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ABSTRACT
The amendments made in the law no. 11.638/07 highlight the new
procedure of financial leasing accounting. Firstly, the definitions of
financial leasing and operational leasing are explained to distinguish
both operations. Then, the procedures of accounting are presented,
emphasizing the modifications made by the new law to financial
leasing accounting. To the analysis and comparison of the financial
reports, it was used a company as a sample, taxed as Real Profit, whose
were identified the distinctions and modifications of the values of each
financial statement. In the end of the research, the distinctions found in
the main financial economic indicators are pointed with the
modifications in the balance sheet, where there was a increase of the
fixed assets and the liability. In the accounting result of the company
there was a reduction in net profit. The new accounting reflects the real
situation of the company.
Anhanguera Educacional Ltda.
Keywords: financial leasing; accounting; financial economic indicators.
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, São Paulo
CEP 13.278-181
rc.ipade@aesapar.com
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: 17/05/2010
Avaliado em: 24/03/2011
Publicação: 15 de março de 2012 67
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1. INTRODUÇÃO
Com esta nova contabilização haverá mudanças no valor das contas patrimoniais
e de resultado, causando modificações nos índices de liquidez, endividamento e
rentabilidade. Também será visível o valor do investimento e do financiamento em sua
totalidade, apresentando transparência no balanço patrimonial. Como consequência trará
aos acionistas e investidores maior clareza sobre a situação econômico-financeira da
empresa.
2. ARRENDAMENTO MERCANTIL
Pode se dizer também que o leasing, permite que uma empresa utilize de um
ativo permanente porém com a obrigação de pagar valores estabelecidos em contrato
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Gitman (2002) esclarece que para utilizar o bem, é firmado um contrato onde o
arrendatário deve pagar valores especificados no mesmo para poder usufruí-lo.
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bancário. Esta é uma operação financeira em que uma empresa bancária adquire um bem
para uso de outra, chamada arrendatário.
Sendo que de acordo com Fortuna (2002) ao término do contrato o locador dispõe
de três opções:
Assim entende-se que para essas empresas (arrendatários) que forem tributadas
pelo lucro real o valor da parcela paga por meio de contrato de arrendamento mercantil
será considerado como despesa operacional dedutível do lucro para cálculo do imposto
de renda.
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Depreciação: será apurada mensalmente, com base no valor total do bem arrendado
no ativo imobilizado, debitada na conta de despesa e com contrapartida a crédito na
conta redutora do Ativo Imobilizado depreciação acumulada. Modelo da
contabilização conforme a Quadro 05.
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No Ativo, além do grupo “Permanente” que agora faz parte do “Ativo Não
circulante”, as mudanças foram apenas nos valores de lançamentos, sendo na conta de
Arrendamento Mercantil, que antes reconhecia apenas os valores residuais mensais e na
contabilização atual será lançado o valor total do bem. Consequentemente os valores das
depreciações mensais aumentarão, pois antes era lançada mensalmente sobre o montante
acumulado do valor residual, enquanto nesta nova forma será calculada sobre o valor
total do bem imobilizado.
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Para fazer as análises das demonstrações financeiras de uma empresa, são necessários
instrumentos básicos, que apresentem resultados para que sejam analisados e
visualizados de forma a melhorar o desempenho da entidade.
Índices de Endividamento
Através deste pode-se verificar em que nível de endividamento encontra-se a empresa, se
as aplicações são financiadas por Capital de Terceiros ou Capital Próprio, que representa
o passivo total.
Grau do Endividamento
É através deste índice que se observa quanto a empresa tem de dívidas para com
terceiros, ou seja, seu grau de endividamento. Por esta análise vê-se a importância de estar
atento ao capital da empresa, verifica-se em que precisa ser melhorado, pois quanto
menor o índice melhor. Os credores analisam esse índice para ver a situação da empresa
perante o mercado referente suas obrigações, como empréstimos e financiamentos.
Endividamento Total
Esse índice segue a regra de quanto menor melhor, sendo assim, é correto dizer
que quanto maior for o percentual obtido, maior será a pressão no caixa para pagar os
compromissos.
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Composição do Endividamento
Índices de Liquidez
Através dos índices de liquidez pode-se analisar a capacidade de pagamento da empresa
em relação as suas obrigações.
Liquidez Corrente
Neste caso lê-se que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,50 de
recursos para quitá-la. Pode-se interpretar então que, quanto maior o índice significa que
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a empresa possui maior capacidade imediata de solvência para as dívidas em curto prazo
(MATARAZZO, 2003).
Liquidez Geral
Índices de Rentabilidade
Os índices de rentabilidade têm por finalidade medir a capacidade da empresa para
retribuir o capital investido pela empresa.
Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto
é, qual é o retorno dos investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico dos
investidores e gestores (MATARAZZO, 2003). Pode ser o retorno do capital próprio ou de
terceiros o seu conceito é quanto maior melhor.
Giro do Ativo
Este índice representa quanto a empresa vendeu para cada R$1,00 capital
investido, entende-se que quanto maior melhor (MATARAZZO, 2003).
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Margem Líquida
Pode-se ver que a margem líquida é importante pra se ter uma base do lucro da
empresa, pois nos mostra quanto a empresa obtém de lucro para cada determinado valor,
e pode-se dizer que quanto maior melhor.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido visa mostrar a parte dos lucros que
sobra a os sócios, após o pagamento do capital de terceiros.
Então verifica-se que o retorno sobre o patrimônio líquido pode ser muito útil
para várias atividades na empresa, como para se comparar o quanto foi a rentabilidade do
capital que os sócios investiram.
O regime tributário transitório foi criado pela medida provisória nº 449/08, com o intuito
de neutralizar os impactos ocorridos através da nova forma de contabilização, para
apuração dos tributos federais.
Para encontrar a base de cálculo dos tributos, os incisos II e III do Art. 17 da Lei
nº 11.941/09 esclarecem que as empresas optantes devem:
II - realizar ajustes específicos ao lucro líquido do período, apurado nos termos do inciso
I, no Livro de Apuração do Lucro Real, inclusive com observância do disposto no § 2º,
que revertam o efeito da utilização de métodos e critérios contábeis diferentes daqueles
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Portanto, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real poderão optar por este
regime durante os exercícios de 2008 e 2009. A partir de 2010 a opção será obrigatória até
a entrada em vigor de lei que trate da apuração dos tributos federais.
O lucro real é um dos regimes tributários aplicados as empresas nacionais, sendo que
todas as pessoas jurídicas podem ser optantes por este regime. Contudo, existem algumas
empresas que estão obrigadas a esta opção, e dentre estas destaca-se as de arrendamento
mercantil que conforme o inciso II do Art. 246 do RIR/99, estão obrigadas a optar pelo
lucro real as empresas:
II- cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de desenvolvimentos, bancos de
investimentos, caixas econômicas, sociedades de credito, financiamento e investimento,
sociedades de credito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores imobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de credito, empresas de seguros privados e de capitalização e
entidades de previdências privada aberta;
Neste sentido, observa-se que o lucro real não é o mesmo do lucro contábil. Pois
este primeiro será resultado de adições – valores que serão somados ao lucro para
sofrerem tributação e subtrações, chamadas de exclusões – valores que são abatidos do
resultado, a fim de diminuir o lucro tributável, e ainda compensar o prejuízo de trimestres
anteriores em apenas trinta por cento do valor do lucro corrente.
Formas de Apuração
Para cálculo dos tributos, Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que são incidentes no lucro real apurado, a entidade
pode efetuar os cálculos com base no lucro real trimestral ou anual.
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Na opção pelo lucro anual, a empresa ainda pode escolher o recolhimento por
estimativa, onde se aplica um percentual estimado de acordo com a atividade que a
empresa exerce ou por levantamento do balancete mensal, chamado de balancete de
suspensão ou redução. Os percentuais aplicáveis sobre o lucro são os mesmos da
apuração trimestral. Contudo, no lucro real anual os recolhimentos são mensais.
Entende-se que a legislação fiscal não foi alterada, portanto para cálculo do
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, serão efetuados conforme
a legislação vigente em 2007.
3. ANÁLISES E RESULTADOS
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Pode-se verificar com os resultados do estudo realizado nesta empresa que ocorre
modificações consideráveis nas demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial e DRE.
Balanço Patrimonial
Nota-se que ocorre grande aumento de valor no ativo não circulante, pelo fato da
contabilização do arrendamento mercantil financeiro estar pelo valor total. Dessa maneira
traz no balanço patrimonial uma melhor visão de todos os investimentos realizados pela
empresa.
No passivo encontra-se grande variação, pois não ocorrem apenas mudanças nos
valores, mas sim nas contas patrimoniais que antes não eram utilizadas. Na forma atual
de contabilização os valores do arrendamento mercantil financeiro foram reconhecidos
como obrigações e por isso devem constar no passivo, o que não ocorria na contabilização
anterior. Então para isso foi lançado em contas de Financiamentos – Leasing (circulante e
não circulante), também foram criadas as contas encargos financeiros a apropriar
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(circulante e não circulante), onde nelas são lançados os valores referente aos juros que
deve ser apropriado a medida que forem acontecendo, ou seja, conforme a competência,
por esse motivo o valor dos juros constam no passivo. Assim também traz maior clareza
no balanço patrimonial, sendo que da forma antiga não apresentava o valor das
obrigações na totalidade e nem o valor dos encargos financeiros.
Demonstração do Resultado
Nota-se que a demonstração do resultado teve modificações em função da contabilização
das despesas que também teve modificações. O valor da depreciação do veículo
comprado através de contrato de arrendamento mercantil aumentou consideravelmente,
em função do valor do bem agora ser contabilizado pelo seu valor total no ativo não
circulante.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi realizada por decorrencia das alterações sofridas na Lei nº 6.099/74
através da Lei nº 11.638/07. Um dos procedimentos alterados foi a contabilização do
Arrendamento Mercantil Financeiro.
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Nas contas de resultado também houve mudanças, o valor das despesas que
agora ficou maior, pois o valor da conta de depreciação aumentou consideravelmente e
com as alterações no resultado houve uma redução no Lucro Líquido e com isso
modificaram-se os índices de rentabilidade.
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