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ÓLEOS VEGETAIS ÓLEOS VEGETAIS

Introdução ção de uma molécula de glicerol com até no óleo refinado, ainda que em traços,
três moléculas de ácidos graxos. Os ácidos podem afetar as características dos

ÓLEOS VEGETAIS
Os óleos vegetais representam um graxos são ácidos carboxílicos de cadeia óleos devido a alguma propriedade
dos principais produtos extraídos de longa, livres ou esterificados, constituindo peculiar, como apresentar ação pró ou
plantas, sendo que aproximadamente os óleos e gorduras. Quando saturados, antioxidante, ser fortemente odorífero,
2/3 são usados em produtos alimentí- possuem apenas ligações simples entre ter sabor acentuado ou ser altamente
cios, fazendo assim parte integrante da os carbonos e possuem pouca reatividade colorido. Alguns exemplos de grupos
dieta humana. Os óleos e gorduras são química. Já os ácidos graxos insaturados não-glicerídeos são os fosfatídeos (leci-
substâncias insolúveis em água (hidrofó- contêm uma ou mais ligações duplas no tinas, cefalinas, fosfatidil inositol); es-

E O ESTRESSE TÉRMICO bicas), de origem animal ou vegetal, for-


mados predominantemente por ésteres
de triacilgliceróis, produtos resultantes
seu esqueleto carbônico; são mais reati-
vos e mais suscetíveis a termo-oxidação.
Na Tabela 1, são apresentados o teor de
teróis (estigmasterol); ceras (palmitato
de cetila); hidrocarbonetos insolúveis
(esqualeno); carotenóides; clorofila;
da esterificação entre o glicerol e ácidos gordura saturada e insaturada e o teor em tocoferóis (vitamina E); lactonas e
graxos. Os triacilgliceróis são compos- ácidos graxos em alguns óleos vegetais e, metilcetonas.
Os óleos vegetais são gorduras tos insolúveis em água e a temperatura na Tabela 2, a nomenclatura e proprieda-
ambiente, possuem uma consistência de des físicas de alguns ácidos graxos. Os diferentes
extraídas de plantas e formadas líquido para sólido. Quando estão sob Os não glicerídeos são encontrados
por triglicerídeos. Apesar de, forma sólida são chamados de gorduras em pequenas quantidades em todos tipos de óleos
em princípio, outras partes da
e quando estão sob forma líquida são os óleos e gorduras. Os óleos vegetais vegetais
chamados de óleos. Além de triacilglice- brutos possuem menos de 5% e os óleos
planta poderem ser utilizadas róis, os óleos contêm vários componen- refinados menos de 2%. No refino, al- Os dois principais óleos vegetais pro-
na extração de óleo, na tes em menor proporção, como mono guns desses componentes são removidos cessados e usados na indústria alimentí-
e diglicerídeos (importantes como completamente, outros parcialmente. cia são o óleo de soja e o óleo de palma.
prática este é extraído quase emulsionantes); ácidos graxos livres; Aqueles que ainda permanecem Em um segundo grupo encontram-se os
exclusivamente das sementes. tocoferol (importante antioxidante);
proteínas, esteróis e vitaminas. TABELA 1 – TEOR DE ÁCIDOS GRAXOS EM ÓLEOS VEGETAIS
Alguns tipos de óleos, tais como Os óleos oriundos de frutos, como o
Ácido graxo Ácido graxo Ácido graxo Poliinsaturado
o óleo de colza e de algodão, azeite de oliva, são denominados azeites. Óleos saturado monoinsaturado linoléico linolênico
por exemplo, são impróprios Os óleos vegetais possuem de uma a
CANOLA 6% 58% 26% 10%
quatro insaturações (ligações duplas)
para consumo humano sem o na cadeia carbônica, sendo líquidos à GIRASSOL 11% 2% 69% ---
devido processamento prévio. temperatura ambiente; as gorduras são MILHO 13% 25% 61% 1%
sólidas à temperatura ambiente, devido
Como todas as gorduras, a sua constituição em ácidos graxos
OLIVA 14% 77% 8% < 1%

os óleos vegetais são saturados. SOJA 15% 24% 54% 7%

ésteres de glicerina Assim, gorduras animais como a


banha, o sebo comestível e a man- TABELA 2 – NOMENCLATURA E PROPRIEDADES FÍSICAS
e uma mistura de teiga, são constituídas por misturas DE ALGUNS ÁCIDOS GRAXOS
ácidos graxos e de triacilgliceróis, que contém um Ácido Símbolo Ponto de fusão (ºC)
número de saturações maior do que o
são insolúveis de insaturações, conferindo-lhes maior
Butírico (butanóico) 4:0 -4,2

em água, mas Capróico (hexanóico) 6:0 -3,4


ponto de fusão (sólidos à temperatura
ambiente). De maneira análoga, os Caprílico (octanóico) 8:0 16,7
solúveis em
óleos por possuírem um número maior Cáprico (decanóico) 10:0 31,6
solventes de insaturações, expressam menor Láurico (dodecanóico) 12:0 44,2
orgânicos. ponto de fusão (líquidos à temperatura
Mirístico (tetradecanóico) 14:0 54,4
ambiente). A maioria dos ácidos graxos
de óleos comestíveis possui uma cadeia Palmítico (hexadecanóico) 16:0 62,9
ADITIVOS & INGREDIENTES

ADITIVOS & INGREDIENTES


carbônica de 16 a 18 carbonos, embora Esteárico (octadecanóico) 18:0 69,6
o óleo de coco contenha um alto grau de Araquídico (eicosanóico) 20:0 75,4
ácido láurico com 12 átomos de carbono
Behênico (docosanóico) 22:0 80,0
na sua constituição.
Os óleos e gorduras apresentam como Lignocérico (tetracosanócio) 24:0 84,2
componentes substâncias que podem ser Oléico (9(Z)-octadecenóico), (ω-9) 18:19 16 - 17
reunidas em duas grandes categorias: gli- Linoléico (9(Z), 12(Z)-octadecadienóico, (ω-6) 18:26 5,0
cerídeos e não-glicerídeos. Os glicerídeos
Linolênico (9(Z), 12(Z), 15(Z)-octadecatrienóico, (ω-3) 18:33 11,0
são definidos como produtos da esterifica-

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ÓLEOS VEGETAIS ÓLEOS VEGETAIS

óleos de canola, girassol e milho. Os óleos de colza era conhecido por conter alto flor conquistou espaço como planta or- atingir o grau de pureza em que é
de algodão, amendoim e coco fazem teor de ácidos eicosenóicos e erúcicos, namental e hortaliça. O potencial do gi- consumido. Grande parte da produção
parte de um terceiro grupo. ambos não sendo considerados como rassol como óleo vegetal foi descoberto vai para a fabricação de margarinas e o
indispensáveis para o desenvolvimen- pelos russos. Hoje, a planta é cultivada restante é embalado para uso culinário.
Óleo de soja. A soja é uma legumino- to humano. Em 1974, o Dr. Baldur em todos os continentes. O óleo de gi- O óleo do milho apresenta cor amarelo
sa domesticada pelos chineses há cerca Stefansson, fitogenetista da Universida- rassol é considerado um produto nobre claro, odor e sabor suave caracte-
de cinco mil anos. Sua espécie mais de de Manitoba, no Canadá, desenvolveu por suas qualidades nutricionais. Possui rístico. Possui uma composição favorável
antiga, a soja selvagem, crescia princi- a primeira variedade de colza (double alto teor de ácido linoléico e de vitamina em termos de ácidos essenciais, sendo
palmente nas terras baixas e úmidas, low), com níveis reduzidos de ácidos E. É um óleo límpido, de cor amarelo considerado um óleo de alta qualidade.
junto aos juncos nas proximidades dos erúcicos e glucocinolatos. Essa varie- dourado claro, com odor e sabor suave O óleo extraído da fibra de milho é uma
lagos e rios da China Central. Há três mil dade, batizada de Tower, foi a primeira característico. É bastante utilizado para fonte de fitosteróis, fitostanóis, ferulato
anos, a soja espalhou-se pela Ásia, onde a preencher os requisitos de qualidade o preparo de alimentos, como saladas, éster de sitostanol e campesterol, e
começou a ser utilizada como alimento. usados para identificar o cultivo des- cozidos, conservas e pratos finos. são utilizados como produto redutor
Foi no início do século XX que a soja sa semente fortemente melhorada e de colesterol. Contém ácidos graxos
passou a ser cultivada comercialmente conhecida pelo nome de canola. Esse Óleo de milho. Originário das poliinsaturados linoléico (ômega-6) e
nos Estados Unidos. No Brasil, o grão nome foi registrado inicialmente pela Américas, o milho (Zea mays) foi o linolênico (ômega-3).
chegou com os primeiros imigrantes Western Canadian Oliseed Cruschers principal alimento das populações pré-
japoneses, em 1908, mas foi introduzi- Association, para referir-se ao óleo, torta colombianas. Ainda é um item alimentar Óleo de algodão. O algodão é conhe-
da oficialmente no Rio Grande do Sul e semente provenientes de variedades importante no México, América Cen- cido desde 5000 a.C. e, 15 séculos antes
em 1914. Porém, a expansão da soja no contendo 55mg a menos de ácido erú- tral, Antilhas e América Andina. Após de Cristo já era cultivado na índia, onde
Brasil aconteceu nos anos 70, com o cico no óleo, e 3mg ou menos por grama a colonização da América, espalhou-se se fabricava tecidos com suas fibras. A
crescente interesse da indústria de óleo de glucinolatos normalmente medidos pelo mundo. Hoje, 70% da produção se introdução do algodoeiro na Europa
e a demanda no mercado internacional. na torta. Posteriormente, em 1980, os destina à alimentação animal. Parte do pode ser atribuída a Alexandre III, o
O óleo de soja é o mais utilizado no direitos de registro da marca foram restante fica para a produção de Grande (336-323 a.C.), mas seu uso,
mundo. Apresenta cor levemente ama- transferidos para o Canola Council óleo. Diferentemente das no- durante muito tempo, foi extremamente
relada, límpida, com odor e sabor suave of Canadá e, em 1986, foi definido zes, do amendoim e do ger- restrito. Quando os espanhóis coloniza-
característico. É bastante utilizado que os requisitos para uso da mar- gelim, não é fácil ver o milho ram a América, o algodão já era utili-
no ramo alimentício, tanto domiciliar ca exigiam que o óleo contivesse como grão oleaginoso. É zado pelos nativos do novo continente.
quanto na indústria. Apresenta alto teor menos de 2% de ácido erúcico e que o óleo está em especial Existem diversas variedades de plantas
de ácido linoléico (ômega 6), além de que os componentes sólidos no germe ou embrião algodoeiras. Na China, Índia, Paquistão
ácido oléico (ômega 9) e ácido linolê- da semente contivessem da semente, formada e países vizinhos, cultiva-se uma varie-
nico (ômega 3). menos de 30 micromo- ainda pela pelícu- dade asiática que não existe em outras
les de glucinolatos la ou pericarpo e regiões do mundo. O algodão egípcio é
Óleo de palma. O óleo de palma, por grama. O óleo pelo endosperma, nativo da América Central, sendo culti-
também conhecido como óleo de dendê, de canola, compara- que é a reserva vado tanto no Egito quanto no Sul dos
é cultivado há mais de cinco mil anos. do aos outros óleos de amido e ener- Estados Unidos e na América do Sul. Na
A palmeira, Elaesis guineensis, é origi- existentes, apresenta gia. No processa- região Leste da América do Norte, os
nária da Guiné Ocidental, na África. No o menor teor de áci- mento, o germe colonizadores ingleses encontraram um
começo do século XV foi introduzida em dos graxos saturados é separado, seco outro tipo de algodão nativo, chamado
alguns países da África, Sudeste Asiático (7%), possui alto teor e seu óleo remo- de Upland, hoje um dos mais difundidos
e América Latina, todos ao longo da de monoinsaturados vido por prensas no mundo. O óleo de caroço de algodão
zona equatorial. Foi introduzida na Ma- em 1982, que iniciou suas atividades de não alimentícias. Dentre as finalidades (61%), e 32% de po- mecânicas e/ou é extraído da amêndoa. Esse óleo tem
lásia em 1870, como planta ornamental. produção e extração do óleo de palma. alimentícias pode-se citar o azeite de liinsaturados, com 11% solventes. Então um leve sabor de cas-
Foi somente em 1917 que passou a ser O óleo de palma bruto é uma das fontes dendê, margarinas, sorvetes, bolachas, de ácido alfa-linoléico é refinado até tanha, com colora-
plantada comercialmente, de forma naturais mais ricas em carotenóides, etc. A palma também produz palmiste, (ômega-3). O óleo de ca- ção dourada claro
sistemática. A grande expansão do óleo com concentrações de aproximadamen- óleo extraído do caroço da fruta, cujas nola tem coloração ama- ao amarelo aver-
de palma ocorreu nos anos 60, quando te 700 a 1.000ppm, principalmente be- propriedades e especificações são bas- relada com sabor e odor melhado, que
o governador da Malásia investiu em tacarotenos e alfa-carotenos. É rico em tante similares as do óleo de coco. característico. pode variar de
ADITIVOS & INGREDIENTES

ADITIVOS & INGREDIENTES


um forte programa de diversificação vitamina E (tocoferóis e tocotrienóis). acordo com o
e desenvolvimento agrícola. No Brasil, Cerca da metade dos ácidos graxos do Óleo de canola (colza). Embora a Óleo de girassol. Ori- grau de refina-
foi introduzida pelos escravos no século óleo de palma são do tipo saturado. colza fosse cultivada na Europa desde o ginário da América do mento. Contém
XVI, e seu consumo limitou-se durante Possui coloração levemente amarelo século XIII, o seu uso não se intensifi- Norte, o girassol era uma mistura de
muito tempo ao conhecido azeite de avermelhado e está entre os óleos mais cou até o desenvolvimento da energia a utilizado como alimen- ácidos graxos
dendê, tradicionalmente usado na produtivos do mundo, sendo que aproxi- vapor, quando se descobriu que o óleo to pelos índios america- saturados e
culinária baiana. O verdadeiro desenvol- madamente 80% da produção mundial de colza aderia muito mais às super- nos. Ao ser introduzido insaturados,
vimento do óleo de palma no Brasil foi é destinada a aplicação alimentícia, e os fícies banhadas por água ou vapor do na Europa e na Ásia, no sendo o prin-
devido a criação da empresa Agropalma, outros 20% restantes para finalidades que qualquer outro lubrificante. O óleo século XVI, a beleza da cipal compo-

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ÓLEOS VEGETAIS ÓLEOS VEGETAIS

nente o ácido linoléico (ômega-6) e são recuperados. Os sabões residuais são dos óleos e gorduras, que lhes dão
ácido oléico (ômega-9). Esse óleo é
Extração e refino removidos com água quente. sabores e odores diversos (caracterís-
utilizado na indústria alimentícia, far- Os processos de extração de óleo O óleo de algodão pode também ser ticos ou adquiridos), mediante proces-
macêutica e de cosméticos. variam de acordo com a matéria-prima refinado por um processo chamado de so por arraste de vapor. Entre essas
processada. Os dois métodos genéricos refino por micelas. Esse processo permi- substâncias encontram-se os ácidos
Óleo de amendoim. O amendoim empregados na extração de óleos vege- te que o óleo seja refinado no estado de graxos livres voláteis, os triglicérides
é a semente comestível da planta tais são a prensagem e a extração por micela, na planta de extração por solven- de baixo peso molecular, impurezas,
Arachis hypogaea L. da família Faba- solvente, ou ainda, uma combinação de te, antes da remoção do solvente. Esse etc. As altas temperaturas e o vácuo
ceae. Embora confundido com noz, o ambos. Algumas matérias-primas, como método possibilita maior rendimento e, quase absoluto usados nesse processo
amendoim é um membro da família da a oliva ou a palma, por exemplo, dão segundo alguns especialistas, resulta em garantem um produto completamente
beterraba marinha e seu fruto é do tipo ótimos resultados por prensagem; para um óleo de cor mais clara. estéril, apresentando sabor e odor
fruto ou vagem. A planta do amendoim sementes com alto teor de óleo, como Clarificação. Do óleo neutralizado neutros e suaves. Trata-se de um dos
é uma erva, com um caule pequeno e os caroços de algodão ou as sementes são removidos os pigmentos carote- produtos mais puros que se pode ofe-
folhas tri-folioladas, com abundante de açafrão, costuma-se utilizar uma nóides e mucilagens que dão uma cor recer ao consumo. Poucos produtos
indumento, raiz aprumada, medindo prensagem prévia seguida de extração mais escura ao óleo, pois este precisa são tão limpos quanto o óleo refinado,
entre 30 a 50 cm de altura. As flores por solvente, visando a obtenção de tornar-se claro, cristalino e apetecível. O clarificado e branqueado.
são pequenas, amareladas e, depois de rendimentos mais elevados. A extração óleo é então submetido a aquecimento Nessa fase, depois de pesado, o óleo
fecundadas, inclinam-se para o solo e a por solvente pode recuperar até 95% do e agitação, em tanques especiais, onde ou gordura é depositado no desodo-
noz desenvolve-se subterraneamente. O óleo, resultado extremamente favorável, são adicionadas terras diatomáceas ou rizador, aquecido à alta temperatura
óleo de amendoim é extraído da semen- comparado com os 80% a 90% que se- carvão ativo, que tem como objetivo (200ºC a 260ºC) e submetido a alto
te de amendoim. Apresenta cor amarelo riam obtidos via prensagem hidráulica absorver os pigmentos colorantes e vácuo (71cmHg). No fundo do tanque
pálido, odor e sabor suave característico. ou prensa-parafuso. mucilagens presentes e, quando da desodorizador é borbulhado vapor seco,
Contém alto teor de vitamina E. É um Da operação de extração, resulta filtração, carregá-los para fora do óleo. arrastando em sua trajetória para cima
óleo de fina qualidade, podendo ser uti- o óleo bruto e outros subprodutos, Os óleos nessa fase quase não possuem os ácidos graxos livres (voláteis), os
lizado em pratos especiais, saladas, além dependendo do grão processado. Esse mais cor e apresentam valor de peróxido triglicérides de baixo pesos molecular,
da indústria alimentícia, farmacêutica e óleo bruto precisa passar por um pro- de aproximadamente zero. etc., e carregando-os para fora do sis-
cosmética, entre outras. cesso de refino, o qual é mais ou menos Winterização. Os óleos de soja tema através do vapor contínuo. Esse
complexo, conforme a matéria-prima não requerem esse tratamento, porém processo dura algumas horas, após o
Óleo de coco. O óleo de coco extra original e a qualidade do óleo refinado os óleos de canola, milho, girassol, qual o produto é resfriado a 60ºC / 70 ºC
virgem é um produto 100% natural de que se deseja obter. cártamo, amendoim e algodão, devem e, logo depois da análise do controle de
origem vegetal da espécie Cocos nuci- O processo de refino mais complexo passar pelo processo de winterização qualidade, é liberado para o acondicio-
fera L.. Solidifica-se abaixo de 25°C. É envolve sete etapas: degomagem; (do inglês, inverno), ainda chamado namento. É nessa fase do processo que
prensado a frio, não é submetido ao pro- neutralização ou refinação alcalina; de congelamento. Os óleos que serão se adicionam aos óleos os elementos
cesso de refinamento e desodorização, branqueamento ou clarificação; winte- armazenados em locais frios necessi- antioxidantes (ou outros aditivos),
sendo extraído a partir da polpa do coco rização; hidrogenação; desodorização; tam desse processo para evitar que se cujo objetivo é prolongar a vida útil do
fresco por processos físicos, passando e interesterificação. tornem turvos com o frio, o que depõe produto, evitando a formação de ranço,
pelas etapas de trituração, prensagem Degomagem. O primeiro passo no contra a qualidade de qualquer óleo co- mesmo quando submetidos a condições
e tripla filtração. Seu índice de acidez é processo de refino de muitos óleos é a mestível. Essa fase visa exclusivamente adversas.
no máximo até 0,5%, o que o caracteriza degomagem. Os óleos são degomados a retirada da estearina natural, uma Interesterificação. Esse processo
como um óleo extra virgem. É uma subs- misturando-os com água para hidratar gordura de alto ponto de fusão, porém, permite que os ácidos graxos sejam
tância graxa que contém cerca de 90% os fosfatídeos, os quais logo a seguir, em pequena quantidade dissolvida no hidrogênio é borbulhado através do óleo até os mais sólidos. redistribuídos na estrutura do glicerol.
de ácidos saturados extraídos mediante são removidos por centrifugação. A óleo, sendo praticamente imperceptível sob condições especiais de temperatura O óleo, agora gordura fundida, Sua natureza não é alterada e trata-se,
prensagem da polpa ou cerne dos cocos. operação de degomagem pode ainda ser em temperatura ambiente. O processo e pressão. O hidrogênio, na presença contendo ainda o catalítico, é resfriado realmente, de um simples rearranjo mo-
É um alimento complementar com melhorada adicionando ácido cítrico ou consiste no resfriamento gradativo do do catalisador previamente adicionado levemente e segue para o processo de lecular. Os glicerídeos triinsaturados são
inúmeras propriedades benéficas para fosfórico, ou gel de sílica. A degomagem óleo vegetal, em células especiais, a ao óleo, produz uma reação química pós-branqueamento, idêntico ao pro- sólidos e líquidos. É formado o máximo
a saúde, proporcionando fortalecimento remove substâncias emulsivas, como a 5ºC a 6ºC, durante aproximadamente que modifica a característica do óleo, cesso de branqueamento. O processo de de glicerídeos mistos possíveis para se
do sistema imunológico, facilitando a lecitina. Os óleos de algodão não pre- 36 horas. Dessa forma, as pequenas convertendo-o em gordura. Em outras pós-branqueamento tem como objetivo obter uma consistência favorável, em
digestão e a absorção de nutrientes. cisam ser degomados, mas os óleos de quantidades de estearina solidificam- palavras, o catalisador sensibiliza o óleo a total eliminação de quaisquer resíduos margarinas, por exemplo.
ADITIVOS & INGREDIENTES

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São encontradas diversas substâncias no canola e soja requerem esse processo. se, aglutinando-se umas as outras, e a ponto de permitir a entrada do hidro- de catalítico, bem como permite lapidar O processo geralmente utiliza mé-
óleo de coco, entre elas os ácidos graxos Neutralização. O óleo degomado é formando flocos maiores no meio do gênio em sua molécula (a adição de a coloração da gordura fundida, manten- todos catalíticos a baixa temperatura.
essenciais e o glicerol, que é importante então tratado com um álcali (geralmen- óleo, os quais são possíveis de serem hidrogênio às ligações duplas carbono- do-a em alto padrão de qualidade. Do O óleo é aquecido, agitado e misturado
para o organismo, pois com ele o corpo te soda cáustica ou barrilha) para remo- filtrados. Em resumo, trata-se de uma carbono), aumentando seu ponto de pós-branqueamento, a gordura fundida com o catalisador a uma temperatura
produz ácidos graxos saturados e insatu- ver os ácidos graxos livres, glicerol, car- separação por cristalização. fusão, e transformando-o em gordura. segue para o processo de desodorização. de 90ºC. Também existem métodos
rados de acordo com suas necessidades. boidratos, resinas e metais. O óleo e o Hidrogenação. Em tanques A hidrogenação é um processo seletivo Desodorização. A desodorização enzimáticos. O processo não modifica o
O óleo de coco extra virgem apresenta álcali são misturados, formando sabões, hidrogenadores ou conversores, o óleo que pode ser controlado de forma a pode ser feita por processo contínuo grau de saturação e o estado isomérico
um alto índice de ácido láurico, mirís- as chamadas borras, que são removidas refinado e clarificado é tratado com produzir diferentes níveis de endureci- ou descontínuo (por lote). Sua finali- dos ácidos graxos, mas pode melhorar as
tico e caprílico, entre outros. por centrifugação dos ácidos graxos que gás hidrogênio puríssimo, ou seja, o mento, variando desde os mais líquidos dade é remover as substâncias voláteis propriedades funcionais do óleo.

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cesso de adição de oxigênio ou remoção de hidrogênio ou elé- ácidos graxos poliinsaturados (canola e soja, p. ex) durante a
trons, tal reação pode ser acelerada pelo calor, luz (fotoxidação), estocagem, na presença de traços de oxigênio. Isso resultará
trons, tal reação pode ser acelerada pelo calor, luz (fotoxidação), estocagem, na presença de traços de oxigênio. Isso resultará
ÓLEOS VEGETAIS ionização, traços de metais (Cu e Fe), metaloproteínas e pela também numa reversão do sabor do óleo pela formação de ÓLEOS VEGETAIS
ionização, traços de metais (Cu e Fe), metaloproteínas e pela também numa reversão do sabor do óleo pela formação de
enzima lipoxigenase. Um dos mecanismos mais importantes é o produtos voláteis, resultantes do processo de degradação de
enzima lipoxigenase. Um dos mecanismos mais importantes é o produtos voláteis, resultantes do processo de degradação de
da fotoxidação.
Research (DGF), por É umexemplo,
mecanismo independente
o óleo de friturada formação de dehidroperóxidos
é considera- aquecimento, atermolábeisconcentração emde radicais
monômerosalcoxil (Esquema 2).
da fotoxidação. É um mecanismo independente da formação de hidroperóxidos termolábeis em radicais alcoxil cíclicos
(Esquema varia
2).
do radicais
deteriorado livres esedaapressão
acidez de oxigênio
estiver acima e depende
de 1%. de
O “sensores”
que está de 736 ppm (0,07%) a 1803 ppm (0,18%) no óleo aquecido
Há alguns anos, aumentou o inte- radicais
sensoriais e nutricionais se modificam. livres e da pressão de oxigênio
que e depende
importante de “sensores”
de agentes pendendo das condições de
Os óleos vegetais resse sobre os efeitos fisiológicos que Quando o alimento é submerso de como
acordo
como ano
a clorofila
clorofila
e a mioglobina.
com o propostoe a mioglobina.
Não
por LimaNão
apresenta
eapresenta
Gonçalves
oxidantes,
período
como (1995).
período
de indu- (33).
radicais
de indu-
ESQUEMA
Outra
Esquema 1 – MECANISMO
preocupação
1. Mecanismo de DE
é a formação
de formação FORMAÇÃO
de polímeros.
um monômero DE Há
UMduas
aquecimento, a concentra-
ção Esquema MONÔMERO
1. Mecanismo CÍCLICO
de formação DEde ÁCIDO
um LINOLÊNICO
monômero
Umoeedos na presença
principaisde luz e oxigênio, transferema estabilidade
energia para a classes cíclico do ácido linolênico
e o estresse os óleos e gorduras aquecidos a elevadas óleo quente em presença de ar, ção óleo
na presença defatores que determinam
luz e oxigênio, livres, enzimas energia
transferem e metaispara quea cíclico de polímeros:
do ácido linolênicoos polímeros oxidativos e os polímeros ção de monômeros cíclicos
formação de peróxido.
é a suaSua principal molecular
contribuição à alteração dos térmicos, formados por degradação térmica, que indicam de-
térmico temperaturas, principalmente na pre- é exposto a três agentes de queuma causam
formaçãosubstância
de peróxido. estrutura
Sua principalatuam como
contribuição (28). Nos óle-
catalisadores
à alteração dos varia de 736ppm (0,07%)
sença de ar, exercem sobre o organismo mudanças em sua estrutura: óleos e gorduras, está na mudançade da configuração da insatura-
os1) a água,
vegetais,
óleos as insaturações
e gorduras, mudança danaprocessos
está na presentes cadeia carbônica
configuração oxidativos sãoe gradação dos óleos vegetais (39).
da insatura- a 1,80ppm (0,18%) no
Os alimentos contendo óleos e humano. No processo de fritura, o ali- proveniente do próprio alimento ção edeque cis para trans (2,34). da foto-oxidação. Os radi- óleo aquecido. Outra preo-
um ção alvodedecisataque importante
para trans (2,34). de agentes oxidantes como ra- Uma outra alteração sensível é a rancidez hidrolítica mui-
gorduras deterioram durante o arma- mento é submerso em óleo quente, que leva a alterações hidrolíticas; Contudo,
2) o livres,
oxigê- nos óleos e gorduras cais de
livres origem
são vegetal, os
compostos cupação é a formação de
dicais enzimas e metais que atuam
Contudo, nos óleos e gorduras de origem vegetal, os como catalisadores to comum durante o armazenamento de alimentos, na qual a
zenamento em atmosfera de oxigênio, age como meio de transferência de ca- nio, que entra em contato com isômeros
o óleo e a trans estão praticamente ausentes. Exceto
resultantes da quebrauma pe- de polímeros. Há duas classes
de processos
isômeros trans oxidativos e da foto-oxidação
estão praticamente ausentes. (30). Os radicais
Exceto uma pe- fração lipídica presente é lentamente hidrolisada pela água à
devido à auto-oxidação. Mas quando lor. Deve-se ainda considerar que parte quena quantidade residual que permanece
partir de sua superfície leva a alterações peróxidosdurante a fase de
e hidroperóxi- de polímeros: os polímeros
livresquenasão quantidade
compostosresidual resultantes da quebra de
que permanece peróxidos
durante a faseede temperatura elevada ou por enzimas lipolíticas. Tipicamente,
eles são aquecidos a altas temperaturas, do óleo utilizado para a transferência de hidrogenação, o que é inevitável.dos,
oxidativas e, finalmente, 3) a temperatu- formados
Em alguns produtosdurante como o oxidativos e os polímeros
o processo da oxidação é acelerado, calor é absorvido pelo alimento e torna-
hidroperóxidos,
hidrogenação,formados
ra em que o processo ocorre, resultando
durante processo
o que é inevitável. oEm processo
alguns de
deprodutos
oxidação
oxidação como
dos
ácidos graxos contendo de quatro a dez carbonos, conferem térmicos, formados por
margarinas, porém, foram encontrados valores de ácidos-
ocorrendo reações de em alterações dostérmicas,
óleos e queporém,
margarinas, dão origemforam aencontrados
compostos
óleos (3). e que de oxidação
valoresdão de origem se-a reversão do sabor em alimentos, como sabor de sabão, por
ácidos- degradação térmica, que
trans excessivamente elevados (~25%) Durante o refino
oxipolimerização e cundária
como isomerização como aldeídos elevados
transe excessivamente
re- e cetonas, (~25%)responsáveis
compostos (3). Durante
de pelo oodor
oxidação refino
se- exemplo, inerente à hidrólise dos azeites de coco e dendê em indicam degradação dos
do óleo, é possível que traços de resíduos indesejáveis como
decomposição termo- ações de cisão desagradável
do óleo, é (ranço)
(aldeídos possível(1, que 9, traços
23). decundária,resíduos indesejáveis
como aldeídos como e alimentos de confeitaria (2). Além disso, os hidroperóxidos óleos vegetais.
os isômeros trans e monômeros cíclicos de ácidos graxos
oxidativa. Isso tam- e cetonas), formando Como
os di-
a reação
isômeros de oxidação
trans e monômeros podecetonas,
ser responsáveis
definida
cíclicos de como
ácidoso graxospelo são formados em óleos vegetais que possuem alto teor de
pro- Uma outra alteração
estejam presentes (Esquema 1). No refino do óleo de colza
bém pode ser observa- versos produtoscessode degra-
estejam
de adição presentes
de oxigênio(Esquema 1). odor
ou remoção No refino desagradável
de do óleo(ranço).
hidrogênio de elé-
ou colza ácidos graxos poliinsaturados (canola e soja, p. ex) durante a sensível é a rancidez hi-
(rico em ácido erúcico, [22:1]), na fase de desodorização são
do durante as fases de dação, comotrons,epóxidos
(ricotal em e ácido
reação erúcico,
pode sertrans [22:1]), pelo
acelerada na fase Comode luz
calor, a reação
desodorização de oxi-
(fotoxidação), são drolítica muito comum
refino dos óleos vege- hidroperóxidos. produzidos
Portanto, isômeros numa daçãoporcentagem pode superior
ser definida a 5% estocagem, na presença de traços de oxigênio. Isso resultará durante o armazenamento
produzidos
ionização, isômeros trans numa porcentagem superior a 5%
tais. As modificações do totaltraços
as formas de deterioração
de metais
de ácidos graxos(Cu do eóleoFe),e metaloproteínas
como umao quantidade
processo de
edepelamo- também numa reversão do sabor do óleo pela formação de
adição de alimentos, na qual a
enzimado total de ácidos
lipoxigenase. graxos do óleo e uma maisquantidade deé mo-
e alterações dos óleos de óleos vegetais nômeros
são a cíclicos Um dos mecanismos
de ácidos graxosdeem torno
oxigênio
importantes
de
ou 650 mg/kg
remoção
ode produtos voláteis, resultantes do processo de degradação de
de fração lipídica presente
nômeros cíclicos
da óleo,
fotoxidação. um de
É condições ácidos graxos
mecanismo em tornodadeformação
independente 650 mg/kg dede hidroperóxidos termolábeis em radicais alcoxil (Esquema 2).
e gorduras podem ser hidrólise, a oxidação, quando
ea severas são usadas (5–6h
hidrogênio a 250°C).
ou elétrons, tal é lentamente hidrolisada
óleo,livres
radicais quando dacondições severas são usadas (5–6h a 250°C).
classificadas como: polimerização. O principal
Sendo a e responsável
pressão depela oxigênio
formação e depende
reação podede
destes “sensores”
monômeros
ser aceleradaé pela água à temperatura
como O principal
clorofilaresponsável pelaNãoformação destes monômeros de indu- é Esquema 1. Mecanismo de formação de um monômero
a) auto-oxidação: oxidação a principalaltaacausa
concentração e a mioglobina.
do ácido linolênico apresentae queperíodo
pelo calor, luz
sob(fotoxidação),
aquecimento elevada ou por enzimas
oxidação que ocorre a çãoela
de deterioração, alta
e na concentração
presença
provo- de umdo
luz ácido linolênico
e oxigênio, e que traços
transferem sob aquecimento
energia de para a cíclico do ácido linolênico
prolongado e por período deionização,
tempo longo, sofre metais
cicliza- lipolíticas. Tipicamente,
temperaturas abaixo ca alterações do prolongado
formação
sabor, demeio
tex- e por um
peróxido. Suaperíodo
principal de tempo
contribuição
(Cu e Fe), longo, sofre cicliza-
à alteração
metaloproteínas dos ácidos graxos contendo
ção por da reação de Diels–Alder (24,35).
de 100°C; dação
tura, aroma eóleos cor
eOspor
nos meio da
gorduras, estáreação
na de Diels–Alder
mudança da e pela (24,35).lipoxigenase.
enzima
configuração
monômeros cíclicos são compostos resultantes da da insatura- de quatro a dez carbo-
b) polimerização alimentos, ocasionandode Os
çãooxidação cis paramonômeros
trans (2,34). cíclicos sãoUm compostos
dos óleos vegetais e fazem parte dos resíduos dos resultantes
mecanismos mais da nos, conferem reversão
térmica: oxidação que perda do valor nutricional
oxidação
Contudo, dos
nos óleos
óleos vegetais
e gorduras e importantes
fazem
de parteé dos
origem o daresíduos
vegetal, fotoxi-
os do sabor em alimentos,
não-voláteis. Os monômeros mais comuns provêm de áci-
ocorre a temperatu- e gerando toxidez. não-voláteis.
isômeros Os
estão monômeros maisdação. comuns É um mecanismo
provêm de áci- como sabor de sabão, por
dos graxos transcom 18praticamente ausentes. Exceto
carbonos, poliinsaturados, que umaciclizampe- e
ras que variam entre A estabilidadedos térmica
graxos com 18 carbonos, independente que
poliinsaturados, da formação
ciclizam e exemplo, inerente à hidró-
quenasofrem quantidade
uma dupla residual que permanece
substituição nodeanel durante
(27). a fase dede
A formação
200°C e 300°C, na dos óleos depende de sua
sofrem uma dupla substituição no radicais
anel (27). livres
A e da pres-
formação de lise dos azeites de coco e
hidrogenação,
monômeros ocíclicos
que é inevitável. Em alguns nos
é mais pronunciada produtos como
aquecimentos
ausência de oxigênio; estrutura química: óleos
monômeros cíclicos é mais são
pronunciada de oxigênio e
nos aquecimentos depen- Onde: LH = ácido graxo; L • = radial de ácido graxo. dendê em alimentos de
c) oxidação tér- margarinas,
com ácidos graxos intermitentes
satura- porém, foram
dos óleos encontrados
vegetais. Dependendo
de de valores
“sensores”, de condições
das ácidos-
como a Onde:
Fonte: LH =Frankel;
Meltzer; ácido Bessler,
graxo; etL al.,
• =1981;
radialSolomons,
de ácido graxo.
1996 (27,35) confeitaria. Além disso, os
intermitentes
excessivamente dos óleoselevadosvegetais.
(~25%) Dependendo
(3). Durante das ocondições
refino Fonte: Meltzer; Frankel; Bessler, et al., 1981; Solomons, 1996 (27,35)
mica: oxidação que dos são maistransestáveis do clorofila e a mioglobina. hidroperóxidos são forma-
ocorre na presença do óleo,
que os insaturados. Como é possível que traços de resíduos Não indesejáveis
apresenta períodocomo de dos em óleos vegetais que
Revista Analytica Fevereiro/Março 2007 Nº27
• • 65
de oxigênio a altas estes óleos sãoosmuito
isômeros
Revista utili- trans e• Fevereiro/Março
Analytica monômeros cíclicos indução
2007de e• Nº27
naácidos
presença de luz e oxigênio, trans numa porcentagem superior a 5% possuem
graxos 65 alto teor de ácidos graxos po-
temperaturas (oxipo- zados na culinária
estejam e napresentes
in- (Esquema 1). Notransferem refino do energia óleo depara colza a formação de do total de ácidos graxos do óleo e uma liinsaturados (canola e soja, por exem-
limerização); dústria, tem-se exigido
(rico em ácidode erúcico, [22:1]), na fase peróxido. Sua principalsão
de desodorização contribuição à quantidade de monômeros cíclicos de plo) durante a estocagem, na presença
d) modificações pesquisadoresproduzidos
e técnicosisômeros trans numa porcentagem alteração dos óleos eagorduras
superior 5% está na ácidos graxos em torno de 650 mg/kg de traços de oxigênio. Isso resultará
físicas: modificações especializados, novos mé-
do total de ácidos graxos do óleo e uma quantidade de mo- mudança da configuração da insatura- de óleo, quando condições severas são também numa reversão do sabor do óleo
que ocorrem nas pro- todos analíticos capazes ção de cis para trans. usadas (5 a 6 horas a 250°C). O princi- pela formação de produtos voláteis, re-
nômeros cíclicos de ácidos graxos em torno de 650 mg/kg de
priedades físicas; de avaliar as condições de Contudo, nos óleos e gorduras de pal responsável pela formação destes sultantes do processo de degradação de
e) modificações processamento óleo, quando condições severas sãoorigem
e estoca- usadasvegetal,(5–6h os a 250°C).
isômeros trans estão monômeros é alta concentração do hidroperóxidos termolábeis em radicais
nutricionais: modifi- O principal
gem, sendo, portanto, de responsável pela formação praticamente ausentes.éExceto uma ácido linolênico e que sob aquecimento alcoxil (veja Esquema 2).
destes monômeros
cações nos aspectos fundamental alta concentração do ácido linolênico
importância e que sob
pequena aquecimento
quantidade residual que per- prolongado e por um período de tempo Por exemplo, a formação de hidro-
fisiológicos e nutricio- prolongado
o conhecimento da esta- e por um período de tempo longo,
manece durante sofre cicliza-
a fase de hidrogenação, longo, sofre ciclização por meio da rea- peróxidos e dienos conjugados, está
nais dos óleos; bilidade térmica
çãodos poróleosmeio da reação de Diels–Alder o que(24,35).
é inevitável. Em alguns produtos, ção de Diels-Alder. relacionada à baixa na concentração
f) modificações vegetais para um Os rigoroso
monômeros cíclicos são compostos como margarinas, resultantesporém, daforam encon- Os monômeros cíclicos são compos- de α-tocoferóis (um antioxidante
ADITIVOS & INGREDIENTES

ADITIVOS & INGREDIENTES


químicas, que podem ser de três tipos: se parte da dieta, exigindo-se óleos de controle de qualidade. Segundooxidação a Ger- dos óleos vegetais e fazem tradosparte valores dosde resíduos
ácidos trans excessi- tos resultantes da oxidação dos óleos natural). Logo, a formação de hidro-
hidrólise dos triacilgliceróis, que resulta boa qualidade no preparo dos alimentos (DGF), por Os monômeros mais vamente
man Society for Fat Researchnão-voláteis. comuns provêm (~25%).
elevados de áci- Durante o vegetais e fazem parte dos resíduos peróxidos e dienos conjugados, alvos
na liberação de ácidos graxos, glicerina, e que permaneçam estáveis por longos exemplo, o óleo de fritura é considerado refino do óleo, é possível que traços de não-voláteis. Os monômeros mais co- fáceis de ataques por radicais livres,
dos graxos com 18 carbonos, poliinsaturados, que ciclizam e
mono e diglicerídeos; oxidação, que períodos de tempo. deteriorado se a acidez estiver acima de resíduos indesejáveis, como os isômeros muns provêm de ácidos graxos com 18 formados sob altas temperaturas,
sofrem uma dupla substituição no anel (27). A formação de
ocorre nos ácidos graxos com ligações Durante o aquecimento do óleo no 1%. Um dos principais fatores que deter- trans e monômeros cíclicos de ácidos carbonos, poliinsaturados, que ciclizam deterioram o óleo, tornando-o impró-
duplas; e polimerização, com extensa processo de fritura, uma complexa série minam à estabilidade de uma monômeros
substância cíclicos é mais pronunciada graxos, nos estejamaquecimentos
presentes (veja esque-
Onde: LH = ácidoe sofrem
graxo; L uma • = radialdupla
de ácidosubstituição
graxo. no prio para o consumo.
condensação de monômeros de ácidos de reações produz numerosos compos- intermitentes
é a sua estrutura molecular. Nos óleos dos óleos vegetais. Dependendo
ma 1). No refinocondições
das do óleo de colza Fonte:(rico anel.Bessler,
Meltzer; Frankel; A formação
et al., 1981;de monômeros
Solomons, cíclicos
1996 (27,35) Dentre os fatores que influenciam as
graxos poliinsaturados a altas tempera- tos de degradação. Com o decorrer vegetais, as insaturações presentes na em ácido erúcico, [22:1]), na fase de é mais pronunciada nos aquecimentos alterações que surgem nos óleos duran-
turas por períodos prolongados. das reações, as qualidades funcionais, cadeia carbônica são um Revistaalvo de Analytica
ata- • Fevereiro/Março 2007 • Nº27
desodorização são produzidos isômeros intermitentes dos óleos vegetais. De- te a fritura, 65
alguns têm maior influência:

8 9
sua deterioração; O aquecimento intermitente, sob a ação do oxigênio at-
suad)deterioração;
efeito da adição de óleo fresco: ao se colocar óleo O aquecimento
mosférico intermitente,
acelera sob a ação do
muito o mecanismo de oxigênio at- dos
deterioração
ÓLEOS VEGETAIS
d)fresco
efeito sobre
da adição de óleo fresco: acelera
ao se colocar óleo mosférico
o óleo de fritura, sua decompo- óleos eacelera muito
gorduras, o mecanismo
pela de deterioração
ação da hidrólise, oxidação dos
e termo-
fresco
siçãosobre o óleo de fritura, acelera sua decompo-
(19, 38). óleos e gorduras, pela ação da hidrólise, oxidação e termo-
oxidação.
sição (19, 38). oxidação.

Esquema 2. Produtos da termo-oxidação


ESQUEMA 2do– ácido linoléico (18:
PRODUTOS DA2)TERMO-OXIDAÇÃO
(9,12) DO ÁCIDO LINOLÉICO
Esquema 2. Produtos da termo-oxidação do ácido linoléico (18: 2) (9,12)

1 =1 2,4–decadienal; 2 =2ácido
= 2,4–decadienal; octanóico;
= ácido 3 = 32,4-nonadienal;
octanóico; 4 = 3–nonenal;
= 2,4-nonadienal; 5= heptanal;
4 = 3–nonenal; 6 = 2–
5= heptanal; 6=heptanona; 7 = ácido
2– heptanona; 7 = heptanóico; 8 = 2–8heptenal.
ácido heptanóico; = 2– heptenal.
Fonte: Kesler;
Fonte: Kriska;
Kesler; Németh,
Kriska; 2000
Németh, (21)(21)
2000

em
66 temperaturas superiores a 200°C irritável até à doença hepática crônica.
Revista do um poderoso
Analytica estimulante
• Fevereiro/Março laxativo,
2007 • Nº27
66 Revista Analytica • Fevereiro/Março 2007 • Nº27
há decomposição máxima dos óleos; a Da mesma forma, há muito tempo se enquanto que o ácido gama-linoléico é
formação de peróxidos durante o aque- sabe que as propriedades de muitos responsável pelos principais benefícios
cimento e sua decomposição durante o ácidos graxos e outros componentes atribuídos ao óleo de onagra, utilizado
ciclo de resfriamento produzem muitos dos óleos vegetais aportam benefícios para tratar dores no peito e eczemas
radicais livres e, por conseguinte, severa para a saúde. atópicos.
deterioração dos óleos; quanto maior O número de ingredientes ativos Os fitoesteróis são encontrados nos
a superfície de contato do óleo com o identificados, até então, nas sementes óleos vegetais, nomeadamente a partir
ar, maior será a sua deterioração; e ao de oleaginosas é impressionante. Mui- dos óleos de gérmen. Atualmente, os
se colocar óleo fresco sobre o óleo de tos desses componentes encontram- níveis de fitoesteróis naturalmente
fritura, acelera sua decomposição. se nos produtos finais - os óleos -, encontrados em muitos óleos vegetais
enquanto outros podem ser parcial (óleo de milho: 968mg/100g, óleo de
Os óleos vegetais ou totalmente eliminados durante o gérmen de trigo: 553mg/100g, e azeite:
processo de refinação. 221mg/100g) podem também contri-
e os benefícios à A vitamina E é um poderoso antioxi- buir significativamente para a diminui-
saúde dante, sendo que os óleos vegetais são ção dos níveis de colesterol sangüíneo.
ADITIVOS & INGREDIENTES

uma importante fonte alimentar desta Existem muitos outros ingredientes


Pesquisas revelaram que muitos dos vitamina. Cada ácido graxo também benéficos que podem ser extraídos e
componentes encontrados naturalmen- apresenta propriedades específicas. O concentrados a partir do processo de
te nos óleos vegetais têm propriedades ácido linoléico é o ácido graxo poliinsa- refinação de subprodutos, tais como
benéficas para a saúde. Está provado turado com propriedades hipocolestero- os betacarotenos, vitamina K, fosfati-
que, uma vez isolados e concentrados, lêmicas, sendo que o ácido alfa-linoléico dilcolina, utilizada no tratamento de
alguns destes ingredientes ativos podem também se encontra relacionado com a doenças hepáticas, e a fosfatidilserina,
ser utilizados para tratar uma série de saúde cardíaca. O ácido ricinoléico é um utilizada na prevenção do envelheci-
doenças, desde a síndrome do cólon ingrediente ativo do óleo de rícino, sen- mento cerebral.

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