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LARANJA
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Para produzir uma boa aguardente qualquer fruta que tenha elevado teor de açúcar
pode usada como matéria prima na produção, sendo que esta terá o sabor característico
da fruta utilizada (CORAZZA et al, 2000).
A legislação define como aguardente, a bebida com teor alcoólico de 38 a 54% em
volume, a 20°C, obtida do rebaixamento do teor alcoólico do destilado alcoólico simples
ou pela destilação do mosto fermentado, que pode ser obtida a partir de diversas
matérias primas vegetais (BRASIL, 2009).
No interior do país, o processo de produção das aguardentes é determinado pela
sazonalidade da produção da cana-de-açúcar. Neste intervalo, os alambiques se tornam
improdutivos, ocorrendo assim a interrupção da produção. Uma opção viável para os
produtores que enfrentam esta dificuldade seria a inserção de outras matérias-primas
para produção do produto no período de entressafra da cana (BARACHO, 2011).
Como alternativa a cana de açúcar, a laranja mostra-se uma matéria prima abundante
para a produção de aguardente por ser de fácil produção em diferentes regiões e por
produzir o ano todo. Trazida para o Brasil pelos portugueses, a laranja se tornou uma
das frutas mais consumidas do país pelas suas ricas propriedades e valores nutricionais.
É uma fruta pouco calórica, possuindo aproximadamente 40 calorias por 100 gramas
(GURAK, 2010).
Considerando a importância desse fruto e sua ampla utilização comercial, este trabalho
propõe o desenvolvimento de um destilado, através da fermentação biológica de suco
de laranja concentrado, utilizando como agente fermentador a espécie Saccharomyces
cerevisiae, uma levedura muito empregada na indústria alimentícia e a avaliação da
cinética fermentativa.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Matéria prima
Como substrato para a fermentação foi utilizado 1 litro de suco de laranja concentrado,
em cada reator, da marca Prat’s, pasteurizado e sem conservantes.
Produção da aguardente
Inicialmente, verificou-se os graus Brix com um refratômetro de mão, obtendo-se o
valor de 9,5° Brix. Posteriormente efetuou-se a chaptalização, que consiste em adicionar
sacarose ao mosto para se obter uma bebida com uma graduação alcoólica dentro da
legislação brasileira (BRASIL, 2009). Após a adição de açúcar o mosto apresentou 28°
Brix.
Foram realizadas três fermentações em diferentes concentrações de inoculo. Foi
utilizado fermento comercial (Saccharomyces cerevisiae) da marca Fleichmann, sendo
que no primeiro fermentador utilizou-se a concentração de 10g/L, no fermentador 2 a
concentração foi de 20g/L e no terceiro fermentador foi utilizado a concentração de
30g/L. A levedura foi dissolvida com o próprio suco a 32°C em um recipiente separado,
sendo em seguida adicionado nos reatores com agitação, momento que foi retirada as
primeiras amostras com auxílio de uma seringa de 25mL.
Manteve-se agitação manual por meia hora para oxigenar o meio e ganhar biomassa,
posteriormente foram colocadas as válvulas para proceder a fermentação anaeróbia. Os
reatores foram cobertos com papel alumínio para manter a temperatura em torno de
30°C, evitando a entrada de luz.
Após 22 horas de fermentação, retirou-se a segunda amostra de cada reator e depois
de 33 horas foi verificado que a fermentação cessou, pois não estava formando mais o
CO2. Em seguida procedeu-se a destilação das amostras.
Procedimentos analíticos
As análises de caracterização do destilado de suco de laranja foram efetuadas para
avaliar a qualidade da aguardente, segundo os Métodos Oficiais de Análises para
Destilados Alcoólicos, Retificados e Alcoólicos por Mistura, segundo o Decreto 2314, de
04/09/1997. Artigo 91 (BRASIL, 1997).
A determinação do teor alcoólico foi feita por microdestilação a densidade relativa a
20°C/20ºC com picnômetro. A determinação de massa seca total foi feita por
centrifugação e secagem dos sólidos. O teor de sólidos solúveis (Brix) foi feito com
refratômetro de mão (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2005).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS