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Analítica
de Jung
Ter, 08 de Julho de 2008 21:48
A palestra, dentro deste enfoque, irá abordar elementos do budismo, da escola tibetana,
assim como elementos da psicologia analítica fundada por Jung.
Há mais de 2.500 anos, nascia no norte da Índia, em uma região próxima à fronteira
com o Nepal, no reino de Sakia, um ser muito especial, chamado Siddharttha Gautama,
filho de Maya-devi e do rei Suddhodana. Aos sete dias após seu nascimento, sua mãe
veio a falecer e seu pai, no sentido de protegê-lo, criou-o dentro de um cuidado especial,
confinando-o dentro dos muros palacianos, a fim de que ele não pudesse vir a sentir
qualquer tipo de sofrimento em contato com o mundo exterior.
Aos 29 anos, curioso em conhecer o que se passava fora do ambiente em que vivia e
ajudado por seu cocheiro, ele sai do palácio e se depara com uma realidade
desconhecida, pois dentro do reino não existiam velhos, assim como qualquer tipo de
doença ou motivações que pudessem levar ao sofrimento, pois seu pai afastava qualquer
tipo de iniqüidade possível. Nos primeiros passos fora do palácio ele vê um ancião e,
surpreso, procura falar com esse ancião. O ancião assustado foge e Siddharttha o segue.
Na caminhada Siddharttha encontra pessoas doentes e ainda na busca do ancião, pois ele
queria conversar com ele, no sentido de conhecer o que era aquilo, ele se depara com
uma pessoa morta, sendo cremada.
Até então ele não conhecia a velhice, a doença e a morte e essa visão deixou seu espírito
profundamente abalado, passando a questionar a real natureza da vida e abandona todos
os prazeres, indo buscar as explicações para as anormalidades humanas, as motivações
do sofrimento humano.
Ele busca durante seis anos as respostas e após manter contato com inúmeros filósofos,
sábios e eruditos, sem êxito, acaba assumindo uma vida ascética, vivendo na floresta,
em total abstinência, comendo em bebendo do que fosse fornecido pelo ambiente. Após
esses seis anos ele percebe que essa vida de rigor físico não o estava levando a nenhum
lugar. Ele experimentou sim a espiritualidade, o desprendimento, mas à custa do seu
corpo físico, que estava depauperado, não respondendo mais aos seus anseios internos.
Diz a história que ele tem essa percepção, quando escuta um instrutor de cítara falando
para sua aluna que as cordas do instrumento deveriam estar na tensão adequada para
produzir o diapasão, para propagar o som na medida exata, pois uma corda muito frouxa
não tem capacidade de produzir som algum e uma muito estirada romperia, não
produzindo também o som necessário.
Siddharttha percebe que ele estava exatamente impondo ao seu corpo físico o rigor
exagerado da tensão de uma corda. Percebe que o seu corpo o incapacitava, impedindo a
expressão de sua vontade espiritual.
Visto isso, ele toma banho, faz uma alimentação adequada e senta sob uma árvore, uma
figueira chamada Bodhi, conhecida como a árvore da sabedoria, e entra em um processo
de profunda meditação. Neste processo de meditação ele sofre três tentações de Mara,
assim como Jesus que sofre as tentações pelo Demônio. Ele resiste a essas tentações e
atinge o grau de iluminado, o nível do desperto, o de Buddha.
Naturalmente essa história é rica em simbolismos, pois nos mostra o ciclo da evolução
do espírito, que nasce puro, vive os prazeres do paraíso, vive em seguida o sofrimento e,
após a compreensão da natureza da realidade e sofrer a noite escura da alma, atinge a
iluminação.
O Senhor Buddha, assim como os grandes mestres, não deixou nada escrito. Foram seus
discípulos que escreveram sobre os ensinamentos ministrados através dos discursos
proferidos. O primeiro discurso proferido foi o de Sarnath, local próximo à Benares, em
que é lançado o fundamento do budismo, ligado à natureza do sofrimento.
A primeira nobre verdade é a de que existe o sofrimento. Isso é inconteste, pois somos
testemunhas vivas desse processo. Não viemos aqui para sermos felizes. Naturalmente
não iremos nos atemorizar diante do sofrimento, mas temos que admitir que isso faz
parte da natureza humana. Quem não sofre? O sofrimento é a vida. Nós sofremos para
nascer, assim como em toda a trajetória até a morte, que pode ser a libertação suprema.
Platão falava que "o corpo é o sepulcro de espírito". Ora, se o corpo é o sepulcro do
espírito a morte, então, é libertação do espírito, talvez para a vida eterna e a iluminação.
A segunda nobre verdade diz que a fonte de todo o sofrimento reside no apego. Apego
de qualquer natureza. Às posses materiais, às paixões, ou mesmo a uma vida hedonista,
ou seja, toda submissão aos desejos do ego psicológico, aos atributos inferiores do
homem, que é a sua personalidade. Este ego psicológico é diferente do Ego falado pela
teosofia que corresponde ao verdadeiro homem, a sua essência espiritual, que é,
portanto, incorruptível.
A terceira nobre verdade diz que é possível se libertar do sofrimento e a quarta nobre
verdade nos revela o método a ser seguido para que isso seja conquistado que é o
caminho óctuplo e é aqui que as coisas começam a se complicar.
Para esta questão do sofrimento, a fim de que possamos compreendê-la melhor, está
apresentado no diagrama, dentro de uma visão cartesiana, própria de nós ocidentais,
mas que serve para ilustrarmos de forma didática.
Estão colocados no histograma, com uma coordenada correspondendo à linha da vida,
do tempo, e a outra à linha dos valores, tangíveis e não tangíveis.
E agora sofremos duplamente, pois sofremos para obter o novo e sofremos para manter
o conquistado. E, quanto mais vivemos, mais vamos agregando coisas inúteis à nossa
existência. A lógica do sofrimento é esta. É ilógica!
Fala-se no Budismo que vivemos em Samsara, cujo termo tem duas conotações. Temos
a roda de Samsara que é a roda de nascimentos e mortes, mas tem por significado
também o andar em círculos e é este o sentido que estamos aplicando. É o perpétuo
móbile, que tem a origem na ignorância, na ilusão centrada na permanência nas coisas,
promovida pelo eu ávido.
Nós não temos a nítida compreensão de que tudo isso, esse processo de obtenção e
acúmulo, é na realidade efêmero. Normalmente nós percebemos isso quando chegamos
ao fim da vida; a perspectiva de vida agora é limitada e nós questionamos os porquês de
se ter tanto para viver.
A vida é tão simples e podemos viver com muito pouco, embora alguns até mesmo à
beira da morte continuam a ser ávidos pelo poder e apegados as suas posses.
Se eu entendo e penso corretamente eu devo zelar pela minha fala. Não posso vir a falar
coisas de forma a afrontar à reta compreensão e ao reto pensamento.
A mal fala envolve desde o comentário maledicente até a fala de coisas inúteis, vazias,
que nada agregam ao desenvolvimento sadio de nossas vidas.
Percebemos que este processo é uma escada, cujos degraus vão impondo uma
dificuldade maior na caminhada.
Assim temos, em seguida, a ação correta, o modo de vida correto, o esforço correto,
diligência e atenção corretas e por último, concentração e meditação corretas.
Eu vejo que muitas vezes esse processo é subvertido em sua ordem, pois têm muitas
práticas de apelo comercial que compelem às práticas da meditação, sem contudo
observar todas as exigências que o caminho impõe. Estou falando de algumas "escolas"
de Yoga e o mercado que se instalou em nossos dias, explorando essas coisas. Como eu
posso entrar em um processo de interiorização, reflexão meditativa, se eu não atendo
aos aspectos éticos que o caminho me exige. Naturalmente não vai ser uma meditação
saudável, não atingindo ao objetivo que se propõe. Às vezes as pessoas passam a vida
inteira meditando, mas cometem atrocidades contra seus semelhantes.
Estes princípios estabelecidos pelo Sr. Buddha resultaram em uma série de
interpretações. O Budismo é multifacetado, existindo diversas escolas, diversas
tendências, diferentes filosofias que se desenvolveram, mas podemos fazer algumas
divisões, mais para a compreensão didática.
Os dois primeiros fundamentos estão ligados à sabedoria, pois é sábio quem entende e
pensa corretamente. No entanto isso não é uma questão intelectiva, pois às vezes
encontramos pessoas muito simples, iletradas, mas profundamente sábias e que
entendem essas questões de maneira intuitiva e as praticam.
Os quatros fundamentos seguintes estão ligados mais aos aspectos éticos, pois a fala
correta, a ação correta, o modo de vida correto e o esforço correto remetem a questões
atitudinais, lembrando que ética está ligada a ações praticadas que não levem prejuízos
a qualquer semelhante e para a ética teosófica e budista essa questão tem um
envolvimento mais amplo, pois não se pode levar esse prejuízo também para outros
seres senciente, incluindo os animais, que é o princípio da ahimsa, a doutrina da não-
violência.
Dentro da prática budista tivemos dois grandes desdobramentos, que são as escolas
Hinayana e Mahayana. A Hinayana envolve mais os aspectos ligados aos seis primeiros
fundamentos e a Mahayana aos dois últimos. Todas, naturalmente, praticam os oito
fundamentos, mas as ênfases são diferentes. A escola Hinayana, a Theravada, que é a
mais antiga, desenvolveu-se mais no sul da Índia e no Sri-Lanka e a Mahayana, que se
desenvolveu posteriormente, tendo como precursor Nagarjuna, que foi um monge e
grande filósofo, um reformador que pavimentou a criação da escola Mahayana que
prosperou ao norte da Índia, no Tibet, no Nepal, na China, no Japão, ramificando em
outras escolas como a Terra-Pura, o Zen-Budismo.
O ideal do adepto da escola Hinayana é atingir a condição de Arhat, ou seja aquele que
se iluminou e saiu da roda de Samsara, não necessitando mais voltar.
Jung também fala que todos nós ansiamos pela iluminação, independente do nível de
evolução que nós tenhamos. O que nos puxa para baixo é o eu ávido, atrações contrárias
do que realmente nós procuramos, mas no centro do coração de todos os seres encontra-
se a chama divina, que um dia irá se manifestar na busca da iluminação. Muitos não
sabem disso, mas chegará o momento em que serão tocados.
O Budismo fala de dois estratos, que é o da consciência, o da mente desperta, que está
em contato com a realidade da vida e o estrato da inconsciência, que é a escuridão da
mente, o que a pessoa desconhece, não só em termos cognitivos, como também
espirituais, ou seja, a falta de percepção do que é divino, do que é espiritual, aquilo que
não é tangível e compreendido pela natureza na consciência, da mente desperta para as
coisas materiais da vida.
A emancipação do sofrimento, então, requer a renúncia não somente aos desejos como
também de todas as formas de alienação, a moldarmos artificialmente aos padrões
esperados pela sociedade e pelas relações impostas pelos outros, descaracterizando a
nossa real aspiração.
Para isso são praticados os mantrans que estão correlacionados com a fala, os mudras
que estão correlacionados com o corpo e a meditação correspondendo à mente.
Trabalha-se então com a fala, com o corpo e com a mente, que são os fundamentos a
serem observados. Mantrans têm poderes vibracionais permitindo-se adentrar nos
planos sutis, enquanto mudras abrem e fecham circuitos e polaridades energéticos.
Temos a presença do guru que é fundamental no processo, pois é ele quem constrói e dá
ao discípulo a figura mental necessária, sendo a divindade protetora para a sua
caminhada, que pode ser um velho sábio, uma imagem feminina, a grande deusa. No
processo, entretanto, estas imagens podem se transformar, razão pela qual isso deve ser
exercido dentro de muitos cuidados, pois existem perigos latentes. A princesa
adormecida pode se transformar em uma devoradora. A grande deusa pode se
transformar em Mara. Essas imagens acabam sendo autônomas, tendo vida própria e se
não houver os necessários cuidados podem se transformar em perigos ao praticante.
Nos templos budistas vemos uma série dessas expressões antropomórficas, que são
Dakinis, Yidans, Vajra Yogini, Taras. Não se trata de um panteão de divindades. Mas
são expressões arquetípicas. Dakini significa éter, vazio, não tem forma, mas sim a
forma mental impregnada pelo discípulo. Podemos compará-las aos elementais
artificiais, com todos os perigos que eles oferecem. Isso tudo tem que ser muito bem
orientado. Vajra Yogini é a correlata a Anima de Jung, que é a parte feminina da
natureza masculina, assim como as Taras constituem-se no aspecto feminino de
Brahma.
Todo esse reino tem por função fazer emergir o espiritual na pessoa. O transpessoal.
Quanto ao aspecto visual temos as mandalas, que têm uma grande importância, pois
apresentam as polaridades e os paradoxos existentes na vida.
Quem já não fez mandalas aqui?... É uma forma de transpor de forma inconsciente para
o papel os seus próprios conflitos.
No Tibet o uso da mandala talvez tenha alcançado o ápice, pois sintetiza justamente os
aspectos tratados pelo Budismo, que é a polaridade e a impermanência, a efemeridade
da vida.
A libertação não é alcançada pelos livros ou pelo conhecimento abstrato, mas sim
requer um mestre espiritual, um amigo, que irá estimular o despertar da consciência. O
guru representa um modelo que é próprio guru supremo, o Senhor Buddha. Embora esse
guru seja uma representação projetada, na realidade o guru está no interior de cada um e
isso que deverá ser encontrado. É o Cristo interior.
Após mais de dois mil anos, nascia na Suíça, no ano de 1875, Carl Gustav Jung, um ser
também muito especial, que desde pequeno já percebia no seu interior algo que o fazia
diferente de outras crianças, pois ele encara a vida dentro de uma ótica mais
amadurecida, como se tivesse outra personalidade que ao longo de sua vida foi
desabrochando, ganhando força e vida com o decorrer de sua existência.
Jung faz medicina e se torna psiquiatra, que na época era uma área de especialização
médica muito nova, inexplorada e pouco procurada.
No início do século XX ele conhece aquele que seria o seu mentor e maior amigo que é
Freud. Dizem que no primeiro contato com Freud, os dois conversaram
ininterruptamente por mais de 12 horas, pois a identificação entre os dois foi muito
grande.
Freud era quase 20 anos mais velho. Essa parceria foi muito profícua, mas desde o
início já existiam algumas diferenças que mais tarde motivaram a separação entre eles,
depois de muito tempo, lá pelos anos trinta. As questões divergentes correspondiam à
visão de Freud de que os traumas psicológicos tinham sempre uma raiz de natureza
sexual, coisa que Jung nunca aceitou. Freud, por sua vez, não aceitava o interesse de
Jung pelo universo metafísico, pela espiritualidade, coisa que para a sua mente
científica, não cabia.
Neste período ele chegou a desenhar uma mandala por dia, como uma forma de
reintegrar os seus conteúdos inconscientes.
Segundo Jung a estrutura da psique constitui-se pelo ego psicológico, que denomina
sombra, a animus que é o aspecto masculino na mulher e anima que já falamos, é o
aspecto feminino no homem, assim como o si mesmo, que o Self ou a individualidade.
Para nós teosofistas, a psique envolve tudo o que está entre o corpo físico e o Ego
teosófico, ou o Eu-Superior. Atma, Buddhi e Manas. Buddhi e Manas correspondem ao
Self.
Jung diz que a pessoa que passa pelo processo tem que necessariamente assumir um
compromisso ético, pois uma vez que se tenha descoberto a sua patologia o paciente
tem um compromisso ético em relação àquilo, que é a idéia do budismo. Pois se você se
conscientiza, entende e pensa corretamente, tem que assumir uma postura ética que é a
fala, a ação, o modo de vida e o esforço corretos.
A função de todo o processo é curadora, tanto é que em seu livro "Memórias, Sonhos e
Reflexões" Jung diz "A Cura das Almas é minha missão".
Isso arredonda a personalidade e faz com que se contate o numinoso, ou seja, tudo
aquilo que foge da esfera do fenômeno material, o universo que é o que é, sem
conceitos, a percepção budista da vacuidade, o não temporal e não local, o uno,
Sunyata, conforme já vimos.
Nós falamos de desenvolvimento e é interessante conceituarmos o que é
desenvolvimento, já que muitas vezes não prestamos muita atenção no significado das
palavras.
Nós devemos ser os jogadores, mestres de nosso tabuleiro da vida, e não meros peões.
Não devemos nos submeter aos condicionamentos sociais.
Ele diz também que as experiências resultantes dos contatos mantidos com o universo
do inconsciente devem ser registradas por escrito ou por desenhos, expressões criativas.
A ação deve ser pautada pela não-ação, ou seja, deixar-se ir, deixar fluir, pois isto é a
chave que abre a porta do caminho, pois o consciente está a sempre interferir e não
permite a fluidez. Podemos associar o consciente com a mente concreta, que analisa,
critica e julga. O que Blavatsky menciona na "Voz do Silêncio" que "A mente é a
grande assassina do real. Que o discípulo mate a assassina".
Com esse processo de interfusão e união dos opostos resulta-se na consciência crescente
e na amplitude da personalidade transformada, emergindo um novo.
Na realidade, segundo Jung, todo esse processo é de auto-educação, não existindo cura
pessoal sem a retomada da perspectiva religiosa da vida. Vejam o caráter místico no
qual é revestida a sua psicologia.
Jung menciona em seu livro "A Prática da Psicoterapia" que "O processo de
individuação leva ao nascimento de uma consciência da comunidade humana,
justamente porque nos torna cônscios do inconsciente, que une e é comum a toda a
humanidade. A individuação é uma reconciliação consigo mesmo e ao mesmo tempo
com a humanidade, visto que somos parte dela".
Para concluirmos, nos quadros temos uma síntese dos aspectos similares e diferenças
apresentadas entre os dois sistemas.
O entendimento e Idem
conhecimento intelectual são
relevantes no início do
caminho, porém devem ser
complementados pelo
sentimento e intuição,
estimulados pela contemplação
e meditação
O Sr. Buddha se calava diante O caminho começa Embora o Sr. Buddha não
das questões filosóficas ou e acaba na psique, discutisse estas questões, não tem
metafísicas, pois as mesmas não envolvendo como desassociá-las. Nagarjuna,
geram discórdias e confusões. afirmações por exemplo, que tinha uma
Mas lida necessariamente com filosóficas ou dialética apurada, filosofa sobre a
essas questões metafísicas. natureza da realidade,
questionando e derrubado os
conceitos do niilismo e do
eternalismo.
Quem quiser aprofundar mais no estudo do tema, recomendamos a leitura, além dos livros de Jung, os
livros "Psicologia de Jung e o Budismo Tibetano" de Radmila Moacanin e "A Sincronicidade e o Tao" de
Jean Shinoda Bolen, estes dois da Cultrix.