. (...) Allons à l'alliage! L'étincelle jaillit du baiser des pôles
24
contraires .

H u i r de l a s c o n v e n c i o n e s literarias y p r o p o n e r u n a estética de s í n -
t e s i s , de alianza de c o n t r a r i o s , de encarnación, de m a t e r i a l i z a c i ó n p o r
l o s s e n t i d o s . U n a estética de vanguardia en la que l a s palabras clave
s o n "correspondencia" y "alianza". Para e l l o p r o p o n e S a i n t - P o l - R o u x un
nuevo simbolismo, o la s t i p e r a c i ó n d e l s i m b o l i s m o convencional,
a b r i é n d o l o a la realidad, contaminándolo. S a i n t - P o l - R o u x crea el " I d e o -
r r e a l i s m o " , c o n v i r t i é n d o s e e n u n teórico de vanguardia con relación al
s i m b o l i s m o , y c o n v i r t i é n d o s e también e n u n a p o s i b i l i d a d de t r a n s i c i ó n
hacia el s u r r e a l i s m o ( l o s acontecimientos que t i e n e n lugar en el ban-
quete homenaje que s e le ofrece en P a r í s , hacen de este camino u n a
2 5
vía s i n r e t o r n o ) .
S a i n t - P o l - R o u x atribuía al poeta u n a m i s i ó n : d e s t r u i r l o s v i e j o s cli-
chés - i m á g e n e s a n q u i l o s a d a s p o r e l t i e m p o y p o r e l u s o - y r e f o r m a r
la v i s i ó n del m u n d o a través de u n n u e v o vocabulario de metáforas:

Ces dernières années, l'art est allé de la figure réaliste à la trans-

figure symboliste; il va désormais à la métafigure, conséquemment à la
sur création... La surcréation est dieu manifesté dans l'humain, c'est tout
le chaos informulé du monde, rendu clair par le médiateur qu'est le
poète.

Redescubre así la m i s i ó n sagrada de la poesía: Le poète continue

26
Dieu, et la poésie n'est que le renouveau de l'archaïque pensée divine .

Enquête sur l'évolution littéraire, p. 138. Pueden encontrarse semejanzas e n la

24

poética de Octavio Paz; ver El Arco y la Lira.

25
Ce que cet épisode -le banquet Saint-Pol-Roux- présente d'important, c'est qu'il
marque la rupture définitive du surréalisme avec tous les éléments conformistes de l'é-
poque. A. Breton, Entretiens 1913-1952 (Avec André Parinaud), N.R.F., Gallimard, 1952,
p. 113.
2 6
Es en el "Liminaire" de Reposoirs de la Procession donde se encuentra con-
densado el mensaje estético de Saint-Pol-Roux.

159

CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

2 7
C o m o señala T h é o p h i l e B r i a n t , a l g u n o s , como R e m y de Gour-
2 8
m o n t , s ó l o v i e r o n en S a i n t - P o l - R o u x l'un des plus féconds et des plus
étonnants inventeurs d'images et de métaphores, contemplando en ellas
e x c l u s i v a m e n t e el aspecto i n v e n t i v o y p i n t o r e s c o :

Appeler une carafe une "mamelle de cristal", une pie "une lettre de
faire part" ou encore le chant du coq-, "un coquelicot sonore" semblait
à Gourmont un simple jeu littéraire, où éclataient alternativement la
riche imagination et "l'exubérant mauvais goût" d'un jeune poète qui
29
n'avait pas contrôlé son art .

S i n embargo, va haciéndose hueco la idea del poder l i b e r a d o r de

la imagen. Marcel R a y m o n d , en s u e s t u d i o De Baudelaire au Surréa-
lisme, aunque s ó l o le dedica b r e v e s palabras, l o sitúa en el camino
30
hacia el s u r r e a l i s m o . L a s semejanzas con las p o s t e r i o r e s teorías de
R e v e r d y y de B r e t o n v u e l v e n a hacerse evidentes y s o r p r e n d e n t e s .
S a i n t - P o l - R o u x , dématerialise le sensible pour pénétrer l'intelligible et per-
cevoir l'idée (...), il travaille comme l'alchimiste qui doit volatiliser le
fixe,en fixant le volatil. La imagen se convierte e n arma que avanza
contra la lógica cartesiana, abriendo brechas p o r las que entra l o i r r a -
cional, l o i n t u i t i v o , el m i s t e r i o . C o m o señalará más tarde P. É l u a r d , cuya
poética debe bastante a estas i n t u i c i o n e s , par l'honneur qu'il fait aux
choses en les nommant, par l'univers multiplié de ses poèmes, Saint-Pol-
51
Roux nous montre la réalisation de l'irréel .
N o m b r a r las cosas, l o s objetos, e n u m e r a r la materia, está tal v e z
en el o r i g e n de las letanías en f o r m a de imágenes tan frecuentes en
s u s poemas. O r a c i o n e s poéticas que s i r v e n de m o l d e estructural para
las metáforas más osadas, p o r q u e él accouple les objets les plus anti-
nomiques et les appelle à une nouvelle naissance, y s u p e r a n d o el p r i n -
c i p i o de no contradicción, s u r g e la chispa del conocimiento.
E s t a fue la estética de P. R e v e r d y , la de P. É l u a r d - r e c o r d e m o s la
presencia y el poder de la e n u m e r a c i ó n en s u s p o e m a s - , la de P. N e r u -

2 7
T. Briant, Saint-Pol-Roux, poètes d'aujourd' hui, Paris, Pierre Seghers éditeur,
1961.
2 8
Remy d e Gourmont, Le livre des Masques. El capítulo d e d i c a d o al poeta Saint-
Pol-Roux es u n catálogo d e imágenes con comentarios desfavorables.
2 9
T. Briant, op. cit., p. 66.
30
Chaque texte surréaliste présente un retour au chaos, au sein duquel s'ébauche
une vague surnature; des combinaisons chimiques "stupéfiantes" entre les mots les plus
disparates, de nouvelles possibilités de synthèse, se révèlent brusquement dans un éclair.
M. Raymond, citado p o r T. Briant, op. cit., p. 69.
31
Ibidem, p. 7 5 .

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CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

da, la de A . Breton,- baste recordar e l poema L'Union libre, canto a la

m u j e r , p e r o también canto a las palabras e n libertad.
32
Y a el crítico Carlos L a r r o n d e , antes que B r e t o n , d i o la clave del
p r o c e d i m i e n t o : S a i n t - P o l - R o u x hacía u n especial u s o del r e a l i s m o ; con
el sistema de " l ' i d é o p l a s t i e " , en coagulant l'abstrait, en faisant de chaque
mot, délivré des servitudes du dictionnaire une créature vivante. L a defi-
n i c i ó n concuerda con la que citaba de P. É l u a r d hace algunas l í n e a s ;
y e s esta capacidad de hacer palpable, de dotar de cuerpo l o que care-
ce de é l , l o que apenas e s p o s i b l e atrapar con l o s s e n t i d o s la que con-
t r i b u y ó a que s e comparara al poeta con e l mago, y así se le l l a m ó a
veces, " S a i n t - P o l - R o u x , le R o i Mage" o " S a i n t - P o l - R o u x le M a g n i f i q u e " .
P. R e v e r d y d e f i n i ó la imagen como e l acercamiento de d o s reali-
dades alejadas y añadió:

Plus les rapports des deux réalités rapprochées seront lointains et

justes, plus l'image sera forte, plus elle aura de puissance émotive et de
réalité poétique.

E n este p r o c e s o , la analogía f u n c i o n a c o m o m e d i o de creación, y

l o importante n o e s la imagen e n s í , s i n o la e m o c i ó n que provoca,
p u e s hay s o r p r e s a y placer al encontrarse ante algo n u e v o .
A . B r e t o n , m á s que contradecir la f ó r m u l a de P. R e v e r d y , a q u i e n
también considera u n m a e s t r o del s u r r e a l i s m o , le añade u n plus de s i n
s e n t i d o : s e g ú n B r e t o n , la imagen carecerá de premeditación e n s u con-
cepción y e n s u confección; e l acercamiento de las d o s realidades que
la hacen s u r g i r , de l o s d o s t é r m i n o s , n o será consciente n i premedita-
do, será f o r t u i t o :

...les deux termes de l'image ne sont pas déduits l'un de l'autre par
l'esprit en vue d'une étincelle à produire, qu'ils sont les produits simul-
tanés de l'activité que j'appelle surréaliste, la raison se bornant à consta-
ter, et à apprécier le phénomène lumineux^.

U n a teoría de la imagen que debe m u c h o a la entrada del i n c o n s -

ciente y l o s s u e ñ o s e n la poesía, a la práctica de la escritura automá-
tica y a la idea de " l a s palabras e n libertad"; u n a teoría de la imagen
exigente. S i n embargo, la práctica poética de S a i n t - P o l - R o u x parece
haberla anunciado, s e g ú n B r e t o n , hasta tal p u n t o , que l o presenta como
"Le Maître de l'image".

3 2
Carlos Larronde, "Saint-Pol-Roux, un grand créateur moderne", La Vie, n° 43,
25 octobre, 1913.
3 3
A. Breton, Manifestes du Surréalisme, op. cit.

161

CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

A . B r e t o n tiene el p r i m e r encuentro p e r s o n a l con Saint-Pol-Roux

e n 1 9 2 3 , e n s u r e t i r o de B r e t a ñ a . C o m o e n l a s cartas e n l a s que le s o l i -
citaba la p o s i b i l i d a d de esta v i s i t a , B r e t o n le anuncia entonces s u i n t e n -
c i ó n de reparar, mediante u n e s c r i t o , el o l v i d o e n e l que e l poeta s e
encuentra. E l artículo "Le Maître de l'image", publicado e n 1 9 2 5 , p r e -
tende r e a l i z a r esta reparación prometida. Q u i z á s l a s p r o m e s a s h a n ocu-
pado m á s espacio que el artículo - e n la edición de La Pléiade tres
p á g i n a s - , p e r o aparecen e n é l l o s p u n t o s relevantes de u n a poética a
la que la estética s u r r e a l i s t a debe bastante: la b e l l e z a n o es espectácu-
l o , s i n o e m o c i ó n , como señalaba S a i n t - P o l - R o u x e n el "Liminaire": "L'é-
motion ce sillon du vrai"; y añade B r e t o n :

77 sait que toute émotion lui est bonne puisque aussi bien le choix
de cette émotion ne dépend pas de lui. Non content d'affirmer à nou-
veau le droit de se contredire, il semble qu'il tienne pour rien cette
contradiction et, d'une conscience quasi divine de son rôle, qu'il déga-
ge une certitude capitale, à savoir que rien ne peut le mettre en conflit
avec lui même: "Toutes les opinions éparses m'habitent tour à tour". N'est
pas cette gratuité, à laquelle est si difficile de parvenir, que nous livre le
plus sûrement la beauté? Depuis un demi siècle, sans contredit toute l'évo-
34
lution poétique en fait foi .

Gratuidad, característica f u n d a m e n t a l de la m o d e r n i d a d poética,

presente e n a l g u n o s m o m e n t o s p r i v i l e g i a d o s de la p o e s í a de S a i n t - P o l -
R o u x ; gratuidad - s e g ú n B r e t o n - , generada p o r la imagen, p o r la v i r t u d
y la v o l u n t a d de s u poder l i b e r a d o r y r e v o l u c i o n a r i o :

Seule l'image, en ce qu'elle a d'imprévu et de soudain, me donne la

mesure de la libération possible et cette libération est si complète qu'elle
m'effraye. C'est par la force des images que, par la suite des temps, pour-
5
raient bien s'accomplir les vraies révolutions ''.

E n la concepción y e n la práctica de la imagen s e centra A . B r e t o n

para señalar a S a i n t - P o l - R o u x como le seul authentique précurseur du
mouvement dit moderne. Il serait aisé de montrer ce que le cubisme, le
futurisme, le surréalisme lui empruntèrent successivement.
Ciertamente, e n la poesía m o d e r n a , la imagen adquiere u n a nueva
categoría. S i en la poética s i m b o l i s t a la imagen hacía referencia a u n a
concepción dual del U n i v e r s o y s e ofrecía como e l s i g n o concreto de
u n a realidad oculta y diferente, en la poesía m o d e r n a , la imagen con-

34
Ibidem, p . 901.
35
Ibidem.

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

quista s u autonomía. Y a n o está al s e r v i c i o de otra cosa que n o sea

ella m i s m a , la s o r p r e s a y la e m o c i ó n que provoca. I n f l u i d a p o r el p r i n -
cipio de "la asociación l i b r e " , se convierte en elemento generador del
poema y s i r v e de afirmación al poder creador de la palabra. E l s o n i -
do llama al s o n i d o , la imagen provoca la imagen y la p o e s í a s e con-
vierte e n u n a aventura, experiencia y e x p e r i m e n t a c i ó n con e l lengua-
je. E l juego e s gratuidad. La poética de S a i n t - P o l - R o u x se balancea e n
el vértice de este cambio y ofrece u n s i m b o l i s m o n u e v o , n o dogmáti-
co. E l poeta tiene u n a m i s i ó n , pero ya puede jugarse a d e s m i t i f i c a r la
poesía. S a i n t - P o l - R o u x , s o l i t a r i o a contracorriente, e n s i t u a c i ó n m a r g i n a l
y olvidada, será, como dice D i e z - C a n e d o , "el antepasado".

D e s p u é s de este encuentro, cuya p o s i b i l i d a d m e s u g i r i ó la lectura

del artículo de E . D i e z - C a n e d o , que ha q u e r i d o s e r teórico y s i n t é t i c o ,
pretendo ofrecer ahora u n a pequeña antología comentada de l o s p r o -
cedimientos, de l a s maneras particulares en l a s que encontró realiza-
c i ó n material u n a poética. E s necesario entrar e n la vasta r e s e r v a y la
s o r p r e s a de l o s t e x t o s .
E l vocabulario s e encuentra ordenado e n el diccionario, p r e s o de
l o s u s o s y l a s convenciones. S a i n t - P o l - R o u x f u e r z a estas barreras, per-
m i t i e n d o a l a s palabras n u e v a s alianzas inesperadas, r e u n i o n e s que s e
hacen e x p l í c i t a s en la q u í m i c a creadora de l o s n e o l o g i s m o s .
S a i n t - P o l - R o u x disecciona l a s palabras y provoca el nacimiento de
o t r a s n u e v a s , f é r t i l consecuencia de " l e s m o t s en liberté"; algunos
ejemplos:
E n e l poema "L'Autopsie de la vieille filie" e n c o n t r a m o s la palabra
"arcencelestes", en el v e r s o :

des regards exprimant les cérémonies aux chasubles arcencelestes

N o e s fácil d e t e r m i n a r cuál ha s i d o la p r i m e r a palabra que ha apor-

tado s u materia a la i n v e n c i ó n ; tal v e z f u e "arc-en-ciel", e l arco iris
que p e r d i ó el " c i e l " y que s u g i r i ó el "celestes", dando o r i g e n a u n a
palabra e n la que el eco s o n o r o - r e p e t i c i ó n de la vocal " e " - , y la f u e r -
36
za v i s u a l - e l color a z u l de " c e l e s t e " - , s o r p r e n d e y s u g i e r e u n a r e a l i -
dad v i s t a con o t r o s o j o s . E n cualquier caso, entre l a s palabras s e ha
producido u n a alianza, u n a s o l d a d u r a , f u s i ó n que ha dado l u g a r a

3 6
El color azul casi siempre significa e n la poesía de Saint-Pol-Roux algo posi-
tivo, la felicidad es azul y azules son los paraísos: "le bonheur bleu (Lazare)", les bleus
paradis (La Dame á la faulx)".

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CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

u n n u e v o objeto plástico, desde ahora capaz de s e r captado p o r l o s

37
sentidos .
E n e l poema titulado "Poesía", la poésie s'enoisive en son geste ordi-
naire. E x p l i c a r es tal v e z r e d u c i r la f u e r z a e x p r e s i v a , d e s v i r t u a r e l
impacto e m o t i v o , p e r o s i " s ' e n o i s i v e " aparece p r i m e r o c o m o v e r b o r e f l e -
x i v o , ya t e n e m o s aquí u n cierto d i n a m i s m o que n o i m p e d i r á la con-
tradicción dictada p o r e l s e n t i d o . E s t a r " o i s i f , o c i o s o , es estar quieto;
s i además s e le añade el p r e f i j o " e n " , s e le s u m a u n a d o s i s m á s de
estatismo, y más a ú n s i " e n " s u g i e r e " e n n u y e r " , a b u r r i r s e . P e r o todo s e
da j u n t o y e n u n instante, c o m o u n a única i m p r e s i ó n , mezcla de contra-
r i o s : "la poésie s ' e n o i s i v e " , la p o e s í a dinámicamente s e aburre estando
ociosa, "en s o n geste o r d i n a i r e " , como es s u c o s t u m b r e . C u r i o s a gra-
tuidad de " l ' e n n u i " y del ocio, trasmitida e n u n a s o l a y nueva palabra.
E n el poema e n p r o s a titulado "Les Sabliers", e l adverbio "pêle-
m ê l e " pierde e l g u i ó n y adquiere desinencia v e r b a l ; s e v u e l v e vivo,
dinámico:

Devant, hérissée d'un dernier vol où sepêlemêlaient guilloux, mouet-

tes, gaudes, hirondelles de mer et perroquets japonais sans queue, l'île.

A l d e s o r d e n y c o n f u s i ó n aportado p o r esta e n u m e r a c i ó n de aves

s e s u m a u n a s e n s a c i ó n de m o v i m i e n t o desde e l i n t e r i o r - v e r b o r e f l e -
x i v o - , que cataliza estas alianzas entre las cosas y las palabras.
E n e l poema "L'Oeil goinfre (Dans le rapide Marseille-Paris)", es la
c u r i o s a redundancia del adverbio " s o u v e n t e f o i s " la que n o s s o r p r e n d e ;
p u e s la s i g n i f i c a c i ó n que p u d i e r a aportar " f o i s " ya está presente e n e l
adverbio " s o u v e n t " . A ñ a d í r s e l a s u p o n e reconquistar u n t e r r i t o r i o p e r d i -
do, luchar contra la l e x i c a l i z a c i ó n que ha hecho de " s o u v e n t " u n m e r o
a u x i l i a r e n el d i s c u r s o .
"les coquilles exileuses de la mer" que encontramos en el texto
"Lever de soleil", s o n tan diferentes de las esperadas " c o q u i l l e s e x i l é e s " ,
que n o s s o r p r e n d e n y tal v e z n o s angustian. P u e s m i e n t r a s que "exi-
l é e s " presentaría una acción s u f r i d a pasivamente de la que las "coqui-
l l e s " n o s o n r e s p o n s a b l e s , " e x i l e u s e s " señala e l d e s t i e r r o c o m o u n a cua-
lidad i n t e r n a y s i e m p r e e n potencia de l a s conchas m a r i n a s . L a cualidad

37
Nos cinq sens... qui traquent, capturent, puis officieusement naturalisent, acces-
sibilissent le suprême gibier dérobé par l'esprit. Oui, la Poésie, synthèse des arts divers,
est à fois saveur, parfum, son, lumière, forme. Son oeuvre prismatique (aux cinq facet-
tes, sapide-odorante-sonore-visible-tangible) est le domaine où l'âme règne sur une
mosaïque formelle et gouverne au milieu d'une orchestration foncière. Enquête sur l'é-
volution littéraire, p. 138.

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también s e d i n a m i z a , y a e l l o c o n t r i b u y e , cómo n o , e l alargamiento

3 8
s o n o r o que p r o p o n e e l s u f i j o " e u s e s " .
I n v e n t a r n u e v a s palabras s u p o n e r e e n c o n t r a r l e s la m o t i v a c i ó n a
algunas que la habían p e r d i d o , r e s t i t u i r l a s e n s u poder. S e p o d r í a hacer
u n pequeño i n v e n t a r i o de l a s palabras reinventadas p o r S a i n t - P o l - R o u x ;
e n la l i s t a e n c o n t r a r í a m o s , p o r e j e m p l o : " e n s e a l i s s i m e " , "ouraganer",
"insurséable", "sabuleuse", "discipulaire", "sobolescente"... Pero l o impor-
tante n o e s la l o n g i t u d de la l i s t a , s i n o la pertinencia del p r o c e d i m i e n t o .
N o s i e m p r e e s necesaria esta f u s i ó n de palabras que e n a l g u n o s
casos - e l p r o c e d i m i e n t o tiene s u s p e l i g r o s - , puede r e s u l t a r artificial o
forzada. M u c h a s veces le basta a S a i n t - P o l - R o u x con cambiar e l o r d e n
habitual, e l esperado, para que l a s palabras dejen de s e r m e r o s ú t i l e s
y s e i n t e n s i f i q u e s u b r i l l o . S i e l poeta f u e r z a e l vocabulario, ejerce u n a
p r e s i ó n semejante s o b r e la s i n t a x i s . Frecuentemente l o s a d v e r b i o s s e
anteponen a l o s adjetivos o a l o s v e r b o s , y e n n u m e r o s a s ocasiones
inician el verso:

"irrévocablement perdus" (Les sabliers)

"vieillement jolie, sourit la bonne sainte" (Le Pèlerinage de sainte
Anne)
"L'épi de l'espérance et le rayon de l'astre
Aprement moissonnés par la faute de l'Ankou" (Bretagne est Uni-
vers)

E s t a s anteposiciones s o n f r u t o también de u n juego s o n o r o , de u n

juego f o r m a l que s e hace cargo de l a s palabras c o m o materia regida
p o r s u s p r o p i a s l e y e s , ajenas a m e n u d o a la v o l u n t a d del poeta.
Aliteraciones, r i m a s i n t e r n a s , repeticiones y p a r a l e l i s m o s , abundan
e n la poesía de S a i n t - P o l - R o u x . E s t o s v e r s o s pertenecen a la tragedia
La Dame à la faulx:

fe suis un mort que meut le serpent du remords

La fièvre de mon souffle a peur de te dissoudre

Et la caresse de mon geste peur de te casser.

Será t e r r i b l e e l s u f r i m i e n t o que q u i e r e n significar, p e r o n o i m p i d e

el placer de l o s s e n t i d o s que suscita e l juego fónico.

3 8
Como en "trompeuses" donde significa que tiene la capacidad de engañar,
ou "amoureuses", de enamorarse, "exileuses" introduce la temida capacidad de la sepa-
ración.

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 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

L a s repeticiones de s o n i d o s a p r o x i m a n s e n t i d o s que desafían a la

lógica:

Étoiles, ils battent de l'aile, planètes ils planent (La Volière)

e n este caso, como s i "planer", dada s u semejanza fónica, fuera u n a

consecuencia derivada de s e r "planète". L a s palabras s e alian s i g u i e n -
do l e y e s que n o s o n las de la r a z ó n ; y m u c h a s veces, q u i z á s p o r s e g u i r
demasiado esta otra lógica f o r m a l de l a s palabras e n libertad, s e cae
e n la fantasía del i l o g i c i s m o , o e n la imagen " s u r r e a l i s t a " . A s í o c u r r e e n
e s t o s v e r s o s , donde unas palabras l l a m a n a otras y s e r e s p o n d e n crean-
do alianzas que n o s o n m á s que ecos s o n o r o s r o z a n d o el a b s u r d o :

Sur la table d'un bouge noir où l'on va boire du vin rouge

Dès le seuil de la sentine sa vue m'a suggéré le sac

d'argent sage que lègue à sa louche filleule une ingénue mar-
raine ayant cousu toute sa vie.
(La carafe d'eau pure)

Tanto se r e p i t e n y r e s p o n d e n l o s s o n i d o s en este poema que la

ú l t i m a frase es calco exacto de la p r i m e r a : Et je crus voir leur cons-
cience sur la table du bouge noir où l'on va boire du vin rouge!, cerran-
do u n a ronda, i n s i s t i e n d o e n el juego f o r m a l . E l objeto, "la carafe d'eau
p u r e " ha s i d o el pretexto para este l u j o del lenguaje, gratuidad que
r e n u n c i a e n parte al contenido.
L o s s o n i d o s s e c r u z a n , s e r e s p o n d e n , s e provocan. E n la c o m p o -
s i c i ó n titulada "Pour dire aux funérailles des poètes", el carácter de s e r i e -
dad queda d e s v i r t u a d o , camuflado, bajo esta exuberancia gratuita:

"et c'est porquoi vont-ils, vos outils de sommeil, produire tout à

l'heure un coucher de soleil"
"son âme encore vibre dans ses livres"
"il va céans renaître notre Maître d'entre ces morts".

Dejar a l o s sonidos e n libertad dentro del poema, jugar con l a s

palabras como s i f u e r a n objetos d e s c o m p o n i b l e s , intercambiables; jugar
con l o s objetos cotidianos p o r q u e pueden s e r fuente de imágenes osa-
d a s . . . s u p o n e la e x i s t e n c i a de u n a v i s i ó n o r i g i n a l y lúdica, u n a cierta
i n c l i n a c i ó n hacia la intranscendencia, avance de la m o d e r n i d a d :

La mamelle de cristal, seule, affirme la merveille de son eau

candide.
(La carafe d'eau pure)

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

L l a m a r a la "carafe", "mamelle de c r i s t a l " , es s ó l o u n l u j o , p e r o la

f u n c i ó n de u n n ú m e r o m u y elevado de imágenes c o n s i s t e e n concre-
tizar, e n hacer plástico, material, l o abstracto, l o que carece de cuerpo
f í s i c o . Y e l cuerpo es m u c h a s veces e l eje semántico s o b r e el que s e
crean imágenes a n t r o p o m ó r f i c a s y dinámicas; p o r e j e m p l o :

Au verbe de Jesús, le cadavre vagit,

Le sépulcre accuchait d'une forme olivâtre.
(Lazare)

E l s e p u l c r o , h u m a n i z a d o , corporeizado, da a l u z al resucitado. E l
m o v i m i e n t o l o s u g i e r e n también el t i e m p o verbal - d u r a c i ó n del i m p e r -
fecto-, y con é l la i n t r o d u c c i ó n de u n a cierta i n t r i g a e n la anécdota
bíblica.
E l verbo hace p o s i b l e en m u c h a s imágenes u n a transformación
dinámica, y c o n t r i b u y e a una mezcla de u n i v e r s o s . S i abundan l a s per-
sonificaciones e n la poesía de S a i n t - P o l - R o u x , también s o n frecuentes
las naturalizaciones:

Car je vais m'ejfeuiller avec une parole,

(Seul et la Flamme)

L a s estructuras m á s u t i l i z a d a s p o r S a i n t - P o l - R o u x para c o n s t r u i r o
p e r m i t i r la aparición de l a s imágenes, s o n aquellas que hacen p o s i b l e
3 9
las p r e p o s i c i o n e s , p e r m i t i e n d o la alianza de palabras s i n r i g i d e z :

L'âme aux ailes de plan ouvertes pour le jet

Vite déchiffre-moi cette énigme de feu

Qu'alimentent, bizarre amas d'allégories,
Des fanfares, des paons, des blasphèmes à Dieu,
Des serments tronçonnes et des chocs de patries.
(Seul et la Flammme)

"L'âme a u x a i l e s " , adquire la concreción del pájaro, el enigma "de

f e u " , la plasticidad de la llama; gracias a " b i z a r r e amas d ' a l l é g o r i e s " , l a s
alegorías s o n cuantificables; y gracias a la e n u m e r a c i ó n que sigue,
cuyos elementos siempre s o n presentados por la p r e p o s i c i ó n "de",
" b i z a r r e amas", cantidad grande p e r o confusa, r e s u l t a apta para la des-

3 9
Este tipo de imágenes será también frecuente en la poesía de P. Reverdy, de
P. Éluard, de A. Bretón, y de todos aquellos poetas que dentro o fuera de Francia reci-
bieron el soplo de la estética surrealista.

167

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 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

c r i p c i ó n . T o d o adquiere cuerpo, p o s i b i l i d a d de s e r a p r e h e n d i d o p o r l o s
sentidos:

Le chant joli des ailes de la plaine

(Première femme)

E s t e v e r s o presenta u n encadenamiento concretizador ( A de B de

C ) , en el que se progresa desde l o más etéreo hacia l o más f í s i c o : can-
to-alas-llanura; y donde la p r e p o s i c i ó n f u n c i o n a p o r metonimia expli-
cando la p o s e s i ó n de la parte p o r el todo.
A veces se trata de dar cuerpo a realidades conceptuales; la con-
quista p o r el p e n s a m i e n t o es m u y d i f í c i l ; S a i n t - P o l - R o u x v u e l v e a p r o -
p o n e r una a p r o x i m a c i ó n p o r los sentidos:

"la balance irrévocable du malheur"

"le mur d'ignorance"
"le Papillon de l'Avenir dans la Chenille du Passé!"

E l p e l i g r o de estas imágenes de La Dame à la faulx es s u tenden-

cia a la alegoría, a la fijación. E s m u y i m p r o b a b l e que en casos c o m o
estos S a i n t - P o l - R o u x haya dejado las palabras en libertad. La artificiali-
dad salta a veces a la v i s t a . Afortunadamente, n o s i e m p r e es así, a u n -
que conserve m u c h a s veces la tendencia a i n c l u i r la e x p l i c a c i ó n den-
t r o de la imagen; algunas de estas explicaciones t o m a n s u contenido
de r e c u e r d o s b í b l i c o s :

L'ami captif en son argile d'homme

La chevelure en pleurs à la façon des saules.

(La Magdeleine et les parfums)

E s t e carácter e x p l i c a t i v o resulta más evidente en la u t i l i z a c i ó n de

ciertas e x p r e s i o n e s para c o n s t r u i r la estructura de la imagen: "à la façon
de", "comme", " a i n s i que", " p a r e i l à", "analogue à", "semblable à", " t e l " ,
que s i aportan u n cierto p r o s a í s m o a s u e s t i l o , t a m b i é n s o n una v í a de
entrada para l o cotidiano, para u n u n i v e r s o al que la poesía a n t e r i o r
se r e f i r i ó raras veces: l o s objetos, l a s pequeñas realidades de cada día:

O fille au nom joli comme

un pendant d'oreille
(La Magdeleine aux parfums)
La quille, tel un soc, laboure la tempête
(Bretagne est Univers)

P e r o s o n otras f ó r m u l a s , m e n o s evidentes, las que dan pie a metá-

foras m á s osadas, i m p r e v i s t a s . E l v e r b o " s e r " : ( A es B ) , o la s i m p l e apo-

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s i c i ó n de d o s realidades: ( A , B ) , que s u g i e r e ya la igualdad, la s e m e -

janza, como e n u n a ecuación:

Et dont la chevelureest un essaim d'abeilles

(La Magdeleine aux parfums)
Ecrase l'humble étoile, olive de la nuit
(La fournée Provençale)
Où se tient, spectre mauve, l'archange du soir
(La fournée Provençale)

C o m o e n l o s v e r s o s a n t e r i o r e s , frecuentemente e l adjetivo ayuda

e n la c o n s t r u c c i ó n de la imagen, añadiendo s u g e r e n c i a s que s ó l o l o s
s e n t i d o s pueden percibir. E l adjetivo también s i r v e para concretizar.
P e r o es el v e r b o el que además de c o n t r i b u i r a esta c o r p o r e i z a c i ó n ,
d i n a m i z a la imagen:

Mes désirs se lovent en coulevre

(La Première Femme)

e n este v e r s o , la estructura ( A v e r b o e n B ) dota a la imagen de la

f u e r z a del presente y de la actividad r e a l i z á n d o s e . La reducción de la
imagen, como tantas veces, hay que buscarla e n el i n t e r t e x t o b í b l i c o :
la s e r p i e n t e de la tentación aquí n o es m á s que u n s í m b o l o del deseo.
E l e m p l e o de l o s v e r b o s e n l a s imágenes (provocando s o r p r e n -
dentes i m p e r t i n e n c i a s semánticas) n o es inocente. La acción que i n t r o -
duce el v e r b o provoca e l nacimiento de n u e v a s imágenes, que s e enca-
denan, p o r asociación de ideas, o s i m p l e m e n t e de palabras, a l a s
anteriores, c o n s t r u y e n d o metáforas continuadas o "métaphores f i l é e s "
que n o s obligan a s e g u i r e l h i l o del texto: M u c h a s veces estas metá-
f o r a s s o n e l r e s u l t a d o de dejarse llevar p o r l o s a u t o m a t i s m o s del l e n -
guaje. E l poema "Bretagne est Univers" es u n claro e j e m p l o de metá-
fora continuada:

La Dame de sa proue sourit à l'avenir

La quille, tel un soc, laboure la tempête

Et des îles jaillissent du monstre béant,
La blanche nef semblable à la colombe en fête
Avec son rameau vert qui fleurit le néant.
Il ne lui suffit point de distiller l'oracle
Et de accoître le globe au jeu de ses timons.

E l núcleo de esta imagen: Bretaña = barco, d e s a r r o l l a la doble i s o -

topía en u n proceso m e t o n í m i c o en e l que B r e t a ñ a , l u g a r geográfico,

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CAUCE. Núm. 22-23. HERNÁNDEZ ÁLVAREZ, Vicenta. Introducción a la estética ...

 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

encuentra correspondencia e n l a s d i s t i n t a s partes de u n barco. A estas

i s o t o p í a s s e u n e la de la h i s t o r i a bíblica, perfectamente integrada: B r e -
taña es semejante a la paloma de la B i b l i a ; s u verdor, c o m o e l r a m i t o
verde de o l i v o , hace florecer la nada. L a t i e r r a i n m ó v i l s e convierte e n
u n a nave de d i m e n s i o n e s colosales, que avanza r e o r g a n i z a n d o e l u n i -
v e r s o . L a s imágenes avanzan también hacia e l a p o t e o s i s .
E n el poema "Ave Massilia " s e encuentra camuflada e n parte esta
estructura de metáfora continuada que deriva e n oración-letanía. L a s
i s o t o p í a s e n juego s o n aquí la t i e r r a de M a r s e l l a , que s i r v e para i n t r o -
d u c i r todo u n lapidario, e l cuerpo, que va a provocar u n a larga s e r i e
de metáforas antropomórficas, y u n a v e z m á s , l o s r e c u e r d o s b í b l i c o s :

Marseille, ô Marseille dont mon enfance a tété le soleil (...) je t'ai-

me et malgré ma haine des marchands que recèle ton temple, Marseille,
poète à son retour d'exilé, je baise ton front d'aurore, tes yeux de cassis,
ta bouche de grenade, tes seins d'orange et ton corps d'ambre, tes bras
et tes cuisses de marbre, tes pieds de saphir, et je baise encore ton coeur
de pourpre et ton âme de diamant, comme je baiserais l'arc-en-ciel de
dieu même,-ô Marseille, salut!

A pesar del artificio y del t o n o grandilocuente a ú n n o s e ha alcan-

zado la exuberante exageración barroca que e n c o n t r a r e m o s e n u n poe-
ma como "L'Oeil goinfre (Dans le rapide Marseille - Paris)", donde l a s
i s o t o p í a s del paisaje y la g a s t r o n o m í a s e m e z c l a n de tal f o r m a que cada
nueva imagen es h u e l l a del artificio, del juego f o r m a l f o r z a d o y , ya que
se trata de algo c u l i n a r i o , i n d i g e r i b l e :

Tout cela, mes regards l'épicent de-ci moyennant les salines de Ber-
re, de-là moyennant les poudrières de Saint-Chamas, tous les raisins sûrs
des Coteaux et toutes les olives des plaines de Provence se canalisant en
huile et vinaigre à l'imaginaire pressoir d'un cataclysme incessamment
possible. (...) Pâtés de foi gras, les moulins à vent...

E s t e paisaje que cambia de naturaleza y s e v u e l v e comestible, r e m e -

do del utópico país de Jauja, es e j e m p l o del p e l i g r o que corre una
práctica poética cuando conscientemente q u i e r e d o m i n a r y canalizar l a s
imágenes. Pâtés de foi gras, les moulins à vent..., es u n b u r d o modelo
para u n a estética s u r r e a l i s t a , u n ejercicio de e s t i l o f a l l i d o y t r i s t e . N o
todas l a s imágenes caen p o r esta pendiente, a veces m u e s t r a n s i m p l e -
mente el l u j o imaginativo de u n barroco redescubierto, tal v e z "el g o n -
g o r i s m o " que s e ñ a l ó D i e z - C a n e d o .

Impatient, je regarde par le nombril de fer de la porte.

(Frappez et l'on vous ouvrira)

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

E n este v e r s o la imagen f u n c i o n a c o m o u n a d e f i n i c i ó n fantasista y

acertada, i s o t o p í a del cuerpo, " n o m b r i l " , p e r o o m b l i g o de h i e r r o , o m b l i -
go de la puerta, y s i n explicación solicitada, m i r a m o s p o r la "cerradu-
r a " reinventada, como en u n a greguería. L o m i s m o o c u r r e en e x p r e -
s i o n e s metafóricas como: "la girouette de l'âme" (La légende individuelle),
o "Nous entrons en couteau dans le fruit des villages" (La Randonnée),
donde u n a cierta d o s i s de h u m o r e s p o s i b l e , p o r q u e "la girouette" ( v e l e -
ta), el " c u c h i l l o " o "el f r u t o " , s o n cosas pequeñas y s i m p l e s que rebajan
el poder, que d e s m i t i f i c a n l o s grandes conceptos, l a s grandes palabras...
S a i n t - P o l - R o u x precede también a la estética s u r r e a l i s t a e n esta ten-
dencia a la desmitificación y a la distancia; característica también de la
m o d e r n i d a d . Para rebajar, S a i n t - P o l - R o u x también d i s p o n e de f ó r m u l a s
probadas, e x p r e s i o n e s de r e s t r i c c i ó n : "n'est q u e . . . " o "n'être p l u s que":

-Les océans prochains ne son que des frissons,

Les soleils imminents des tissons sous la cendre.
(Seul et la Flamme)

S e g ú n la f ó r m u l a de la imagen ( A n'est que B ) , s e m u e s t r a como

i m p o s i b l e cualquier otra equivalencia, y e n este poema "Seul et la Flam-
me", s e enmienda la plana a la creación d i v i n a , reduciendo la i m p o r -
tancia de océanos y s o l e s a la pobre realidad de l o s e s c a l o f r í o s y l o s
t i z o n e s bajo la ceniza. La s i n t a x i s r e s t r i c t i v a contrasta con la f u e r z a
e x p r e s i v a de la imagen. O t r o ejemplo:

Les serpents ne sont plus que de flexibles guirlandes

D'oiseaux bleus aspirés par les faims de jadis.
(La Magdeleine aux parfums)

donde la imagen, e n o r m e desde el p u n t o de v i s t a i m a g i n a t i v o , p r o -

p o n e u n empequeñecimiento p r o g r e s i v o , e n cadena, i r r e v e r s i b l e : las
s e r p i e n t e s n o s o n m á s que g u i r n a l d a s de pájaros a z u l e s a s p i r a d o s p o r
las h a m b r e s de antaño; g u i r n a l d a s p u e s prácticamente i n e x i s t e n t e s . Esta
d e f i n i c i ó n p o r a t r i b u c i ó n e s u n a d e f i n i c i ó n r e s t r i n g i d a , casi negada, y ,
s i n embargo, - p o d e r de la i m a g e n - , l a s palabras negadas están p r e -
sentes e n e l texto.
E n el poema que c o m i e n z a e n anáfora con la palabra " O n d e " y que
es u n a l i s t a de metáforas aposicionales, la f ó r m u l a e s t r u c t u r a l de la o r a -
ción-letanía como generadora de imágenes p o r contigüidad, e l ejerci-
cio de e s t i l o y la e x p e r i m e n t a c i ó n s o b r e el lenguaje, s o n evidentes:

Onde vraie
Onde première,

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 VICENTA HERNÁNDEZ ALVAREZ

Onde candide,
Onde lys et cygne,
Onde sueur de l'ombre,
Onde baudrier de la prairie
Onde innocence qui passe
Onde lingot du firmament
Onde litanies de matinée

(Sur un Ruisselet qui passe dans la luzerne)

P r o g r e s i v a m e n t e el poeta s e deja l l e v a r p o r l a s palabras, desde l o s

p r i m e r o s v e r s o s ( s u b s t a n t i v o adjetivo), pasando p o r la coordinación, y
llegando a la doble metáfora, aposicional y p r e p o s i c i o n a l ( A B de C ) ,
donde la contigüidad s u p o n e s i e m p r e u n a relación de igualdad. A m e d i -
da que aumenta la l o n g i t u d del v e r s o , aumenta también la dificultad
de la imagen, que s e complicará e n u n a s i n t a x i s de s u b o r d i n a d a s .
E n este t i p o de ejercicios, e n a q u e l l o s e n l o s que da p r i o r i d a d al
aspecto f í s i c o - s o b r e todo s o n o r o - de la palabra, cuando inventa pala-
bras r o m p i e n d o tópicos l i n g ü í s t i c o s y p r o p o n i e n d o alianzas n o v e d o s a s ,
cuando la imagen s e presenta c o m o distancia y desmitifica, cuando la
r e l a c i ó n que p r e s e n t a p r o p o n e d o s realidades alejadas e n extremo
( c o m o decían P. R e v e r d y o A . B r e t o n ) , opuestas i n c l u s o , que s e alian
40
y e n a m o r a n ; es entonces, cuando s e le ve como "el antepasado" de
la p o e s í a m o d e r n a y de la estética s u r r e a l i s t a .
E n s u s e s c r i t o s teóricos p o d e m o s leer:

Spectacle rare vraiment, sur le papier, cette armée de Mots divers

venus de toutes les catégories aux fins de concurir au triomphe, frayant,
vibrant, s'élançant, se querellant, riant, chantant, pleurant, agissant,
pensant avec leurs couleurs, leurs parfums, leurs formes, leurs subtilités,
leurs rythmes spécifiques, —population minime certes, mais forte de la vir-
tualité de grandir spontanément, sur le ressort de l'impression, en une
1
souveraine apothéose^ .

Y e n "Le style c'est la vie" de De la colombe au corbeau par le paon:

Je ne tardai pas à découvrir des affinités secrètes entre les Mots broui-
llés depuis toujours et à construire une inespérée joliesse au moyen de
vocables immémorialement retranchés dans une haine réciproque: la

4 0
A. Breton, "les mots possèdent d'imprévisibles capacités d'assemblage et de
germination", Les Mots sans Rides, Oeuvres Complètes, p. 1312. Para Breton existe ade-
más una relación entre la emoción poética y el placer erótico. Ver L'Amour fou.
41
Pensées Inédites, citado por Théophile Briant, op. cit., p. 190.

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 INTRODUCCIÓN A LA ESTÉTICA SURREALISTA: SAINT-POL-ROUX, "EL ANTEPASADO"

réconciliation d'un Mot négatif et d'un Mot ajfirmatif engendrait l'étin-

celle miraculeuse.

N o será otra la t e s i s que e n c o n t r e m o s e n Octavio P a z cuando defi­

na la imagen como un concentrado de sentidos que abraza los con­
trarios sin aniquilarlos. El concepto, en cambio, tiene que forcejear entre
dos fuerzas enemigas . 42
" L ' é t i n c e l l e m i r a c u l e u s e " de S a i n t - P o l - R o u x
encuentra u n eco e n las "chispas metálicas" y l a s "parejas f o s f o r e s c e n ­
tes" de Octavio P a z :

Cada palabra o grupo de palabras es una metáfora. Y asimismo es

un instrumento mágico, esto es, algo susceptible de cambiarse en otra
cosa y de transmutar aquello que toca-, la palabra pan tocada por la
palabra sol, se vuelve efectivamente un astro; (...) Diariamente las pala­
bras chocan entre sí y arrojan chispas metálicas o forman parejas fos­
forescente^.

La estética s u r r e a l i s t a , como todas las vanguardias, se creó la nece­

sidad de s e r u n a estética de r u p t u r a . Desmitificaba el r o m a n t i c i s m o y
el s i m b o l i s m o p o r q u e la habían precedido, o l o pretendía al m e n o s .
P e r o , creyendo e n el poder creador de la palabra y de la imagen las
dotó del carácter mágico que el r o m a n t i c i s m o concedía al poeta. Saint-
P o l - R o u x , le roi Mage, e n el cruce de c a m i n o s , p u d o s e r considerado
e n u n m o m e n t o el verdadero "antepasado".

42
Octavio Paz, El Arco y la Lira, Madrid, Fondo de cultura económica, 1992,
p. 35.
43
Ibídem, p. 34.

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