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Art. 60 e 61 – Foram criados para tratar de forma específica das infrações (estas
estão previstas a partir do art. 60 da Lei?) de menor potencial ofensivo: todas as
contravenções penais e crimes com penas de até 2 anos, ou seja, situações
consideradas de menor gravidade.
Como saber se é “crime de menor potencial ofensivo”?
Devemos olhar a aplicação máxima da pena.
Exemplo: Lesão corporal leve, detenção de 3 meses a 1 ano.
(crimes de competência da justiça federal – art. 108, CF, sendo ainda importante,
em relação à justiça federal, o conhecimento da Lei 10.446/2002).
Termo Circunstanciado
Todo TC lavrado por PM tem início em uma ocorrência policial. O policial militar deve
primar pela qualidade do serviço prestado (saber ouvir), ter paciência e manter
postura imparcial.
O BOU (resolução 309/2005) deve ser lavrado de forma adequada sempre, pois
além de embasar a ação Policial, futuramente será base estatística. Devem
conter todos os elementos necessários à visualização da prática de uma infração
penal de menor potencial ofensivo. Ao preencher o BOU para TCIP: descrever o fato
de maneira mais completa possível; RG do Paraná; arrole testemunhas; preencha o
máximo de dados possíveis dos envolvidos (noticiado, noticiante, testemunhas);
escrever de maneira legível. EPROC (cadastro eletrônico) nesta plataforma o Policial
Militar irá complementar o TCIP (se for necessário), assinar as peças digitalmente e
remetê-las aos PROJUDI, Agendamento Eletrônico.
** o sistema EPROC funciona como um adaptador do BOU para adentrar no
PROJUDI, pense na analogia simples de um conector (BOU) que precisa de um
adaptador (EPROC) para entrar na tomada (PROJUDI).
** é válido lembrar que o policial militar somente lavrará o TCIP quando estiverem
todas as partes necessárias para elaboração do feito (noticiante e noticiado), caso
contrário, lavrará tão somente o BOU no local da ocorrência, tomando as medidas
descritas nos § 2º e 3º, do artigo 4º da resolução 309/2005.
Rito do JECRIM
ONU: qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são
infligidos intencionalmente a uma pessoa com o objetivo de obter informações ou
confissões ou a bel prazer.
Art. 5º
Condicionante:
[Art. 1º – Lei 9.445] Constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental. TORTURA DE PROVA (obter
informação) / TORTURA DE MEIO (causar ação ou omissão criminosa) / TORTURA
DISCRIMINATÓRIA (discriminação religiosa ou racial).
Tipo: constranger, SAP e SP ??? qualquer pessoa, deve haver DOLO, violência
(físico), grave ameaça (mental), bem jurídico (liberdade, integridade física, direitos,
dignidade);
Submeter alguém, sob guarda, poder ou autoridade, com o empredo de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medidade de caráter preventivo (TORTURA PENA/CASTIGO).
Parágrafo 1: fala sobre a prisão dos agentes públicos;
Tortura por omissão: pena de detenção de um a quatro anos.
Aumenta-se a pena de um sexto até um terço se o crime é cometido por agente
público; se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,
adolescente ou maior de 60 anos; se o crime é cometido mediante sequestro.
A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Anterior ao estatuto teve a Lei 9.437 de 1997 que criou o Sistema Nacional de
Armas – SINARM (adm da PF). Este tinha como objetivo: congregar todas as
informações sobre armas não restritas as Forças Armadas; A autorização da
compra, o registro e o porte de arma e munições, por particulares, que continua até
os dias de hoje fragmentado com as policias estaduais; tipificar como crime o
porte ilegal de armas que até então era considerada uma contravenção penal.
A lei que contempla o estatuto do desarmamento é totalmente voltada à segurança
pública. De maneira geral, a legislação estabelece uma nova fase no controle de
armas e munições na sociedade brasileira, constituindo-se em uma política pública
que traz instrumentos necessários às atividades das organizações integrantes do
sistema de justiça e polícia brasileiro, tanto na perspectiva do policiamento como da
investigação policial e criminal.
SINARM: Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Este é a Polícia Federal, com autorização do SINARM; Armas de fogo de uso
restrito no Comando do Exército – SIGMA (art. 18 do decreto), também
responsável pelo registro de atiradores, caçadores e colecionadores (art. 24 do
estatuto). Já para os Policiais Militares existe norma jurídica própria em relação
ao assunto (portaria do CG nº 046/2010).
Registro/requisitos estão no art. 4, resumidamente: mediante comprovada
necessidade; idade mínima de 25 anos; comprovação de idoneidade; comprovação
de ocupação lícita; comprovação de residência fixa/certa; comprovada capacidade
técnica (deve ser expedido por instrutor de armamento e tiro credenciado na Polícia
Federal) e aptidão psicológica. A sua validade é de 3 anos. Ainda sobre o tema art.
12 do decreto federal nº 5.123/2004.
Certificado de registro: defesa pessoal; colecionador (transporte de arma
desmuniciada); caçador (transporte de arma desmuniciada); atirador (transporte de
uma arma de porte, municiada, entre o seu local de guarda e o local de treinamento
ou competição e vice-e-versa); recarga. Cada um possui regras particulares para
concessão, renovação e transporte. Porte de trânsito = guia de tráfego.
A transferência de arma de fogo entre particulares estará sujeita à prévia
autorização da Polícia Federal. Sendo que a transferência de arma de fogo
registrada no Comando do Exército (armas de calibre restrito) será autorizada pela
instituição e cadastrada no SIGMA.
Cada cidadão pode possuir, como proprietário, no máximo 6 armas de fogo, de
uso permitido, sendo: duas armas de porte; duas armas de caça de alma raiada e
duas armas de caça de alma lisa. Art. 5 - Sendo que nos limites estabelecidos, não
estão incluídas as armas de uso restrito, que determinadas categorias (militares,
policiais, atiradores, colecionadores e caçadores) tenham sido autorizadas a possuir
como proprietários ou na condição de posse temporária. Art. 6 - Ainda sobre a
aquisição, qualquer cidadão idôneo e capaz poderá adquirir, no período de um ano,
observado todavia o disposto no art. 5, até três armas, de uso permitido, diferentes,
sendo cada uma delas um dos seguintes tipos: uma arma de porte: revólver ou
pistola; uma arma de caça de alma raiada: carabina ou fuzil e uma arma de caça de
alma lisa: espingarda ou toda arma congênere de alma lisa de qualquer modelo,
calibre e sistema.
Em relação à quantidade de cartuchos de munição a ser adquirida. Uma portaria
normativa 581/MD, de 24 de abril de 2006 institui o Sistema de Controle de Venda e
Estoque de Munições – SICOVEM e classifica as munições suscetíveis de compra
por cidadãos idôneos. Mas em relação à aquisição por cidadão: até 300 unidades
de cartuchos de munição esportiva calibre .22 de fogo circular, por mês; até 200
unidades de cartuchos de munição de caça e esportiva nos calibres 12, 16, 20, 24,
28, 32, 36 e 9.1 mm, por mês. Já em relação à quantidade de cartucho munição
de uso permitido, por arma registrada, que cada integrante das Forças Armadas e
dos órgãos citados nos incisos I a V do caput do art. 144 da CF, poderá adquirir
para fins de aprimoramento e qualificação técnica, exclusivamente na indústria, será
de até 600, por ano.
Em relação às munições, em si. Art. 5 – a quantidade de munição de uso
permitido, por arma registrada, que cada cidadão poderá adquirir no comércio
especializado (lojista), anualmente, é de até 50 unidades. Art. 6 – a quantidade de
munição, por arma registrada, que cada integrante das Forças Armadas e dos
órgãos citados nos incisos I a V do caput do art. 144 da CF, poderá adquirir para
fins de aprimoramento e qualificação técnica, exclusivamente na indústria, será de
até 600 unidades por ano.
Como regra geral art. 6 - é proibido o porte de arma de fogo em todo o território
nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para: i- os
integrantes das Forças Armadas; ii- os integrantes de órgãos referidos nos incisos
do caput do art. 144 da CF e os integrantes da Força Nacional (2017); iii- os
integrantes das guardas municipais dos Estados e Municípios com mais de 500.000
habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; iv- os integrantes
das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 e menos de 500.000
habitantes, quando em serviço; v- os agentes operacionais da Agencia Brasileira de
Inteligência e os do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República; vi- os integrantes dos órgãos policiais
referidos no art. 51, iv, e no art. 52, xiii, da CF (o texto refere-se à polícia da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal, cujos integrantes têm o direito de portar arma
independente de autorização); vii- os integrantes do quadro efetivo dos agentes e
guardas prisionais, os integrantes de escoltas de presos e os guardas portuárias e
mais 4 incisos que preveem aqueles que podem portar arma em todo o território
nacional.
Os membros do MP e os magistrados.
Art. 10 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o
território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida
após autorização do SINARM.
Art. 2 - A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá
automaticamente sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado
em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou
alucinógenas.
Art. 26 – o titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal concedido nos
termos do art. 10 da Lei 1.826, de 2003, não poderá conduzi-la ostensivamente
ou com ela adentrar ou permanecer em locais públicos. § 1º - a inobservância
do disposto neste artigo implicará na cassação do Porte de Arma de Fogo e na
apreensão da arma.
Dos crimes e das penas:
Art. 12 – possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior
de sua residência ou dependência desta, ou ainda no seu local de trabalho, desde
que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: pena –
detenção de 1 a 3 anos, e multa.
Art. 13 – omissão de cautela. Pena – detenção de 1 a 2 anos e multa.
Art. 14 – porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Pena – reclusão de 2 a
4 anos e multa. ** o crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a
arma de fogo estiver registrada em nome do agente. -> foi revogado? Slide 56
e 57.
Art. 15 – disparo de arma de fogo. Pena – reclusão de 2 a 4 anos e multa.
Parágrafo único também trata deste como crime inafiançável. (conforme tema
já discutido anteriormente, tal parágrafo é considerado inconstitucional).
Art. 16 – posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Pena – reclusão
de 3 a 6 anos e multa.
Art. 17 – comércio ilegal de arma de fogo. Pena – reclusão de 4 a 8 anos e
multa. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou
clandestino, inclusiva o exercido em residência. Ex.: armeiro.
Art. 18 – tráfico internacional de arma de fogo (acessório ou munição). Pena –
reclusão de 4 a 8 anos e multa.
TORTURA:
I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
Tortura de prova: para obter confissão
Tortura de meio: para provocar ação ou omissão de natureza criminosa
Tortura discriminatória: discriminação racial ou religiosa
2 a 8 anos
Aumenta a pena de 1/6 a 1/3 se agente público
Iniciará em regime fechado