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Banco da Amazônia S.A.

BASA Técnico Bancário


Edital Nº 01/2018- Banco da Amazônia S.A., de 26 de Fevereiro de 2018

FV091-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Banco da Amazônia S.A. - BASA

Cargo: Técnico Bancário

(Baseado no Edital Nº 01/2018- Banco da Amazônia S.A., de 26 de Fevereiro de 2018)

• Língua Portuguesa
• Matemática
• Legislação I
• Atualidades
• Noções de Informática
• Atendimento (Focado em Vendas)
• Conhecimentos Específicos

Autora
Silvana Guimarães

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis

Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1 - Compreensão do texto. ............................................................................................................................................................................................83


2 - Ortografia oficial...........................................................................................................................................................................................................44
2.1 - Emprego das letras. ..........................................................................................................................................................................................44
2.2 - Emprego da acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................47
3 - Tempos e modos verbais..........................................................................................................................................................................................07
4 - Colocação e emprego dos pronomes.................................................................................................................................................................07
5 - Coordenação e subordinação. ..............................................................................................................................................................................63
6 - Pontuação. ......................................................................................................................................................................................................................50
7 - Concordância verbal e nominal. ...........................................................................................................................................................................52
8 - Regência verbal e nominal. .....................................................................................................................................................................................58
8.1 - Emprego do sinal indicativo de crase........................................................................................................................................................71
9 - Redação oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). ..............................................................................91
9.1 - Adequação da linguagem ao tipo de documento...............................................................................................................................91

Matemática

1 - Números inteiros, racionais e reais.......................................................................................................................................................................01


2 - Sistema legal de medidas. .......................................................................................................................................................................................19
3 - Razões e proporções..................................................................................................................................................................................................11
4 - Divisão proporcional. .................................................................................................................................................................................................11
5 - Regras de três simples e compostas. .................................................................................................................................................................15
6 - Percentagens. ................................................................................................................................................................................................................74
7 - Equações e inequações de 1.º e de 2.º graus. ................................................................................................................................................23
8 – Sistemas de equações do 1º grau. ......................................................................................................................................................................23
9 - Funções e gráficos. .....................................................................................................................................................................................................29
10 - Progressões aritméticas e geométricas. .........................................................................................................................................................70
11 - Funções exponenciais e logarítmicas. .............................................................................................................................................................29
12 - Juros simples e compostos: capitalização e descontos. ..........................................................................................................................77
13 - Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente. ............................................................................80
14 - Rendas uniformes e variáveis. .............................................................................................................................................................................95
15 - Planos de amortização de empréstimos e financiamentos. ..................................................................................................................95
16 - Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento. ................................96
17 - Avaliação de alternativas de investimento. ................................................................................................................................................ 105
18 - Taxas de retorno, taxa interna de retorno. .....................................................................................................................................................80
19 - Análise e interpretação de tabelas e gráficos estatísticos. .....................................................................................................................37
20 - Variância, desvio padrão, média, mediana e moda....................................................................................................................................41

Legislação I

1 - Estatuto Social do Banco da Amazônia;.................................................................................................................................................... 01


2 - Código de Ética do Banco da Amazônia.................................................................................................................................................. 19
3 - Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, e suas alterações............................................................................................................ 23

Atualidades

I: Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade,
educação, saúde, arte e cultura, tecnologia, energia, conjuntura geopolítica, desenvolvimento sustentável e ecologia,
nos contextos nacional e internacional, suas inter-relações e suas vinculações históricas......................................................... 01
SUMÁRIO

Noções de Informática

1 - Sistema operacional (ambientes Linux, Windows 10). ....................................................................................................................... 01


1.1 - Definições. .................................................................................................................................................................................................. 01
1.2 - Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................... 23
2 - Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e Libre Office). ................................................. 30
3 - Redes de computadores. .............................................................................................................................................................................160
3.1 - Conceitos de protocolos de comunicação, TCP/IP, tipos e topologias de redes, Internet e Intranet. ..................160
3.2 –Ameaças e procedimentos e mecanismos de proteção. ........................................................................................................160
3.3 Malware ........................................................................................................................................................................................................160
3.4 - Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.). .....................................................................................160
4. Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares) ...........................180
5. - Programas de correio eletrônico (Microsoft Outlook e similares). ............................................................................................215
6. Procedimentos de backup. ...........................................................................................................................................................................226
7. Armazenamento de dados na nuvem........................................................................................................................................................228

Atendimento (Focado em Vendas)

1- Marketing em empresas de serviços; ........................................................................................................................................................ 01


2 - Satisfação e retenção de clientes; .............................................................................................................................................................. 03
3 - Valor percebido pelo cliente; ....................................................................................................................................................................... 04
4 - Telemarketing; .................................................................................................................................................................................................... 05
5 - Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico; .............................. 07
6 - Interação entre vendedor e cliente; ........................................................................................................................................................... 11
7 - Qualidade no atendimento a clientes; ..................................................................................................................................................... 22
8 - Resolução CMN nº 4.433, de 23/07/15, que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente
organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil........................................................................................................................................................................................................ 36

Conhecimentos Específicos

1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional............................................................................................................................................... 01


1.1 - Conselho Monetário Nacional............................................................................................................................................................. 01
1.2 - Banco Central do Brasil.......................................................................................................................................................................... 01
1.3 - Comissão de Valores Mobiliários........................................................................................................................................................ 01
1.4 - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional........................................................................................................... 01
1.5 - Bancos comerciais.................................................................................................................................................................................... 01
1.6 - Caixa Econômica Federal....................................................................................................................................................................... 01
1.7 - Cooperativas de crédito. ....................................................................................................................................................................... 01
1.8 - Bancos de investimento......................................................................................................................................................................... 01
1.9 - Bancos de desenvolvimento................................................................................................................................................................. 01
1.10 - Sociedades de crédito, financiamento e investimento (Financeiras)................................................................................. 01
1.11 - Sociedades de arrendamento mercantil....................................................................................................................................... 01
1.12 - Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários........................................................................................................... 01
1.13 - Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários.................................................................................................... 01
1.14 - BM&FBOVESPA....................................................................................................................................................................................... 01
1.15 - Sistema especial de liquidação e custódia (SELIC).................................................................................................................... 01
1.16 - CETIP S.A.................................................................................................................................................................................................... 01
1.17 - Sociedades de crédito imobiliário................................................................................................................................................... 01
1.18 - Associações de poupança e empréstimo..................................................................................................................................... 01
2 - Sociedades de fomento mercantil (factoring) e sociedades administradoras de cartões de crédito.............................. 16
SUMÁRIO

3 - Produtos e serviços financeiros.................................................................................................................................................................... 22


3.1 - Depósitos à vista, depósitos a prazo (CDB e RDB) e letras de câmbio................................................................................ 22
3.2 - Cobrança e pagamento de títulos e carnês.................................................................................................................................... 24
3.3 - Transferências automáticas de fundos............................................................................................................................................. 25
3.4 – Commercialpapers................................................................................................................................................................................... 25
3.5 - Arrecadação de tributos e tarifas públicas..................................................................................................................................... 26
3.6 - Home/office banking, remote banking............................................................................................................................................ 26
3.7 - Corporate finance..................................................................................................................................................................................... 26
3.8 - Fundos mútuos de investimento........................................................................................................................................................ 27
3.9 - Hot money................................................................................................................................................................................................... 27
3.10 - Contas garantidas.................................................................................................................................................................................. 30
3.11 - Crédito rotativo....................................................................................................................................................................................... 31
3.12 Descontos de títulos................................................................................................................................................................................ 32
3.13 - Financiamento de capital de giro.................................................................................................................................................... 32
3.14 - Vendorfinance/comprorfinance........................................................................................................................................................ 34
3.15 - Leasing (tipos, funcionamento, bens)............................................................................................................................................ 36
3.16 - Financiamento de capital fixo............................................................................................................................................................ 38
3.17 - Crédito direto ao consumidor........................................................................................................................................................... 39
3.18 - Crédito rural............................................................................................................................................................................................. 39
3.19 - Cadernetas de poupança.................................................................................................................................................................... 39
3.20 - Financiamento à importação e à exportação: repasses de recursos do BNDES........................................................... 40
3.21 - Cartões de crédito.................................................................................................................................................................................. 41
3.22 - Títulos de capitalização........................................................................................................................................................................ 42
3.23 - Planos de aposentadoria e pensão privados............................................................................................................................... 44
3.24 -Planos de seguros................................................................................................................................................................................... 45
4 - Mercado de capitais......................................................................................................................................................................................... 45
4.1 - Ações: características e direitos........................................................................................................................................................... 47
4.2 - Debêntures.................................................................................................................................................................................................. 48
4.3 - Diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas.............................................................................................. 48
4.4 - Operações de underwriting.................................................................................................................................................................. 49
4.5 - Funcionamento do mercado à vista de ações............................................................................................................................... 50
4.6 - Mercado de balcão.................................................................................................................................................................................. 51
4.7 - Operações com ouro............................................................................................................................................................................... 52
5 - Mercado de câmbio.......................................................................................................................................................................................... 53
5.1 - Instituições autorizadas a operar........................................................................................................................................................ 53
5.2 - Operações básicas.................................................................................................................................................................................... 53
5.3 - Contratos de câmbio: características................................................................................................................................................ 53
5.4 - Taxas de câmbio........................................................................................................................................................................................ 53
5.5 - Remessas...................................................................................................................................................................................................... 53
5.6 - SISCOMEX.................................................................................................................................................................................................... 53
6 - Operações com derivativos: características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções,
do mercado futuro e das operações de swap............................................................................................................................................... 56
7 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval, fiança, penhor mercantil, alienação fiduciária, hipoteca, fianças ban-
cárias, fundo garantidor de crédito (FGC)....................................................................................................................................................... 57
8 - Crime de lavagem de dinheiro..................................................................................................................................................................... 65
8.1 - Conceito e etapas..................................................................................................................................................................................... 65
8.2 - Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro. ........................................................................................................ 65
8.2.1. Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações................................................................................................................................................ 65
8.2.2 - Carta Circular Bacen 3.409/2009..................................................................................................................................................... 74
8.2.3 - Circular Bacen 3.461/2009................................................................................................................................................................. 74
8.2.4 - Carta Circular Bacen 3.542/2012..................................................................................................................................................... 74
SUMÁRIO

9 - Técnicas de vendas:........................................................................................................................................................................................... 75
9.1 - Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos;.................................................................... 75
9.2 - análise do mercado, metas................................................................................................................................................................... 75
9.3 - Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros o setor bancário: planejamento, técnicas;........................ 75
9.4 - motivação para vendas;.......................................................................................................................................................................... 75
9.5 - Produto, Preço, Praça, Promoção;...................................................................................................................................................... 84
9.6 - Vantagem competitiva;........................................................................................................................................................................... 85
9.7 - Como lidar com a concorrência;......................................................................................................................................................... 86
9.8 - Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários........... 90
9.9 - Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................ 90
9.10 - Noções de Marketing de Relacionamento................................................................................................................................... 91
9.11 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada).............................................. 92
LÍNGUA PORTUGUESA

Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA

PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO

Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp

LETRA E FONEMA

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.

- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi

- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.


Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 7 12 3 45 6

Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: ga lho


1 2 3 4 12345

- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

- A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.


Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
1 2 3 1234

Classificação dos Fonemas


Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entrea- 1) Ditongo


berta. As vogais podem ser:
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-
- Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
/o/, /u/. - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal:
sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
- Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na- - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivo-
sais. gal: pai (a = vogal, i = semivogal)
/ã/: fã, canto, tampa - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
/ ẽ /: dente, tempero - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-
/ ĩ/: lindo, mim sais: mãe
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum 2) Tritongo

- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).

2) Semivogais Encontros Consonantais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.

3) Consoantes Dígrafos

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.

Encontros Vocálicos Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo-


ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas
semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante para representar um único fonema (di = dois + grafo = le-
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em tra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos
sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o triton- que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos:
go e o hiato. consonantais e vocálicos.

2
LÍNGUA PORTUGUESA

Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos


lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção

Dígrafos Vocálicos

Registram-se na representação das vogais nasais:

Fonemas Letras Exemplos


/ã/ am tampa
an canto
/ẽ/ em templo
en lenda
/ĩ/ im limpo
in lindo
õ/ om tombo
on tonto
/ũ/ um chumbo
un corcunda

* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).

Dífonos

Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.

cant-á-va-mos: Palavras simples: aquelas que possuem um só radical:


cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência mo- azeite, cavalo.
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicati-
vo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primei- Palavras compostas: aquelas que possuem mais de
ra pessoa do plural) um radical: couve-flor, planalto.
* As palavras compostas podem ou não ter seus ele-
cant-á-sse-is: mentos ligados por hífen.
cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência mo-
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjunti- Processos de Formação de Palavras
vo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
pessoa do plural) Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-
ção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a derivação,
Vogal temática a composição, a onomatopeia, a abreviação e o hibridismo.
Entre o radical cant- e as desinências verbais, surge Derivação por Acréscimo de Afixos
sempre o morfema –a. Este morfema, que liga o radical
às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-
é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri-
tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as de- vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
sinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vo-
gais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática indica
Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
as conjugações: -a (da 1.ª conjugação = cantar), -e (da 2.ª
acréscimo de prefixo.
conjugação = escrever) e –i (3.ªconjugação = partir).
In feliz des leal
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando
Prefixo radical prefixo radical
átonas finais, como em mesa, artista, perda, escola, base,
combate. Nestes casos, não poderíamos pensar que essas
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
mesa e escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. acréscimo de sufixo.
A estas vogais temáticas se liga a desinência indicadora
de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados Feliz mente leal dade
em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não Radical sufixo radical sufixo
apresentam vogal temática.
Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que ca- simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese formam-
racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de se principalmente verbos.
conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a per-
tencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática En trist ecer
é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal Prefixo radical sufixo
temática -i pertencem à terceira conjugação.
Em tard ecer
Interfixos prefixo radical sufixo

São os elementos (vogais ou consoantes) que se in- Outros Tipos de Derivação


tercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar ou mes-
mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por Há dois casos em que a palavra derivada é formada
exemplo: sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação
Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro. regressiva e a derivação imprópria.
Consoantes: cafezal, sonolento, friorento.
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por re-
Formação das Palavras dução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
de substantivos derivados de verbos.
Há em Português palavras primitivas, palavras deriva- janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca
das, palavras simples, palavras compostas. (substantivo) – deriva de pescar (verbo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é ob- Fontes de pesquisa:


tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri-
mitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somente http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-
na classe gramatical. formacao-de-palavras-i.htm
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo “porquê” SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
deriva da conjunção porque) coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
do verbo olhar). ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
** Dica: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
palavra e geralmente transforma verbos em substantivos: ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
caça = deriva de caçar, saque = deriva de sacar.
A derivação imprópria não “mexe” com a palavra,
apenas faz com que ela pertença a uma classe gramatical Questões sobre Estrutura das Palavras
“imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira-
mente faz parte. A alteração acontece devido à presença de 1-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊN-
outros termos, como artigos, por exemplo: CIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é for-
O verde das matas! (o adjetivo “verde” passou a fun- mada pelo seguinte processo:
cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”) A) sufixação
Composição B) prefixação
C) parassíntese
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais D) justaposição
radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de E) aglutinação
composição: justaposição e aglutinação.
1-) Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um
Justaposição: ocorre quando os elementos que for- prefixo com um radical, portanto: derivação prefixal (ou
mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos-
prefixação).
tos: para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira,
girassol.
RESPOSTA: “B”.
Composição por aglutinação: ocorre quando os ele-
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me-
2-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG –
nos um deles perde sua integridade sonora: aguardente
AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014)
(água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna +
alta), vinagre (vinho + acre). O vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, é
um exemplo de:
Outros processos de formação de palavras: a) palavra composta
b) palavra primitiva
Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir c) palavra derivada
certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom. d) neologismo

Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

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LÍNGUA PORTUGUESA

de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.

* Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

Número dos Adjetivos

Plural dos adjetivos simples

Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.

Veja outros exemplos:


Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Composto Observe que:


a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas pectivamente.
o último elemento concorda com o substantivo a que se b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande
invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, e mais pequeno. Por exemplo:
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- mentos.
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará duas qualidades de um mesmo elemento.
invariável. Veja:
Camisas rosa-claro. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Infe-
Ternos rosa-claro.
rioridade
Olhos verde-claros.
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Superlativo
* Observação:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre in- vado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo e
variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos apresenta as seguintes modalidades:
cor-de-rosa. Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
mentos flexionados: crianças surdas-mudas. senta-se nas formas:
1-) Analítica: a intensificação é feita com o auxílio
Grau do Adjetivo de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten- 2-) Sintética: nesta, há o acréscimo de sufixos. Por
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
o comparativo e o superlativo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Comparativo
benéfico - beneficentíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais características bom - boníssimo ou ótimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igual- comum - comuníssimo
dade, de superioridade ou de inferioridade.
cruel - crudelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade difícil - dificílimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da doce - dulcíssimo
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão. fácil - facílimo
fiel - fidelíssimo
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
No comparativo de superioridade analítico, entre os um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- Essa relação pode ser:
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do 1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
que” ou “mais...que”.
todas.
2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
todas.
rioridade Sintético

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de * Note bem:


superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, an-
grande/maior, baixo/inferior. tepostos ao adjetivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)

Advérbio Classificação dos Advérbios

Compare estes exemplos: De acordo com a circunstância que exprime, o advér-


bio pode ser de:
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
O ônibus chegou.
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
O ônibus chegou ontem.
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,
afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sen-
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à es-
tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo,
querda, ao lado, em volta.
de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
advérbio. amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio fim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
(bem) imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessiva-
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adje- mente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de
tivo (claros) vez em quando, de quando em quando, a qualquer momen-
to, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa,
tar ideia de: acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
Tempo: Ela chegou tarde. toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse
Lugar: Ele mora aqui. modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
Modo: Eles agiram mal. a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em
Negação: Ela não saiu de casa. “-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa-
Dúvida: Talvez ele volte. cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen-
te, bondosamente, generosamente.
Flexão do Advérbio Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti-
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
porém, admitem a variação em grau. Observe: Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Grau Comparativo Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as-
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo,
que o comparativo do adjetivo: de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran-
- de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re- demente, bem (quando aplicado a propriedades graduá-
nato fala tão alto quanto João. veis).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen- Locução Adverbial


te, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o
vento apenas move a copa das árvores. Quando há duas ou mais palavras que exercem função
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
adolescência. mente por uma preposição. Veja:
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus dentro, por aqui, etc.
amigos por comparecerem à festa. afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
* Saiba que: geral, frente a frente, etc.
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei em dia, nunca mais, etc.
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
tarde possível. * Observações:
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, - tanto a locução adverbial como o advérbio modifi-
em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
respondeu calma e respeitosamente. Chegou muito cedo. (advérbio)
Joana é muito bela. (adjetivo)
Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido De repente correram para a rua. (verbo)

Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.

* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.

* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do Fontes de pesquisa:


numeral “ambos”: http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso Saraiva, 2010.
do artigo, outros não: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCO-
NI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed.
* Quando indicado no singular, o artigo definido pode Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
indicar toda uma espécie: Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho dignifica o homem. ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
* No caso de nomes próprios personativos, denotando
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso Conjunção
do artigo:
Marcela é a mais extrovertida das irmãs. Além da preposição, há outra palavra também invariá-
O Pedro é o xodó da família. vel que, na frase, é usada como elemento de ligação: a con-
junção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras
* No caso de os nomes próprios personativos estarem de mesma função em uma oração:
no plural, são determinados pelo uso do artigo: O concurso será realizado nas cidades de Campinas e
Os Maias, os Incas, Os Astecas... São Paulo.
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.
* Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to-
do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele Morfossintaxe da Conjunção
(o artigo), o pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
dos. (qualquer classe)
Classificação da Conjunção
* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
facultativo: De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
Preparei o meu curso. Preparei meu curso. conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
* A utilização do artigo indefinido pode indicar uma pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-
ideia de aproximação numérica: lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo
caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de-
* O artigo também é usado para substantivar palavras pende da existência do outro. Veja:
pertencentes a outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso. Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:
* Há casos em que o artigo definido não pode ser Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
usado:
- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
O professor visitará Roma. quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”.
Já em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Espero que eu seja aprovada no concurso! As conjunções subordinativas subdividem-se em inte-


Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a grantes e adverbiais:
segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-
cipal): 1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma elas introduzida completa ou integra o sentido da principal.
oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja,
a função de objeto direto do verbo da oração principal). as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta)
Conjunções Coordenativas
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
São aquelas que ligam orações de sentido completo exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acor-
e independente ou termos da oração que têm a mesma do com a circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da
função gramatical. Subdividem-se em:
ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não),
que, porquanto, já que, desde que, etc.
não só... mas também, não só... como também, bem como, Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
não só... mas ainda.
A sua pesquisa é clara e objetiva. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
Não só dança, mas também canta. ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex- bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,
pressando ideia de contraste ou compensação. São elas: etc.
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
obstante.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se que, a menos que, sem que, etc.
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con-
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é
clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
ela nos dá a ideia da condição para que recebamos um
que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por Não sei se farei o concurso...
isso, assim. Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto
ficou nervosa. direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. a oração em destaque exerce a função de objeto direto da
oração principal, sendo classificada como oração subordi-
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração nada substantiva objetiva direta.
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: d) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-
Não demore, que o filme já vai começar. me, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
Falei muito, pois não gosto do silêncio! O passeio ocorreu como havíamos planejado.

Conjunções Subordinativas e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fina-


lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
que, etc.
dependente da outra. A oração dependente, introduzida
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora-
ção subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado f) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
quando ela chegou. sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do
O baile já tinha começado: oração principal expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),
ela chegou: oração subordinada quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto
menos... (menos), etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”

O bom relacionamento entre as conjunções de um Psiu!


texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa- contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
rágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteú- nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!”
do. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios puxa: interjeição; tom da fala: euforia
e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se
pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o con- Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
junto das relações que garantem a coesão do enunciado. puxa: interjeição; tom da fala: decepção
O sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-
cimento do valor relacional das conjunções, uma vez que As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
estas interferem semanticamente no enunciado.
tristeza, dor, etc.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
Ah, deve ser muito interessante!
junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
b) Sintetizar uma frase apelativa.
são de circunstâncias fundamentais à condução da história, Cuidado! Saia da minha frente.
como as noções de tempo, finalidade, causa e consequên-
cia. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a li- As interjeições podem ser formadas por:
nha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
exposições e argumentações construídas por meio de con- b) palavras: Oba! Olá! Claro!
trastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!
concessivas. Ora bolas!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das Interjeições 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-


frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por
Comumente, as interjeições expressam sentido de: exemplo:
Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten- Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
ção! Olha! Alerta!
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau!
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Âni- quá!, etc.
mo! Adiante!
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! 5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamativo
Essa não! Chega! Basta! e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Deus! Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Desculpa: Perdão!
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! Fontes de pesquisa:
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê! php
Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! Pô! coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Ora! Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática
Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva! Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus! Numeral
Silêncio: Psiu! Silêncio!
Numeral é a palavra variável que indica quantidade
Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes-
soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determi-
* Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis,
nada sequência.
isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,
* Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando
cífico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não
se trata de um processo natural desta classe de palavra, a expressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. trata de numerais, mas sim de algarismos.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
Locução Interjetiva vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma dúzia, par, ambos(as), novena.
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! Classificação dos Numerais
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise - Cardinais: indicam quantidade exata ou determina-
dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha- da de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm
me Deus!, Quem me dera! sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé-
cada, bimestre.
* Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. - Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém ou
Por exemplo: alguma coisa ocupa numa determinada sequência: primei-
Ué! (= Eu não esperava por essa!) ro, segundo, centésimo, etc.
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.)
* Observação importante:
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes final e penúltimo também indicam posição dos seres, mas
gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exem- são classificadas como adjetivos, não ordinais.
plo:
Viva! Basta! (Verbos) - Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou
Fora! Francamente! (Advérbios) seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

* Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por


dois zeros, usa-se o “e”:
Seu salário será de mil e quinhentos reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

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LÍNGUA PORTUGUESA

fontes de pesquisa: Dicas sobre preposição


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.
php - O “a” pode funcionar como preposição, pronome
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a”
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- para determiná-lo como um substantivo singular e femi-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: nino.
Saraiva, 2010. A matéria que estudei é fácil!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
Preposição termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Preposição é uma palavra invariável que serve para Irei à festa sozinha.
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Entregamos a flor à professora!
normalmente há uma subordinação do segundo termo em *o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição.
relação ao primeiro. As preposições são muito importantes
na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
e possuem valores semânticos indispensáveis para a com- lugar e/ou a função de um substantivo.
preensão do texto. Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos.

Tipos de Preposição Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas


por meio das preposições:
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusi-
vamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, Destino = Irei a Salvador.
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, Modo = Saiu aos prantos.
Lugar = Sempre a seu lado.
atrás de, dentro de, para com.
Assunto = Falemos sobre futebol.
Tempo = Chegarei em instantes.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
Causa = Chorei de saudade.
gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, ex-
Instrumento = Escreveu a lápis.
ceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
Posse = Vi as roupas da mamãe.
Autoria = livro de Machado de Assis
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va-
Companhia = Estarei com ele amanhã.
lendo como uma preposição, sendo que a última palavra é Matéria = copo de cristal.
uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado Meio = passeio de barco.
de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, Origem = Nós somos do Nordeste.
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por Conteúdo = frascos de perfume.
causa de, por cima de, por trás de. Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a
outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gê- * Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-
nero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela. cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre-
positiva por trás de.
* Essa concordância não é característica da preposição,
mas das palavras às quais ela se une. Fontes de pesquisa:
Esse processo de junção de uma preposição com outra http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
palavra pode se dar a partir dos processos de: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
“o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocá- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
bulos não sofrem alteração. Saraiva, 2010.
2. Contração: união de uma preposição com outra pa- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de + ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = da- Pronome
quele, em + isso = nisso. Pronome é a palavra variável que substitui ou acom-
3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” prepo- panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma
sição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do forma.
pronome “aquilo”). O homem julga que é superior à natureza, por isso o
homem destrói a natureza...

18
LÍNGUA PORTUGUESA

Utilizando pronomes, teremos: Pronome Reto


O homem julga que é superior à natureza, por isso ele
a destrói... Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de termos ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
(homem e natureza).
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
Grande parte dos pronomes não possuem significados nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos gurado:
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 1.ª pessoa do singular: eu
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 2.ª pessoa do singular: tu
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 3.ª pessoa do singular: ele, ela
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 1.ª pessoa do plural: nós
- 2.ª pessoa do plural: vós
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
- 3.ª pessoa do plural: eles, elas
pessoa do discurso.
* Atenção: esses pronomes não costumam ser usa-
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. dos como complementos verbais na língua-padrão. Frases
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
fala] mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem me até aqui”.
se fala]
* Observação: frequentemente observamos a omissão
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- as próprias formas verbais marcam, através de suas desi-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência nências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto:
através do pronome seja coerente em termos de gênero Fizemos boa viagem. (Nós)
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome Oblíquo

Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

19
LÍNGUA PORTUGUESA

* Observações: - As preposições essenciais introduzem sempre prono-


- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome forma:
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não há mais nada entre mim e ti.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
diretos como objetos indiretos. Não há nenhuma acusação contra mim.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como Não vá sem mim.
objetos diretos.
* Atenção: Há construções em que a preposição, ape-
- Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com- sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu-
binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- zir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos,
mas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. pronome, deverá ser do caso reto.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Trouxeste o pacote? Não vá sem eu mandar.
Sim, entreguei-to ainda há pouco.
Não contaram a novidade a vocês? * A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
Não, no-la contaram. está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para
No Brasil, essas combinações não são usadas; até mes- mim!
mo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
* Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
especiais depois de certas terminações verbais.
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a
companhia.
terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
Ele carregava o documento consigo.
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
dizer + a = dizê-la
Ela veio até mim, mas nada falou.
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de)
- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome
assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: inclusão, usaremos as formas retas:
viram + o: viram-no Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu)
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
tem + as = tem-nas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
Pronome Oblíquo Tônico todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. notícias.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função Ele disse que iria com nós três.
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
forte. Pronome Reflexivo
Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:
- 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
- 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
- 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco expressa pelo verbo.
- 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Quadro dos pronomes reflexivos:
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas - 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me lembro disso.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As - 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. Conhece a ti mesmo.

20
LÍNGUA PORTUGUESA

- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. * Observações:


Guilherme já se preparou. * Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Ela deu a si um presente. tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em
Antônio conversou consigo mesmo. relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Se-
nhor Ministro, compareça a este encontro.
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio. ** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua
- 2.ª pessoa do plural (vós): vos. Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro-
Vós vos beneficiastes com esta conquista. priedade.

- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)

21
LÍNGUA PORTUGUESA

* Note que: A forma do possessivo depende da pessoa *Em relação ao tempo:


gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam - Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribui- relação à pessoa que fala:
ção naquele momento difícil. Esta manhã farei a prova do concurso!

* Observações: - Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-


- A forma “seu” não é um possessivo quando resultar rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, soa que fala:
seu José. Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!

- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta-


- Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo
se. Podem ter outros empregos, como:
remoto:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Naquele tempo, os professores eram valorizados.
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 *Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fala-
anos. rá ou escreverá):
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
tografia, concordância.
- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência - Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
trouxe sua mensagem? fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- mos!
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações. - Este e aquele são empregados quando se quer fa-
zer referência a termos já mencionados; aquele se refere
ao termo referido em primeiro lugar e este para o referido
- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
por último:
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
os passos. (= Vou seguir seus passos) Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Paulo],
- O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró- aquele [Palmeiras])
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para ou
que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos
lugares. Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Paulo],
Pronomes Demonstrativos aquele [Palmeiras])

São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.

22
LÍNGUA PORTUGUESA

- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)

23
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes Relativos - O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com


o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o conse-
São aqueles que representam nomes já mencionados quente (o ser possuído, com o qual concorda em gênero
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo”
as orações subordinadas adjetivas. equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de Existem pessoas cujas ações são nobres.
um grupo racial sobre outros. (antecedente) (consequente)
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros
= oração subordinada adjetiva). *interpretação do pronome “cujo” na frase acima: ações
das pessoas. É como se lêssemos “de trás para frente”. Ou-
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” tro exemplo:
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro)
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono- ** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro-
me demonstrativo o, a, os, as. nome:
Não sei o que você está querendo dizer. O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem se a)
expresso.
Quem casa, quer casa. - “Quanto” é pronome relativo quando tem por an-
tecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e
Observe: tudo:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os Emprestei tantos quantos foram necessários.
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, (antecedente)
quantas. Ele fez tudo quanto havia falado.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. (antecedente)

Note que: - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem-


- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, pre precedido de preposição.
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs- É um professor a quem muito devemos.
tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu (preposição)
antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) - “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
qual) casa onde morava foi assaltada.
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
quais) - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as ou em que.
quais) Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que lavras:
podem ter várias classificações) são pronomes relativos. To- - como (= pelo qual) – desde que precedida das pala-
dos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por vras modo, maneira ou forma:
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Não me parece correto o modo como você agiu semana
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual passada.
me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio - quando (= em que) – desde que tenha como antece-
de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou dente um nome que dê ideia de tempo:
encantado: o sítio ou minha tia?). Bons eram os tempos quando podíamos jogar videoga-
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas me.
dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-
se o qual / a qual) - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste es-
se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou porte.
de ser poeta, que era a sua vocação natural. = O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode -lugares: Alemanha, Portugal


ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de -sentimentos: amor, saudade
gente que conversava, (que) ria, observava. -estados: alegria, tristeza
-qualidades: honestidade, sinceridade...
Pronomes Interrogativos -ações: corrida, pescaria...

São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- Morfossintaxe do substantivo


retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo
quanto (e variações). do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou
Com quem andas?
indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcio-
Qual seu nome?
nar como núcleo do complemento nominal ou do aposto,
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou como
Sobre os pronomes: núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos
como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função verbiais - quando essas funções são desempenhadas por
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo grupos de palavras.
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. Classificação dos Substantivos
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
lhe ajudar. Substantivos Comuns e Próprios

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” Observe a definição:


exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce função Cidade: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas ca-
de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em
O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para oposição aos bairros).
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos comum.
de preposição. Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
eu estava fazendo. homem, mulher, país, cachorro.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim Estamos voando para Barcelona.
o que eu estava fazendo.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
Fontes de pesquisa: pécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – aquele
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42. que designa os seres de uma mesma espécie de forma par-
php ticular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Substantivos Concretos e Abstratos
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que
Saraiva, 2010. existe, independentemente de outros seres.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observação: os substantivos concretos designam se-
res do mundo real e do mundo imaginário.
Substantivo
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, Brasília.
as quais denominam todos os seres que existem, sejam Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenôme- ma.
nos, os substantivos também nomeiam:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que enxoval roupas


dependem de outros para se manifestarem ou existirem.
Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode falange soldados, anjos
ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes- fauna animais de uma região
soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser
feixe lenha, capim
para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um subs-
tantivo abstrato. flora vegetais de uma região
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- frota navios mercantes, ônibus
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
girândola fogos de artifício
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado),
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). horda bandidos, invasores
médicos, bois, credores,
Substantivos Coletivos junta
examinadores

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação dos Substantivos Substantivos Uniformes: apresentam uma única forma,


Substantivos Simples e Compostos que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
Classificam-se em:
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
terra. - Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo se
O substantivo chuva é formado por um único elemento faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fêmea”: a
ou radical. É um substantivo simples. cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
- Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a
Substantivo Simples: é aquele formado por um único pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a víti-
elemento. ma, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in-
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e a
colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
em ema ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sis-
tema, o sintoma, o teorema.
Substantivos Primitivos e Derivados
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ne- variam em seu significado:
nhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O subs- o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz)
tantivo limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se originou o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo)
a partir da palavra limão. o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- o coma (sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba)
tra palavra. o lente (professor) e a lente (vidro de aumento)
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; conclusão)
Flexão dos substantivos o praça (soldado raso) e a praça (área pública)
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
meninão / Diminutivo: menininho - aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Flexão de Gênero masculino: freguês - freguesa
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de- de três formas:
vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito 1- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram 2- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
a seres animais providos de sexo, quer designem apenas 3- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
“coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
* Exceções: barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão -
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
sultana
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos
que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja - Substantivos terminados em -or:
estes títulos de filmes: acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
O velho e o mar troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
Um Natal inesquecível
Os reis da praia - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
Uma cidade sem passado final por -a: elefante - elefanta
As tartarugas ninjas
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca

Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo

Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Substantivos Simples - Flexionam-se os dois elementos, quando formados


de:
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon feitos
- cânones. adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
em “ns”: homem - homens.
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu- formados de:
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e al-
to-falantes
* Atenção: O plural de caráter é caracteres.
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
cos
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul formados de:
e cônsules. substantivo + preposição clara + substantivo = água-
de-colônia e águas-de-colônia
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
duas maneiras: lo-vapor e cavalos-vapor
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis substantivo + substantivo que funciona como determi-
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do
termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-re-
Observação: a palavra réptil pode formar seu plural de lógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, peixe-espa-
duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). da - peixes-espada.

- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais

- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural o louva-a-deus e os louva-a-deus


de três maneiras.
o bem-te-vi e os bem-te-vis
1- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
2- substituindo o -ão por -ães: cão - cães o bem-me-quer e os bem-me-queres
3- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos o joão-ninguém e os joões-ninguém.

- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: Plural das Palavras Substantivadas


o látex - os látex.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
Plural dos Substantivos Compostos classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
- A formação do plural dos substantivos compostos Pese bem os prós e os contras.
depende da forma como são grafados, do tipo de palavras O aluno errou na prova dos noves.
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, gi- * Observação: numerais substantivados terminados
rassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmeque- em “s” ou “z” não variam no plural: Nas provas mensais con-
res. segui muitos seis e alguns dez.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Diminutivos Singular Plural


Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final Corpo (ô) corpos (ó)
e acrescenta-se o sufixo diminutivo. esforço esforços
fogo fogos
pãe(s) + zinhos = pãezinhos forno fornos
animai(s) + zinhos = animaizinhos fosso fossos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
imposto impostos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
olho olhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
osso (ô) ossos (ó)
tren(s) + zinhos = trenzinhos
ovo ovos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
poço poços
flore(s) + zinhas = florezinhas porto portos
mão(s) + zinhas = mãozinhas posto postos
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
tijolo tijolos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos * Observação: distinga-se molho (ô) = caldo (molho
pé(s) + zinhos = pezinhos de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
pé(s) + zitos = pezitos
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
Plural dos Nomes Próprios Personativos
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
sempre que a terminação preste-se à flexão. - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
Os Napoleões também são derrotados. - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
As Raquéis e Esteres. singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
bom nome) e honras (homenagem, títulos).
Plural dos Substantivos Estrangeiros - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
com sentido de plural:
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- Aqui morreu muito negro.
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. improvisadas.

Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- Flexão de Grau do Substantivo


do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
quiens. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:

Observe o exemplo: - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-


Este jogador faz gols toda vez que joga. do normal. Por exemplo: casa
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
Plural com Mudança de Timbre
do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
Certos substantivos formam o plural com mudança de
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
cador de aumento. Por exemplo: casarão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho Classificação dos Verbos


do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo Classificam-se em:
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- - Regulares: são aqueles que apresentam o radical
cador de diminuição. Por exemplo: casinha. inalterado durante a conjugação e desinências idênticas às
de todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por
Fontes de pesquisa: exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conju-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php gados no presente do Modo Indicativo:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- canto falo
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: cantas falas
Saraiva, 2010.
canta falas
Verbo cantamos falamos
cantais falais
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, núme-
ro, tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o cantam falam
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre * Dica: Observe que, retirando os radicais, as desi-
outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno nências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se
(choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer). idênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se
repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira conju-
Estrutura das Formas Verbais gação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo.
Substitua o radical “cant” e coloque o “and” (radical do ver-
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar bo andar). Viu? Fácil!
os seguintes elementos:
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa- - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. ções no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse.
(radical fal-) * Observação: alguns verbos sofrem alteração no ra-
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que in- dical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o caso
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: de: corrigir/corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo.
fala-r. São três as conjugações: Tais alterações não caracterizam irregularidade, porque o
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática - fonema permanece inalterado.
E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
gação completa. Os principais são adequar, precaver, com-
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
/ falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo) putar, reaver, abolir, falir.
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número (sin- - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, nor-
gular ou plural): malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam (in- principais verbos impessoais são:
dica a 3.ª pessoa do plural.)
* haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-
* Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados se ou fazer (em orações temporais).
(compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação, pois a Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Exis-
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar tiam)
de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
formas do verbo: põe, pões, põem, etc. Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
* fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Faz invernos rigorosos na Europa.
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- Era primavera quando o conheci.
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento Estava frio naquele dia.
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):
opinei, aprenderão, amaríamos.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

* São impessoais, ainda:


- o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.

- os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição “de”, indicando suficiência:


Basta de tolices.
Chega de promessas.

- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.

- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?

- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).

* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?

Principais verbos unipessoais:

1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

* Observação: todos os sujeitos apontados são oracionais.

- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso

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LÍNGUA PORTUGUESA

Eleger Elegido Eleito


Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Modo Subjuntivo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo


Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.doPreté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

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LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres

haver

havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:

1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.

* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular

Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.


Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!

Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.

* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!

Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.

3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.

(Ziraldo)

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. Tempos do Modo Indicativo


- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

2. Tempos do Modo Subjuntivo


- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.

Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Modo Indicativo

Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

39
LÍNGUA PORTUGUESA

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).

- o verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

41
LÍNGUA PORTUGUESA

fontes de pesquisa: 3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. – VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir.
php Já __________ alguns anos que estudos a respeito da
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- utilização abusiva dos smartphones estão sendo desen-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. volvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- associar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: prolongado desses aparelhos, e _________ alertado os pais
Saraiva, 2010. para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- seus filhos.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, com:
Questões sobre Verbo (A) faz … haver … têm
(B) fazem … haver … tem
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – (C) faz … haverem … têm
2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é: (D) fazem … haverem … têm
A) Houveram eleições em outros países este ano. (E) faz … haverem … tem
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos. 3-) Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns
D) Fazem três anos que não tiro férias. anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos
E) Esse homem possue muitos bens. smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas
acreditam HAVER (sentido de existir: não varia) motivos
1-) Correções à frente: para associar alguns comportamentos dos adolescentes ao
A) Houveram eleições em outros países este ano = uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o
houve termo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliem
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos.
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos Temos: faz, haver, têm.
RESPOSTA: “A”.
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.
Vozes do Verbo
2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e
ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con-
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
cordância.
que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque
as vozes verbais:
surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - preté-
rito perfeito do indicativo) - Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos ação expressa pelo verbo:
postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do
indicativo) Ele fez o tra-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na balho.
composição da chapa quando se _________ de criticar a sujeito agente ação objeto
atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) (paciente)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiverem - Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a
B-) interviu - entretiveram - absterem ação expressa pelo verbo:
C-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiverem O trabalho foi feito p o r
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ele.
sujeito paciente ação agente
da passiva
2-) O verbo “intervir” deve ser conjugado como o ver-
bo “vir”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, - Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como
não há outro item com a mesma opção, chegamos à res-
posta rapidamente!
RESPOSTA: “A”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O menino feriu-se. Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões

2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç

2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.

O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Lui- CH e não X


sinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,
verbos derivados de nomes cujo radical termina com mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
“s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.
As letras “e” e “i”
Z e não S
Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com
sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: “i”, só o ditongo interno cãibra.
macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza. verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori- escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com
gem não termine com s): final - finalizar / concreto – con- “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,
cretizar. possui, contribui.
consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal * Atenção para as palavras que mudam de sentido
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (super-
Exceção: lápis + inho – lapisinho. fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
/ emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
O fonema j cia, que anda a pé), pião (brinquedo).

G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).

O fonema ch Fontes de pesquisa:


http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
X e não CH tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
xucro. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagar- ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
tixa. Saraiva, 2010.
depois de ditongo: frouxo, feixe. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Exceção: quando a palavra de origem não derive de


outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Hífen ** O hífen é suprimido quando para formar outros ter-


mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para
ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi- Lembrete da Zê!
dente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos Ao separar palavras na translineação (mudança de li-
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a nha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por
translineação de palavras, isto é, no fim de uma linha, se- hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti
parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). -inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima
linha escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas as linhas).
Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
tográfica: Não se emprega o hífen:

1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões Armandinho, personagem do cartunista Alexandre


Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas”
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, da-
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que das as frases abaixo,
todas as palavras estão corretas: I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um
B) supracitado – semi-novo – telesserviço. posto policial.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto. IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. carro.
V. O policial anunciou o __________ delito.
1-) Correção:
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem cor-
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo retamente as lacunas das frases.
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi- A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante.
droelétrica, ultrassom B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes- D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante.
trutura E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante.
RESPOSTA: “A”.
3-) Questão que envolve ortografia.
I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
2-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que
posto policial. (= aproximadamente)
todas as palavras estão corretas:
III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (re-
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
lacione com infrator)
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
carro. (de grande vulto, volumoso)
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.
com “pego no flagra”)
2-) Correção: Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante
A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta RESPOSTA: “D”.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi-
droelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto ACENTUAÇÃO
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-
trutura
RESPOSTA: “A”.
Quanto à acentuação, observamos que algumas pala-
vras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora se
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por
UFAL/2014) isso, vamos às regras!

Regras básicas – Acentuação tônica

A acentuação tônica está relacionada à intensidade


com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela
que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sí-
laba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos
intensidade, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifica-
das como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba. Ex.: café – coração – Belém – atum – caju –
papel

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai


na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – sapato
– passível

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LÍNGUA PORTUGUESA

Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.

Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas Antes Agora


em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
são os chamados monossílabos. assembléia assembleia
idéia ideia
Os acentos
geléia geleia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, jibóia jiboia
“u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras represen- apóia (verbo apoiar) apoia
tam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público.
paranóico paranoico
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre
aberto: herói – médico – céu (ditongos abertos).
Acento Diferencial
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: tâma-
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de
ra – Atlântico – pêsames – supôs .
acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
e/ou tempos verbais. Por exemplo:
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmen-
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito
te abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em
de Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do Indica-
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülle-
tivo do mesmo verbo).
riano (de Müller)
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
gais nasais: oração – melão – órgão – ímã
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
Regras fundamentais
Os demais casos de acento diferencial não são mais
utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti-
Palavras oxítonas:
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramati-
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
cais são definidos pelo contexto.
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro
pó(s) – Belém.
“para” é verbo; o segundo, preposição (com relação de fi-
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
nalidade).
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por
guidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
“colocar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
você. / Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Paroxítonas:
Regra do Hiato:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is: táxi – lápis – júri
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a se-
- us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
gunda vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá
- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
fórceps
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz,
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
sa-ir, ju-iz
não de “s”: água – pônei – mágoa – memória
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
** Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Re-
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
pare que esta palavra apresenta as terminações das paro-
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
xítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!
Observação importante:
Regras especiais:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxítonas):
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
palavras paroxítonas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Antes Agora Questões

bocaiúva bocaiuva 1-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL


feiúra feiura TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assi-
nale a alternativa que contém duas palavras acentuadas
Sauípe Sauipe
conforme a mesma regra.
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
abolido:
(C) “Índice” e “dólares”.
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
Antes Agora (E) “Atribuídos” e “índice”.
crêem creem
1-)
lêem leem
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = pa-
vôo voo roxítona
enjôo enjoo (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paro-
xítona
** Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxí-
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais tona
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra
Repare: do hiato
1-) O menino crê em você. / Os meninos creem em você. (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparo-
2-) Elza lê bem! / Todas leem bem! xítona
3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que RESPOSTA: “B”.
os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! 2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm à – FUNDATEC/2014 - adaptada)
tarde! Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação
As formas verbais que possuíam o acento tônico na gráfica.
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
“e” ou “i” não serão mais acentuadas: seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
Antes Depois rios’ e ‘país’ não é a mesma.
apazigúe (apaziguar) apazigue III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
averigúe (averiguar) averigue IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em si-
tuação de uso, quanto à flexão de número.
argúi (arguir) argui Quais estão corretas?
A) Apenas I e III.
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa B) Apenas II e IV.
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo C) Apenas I, II e IV.
vir) D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter,
reter, deter, abster: ele contém – eles contêm, ele obtém – eles 2-)
obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm. I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
Fontes de pesquisa: portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão ver-
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao. bos (correta)
htm II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminada
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. em ditongo; país é a regra do hiato (correta)
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: hiato, por isso a acentuação (da - í) = incorreta.
Saraiva, 2010. IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em
situação de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é uti-
lizado para a terceira pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: “C”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dois pontos (:)


PONTUAÇÃO
1- Antes de uma citação
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que 2- Antes de um aposto


servem para compor a coesão e a coerência textual, além Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. tarde e calor à noite.
Um texto escrito adquire diferentes significados quando
pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
depende, em certos momentos, da intenção do autor do Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo
discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente a rotina de sempre.
relacionados ao contexto e ao interlocutor.
4- Em frases de estilo direto
Principais funções dos sinais de pontuação
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto (.)

1- Indica o término do discurso ou de parte dele, en- Ponto de Exclamação (!)


cerrando o período.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com- susto, súplica, etc.
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de pe- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto
de abreviatura marca, também, o fim de período. Exemplo: 2- Depois de interjeições ou vocativos
Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não Ai! Que susto!
“etc..”) João! Há quanto tempo!

3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do Ponto de Interrogação (?)


ponto, assim como após o nome do autor de uma citação:
Haverá eleições em outubro Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) vedo)

4- Os números que identificam o ano não utilizam pon- Reticências (...)


to nem devem ter espaço a separá-los, bem como os nú-
meros de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. 1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,
canetas, cadernos...
Ponto e Vírgula ( ; )
2- Indica interrupção violenta da frase.
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...”
mal... pega doutor?
(VIEIRA)

2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado

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LÍNGUA PORTUGUESA

- entre o verbo e seus objetos: Fontes de pesquisa:


O trabalho custou sacrifício aos http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
realizadores. http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
V.T.D.I. O.D. O.I. la.htm
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere-
Usa-se a vírgula: ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Para marcar intercalação: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão Questões
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús- 1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
querem abrir mão dos lucros altos.

- Para marcar inversão:


a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
maio de 1982.

- Para separar entre si elementos coordenados (dis-


postos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar: (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Se-


- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei- gundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação
ra, possui um trânsito caótico. está correta em:
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. A) Hagar disse, que não iria.
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bi-
Observações: fes e lagostas, aos vizinhos.
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres- C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria dis- para Hagar e Helga
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Ha-
ortográfico em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. gar à Helga.
precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação: Você 1-) Correções realizadas:
falou isso para ela?! A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre ver-
bo e seu complemento (objeto)
- Temos, ainda, sinais distintivos: B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa- fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
ração de siglas (IOF/UPC); seu complemento (objeto)
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção para Hagar e Helga.
aos parênteses, principalmente na matemática; D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a gar à Helga.
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pe-
nome que não se quer mencionar. los Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
RESPOSTA: “E”.

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2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRA- Concordância Verbal


BALHO – CESPE/2014 - adaptada)
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas al- É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
coólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo seu sujeito.
o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula
logo após a palavra “vinhos”. a) Sujeito Simples - Regra Geral
( ) CERTO ( ) ERRADO O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
em número e pessoa. Veja os exemplos:
2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- A prova para ambos os cargos será aplicada
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo às 13h.
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
entre pontuações. Exemplos:
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
RESPOSTA: “CERTO”.
Casos Particulares
3-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em
apenas uma das opções a vírgula foi corretamente empre- 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão par-
gada. Assinale-a. titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas per- no singular ou no plural.
plexas. A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram
fundamental. proposta.
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque-
na parte do território. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vânda-
3-) los destruiu / destruíram o monumento.
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas per- destaque aos elementos que formam esse conjunto.
plexas = não se separa sujeito do predicado.
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fun- 2) Quando o sujeito é formado por expressão que in-
damental = não se separa sujeito do predicado. dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de,
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque- perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo con-
na parte do território. = não se separa sujeito do predicado corda com o substantivo.
RESPOSTA: “A”. Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas
Olimpíadas.
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
Observação: quando a expressão “mais de um” asso-
ciar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é
obrigatório: Mais de um colega se ofenderam na discussão.
Os concurseiros estão apreensivos. (ofenderam um ao outro)
Concurseiros apreensivos.
3) Quando se trata de nomes que só existem no plu-
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta a
terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve
os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreen- ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve ficar
sivos” está concordando em gênero (masculino) e núme- o plural.
ro (plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gê- Estados Unidos possui grandes universidades.
nero correspondem-se. Alagoas impressiona pela beleza das praias.
A correspondência de flexão entre dois termos é a con- As Minas Gerais são inesquecíveis.
cordância, que pode ser verbal ou nominal. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.

Observação: quando a palavra “só” equivale a “somen-


te” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto,
invariável: Eles só desejam ganhar presentes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Bastante - Caro - Barato - Longe Questões

Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.

Fontes de pesquisa: 3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considerada a


http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49. substituição do segmento grifado pelo que está entre pa-
php rênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá perma-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- necer no singular está em:
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: (A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-
Saraiva, 2010. quisadores)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- (C) No sistema havia também uma estação... (várias es-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. tações)
(D) ... a civilização maia da América Central tinha um
método sustentável de gerenciamento da água. (os povos
que habitavam a América Central)
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que a
civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser pu-
blicado).

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) 1-) Verbos Intransitivos


(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
tribuíram) (as mudanças do clima) importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
no singular - Chegar, Ir
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
nham) (os povos que habitavam a América Central) biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- indicar destino ou direção são: a, para.
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). Fui ao teatro.
RESPOSTA: “C”. Adjunto Adverbial de Lugar

Ricardo foi para a Espanha.


Adjunto Adverbial de Lugar
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
- Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
em ou a.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome último jogo.
(regência nominal) e seus complementos.
2-) Verbos Transitivos Diretos
Regência Verbal = Termo Regente: VERBO
Os verbos transitivos diretos são complementados por
A regência verbal estuda a relação que se estabelece objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
entre os verbos e os termos que os complementam (obje- para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
o que corresponde à diversidade de significados que estes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
verbos podem adquirir dependendo do contexto em que bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
forem empregados. formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, con- lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
tentar. São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agra- donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
do ou prazer”, satisfazer. admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra- castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender,
dar a alguém”. eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Saiba que: Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
O conhecimento do uso adequado das preposições é como o verbo amar:
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- Amo aquele rapaz. / Amo-o.
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquela moça. / Amo-a.
modificar completamente o sentido daquilo que está sen- Amam aquele rapaz. / Amam-no.
do dito. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô. Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. adjuntos adnominais):
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
A voluntária distribuía leite às crianças. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
A voluntária distribuía leite com as crianças. reira)
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje- mor)
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial). 3-) Verbos Transitivos Indiretos

Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-

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LÍNGUA PORTUGUESA

ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.

- Responder - Tem complemento introduzido pela pre- Comparar


posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
quem” ou “ao que” se responde. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
Respondi ao meu patrão. indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de
Respondemos às perguntas. uma criança.
Respondeu-lhe à altura.
Pedir
Observação: o verbo responder, apesar de transitivo Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
voz passiva analítica: pessoa.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen- Pedi-lhe favores.
te.
Objeto Indireto Objeto Direto
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
tos introduzidos pela preposição “com”.
Antipatizo com aquela apresentadora. Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- tantiva Objetiva Direta
nam para uma minoria privilegiada.
Saiba que:
4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos - A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- licença estiver subentendida.
que, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto
indireto relacionado a pessoas. Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
Agradeço aos ouvintes a audiência. vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Objeto Indireto Objeto Direto
Preferir
Paguei o débito ao cobrador. Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
Objeto Direto Objeto Indireto
direto introduzido pela preposição “a”:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
com particular cuidado: Prefiro trem a ônibus.
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito,
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é
Paguei minhas contas. / Paguei-as. dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi- CHAMAR


cado - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
solicitar a atenção ou a presença de.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- má-la.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
guístico muito importante, pois além de permitir a correta
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
estão: cativo preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário.
AGRADAR A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
nhos, acariciar, fazer as vontades de.
Sempre agrada o filho quando.
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
Aquele comerciante agrada os clientes.
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar CUSTAR
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento in- - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
troduzido pela preposição “a”. valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
O cantor não agradou aos presentes. Frutas e verduras não deveriam custar muito.
O cantor não lhes agradou.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
*O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re-
O cantor desagradou à plateia. duzida de infinitivo.

ASPIRAR Muito custa viver tão longe da família.


- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi- Verbo Intransitivo Oração Subordinada
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

OBEDECER - DESOBEDECER Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-


- Sempre transitivo indireto: brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Todos obedeceram às regras. alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
Ninguém desobedece às leis. gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
*Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
PROCEDER Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter momentos é sujeito)
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
adverbial de modo. - São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
As afirmações da testemunha procediam, não havia Não simpatizei com os jurados.
como refutá-las. Simpatizei com os alunos.
Você procede muito mal.
Importante: A norma culta exige que os verbos e ex-
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo- pressões que dão ideia de movimento sejam usados com
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido a preposição “a”:
pela preposição “a”) é transitivo indireto. Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
O avião procede de Maceió. Cláudia desceu ao segundo andar.
Procedeu-se aos exames. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
O delegado procederá ao inquérito.
Regência Nominal
QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É o nome da relação existente entre um nome (subs-
vontade de, cobiçar. tantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
Querem melhor atendimento. nome. Essa relação é sempre intermediada por uma prepo-
Queremos um país melhor. sição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos. um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
VISAR nomes correspondentes: todos regem complementos in-
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi- troduzidos pela preposição a. Veja:
rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. Obedecer a algo/ a alguém.
O gerente não quis visar o cheque. Obediente a algo/ a alguém.

- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,


exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
to, transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Questões

1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo


A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar (oração) são estruturadas por dois elementos essenciais:
de ônibus a dirigir sujeito e predicado.
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo
nome em número e pessoa. É o “ser de quem se declara algo”, “o
C) Você assistiu à cena toda? = correta tema do que se vai comunicar”; o predicado é a parte da
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à frase que contém “a informação nova para o ouvinte”, é o
oficina pela manhã que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema, constituindo
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obe- a declaração do que se atribui ao sujeito.
deço às leis de trânsito Quando o núcleo da declaração está no verbo (que in-
RESPOSTA: “C”. dique ação ou fenômeno da natureza, seja um verbo signi-
ficativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver
2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – em um nome (geralmente um adjetivo), teremos um predi-
MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o se- cado nominal (os verbos deste tipo de predicado são os
guinte trecho para responder à questão. que indicam estado, conhecidos como verbos de ligação):
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação
baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imuno- (predicado verbal)
lógica melhor a essa medida, similar _______________ . A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o nú-
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: cleo é “fácil” (predicado nominal)
(A) das mulheres
(B) às mulheres Quanto ao período, ele denomina a frase constituída
(C) com das mulheres por uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
(D) à das mulheres completo. O período pode ser simples ou composto.
(E) ao das mulheres
Período simples é aquele constituído por apenas uma
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da
Chove.
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (su-
A existência é frágil.
bentendido: resposta imunológica) das mulheres.
Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.
RESPOSTA: “D”.
Período composto é aquele constituído por duas ou
mais orações:
Cantei, dancei e depois dormi.
Quero que você estude mais.
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO Termos essenciais da oração
TERMOS DA ORAÇÃO
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO O sujeito e o predicado são considerados termos
essenciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
para a formação das orações. No entanto, existem orações
formadas exclusivamente pelo predicado. O que define a
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para oração é a presença do verbo. O sujeito é o termo que es-
estabelecer comunicação. Normalmente é composta por tabelece concordância com o verbo.
dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigato- O candidato está preparado.
riamente, pois há orações ou frases sem sujeito: Trovejou Os candidatos estão preparados.
muito ontem à noite.
Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
verbais (possuem verbos, ou seja, são orações) e nominais minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
(sem a presença de verbos), feita a partir de seus elementos estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu no singular: candidato = está).
sentido global: A função do sujeito é basicamente desempenhada por
- frases interrogativas = o emissor da mensagem for- substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora-
mula uma pergunta: Que dia é hoje? ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras
- frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou faz palavras substantivadas (derivação imprópria) também po-
um pedido: Dê-me uma luz! dem exercer a função de sujeito.
- frases exclamativas = o emissor exterioriza um estado Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs-
afetivo: Que dia abençoado! tantivo)
- frases declarativas = o emissor constata um fato: A Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem-
prova será amanhã. plo: substantivo)

63
LÍNGUA PORTUGUESA

Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.

O sujeito indeterminado surge quando não se quer - As questões estavam fáceis!


ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Sujeito simples = as questões
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso Predicado = estavam fáceis
contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermina- Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
do de duas maneiras: Sujeito = uma ideia estranha
Predicado = passou-me pelo pensamento

64
LÍNGUA PORTUGUESA

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.

Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.

65
LÍNGUA PORTUGUESA

O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões

O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.

O adjunto adnominal se liga diretamente ao substan-


tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi-
cativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
junto adnominal)

O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Coordenadas Assindéticas


... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com- São orações coordenadas entre si e que não são liga-
plemento que o da frase acima está em: das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos-
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... tas.
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
da Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras... Coordenadas Sindéticas
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
2-) Acompanhar é transitivo direto (acompanhar quem denativa, que dará à oração uma classificação. As orações
ou o quê - não há preposição): coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
A = foi = verbo de ligação (ser) – não há complemento, aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicati-
mas sim, predicativo do sujeito (rota única); vas.
B = floresceram = intransitivo (durante os primórdios =
adjunto adverbial); ** Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
C = viajavam = intransitivo (por cordilheiras = adjunto Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
adverbial); cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
D = cair = intransitivo; só... como, assim... como.
E = empurra = transitivo direto (empurrar quem ou o Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
quê?) Comprei o protetor solar e fui à praia.
RESPOSTA: “E”.
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
Período Composto por Coordenação principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
O período composto se caracteriza por possuir mais de Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
uma oração em sua composição. Sendo assim: Li tudo, porém não entendi!
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
oração) Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas seja...seja.
orações) Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar
um protetor solar. (Período Composto = três verbos, três Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
orações). principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo).
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer Passei no concurso, portanto comemorarei!
entre as orações de um período composto: uma relação de A situação é delicada; devemos, pois, agir.
coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda-
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am- de, pois (anteposto ao verbo).
bas, estruturas individuais, como é o exemplo de: Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. mingo.
(Período Composto) Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
Podemos dizer:
1. Estou comprando um protetor solar. Período Composto Por Subordinação
2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independen- Quero que você seja aprovado!
tes. Tal período é classificado como Período Composto Oração principal oração subordinada
por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te- Observe que na oração subordinada temos o verbo
mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas “seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
Sindéticas. do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por
conjunção. As orações subordinadas que apresentam ver-
bo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do
indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por con-
junção, chamam-se orações desenvolvidas ou explícitas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas

A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.

Não sei se sairemos hoje. Observação: quando a oração subordinada substanti-


Oração Subordinada Substantiva va é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na
3.ª pessoa do singular.
Temos medo de que não sejamos aprovados.
Oração Subordinada Substantiva b) Objetiva Direta = exerce função de objeto direto
do verbo da oração principal:
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem Todos querem sua aprovação no concurso.
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, Objeto Direto
como).
Todos querem que você seja aprovado. (Todos
O garoto perguntou qual seu nome. querem isso)
Oração Subordinada Subs- Oração Principal oração Subordinada Substantiva
tantiva Objetiva Direta

Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)

d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:

Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).

Exemplo 2: Observação: a classificação das orações subordinadas


O homem, que se considera racional, muitas vezes age adverbiais é feita do mesmo modo que a classificação dos
animalescamente. adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa pela oração.
Agora, a oração em destaque não tem sentido restritivo
Orações Subordinadas Adverbiais
em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas explici-
ta uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de
“homem”. a) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do
** Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicati- que se declara na oração principal. Principal conjunção su-
va é separada da oração principal por uma pausa que, na bordinativa causal: porque. Outras conjunções e locuções
escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à
a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as ora- oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto
ções explicativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm que.
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
Já que você não vai, eu também não vou.
3-) Orações Subordinadas Adverbiais
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce sindética explicativa é que esta “explica” o fato que aconte-
a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. ceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apresenta
Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, a “causa” do acontecimento expresso na oração à qual ela
causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem se subordina. Repare:
introduzida por uma das conjunções subordinativas (com
1-) Faltei à aula porque estava doente.
exclusão das integrantes, que introduzem orações subor-
2-) Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.
dinadas substantivas). Classifica-se de acordo com a con-
junção ou locução conjuntiva que a introduz (assim como Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro que o
acontece com as coordenadas sindéticas). fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de estar
doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a oração
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. sublinhada relata um fato que aconteceu depois, já que
Oração Subordinada Adverbial primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram vermelhos.
b) Consecutiva = exprime um fato que é consequên-
A oração em destaque agrega uma circunstância de cia, é efeito do que se declara na oração principal. São in-
tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adver- troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que,
bial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, tan-
que indicam uma circunstância referente, via de regra, a to...que, tamanho...que.
um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende da Principal conjunção subordinativa consecutiva: que
exata compreensão da circunstância que exprime. (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)

70
LÍNGUA PORTUGUESA

Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)

e) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais CRASE


comparativas estabelecem uma comparação com a ação
indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjun-
ção subordinativa comparativa: como.
Ele dorme como um urso. (como um urso dorme) A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais
Você age como criança. (age como uma criança age) idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com
o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pro-
*geralmente há omissão do verbo. nomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e com
o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais).
f) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou Casos estes em que tal fusão encontra-se demarcada pelo
seja, apresenta uma regra, um modelo adotado para a acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às
execução do que se declara na oração principal. Principal quais.
conjunção subordinativa conformativa: conforme. Outras O uso do acento indicativo de crase está condicionado
conjunções conformativas: como, consoante e segundo (to- aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e no-
das com o mesmo valor de conforme). minal, mais precisamente ao termo regente e termo regido.
Fiz o bolo conforme ensina a receita. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - que exige
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm complemento regido pela preposição “a”, e o termo regido
direitos iguais. é aquele que completa o sentido do termo regente, admi-
tindo a anteposição do artigo a(s).

71
LÍNGUA PORTUGUESA

Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Antes de numeral. Questões


O número de aprovados chegou a cem.
Faremos uma visita a dez países. 1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamente
Observação: as lacunas da frase a seguir.
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio- Quando________ três meses disse-me que iria _________
nando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá
crase: Os passageiros partirão às dezenove horas. -la _______ resgatar as milhas _________ quais tinha direito.
A-) a - há - à - à - às
- Diante de numerais ordinais femininos a crase está B-) há - à - a - a – às
confirmada, visto que estes não podem ser empregados C-) há - a - há - à - as
sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira D-) a - à - a - à - às
aluna da classe. E-) a - a - à - há – as
- Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quan- 1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-
do essa não se apresentar determinada: Chegamos todos
me que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para vi-
exaustos a casa.
sitar A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la A
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto ad-
(ajudar “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais tinha
nominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos exaus-
direito (tinha direito a quê? às milhas – regência nominal).
tos à casa de Marcela.
Teremos: há, à, a, a, às.
- não há crase antes da palavra “terra”, quando essa RESPOSTA: “B”.
indicar chão firme: Quando os navegantes regressaram a
terra, já era noite. 2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO –
Contudo, se o termo estiver precedido por um deter- VUNESP/2014)
minante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de tra-
Paulo viajou rumo à sua terra natal. balho para proceder _____ medidas necessárias _____ exu-
O astronauta voltou à Terra. mação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart,
sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de
- não ocorre crase antes de pronomes que requerem o Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu
uso do artigo. de causas naturais, ou seja, devido ____ uma parada cardía-
Os livros foram entregues a mim. ca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou
Dei a ela a merecida recompensa. se sua morte se deve ______ envenenamento.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,-
Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jan-
relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, go,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)
o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no
caso de o termo regente exigir a preposição. Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. cunas da frase devem ser completadas, correta e respecti-
vamente, por
*não ocorre crase antes de nome feminino utilizado em (A) a ... à ... a ... a
sentido genérico ou indeterminado: (B) as ... à ... a ... à
Estamos sujeitos a críticas. (C) às ... a ... à ... a
Refiro-me a conversas paralelas. (D) à ... à ... à ... a
(E) a ... a ... a ... à
Fontes de pesquisa:
http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-.
2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
html
trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, ge-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. neralizando) necessárias à (regência nominal pede prepo-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- sição) exumação dos restos mortais do ex-presidente João
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exu-
Saraiva, 2010. mação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presi-
dente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma
(artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão
considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a
(regência verbal) envenenamento. A / à / a / a
RESPOSTA: “A”.

73
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!

74
LÍNGUA PORTUGUESA

- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.

Observações importantes: 2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substitui-


ção do elemento grifado pelo pronome correspondente foi
Emprego de o, a, os, as realizada de modo INCORRETO em:
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
pronomes: o, a, os, as não se alteram. (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Chame-o agora. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
Deixei-a mais tranquila. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes
finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: 2-)
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor-
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. reta
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a
nos, nas. desviava
Chamem-no agora. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
Põe-na sobre a mesa. RESPOSTA: “D”.

* Dica: 3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa cruzando os desertos do oeste da China − que con-
“antes”! Pronome antes do verbo! tornam a Índia − adotam complexas providências
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em In- Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
glês – que significa “fim, final!). Pronome depois do verbo! grifados acima foram corretamente substituídos por um
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo pronome, respectivamente, em:
Pronome Oblíquo – função de objeto (A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
Fontes de pesquisa: (C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao (D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
-pronominal-.html (E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 3-) Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- objeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B”
Saraiva, 2010. e “D”. Ao iniciarmos um parágrafo ( já que no enunciado
temos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzan-
Questões do-os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá
para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar
1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINIS- a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto
TRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reco- (adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-
nhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado nas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pro-
por um pronome, de acordo com a norma-padrão da lín- nome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: jklM – N!).
gua, o trecho assume a formulação apresentada em: RESPOSTA: “D”.
A) Há políticas que a reconhecem.
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na.
D) Há políticas que reconhecem ela.
E) Há políticas que lhe reconhecem.

75
LÍNGUA PORTUGUESA

c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou


SIGNIFICADO DAS PALAVRAS perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
livre (adj.) e livre (verbo).
Semântica é o estudo da significação das palavras e
das suas mudanças de significação através do tempo ou - Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po-
em determinada época. A maior importância está em dis- rém de formas relativamente próximas. São palavras pa-
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e recidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor-
Sinônimos rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto (medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emi-
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara tir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apro-
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, priar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a
ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado
em determinado enunciado (aguardar e esperar). (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar,
afundar).
Observação: A contribuição greco-latina é responsá-
vel pela existência de numerosos pares de sinônimos: ad- Hiperonímia e Hiponímia
versário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem
hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipô-
diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.
nimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperôni-
mo, mais abrangente.
Antônimos
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipôni-
mo, criando, assim, uma relação de dependência semânti-
São palavras que se opõem através de seu significado:
ca. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperoní-
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mia com carros, já que veículos é uma palavra de significa-
mal - bem. do genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é
um hiperônimo de carros.
Observação: A antonímia pode se originar de um pre- Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em
fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis- zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a
córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an- repetição desnecessária de termos.
ticomunista; simétrico e assimétrico.
Fontes de pesquisa:
Homônimos e Parônimos http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
tonimos,-homonimos-e-paronimos
- Homônimos = palavras que possuem a mesma grafia SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Podem coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
ser Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife- Saraiva, 2010.
rentes na pronúncia: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
rego (subst.) e rego (verbo); ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
colher (verbo) e colher (subst.); XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Por-
jogo (subst.) e jogo (verbo); tuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo). Denotação e Conotação

b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)

76
LÍNGUA PORTUGUESA

As variações nos significados das palavras ocasionam Polissemia


o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo
(conotação) das palavras. Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
Denotação um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
mas que abarca um grande número de significados dentro
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando de seu próprio campo semântico.
apresenta seu significado original, independentemente Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
do e muitas vezes associado ao primeiro significado que consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infini-
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da dade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência
palavra. da polissemia:
A denotação tem como finalidade informar o receptor O rapaz é um tremendo gato.
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca- O gato do vizinho é peralta.
ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor- Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medi- Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
camentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, sobrevivência
por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pe- O passarinho foi atingido no bico.
daço de madeira. Outros exemplos:
O elefante é um mamífero. Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
As estrelas deixam o céu mais bonito! computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido
Conotação de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in- formato quadriculado que têm.
terpretações, dependendo do contexto em que esteja inse-
rida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão Polissemia e homonímia
além do sentido original da palavra, ampliando sua signifi-
cação mediante a circunstância em que a mesma é utiliza- A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
da, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
pode significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei quando duas ou mais palavras com origens e significados
pau no concurso). distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
A conotação tem como finalidade provocar sentimen- monímia.
tos no receptor da mensagem, através da expressividade e A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em polissemia porque os diferentes significados para a pala-
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu- vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra
blicitários, entre outros. Exemplos: polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto,
Você é o meu sol! o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado
Minha vida é um mar de tristezas. indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão in-
Você tem um coração de pedra! terligados porque remetem para o mesmo conceito, o da
escrita.
* Dica: Procure associar Denotação com Dicionário:
trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado Polissemia e ambiguidade
com o sentido que consta no dicionário.
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
Fontes de pesquisa: interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota- ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
cao/ ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: temente são felizes.
Saraiva, 2010. Neste caso podem existir duas interpretações diferen-
tes:

77
LÍNGUA PORTUGUESA

As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.

Observe outros exemplos:


1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando
Pessoa)
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a
fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).

2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar


(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto- algum.
cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que
indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente
mas duas seriam:
inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é
Corte e coloração capilar
tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de
ou
terra que leva a lugar algum.
Faço corte e pintura capilar
A Amazônia é o pulmão do mundo.
Fontes de pesquisa:
Em sua mente povoa só inveja.
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.
htm Metonímia
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: É a substituição de um nome por outro, em virtude de
Saraiva, 2010. existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- pode acontecer dos seguintes modos:
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (=
Figura de Linguagem, Pensamento e Construção Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis).
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (=
Figura de Palavra As lâmpadas iluminam o mundo).
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes
A figura de palavra consiste na substituição de uma da cruz. (= Não te afastes da religião).
palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, 4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso
seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja Havana. (= Fumei um saboroso charuto).
por uma associação, uma comparação, uma similaridade. 5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só-
Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - crates tomou veneno).
permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: 6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu
a metáfora e a metonímia. trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que pro-
duzo).
Metáfora 7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (=
Bebeu todo o líquido que estava no cálice).
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em 8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfo-
lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em vir- nes foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás
tude da circunstância de que o nosso espírito as associa dos jogadores).
e percebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da 9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apres-
palavra fora de seu sentido normal. sadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente).

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LÍNGUA PORTUGUESA

10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e so- Fontes de pesquisa:


frem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.
mundo). php
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
chamadas, não apenas uma mulher). Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
(= Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone). Saraiva, 2010.
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (=
Alguns astronautas foram à Lua). Antítese
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen-
derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado). Consiste no emprego de palavras que se opõem quan-
to ao sentido. O contraste que se estabelece serve, essen-
Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de cialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos
extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquanto que não se conseguiria com a exposição isolada dos mes-
que a metonímia abrange apenas os casos de analogia ou mos. Observe os exemplos:
de relação. Não há necessidade, atualmente, de se fazer “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
distinção entre ambas as figuras. O corpo é grande e a alma é pequena.
“Quando um muro separa, uma ponte une.”
Catacrese Não há gosto sem desgosto.

Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!

79
LÍNGUA PORTUGUESA

Prosopopeia ou Personificação Elipse

É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.

Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e femi-


Apresentação de ideias por meio de palavras, sinôni-
nino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se
mas ou não, em ordem ascendente (clímax) ou descenden-
faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
te (anticlímax). Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor
com seus olhos claros e brincalhões...
intenso.
Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos
com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence
olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se refere ao
ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a
céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. cidade de Porto Velho).
Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decres-
cente de intensidade. Outros exemplos: 2) Vossa Excelência está preocupado.
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pes-
amor”. (Olavo Bilac) soa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu- Excelência.
se.” (Padre Antônio Vieira)
Silepse de Número - Os números são singular e plural.
Fontes de pesquisa: A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5. concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas
php com a ideia que nele está contida. Exemplos:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de Salvador.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010. Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e
gritavam não concordam gramaticalmente com os sujei-
As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) tos das orações (que se encontram no singular, procissão
ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade e povo, respectivamente), mas com a ideia que neles está
ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela contida. Procissão e povo dão a ideia de muita gente, por
maior expressividade que se dá ao sentido. isso que os verbos estão no plural.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.

Pleonasmo Observação: o anacoluto deve ser usado com finalida-


de expressiva em casos muito especiais. Em geral, evite-o.
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é real- Hipérbato / Inversão
çar a ideia, torná-la mais expressiva.
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo. É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da
ordem direta dos termos da oração, fazendo com que o
Nesta oração, os termos “o problema da violência” e sujeito venha depois do predicado:
“lo” exercem a mesma função sintática: objeto direto. As- Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor
sim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pro- venceu ao ódio)
nome “lo” classificado como objeto direto pleonástico. Ou- Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria:
tro exemplo: Eu cuido dos meus problemas)
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto * Observação da Zê!
O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já
que, na ordem direta, teríamos:
Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado re-
pronome “lhes” exerce a função de objeto indireto pleo- tumbante de um povo heroico”.
nástico.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Figuras de Som

Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.

Assonância - Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos:


“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”

Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade:


Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.

1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.

2-) (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Identifique a


figura de linguagem presente na tira seguinte:

A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia

82
LÍNGUA PORTUGUESA

2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia.  textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E)  a energia e o barulho.   dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma


modalidade na qual as ações são prescritas de forma se- COESÃO E COERÊNCIA
quencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo,
infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingredien-
te e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea.
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam- mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão
se pelo predomínio de operadores argumentativos, revela- do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que
dos por uma carga ideológica constituída de argumentos estabelecem a coesão e retomada do que foi escrito - ou
e contra-argumentos que justificam a posição assumida falado - são os referentes textuais, que buscam garantir
acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo a coesão textual para que haja coerência, não só entre os
contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu es- elementos que compõem a oração, como também entre a
paço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros sequência de orações dentro do texto. Essa coesão tam-
estão em complementação, não em disputa. bém pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado
em conhecimentos anteriores que os participantes do pro-
cesso têm com o tema.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima-
ginária - composta de termos e expressões - que une os
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
GÊNEROS TEXTUAIS de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di-
ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi-
tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono-
mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases,
São os textos materializados que encontramos em orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor-
nosso cotidiano; tais textos apresentam características só- re daí a coerência textual.
cio-comunicativas definidas por seu estilo, função, com- Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o
posição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoe-
culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, rência é resultado do mau uso dos elementos de coesão
piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um
erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais
A escolha de um determinado gênero discursivo de- prejudica o entendimento do texto. Construído com os ele-
pende, em grande parte, da situação de produção, ou seja, mentos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locu- Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado
tores e os interlocutores, o meio disponível para veicular o não se constrói com um amontoado de palavras e orações.
texto, etc. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência
e independência sintática e semântica, recobertos por unida-
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a es- des melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
feras de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exem- Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
plo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, edito- imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases
riais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-se
são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enci- de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre
clopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. os elementos que compõem a estrutura textual.

Fontes de pesquisa: Formas de se garantir a coesão entre os elementos


http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-tex- de uma frase ou de um texto:
tual.htm
1. Substituição de palavras com o emprego de sinôni-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
mos - palavras ou expressões do mesmo campo associa-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: tivo.
Saraiva, 2010. 2. Nominalização – emprego alternativo entre um ver-
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa / desgaste / desgastante).
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. 3. Emprego adequado de tempos e modos verbais:
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula.
4. Emprego adequado de pronomes, conjunções, pre-
posições, artigos:
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presiden-
te Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito
por elas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

5. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com Questões


base na maior especificidade do significado de um deles.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené- * As questões abaixo também envolvem o conteúdo
rico). “Conjunção”. Eu as coloquei neste tópico porque abordam
6. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de - inclusive - coesão e coerência.
sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com 1-) (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014) As-
gato. sinale a opção que indica o segmento em que a conjunção
7. Substitutos universais, como os verbos vicários.
e tem valor adversativo e não aditivo.
* Ajuda da Zê: verbo vicário é aquele que substitui (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
outro já utilizado no período, evitando repetições. Geral- da população na escolha dos governantes,...”.
mente é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
Faço porque preciso. O “faço” foi empregado no lugar de derno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência elei-
“estudo”, evitando repetição desnecessária. toral anterior”.
(C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de conec- quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
tivos, como pronomes, advérbios e expressões adverbiais, buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quan- de hoje”.
do, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
é facilmente identificável (Exemplo.: O jovem recolheu-se ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode
cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O ter- chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda mé-
mo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
dia”.
relação entre as duas orações).
(E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao políticas públicas social-democratas”.
próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função de
progressão textual, dada sua característica: são elementos 1-)
que não significam, apenas indicam, remetem aos compo- (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação
nentes da situação comunicativa. = adição
Já os componentes concentram em si a significação. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, mo-
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito: derno e dinâmico”. = adição
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais indi- (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece
cam os participantes do ato do discurso. Os pronomes de- quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri-
monstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades
como os advérbios de tempo, referenciam o momento da de hoje”. = adição
enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade
(D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas
ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento
(presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns ela na história nacional”. = adição
dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais
ano, depois de (futuro).” está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta =
adversativa (dá para substituirmos por “mas”)
A coerência de um texto está ligada: RESPOSTA: “E”.
- à sua organização como um todo, em que devem es-
tar assegurados o início, o meio e o fim;
- à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto 2-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/
técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada DF – ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDICA –
em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de FGV/2014) A alternativa em que os elementos unidos pela
experiências; um texto informativo apresenta coerência se conjunção E não estão em adição, mas sim em oposição, é:
trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poé- (A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e
ticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figurada,
fazer justiça com as próprias mãos...”
livre associação de ideias, palavras conotativas.
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas
Fontes de pesquisa: instituições:...”
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/ (C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos
COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html anarquistas e mais nos fascistas italianos...”
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática (D) “...desprezando o passado e a tradição...”
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. velocidade e do progresso...”

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) A Ordem dos Termos na Frase


(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e
fazer justiça com as próprias mãos”. = adição Leia novamente a frase contida no item 2. Note que
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas ela é organizada de maneira clara para produzir sentido.
instituições”. = adição Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramatical-
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos mente tal frase, tudo depende da necessidade ou da von-
anarquistas e mais nos fascistas italianos”. = ideia de opo- tade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém,
sição acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Significa di-
(D) “...desprezando o passado e a tradição”. = adição zer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões
(E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da e intercalações em nossas frases, conforme a nossa von-
velocidade e do progresso”. = adição tade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos
RESPOSTA: “C”. transmitir uma ideia, do nosso estilo. Por exemplo, pode-
mos expressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira:

No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-


sando desemprego.
REESCRITA DE TEXTOS/EQUIVALÊNCIA DE
ESTRUTURAS Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma,
apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a
alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que,
para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas.
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e
leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um o que mais nos auxilia na organização de um período, pois
texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmen- facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula
te devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos
e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem orga-
do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem nizadas aos nossos leitores.
acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a
experiência de vida antecedem o ato de escrever. O básico para a organização sintática das frases é a or-
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos dem direta dos termos da oração. Os gramáticos estrutu-
escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne- ram tal ordem da seguinte maneira:
cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura-
das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as- SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL + CIR-
sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. CUNSTÂNCIAS
O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia- A globalização + está causando + desemprego + no
do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Brasil nos dias de hoje.
Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin-
taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramá- Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem to-
tica que estuda a disposição das palavras na frase e a das das contêm todos estes elementos, portanto cabem algu-
frases no discurso, bem como a relação lógica das frases mas observações:
entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistu-
ra”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produ- 1) As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.)
zirem um sentido evidente para os receptores das nossas normalmente são representadas por adjuntos adverbiais
mensagens. Observe: de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quan-
do queremos recordar algo ou narrar uma história, existe
1)A desemprego globalização no Brasil e no na está La- a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases:
tina América causando.
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas mi-
na América Latina. nhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e ou-
tros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…”
Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma
frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de Observações:
“uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação a) tais construções não estão erradas, mas rompem
inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de com a ordem direta;
maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de b) é preciso notar que em Língua Portuguesa, há mui-
língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul- tas frases que não têm sujeito, somente predicado. Por
tural do mundo atual. exemplo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Fri-
burgo. São quatro horas agora;

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/

Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução

1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O

90
LÍNGUA PORTUGUESA

segundo caso acontece quando quem redige tem muitas


ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, REDAÇÃO OFICIAL
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul-
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha
lógica de raciocínio.
Pronomes de tratamento na redação oficial
Conclusão
A redação oficial é a maneira utilizada pelo poder públi-
Considerada como a parte mais importante do texto, co para redigir atos normativos. Para redigi-los, muitas regras
é o ponto de chegada de todas as argumentações elabo- fazem-se necessárias. Entre elas, escrever de forma clara, con-
radas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa cisa, sem muito comprometimento, bem como um uso ade-
parte, em que a exposição ou discussão se fecha. quado das formas de tratamento. Tais regras, acompanhadas
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma de uma boa redação, com um bom uso da linguagem, asse-
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou seja, guram que os atos normativos sejam bem executados.
possui atributos de síntese. A discussão não deve ser en- No Poder Público, nós nos deparamos com situações em
cerrada com argumentos repetitivos, como por exemplo: que precisamos escrever – ou falar – com pessoas com as
“Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em quais não temos familiaridade. Nestes casos, os pronomes de
conclusão...”. tratamento assumem uma condição e precisam estar adequa-
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve dos à categoria hierárquica da pessoa a quem nos dirigimos.
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das E mais, exige-se, em discurso falado ou escrito, uma homoge-
características de textos bem redigidos. neidade na forma de tratamento, não só nos pronomes como
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões fi- também nos verbos. No entanto, as formas de tratamento
cam muito longas: não são do conhecimento de todos.
Abaixo, seguem as discriminações de usos dos pronomes
- O problema aparece quando não ocorre uma explo- de tratamento, com base no Manual da Presidência da Repú-
ração devida do desenvolvimento, o que gera uma invasão blica.
das ideias de desenvolvimento na conclusão.
- Outro fator consequente da insuficiência de funda- São de uso consagrado:
mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar
de maiores explicações, ficando bastante vazia. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
- Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no tex- a) do Poder Executivo
to em que o autor fica girando em torno de ideias redun- Presidente da República, Vice-Presidente da República, Mi-
dantes ou paralelas. nistro de Estado, Secretário-Geral da Presidência da República,
- Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeitamen- Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior das For-
te dispensáveis. ças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da Re-
- Quando não tem clareza de qual é a melhor conclu- pública, Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República,
são, o autor acaba se perdendo na argumentação final. Secretários da Presidência da República, Procurador – Geral da
República, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do
Em relação à abertura para novas discussões, a con- Distrito Federal, Chefes de Estado – Maior das Três Armas, Ofi-
clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes ciais Generais das Forças Armadas, Embaixadores, Secretário
fatores: Executivo e Secretário Nacional de Ministérios, Secretários de
- Para não influenciar a conclusão do leitor sobre temas Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.
polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
- Para estimular o leitor a ler uma possível continuidade b) do Poder Legislativo:
do texto, o autor não fecha a discussão de propósito. Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara dos
- Por apenas apresentar dados e informações sobre o Deputados e do Senado Federal, Presidente e Membros do Tri-
tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o as- bunal de Contas da União, Presidente e Membros dos Tribunais
sunto. de Contas Estaduais, Presidente e Membros das Assembleias
- Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o autor Legislativas Estaduais, Presidente das Câmaras Municipais.
enumera algumas perguntas no final do texto.
c) do Poder Judiciário:
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au- Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal, Presi-
tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica dente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Presidente e
é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos. Membros do Superior Tribunal Militar, Presidente e Membros do
Naquele devem estar indicadas as melhores sequências a Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e Membros do Tribunal
serem utilizadas na redação; ele deve ser o mais enxuto Superior do Trabalho, Presidente e Membros dos Tribunais de
possível. Justiça, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Fede-
rais, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais,
Fonte de pesquisa: Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho,
http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%- Juízes e Desembargadores, Auditores da Justiça Militar.
C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/

91
LÍNGUA PORTUGUESA

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas A Impessoalidade


aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do car- A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
go respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a)
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Ex- alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) alguém
celentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. que receba essa comunicação. No caso da redação oficial,
E mais: As demais autoridades serão tratadas com o vo- quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele
cativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção);
Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador. o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atri-
O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento buições do órgão que comunica; o destinatário dessa comu-
“Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas acima, nicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro
afinal, a dignidade é condição primordial para que tais cargos órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.
públicos sejam ocupados. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve
Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento, ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais
mas titulação acadêmica de quem defende tese de douto- decorre:
rado. Portanto, é aconselhável que não se use discriminada- a) da ausência de impressões individuais de quem comu-
mente tal termo. nica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assina-
do por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do
As Comunicações Oficiais Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim,
uma desejável padronização, que permite que comunicações
1. Aspectos Gerais da Redação Oficial elaboradas em diferentes setores da Administração guardem
entre si certa uniformidade;
O que é Redação Oficial b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação,
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a ma- sempre concebido como público, ou a outro órgão público.
neira pela qual o Poder Público redige atos normativos Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma
e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do homogênea e impessoal;
Poder Executivo. c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalida- universo temático das comunicações oficiais restringe-se a
de, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, for- questões que dizem respeito ao interesse público, é natural
malidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos que não caiba qualquer tom particular ou pessoal.
decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A admi- Desta forma, não há lugar na redação oficial para impres-
nistração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer sões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoali- mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta
dade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publi- da interferência da individualidade que a elabora.
cidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de
administração pública, claro que devem igualmente nortear a que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais con-
elaboração dos atos e comunicações oficiais. tribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impes-
Não se concebe que um ato normativo de qualquer na- soalidade.
tureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou im-
possibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos A necessidade de empregar determinado nível de lingua-
do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto le- gem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do
gal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro,
pois, necessariamente, clareza e concisão. de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos
Fica claro também que as comunicações oficiais são ne- de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta
cessariamente uniformes, pois há sempre um único comuni- dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públi-
cador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações cos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empre-
ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigi- gada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expe-
dos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou dientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com
instituições tratados de forma homogênea (o público). clareza e objetividade.
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa à As comunicações que partem dos órgãos públicos fede-
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar rais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão
com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâ- brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de
metros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa da- uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dú-
quele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência vida de que um texto marcado por expressões de circulação
particular, etc. restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jar-
Apresentadas essas características fundamentais da re- gão técnico, tem sua compreensão dificultada.
dação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada Ressalte-se que há necessariamente uma distância en-
uma delas. tre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâ-
mica, reflete de forma imediata qualquer alteração de cos-

92
LÍNGUA PORTUGUESA

tumes, e pode eventualmente contar com outros elementos Concisão e Clareza


que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, A concisão é antes uma qualidade do que uma caracte-
etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis rística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue trans-
por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lenta- mitir o máximo de informações com um mínimo de palavras.
mente as transformações, tem maior vocação para a perma- Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se
nência e vale-se apenas de si mesma para comunicar. tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se es-
Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e sua creve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pron-
finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, to. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais
requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias.
que o padrão culto é aquele em que se observam as regras O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao
da gramática formal e se emprega um vocabulário comum princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de
ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não
que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação se deve, de forma alguma, entendê-la como economia de
oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens subs-
lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos tanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se
vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, pas-
essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos sagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
os cidadãos. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi-
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a sim- cial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita
plicidade de expressão, desde que não seja confundida com imediata compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza não
pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das
culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos demais características da redação oficial. Para ela concorrem:
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios - a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-
da língua literária. tações que poderia decorrer de um tratamento personalista
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um dado ao texto;
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão - o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá pre- entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
ferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obe- circulação restrita, como a gíria e o jargão;
decida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas - a formalidade e a padronização, que possibilitam a im-
isso não implica, necessariamente, que se consagre a utiliza- prescindível uniformidade dos textos;
ção de uma forma de linguagem burocrática. O jargão buro- - a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
crático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre linguísticos que nada lhe acrescentam.
sua compreensão limitada. É pela correta observação dessas características que se
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável relei-
situações que a exijam, evitando o seu uso indiscriminado. tura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais,
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário de trechos obscuros e de erros gramaticais provém, principal-
próprio à determinada área, são de difícil entendimento por mente, da falta da releitura que torna possível sua correção.
quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cui- A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa
dado, portanto, de explicitá-los em comunicações encami- com que são elaboradas certas comunicações quase sempre
nhadas a outros órgãos da administração e em expedientes compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de
dirigidos aos cidadãos. um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há as-
suntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se,
Formalidade e Padronização pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto
é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencio- Pronomes de Tratamento
nadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto Concordância com os Pronomes de Tratamento
de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tra- Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indi-
tamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao reta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordân-
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento cia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segun-
para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a for- da pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem
malidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfo- se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira
que dado ao assunto do qual cuida a comunicação. pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que in-
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à ne- tegra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria
cessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administra- nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
ção federal é una, é natural que as comunicações que expede Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
exige que se atente para todas as características da redação “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos-
oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. so...”).
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são in- gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que
dispensáveis para a padronização. se refere, e não com o substantivo que compõe a locução.

93
LÍNGUA PORTUGUESA

Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.

94
LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplos: Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente


Excelentíssimo Senhor Presidente da República da República por um Ministro de Estado.
Senhora Ministra Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um
Senhor Chefe de Gabinete Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por to-
dos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as de interministerial.
seguintes informações do remetente:
– nome do órgão ou setor; Forma e Estrutura - Formalmente, a exposição de mo-
– endereço postal; tivos tem a apresentação do padrão ofício. A exposição de
– telefone e e-mail. motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas for-
mas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter
Observação: Estas informações estão ausentes no exclusivamente informativo e outra para a que proponha al-
memorando, pois se trata de comunicação interna - des- guma medida ou submeta projeto de ato normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
tinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presiden-
Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também
te da República, sua estrutura segue o modelo antes referido
não precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para para o padrão ofício.
outras instituições, logo, são necessárias as informações do
remetente e o endereço do destinatário para que o ofício Mensagem
possa ser entregue e o remetente possa receber resposta.
Definição e Finalidade - É o instrumento de comunica-
Memorando ção oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente
as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder
Definição e Finalidade Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública,
O memorando é a modalidade de comunicação entre expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem legislativa, submeter ao Congresso Nacional matérias que de-
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife- pendem de deliberação de suas Casas, apresentar veto, enfim,
rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de inte-
eminentemente interna. resse dos poderes públicos e da Nação.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Mi-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, nistérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá
etc. a serem adotados por determinado setor do serviço a redação final.
público. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. mentar ou financeira;
Para evitar desnecessário aumento do número de comu- - encaminhamento de medida provisória;
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados - indicação de autoridades;
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Pre-
folha de continuação. Este procedimento permite formar sidente da República ausentarem-se do País por mais de 15
dias;
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
- encaminhamento de atos de concessão e renovação de
transparência à tomada de decisões e permitindo que se
concessão de emissoras de rádio e TV;
historie o andamento da matéria tratada no memorando.
- encaminhamento das contas referentes ao exercício an-
terior;
Forma e Estrutura - mensagem de abertura da sessão legislativa;
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do - comunicação de sanção (com restituição de autógrafos);
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário - comunicação de veto;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: - outras mensagens.

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Forma e Estrutura - As mensagens contêm:


Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
horizontalmente, no início da margem esquerda;
Exposição de Motivos b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem
Definição e Finalidade - Exposição de motivos é o ex- esquerda (Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Fede-
pediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Pre- ral);
sidente para: c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;
a) informá-lo de determinado assunto; b) propor algu- d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do final do
ma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
ato normativo. margem direita.

95
LÍNGUA PORTUGUESA

A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já Elementos de Ortografia e Gramática
consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento Problemas de Construção de Frases
da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens
urgentes e para o envio antecipado de documentos, de A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas,
cujo conhecimento há premência, quando não há condi- principalmente, pela construção adequada da frase, “a me-
ções de envio do documento por meio eletrônico. Quando nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e Celso Pedro Luft.
na forma de praxe. A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có-
dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
pia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos
do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
modelos, deteriora-se rapidamente.
que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax
bos não auxiliares que o constituem.
mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
É conveniente o envio, juntamente com o documento
principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
os dados de identificação da mensagem a ser enviada, con- de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
forme exemplo a seguir: Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
[Órgão Expedidor] de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
[setor do órgão expedidor] complemento adverbial). Função acessória desempenham
[endereço do órgão expedidor] os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
Destinatário:____________________________________ oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___ que desempenham as outras funções, ou deslocados para
Remetente: ____________________________________ o início da oração.
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____ Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
No de páginas: ________ No do documento:____________ mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
teses indicam os elementos que podem não ocorrer):
Observações:___________________________________
(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).
Correio Eletrônico
Podem ser identificados seis padrões básicos para as
Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa
por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na princi- (a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
pal forma de comunicação para transmissão de documen- ocorrer em ordem diversa):
tos.
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial)

96
LÍNGUA PORTUGUESA

O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.

2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.

6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.

97
LÍNGUA PORTUGUESA

Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:

98
LÍNGUA PORTUGUESA

Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.

Senhor Deputado 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO


Em complemento às informações transmitidas pelo te- – CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto nas di-
legrama n.º 154, de 24 de abril último, informo _____ de que recionadas a autoridades estrangeiras, deve-se fazer uso
as medidas mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de acor-
ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo do com as hierarquias do destinatário e do remetente.
procedimento administrativo de demarcação de terras in- ( ) CERTO (
dígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de ) ERRADO
1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) 3-) Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual
estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes
A alternativa que completa, correta e respectivamen- para todas as modalidades de comunicação oficial:
te, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
da língua portuguesa e atendendo às orientações oficiais da República: Respeitosamente,
a respeito do uso de formas de tratamento em correspon- b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
quia inferior: Atenciosamente,
dências públicas, é:
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi-
A) Vossa Senhoria … tua.
das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra-
B) Vossa Magnificência … sua.
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
C) Vossa Eminência … vossa.
Redação do Ministério das Relações Exteriores.
D) Vossa Excelência … sua. RESPOSTA: “CERTO”.
E) Sua Senhoria … vossa.

1-) Podemos começar pelo pronome demonstrativo.


Mesmo utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (mui-
tas vezes confundido com “vós” e seu respectivo “vosso”),
os pronomes que os acompanham deverão ficar sempre na
terceira pessoa (do plural ou do singular, de acordo com o
número do pronome de tratamento). Então, em quaisquer

99
LÍNGUA PORTUGUESA

Não encontramos as pessoas que saíram.


FUNÇÕES DO “QUE” E DO “SE” • pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar
como pronome substantivo ou pronome adjetivo.
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando
for pronome substantivo, a palavra que exercerá as fun-
A palavra que em português pode ser: ções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto
Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa. indireto, etc.)
Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de Que aconteceu com você?
exclamação. Usa-se também a variação  o quê! A pala-
vra que não exerce função sintática quando funciona como • pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse
interjeição. caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Quê! Você ainda não está pronto? Que vida é essa?


O quê! Quem sumiu?
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse
Substantivo: equivale a alguma coisa. caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a pala-
Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro vra que pode relacionar tanto orações coordenadas quan-
determinante, e receberá acento por ser monossílabo tô- to subordinadas, daí classificar-se como conjunção coorde-
nativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como
nico terminado em e. Como substantivo, designa também
conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que
a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for
recebe o nome da oração que introduz. Por exemplo:
substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa
Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa ex-
classe de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto,
plicativa)
predicativo, etc.) Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa
consecutiva)
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função
de núcleo do objeto direto) Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a
palavra que recebe o nome de conjunção subordinativa
Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal integrante.
em que o auxiliar é o verboter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não Desejo que você venha logo.
exerce função sintática.

Tenho que sair agora. A palavra se 


Ele tem que dar o dinheiro hoje.
A palavra se, em português, pode ser:
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da
frase, sem prejuízo algum para o sentido. Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse
Nesse caso, a palavra que  não exerce função sintáti- caso, não exerce função sintática. Como conjunção, a pala-
ca; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar vra se pode ser:
realce. Como partícula expletiva, aparece também na ex- * conjunção subordinativa integrante: inicia uma ora-
pressão é que. ção subordinada substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
Quase que não consigo chegar a tempo. * conjunção subordinativa condicional: inicia uma ora-
Elas é que conseguiram chegar. ção adverbial condicional (equivale a caso).
Advérbio:  modifica um adjetivo ou um advérbio. Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Equivale a quão. Quando funciona como advérbio, a pala-
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da
vra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no
frase sem prejuízo algum para o sentido. Nesse caso, a pa-
caso, de intensidade.
lavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome
indica, é usada apenas para dar realce.
Que lindas flores!
Passavam-se os dias e nada acontecia.
Que barato!
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos
Pronome: como pronome, a palavra que pode ser: verbos pronominais. Nesse caso, o se não exerce função
• pronome relativo: retoma um termo da oração an- sintática.
tecedente, projetando-o na oração consequente. Equivale Ele arrependeu-se do que fez.
a o qual e flexões.

100
LÍNGUA PORTUGUESA

Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA. Variações sociais ou culturais: Estão diretamente li-


gadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também
ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como
exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
A linguagem é a característica que nos difere dos de- As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer-
mais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores,
sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissiona-
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano e, so- lismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando
bretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio-
Dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os nais da área de informática, dentre outros.
níveis da fala, que são basicamente dois: o nível de formali-
dade e o de informalidade. Vejamos um poema sobre o assunto:
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem
escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo Vício na fala
geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma ma- Para dizerem milho dizem mio
neira que falamos. Este fator foi determinante para a que Para melhor dizem mió
a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. Para pior pió

101
LÍNGUA PORTUGUESA

Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.

102
LÍNGUA PORTUGUESA

Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário


escolar palavras como corrigir e correto, quando nos refe- O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E AS
rimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que FUNÇÕES DA LINGUAGEM.
deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases
da língua popular para a língua culta”.
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a
uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada con- Comunicação
forme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma
culta. A comunicação constitui uma das ferramentas mais im-
portantes que os líderes têm à sua disposição para desem-
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: penhar as suas funções de influência. A sua importância é
tal que alguns autores a consideram mesmo como o “san-
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos eco- gue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se
nômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. essencialmente ao fato de apenas através de uma comuni-
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação cação efetiva ser possível:
(melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no
decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, - Estabelecer e dar a conhecer, com a participação de
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade membros de todos os níveis hierárquicos da organização,
mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, os objetivos organizacionais por forma a que contemplem,
estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e não apenas os interesses da organização, mas também os
a evoluções. interesses de todos os seus membros.
Nenhuma, porém, sobrepõe-se a outra em importân-
cia. Nas escolas, principalmente, costuma se ensinar a lín- - Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
gua falada com base na língua escrita, considerada supe- bros de todos os níveis hierárquicos da organização, a es-
rior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, trutura organizacional, quer ao nível do desenho organiza-
a que os professores sempre estão atentos. cional, quer ao nível da distribuição de autoridade, respon-
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mos- sabilidade e tarefas.
trando as características e as vantagens de uma e outra,
sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade - Definir e dar a conhecer, com a participação de mem-
ou inferioridade, que em verdade inexiste. bros de todos os níveis hierárquicos da organização, de-
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na lín- cisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e
gua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de respeitadas por todos os membros da organização.
línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de diale-
tos, consequência natural do enorme distanciamento entre - Coordenar, dar apoio e controlar as atividades de to-
uma modalidade e outra. dos os membros da organização.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-ela-
borada que a língua falada, porque é a modalidade que - Efetuar a integração dos diferentes departamentos e
mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a permitir a ajuda e cooperação interdepartamental.
que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Ne-
nhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível - Desempenhar eficazmente o papel de influência atra-
sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, vés da compreensão e atuação em conformidade satisfa-
processam-se lentamente e em número consideravelmente ção das necessidades e sentimentos das pessoas por forma
menor, quando cotejada com a modalidade falada. a aumentar a sua motivação.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da
linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com Elementos do Processo de Comunicação
a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina o nível da lingua- Para perceber desenvolver políticas de comunicação
gem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia eficazes é necessário analisar antes cada um dos elemen-
e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não tos que fazem parte do processo de comunicação. Assim,
fala com uma criança como se estivesse em uma missa, as- fazem parte do processo de comunicação o emissor, um
sim como uma criança não fala como um adulto. Um enge- canal de transmissão, geralmente influenciado por ruídos,
nheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível um receptor e ainda o feedback do receptor.
de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum
professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e - Emissor (ou fonte da mensagem da comunicação):
na sala de aula. representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre seja, quem inicia o processo de comunicação. A codificação
esses níveis, destacam-se em importância o culto e o coti- da mensagem pode ser feita transformando o pensamento
diano, a que já fizemos referência. que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos
que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem.

103
LÍNGUA PORTUGUESA

- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
  exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função

104
LÍNGUA PORTUGUESA

específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a

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LÍNGUA PORTUGUESA

própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...

A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)

107
LÍNGUA PORTUGUESA

As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais, EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria. SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA
As atitudes e reações dos comunicantes são também
referentes e exercem influência sobre a comunicação 1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/
SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al-
Lembramo-nos: ternativa correta quanto à concordância, de acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa.
- Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade
“eu” do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta social está no centro dos debates atuais.
função está, por norma, a poesia lírica. (B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re-
- Função apelativa (imperativa): com este tipo de men- lação aos efeitos da desigualdade social.
sagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
assuma determinado comportamento; há frequente uso mais pobres é um fenômeno crescente.
do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito
frequentemente usada por oradores e agentes de publici- criticado por alguns teóricos.
dade. (E) Os debates relacionado à distribuição de rique-
- Função metalinguística: função usada quando a lín- zas não são de exclusividade dos economistas.
gua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na aná-
lise de um texto, investigamos os seus aspectos morfossin- Realizei a correção nos itens:
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
táticos e/ou semânticos).
cial está = estão
- Função informativa (ou referencial): função usada
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver-
quando o emissor informa objetivamente o receptor de
gem
uma realidade, ou acontecimento.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção
mais pobres é um fenômeno crescente.
dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
textos publicitários (centra-se no canal de comunicação). cado = criticada
- Função poética: embeleza, enriquecendo a mensa- (E) Os debates relacionado = relacionados
gem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, rit-
mos agradáveis, etc. RESPOSTA: “C”.
Também podemos pensar que as primeiras falas cons- 2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
cientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase
evoluíram para o que podemos reconhecer como “interjei- – Um levantamento mostrou que os adolescentes ame-
ções”. As primeiras ferramentas da fala humana. ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em:
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
que mais profundamente distingue o homem dos outros americanos consomem em média 357 calorias, diárias
animais. dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes
Podemos considerar que o desenvolvimento desta fun- americanos consomem, em média 357 calorias diárias
ção cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a dessa fonte.
libertação da mão, que permitiram o aumento do volume (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores americanos consomem, em média, 357 calorias diárias
e da mímica facial dessa fonte.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
Devido a estas capacidades, para além da linguagem americanos, consomem em média 357 calorias diárias
falada e escrita, o homem, aprendendo pela observação de dessa fonte.
animais, desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos sur- (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
dos em diferentes países, não só para melhorar a comuni- americanos, consomem em média 357 calorias diárias,
cação entre surdos, mas também para utilizar em situações dessa fonte.
especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não
animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
que se podem observar entre si. ou faltante:
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X)
diárias dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte.

108
LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes Distribuímos = regra do hiato


americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des- (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
sa fonte. (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
(D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes oblíquo. Nunca!)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (C) lúcidos = proparoxítona
diárias dessa fonte. (D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui”
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes – oxítona: cons-ti-tui)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
diárias, (X) dessa fonte.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “C”.
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012)
3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – A concordância verbal está plenamente observada na
FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de frase:
concordância verbal na frase: (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e
nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
visibilidade social. públicas.
b) As duas tábuas em que se comprimem o famige- (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto
rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino
como “compro ouro”. religioso, para se reservar essa prática a setores da ini-
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa ciativa privada.
a exposição pública a que se submetem os guardadores (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do tex-
de carros. to, contra os que votam a favor do ensino religioso na
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na escola pública, consistem nos altos custos econômicos
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de- que acarretarão tal medida.
monstração de mau gosto. (D) O número de templos em atividade na cidade
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em
em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve- proporção maior do que ocorrem com o número de es-
lhos carros-placa. colas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Fiz as correções entre parênteses: como a regulação natural do mercado sinalizam para
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu- as inconveniências que adviriam da adoção do ensino
gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri- religioso nas escolas públicas.
mida a visibilidade social.
b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime) (A) Provocam = provoca (o posicionamento)
o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô- (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver
nicos, como “compro ouro”. (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
exposição pública a que se submetem os guardadores de pública, consistem = consiste.
carros. (D) O número de templos em atividade na cidade de
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros- São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma ção maior do que ocorrem = ocorre
demonstração de mau gosto. (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- a regulação natural do mercado sinalizam para as inconve-
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- niências que adviriam da adoção do ensino religioso nas
queles velhos carros-placa. escolas públicas.

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “E”.

4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.

109
LÍNGUA PORTUGUESA

(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.

110
MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações. .................................................................................................................................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais ............................................. 11
Regra de três ............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal ...................................................................................................................................................................................... 19
Equações e inequações......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas .................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão .......................................................................... 41
Geometria ................................................................................................................................................................................................................... 47
Matriz, determinantes e sistemas lineares .................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica ....................................................................................................................................... 70
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos .................................................................................................................................................................................. 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização ................................................... 80
14 - Rendas uniformes e variáveis. ................................................................................................................................................................... 95
15 - Planos de amortização de empréstimos e financiamentos. .......................................................................................................... 95
16 - Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento. ......................... 93
17 - Avaliação de alternativas de investimento. ........................................................................................................................................105
MATEMÁTICA

Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Números Inteiros
Os números naturais são o modelo mate-
 Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem.
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto  :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1.
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Z-={...-3, -2, -1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado).
quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
São exemplos de números racionais:
de zero.
-12/51
a) O antecessor do número m é m-1.
-3
b) O antecessor de 2 é 1.
-(-3)
c) O antecessor de 56 é 55.
-2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas
fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

1
MATEMÁTICA

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír- Exemplo 2


gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para Seja a dízima 1,1212...
ser número racional
OBS: período da dízima são os números que se repe- Façamos x = 1,1212...
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números 100x = 112,1212... .
irracionais, que trataremos mais a frente. Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

Números Irracionais
Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
Representação Fracionária dos Números Decimais - Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
com o denominador seguido de zeros. - A soma de um número racional com um número irra-
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma cional é sempre um número irracional.
casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
por diante. número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


um número racional.

Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


número racional.

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- Exemplo:  .  =  = 7 é um número racional.


tão como podemos transformar em fração?
Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-
Exemplo 1 mero natural, se não inteira, é irracional.

Transforme a dízima 0, 333... .em fração Números Reais


Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-
ma dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período. Fonte: www.estudokids.com.br

2
MATEMÁTICA

Representação na reta Semirreta direita, fechada de origem a – números reais


maiores ou iguais a a.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


INTERVALOS LIMITADOS maiores que a.
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b.

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
nores que b. 2³=2.2.2=8

Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores


que a ou iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio


Intervalo:{a,b[ número.
Conjunto {x∈R|a≤x<b}

Intervalo fechado à direita – números reais maiores


que a e menores ou iguais a b.

Intervalo:]a,b] 3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,


Conjunto:{x∈R|a<x≤b} resulta em um número positivo.

INTERVALOS IIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números re-


ais menores ou iguais a b.

4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-


Intervalo:]-∞,b] par, resulta em um número negativo.
Conjunto:{x∈R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números re-


ais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}

3
MATEMÁTICA

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas- Radiciação


sar o sinal para positivo e inverter o número que está na Radiciação é a operação inversa a potenciação
base. 

Técnica de Cálculo
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o A determinação da raiz quadrada de um número tor-
valor do expoente, o resultado será igual a zero.  na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja: 

Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

64=2.2.2.2.2.2=26

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-
ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. -se” um e multiplica.

Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
1
Observe:

De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-


n
a.b = n a .n b
tiplica-se os expoentes.
Exemplos: O radical de índice inteiro e positivo de um produto
(52)3 = 52.3 = 56 indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.

Raiz quadrada de frações ordinárias

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva- 1 1


dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- 2 2 2 2 2
2
mo expoente. Observe: =  = 1 =
(4.3)²=4².3² 3 3 3
32
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente,
podemos elevar separados. De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então:

a na
n =
b nb

4
MATEMÁTICA

O radical de índice inteiro e positivo de um quociente Racionalização de Denominadores


indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando. Normalmente não se apresentam números irracionais
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli-
Raiz quadrada números decimais minação dos radicais do denominador chama-se racionali-
zação do denominador.
1º Caso:Denominador composto por uma só parcela

Operações

Operações 2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Multiplicação

Exemplo Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-


rença de quadrados no denominador:

Divisão

Questões

01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível


Exemplo Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio.

Sabe-se que:
Adição e subtração
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. lheres.

O número de candidatos homens de nível médio é


(A) 42.
(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda,
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga-
Caso tenha: nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final.
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:

5
MATEMÁTICA

(A) José − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e


(B) Isabella − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
(C) Maria Eduarda
(D) Raoni De acordo com esses dados, ao longo da existência
desse prédio comercial, a fração do total de situações de
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: responde à
(A) 0,2222... (A) 3/20.
(B) 0,6666... (B) 1/4.
(C) 0,1616... (C) 13/60.
(D) 0,8888... (D) 1/5.
(E) 1/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível, nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) As-
então o dividendo é sinale a alternativa que apresenta o valor da expressão
(A) 131.
(B) 121.
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.
(A) 1.
05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres- (B) 2.
sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem (C) 4.
um padrão específico: (D) 8.
(E) 16.
1ª expressão: 1 x 9 + 2
08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
2ª expressão: 12 x 9 + 3 VGO/2017) Qual o resultado de ?

3ª expressão: 123 x 9 + 4 (A) 3


(B) 3/2
... (C) 5
(D) 5/2
7ª expressão: █ x 9 + ▲
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
(A) 1 111 111. (B) 2;
(B) 11 111. (C) 3;
(C) 1 111. (D) 4;
(D) 111 111. (E) 6.
(E) 11 111 111.
10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de
comercial informou que, nos cinquenta anos de existência homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas dessa equipe saíram para um atendimento externo.
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun-
do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas, Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
enquanto as demais situações haviam sido geradas por di- ção de mulheres é
ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco (A) 3/4;
geradas por displicência, (B) 8/9;
(C) 5/7;
− 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade- (D) 8/13;
quadamente; (E) 9/17.
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;

6
MATEMÁTICA

Respostas 08. Resposta: D.

01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 09. Resposta: C.
82-37=45 homens de nível médio. 2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
02. Resposta: D. 4N=12
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o N=3
vencedor.
10. Resposta: E.
03. Resposta: B. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração

X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4

Saíram no total

04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131

05. Resposta: E. MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO


A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111 DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
06. Resposta: D.

Múltiplos

Gerado por descuidos ao cozinhar: Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos


o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo

Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- O conjunto de múltiplos de um número natural
1/13) não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplican-
do-se o número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Divisores
07.Resposta: C.
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é
divisor de 12 e 15.

D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}

7
MATEMÁTICA

Observações: Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá


medir
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo. (A) mais de 30 cm.
- Todo número natural é múltiplo de 1. (B) menos de 15 cm.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
múltiplos. (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.

Máximo Divisor Comum Resposta: A.


O máximo divisor comum de dois ou mais números
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses
números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve-
mos seguir as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.

Exemplo:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-
sível
E são os fatores que temos iguais:25=32

Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A che-
gam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos
e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia,
m.d.c às
(A) 16h 30min.
Mínimo Múltiplo Comum (B) 17h 30min.
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- (C) 18h 30min.
meros é o menor número, diferente de zero. (D) 17 horas.
Para calcular devemos seguir as etapas: (E) 18 horas.
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si Resposta: E.

Exemplo:

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido,
continua aparecendo.
Assim, o mmc
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
Exemplo x-----660
x=660/60=11
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di- Então será depois de 11horas que se encontrarão
mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio 7+11=18h
entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.

8
MATEMÁTICA

Questões caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- as 3 luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma de 5%. Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia,
caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, devem as luzes das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então
ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mesma é verdade que o número máximo de premiações de 5%
quantidade de bombons. Com os bombons dessa caixa, de desconto que esse mercado poderia ter dado aos seus
podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou com 7 uni- clientes, das 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia,
dades cada um, e, nesses casos, não faltará nem sobrará seria igual a
nenhum bombom. Nessas condições, o menor valor que (A) 8.
pode ser atribuído a n é (B) 10.
(A) 280. (C) 21.
(B) 265. (D) 27.
(C) 245. (E) 33.
(D) 230.
(E) 210. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrati-
vo – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) na matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que
Considerando A o MDC (maior divisor comum) entre os nú- M.D.C. significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual
meros 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre o valor do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36
os números 12 e 20, então o valor de 2A + 3B é igual a: e 72?
(A) 72 (A) 8
(B) 156 (B) 6
(C) 144 (C) 4
(D) 204 (D) 2

03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve comer SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
3 horas. Considerando que todos foram alimentados às 8 participantes em grupos formados somente por homens
horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o fun- ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
cionário encarregado deverá servir a alimentação a todos nham o mesmo número de integrantes.
concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira. Neste caso, o número máximo de integrantes em um
(B) 14 horas de segunda-feira. grupo é:
(C) 10 horas de terça-feira. (A) 10.
(D) 20 horas de terça-feira. (B) 15.
(E) 9 horas de quarta-feira. (C) 20.
(D) 30.
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – (E) 40.
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de ferro,
uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em barras tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
maior medida possível. Nessas circunstâncias, o total de ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
ferro, é: possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
(A) 9 de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
(B) 11 de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
(C) 12 número total de grupos formados foi
(D) 13 (A) 8.
(B) 12.
05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU- (C) 13.
NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu (D) 15.
fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas (E) 18.
registradoras foi programada para acender uma luz, em
intervalos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a
cada 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3,
a luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma

9
MATEMÁTICA

09. (PREF. DE JAMBEIRO – Agente Administrativo – 03. Resposta: D.


JOTA CONSULTORIA/2016) O MMC(120, 125, 130) é: Mmc(3, 4, 5)=60
(A) 39000 60/24=2 dias e 12horas
(B) 38000 Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima ali-
(C) 37000 mentação será na terça às 20h.
(D) 36000
(E) 35000 04. Resposta: B.

10. (MPE/SP – Analista Técnico Científico – VU-


NESP/2016) Pretende-se dividir um grupo de 216 pesso-
as, sendo 126 com formação na área de exatas e 90 com
formação na área de humanas, em grupos menores con-
tendo, obrigatoriamente, elementos de cada uma dessas
áreas, de modo que: (1) o número de grupos seja o maior
possível; (2) cada grupo tenha o mesmo número x de pes- Mdc=5⋅7=35
soas com formação na área de exatas e o mesmo número y 140/35=4
de pessoas com formação na área de humanas; e (3) cada 245/35=7
uma das 216 pessoas participe de um único grupo. Nessas Portanto, serão 11 pedaços.
condições, e sabendo-se que no grupo não há pessoa com
ambas as formações, é correto afirmar que, em cada novo 05. Resposta: D.
grupo, a diferença entre os números de pessoas com for-
mação em exatas e em humanas, nessa ordem, será igual a
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5
Mmc(15, 30, 45)=90 minutos
Respostas
Ou seja, a cada 1h30 minutos tem premiações.
Das 9 ate as 21h30min=12h30 minutos
01. Resposta: E.

9 vezes no total, pois as 9 horas acendeu.


Como são 3 premiações: 9x3=27

06. Resposta: C.

Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210

02. Resposta: E.

Mmc(6,8)=24

Para o cálculo do mdc, devemos multiplicar os comuns:


MDC(24,60)=2²⋅3=12

Mdc(30, 36, 72) =2x3=6


Portanto: 24/6=4

Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60
2A+3B=24+180=204

10
MATEMÁTICA

07. Resposta: E. - eles são múltiplos de 2, pois terminam com números


pares.
E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9

NÚMEROS E GRANDEZAS
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS: RAZÕES E
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
08. Resposta:B. PROPORCIONAIS

Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e


b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a
para b por a/b  ou a : b. 
Exemplo: 
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25
moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o
MDC(84,96)=2²x3=12 número de moças. (lembrando que razão é divisão) 

09. Resposta: A.

Proporção

Proporção é a igualdade entre duas razões. A propor-


ção entre A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções


Mmc(120, 125, 130)=2³.3.5³.13=39000 Numa proporção:

10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum)
Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8,


pois:
Mdc(90, 125)=2.3²=18

Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
90/18 = 5 grupos de humanas esteja em proporção com 4/6.
A diferença é de 7-5=2 Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
ma:

11
MATEMÁTICA

Segunda propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para o se-
gundo termo, assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto termo.
Então temos:

     ou     
Ou
     ou     

Terceira propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos antecedentes está para a soma ou a diferença dos conse-
quentes, assim como cada antecedente está para o seu respectivo consequente. Temos então:

     ou     
Ou
     ou     

Grandezas Diretamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....

Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Distância(km) Combustível(litros)
13 1
26 2
39 3
52 4

Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?


Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

12
MATEMÁTICA

Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo?? Questões


Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela me- 01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-
tade. TO AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma so-
ciedade para fabricação e venda de cachorro quente. João
Diretamente Proporcionais iniciou com um capital de R$ 30,00 e Marcos colaborou
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di- com R$ 70,00. No primeiro final de semana de trabalho, a
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos reinvestiram
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$ 140,00
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P. de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicial-
mente, qual é o valor que João e Marcos devem receber
desse lucro, respectivamente?
(A) 30 e 110 reais.
(B) 40 e 100 reais.
A solução segue das propriedades das proporções: (C) 42 e 98 reais.
(D) 50 e 90 reais.
(E) 70 e 70 reais.

02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma


Exemplo empresa, trabalham oito funcionários, na mesma função,
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. mas com cargas horárias diferentes: um deles trabalha 32
Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ga- horas semanais, um trabalha 24 horas semanais, um tra-
nhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada balha 20 horas semanais, três trabalham 16 horas sema-
um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prê- nais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas semanais.
No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de
mio de forma diretamente proporcional?
R$ 74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que
a parte de cada um seja diretamente proporcional à sua
carga horária semanal.
Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença
entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de
(A) 10.000,00.
(B) 8.000,00.
(C) 20.000,00.
(D) 12.000,00.
(E) 6.000,00.
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
Inversamente Proporcionais NESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas entrevis-
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., tas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi
Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decom- composta da seguinte maneira:
por este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. – 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;
A montagem do sistema com n equações e n incógni-
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso – 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados
da Região Sudeste.

Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o nú-


mero de entrevistas realizadas em São Paulo e o número
total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de
cuja solução segue das propriedades das proporções: (A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
(C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
(E) 3 para 8.

04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIR-


VGO/2017) Em relação à prova de matemática de um con-
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão
entre o número de questões que ela errou para o total de
questões da prova é de

13
MATEMÁTICA

(A) 2/3 Nessas condições, é correto afirmar que a diferença


(B) 1/2 entre o número de caixas carregadas em A e o número de
(C) 1/3 caixas carregadas em B foi igual a
(D) 3/2 (A) 304.
(B) 286.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (C) 224.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 (D) 216.
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a (E) 198.
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí-
10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente
Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente pro-
de idades, os seguintes valores:
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. porcionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. e 8 anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. aos dois filhos com maior idade é igual a:
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) R$2.500,00
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) R$3.200,00
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer- Respostas
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível 01. Resposta: C.
preencher totalmente esse mesmo compartimento com- 30k+70k=140
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- 100k=140
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o K=1,4
número de caixas Q utilizadas será igual a 30⋅1,4=42
(A) 10. 70⋅1,4=98
(B) 28.
(C) 18.
02. Resposta: A.
(D) 22.
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
(E) 30.
32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU- 74000/148=500
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí- O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que 32⋅500=16000
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 12⋅500=6000
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram A diferença é: 16000-6000=10000
pagos a cada um deles.
03. Resposta:B.
Fornecedor A B C 2500+1500=4000 entrevistas
Valor pago 22,5 X 37,5
Valor devido Y 40 z

Sabe-se que os valores pagos foram diretamente pro-


porcionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nes-
sas condições, é correto afirmar que o valor total devido a 04. Resposta: C.
esses três fornecedores era, antes dos pagamentos efetu- Se Paula acertou 32, errou 16.
ados, igual a
(A) R$ 90.000,00.
(B) R$ 96.500,00.
(C) R$ 108.000,00.
(D) R$ 112.500,00.
(E) R$ 120.000,00.
05. Resposta: E.
09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- 2k+5k+8k=240
NESP/2017) O transporte de 1980 caixas iguais foi total- 15k=240
mente repartido entre dois veículos, A e B, na razão direta K=16
das suas respectivas capacidades de carga, em toneladas. Alfredo: 2⋅16=32
Sabe-se que A tem capacidade para transportar 2,2 t, en- Bernardo: 5⋅16=80
quanto B tem capacidade para transportar somente 1,8 t. Caetano: 8⋅16=128

14
MATEMÁTICA

06. Resposta: E.
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 REGRA DE TRÊS
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q,
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K

Regra de três simples

Q=30 caixas Regra de três simples é um processo prático para re-


solver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um
07. Resposta: E. valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:

Y=90/3=30 1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da


mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha
as grandezas de espécies diferentes em correspondência.

X=120/4=30 2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou in-


versamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.


Z=150/3=50 Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em
quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade
utilizada fosse de 480km/h?
08. Resposta: E.
Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400-----------------3
X=1,05 480---------------- x
Se o irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50
2) Identificação do tipo de relação:

Velocidade----------tempo
X=1,20 400↓-----------------3↑
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm 480↓---------------- x↑

Obs.: como as setas estão invertidas temos que inver-


09. Resposta: E. ter os números mantendo a primeira coluna e invertendo a
2,2k+1,8k=1980 segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo
4k=1980 e o que está em baixo na segunda coluna vai para cima
K=495
2,2x495=1089 Velocidade----------tempo
1980-1089=891 400↓-----------------X↓
1089-891=198 480↓---------------- 3↓

10. Resposta: B. 480x=1200


X=25

A+B+C=4500 Regra de três composta


4p+6p+8p=4500 Regra de três composta é utilizada em problemas com
18p=4500 mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor-
P=250 cionais.
B=6p=6x250=1500
C=8p=8x250=2000
1500+2000=3500

15
MATEMÁTICA

Exemplos: 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação


e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários mo tempo.
para descarregar 125m³? A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
A máquina A faz 100 cópias em
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- (A) 44 minutos.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as (B) 46 minutos.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: (C) 48 minutos.
(D) 50 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (E) 52 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑
5↑------------------x↓----------------------125↑ 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
- MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
la onde está o x. dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
Observe que: rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o correto?
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente (A) 6h 8 min
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- (B) 6h 50min
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras (C) 9h 20 min
razões de acordo com o sentido das setas. (D) 9h 33min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Horas --------caminhões-----------volume 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


8↑----------------20↓----------------------160↓ NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
5↑------------------x↓----------------------125↓ preços de acordo com a tabela:

Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican-


do:

Horas --------caminhões-----------volume Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-


5----------------20----------------------160 -feira. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse
8------------------x----------------------125 almoço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que
essa quantidade é, em gramas, igual a

(A) 375.
(B) 380.
(C) 420.
Logo, serão necessários 25 caminhões (D) 425.
(E) 450.
Questões

01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- 05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina- NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente
das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba- embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fos-
lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra- sem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 sacos necessários para embalar todo o carregamento seria
dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que igual a
trabalhar para realizar a tarefa é (A) 420.
(A) 6. (B) 375.
(B) 7. (C) 370.
(C) 8. (D) 345.
(D) 9. (E) 320.
(E) 10.

16
MATEMÁTICA

06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR- Respostas


VGO/2017) Quarenta e oito funcionários de uma certa em-
presa, trabalhando 12 horas por dia, produzem 480 bolsas 01. Resposta: C.
por semana. Quantos funcionários a mais, trabalhando 15 ↑Apostilas ↑ horas dias↓
horas por dia, podem assegurar uma produção de 1200 300------------------5--------------4
bolsas por semana? 360-----------------x----------------3
(A) 48
(B) 96 ↑Apostilas ↑ horas dias↑
(C) 102 300------------------5--------------3
(D) 144 360-----------------x----------------4

07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) Durante 90 dias, 12 operários constroem uma 900x=7200
loja. Qual o número mínimo de operários necessários para X=8
fazer outra loja igual em 60 dias?
(A) 8 operários. 02. Resposta: D.
(B) 18 operários. Como a máquina A faz 20% a mais:
(C) 14 operários. Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias.
(D) 22 operários. 120------60 minutos
(E) 25 operários 10-------x
X=50 minutos

08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) A va- 03. Resposta: C.


zão de uma torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tem- ↑Operário ↓horas dias↑
po necessário para essa torneira encher completamente 12--------------8------------14
um reservatório retangular, cujas medidas internas são 1,5 18----------------x------------8
metros de comprimento, 1,2 metros de largura e 70 centí- Quanto mais horas, menos operários
metros de profundidade é de: Quanto mais horas, menos dias
(A) 1h 16min 00s
(B) 1h 15min 36s
(C) 1h 45min 16s
(D) 1h 50min 05s
(E) 1h55min 42s
8⋅18x=14⋅12⋅8
X=9,33h
09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IE- 9 horas e 1/3 da hora
SES/2017) Trabalhando durante 6 dias, 5 operários produ- 1/3 de hora é equivalente a 20 minutos
zem 600 peças. Determine quantas peças serão produzidas 9horas e 20 minutos
por sete operários trabalhando por 8 dias:
(A) 1120 peças 04. Resposta:C.
(B) 952 peças 12,50------250
(C) 875 peças 21----------x
(D) 1250 peças X=5250/12,5=420 gramas

05. Resposta: E.
10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- Sacos kg
NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6 240----40
funcionários, todos com a mesma capacidade de produção, x----30
trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20 Quanto mais sacos, menos areia foi
funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais, colocada(inversamente)
deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 48.
(B) 50.
(C) 46.
(D) 54. 30x=9600
(E) 52. X=320

17
MATEMÁTICA

06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas

X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários

07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)

60x=1080
X=18

08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min

09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x

30x=33600
X=1120

10. Resposta: D.

Como o exercício pede em minutos, vamos transformar 3 horas em minutos

3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x

18
MATEMÁTICA

As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m


    Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²). 
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. 

Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.

19
MATEMÁTICA

Volume

Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.

Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. 
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo

A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).


É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades

Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo

Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou
30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?

20
MATEMÁTICA

Questões

01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-


rios- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote
de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que
imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20
minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o servi-
ço restante passa a ser feito pela máquina B, que imprime
Não podemos ter 66 minutos, então temos que trans- 4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B
ferir para as horas, sempre que passamos de um para o levará para imprimir o restante do lote de folhetos é
outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 (A) 14 horas e 10 minutos.
hora=60 minutos (B) 14 horas e 05 minutos.
Então fica: 16h 6 minutos 25segundos (C) 13 horas e 45 minutos.
(D) 13 horas e 30 minutos.
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação (E) 13 horas e 20 minutos.
inversa.
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
Subtração NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h
16h 6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minu- 15 min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica,
tos. Quanto tempo ficou fora? então o tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta,
foi igual a
(A) 1/2h.
(B) 3/4h.
(C) 1h.
(D) 1h 15min.
(E) 1 1/2h.
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
mesma forma que conta de subtração.
NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 li-
1hora=60 minutos
tros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produ-
ção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300
mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto
afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quan-
tidade de caixinhas P igual a
(A) 25000.
Multiplicação (B) 24500.
(C) 23000.
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas (D) 22000.
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? (E) 20500.

04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-


VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
Divisão (B) 160
5h 20 minutos :2 (C) 1600
(D) 16000

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o in-
tervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há
1h 20 minutos, transformamos para minutos 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o
:60+20=80minutos término das aulas de João se dá às:

21
MATEMÁTICA

(A) 22h30min 10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)


(B) 22h40min Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
(C) 22h50min m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
(D) 23h 40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
(E) Nenhuma das anteriores em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
obter
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (A) 6 pedaços.
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km (B) 8 pedaços.
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em (C) 9 pedaços.
1h20min. (D) 5 pedaços.
(E) 7 pedaços.
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com
a época em que era jovem, Arquimedes precisa de mais: Respostas
(A) 10 minutos;
(B) 7 minutos; 01. Resposta: E.
(C) 5 minutos; 3h 20 minutos-200 minutos
(D) 3 minutos;
(E) 2 minutos. 5000-----40
x----------200
07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- x=1000000/40=25000
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um ho-
rário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000
trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma
velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito 4500-------48
intenso e gastou 48min. 75000------x
X=3600000/4500=800 minutos
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é: 800/60=13,33h
(A) 36; 19 horas e 1/3 hora
(B) 40; 19h e 20 minutos
(C) 48;
(D) 50; 02. Resposta: C.
(E) 60.

08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr –


IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das
12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o tem-
po que Carlos almoçou nesse dia é:
(A) 1840
(B) 1620
(C) 1780
(D) 2120 Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida
e volta demorou 1 hora.
00. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de 03. Resposta:A.
abastecimento com 36.000 litros de gasolina em seu re- 4500/3=1500 litros para as caixinhas
servatório. Parte dessa gasolina é transferida para dois tan- 1500litros=1500000ml
ques de armazenamento, enchendo-os completamente. 1500000/300=5000 caixinhas por dia
Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e esta- 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
vam, inicialmente, vazios.
Após a transferência, quantos litros de gasolina resta- 04. Resposta:A.
ram no caminhão-tanque? 14400litros=14400000 ml
(A) 35.722,00
(B) 8.200,00
(C) 3.577,20
(D) 357,72
(E) 332,20 200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas

22
MATEMÁTICA

05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu-
1h20min=60+20=80min mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação,
torna-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos

A diferença é de 3 minutos

07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o
tempo(inversamente)

A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a


equação também.
No exemplo temos:
3x+300
80v=48V+960
Outro lado: x+1000+500
32V=960
E o equilíbrio?
V=30km/h
3x+300=x+1500
30km----60 min
Quando passamos de um lado para o outro invertemos
x-----------80
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200
X=600
60x=2400
Exemplo
X=40km
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao do-
08 Resposta: B.
bro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e Pierre.
12:45 até 13:12 são 27 minutos
Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui a dez
27x60=1620 segundos
anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro
tem hoje.
09. Resposta: B.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje
1m³=1000litros
é:
36000/1000=36 m³
(A) 72;
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
(B) 69;
(C) 66;
10.Resposta: E.
(D) 63;
1,7m=170cm
(E) 60.
1,45m=145 cm
Resolução
170/40=4 resta 10
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
145/40=3 resta 25
na linguagem matemática o que está no texto.
4+3=7

23
MATEMÁTICA

“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”


Pi=Pa+3
“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
idade que Pedro tem hoje.”
Exemplo

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da


soma das idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa
, portanto não há solução real.
Lembrando que:
Pi=Pa+3 2.

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3 3.
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69

Resposta: B.

Equação 2º grau
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada
A equação do segundo grau é representada pela fór- real de um número negativo.
mula geral:
Se , há duas soluções iguais:

Onde a, b e c são números reais,

Discussão das Raízes Se , há soluções reais diferentes:

1.

Relações entre Coeficientes e Raízes

Dada as duas raízes:


Se for negativo, não há solução no conjunto dos
números reais.

Se for positivo, a equação tem duas soluções:

24
MATEMÁTICA

Soma das Raízes Substituindo em A


A=44-26=18
Ou A=44-18=26
Resposta: B.

Produto das Raízes Inequação


Uma inequação é uma sentença matemática expressa
por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desi-
gualdade. Veja os sinais de desigualdade:
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci-
das as raízes >: maior 
<: menor
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: ≥: maior ou igual 
≤: menor ou igual 
x²-Sx+P=0

Exemplo O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da


equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplicação
Solução de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a parte
S=x1+x2=-2+7=5 da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da
P=x1.x2=-2.7=-14 desigualdade.
Então a equação é: x²-5x-14=0
Exemplo 1
Exemplo 4x + 12 > 2x – 2
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A 4x – 2x > – 2 – 12
soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando 2x > – 14
somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A x > –14/2
mais velha das duas tem: x>–7
(A) 24 anos
(B) 26 anos Inequação-Produto
(C) 31 anos
(D) 33 anos Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun-
Resolução ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo
A+J=44 da desigualdade em cada função e obter a resposta final
A²+J²=1000 realizando a intersecção do conjunto resposta das funções.
A=44-J
Exemplo
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000 a)(-x+2)(2x-3)<0
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64

Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.

25
MATEMÁTICA

O método de resolução se assemelha muito à resolu-


ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
dessas funções.
Exemplo
Resolva a inequação a seguir:

x-2≠0 Portanto: 
x≠2 S = { x   R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas. 
Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
grau:  Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.

Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.

Vamos achar a solução de cada inequação. 


4x + 4 ≤ 0 
4x ≤ - 4 
x ≤ - 4 : 4 
x ≤ - 1 

S1 = {x   R | x ≤ - 1} 
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: 
x + 1 ≤ 0 
x ≤ - 1 

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. 

S2 = { x   R | x ≤ - 1} 
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
temos:  S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
S = S1 ∩ S2

26
MATEMÁTICA

Questões 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-


VGO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x²
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - - 6x + 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é
MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um nú- (A) 3
mero natural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes (B) 2
esse número. Qual é esse número? (C) −1
(A) 2 (D) −6
(B) 3
(C) 4 07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017)
(D) 5 Em setembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a
4/5 do seu salário bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- salário líquido recebido nesse mês para pagamento do alu-
NESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à guel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ain-
cidade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre da, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário
1/3 do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte bruto do mês de setembro foi igual a
da cidade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, (A) R$ 6.330,00.
percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a (B) R$ 5.625,00.
soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os (C) R$ 5.550,00.
pontos em que pararam é igual a 28 km, então a distância (D) R$ 5.125,00.
entre os pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, (E) R$ 4.500,00.
igual a
(A) 26. 8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUN-
(B) 24. RIO/2017) Daqui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua
(C) 20. idade atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte
(D) 18. idade:
(E) 16. (A) 12.
(B) 14.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (C) 16.
NESP/2017) Nelson e Oto foram juntos a uma loja de ma- (D) 17.
teriais para construção. Nelson comprou somente 10 uni- (E) 18.
dades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto
comprou 7 unidades iguais do mesmo produto P, e gastou 09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Profes-
mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valo- sor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raí-
res totais das compras de ambos foram exatamente iguais, zes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2?
então o preço unitário do produto P foi igual a (A) 1/2 .
(A) R$ 225,00. (B) 3.
(B) R$ 200,00. (C) 3/2 .
(C) R$ 175,00. (D) 12.
(D) R$ 150,00. (E) 28.
(E) R$ 125,00.
10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Adminis-
04. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni- tração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar
co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considere para João qual era a sua idade atual, recebi a seguinte res-
a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a alternati- posta:
va que apresenta a soma das duas soluções dessa equação. - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, di-
(A) 0. minuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás
(B) 1. representa a minha idade atual.
(C) -1. A soma dos algarismos do número que representa, em
(D) 6. anos, a idade atual de João, corresponde a:
(E) -6. (A) 6
(B) 7
05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR- (C) 10
VGO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos, (D) 14
15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total de
269 rodas, quantos carros tem no estacionamento?
(A) 45
(B) 47
(C) 50
(D) 52

27
MATEMÁTICA

RESPOSTAS 07. Resposta: B.


Salário liquido: x
01. Resposta: B.
2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

10x+6x+40500=25x
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém. 9x=40500
X=4500
02. Resposta: C.
Salario fração
y---------------1
4500---------4/5

Mmc(3,4)=12

4x+3x=336
7x=336
X=48 08. Resposta: D.
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km Idade atual: x
48-28=20 km entre P e Q. X+24=3x
2x=24
03. Resposta:B. X=12
Sendo x o valor do material P Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
10x=7x+600
3x=600 09. Resposta: C.
X=200 ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
04. Resposta: E. ∆=400
2x²+12x+10=0
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64

A soma das duas é -1-5=-6

05. Resposta:B.
Vamos fazer a conta de rodas:
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
4x=269-36-45
4x=188
X=47 10. Resposta: C.
Atual:x
06. Resposta: B 5(x+8)-5(x-3)=x
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 5x+40-5x+15=x
36-24m+12=0 X=55
-24m=-48 Soma: 5+5=10
M=2

28
MATEMÁTICA

O conjunto B é denominado contradomínio, CD.


FUNÇÕES Cada elemento x do domínio tem um correspondente
y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores
de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
Diagrama de Flechas imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:

Gráfico Cartesiano

No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-


domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im
= {6, 9, 12}

Classificação das funções

Injetora: Quando para ela elementos distintos do do-


mínio apresentam imagens também distintas no contrado-
mínio.
Muitas vezes nos deparamos com situações que en-
volvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser
pago na conta de luz depende do consumo medido no pe-
ríodo; o tempo de uma viagem de automóvel depende da
velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas,
o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e pode-
mos definir com mais rigor o que é uma função matemáti-
ca utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)

Domínio, contradomínio, imagem


O domínio é constituído por todos os valores que po-
dem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem
da função é formada por todos os valores correspondentes
da variável dependente.
O conjunto A é denominado domínio da função, indi-
cada por D. O domínio serve para definir em que conjun-
to estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a
variável x.

29
MATEMÁTICA

Bijetora: Quando apresentar as características de fun- Função Decrescente: a < 0


ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, Nesse caso, os valores de y, caem.
elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos
os elementos do contradomínio são imagens de pelo me-
nos um elemento do domínio.

Função 1 grau Raiz da função


A função do 1° grau relacionará os valores numéricos Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
Estudo dos Sinais a seguir:
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente,
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente.
Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
Função Crescente: a > 0
neralização com base na própria lei de formação da função,
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá-
considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
fico que os valores de y vão crescendo.
X=-b/a

Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema


com duas equações para acharmos o valor de a e b.

Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.

F(1)=1a+b
3=a+b

F(3)=3a+b
5=3a+b

Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II

3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4

30
MATEMÁTICA

b=2 Raízes
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1

Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do se-
gundo grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2) Vértices e Estudo do Sinal
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua- Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada
drática e deve ser o maior termo. para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a pa-
rábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de
Considerações máximo V. 
Em qualquer caso, as coordenadas de V são 
Concavidade . Veja os gráficos:
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para
baixo se a<0

Discriminante(∆)

∆=b²-4ac

∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0

∆=0

Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao


eixo x, no ponto

Repare que, quando tivermos o discriminante , as


duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais

∆<0

A função não tem raízes reais

31
MATEMÁTICA

Equação Exponencial Função decrescente


Se   temos uma função exponencial de-
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expo- crescente em todo o domínio da função.
ente de uma ou mais potências de bases positivas e dife- Neste outro gráfico podemos observar que à medida
rentes de 1. que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que
a curva da função é decrescente.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

Solução

A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em
função da definição da função exponencial, temos que:
Função exponencial Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
A expressão matemática que define a função exponen- temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ros a estudar as propriedades desse número.
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável. O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
Função crescente e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
Se   temos uma função exponencial crescente, pode ser escrita como a potência de base e com expoente
qualquer que seja o valor real de x. x, isto é: 
No gráfico da função ao lado podemos observar que à ex = exp(x)
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente. Propriedades dos expoentes
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax  

Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que:

A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N


na base a

32
MATEMÁTICA

Ainda com base na definição podemos estabelecer Função Logarítmica


condições de existência:
Uma função dada por , em que
a constante a é positiva e diferente de 1, denomina-se fun-
ção logarítmica.
Exemplo

Consequências da Definição

Questões

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Uma


locadora de automóveis oferece dois planos de aluguel de
carros a seus clientes:
Propriedades
Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem
livre.

Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilô-


metro rodado.

Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos qui-


lômetros precisam ser rodados para que o valor do aluguel
pelo Plano A seja igual ao valor do aluguel pelo Plano B?

(A) 30.
Mudança de Base (B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.

Exemplo 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: vendedor recebe um salário mensal composto de um valor
a)log 6 fixo de R$ 1.300,00 e de uma parte variável. A parte variá-
b) log1,5 vel corresponde a uma comissão de 6% do valor total de
c) log 16 vendas que ele fez durante o mês. O salário mensal desse
Solução vendedor pode ser descrito por uma expressão algébrica
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781 f(x), em função do valor total de vendas mensal, represen-
b) tado por x.
c)
A expressão algébrica f(x) que pode representar o salá-
rio mensal desse vendedor é

33
MATEMÁTICA

(A) f(x) = 0,06x + 1.300.


(B) f(x) = 0,6x + 1.300.
(C) f(x) = 0,78x + 1.300.
(D) f(x) = 6x + 1.300.
(E) f(x) = 7,8x + 1.300.

03. (CONSANPA – Técnico Industrial – FADESP/2017)


Um reservatório em formato de cilindro é abastecido por
uma fonte a vazão constante e tem a altura de sua coluna
d’água (em metros), em função do tempo (em dias), descri-
ta pelo seguinte gráfico:

Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são

(A) -0,5 e 2,5.


(B) -0,5 e 3.
Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros,
(C) -1 e 2.
o número de dias necessários para que a fonte encha o
(D) -1 e 2,5.
reservatório inicialmente vazio é
(E) -1 e 3.
(A) 18
(B) 12 06. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017)
(C) 8 A soma das coordenadas do vértice da parábola da função
(D) 6 f(x) = – x² + 8x – 12 é igual a:
(A) 4
(B) 6
04. (TRT – 14ªREGIÃO -Técnico Judiciário – (C) 8
FCC/2016) Carlos presta serviço de assistência técnica de (D) 10
computadores em empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até
o local, mais R$ 25,00 por hora de trabalho até resolver o 07. (EMBASA – Assistente de Laboratório –
problema (também são cobradas as frações de horas traba-
lhadas). Em um desses serviços, Carlos resolveu o problema IBFC/2017) Substituindo o valor da raiz da função
e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite concluir que , na função g(x) = x2 - 4x + 5, encontramos
ele trabalhou nesse serviço
como resultado:
(A) 5 horas e 45 minutos.
(B) 6 horas e 15 minutos. (A) 12
(C) 6 horas e 25 minutos. (B) 15
(D) 5 horas e 25 minutos. (C) 16
(E) 5 horas e 15 minutos. (D) 17

08. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-


05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Quantos valores reais
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- de x fazem com que a expressão as-
contram-se representados o gráfico da função de segundo suma valor numérico igual a 1?
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

34
MATEMÁTICA

09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
em R+ é: rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.

(A) Respostas

01. Resposta: D.

90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km

(B) 02. Resposta: A.

6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300

03. Resposta: A.

(C)

2x=36
X=18

04.Resposta: B.
(D) F(x)=12+25x
X=hora de trabalho

168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos

(E) Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos

05. Resposta: E.
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de (x-2)(x+2)=x²-4
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
tamente uma raiz? A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
(A) 0 Y=ax+b
(B) 3 -1=b
(C) 6 3=2a-1
(D) 9 2a=4
(E) 12 A=2
Y=2x-1

35
MATEMÁTICA

Igualando a função do primeiro grau e a função do se-


gundo grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16 A base for -1 desde que o expoente seja par:
X²-5x+5=-1
X²-5x+6=0

∆=25-24=1

06. Resposta:C.

Vamos substituir esses dois valores no expoente


X=2:
X²+4x-60
2²+8-60==48
A soma das coordenadas é igual a 8 X=3
3²+12-60=-39
07. Resposta: D.
Portanto, serão 5 valores.

09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.

10. Resposta: E.
-2x=-12 Kx=(x+3)²
X=6 Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Substituindo em g(x) Para ter uma raiz, ∆=0
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 ∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
08. Resposta: D. 36-12k+k²-36=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k²-12k=0
X²+4x-60=0 k=0 ou k=12
∆=4²-4.1.(-60)
∆=16+240 11. Resposta:C.
∆=256

A base pode ser igual a 1:


X²-5x+5=1
X²-5x+4=0
∆=25-16=9

36
MATEMÁTICA

Histogramas
GRÁFICOS E TABELAS
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas
de valores em x.
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve: Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
possível. como numa pizza.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspec-
tos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.

Tipos de gráficos
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.

Barra vertical

Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br

Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-


mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais


Fonte: tecnologia.umcomo.com.br fácil a compreensão de todos sobre um tema.
Barra horizontal

Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-


lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.

Podem ser tabelas simples:


Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?
aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio
lógico
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

37
MATEMÁTICA

Questões

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na Pes-


quisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, re-
alizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupação da
população em idade para trabalhar. Esses dados, em por-
centagem, encontram-se indicados na apresentação gráfi-
ca abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017.

O número médio de carros vendidos por dia nesse pe-


ríodo foi igual a
(A) 10.
(B) 9.
(C) 8.
(D) 7.
(E) 6.

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta 04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se-
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014. cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti-
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova
(A) 15%. de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta-
(B) 25%. gens referentes a cada conceito foram substituídas por x
(C) 50%. ou por múltiplos e submúltiplos de x.
(D) 75%.
(E) 90%.

02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distri-
buição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa
de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso destes.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida


do ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
presenta o conceito BOM é igual a
(A) 144º.
O número total de ônibus dessa empresa é (B) 135º.
(C) 126º
(A) 270. (D) 117º
(B) 250. (E) 108º.
(C) 220
(D) 180. 05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016)
(E) 120.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes à
veiculação de um anúncio promocional.

38
MATEMÁTICA

Tendo como referência o gráfico precedente, que mos- Pode-se concluir que
tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta. salários.
(A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte- (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei- (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte. da total.
(B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe- (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da renda total.
arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
tâneo de gastos e de arrecadação.
(C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis- 08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)
trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
arrecadação de receitas. em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
(D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os dos dados.
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas. xi fi
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor 30-35 4
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti- 35-40 12
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de 40-45 10
2015. 45-50 8
50-55 6
06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- TOTAL 40
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.

(A)

(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de


Linha. (B)
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de
(C)
Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico
de Linha.

07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A


distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná- (D)
rios é dada na tabela seguinte. 

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8 (E)
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

39
MATEMÁTICA

09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES- A partir das informações e do gráfico apresentados,
PE/2015) julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário


Nacional
— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –
InfoPen, ( ) Certo ( ) Errado
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional
Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adap-
tações) Respostas

A tabela mostrada apresenta a quantidade de deten- 01. Resposta: E.


tos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. 13,7/7,2=1,90
Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela Houve um aumento de 90%.
razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e
a quantidade de detentos no sistema penitenciário — re-
gistrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média 02. Resposta:D
nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes. 81+27=108
Com base nessas informações e na tabela apresentada, 108 ônibus somam 60%(100-35-5)
julgue o item a seguir. 108-----60
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Bra- x--------100
sil se encontrava na região Sudeste. x=10800/60=180

( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.
10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-
PE/2015)

04. Resposta: A.

X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois me-
ses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a des-
pesa.

40
MATEMÁTICA

ESTATÍSTICA DESCRITIVA, AMOSTRAGEM,


TESTE DE HIPÓTESES E ANÁLISE DE
REGRESSÃO

Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais
para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro
populacional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve
afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que
represente a afirmação e outra, seu complemento. Quan-
06. Resposta: C. do uma é falsa, a outra é verdadeira.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
ou pizza e de linha contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
07. Resposta: D. afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários Vamos ver como montar essas hipóteses
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Um caso bem simples.
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6 Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18 Há uma regrinha para formular essas hipóteses
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 Formulação verbal Formulação
H0 Formulação verbal Ha
Matemática
08. Resposta: A. A média é A média é
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...maior ou igual
40-45, 35-40, a k. ...menor que k

....pelo menos k. ... abaixo de k


09. Resposta: CERTA.
555----100% ...não menos que ...menos que k.
x----55% k.
x=305,25 ...menor ou igual ..maior que k
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas. a k.
... acima de k
....no máximo k.
10. Resposta: ERRADO. ...mais do que
Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no ...não mais que k. k.
... não igual
eixo x e não simplesmente um dado.
... igual a k. a k.

Referências .... k. .... diferente


http://www.galileu.esalq.usp.br de k.
...exatamente k.
...não k.
Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o
índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é
menor que 2,5 galões por minuto.

41
MATEMÁTICA

Classes Frequências
41 |------- 45 7
Referências 45 |------- 49 3
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pe- 49 |------- 53 4
arson Prentice Hall, 2010. 53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em Total 20
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa Média aritmética
população. Média aritmética de um conjunto de números é o valor
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Frequência Absoluta ro de elementos do conjunto.
É o número de vezes que a variável estatística assume Representemos a média aritmética por .
um valor. A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
Frequência Relativa média aritmética para variáveis quantitativas.
É o quociente entre a frequência absoluta e o número Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
de elementos da amostra. diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos: mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:

Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-


res, obteremos a média aritmética das alturas:

Distribuição de frequência sem intervalos de classe:


É a simples condensação dos dados conforme as repeti- A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
ções de seu valores. Para um ROL  de tamanho razoável
esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exi- Média Ponderada
ge muito espaço. Veja exemplo abaixo: A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
Dados Frequência
peso” é chamada média aritmética ponderada.
41 3
42 2
43 1
44 1
45 1
46 2 Mediana (Md)
50 2 Sejam os valores escritos em rol:
51 1
52 1
54 1
57 1 1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal
58 2 que o número de termos da sequência que precedem
60 2 é igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é
Total 20 termo médio da sequência ( ) em rol.
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido
Distribuição de frequência com intervalos de classe: pela média aritmética entre os termos e , tais que o
Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racional número de termos que precedem é igual ao número de
efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
classe. mética entre os termos centrais da sequência ( ) em rol.

42
MATEMÁTICA

Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}

Solução: Isto é:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12

Resposta: Md=12. E para amostra

Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Exemplo 1:
Solução: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem- tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
-se: Jogo Número de pontos
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit- 1 22
mética entre os dois termos centrais do rol. 2 18
3 13
Logo: 4 24
5 26
Resposta: Md=15 6 20
7 19
Moda (Mo)
8 18
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência. a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Observação: Solução:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser úni- a) A média de pontos por jogo é:
ca.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de
Variância uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos
de um conjunto de números em relação à sua média arit-
mética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim
definido:

Seja o conjunto de números , tal que é


sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto,
e indica-se por , o número:

43
MATEMÁTICA

Desvio padrão

Definição
Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto,
e indica-se por , o número:

Isto é:

Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
a) Sendo a estatura média, temos:

b) Sendo o desvio padrão, tem-se:

Questões

01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem
curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a
média salarial somente dos funcionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que
a média salarial dos funcionários dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00.
(E) R$ 3.600,00.

02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão.

A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso,
que continha 5 questões de múltipla escolha
Número de acertos Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66
0 24

44
MATEMÁTICA

A média de acertos por prova foi de


(A) 3,57.
(B) 3,43
(C) 3,32.
(D) 3,25.
(E) 3,19.

03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no período
matutino e 10 classes no período vespertino. O número médio de alunos por classe no período matutino é 20, e, no período
vespertino, é 25. Considerando os dois períodos citados, a média aritmética do número de alunos por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
(C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.

04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual – FCC/2016) Para responder à questão, considere as informações
abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em um deter-
minado dia.

Considerando a avaliação média individual de cada funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas
é igual a
(A) 0,32.
(B) 0,21.
(C) 0,35.
(D) 0,18.
(E) 0,24.

05. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn
. A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for
par. Uma prova composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte relaciona o número de
acertos obtidos na prova com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos.

Número de acertos Número de alunos


0 4
1 5
2 4
3 3
4 5
5 3

A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova.
A mediana dos números de acertos é igual a
(A) 1,5
(B) 2
(C) 2,5
(D) 3
(E) 3,5

45
MATEMÁTICA

06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
semestre de 2016. foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Mës Empréstimos R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Janeiro 15 (A)) R$ 2.002,00.
Fevereiro 25 (B) R$ 2.006,00.
Março 22 (C) R$ 2.010,00.
(D) R$ 2.004,00.
(E) R$ 2.008,00.
Abril 30
Maio 28
Junho 15
10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
Dadas as afirmativas, FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
mês. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
II. A mediana da série de valores é igual a 26. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
III. A moda da série de valores é igual a 15.
50 55 55 55 55 60
verifica-se que está(ão) correta(s) 62 63 65 90 90 100
(A) II, apenas.
(B) III, apenas. O número de funcionários com pontuação acima da
(C) I e II, apenas. média é:
(D) I e III, apenas. (A) 3;
(E) I, II e III. (B) 4;
(C) 5;
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas (D) 6;
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- (E) 7.
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
xo.
Respostas

Replicatas Laboratório
1 2 3 4 01. Resposta: E.
1 30,3 30,9 30,3 30,5 S=cursam superior
2 30,4 30,8 30,7 30,4 M=não tem curso superior
3 30,0 30,6 30,4 30,7
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
Desvio
0,20 0,15 0,21 0,15
Padrão
Utilize essa tabela para responder à questão. S+M=600000
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o
de número
(A) 1.
(B) 2. S=420000
(C) 3. M=600000-420000=180000
(D) 4.

08. (ANAC – Analista Administrativo- ESAF/2016)


Os valores a seguir representam uma amostra

331546248 02. Resposta:B.

Então, a variância dessa amostra é igual a


(A) 4,0
(B) 2,5.
(C) 4,5.
(D) 5,5
(E) 3,0

46
MATEMÁTICA

03. Resposta: D. 08. Resposta: C.

M=300

V=250

09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
04. Resposta: B. x/13=1998
X=13.1998
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010

3,36-3,15=0,21 10. Resposta: A.

05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
regra: M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

GEOMETRIA
06. Resposta: D.

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por
duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
Mediana o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
Vamos colocar os números em ordem crescente ângulo.
15,15,22,25,28,30

Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.

07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.

47
MATEMÁTICA

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do Triângulo


que 90º.
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.

Na figura, é uma mediana do ABC.

Um triângulo tem três medianas.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.
Ângulo Raso:
Na figura, é uma bissetriz interna do .
- É o ângulo cuja medida é 180º; Um triângulo tem três bissetrizes internas.
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto: Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-


tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
- É o ângulo cuja medida é 90º; dicular a esse lado.
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares. Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

48
MATEMÁTICA

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen- Triângulo equilátero: três lados iguais.
dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do tri-


ângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

Triângulo retângulo:tem um ângulo reto

Classificação Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso


Quanto aos lados
Triângulo escaleno:três lados desiguais.

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos


Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais. Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-


priedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

49
MATEMÁTICA

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

- Observações: Ângulos Internos


A soma das medidas dos ângulos internos de um po-
- No retângulo e no quadrado as diagonais são lígono convexo de n lados é (n-2).180
congruentes (iguais) Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
- No losango e no quadrado as diagonais são per- mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
pendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse- medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio). das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da
base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h
4- Losango: , onde D é a medida da diagonal
maior e d é a medida da diagonal menor.
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Polígono Ângulos Externos


Chama-se polígono a união de segmentos que são
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
mados vértices do polígono.
A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:

50
MATEMÁTICA

Exemplo

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.

2
Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.


Semelhança de Triângulos

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os


seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança

1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.

Temos:

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

51
MATEMÁTICA

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da


hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

Fórmulas Trigonométricas
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hi-
Relação Fundamental potenusa pela altura relativa à hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas


Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
Dividindo os membros por c² também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são de-
nominadas retas reversas.
Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

Como

-Duas retas concorrentes podem ser:

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

52
MATEMÁTICA

2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Con-
sidere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e
5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como
medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são
coincidentes. 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na
figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.

Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o


comprimento da cinta acima representada é
Questões
(A) 8/3 π + 8 .
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenci- (B) 8/3 π + 24.
ários- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com (C) 8π + 8 .
40 m de largura por 60 m de comprimento, foi dividido (D) 8π + 24.
em três lotes, conforme mostra a figura. (E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é


864 m², o perímetro do lote 2 é
(A) 100 m.
(B) 108 m.
(C) 112 m.
(D) 116 m.
(E) 120 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
tada, é

53
MATEMÁTICA

(A) 100 - 5π . Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados


(B) 100 - 10π . correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual
(C) 100 - 15π . a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros,
(D) 100 - 20π . dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são,
(E) 100 - 25π . respectivamente,
(A) 80 e 64.
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  No (B) 80 e 62.
cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen- (C) 62 e 80.
tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon- (D) 60 e 80.
tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF (E) 60 e 78.
e HG, gerando o quadrilátero BCQP. 
08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de
comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas qua-
dradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro
placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de
piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
desse piso é, em metros, igual a
(A) 20.
(B) 21.
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é (C) 24.
(A) 25√5. (D) 27.
(B) 50√2. (E) 30.
(C) 50√5.
(D) 100√2 . 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
(E) 100√5. sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
- MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
cidade. Qual é a área dessa praça? O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(B) 256;
(C) 324;
(A) 120 m² (D) 330;
(B) 90 m² (E) 372.
(C) 60 m²
(D) 30 m²
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centí-
metros, mostra um painel informativo ABCD, de formato re- formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
tangular, no qual se destaca a região retangular R, onde x > y. e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.

Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em


metros, igual a

54
MATEMÁTICA

(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42. 96h=1728
H=18

11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – Como I é um triângulo:


MSCONCURSOS/2017) Seja a expressão 60-36=24
X²=24²+18²
definida em 0< x < π/2 . Ao simplificá-la, obteremos: X²=576+324
X²=900
(A) 1 X=30
(B) sen²x Como h=18 e AD é 40, EG=22
(C) cos²x
(D) 0 Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116

12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – 02. Resposta: B.


MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para
cercar um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C.
Considerando que ele dará duas voltas com o arame no ter-
reno e que não terá perdas, quantos metros ele irá gastar?
(considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57).

(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m Lado=3√2
Outro lado =5√2
Respostas

01. Resposta: D. 03. Resposta: D.

Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente


a mesma medida da parte reta da cinta.
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24

55
MATEMÁTICA

04. Resposta: E. 5y=320


Como o quadrado tem lado 10,a área é 100. Y=64

5x=400
X=80

08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria

O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


ponto Médio
09. Resposta: C.
X²=5²+5² Número de estacas: x
X²=25+25 X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
X²=50 do duas vezes o canto
X=5√2 6x=30
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, X=5
temos 2 círculos inteiros. Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
A área de um círculo é a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²

10. Resposta: B.

A sombreada=100-25π

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25 9x=108
CQ²=125 X=12
CQ=5√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5

06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15

07. Resposta: A. Y²=16²+12²


Y²=256+144=400
Y=20
Perímetro: 16+12+20=48

56
MATEMÁTICA

11. Resposta: C.

1-cos²x=sen²x

12. Resposta: D.

Área
Área da base: Sb=πr²

Volume

X=6

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.

Classificação

-Reto:eixo VO perpendicular à base;


Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu-
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

57
MATEMÁTICA

-Oblíquo: eixo não é perpendicular Prismas


Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Área

Área lateral:

Área da base:
Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião
Área total: de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.
Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces congruen-


Área e Volume tes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos obtidos
ligando-se os vértices correspondentes das duas faces paralelas.
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados Classificação
Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares
às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

58
MATEMÁTICA

Classificação pelo polígono da base Prisma Regular


Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
-Triangular lares, o prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)

Área
Área cubo:

Área paralelepípedo:

A área de um prisma:
Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.

Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³

Demais:

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Um


cilindro reto de altura h tem volume V. Para que um cone
reto com base igual a desse cilindro tenha volume V, sua
altura deve ser igual a
(A) 1/3h.
(B) 1/2h.
(C) 2/3h.
E assim por diante... (D) 2h.
(E) 3h.
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- 02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
nam-se paralelepípedos. MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de
óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al-
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Inicialmente, um reservatório com formato
de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas
indicadas na figura.
Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces
quadradas.

59
MATEMÁTICA

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumen- 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
tar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
o volume inicialmente previsto para esse reservatório foi formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
aumentado em vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.

(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .

04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos
de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for-
ma de paralelepípedo reto retângulo.
Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do
bloco C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a
(A) 15,5.
(B) 11.
(C) 12,5.
(D) 14.
(E) 16

07. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017)


Um recipiente na forma de um prisma reto de base quadra-
da, com dimensões internas de 10 cm de aresta da base e 25
cm de altura, está com 20% de seu volume total preenchido
com água, conforme mostra a figura. (Figura fora de escala)
Se cada cubinho tem aresta igual a 5 cm, então o volu-
me interno dessa caixa é, em cm³ , igual a
(A) 3000.
(B) 4500.
(C) 6000.
(D) 7500.
(E) 9000.

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de Para completar o volume total desse recipiente, serão
paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões: despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá-
rios para completar o volume total do prisma será:
(A) 8 copos
(B) 9 copos
(C) 10 copos
(D) 12 copos
(E) 15 copos

08. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSU-


FG/2017) figura a seguir representa um cubo de aresta a.
Estando o referido aquário completamente cheio, a sua
capacidade em litros é de:
(A) 0,06 litros.
(B) 0,6 litros.
(C) 6 litros.
(D) 0,08 litros.
(E) 0,8 litros.

60
MATEMÁTICA

Considerando a pirâmide de base triangular cujos vér- 02. Resposta: D


tices são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é V= πr²h
dado por V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml
(A) a³/6
(B) a³/3 03. Resposta:E.
(C) a³/3√3 V=2⋅3⋅x=6x
(D) a³/6√6 Aumentando 1 na largura
V=2⋅3⋅(x+1)=6x+6
09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- Portanto, o volume aumentou em 6.
NESP/2017) De um reservatório com formato de parale-
lepípedo reto retângulo, totalmente cheio, foram retirados 04. Resposta:E.
3 m³ de água. Após a retirada, o nível da água restante no São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30
reservatório ficou com altura igual a 1 m, conforme mostra São 4 cubos na largura: 4⋅5=20
a figura. 3 cubos na altura: 3⋅5=15
V=30⋅20⋅15=9000

05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros

06. Resposta:C.
VA=125cm³
VB=1000cm³

Desse modo, é correto afirmar que a medida da altura


total do reservatório, indicada por h na figura, é, em me-
tros, igual a
(A) 1,8.
(B) 1,75.
(C) 1,7.
(D) 1,65. 180h=2250
(E) 1,6. H=12,5

10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- 07. Resposta: C.


CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um V=10⋅10⋅25=2500 cm³
cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone
é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é: 2500⋅0,2=500cm³ preenchidos.
(A) 9 cm Para terminar de completar o volume:
(B) 30 cm 2500-500=2000 cm³
(C) 60 cm 2000/200=10 copos
(D) 90 cm
08. Resposta: A.
Respostas
A base é um triângulo de base a e altura a
01. Resposta:
Volume cilindro=πr²h

Para que seja igual a V, a altura tem que ser igual a 3h

61
MATEMÁTICA

09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m

10. Resposta: D.
Cone

Portanto,

Tipos de Matriz
Cilindro Matriz linha
V=Ab.h
V=πr²h Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma
Como o volume do cone é 30% maior: única linha.
117πr²=1,3 πr²h Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
H=117/1,3=90
Matriz coluna

Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma


MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS única coluna.
LINEARES
Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.

Matriz
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda Matriz quadrada
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
exemplo, a matriz A de ordem 2x3. quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
n e indica-se por An. Exemplo:

Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de Diagonais
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence (a11, a22, a33,..)
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in- que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
dicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:

Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j

62
MATEMÁTICA

Matriz diagonal

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz diagonal se, e somen-
te se, todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.

Matriz identidade

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz identidade se, e somente se, os elementos da diagonal
principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.

Matriz nula

É chamada matriz nula se, e somente se, todos os elementos são iguais a zero.

Matriz Transposta

Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz transposta de A a matriz do tipo n x m.

Adição de Matrizes

Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A+B.
Dada as matrizes:

, portanto
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt

Subtração de matrizes

Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, C=A+(-
-B).

63
MATEMÁTICA

Multiplicação de um número por uma matriz Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

Considere: Logo,

Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.

Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1
Multiplicação de matrizes

O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)


mxp
por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se
ordenadamente os elementos da linha i de A pelos ele-
mentos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim Determinante de ordem 2
obtidos.
Dada as matrizes:
Dada a matriz
O determinante é dado por:

Determinante de ordem 3
Regra 1:

Repete a primeira e a segunda coluna

Matriz Inversa

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B


é chamada inversa de A se, e somente se,

Regra 2

Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.

Solução
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
Seja
a21 a33 - a32 a23 a11

64
MATEMÁTICA

Sistema de equações lineares Matriz Associada a um Sistema Linear


Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas. Dado o seguinte sistema:

Matriz incompleta

Em que: Classificação

1. Sistema Possível e Determinado

O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois


Sistema Linear 2 x 2

Chamamos de sistema linear 2 x 2 o con­junto de equa-


ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea-
mente. Como não existe outro par que satisfaça simultane-
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo: amente as duas equações, dizemos que esse sistema é
SPD(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma úni-
ca solução.
a1 x + b1 y = c1 2. Sistema Possível e Indeterminado

a2 + b2 y = c2

Sistema Linear 3x3


esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-
res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3),
(2,2), (3,1) e etc. 

Sistemas Lineares equivalentes 3. Sistema Impossível

Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto


solução são ditos equivalentes. Por exemplo:

Não existe um par real que satisfaça simultaneamente


as duas equações. Logo o sistema não tem solução, por-
São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto tanto é impossível.
solução S={(1,2)}
Denominamos solução do sistema linear toda sequ- Sistema Escalonado
ência ordenada de números reais que verifica, simultane- Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as
amente, todas as equações do sistema. incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
todas as sequências ordenadas de números reais que satis- ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
façam as equações do sistema. anterior.

65
MATEMÁTICA

Exemplo - Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.


Sistema 2x2 escalonado. - Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
impossível.

Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-


nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca-
Sistema 3x3 lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss.
A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a
segunda tem dois e a terceira, apenas um. Exemplos

- Discutir, em função de a, o sistema:

x + 3 y = 5

Sistema 2x3 2 x + ay = 1

Resolução

1 3
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
D= = a−6
Podemos transformar qualquer sistema linear em um 2 a
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações: D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
ferente de 0. Para a ≠ 6, temos:
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
cionar o resultado a outra equação.
Exemplo x + 3 y = 5
 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9

Que é um sistema impossível.


Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é Assim, temos:
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação. a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)

Regra de Cramer
Consideramos os sistema . Suponhamos
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta desse sis-
Multiplicando a equação por -2:
tema é , cujo determinante é indicado por D =
ad – bc.

Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de


Somando as duas equações: y) pela coluna dos coeficientes independentes, obteremos
,cujo determinante é indicado por Dy = af – ce.

Assim, .

Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e


Sistemas com Número de Equações Igual ao Núme-
ro de Incógnitas considerando a matriz , cujo determinante é indi-
cado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0.
Quando o sistema linear apresenta nº de equações
igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe-
ficientes (incompleta), e:

66
MATEMÁTICA

Questões

01. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –


IBFC/2017) Dadas a matriz e a matriz
, assinale a alternativa que apresenta a matriz
C que representa a soma da matriz A e B, ou seja, C = A + B:

04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de


(D)
Posturas – MSCONCURSOS/2017) Sejam as matrizes
. A matriz A-B é igual a

02. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –


IBFC/2017) Dadas a matriz e a matriz
, assinale a alternativa que apresenta a matriz C
que representa a subtração da matriz A e B, ou seja, C =
A - B.

05. (UNITINS – Assistente Administrativo – UNI-

TINS/2016) Sejam os determinantes das matrizes

O valor de x²-2xy+y² é
igual a
(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 0

03. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –


06. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS-
IBFC/2017) Dada a matriz e a matriz
, assinale a alternativa que apresenta a matriz C CONCURSOS/2016) Sabendo que o determinante da ma-
que representa o produto da matriz A e B, ou seja, C=A*B. triz é 10, então o determinante da matriz

é:

67
MATEMÁTICA

(A) -20 (C) S={(4,0,6)}


(B) -10 (D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(C) 3 (E) Sistema sem solução.
(D) 20
12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNI- TEC/2015) A solução do sistema linear é:
SUL/2016) Considere
(A) S={(4, ¼)}
(B) S={(3, 3/2 )}
Assinale a alternativa CORRETA: (C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )}
(A) A + B = 20 (E) S={(1,3/2 )}
(B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2 13. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCE-
(D) A/B +1 =23 PE/2015) O sistema linear é possível e inde-
(E) 3A -2B + 9 = 25 terminado se:
(A) m ≠ 2 e n = 2 .
(B) m ≠ 1/2 e n = 2 .
08. (PREF. DE TAQUARITUBA/SP – Professor – INS-
(C) m = 2 e n = 2 .
TITUTO EXCELÊNCIA/2016) Dada a matriz , (D) m = 1/2 e n = 2 .
(E) m = 1/2 e n ≠ 2 .
assinale a alternativa que tenha respectivamente os núme-
ros dos elementos a12, a23, a33 e a35. Respostas
(A) 0, 0, 7, 5.
(B) 0, 7, 7, 5. 01. Resposta: E.
(C) 6, 7, 0, 0.
(D) Nenhuma das alternativas.

02. Resposta: E.
09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)
Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do determinante da ma-
triz C = A + B é igual a: 03. Resposta: E.
(A) -2
(B) 2
(C) 6
(D) -6
04. Resposta: A.
10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:

05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = 6x=0
C, o valor da variável “a” deverá ser: X=0
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5 detB=0+40-y-0-12y+6=72
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que -13y=26
10. Y=-2
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor X²-2xy+y²=0²-0+4=4
que 5.
06. Resposta: A.
11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
A solução do seguinte sistema linear é: Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
(A) S={(0,2,-5)} Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
(B) S={(1,4,1)} minante: 10.2.-1=-20

68
MATEMÁTICA

07. Resposta: B. Substituindo na I


Da primeira matriz, para fazer o determinante, basta 5+z+2(13+2z)+z=10
multiplicar os números da diagonal principal: 5+z+26+4z+z=10
detA=-1⋅3⋅2⋅-4=24 6z=10-31
6z=-21
A matriz B, devemos multiplicar os números da dia- Z=-21/6
gonal secundária e multiplicar ainda por -1(pois, quando Z=-7/2
fazemos determinante, sempre colocamos o menos antes
de fazer a diagonal secundária) X=5+z
detB=-(-1/2⋅1⋅10⋅-1)=-5
Fazendo por alternativa:
A-A+B=20
24-5=20
19=20(F)

(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51 12. Resposta: A.
24-75=-51
-51=-51(V)

08. Resposta: A.
A12=0
A23=0
A33=7
A35=5

09. Resposta: D.
Somando as duas equações:
144y=36

-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
10. Resposta: A. X=4

13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0

D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
m=1/2
a+2=9
a=7

11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X=5+z (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
Da III equação: -n=-2
Y=13+2z n=2

69
MATEMÁTICA

Termo Geral da PA
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA da seguinte forma:

Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se- Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao
gundo por a2, e o n-ésimo por an. primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade.
Termo Geral de uma Sequência
Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição. Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n) Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA. Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é igual à soma dos extremos.

Soma dos Termos


Exemplo Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que per-
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5: mite calcular a soma dos n primeiros termos de uma pro-
gressão aritmética.

Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante

Propriedades das Progressões Aritméticas


-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a
média aritmética entre o anterior e o posterior.

Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
igual à soma dos extremos. meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
para solucionar a questão:

70
MATEMÁTICA

- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto


ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
Sabemos também que a soma de dois termos equidis- termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de igual à posição do termo menos uma unidade.
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
Em notação matemática temos:

Portanto, o termo geral é:

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica


Finita
Seja a PG finita de razão q e de soma
dos termos Sn:
1º Caso: q=1

2º Caso: q≠1

Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência Exemplo
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multipli- Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
cando o anterior por uma constante q, chamada razão da PG. a) A soma dos 6 primeiros termos
Exemplo b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
Dada a sequência: (4, 8, 16) mos seja 29524

Solução

a)

q=2

Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an- b)
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.

71
MATEMÁTICA

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
Infinita dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
1º Caso:-1<q<1 equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
(P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
(B) 36
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a (C) 32
série é convergente. (D) 28
(E) 24
2º Caso:
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- 05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
rie é divergente de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
3º Caso: havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
Também não possui soma finita, portanto divergente 374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
Produto dos termos de uma PG finita (B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.
Questões
06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n pri- sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12,
meiros termos de uma progressão geométrica é dada por 13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-
(C) 33.
trica?
(D) 39.
(E) 36.
(A) 1
(B) 3
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
(C) 27
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética:
(D) 39
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...)
(E) 40
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é:
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Para (A) 137
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão (B) 455
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, (C) 500
o valor de (D) 515
(A) -0,5. (E) 680
(B) 1,5.
(C) 2. 08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-
(D) 4. mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
(E) 6. métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438
03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- (B) 512
sor – FGV/2017) O valor da expressão (C) 256
(D) 128
2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
(A)2014; DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No
(B) 2016; mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após
(C) 2018; 1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38
(D) 2020; seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17
(E) 2022. seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a
barreira de 1.000 seguidores após:

72
MATEMÁTICA

(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias. Para a sequência par:
(E) 61 dias. -2016=-2+(n-1)⋅(-2)
-2016=-2-2n+2
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- 2n=2016
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir N=1008
determine o sexto termo da sequência:
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69.
(E) 49. 1018081-1017072=1009
2⋅1009=2018
Respostas
04. Resposta: A.
01.Resposta: A. Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:

PA
Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4 (12,16,...)
primeiros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos R=16-12=4
o 4º termo.

02. Resposta: B.
Para ser uma PA: =48
X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
X²-1-4x+1=x-4-x²+1 05. Resposta: E.
X²+x²-4x-x-3=0
2x²-5x-3=0
∆=25-24=1

A1=374-320
A1=54

06. Resposta: B.
Observe os números em negrito:
9, 11, 13, 15,...
03. Resposta: C. São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os meros.
números ímpares. Ou seja, o 9 está na posição 5
Os termos pares formam uma PA de razão -2 O 11 está na posição 10 e assim por diante.
Vamos descobrir quantos termos há: O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos:
2017=1+(n-1)⋅2 25º termo é o 17
2017=1+2n-2 30º termo é 19
2017=-1+2n Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
2n=2018 des
n=1009 O 31º termo é o 17.
14+17=31

73
MATEMÁTICA

07. Resposta: D. Desconto


Observe a razão: 29-23=6 No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli-
A83=a1+82r cação será:
A83=23+82⋅6     Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na
A83=23+492 forma decimal)
A83=515     Veja a tabela abaixo:
Fator de
Desconto
08. Resposta: C. Multiplicação
Q=2 10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10

    Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 te-


09. Resposta: C. mos: 
1000=21+17(n-1)
1000=21+17n-17
1004=17n
N=59 Chamamos de lucro em uma transação comercial de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
10. Resposta: C. preço de custo.
A sequência tem como base os quadrados perfeitos Lucro=preço de venda -preço de custo
14, 13, 12, 11, 10, 9
Portanto o 6º termo é o 9²=81 Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem
de duas formas:

PORCENTAGEM

Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,


seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, (DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala
em máquinas de calcular, etc. de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
Os acréscimos e os descontos é importante saber por- o menor valor possível para x é igual a
que ajuda muito na resolução do exercício. (A) 8.
(B) 15.
Acréscimo (C) 10.
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter- (D) 6.
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi- (E) 12.
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim Resolução
por diante. Veja a tabela abaixo: 45------100%
X-------60%
X=27
Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação
10% 1,10 O menor número de meninas possíveis para ter gripe
15% 1,15 é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2
20% 1,20 meninas estão.
47% 1,47
67% 1,67
 
    Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
mos:  Resposta: C.

74
MATEMÁTICA

Questões

01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari-
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias, ce recebessem, respectivamente,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida- (A) o bracelete, os brincos e o colar.
ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: (B) os brincos, o colar e o bracelete.
(A) R$1120,00 (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(D) o bracelete, o colar e os brincos.
(B) R$1056,00
(E) o colar, os brincos e o bracelete.
(C) R$960,00
(D) R$864,00
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas
02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen- 2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio passou a ser 3/ 4 da largura original.
nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma original, a área do novo retângulo:
reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes- (A) foi aumentada em 50%.
ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução (B) foi reduzida em 50%.
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de (C) aumentou em 25%.
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, (D) diminuiu 25%.
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate (E) foi reduzida a 15%.
ao dano ao patrimônio em
(A) 35%. 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
(B) 28%. GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
(C) 63%. editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni-
(D) 41%. tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
(E) 80%. estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra.
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30%
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir- sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi-
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he- ções, qual será o lucro obtido por unidade?
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de (A) R$ 4,20.
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante. (B) R$ 5,46.
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam (C) R$ 10,70.
ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar (D) R$ 12,60.
(E) R$ 18,00.
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada
a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso, de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
diram fazer a partilha do seguinte modo: gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
(A) R$ 120,00 reais
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um (B) R$ 112,50 reais
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- (C) R$ 127,50 reais
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao (D) R$ 97,50 reais
valor total da herança. (E) R$ 90 reais

− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
avaliações. NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
herança toda ou mais. te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
joias foi a seguinte: 2018 é, em milhões de reais, igual a

75
MATEMÁTICA

(A) 200. 03. Resposta: D.


(B) 203. Clarice obviamente recebeu o brinco.
(C) 195. Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou
(D) 190. acima de 30% e André recebeu o bracelete.
(E) 198.
04. Resposta: B.
08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN- A=b⋅h
DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
Preço: Portanto foi reduzida em 50%
Aproveite a Promoção! 05. Resposta: D.
Forno Micro-ondas Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
De R$ 720,00
valor:
Por apenas R$ 504,00
60⋅0,7=42
Ele revendeu por:
Nessa oferta, o desconto é de:
42⋅1,3=54,60
(A) 70%.
(B) 50%. Teve um lucro de: 54,60-42=12,60
(C) 30%.
(D) 10%. 06. Resposta: D.
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi- 150⋅0,65=97,50
dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento 07. Resposta: C.
no preço dessa caixa de bombom foi de: Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
(A) 30%. milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
(B) 25%. previsão de
(C) 20%. 180-----90%
(D) 15% x---------100
x=200
10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava 200+180=380 milhões para o primeiro semestre
vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de 380----95
12 tanques menores, idênticos e cheios. x----100
Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% x=400 milhões
maior do que a sua capacidade original, o grande tanque
seria cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
de 780/4trimestres=195 milhões
(A) 4 tanques menores
(B) 6 tanques menores 08. Resposta: C.
(C) 7 tanques menores
(D) 8 tanques menores
(E) 10 tanques menores

Respostas
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%

76
MATEMÁTICA

10. Resposta: D. J = juros


50% maior quer dizer que ficou 1,5 M=C+C.i.n
Quantidade de tanque: x M=C(1+i.n)
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
ques Juros Simples
1,5x=12 Chama-se juros simples a compensação em dinheiro
X=8 pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa com-
binada, por um prazo determinado, produzida exclusiva-
mente pelo capital inicial.
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial
aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao tem-
JUROS SIMPLES E COMPOSTOS
po de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das
situações envolvendo juros simples é a seguinte:
Matemática Financeira J = C i n, onde:
A Matemática Financeira possui diversas aplicações J = juros
no atual sistema econômico. Algumas situações estão pre- C = capital inicial
sentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos i = taxa de juros
de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se-
crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, mestre, ano...)
investimentos em bolsas de valores, entre outras situações. Observação importante: a taxa de juros e o tempo de
Todas as movimentações financeiras são baseadas na esti- aplicação devem ser referentes a um mesmo período. Ou
pulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um em- seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres,
préstimo a forma de pagamento é feita através de presta- semestres, anos... O que não pode ocorrer é um estar em
ções mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de
do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A períodos.
essa diferença damos o nome de juros. Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das pala-
vras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Capital Outro ponto importante é saber que essa fórmula
O Capital é o valor aplicado através de alguma opera- pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter cada
ção financeira. Também conhecido como: Principal, Valor um de seus valores, ou seja, se você souber três valores,
Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se poderá conseguir o quarto, ou seja, como exemplo se você
Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras fi- souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá
nanceiras). obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para qualquer
combinação.
Taxa de juros e Tempo
    A taxa de juros indica qual remuneração será paga Exemplo
ao dinheiro emprestado, para um determinado período. Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em vista. Como não tinha essa quantia no momento e não
seguida da especificação do período de tempo a que se queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de
refere: pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato da compra
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre). estava cobrando nessa operação era de:
    Outra forma de apresentação da taxa de juros é a (A) 5,0%
unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem (B) 5,9%
o símbolo %: (C) 7,5%
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). (D) 10,0%
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) (E) 12,5%
Resposta Letra “e”.
Montante
Também conhecido como valor acumulado é a soma O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois
do  Capital Inicial com o juro produzido em determina- a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria
do tempo.  R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para Aplicando a fórmula M = C + J:
resolver questões. 45 = 40 + J
M=C+J J=5
M = montante Aplicando a outra fórmula J = C i n:
C = capital inicial 5 = 40 X i X 1
i = 0,125 = 12,5%

77
MATEMÁTICA

Juros Compostos 02. (FUNAPEP - Analista em Gestão Previdenciária-


o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir -FCC/2017) João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a seu
do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o filho Roberto. Trataram que Roberto pagaria juros simples
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital de 4% ao ano. Roberto pagou esse empréstimo para seu pai
inicial e passa a render juros também. após 3 anos. O valor total dos juros pagos por Roberto foi
(A) 3.410,00.
Quando usamos juros simples e juros compostos? (B) R$ 2.820,00.
(C) R$ 2.640,00.
 A maioria das operações envolvendo dinheiro uti- (D) R$ 3.120,00.
liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e (E) R$ 1.880,00.
longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos
bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta 03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade –
de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra- FCM/2017) O montante acumulado ao final de 6 meses e
os juros recebidos a partir de um capital de 10 mil reais, com
ramente encontramos uso para o regime de juros simples:
uma taxa de juros de 1% ao mês, pelo regime de capitaliza-
é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo
ção simples, é de
de desconto simples de duplicatas.
(A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00.
O cálculo do montante é dado por:
(B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20.
(C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00.
(D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00.
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20.
Exemplo 04. (CEGAS – Assistente Técnico – IESES/2017) O valor
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação dos juros simples em uma aplicação financeira de $ 3.000,00
de R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses feita por dois trimestres a taxa de 2% ao mês é igual a:
C=25000 (A) $ 360,00
i=25%aa=0,25 (B) $ 240,00
i=72 meses=6 anos (C) $ 120,00
(D) $ 480,00

05. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenci-


ários- VUNESP/2017) Um capital foi aplicado a juros sim-
ples, com taxa de 9% ao ano, durante 4 meses. Após esse
período, o montante (capital + juros) resgatado foi de R$
2.018,80. O capital aplicado era de
(A) R$ 2.010,20.
(B) R$ 2.000,00.
(C) R$ 1.980,00.
(D) R$ 1.970,40.
M=C+J (E) R$ 1.960,00.
J=95367,50-25000=70367,50
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
GO/2017) Em um investimento no qual foi aplicado o valor
de R$ 5.000,00, em um ano foi resgatado o valor total de R$
Questões
9.200,00. Considerando estes apontamentos e que o rendi-
mento se deu a juros simples, é verdadeiro afirmar que a
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma taxa mensal foi de:
geladeira está sendo vendida nas seguintes condições: (A) 1,5%
− Preço à vista = R$ 1.900,00; (B) 2 %
− Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e paga- (C) 5,5%
mento de uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da data (D) 6%
da compra. (E) 7%
A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a
prazo é de 07. (UFES – Assistente em Administração –
(A) 1,06% a.m. UFES/2017) No regime de juros simples, os juros em cada
(B) 2,96% a.m. período de tempo são calculados sobre o capital inicial. Um
(C) 0,53% a.m. capital inicial C0 foi aplicado a juros simples de 3% ao mês.
(D) 3,00% a.m. Se Cn é o montante quando decorridos n meses, o menor
(E) 6,00% a.m. valor inteiro para n, tal que Cn seja maior que o dobro de
C0, é

78
MATEMÁTICA

(A) 30 com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias


(B) 32 após a data do vencimento. Sabendo que a taxa de juros
(C) 34 compostos cobrada pela instituição financeira foi 3% ao
(D) 36 mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se os centa-
(E) 38 vos, foi, em reais,
(A) 163.909,00.
08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário – (B) 163.500,00.
(C) 154.500,00.
FGV/2016) Para pagamento de boleto com atraso em pe-
(D) 159.135,00.
ríodo inferior a um mês, certa instituição financeira cobra,
sobre o valor do boleto, multa de 2% mais 0,4% de juros de 13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
mora por dia de atraso no regime de juros simples. Um bo- FCC/2017) O montante de um empréstimo de 4 anos da
leto com valor de R$ 500,00 foi pago com 18 dias de atraso. quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram juros compos-
O valor total do pagamento foi: tos de 10% ao ano, será igual a
(A) R$ 542,00; (A) R$ 26.000,00.
(B) R$ 546,00; (B) R$ 28.645,00.
(C) R$ 548,00; (C) R$ 29.282,00.
(D) R$ 552,00; (D) R$ 30.168,00.
(E) R$ 554,00. (E) R$ 28.086,00.

09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITU- 14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade-


TO AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da FCM/2017) A empresa Good Finance aplicou em uma
renda fixa um capital de 100 mil reais, com taxa de juros
compra, certa loja cobrava juros de 25%. Se certa merca-
compostos de 1,5% ao mês, para resgate em 12 meses. O
doria tem preço a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista valor recebido de juros ao final do período foi de
era igual a (A) R$ 10.016,00.
(A) R$ 1200,00. (B) R$ 15.254,24.
(B) R$ 1750,00. (C) R$ 16.361,26.
(C) R$ 1000,00. (D) R$ 18.000,00.
(D) R$ 1600,00. (E) R$ 19.561,82.
(E) R$ 1250,00.
15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal –
10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma empresa
AOCP/2016) A fatura de um certo cartão de crédito cobra recebeu um empréstimo bancário de R$ 120.000,00 por 1
juros de 12% ao mês por atraso no pagamento. Se uma ano, pagando o montante de R$ 180.000,00. A taxa anual
fatura de R$750,00 foi paga com um mês de atraso, o valor de juros desse empréstimo foi de:
(A) 0,5% ao ano
pago foi de
(B) 5 % ao ano
(A) R$ 970,00. (C) 5,55 % ao ano
(B) R$ 777,00. (D) 150% ao ano
(C) R$ 762,00. (E) 50% ao ano
(D) R$ 800,00.
(E) R$ 840,00. Respostas

11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em 01. Resposta: D.


15 de junho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu J=500+1484-1900=84
imposto de renda. Como estava tranquilo financeiramente, C=1900-500=1400
resolveu realizar uma aplicação financeira para retirada em J=Cin
15/12/20xx, período que vai realizar as compras de natal. A 84=1400.i.2
uma taxa de juros de 3% a.m., qual é o montante do capital, I=0,03=3%
sabendo-se que a capitalização é mensal:
02. Resposta: B.
(A) R$ 2.985,13
J=Cin
(B) R$ 2.898,19 J=23500⋅0,04⋅3
(C) R$ 3.074,68 J= 2820
(D) R$ 2.537,36
(E) R$ 2.575,00 03. Resposta: D.
J=Cin
12. (TRE/PR – Analista Judiciário- FCC/2017) A Cia. J=10000⋅0,01⋅6=600
Escocesa, não tendo recursos para pagar um empréstimo M=C+J
de R$ 150.000,00 na data do vencimento, fez um acordo M=10000+600=10600

79
MATEMÁTICA

04. Resposta: A. 13. Resposta: C.


2 trimestres=6meses M=C(1+i)t
J=Cin M=20000(1+0,1)4
J=3000⋅0,02⋅6 M=20000⋅1,4641=29282
J=360
14. Resposta: E.
05. Resposta: E. J=Cin
4meses=1/3ano J=10000⋅0,015⋅12=18000
M=C(1+in)
2018,80=C(1+0,09⋅1/3) Não, ninguém viu errado.
2018,80=C+0,03C Como ficaria muito difícil de fazer sem calculadora, a
1,03C=2018,80 tática é fazer o juro simples, e como sabemos que o com-
C=1960 posto vai dar maior que esse valor, só nos resta a alterna-
tiva E. Você pode se perguntar, e se houver duas alternati-
06. Resposta: E. vas com números maiores? Olha pessoal, não creio que a
M=C(1+in) banca fará isso, e sim que eles fizeram mais para usar isso
9200=5000(1+12i) mesmo.
9200=5000+60000i
4200=60000i 15. Resposta: E.
I=0,07=7% M=C(1+i)t
180000=120000(1+i)
07. Resposta: C. 180000=120000+120000i
M=C(1+in) 60000=120000i
Cn=Co(1+0,03n) i=0,5=50%
2Co=Co(1+0,03n)
2=1+0,03n
1=0,03n
N=33,33 TAXAS DE JUROS, DESCONTO,
Ou seja, maior que 34 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS, ANUIDADES E
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
08. Resposta: C.
M=C(1+in)
C=500+500x0,02=500+10=510
M=510(1+0,004x18) Podemos definir a taxa nominal como aquela em que
M=510(1+0,072)=546,72 a unidade de referência do seu tempo não coincide com a
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada
09. Resposta: A. no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar
M=C(1+in) a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano,
1500=C(1+0,25x1) capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal
1500=C(1,25) de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada
C=1500/1,25 pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva
C=1200 de 12,68% ao ano.

10. Resposta: E. Taxa Nominal


M=C(1+in) A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan-
M=750(1+0,12) ceira pode ser calculada pela expressão:
M=750x1,12=840 Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés-
timo
11. Resposta: A.
D junho a dezembro: 6 meses Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00,
M=C(1+i)t deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário
M=2500(1+0,03)6 de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:
M=2500⋅1,194=2985 Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00
Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%
12. Resposta: A.
90 dias=3 meses Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita con-
M=C(1+i)t fusão na Matemática Financeira são os conceitos de taxa
M=150000(1+0,03)3 nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera judi-
M=150000⋅1,092727=163909,05 cial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos de
Desprezando os centavos: 163909 empréstimos, financiamentos, consórcios  e etc.

80
MATEMÁTICA

Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
não são apresentados de uma maneira clara. utilizando a taxa anual, neste caso  teremos que transfor-
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:
(é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for- M = c (1 + i)n
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x  1,185297
através de outra  taxa,  numa unidade de tempo diferente, M = 1.185,29
taxa efetiva.  
Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada; Conclusões:
isto é, a taxa efetiva? - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
Vamos acompanhar através do exemplo cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
sempre ao ano!
Taxa Efetiva - A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é equivalente mensal (0,949 % a.m.).
taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal: - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em
Respostas e soluções: se tratando de concursos públicos, a grande maioria das
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor-
capitalizado com a taxa anual. cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de convenção de taxa equivalente.
duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal. Taxa Equivalente
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao
12): 12%/12 = 1% a.m. mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli- muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo,
cada nesse mesmo capital). somos apenas informados da taxa mensal de juros e não
  tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe-
Cálculo da taxa equivalente mensal: ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos
fornece a equivalência de duas taxas é: 
1 + ia = (1 + ip)n, onde: 
ia = taxa anual 
onde: ip = taxa período
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero n: número de períodos 
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero Observe alguns cálculos: 
t : prazo que eu tenho
Exemplo 1
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02 
  1 + ia = (1 + 0,02)12 
1 + ia = 1,0212
iq = 0,009489 a.m  ou  iq = 0,949 % a.m. 1 + ia = 1,2682 
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe- ia = 1,2682 – 1 
tiva mensal ia = 0,2682 
ia = 26,82% 
a) pela convenção da taxa proporcional: A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
M = c (1 + i)n 26,82%. 
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x  1,196147
M = 1.196,15 As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
  anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
b) pela convenção da taxa equivalente: 12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
M = c (1 + i)n corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x  1,185296 temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
M = 1.185,29 tos (juros sobre juros). 

81
MATEMÁTICA

Taxa Real
A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem ser
inclusive, negativas.
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado capital
P é aplicado por um período de tempo unitário, a certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital
corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos então
escrever: S1 = S2 (1 + r)
Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que:
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coincidentes.
Exemplo
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano com
$150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste
empréstimo.
Teremos que a taxa nominal será igual a:
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
(1 + in) = (1+r). (1 + j)
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%

Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa.

Exemplo
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período foi de 20%,
qual a taxa real do empréstimo?
Resposta: 25%

Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois
prazos:
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (ASSAF NETO, 2001).

Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro simples são ditas proporcionais quando seus valores e seus respecti-
vos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exemplos

Prestação = amortização + juros

Há diferentes formas de amortização, conforme descritas a seguir.

Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mes-
mo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.

82
MATEMÁTICA

Pagamento único
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma
fórmula do montante:

Nos juros simples:

M = C (1 + i×n)
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

Nos juros compostos:

M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

Nos juros simples:

Amortiza- Saldo de-


n Juros Prestação
ção vedor

0 - - -
100.000,00

1 - -
3.000,00 103.000,00

2 - -
3.000,00 106.000,00

3 109.000,00 -
3.000,00 100.000,00
Nos juros compostos:

Amortiza- Saldo deve-


n Juros Prestação
ção dor
0 - - - 100.000,00

1 - - 103.000,00
3.000,00

2 - - 106.090,00
3.090,00

3 -
3.182,70 100.000,00 109.272,70

Sistema Price (Sistema Francês)

Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo

83
MATEMÁTICA

i = taxa de juros
n = período

A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:

Amortiza- Saldo de-


n Juros Prestação
ção vedor

0 - -
- 100.000,00

1 32.353,04
3.000,00 35.353,04 67.646,96

2 33.323,63
2.029,41 35.353,04 34.323,33

3 34.323,33 -
1.029,71 35.353,04

Sistema de Amortização Misto (SAM)


É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

Amortiza-
n Juros Prestação Saldo devedor
ção
0 - - - 100.000,00

1 3.000,00 67.156,81
32.843,19 35.843,19

2 2.014,70 33.828,32
33.328,49 35.343,19

3 1.014,87 -
33.828,32 34.843,19

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros

84
MATEMÁTICA

n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

Amorti- Presta- Saldo


n Juros
zação ção devedor

0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00

1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66

2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63

3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Nº Prestação Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000

85
MATEMÁTICA

9 10400 400 10000 30000


10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -
Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês
O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 33.333,33 36.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 1.000,00 33.333,34 34.333,34 -

Qual a melhor forma de amortização?


A tabela abaixo lista o fluxo de caixa nos diversos sistemas de amortização discutidos nos itens anteriores.

N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)

As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão

0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00


100.000,00

1 - (2.912,62) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)


(35.275,08)

86
MATEMÁTICA

2 - (2.827,79) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)


(33.305,05)

3 (100.000,00) (94.259,59) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)


(31.419,87)
VPL - - - - - (173,09)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.

n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências

Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_


matematica_finaceiraNos juros compostos:

M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

Nos juros simples:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -

87
MATEMÁTICA

Nos juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.090,00 - - 106.090,00
3 3.182,70 100.000,00 109.272,70 -

Sistema Price (Sistema Francês)


Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33 35.353,04 -

Sistema de Amortização Misto (SAM)


É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.843,19 35.843,19 67.156,81
2 2.014,70 33.328,49 35.343,19 33.828,32
3 1.014,87 33.828,32 34.843,19 -

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

88
MATEMÁTICA

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000

89
MATEMÁTICA

10 10300 300 10000 20000


11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:


n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -

Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês


O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

Questões

01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em 3 con-
cessionárias e obteve as seguintes propostas de financiamento:

Concessionária 1: Entrada de R$ 12.000,00 + 1 prestação de R$ 29.120,00 para 30 dias após a entrada.


Concessionária 2: Entrada de R$ 13.000,00 + 1 prestação de R$ 29.120,00 para 60 dias após a entrada.
Concessionária 3: Entrada de R$ 13.000,00 + 2 prestações R$ 14.560,00 para 30 e 60 dias após a entrada, respectivamente.
Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao mês, para a aquisição do automóvel
(A) a melhor proposta é a 1, apenas.
(B) a melhor proposta é a 2, apenas.
(C) a melhor proposta é a 3, apenas.
(D) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equivalentes.
(E) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equivalentes.

02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um empréstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a instituição
financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir
liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se os centavos, é,
em reais,
(A) 3.846,00.
(B) 3.883,00.
(C) 3.840,00.
(D) 3.880,00.

(E) 3.845,00.

03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa comprou
um vídeo game de última geração em uma loja, parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, sem entrada.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores estão arredondados
e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428
0,4258/0,0428 = 9,95

90
MATEMÁTICA

O valor do vídeo game era de: 07. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
(A) R$ 1.393 FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma taxa
(B) R$ 1.820 nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitalização
(C) R$ 1.680 mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(D) R$ 1.178 (A) 6,2302%.
(E) R$ 1.423 (B) 6,3014%.
(C) 6,1385%.
(D) 6,2463%.
04. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um in- (E) 6,1208%.
vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação 08. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um
no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune- banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
(A) 5,00%. prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
(B) 6,00%. ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada
(C) 5,22%. para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
(D) 5,00% (negativo). ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
(E) 4,55%. Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser
paga pela empresa será
(A) superior a R$ 33.000.
05. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) Uma em- (B) inferior a R$ 30.000.
presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00 (C) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo (D) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao (E) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.
mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a 09. (EMBASA – Contador – IBFC/2017) Um clien-
empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à ins- te fez um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco
tituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O ABC em 31/12/2013 para reaplicar em um investimento
custo efetivo total para a empresa no prazo do emprésti- em sua empresa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era
mo, foi de 10% ao ano. Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de
(A) 7,70%. caixa da empresa foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em
(B) 6,09%. 31/12/2015, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.210,00
(C) 7,62%. e em 31/12/2016, após três anos, o fluxo de caixa da em-
(D) 6,00%. presa foi de R$ 1.331,00.
(E) 7,16%. O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa,
trazidos a valor presente em 31/12/2013, era de:
(A) R$ 1.100,00
06. (TRE/PR - Analista Judiciário - FCC/2017) A Cia. (B) R$ 1.000,00
Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo (C) R$ 2.210,00
equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a (D) R$ 2.331,00
vida útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual
de revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que
os fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento 10.(DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Um
ao final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente ofer-
R$ 200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa míni- ta de compra de material para sua empresa no valor de
ma de atratividade é de 10% a.a., a alternativa R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos,
(A) apresenta valor presente líquido positivo. precisou tomar um empréstimo junto ao seu banco, em
(B) apresenta valor presente líquido negativo. parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Deter-
(C) apresenta taxa interna de retorno maior que 10% mine o valor da última prestação do empréstimo, lembran-
a.a. do que o Sistema de financiamento usado é o SAC.
(A) R$ 533,33
(D) é economicamente viável à taxa mínima de atrati-
(B) R$ 733,33
vidade de 10% a.a..
(C) R$ 653,33
(E) é economicamente viável à taxa mínima de atrativi-
(D) R$ 560,00
dade de 12% a.a..
(E) R$ 546,67

91
MATEMÁTICA

Respostas 06. Resposta: B.


VPL = valor presente das entradas – valor presente das
01. Resposta: B. saídas
Concessionária 1

Concessionária 2 07. Resposta: E.


Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita-
lização mensal
6/3=2%a.m
1,02³=1,061208=6,1208%
Concessionária 3

08. Resposta: E.
SD=100000
A=100000/4=25000
02. Resposta: B. J=(100000-25000)⋅0,1
J=7500
P=A+J
P=25000+7500=32500

03. Resposta: A.
Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente, 09. Resposta: B.
usaremos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
fixas:

10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66

04. Resposta: C.
Sendo i a taxa de juros nominal
R a taxa de juros real
J a taxa de juros de inflação
1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
1,1²=(1+r) ⋅1,15
1,21=1,15+1,15r
0,06=1,15r
R=0,05217≅0,0522=5,22%

05. Resposta: A.
M=C(1+i)t
M=100000(1+0,03)²=106090
Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en-
tão 99000
A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
106620=99000(1+i)
106620=99000+99000i
7620=99000i
I=0,0769=7,69%

92
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

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93
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

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94
MATEMÁTICA

Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula é


14 - RENDAS UNIFORMES E VARIÁVEIS. a seguinte:

M = P . s[n,i], onde:

M = valor do montante;
Rendas Uniformes
P = valor de cada pagamento da renda certa;
Matéria com o mesmo objetivo da Equivalência de Capi-
tais, mas com títulos apresentando os mesmos valores e com n = número de prestações;
vencimentos consecutivos - tornando assim sua solução mais i = taxa empregada.
rápida, através de um método alternativo.
Há dois casos: o cálculo do valor atual dos pagamentos O fator s[n,i] é normalmente dado nas provas.
iguais e sucessivos (que seria igual ao valor do financiamento b) Quando o montante é calculado em um momento que
obtido por uma empresa ou o valor do empréstimo contraí- não coincide com a data do último pagamento:
do); e o cálculo do montante, do valor que a empresa obterá
se aplicar os pagamentos dos clientes em uma data futura às Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula é
datas dos pagamentos. a seguinte:

1º Caso: Cálculo do Valor Atual M = P . (s[n+x,i] - s[x,i]), onde:


a) Renda Certa Postecipada (Imediata): aquela onde o pri-
meiro pagamento acontecerá em UM período após contrair o M = valor do montante;
empréstimo ou financiamento. P = valor de cada pagamento da renda certa;
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula é n = número de prestações;
a seguinte: x = número de prestações acrescentadas;
A = P .a[n,i], onde: i = taxa empregada.
A = valor atual da renda certa;
P = valor de cada pagamento da renda certa; Rendas Variáveis
n = número de prestações;
i = taxa empregada. Ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração ou
retorno de capital não pode ser dimensionado no momento da
O fator a[n,i] é normalmente dado nas provas. aplicação, podendo variar positivamente ou negativamente, de
acordo com as expectativas do mercado. Os mais comuns são:
b) Renda Certa Antecipada: aquela onde o primeiro paga- ações, fundos de renda variável (fundo de ação, multimercado
mento acontecerá no ato do empréstimo ou financiamento. e outros), quotas ou quinhões de capital, Commodities (ouro,
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula moeda e outros) e os derivativos (contratos negociados nas
é a seguinte: Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas).

A = P .a[n-1,i] + P, onde:
A = valor atual da renda certa; 15 - PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE
P = valor de cada pagamento da renda certa;
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS.
n = número de prestações;
i = taxa empregada.
Frequentemente, nas operações de médio e longo pra-
c) Renda Certa Diferida: aquela onde o primeiro pagamen-
zo, por razões metodológicas ou contábeis, as operações
to acontecerá vários períodos após ser feito o empréstimo ou
de empréstimos são analisadas período por período, no
financiamento.
que diz respeito ao pagamento dos juros e à devolução
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula é a
seguinte: propriamente dita do principal. (HAZZAN, 2007).
A = P .( a[n+x,i] - a[x,i] ), onde:
Sistema de Amortização Constante – SAC
A = valor atual da renda certa;
P = valor de cada pagamento da renda certa; Consiste em um sistema de amortização de uma dívi-
n = número de prestações; da em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em
x = número de prestações acrescentadas; progressão aritmética, em que o valor da prestação é com-
i = taxa empregada. posto por uma parcela de juros uniformemente decrescen-
te e outra de amortização que permanece constante.
2º Caso: Cálculo do Montante
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma
a) Quando o montante é calculado no momento da data de amortização de um empréstimo por prestações que in-
do último pagamento: cluem os juros, amortizando assim partes iguais do valor
total do empréstimo.

95
MATEMÁTICA

Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculada dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.
Exemplo: Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses a uma taxa de juros de
1% ao mês (em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização iremos obter uma valor igual
a R$ 10.000,00. Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Nº Prestação Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior,a prestação é a soma da amortização e o juro. Sendo
assim,o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as presta-
ções. A soma das prestações é de R$ 127.800,00. Gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressao aritmética(PA) de r=100.
Entre as inúmeras maneiras que existem para se amortizar o principal, o sistema de amortização constante (SAC) é um
dos mais utilizados na prática. Tal sistema consiste em se fazer que todas as parcelas de AMORTIZAÇÃO sejam iguais. As-
sim, considerando um principal a ser amortizado em “n” parcelas, e supondo pagamento dos juros em todos os períodos.
(HAZZAN, 2007).

Fórmula

Exemplo

1) Uma empresa pede emprestado R$ 100.000,00 que o banco entrega no ato. Sabendo que o banco concedeu 3 anos
de carência, que os juros serão pagos anualmente, que a taxa de juros é de 10% ao ano e que o principal será amortizado
em 4 parcelas anuais, construir a planilha.

96
MATEMÁTICA

Solução:

Planilha de Financiamento

n Amortização Juros Prestação Saldo Devedor


0 -x- -x- -x- R$ 100.000,00
1 -x- R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 100.000,00
2 -x- R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 100.000,00
3 R$ 25.000,00 R$ 10.000,00 R$ 35.000,00 R$ 75.000,00
4 R$ 25.000,00 R$ 7.500,00 R$ 32.500,00 R$ 50.000,00
5 R$ 25.000,00 R$ 5.000,00 R$ 30.000,00 R$ 25.000,00
6 R$ 25.000,00 R$ 2.500,00 R$ 27.500,00 R$ 0,00
TOTAL R$ 100.000,00 R$ 45.000,00 R$ 145.000,00 R$ 0,00

Sistema de Amortização Crescente – SACRE

O sistema SACRE foi desenvolvido com o objetivo de permitir maior amortização do valor emprestado, reduzindo-se,
simultaneamente, a parcela de juros sobre o saldo devedor. Por isso, ele começa com prestações mensais mais altas, se
comparado à Tabela Price.
Pelo sistema SACRE, as prestações mensais mantêm-se próximas da estabilidade e no decorrer do financiamento, seus
valores tendem a decrescer. A prestação inicial pode comprometer até 30% da renda familiar e o prazo máximo de finan-
ciamento é de 25 anos.
Este sistema de amortização é utilizado SOMENTE pela Caixa Econômica Federal. A diferença básica entre este siste-
ma e os outros é o de apresentar o valor da parcela de amortização superior, proporcionando uma redução mais rápida
do saldo devedor. Também neste plano a prestação inicial pode comprometer até 30% da renda, enquanto nos outros o
comprometimento máximo é 25%.
O valor das prestações é decrescente.

Sistema Francês de Amortização - Tabela Price

Pela Tabela Price, o comprador começa a pagar seu imóvel com parcelas mensais mais baixas que às do Sacre. Ao longo
do contrato, no entanto, as parcelas sobem progressivamente, superando, e muito, às do Sacre.
Pelo sistema Price, as prestações e o saldo devedor são corrigidos mensalmente pela TR, pelos bancos privados e anual-
mente pela Caixa. A amortização inicial dos juros nesse sistema é menor, fazendo com que apenas a partir da metade do
número de anos estabelecido em contrato comece a ser reduzido o saldo devedor do comprador.
Apenas 25% da renda familiar pode ser comprometida com a aquisição do imóvel e o prazo máximo de financiamento
é de 20 anos.
Consiste em um plano de amortização em que as prestações são iguais. As amortizações crescem ao longo do período
da operação: como a prestação é igual, com a redução do saldo devedor o juro diminui e a parcela de amortização aumenta.

97
MATEMÁTICA

Comparativo SAC SACRE TABELA PRICE - TP


Prestações =
Amortização + Decrescentes Decrescentes Constantes
Juros
Amortizações Constantes Decrescentes Crescentes
Juros Decrescentes Decrescentes Decrescentes
Saldo devedor diminui Saldo devedor diminui mais
Prestação inicial menor em relação a
Vantagem mais rapidamente em rapidamente em relação a
calculada pelo SAC oi SACRE
relação ao TP TP ou SAC
Saldo devedor diminui mais
Desvantagem Prestação inicial maior Prestação inicial maior lentamente em relação ao SAC ou
SACRE

Neste sistema, as prestações são iguais e periódicas, a partir do instante em que começam a ser pagas. Assim, conside-
rando um principal a ser pago nos instantes 1,2,3,....,n, a uma taxa de juros (expressa na unidade de tempo da periodicidade
dos pagamentos), as prestações sendo constantes constituem uma sequência uniforme em que cada parcela é indicada
por R. (HAZZAN, 2007).

Fórmula

(1 + i)n ∙ 1
[
PMT = PV ∙ (1 + i)n - 1
[
Exemplo
1) Um empréstimo no valor de R$ 100.000,00 deve ser liquidado por meio do pagamento de cinco prestações iguais e
mensais, vencendo a primeira 30 dias após a data da contratação, por meio do sistema Francês de amortização.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada foi de 10% ao mês, pede-se:
a) O valor das prestações a serem pagas;
b) Construir uma tabela demonstrando o estado da dívida e o valor dos encargos e principal amortizado após o paga-
mento de cada prestação.

Solução:

a)
PV = 100.00,00
i = 10% a.m. = 0.10 a.m
n=5
PMT = ?

PMT = PV ∙ ( 1 + i)n ∙ i
( 1+ i )n - 1

PMT = 100.000,00 (1 + 0,10)5 ∙ 0,10


( 1+ 0,10)5 - 1

PMT = 100.000 (1,10 )5 ∙ 0,10


( 1,10)5 -1

PMT = 100.000,00 1,610510 ∙ 0,10


1,610510 - 1

PMT = 0,161051
0,610510

PMT = 100.000,00 ∙ 0,263797


PMT = R$ 26.379,75

98
MATEMÁTICA

b) Planilha de Financiamento

n Amortização Juros Prestação Saldo Devedor


0 -x- -x- -x- R$ 100.000,00
1 R$ 16.379,75 R$ 10.000,00 R$ 26.379,75 R$ 83.620,25
2 R$ 18.017,73 R$ 8.362,03 R$ 26.379,75 R$ 65.602,53
3 R$ 19.819,50 R$ 6.560,25 R$ 26.379,75 R$ 45.783,03
4 R$ 21.801,45 R$ 4.578,30 R$ 26.379,75 R$ 23.981,58
5 R$ 23.981,59 R$ 2.398,16 R$ 26.379,75 -R$ 0,01
TOTAL R$ 100.000,01 R$ 31.898,74 R$ 131.898,75 R$ 0,00

Sistema Alemão de Amortização

O sistema Alemão de amortização consiste na liquidação de uma dívida onde os juros são pagos antecipadamente com
prestações iguais, exceto a primeira que corresponde aos juros cobrados no momento da operação financeira. O capital
emprestado (ou financiado) será indicado com C, i será a taxa de juros ao período, n representará o número de períodos. As
amortizações e os pagamentos ao período serão indicados, respectivamente, pelas letras Ak e Pk, onde k=1,2,...,n. Em todas
as situações, o final de um período significará o início do período seguinte.
Consideremos a situação que uma pessoa contrai um empréstimo de valor C no instante k=0. A financeira cobra anteci-
padamente a taxa i sobre C, perfazendo um juro inicial de C i, de forma que o cliente recebe no primeiro momento, o valor
Co dado pela expressão: Co = C - C i = C (1-i), mas o cliente deverá pagar C no final do período.
No início do 2º período, o cliente está devendo C, mas amortizará parte do saldo devedor com um valor A1, assim ele
ficará devendo neste momento: C1 = C - A1
Como ocorre a amortização de parte da dívida, ele novamente pagará juros antecipados sobre a dívida neste momento,
correspondentes a i C1, logo o pagamento no início do 2º período deverá ser: P1 = A1 + i C1 = A1 + i (C - A1)
O cliente deverá pagar à financeira o valor C1 no final do período.
No início do 3º período, o cliente estará devendo C1 e deverá amortizar parte da dívida com um valor A2, assim ele ficará
devendo: C2 = C1 - A2
Como ocorreu a amortização de parte da dívida, ele novamente pagará juros antecipados sobre a dívida que no mo-
mento corresponde a i C2, logo o pagamento no início do 3o. período deverá ser: P2 = A2 + i C2 = A2 + i (C1-A2), ou seja P2
= A2 + i (C - A1 - A2)
O cliente deverá pagar à financeira o valor C2 no final do período.
No início do 4º período, o cliente estará devendo C2 e deverá amortizar parte da dívida com um valor A3, assim ele ficará
devedor neste momento de: C3 = C2 - A3
Como ocorreu a amortização de parte da dívida, ele deve novamente pagar juros antecipados sobre a dívida neste
momento, que corresponde a i C3, logo o pagamento no início do 3º período deverá ser: P3 = A3 + i C3 = A3 + i (C2 - A3) =
A3 + i (C1 - A2 - A3), ou seja P3 = A3 + i (C - A1 - A2 - A3)
O cliente deverá pagar à financeira o valor C3 no final do período.
Este processo continua até um certo mês com índice k e poderemos escrever: Ck = Ck-1 - Ak e Pk = Ak + i (C - A1 - A2 -
A3 - ... - Ak)

Resumindo até o momento, temos:

n Cn Pn
1 C1 = C - A1 P1 = A1 + i (C - A1)
2 C2 = C - A1 - A2 P2 = A2 + i (C - A1- A2)
3 C3 = C - A1 - A2 - A3 P3 = A3 + i (C - A1 - A2 - A3)
4 C4 = C - A1 - A2 - A3 - A4 P4 = A4 + i (C - A1 - A2 - A3 - A4)
... ... ...
Ck = C - A1 - A2 - A3 - ... - Pk = Ak + i (C - A1 - A2 - A3 - ... -
k
Ak Ak)

99
MATEMÁTICA

A última amortização An deverá coincidir com o paga- com os seguintes elementos:


mento Pn uma vez que todos os juros já foram cobrados
antecipadamente e como todos os pagamentos devem ser Objeto Descrição
iguais (exceto Po), então segue que P1 = P2 = P3 = ... = Pn = P
Como P1=P2, então A1 + i (C - A1) = A2 + i (C - A1 - A2), C Capital financiado
Logo A1 + i (C-A1) = A2 + i (C-A1) - i A2 Taxa de juros ao
Assim A1 = A2 - i A2 e dessa forma A1 = A2 (1-i) e i
período
podemos escrever que A2 = A1 / (1-i)
n Número de períodos
De forma análoga, podemos mostrar que A3 = A2 / (1-
i), para concluir que A3 = A1 / (1-i)2 Valor de cada
P
Temos em geral que, para todo k=2,3,4,...,n: Ak = A1 / prestação
(1-i)k-1 A1 Primeira amortização
Como a soma das amortizações Ak deve coincidir com
o capital C emprestado ou financiado, segue que: C = A1 + Ak Amortização para
A2 + A3 + ... + An k=1,2,...,n.
Substituindo os valores dos Ak nesta última expressão,
obtemos: Problema Típico
Determinar a prestação mensal de um financiamento
de R$300.000,00 por um período de 5 meses à taxa de 4%
ao mês, através do sistema Alemão de amortização.
Solução: Devemos tomar i=0,04; n=5 e C=300.000,00
Evidenciando o último termo, poderemos escrever: e inserir os dados na primeira das três últimas fórmulas
apresentadas, para obter a prestação

Como o termo nos colchetes é a soma de n termos de


uma PG cujo primeiro termo é 1 e a razão é (1-i), então:
Sistema Americano de Amortização

O Sistema de Amortização Americano é uma forma de


pagamento de empréstimos que se caracteriza pelo pa-
gamento apenas dos juros da dívida, deixando o valor da
e desse modo dívida constante, que pode ser paga em apenas um único
pagamento.
Esse sistema de amortização tem a vantagem em re-
lação ao sistema de pagamento único, pois nele não há
Já observamos antes que incidência de juros sobre juros. Os juros sempre incidem
m sobre o valor original da dívida. Com isso o devedor pode
quitar sua dívida quando quiser.

e substituindo o valor de A1 pela expressão obtida Tem como desvantagem que o pagamento de juros
acima, teremos: pode, em tese, ser perpétuo mesmo quando já se pagou o
equivalente a dívida em si. Para isso,basta que o número de
prestações exceda 100% quando soma em juros simples.
Vamos a um exemplo.
Vamos supor que se foi contraído uma dívida no valor
de R$13.000,00 que será paga em 1 ano com juros de 9%
Esta é a fórmula para o cálculo da prestação no sistema a.m. através do Sistema de Amortização Americano.Tería-
Alemão, em função do capital financiado C, da taxa i e do mos algo como:
período n.
Juros
Para obter os cálculos com as fórmulas básicas Nº
Amortização (9% de Dívida
Prestação
13.000,00)
0 0 0 13000
1 0 1170 13000
2 0 1170 13000
3 0 1170 13000

100
MATEMÁTICA

4 0 1170 13000
5 0 1170 13000
6 0 1170 13000
7 0 1170 13000
8 0 1170 13000
9 0 1170 13000
10 0 1170 13000
11 0 1170 13000
12 13000 1170 0

O total pago em juros foi R$ 14.040,00 e ainda sim a dívida só foi quitada quando se pagou os R$ 13.000,00, dando
um total de R$27.040,00. No entanto, esse sistema de amortização tolera o pagamento parcial da dívida, o que reduziria
proporcionalmente o valor dos juros.
O devedor paga o Principal em um único pagamento no final e no final de cada período, realiza o pagamento dos juros
do Saldo devedor do período. No final dos 5 períodos, o devedor paga também os juros do 5º período.

Sistema Americano
Amortiza-
ção do Saldo
n Juros Pagamento
Saldo deve- devedor
dor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00   12.000,00 300.000,00
2 12.000,00   12.000,00 300.000,00
3 12.000,00   12.000,00 300.000,00
4 12.000,00   12.000,00 300.000,00
5 12.000,00 300.000,00 312.000,00 0
Totais 60.000,00 300.000,00 360.000,00  

O sistema de amortização americano consiste na devolução do principal numa única parcela no final do prazo de ca-
rência estipulado. Os juros podem ser pagos durante a carência ou capitalizados e devolvidos juntamente com o principal.
(KUHNEN, 2001).

Exemplo
1) Um banco empresta a importância de R$ 10.000,00, com a taxa de 10% ao mês, para ser paga em uma única parcela,
porém, devendo os juros compensatórios serem pagos mensalmente durante o prazo da carência, calculados pelo sistema
de amortização americano (SAA). Pede-se: elaborar a planilha de financiamento.

Solução:

n Amortização Juros Prestação Saldo Devedor


0 -x- -x- -x- R$ 10.000,00
1 -x- R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00
2 -x- R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00
3 -x- R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00
4 -x- R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00
5 R$ 10.000,00 R$ 1.000,00 R$ 11.000,00 R$ 0,00
TOTAL R$ 10.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00 R$ 0,00

101
MATEMÁTICA

Sistema de Amortização Misto - SAM


No sistema de amortização misto as prestações são as médias aritméticas das prestações do sistema de amortização
constante com o sistema francês. Os juros é a multiplicação do saldo devedor com a taxa de desconto e a amortização é a
subtração das prestações com os juros.
Exemplo: Admita que você esteja interessado na compra de um veículo no valor de R$35.000,00. Um vendedor lhe pro-
põe uma entrada de R$8.000,00 mais 12 prestações mensais a uma taxa pré-fixada de 42,00% ao ano. Atenção! Utilize qua-
tro casas decimais para taxas na forma unitária. Monte a tabela para esse financiamento. Veja o resultado na figura abaixo.

n Amortização Juros Prestação Saldo Deve- Saldo Corri-


dor gido
0 0 0 0 27000 0
1 2077,86 801,9 2879,76 24922,14 0
2 2106,16 740,19 2846,35 22815,98 0
3 2135,30 677,63 2812,94 20680,68 0
4 2165,31 614,22 2779,52 18515,37 0
5 2196,20 549,91 2746,11 16319,17 0
6 2228,02 484,68 2712,70 14091,15 0
7 2260,78 418,51 2679,29 11830,97 0
8 2294,51 351,36 2645,87 9535,86 0
9 2329,25 283,22 2612,46 7206,61 0
10 2365,01 214,04 2579,05 4841,60 0
11 2401,84 143,80 2545,64 2439,75 0
12 2439,76 72,46 2512,22 0,00 0
Total 27000 5351,90 32351,90 0 0

Veja que se tirarmos a média das prestações, a primeira ficaria assim.


2879,76 = (3051,9 + 2707,62) / 2
Cada prestação (pagamento) é a média aritmética das prestações respectivas no Sistema Price e no Sistema de Amor-
tização Constante (SAC).
Uso: Financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação.
Cálculo: PSAM = (PPrice + PSAC) ÷ 2

n PSAC PPrice PSAM


1 72.000,00 67.388,13 69.694,06
2 69.600,00 67.388,13 68.494,07
3 67.200,00 67.388,13 67.294,07
4 64.800,00 67.388,13 66.094,07
5 62.400,00 67.388,13 64.894,07

Sistema de Amortização Misto (SAM)


Amortização do
n Juros Pagamento Saldo devedor
Saldo devedor
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 57.694,06 69.694,06 242.305,94
2 9.692,24 58.801,83 68.494,07 183.504,11
3 7.340,16 59.953,91 67.294,07 123.550,20
4 4.942,01 61.152,06 66.094,17 62.398,14
5 2.495,93 62.398,14 64.894,07 0
Totais 36.470,34 300.000,00 336.470,94  

102
MATEMÁTICA

16 - CÁLCULO FINANCEIRO: CUSTO


REAL EFETIVO DE OPERAÇÕES DE
FINANCIAMENTO, EMPRÉSTIMO E
INVESTIMENTO.

O rendimento dos agentes econômicos pode ser aplicado de duas formas diferentes: em consumo ou em poupança.
As chamadas “operações financeiras” estão intimamente ligadas à aplicação do rendimento em poupança, sendo a base do
chamado “investimento financeiro” da poupança. A gênese do investimento financeiro reside no valor temporal do dinheiro
– o juro. Assim para analisar um investimento financeiro (quer seja na perspectiva de cedência de moeda ou na óptica de
financiamento) é necessário compreender a ligação que existe entre capital, tempo e juro.
Estando o tempo presente em qualquer operação financeira e, variando valor de um capital com este fator, existe a ne-
cessidade de efetuar a equivalência entre capitais reportados a instantes de tempo diferentes. A equivalência entre capitais
pode ser efetuada recorrendo a uma equação matemática, denominada equação de equivalência (ou de valor), que pode
ser escrita através do conhecimento de dois processos (inversos um do outro): o processo de capitalização e de atualização.

Rendimento - Aplicações Possíveis


Podemos definir rendimento como sendo o resultado da produção de bens e serviços num determinado período de tem-
po. No caso mais geral, o rendimento apresenta-se sobre a forma de moeda. O rendimento dos agentes econômicos possui
variadas origens e, de uma forma genérica, pode ser classificado em dois tipos: o rendimento do setor privado e o rendi-
mento do setor público. No setor privado, o rendimento tem normalmente origem em quatro fontes: os salários (rendimento
do trabalho), as rendas (rendimento da terra), o juro (rendimento do capital) e o lucro (rendimento resultante da atividade
econômica das empresas). O rendimento no setor público, denominado rendimento nacional, pode ser encarado como uma
medida do fluxo de bens e serviços na economia do país. Segundo a Teoria Econômica, o rendimento pode ser aplicado de
duas formas: em consumo ou em poupança. O consumo é o total de despesa em bens e serviços que tenham um tempo de
vida definido e sejam utilizados de um modo específico. Do consumo não resulta qualquer retorno do capital investido. Com
base na definição anterior, constata-se que o consumo pode ser feito em bens e serviços de caráter duradouro e não duradou-
ro. A título indicativo considerem-se um automóvel e um sabonete, classificáveis, respectivamente, como bem de consumo
duradouro e bem de consumo não duradouro. O rendimento excedente do consumo denomina-se por poupança. Também à
luz da Teoria Econômica, existem duas formas de aplicar a poupança: o entesouramento e o investimento.
O entesouramento consiste em guardar a poupança (excedente do rendimento após consumo) sob a forma de moeda.
O entesouramento não permite assim nenhum tipo de ganho ao longo do tempo. O investimento consiste em aplicar um
determinado montante de poupança com o objetivo de o incrementar.
O investimento pode ser concretizado essencialmente de duas formas distintas: em investimentos reais diretos nos
chamados bens de investimento (e.g. uma fábrica), ou através de investimentos financeiros (quer em depósitos bancários
ou de outras instituições financeiras ou ainda através da aquisição de títulos (e.g. ações) nos mercados financeiros). Ao
montante de moeda poupada e aplicada em investimento dá-se o nome de capital financeiro. A figura seguinte resume as
possíveis aplicações do rendimento.

Figura 1: Aplicações do rendimento

103
MATEMÁTICA

Capital, Tempo e Juro Em Cálculo Financeiro surgem dois tipos de problemas:


1. Problemas de capital único: onde pretende estabele-
A essência do Cálculo Financeiro reside num único cer-se uma equivalência entre dois ou mais capitais, capital
conceito – o valor temporal do dinheiro. É intuitivo que a capital (e.g. “Quanto receberei, daqui a um ano, se efetuar
qualquer quantia não tem o mesmo valor consoante fique hoje um depósito de R$1.000,00 à taxa de juro anual 5%”).
disponível imediatamente ou apenas daqui a algum tem- 2. Problemas de conjunto de capitais: onde pretende
po. Este fato é justificado pela chamada “preferência pela estabelecer-se uma equivalência entre um capital e um
liquidez”, descrita pelo economista John Maynard Keynes. conjunto de capitais ou entre dois conjuntos de capitais
Segundo este economista temos preferência pela liquidez (“Quanto receberei daqui a um ano se todos os meses de-
porque, estando na posse de ativos líquidos, podemos es- positar R$100,00 e a taxa de juro for de 2,5% ao ano?”).
colher a forma de os aplicar (seja em consumo e/ou em
poupança). Operações Financeiras
Verifica-se assim que o tempo tem extrema importân-
cia em qualquer análise que envolva capitais e, portanto, Denomina-se por operação financeira qualquer opera-
é necessário atribuir-lhe um valor. Esse valor denomina-se ção de envolva a aplicação de poupança destinada a in-
juro. Pode então definir-se juro como sendo a remunera- vestimento onde estejam envolvidos simultaneamente os
ção de um capital financeiro, durante um certo prazo. A fatores capital, tempo e taxa de juro. As operações finan-
existência do juro tem sido largamente discutida ao longo ceiras são assim resultantes da aplicação da poupança em
dos tempos. Na Idade Média já existiam estudos sobre o investimento financeiro.
conceito de juro, sendo este considerado usura e até con-
denado pela Igreja Católica.
Atualmente existem várias teorias que tentam explicar
e justificar a existência do juro, destacando-se a da auto-
ria de J.M. Keynes, referida anteriormente, e a teoria da
“preferência pelo tempo”, da autoria da Escola Austríaca
de Economistas, que afirma que a existência de juro de-
ve-se à necessidade de indução de atividades econômicas
que consomem mais tempo e são mais produtivas. De uma
forma sintética podemos afirmar que o juro existe por três
razões, todas elas intimamente ligadas ao fator tempo:
- Privação da liquidez: ao “cedermos” capital a outrem
estamos a oportunidade de escolher o que fazer com o
capital (consumo e/ou poupança).
- Perda do poder de compra: a inflação faz com que o
valor do dinheiro se altere ao longo do tempo. Figura 2 – Fatores presentes numa operação financeira.
- Risco: ao “cedermos” capital não existe a garantia que
o recuperemos. As operações financeiras podem dividir-se em opera-
ções de curto, médio ou longo prazo, consoante o seu ho-
A importância do fator tempo faz com que, na resolu- rizonte temporal seja até um ano, de um a cinco anos ou
ção de qualquer problema que envolva capitais reportados a mais de cinco anos, respectivamente. Numa operação fi-
a diferentes momentos, exista a necessidade de homoge- nanceira intervêm, pelo menos, duas partes: o mutuário (o
neizar os capitais numa mesma unidade, i.e., reportá-los que pede emprestado - devedor) e o mutuante (aquele que
ao mesmo momento. Em Cálculo Financeiro, podemos re- empresta - credor). As instituições financeiras intervêm com
portar os capitais ao mesmo instante de tempo através de frequência nas operações financeiras importando distinguir
uma equação matemática que traduz a equivalência en- a situação em que estas têm subjacente o recebimento de
tre os capitais envolvidos nesse momento – a equação de juros – operações ativas, e a situação em que estas têm sub-
equivalência ou de valor. Para a construção correta dessa jacente o pagamento de juros – operações passivas.
equação é necessário ter em conta três fatores, dos quais
depende o juro: Custos: são medidas monetárias dos sacrifícios finan-
- Capital ceiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um
- Tempo governo, têm de arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo
- (Taxa de) juro considerados esses ditos objetivos, a utilização de um pro-
duto ou serviço qualquer, utilizados na obtenção de outros
O juro varia diretamente com qualquer dos fatores an- bens ou serviços. A Contabilidade gerencial incorpora esses
teriores, i.e., aumenta quando qualquer um deles aumenta e outros conceitos econômicos para fins de elaborar Rela-
e os outros dois se mantêm constantes e diminui quan- tórios de Custos de uso da Gestão Empresarial. No Brasil,
do qualquer um deles diminui, mantendo-se os restantes o Decreto-Lei 1.598/77, em seu artigo 14 determina que: o
constantes. Do exposto neste tópico resulta a regra de contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de cus-
ouro do cálculo financeiro: “Para comparar ou operar com to integrado e coordenado com o restante da escrituração
capitais é necessário que estes estejam reportados ao mes- poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos esto-
mo período de tempo”. ques de produtos, principalmente para fins fiscais.

104
MATEMÁTICA

Exercícios Complementares
17 - AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE
INVESTIMENTO. 1. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ-
RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma seção de uma
empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários
mensais, segundo os cargos que ocupam, é a seguinte:

1.1. Introdução
Num ambiente inflacionário após escolhido o método
precisamos verificar se será usada a taxa aparente ou a taxa
real de juros. Vamos analisar para os métodos do valor pre-
sente líquido e para a taxa interna de retorno, considerando
que inflação afeta por igual todas as variáveis.

1.2 Tipos de Fluxo de Caixa Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
A avaliação de alternativas de investimento em econo- de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um
mia estável, são feitas usando os chamados Fluxos de Caixa dos dois gerentes é de
Nominais os quais encontram-se expressos em valores cor- A) R$ 2.900,00.
rentes da época de sua ocorrência. B) R$ 4.200,00.
Já nos Fluxos de Caixa Descontados os valores encon- C) R$ 2.100,00.
tram-se todos atualizados para a data presente através de D) R$ 1.900,00.
uma taxa de desconto definida para o investimento. E) R$ 3.400,00.
Num ambiente inflacionário vamos considerar dois mo-
delos de Fluxos Descontados: em Valores Constantes e em
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
!é!"# =
Valores Correntes 20
Nos Fluxos de Caixa Descontados em Valores Constan-
tes os valores presentes são descontados pela taxa real de 2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
juros (custo real do capital). 20
Já nos Fluxos de Caixa Descontados em Valores Corren-
tes os valores Nominais primeiro serão atualizados pela taxa 2! + 13600 + 12000 = 29800
de inflação do período e depois serão descontados para a 2! = 4200
data presente através de uma taxa de desconto aparente ! = 2100
(custo aparente do capital), ou seja, considerada a inflação !
do período.
1.3 Método do valor presente líquido (VPL) Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00
O valor presente líquido de cada fluxo a ser analisado
será descontado considerando se o fluxo está em valores RESPOSTA: “C”.
Constantes ou em Valores Correntes
A decisão será favorável ao fluxo que apresentar o 2. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Em
maior valor presente líquido época de Natal, uma pesquisadora colheu dados de opi-
nião dos clientes sobre shopping centers, seguindo os cri-
térios da tabela seguinte:
1.4 Método da Taxa Interna de Retorno (TIR)
Quando o fluxo de caixa está em valores constantes e
usamos a TIR como critério para tomada de decisão, então
a comparação deve ser feita com a taxa real de juros (o
custo real do capital).
Se a TIR for maior que o custo real do capital então
aceita-se a alternativa de investimento.
Quando o fluxo de caixa está em valores correntes e
usamos a TIR como critério para tomada de decisão, então
a comparação deve ser feita com a taxa aparente de juros
(o custo aparente do capital). Um shopping recebeu nota 8 para “estacionamento” e
Se a TIR for maior que o custo aparente do capital en- “preços” e nota 7 para os demais critérios. Logo, a média
tão aceita-se a alternativa de investimento. final atingida por esse shopping foi
A) 7,5.
B) 7,6.
C) 7,7.
D) 7,8.
E) 7,9.

105
MATEMÁTICA

A) ½
8∙3+8∙2+7∙3+7∙2 B) 2/9
= 7,5 C) 8/9
10
!
RESPOSTA: “A”. D) ! !
!

!
3. (SEED/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2013) Em certo departamento, trabalham homens e E) !
( )²!
mulheres, sendo que nesse grupo há 10 homens a mais !
que o número de mulheres. A média salarial desse depar-
tamento é de R$ 3.800,00. Entretanto, calculando separa- Pela definição:
damente, verifica-se que a média salarial dos homens é de
R$ 4.000,00, enquanto a média salarial das mulheres é de 1 5 3+5 8
R$ 3.500,00. O número de homens que trabalham nesse +
3 9 = 9 = 9 = 8 = 4 = (2)²
departamento é igual a
2 2 2 18 9 3
A) 20. !
B) 40.
C) 30. RESPOSTA: “D”.
D) 25.
E) 15. 5. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2014) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma
Salário homens: SH dos dois menores salários é R$4.000,00, e a soma dos três
Salário mulher:SM maiores salários é R$12.000,00. Excluindo-se o menor e
Homens: x+10 o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é
Mulheres: x R$3.000,00, podendo-se concluir que a média aritmética
entre o menor e o maior desses salários é igual a
A) R$3.500,00.
!" B) R$3.400,00.
= 4000!!!!" = 4000! + 40000 C) R$3.050,00.
!!!"
D) R$2.800,00.
!" E) R$2.500,00.
! ! = 3500!!!!!" = 3500!
X1+x2+x3+x4+x5
!"!!" X1+x2=4000
= 3800 X3+x4+x5=12000
!!!!!"

x2+x3+x4=9000
!"!!"
= 3800 !!!!!! + !! + !! + !! + !! = 4000 + 12000 = 16000!
!!!!"
Sendo x1 e x5 o menor e o maior salário respectiva-
7600! + 38000 = !" + !" mente:
! !! + 9000 + !! = 16000
Substituindo SH e SM: !!! + !! = 16000 − 9000 = 7000
7600x+38000=4000x+40000+3500x !
100x=2000 Então, a média aritmética:
X=20
Homens:x+10=20+10=30 ! ! !! ! !"""
= = 3500
! !
!
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “A”.
4. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR TÉC-
6. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Em um
NICO LEGISLATIVO – FCC/2013) A média aritmética sim-
grupo de pessoas, há 5 pessoas com 1,80m de altura, 6
ples entre dois números é igual à metade da soma desses
com 1,70m e 4 com 1,90m. Logo, é correto afirmar que a
números. Utilizando essa definição, a média aritmética
média aritmética das alturas desse grupo é, aproximada-
simples entre é igual a
mente, de

106
MATEMÁTICA

A) Z1,82m. O valor da Mediana é:


B) 1,73m. A) 1240
C) 1,87m. B) 1500
D) 1,79m. C) 1360
D) 1600
E) 1420
5 ∙ 1,80 + 6 ∙ 1,70 + 4 ∙ 1,90
≈ 1,79 Colocando na ordem crescente:
15
! 1100;1200;1210;1250;1300;1420;1450;1500;1600;1980
RESPOSTA: “D”. A mediana é o número que se encontra no meio. Nesse
caso que tem 10 números(par) é a média do 5º e 6º nú-
7. (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENI- meros:
TENCIÁRIA – VUNESP/2013) Uma pessoa comprou quatro
cadeiras iguais para sua cozinha, pagando R$ 120,00 por 1300 + 1420 2720
cada uma delas, três cadeiras de praia por R$ 90,00 cada
= = 1360
2 2
uma delas e dois banquinhos iguais, de madeira. Conside- !
rando-se o total de peças compradas, na média, o preço
de uma peça saiu por R$ 94,00. O preço de cada banqui- RESPOSTA: “C”.
nho era de
A) R$ 44,00. 9. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRAN-
B) R$ 56,00. RIO/2013) Considere o seguinte conjunto:
C) R$ 52,00. {15; 17; 21; 25; 25; 29; 33; 35}
D) R$ 48,00. A média, a mediana e a moda desse conjunto de dados
E) R$ 40,00. são, respectivamente,
A) 1, 2 e 3
Total de objetos: 4+3+2=9 B) 5, 7 e 9
C) 7, 9 e 5
Cadeiras de cozinha: 120 ⋅ 4=480
D) 25, 25 e 25
Cadeiras de praia: 90 ⋅ 3=270
E) 25, 27 e 29
Banquinhos : 2x
!"!!"!!"!!"!!"!!"!!!!!"
!é!"# = = 25
480 + 270 + 2! !
= 94 !
9
! A mediana é a média entre o 4º e 5º termo:
2x+750=846
2x=96 25 + 25
!!!!!"#$%&% = = 25
x=48 2
Cada banquinhos custa R$48,00. !
Moda é o número que mais aparece: 25
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “D”.
8. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
MÁTICA – IMA/2014) Considere o conjunto de dados abai- 10. (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
xo, referente ao salário médio dos funcionários de uma NESP/2012) A tabela mostra o número de funcionários por
empresa. cargo em certa empresa, com seus respectivos salários em
janeiro de 2012.

Se a média de todos esses salários foi, em janeiro de


2012, igual a R$ 2.500,00, pode-se concluir que o valor de
X da tabela é
A) R$ 2.600,00.
B) R$ 2.800,00.
C) R$ 3.000,00.
D) R$ 3.200,00.
E) R$ 3.600,00.

107
MATEMÁTICA

2 ∙ 1200 + 3 ∙ 2200 + 5! 5 sábados: 5.10=50 horas


= 2500 20 dias de segunda a sexta: 20.8=160 horas
10 Sendo x o valor da hora trabalhada de dia de semana e
2400 + 6600 + 5! = 25000 2x o valor de sábado(sábado é o dobro do valor recebido
5! = 25000 − 2400 − 6600 nos outros dias)
! Total de horas: 50+160=210horas
X=3200
50 ∙ 2! + 160 ∙ !
= 26
RESPOSTA: “D”. 210
100! + 160! = 5460
11. (COREN/SP – AGENTE ADMINISTRATIVO – VU- 260! = 5460
NESP/2013) Um caminhão de entregas estava carregado ! = 21
com 240 caixas de diferentes produtos, sendo a média arit- !
mética das massas das caixas igual a 10,5 kg. Após descar- Ele recebe R$ 21,00 de segunda a sexta por hora, por-
regar n caixas, cuja massa total era 560 kg, a média aritmé- tanto recebe R$ 42,00 por hora aos sábados.
tica das massas das caixas restantes no caminhão passou a
ser igual a 9,8 kg. RESPOSTA: “C”.
Desse modo, é correto afirmar que
A) n = 44. 13. (SPTRANS – AGENTE DE INFORMAÇÕES – VU-
B) n = 40. NESP/2012) A tabela mostra o número de acidentes com
C) n = 35. motos, em determinada cidade, no decorrer de 5 dias.
D) n = 30.
E) n = 26

!
= 10,5
240

! = 2520!!"

2520-560=1960kg

1960 Na média, o número de acidentes por dia foi 4,4. Se ti-


= 9,8 vesse ocorrido mais um acidente na 6.ª feira, a média diária
240 − !
desses 5 dias teria sido de
A) 4,5.
9,8 240 − ! = 1960 B) 4,6.
C) 4,7.
2352 − 9,8! = 1960 D) 4,8.
−9,8! = −392 E) 4,9.
! = 40 Número de acidentes na sexta: X
!
RESPOSTA: “B”.
6+3+4+2+!
= 4,4
5
12. (UFABC/SP – TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIN-
GUAGENS DE SINAIS – VUNESP/2013) Daniel trabalha 8 15 + ! = 22
horas por dia, de segunda a sexta-feira, e 10 horas aos sá-
!
bados. O valor da hora trabalhada aos sábados é o dobro
do valor recebido nos outros dias. Em um determinado X=7
mês, Daniel trabalhou 25 dias, sendo que 5 dias foram sá-
bados, e recebeu, em média, R$ 26,00 por hora. O valor da 15 + 8
hora trabalhada aos sábados é =!
A) R$ 32,00. 5
B) R$ 36,00.
!5Y=23
C) R$ 42,00. Y=4,6
D) R$ 48,00.
E) R$ 52,00. RESPOSTA: “B”.

108
MATEMÁTICA

(SEFAZ/RJ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO – CE- 17. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
PERJ/2013) Observe os números relacionados a seguir, e – VUNESP/2012) A média aritmética entre três números
responda às questões de números 58 e 59. inteiros positivos é igual a , e a média aritmética entre o
maior e o menor desses números é igual a . Sendo assim, o
número intermediário entre os três números mencionados
é, necessariamente, igual a
A) !"!
14. A mediana desses valores vale:
A) 6 B) ! + !"!
B) 6,5
C) 7 C) !!
D) 7,5
E) 8 D) !" − !"!
Colocando em ordem crescente: E)!+!
3; 4; 6; 7; 7; 8; 8; 8; 9 !
!! +!!! + !!
São 9 elementos, então a mediana é o quinto elemen-
=!
3
to(9+1/2) !! + !!
Mediana 7 =!
2
RESPOSTA: “C”. !! + !! = 2!

15. A moda desses valores vale: 2! + !!


A) 8 =!
B) 7 3
C) 6 !! = 3! − 2!
D) 5 !
E) 4 RESPOSTA: “D”.

Moda é o elemento que aparece com mais frequência: 18. (UNESP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – VU-
8 NESP/2012) Em uma instituição, a nota final de cada dis-
ciplina é composta pela média aritmética ponderada de 3
RESPOSTA: “A”. avaliações: A1, A2 e A3.

16. (UEM/PR – AGENTE UNIVERSITÁRIO – MOTORISTA A avaliação A1 tem peso um e as demais avaliações
– UEM/2013) A média aritmética simples de três números têm peso dois, cada uma delas. Um aluno que tirou, em
é 10 e a média aritmética simples de dois desses números determinada disciplina, notas 3, 7 e 5 na A1, A2 e A3, res-
é 5. pectivamente, teve, como nota final, nessa disciplina,
A) 5.
Nessas condições, o terceiro número é igual a B) 5,4.
A) 10. C) 5,5.
B) 14. D) 6.
C) 15. E) 6,4.
D) 18.
E) 20.
3 + 7 ∙ 2 + 5 ∙ 2 27
Números: x, y e z != = = 5,4
(x+y+z)/3 =10 5 5
!
!!!
=5
!
RESPOSTA: “B”.
! X+y=10
!"!!
= 10
!
! Z=30-10=20

RESPOSTA: “E”.

109
MATEMÁTICA

19. (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-


NESP/2012) A tabela a seguir apresenta o número de usuários ANOTAÇÕES
internos atendidos por um departamento de uma determina-
da fundação, de segunda a sexta-feira, da semana anterior.
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________
Com base nas informações da tabela, é possível afir-
mar que o número médio de atendimentos diário, daque- ___________________________________________________
les dias, foi
A) 120 ___________________________________________________
B) 117,5. ___________________________________________________
C) 110.
D) 54,5. ___________________________________________________
E) 47.
___________________________________________________
52 + 47 + 38 + 45 + 53
= 47 ___________________________________________________
5
! ___________________________________________________
RESPOSTA: “E”. ___________________________________________________

20. (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU- ___________________________________________________


NESP/2012) A nota média 0≤M≤10 de análise dos projetos
recebidos por uma determinada instituição, efetuada para ___________________________________________________
fins de financiamento, é calculada pela média aritmética
ponderada das notas das fases F1, F2 e F3, pelas quais todos
___________________________________________________
os projetos passam no período de avaliação. Se a fase F1 ___________________________________________________
tem peso 1, a fase F2, peso 2, e a fase F3, peso 3, e todas elas
são avaliadas com notas que variam de zero a dez, um pro- ___________________________________________________
jeto que teve nota M igual a 8 e notas 7 e 8,5 nas fases F1
e F2, respectivamente, ele teve a fase F3 avaliada com nota ___________________________________________________
A) 7,5.
B) 8.
___________________________________________________
C) 8,5. ___________________________________________________
D) 9.
E) 9,5. ___________________________________________________

___________________________________________________
!! . !! ;!!! !! ;!!! !! ;!… ;!!! !! !
!=
!! + ! !! + ! !! + ! … + ! !! ___________________________________________________

7 + 2 ∙ 8,5 + 3 ∙ !! ___________________________________________________
=8
6
! ___________________________________________________
3F3=48-24
F3=8 ___________________________________________________

RESPOSTA: “B”. ___________________________________________________

110
LEGISLAÇÃO I

1 - Estatuto Social do Banco da Amazônia;.................................................................................................................................................... 01


2 - Código de Ética do Banco da Amazônia.................................................................................................................................................. 19
3 - Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, e suas alterações............................................................................................................ 23
LEGISLAÇÃO I

§ 1º A União é o acionista controlador e, nessa condi-


1 - ESTATUTO SOCIAL DO BANCO DA ção, deterá sempre a maioria absoluta das ações com di-
AMAZÔNIA; reito a voto.
§ 2º Sobre os recursos transferidos pela União ou de-
positados por acionistas minoritários, para fins de aumento
do capital, incidirão encargos financeiros, na forma da le-
gislação vigente, desde o dia da transferência até a data da
CAPÍTULO I capitalização.
Da denominação, da duração, da sede, do foro e
das demais disposições preliminares CAPÍTULO IV
Da Assembleia Geral de Acionistas
Art. 1º. O Banco da Amazônia S.A., instituição finan-
ceira pública federal, constituída sob a forma de sociedade Art. 5º. A convocação da Assembleia Geral de acionis-
anônima aberta, de economia mista, e prazo de duração tas incumbe ao Conselho de Administração, competindo,
indeterminado, é regido por este Estatuto, especialmente, também, nos casos expressamente previstos em lei, à Dire-
pela lei de criação nº 5.122, de 28 de setembro de 1966, toria Executiva, ao Conselho Fiscal, a qualquer acionista ou
pelas Leis nº a grupo de acionistas que represente, no mínimo, cinco por
13.303, de 30 de junho de 2016 e Lei nº 6.404, de 15 de cento do capital votante.
dezembro de 1976, pelo Decreto nº 8.945, de 27 de dezem- §1º. Atendidas as exigências de quorum, legitima-
bro de 2016 e demais legislações aplicáveis. ção e representação dos acionistas, a Assembleia Geral
Parágrafo Único. O Banco da Amazônia tem domicílio, de acionistas será presidida pelo Presidente do Conselho
sede e foro em Belém, capital do Estado do Pará, podendo de Administração ou, na sua ausência ou impedimentos,
manter representação em todas as capitais da Região Ama- por um dos administradores do Banco ou por um dos
zônica, bem como agências, escritórios de representação e acionistas escolhido pelos demais acionistas. O presidente
correspondentes em outras praças do País, observados os da mesa convidará dois acionistas ou administradores do
requisitos legais. Banco para atuarem como Secretários da Assembleia Geral.
§2º. Nas Assembleias Gerais de acionistas tratar-se-á,
CAPÍTULO II exclusivamente, do objeto declarado nos editais de con-
Do objetivo social e das vedações vocação, não se admitindo a inclusão, na pauta da Assem-
bleia, de assuntos gerais.
Art. 2º. O Banco da Amazônia tem por objetivo: §3º. A Assembleia Geral Ordinária de acionistas reunir-
I. executar a política do Governo Federal na Região se-á anualmente, até o final do mês de abril, para os fins
Amazônica relativa ao crédito para o desenvolvimento eco- previstos em lei.
nômico-social; §4º. O edital de convocação da Assembleia Geral de
II. prestar serviços e realizar todas as operações ine- acionistas será publicado com, no mínimo, quinze dias de
rentes à atividade bancária; e antecedência.
III. exercer as funções de agente financeiro dos ór- §5º. A partir da data da publicação do edital respectivo,
gãos regionais federais de desenvolvimento. se maior prazo não for previsto em lei, o Banco da Ama-
zônia colocará documentação adequada à disposição dos
Art. 3º. Ao Banco da Amazônia é vedado, além das acionistas para que esses possam se posicionar a respeito
proibições estabelecidas por lei: das matérias objeto das Assembleias Gerais de acionistas.
I. realizar operações com garantia exclusiva de ações §6º. As atas da Assembleia Geral de acionistas poderão
de outras instituições financeiras; ser lavradas de forma sumária dos fatos ocorridos, inclusive
II. abrir crédito, emprestar, comprar ou vender dissidências e protestos, e conterão a transcrição apenas
bens de qualquer natureza a membros dos das deliberações tomadas, observadas as disposições le-
Conselhos de Administração e Fiscal, da Diretoria Exe- gais.
cutiva e do Comitê de Auditoria; e
III. emitir debêntures ou partes beneficiárias. Art. 6º. Além das previstas na Lei das Sociedades por
Ações, deverá, também, ser convocada
CAPÍTULO III Assembleia Geral de acionistas para deliberar sobre as
Do capital e das ações seguintes matérias:
I. alienação, no todo ou em parte, de ações do ca-
Art. 4°. O Capital Social do Banco da Amazônia é de pital social;
R$1.623.251.785,69 (um bilhão, seiscentos e vinte e três II. aumento do capital social por subscrição de novas
milhões, duzentos e cinquenta e um mil, setecentos e oi- ações;
tenta e cinco reais e sessenta e nove centavos), dividido em III. emissão de títulos ou valores mobiliários, no País
29.645.967 (vinte e nove milhões, seiscentos e quarenta e ou no Exterior;
cinco mil, novecentos e sessenta e sete) ações ordinárias IV. transformação, fusão, incorporação, cisão, disso-
nominativas escriturais e sem valor nominal. lução e liquidação do Banco;

1
LEGISLAÇÃO I

V. permuta de ações de sua emissão e outros valores §1º. A formação acadêmica deverá contemplar
mobiliários; curso de graduação ou pós-graduação reconhecido
VI. promoção de práticas diferenciadas de governança ou credenciado pelo Ministério da Educação.
corporativa e celebração de contrato para essa finalidade §2º. As experiências mencionadas em alíneas distintas
com a B3 S.A – Brasil Bolsa Balcão; do inciso IV do caput não poderão ser somadas para a apu-
VII. alteração do estatuto social ração do tempo requerido.
VIII. eleição e destituição, a qualquer tempo, dos §3º. As experiências mencionadas em uma mesma alí-
membros do Conselho de Administração; nea do inciso IV do caput poderão ser somadas para a apu-
IX. eleição e destituição, a qualquer tempo, dos ração do tempo requerido, desde que relativas a períodos
membros do Conselho Fiscal e respectivos suplentes; distintos.
X. fixação da remuneração dos administradores, do §4º. Somente pessoas naturais poderão ser eleitas para
Conselho Fiscal, do Comitê de Auditoria e dos demais Co- o cargo de administrador do Banco;
mitês remunerados; §5º. Os Diretores deverão residir no País
XI. aprovação das demonstrações financeiras, da §6º. Aplica-se o disposto neste artigo aos administra-
destinação do resultado do exercício e da distribuição
dores do Banco, inclusive aos representantes dos emprega-
de dividendos;
dos e dos acionistas minoritários, e também às indicações
XII. autorização para o Banco da Amazônia mover
da União ou das empresas estatais para o cargo de admi-
ação de responsabilidade civil contra os administradores
pelos prejuízos causados ao seu patrimônio; nistrador em suas participações minoritárias em empresas
XIII. alienação de bens imóveis diretamente vinculados estatais de outros entes federativos.
à prestação de serviços e à constituição de ônus reais sobre §7º. Os requisitos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c”, “d”
eles; e “e” do inciso IV do caput poderão ser dispensados no
XIV. eleição e destituição, a qualquer tempo, de liqui- caso de indicação de empregado da empresa para cargo
dantes, julgando-lhes as contas. de administrador ou como membro de comitê, desde que
atendidos os seguintes quesitos mínimos:
CAPÍTULO V a) o empregado tenha ingressado na empresa por
Da Administração meio de concurso público de provas ou de provas e títulos;
b) o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de traba-
Seção I lho efetivo na empresa;
Das normas comuns aos órgãos de administração c) o empregado tenha ocupado cargo na gestão supe-
rior da empresa, comprovando sua capacidade para assu-
Subseção I mir as responsabilidades dos cargos de que trata o caput.
Dos requisitos §8º. Os administradores eleitos, inclusive o represen-
tante dos empregados e minoritários, devem participar, na
Art. 7º. A Administração do Banco da Amazônia é posse e anualmente, de treinamentos específicos sobre le-
exercida por um Conselho de Administração e por uma gislação societária e de mercado de capitais, divulgação de
Diretoria Executiva, cujos integrantes deverão atender os informações, controle interno, código de conduta, a Lei nº
seguintes requisitos obrigatórios: 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas rela-
I. ser cidadão de reputação ilibada; cionados às atividades do Banco.
II. ter notório conhecimento compatível com o cargo §9º. Os requisitos e as vedações exigíveis para os ad-
para o qual foi indicado; III. ter formação acadêmica com- ministradores deverão ser respeitados por todas as nomea-
patível com o cargo para o qual foi indicado; e IV. ter, no ções e eleições realizadas, inclusive em caso de recondu-
mínimo, uma das experiências profissionais abaixo:
ção.
a) dez anos, no setor público ou privado, na área de
atuação do Banco ou em área conexa àquela para a qual
Art. 8º. Além dos princípios constitucionais de legali-
forem indicados em função de direção superior;
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência,
b) quatro anos em cargo de Diretor, de Conselheiro
de Administração, de membro de comitê de auditoria ou a administração do Banco da Amazônia obedecerá, ainda,
de chefia superior em empresa de porte ou objeto social aos princípios de boa governança corporativa e de gestão
semelhante ao do Banco, entendendo-se como cargo de de negócios direcionada pelo controle dos riscos.
chefia superior aquele situado nos dois níveis hierárquicos
não estatutários mais altos da empresa; Subseção II
c) quatro anos em cargo em comissão ou função de Da investidura
confiança equivalente a nível 4, ou superior, do Grupo-Di-
reção e Assessoramento Superiores - DAS, em pessoa jurí- Art. 9º. Os eleitos para o Conselho de Administração
dica de direito público interno; e Diretoria Executiva serão investidos nos seus cargos no
d) quatro anos em cargo de docente ou de pesquisa- prazo de até 30 (trinta) dias seguintes à eleição, mediante
dor, de nível superior na área de atuação do Banco; ou assinatura de termo de posse no livro de atas do Conse-
e) quatro anos como profissional liberal em atividade lho de Administração ou da Diretoria Executiva, conforme
vinculada à área de atuação do Banco. o caso.

2
LEGISLAÇÃO I

§1º O voto da União na Assembleia Geral ou manifes- V. os que detiverem controle ou parcela substancial
tação do Conselho de Administração em sua reunião que do capital social de pessoa jurídica em mora com o Banco
eleger membro estatutário deverá conter a qualificação, o da Amazônia ou que lhe tenham causado prejuízo ainda
prazo de gestão de cada um dos eleitos e a comprovação não ressarcido, estendendo-se esse impedimento aos que
do cumprimento dos requisitos e impedimentos para in- tenham ocupado cargo de administração em pessoa jurídi-
vestidura no cargo. ca nessa situação, no exercício social imediatamente ante-
§2º. Descumprido o prazo, a eleição tornar-se-á sem rior à data da eleição ou nomeação;
efeito, salvo justificativa aceita pelo órgão da administração VI. os que estiverem respondendo pessoalmente, ou
para o qual tiver sido eleito. como controlador ou como administrador de pessoa jurídi-
§3º. O termo de posse de que trata o “caput” deverá ca, por pendências relativas a protestos de títulos, cobran-
conter a indicação de pelo menos um domicílio no qual ças judiciais, emissão de cheques sem fundos, inadimple-
o membro do Conselho de Administração ou da Diretoria mento de obrigações e outras ocorrências ou circunstân-
Executiva receberá as citações e intimações em processos cias análogas;
administrativos e judiciais, relativos a atos de sua gestão; VII. os declarados falidos ou insolventes enquanto per-
esse domicílio somente poderá ser alterado mediante co- durar essa situação;
municação por escrito ao Banco. VIII. os que detiverem o controle ou participaram de
§4º. A investidura em cargo estatutário observará os
pessoa jurídica concordatária, em recuperação judicial, fa-
requisitos e as vedações vigentes na data da posse ou da
lida ou insolvente, no período de cinco anos anteriores à
eleição, no caso de Conselheiro Fiscal.
data da eleição ou nomeação, salvo na condição de síndi-
§5º. A recondução ou a troca de Diretoria enseja novo
ato de posse ou nova eleição, devendo ser considerados co, comissário ou administrador judicial;
os requisitos vigentes no momento da nova posse ou da IX. os que exercem cargos de administração, di-
nova eleição. reção, fiscalização ou gerência, ou detenham controle
§6º. As indicações de administradores e de Conselhei- ou parcela superior a dez por cento do capital social de
ros fiscais considerarão: I. compatível formação acadêmica instituição, financeira ou não, cujos interesses sejam confli-
preferencialmente em: tantes com os do Banco da Amazônia;
a) Administração ou Administração Pública; X. os que tenham causado dano ainda não
b) Ciências Atuariais; reparado a entidade da administração pública, em decor-
c) Ciências Econômicas; rência da prática de ato ilícito;
d) Comércio Internacional; XI. os que estejam em litígio judicial não trabalhis-
e) Contabilidade ou Auditoria; ta com a estatal, inclusive em ações coletivas, ressalvados
f) Direito; os casos em que figurar como substituído processual e os
g) Engenharia; h) Estatística; i) Finanças; caso de dispensa justificada e aprovada em assembleia ge-
j) Matemática; e ral;
k) curso aderente à área de atuação da empresa. XII. Os que tiverem interesse conflitante com o Banco
da Amazônia, inclusive aqueles que ocuparem cargos, em
Subseção III especial, em Conselhos Consultivos, de Administração, ou
Dos impedimentos e das vedações Fiscal, em empresas que sejam fornecedoras ou clientes ou
que possam ser consideradas concorrentes no mercado,
Art. 10. É vedada a indicação para o Conselho de Ad- salvo nesse último caso por dispensa da assembleia geral;
ministração e para a Diretoria Executiva: XIII. representantes do órgão regulador a qual o Banco
I. os condenados, por decisão transitada em julgado, da Amazônia esteja sujeito; XIV. de Ministro de Estado, de
por crime falimentar, de sonegação fiscal, de prevaricação, Secretário Estadual e de Secretário Municipal;
de corrupção ativa ou passiva, de concussão, de peculato, XV. de titular de cargo em comissão na administração
contra a economia popular, contra a fé pública, contra a
pública federal, direta ou indireta, sem vínculo permanente
propriedade, ou contra o Sistema Financeiro Nacional, ou
com o serviço público;
os condenados a pena criminal que vede, ainda que tem-
XVI. de dirigente estatutário de partido político e de
porariamente, o acesso a cargos públicos;
II. os declarados inabilitados para cargos de ad- titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente
ministração em instituições autorizadas a funcionar pelo federativo, ainda que licenciado;
Banco Central do Brasil, ou em outras instituições sujeitas à XVII. de parentes consanguíneos ou afins até o terceiro
autorização, controle e fiscalização de órgãos e entidades grau das pessoas mencionadas nos incisos
da administração pública direta e indireta, incluídas as en- XIII a XVI;
tidades de previdência privada, as sociedades seguradoras, XVIII. de pessoa que atuou, nos últimos trinta e
as sociedades de capitalização e as companhias abertas; seis meses, como participante de estrutura decisória de
III. sócio, ascendente, descendente ou parente cola- partido político;
teral ou afim, até o terceiro grau, de membros do Conselho XIX. de pessoa que atuou, nos últimos trinta e seis me-
de Administração e da Diretoria Executiva; ses, em trabalho vinculado a organização, estruturação e
IV. os que estiverem em mora com o Banco da Ama- realização de campanha eleitoral;
zônia ou que lhe tenham causado prejuízo ainda não res- XX. de pessoa que exerça cargo em organização sin-
sarcido; dical;

3
LEGISLAÇÃO I

XXI. de pessoa física que tenha firmado contrato ou Subseção V


parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou Da remuneração
ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a
União, com o Banco da Amazônia, nos três anos anteriores Art. 13. A remuneração dos integrantes dos Órgãos de
à data de sua nomeação; Administração será fixada pela Assembleia
XXII. de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma Geral de acionistas, observadas as prescrições legais.
de conflito de interesse com a União ou com o Banco da Parágrafo único. A remuneração mensal devida aos
Amazônia; e membros dos Conselhos de Administração não excederá
XXIII. de pessoa que se enquadre em qualquer uma a dez por cento da remuneração mensal média dos Dire-
das hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do in- tores, excluídos os valores relativos a adicional de férias e
ciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64/1990, benefícios, sendo vedado o pagamento de participação, de
com as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº qualquer espécie, nos lucros da empresa.
135/2010.
§1º. É incompatível com a participação dos órgãos de Subseção VI
administração do Banco a candidatura a mandato público Do dever de informar e outras obrigações
eletivo, devendo o interessado requerer seu afastamento,
sob pena de perda do cargo, a partir do momento em que Art. 14. Sem prejuízo dos procedimentos de auto
tornar pública sua pretensão à candidatura. Durante o pe- -regulação, os membros do Conselho de
ríodo de afastamento não será devida qualquer remunera- Administração e da Diretoria Executiva do Banco da
ção ao membro do órgão de administração, o qual perderá Amazônia deverão: I. comunicar ao Banco da Amazô-
o cargo a partir da data do registro da candidatura. nia e à bolsa de valores:
§2º. Aplica-se a vedação do inciso XV do caput a) a quantidade e as características dos valores mobi-
ao servidor ou ao empregado público aposentado que liários ou derivativos de emissão do Banco da Amazônia
seja titular de cargo em comissão da administração pública de que sejam titulares, direta ou indiretamente, bem como
federal direta ou indireta. seus respectivos cônjuges, companheiros e dependentes
§3º. Aplica-se o disposto neste artigo a todos os incluídos na declaração anual do imposto de renda, até o
administradores do Banco da Amazônia, décimo dia após a data da posse;
inclusive aos representantes dos empregados e dos
b) os seus planos de negociação periódica dos valores
minoritários;
mobiliários e derivativos referidos na alínea “a” deste inci-
§4º. É vedada a recondução do administrador que não
so, inclusive suas subseqüentes alterações, até o décimo
participar de nenhum treinamento anual disponibilizado
dia após a data da posse ou das alterações dos planos; e
pela Instituição nos últimos dois anos.
c) as negociações com os valores mobiliários e deri-
vativos de que trata a alínea “a” deste inciso, inclusive o
Art. 11. Aos integrantes dos órgãos de Administração
preço, até o décimo dia do mês seguinte ao que se verificar
é vedado intervir no estudo, deferimento, controle ou liqui-
dação de qualquer operação em que: a negociação;
a) direta ou indiretamente, sejam interessadas socieda- II. abster-se de negociar com os valores mobiliários
des de que detenham o controle ou participação superior a ou derivativos de que trata a alínea “a” do
10% (dez por cento) do capital social; e inciso I deste artigo:
b) quando se tratar de empresa na qual tenham a) no período de um mês que antecede o encerramen-
ocupado cargo de gestão em período imediatamente to do exercício social, até a publicação do anúncio que co-
anterior à investidura no Banco. locar à disposição dos acionistas a respectiva documenta-
ção; e
Subseção IV b) no período compreendido entre a decisão do órgão
Da perda do cargo social competente de aumentar o capital social do Ban-
co da Amazônia ou distribuir dividendos, bonificação em
Art. 12. Perderá o cargo: ações ou seus derivativos e a publicação dos respectivos
I. o membro do Conselho de Administração, do Fis- editais ou anúncios.
cal ou do Comitê de Auditoria que deixar de comparecer
a duas reuniões consecutivas ou três intercaladas, nas últi- Seção II
mas doze reuniões, sem justificativa; Do Conselho de Administração
II. o membro da Diretoria Executiva que se afastar,
sem autorização, por mais de trinta dias. Subseção I
III. o representante dos empregados no Conselho de Da composição e do prazo de gestão
Administração cujo contrato de trabalho seja encerrado
durante o prazo de gestão. Art. 15. O Conselho de Administração, órgão de orien-
Parágrafo Único. A perda do cargo não elide a respon- tação superior do Banco da Amazônia, é composto por
sabilidade civil e penal a que estejam sujeitos os membros sete membros, todos eleitos pela Assembleia Geral de acio-
do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, em nistas, observados os requisitos previstos no §1º do art. 25
virtude do descumprimento de suas obrigações. deste Estatuto, sendo:

4
LEGISLAÇÃO I

I. três indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda; Art. 16. A composição do Conselho de Administração
II. um indicado pelo Ministro de Estado do Planeja- deve ter, no mínimo, vinte e cinco por cento de membros
mento, Desenvolvimento e Gestão; III. um represen- independentes.
tante dos empregados, nos moldes da Lei nº 12.353/2010; §1º. O Conselheiro de Administração independente ca-
e racteriza-se por:
IV. um representante dos acionistas minoritários, elei- I. não ter vínculo com o Banco da Amazônia, exceto
to nos termos da Lei nº 6.404/1976. quanto à participação em Conselho de
§1°. A Presidência do Colegiado caberá a um dos Administração da empresa controladora ou à partici-
membros indicados pelo Ministro de Estado da pação em seu capital social;
Fazenda; II. não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim
§2°. O Presidente do Banco integrará, também, o Con- ou por adoção, até o terceiro grau, de chefe do Poder Exe-
selho de Administração e não poderá exercer, mesmo que cutivo, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, do
interinamente, a Presidência do Colegiado; Distrito Federal ou de Município ou de administrador do
§3°. O Presidente do Conselho de Administração do Banco da Amazônia;
Banco, em seus impedimentos eventuais ou falta tempo- III. não ter mantido, nos últimos três anos, vínculo de
rária, será substituído pelo outro conselheiro indicado pelo qualquer natureza com o Banco da
Ministro de Estado da Fazenda; Amazônia ou com a União, que possa vir a comprome-
§4º. Os membros do Conselho de Administração cum- ter a sua independência;
prem prazo de gestão coincidente de dois anos, sendo per- IV. não ser ou não ter sido, nos últimos três anos, em-
mitidas, no máximo, três reconduções consecutivas, que se pregado ou Diretor do Banco da
estenderá até a investidura de novos membros; Amazônia;
§5º. No prazo do parágrafo anterior serão consi- V. não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto,
derados os períodos anteriores de gestão ocorridos há de serviços ou produtos do Banco da
menos de dois anos; Amazônia;
§6º. Atingido o limite a que se referem os parágrafos VI. não ser empregado ou administrador de empresa
anteriores, o retorno de membros do Conselho de Admi- ou entidade que ofereça ou demande serviços ou produtos
nistração só poderá ser efetuado após decorrido período
ao Banco da Amazônia; e
equivalente a um prazo de gestão;
VII. não receber outra remuneração do Banco da Ama-
§7º. O representante dos empregados no Conselho de
zônia além daquela relativa ao cargo de
Administração será escolhido dentre os empregados ati-
Conselheiro, exceto a remuneração decorrente de par-
vos, pelo voto direto de seus pares, em eleição organi-
ticipação no capital do Banco.
zada pelo Banco em conjunto com as entidades sindicais
§2º. Na hipótese de o cálculo do número de Conse-
que os representem;
lheiros independentes não resultar em número inteiro, será
§8º. O Conselheiro representante dos empregados es-
feito o arredondamento:
tará sujeito a todos os critérios e exigências para o cargo
de conselheiro de administração, previstos em lei e no Es- I. para mais, quando a fração for igual ou superior a
tatuto Social do Banco; cinco décimos; e
§9º. O empregado designado como representante dos II. para menos, quando a fração for inferior a cinco dé-
empregados no Conselho de Administração não poderá cimos.
ser dispensado sem justa causa, desde o registro de sua §3º. Para os fins deste artigo, serão considerados inde-
candidatura até um ano após o fim de sua gestão; pendentes os Conselheiros eleitos por acionistas minoritá-
§10. O conselheiro de administração representante rios, mas não aqueles eleitos pelos empregados.
dos empregados, cujo contrato de trabalho seja rescindi- §4º. O Ministério da Fazenda deverá indicar os
do durante o prazo de gestão, será destituído pela Assem- membros independentes do Conselho de
bleia geral de acionistas, na forma do art. 140 da Lei nº Administração de que trata o caput, caso os demais
6.404/1976; acionistas não o façam.
§11. Sem prejuízo da vedação aos administradores de
intervirem em qualquer operação social em que tenha in- Subseção II
teresse conflitante com o do Banco, o conselheiro de ad- Do funcionamento
ministração representante dos empregados não participará
das discussões e deliberações sobre assuntos que envol- Art. 17. O Conselho de Administração reunir-se-á,
vam relações sindicais, remuneração, benefícios e vanta- ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente,
gens, inclusive matérias de previdência complementar e sempre que convocado pelo seu Presidente ou pela maio-
assistenciais, hipóteses em que fica configurado o conflito ria dos seus membros.
de interesses; §1º. O Conselho somente deliberará com a presença
§12. É vedada a existência de membro suplente do de, no mínimo, quatro de seus membros.
Conselho de Administração, inclusive para representante §2º. As deliberações do Conselho serão tomadas por
dos empregados. maioria de votos e registradas em ata, cabendo ao Presi-
dente, além do voto ordinário, o voto de qualidade;

5
LEGISLAÇÃO I

§3°. Para aprovação do Plano Anual de Atividades de I. aprovar as políticas, as estratégias corporativas,
Auditoria Interna (PAINT) e do Relatório Anual das Ativida- o plano geral de negócios, o plano de expansão de
des de Auditoria Interna (RAINT), o Conselho de Adminis- agências, o plano diretor e o orçamento global do Banco da
tração reunir-se-á ao menos uma vez no ano, sem a pre- Amazônia, em harmonia com a política econômico-finan-
sença do Presidente do Banco; ceira do Governo Federal;
§4°. Nas matérias em que fique configurado conflito de II. discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo
interesses do conselheiro de administração representante práticas de governança corporativa, relacionamento com
dos empregados, nos termos do disposto no §11 do art. 15, partes interessadas e código de conduta dos agentes;
a deliberação ocorrerá em reunião especial exclusivamente III. implementar e supervisionar os sistemas de
convocada para essa finalidade, da qual não participará o gestão de riscos e de controle interno estabelecidos para
referido conselheiro; a prevenção e mitigação dos principais riscos a que está e
posta o Banco inclusive os riscos relacionados inte ridade
§5°. Será assegurado ao representante dos emprega-
das in ormaç es contá eis e inanceiras e os relacionados
dos no conselho de administração, no prazo de até trinta
ocorr ncia de corrupção e raude;
dias, o acesso à ata de reunião e aos documentos anexos IV. estabelecer política de divulgação de informações
referentes às deliberações tomadas na reunião especial de para mitigar risco de contradição entre as diversas áreas e
que trata o § 4º deste artigo; os executivos do Banco da Amazônia;
§6º. Fica facultada, mediante justificativa, eventual V. avaliar formalmente, com periodicidade anual, o
participação dos conselheiros na reunião, por telefone, vi- desempenho da Diretoria Executiva, do
deoconferência, ou outro meio de comunicação que possa Presidente e dos Diretores do Banco da Amazônia, po-
assegurar a participação efetiva e a autenticidade do seu dendo contar com apoio metodológico e procedimental do
voto, que será considerado válido para todos os efeitos le- comitê de elegibilidade;
gais e incorporado à ata da referida reunião. VI. deliberar, por proposta da Diretoria Executiva, so-
bre:
Subseção III a) a distribuição de dividendos intermediários, inclusive
Da vacância e das substituições à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros exis-
tentes no último balanço anual ou semestral; e
Art. 18. Em caso de vacância de algum Conselheiro, b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
à exceção da vaga ocupada pelo Presidente do Banco, os VII. eleger e destituir os Diretores e fixar-lhes as atri-
Conselheiros remanescentes nomearão um membro para buições mediante proposta do Presidente do Banco da
Amazônia, sendo que um deles responderá pela função de
substituí-lo e completar o seu prazo de gestão, que será
controle, observado sempre o princípio de segregação de
eleito na primeira Assembleia Geral subsequente, deven-
funções e evitada qualquer possibilidade de conflito de in-
do-se observar, quanto à competência para indicação do teresses;
respectivo nome a ser nomeado pelo Colegiado, o disposto VIII. fiscalizar a execução da política geral dos negócios
no art. 15 deste Estatuto. e serviços do Banco da Amazônia, acompanhar e fiscalizar a
gestão dos membros da Diretoria Executiva;
Art. 19. Se ocorrer vacância da maioria dos cargos, IX. convocar, nos casos previstos em lei e neste Estatu-
competirá ao Presidente do Conselho convocar a Assem- to, a Assembleia Geral de acionistas, apresentando propos-
bleia Geral de acionistas, no prazo de trinta dias, para a tas para sua deliberação;
eleição de novos membros. X. manifestar-se sobre o relatório da administração e
as contas da Diretoria Executiva;
Art. 20. Se a vacância abranger todos os cargos, com- XI. autorizar a contratação de auditores independen-
petirá à Diretoria Executiva convocar a tes e a rescisão destes contratos;
Assembleia Geral de acionistas, no prazo de trinta dias, XII. autorizar a constituição de ônus reais e a alienação
para a eleição de novos membros. de bens, ressalvado o disposto no inciso I do art. 6° e inciso
VIII do art. 35 deste Estatuto;
Subseção IV XIII. conceder licença aos membros do Conselho de Ad-
Das atribuições e das competências ministração e da Diretoria Executiva, exclusive aos Presiden-
tes do Conselho de Administração e do Banco da Amazônia;
XIV. autorizar a Diretoria Executiva a fazer doações, na
Art. 21. O Conselho de Administração tem, na forma
hipótese prevista no inciso XIII do art. 35 deste Estatuto;
prevista em lei e neste Estatuto, atribuições estratégicas, XV. autorizar o desempenho de atividades estranhas ao
orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo cargo, mas de interesse do Banco da Amazônia, por mem-
funções operacionais ou executivas. bros da Diretoria Executiva do Banco da Amazônia, salvo
quando decorrentes de designação do Presidente da Re-
Art. 22. Sem prejuízo das competências previstas no pública;
art. 142 da Lei nº 6.404/1976, e das demais atribuições XVI. deliberar sobre a designação e dispensa do
previstas na Lei nº 13.303/2016, compete ao Conselho de titular da Unidade de Auditoria Interna por proposta da
Administração: Diretoria Executiva;

6
LEGISLAÇÃO I

XVII.aprovar as alterações das normas e regulamentos §3º. A fiscalização de que trata o inciso VIII deste artigo
de pessoal; poderá ser exercida isoladamente por qualquer conselhei-
XVIII. disciplinar a concessão de férias aos membros ro, o qual terá acesso aos livros e papéis do Banco da Ama-
da Diretoria Executiva, observada a legislação vigente; zônia e às informações sobre os contratos celebrados ou
XIX. aprovar o seu regimento interno; em via de celebração e quaisquer outros atos que conside-
XX. avaliar os relatórios do Sistema de Controles Inter- re necessários ao desempenho de suas funções, podendo
nos e da Ouvidoria do Banco da Amazônia; XXI. nomear e requisitá-los, diretamente, a qualquer membro da Diretoria
destituir os membros do Comitê de Auditoria, bem como Executiva. As providências daí decorrentes, inclusive pro-
aprovar o respectivo Regimento Interno. postas para contratação de profissionais externos, serão
XXII.aprovar a estrutura de gerenciamento de Risco submetidas à deliberação do Conselho de Administração.
Operacional, as políticas sobre Prevenção à
Lavagem de Dinheiro e suas alterações; Subseção V
XXIII. apreciar e manifestar-se sobre os Relatórios de Da avaliação.
Risco Operacional do Banco da Amazônia; XXIV. nomear
e destituir os membros do Comitê de Remuneração, que Art. 23. O Conselho de Administração realizará
não serão remunerados, bem como aprovar o respectivo anualmente uma avaliação formal do seu desempenho.
regimento interno; §1º. O processo de avaliação citado no caput será
XXV. designar o ocupante de cada Diretoria, alteran- realizado conforme procedimentos previamente definidos
do as designações quando julgar conveniente; pelo próprio Conselho de Administração;
§2º. Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o pro-
XXVI. subscrever carta anual com explicitação dos cesso de avaliação.
compromissos de consecução de objetivos de políticas pú-
blicas pela Instituição, em atendimento ao interesse cole- Seção III
tivo ou ao imperativo de segurança nacional que justificou Da Diretoria Executiva
a autorização de sua criação, com a definição clara dos re-
cursos a serem empregados para esse fim e dos impactos
Subseção I
econômicos-financeiros da consecução desses objetivos,
Da composição e do prazo de gestão
mensuráveis por meio de indicadores objetivos;
XXVII. aprovar e fiscalizar o compromisso assumido
Art. 24. A Diretoria Executiva é o órgão da administra-
pelos membros da Diretoria Executiva por ocasião da sua
ção integrado pelo Presidente e cinco
investidura no cargo, com metas e resultados específicos a
serem alcançados; Diretores, dos quais, pelo menos dois, profissionais da
XXVIII. promover anualmente análise quanto ao atividade bancária.
atendimento das metas e dos resultados na execução Parágrafo único. A Diretoria Executiva é o órgão exe-
do plano de negócios e da estratégia de longo prazo, de- cutivo de administração e representação, cabendo-lhe
vendo publicar suas conclusões e informá-las ao Congres- assegurar o funcionamento regular do Banco, em confor-
so Nacional e ao Tribunal de Contas da União, sob pena de midade com a orientação geral traçada pelo Conselho de
seus integrantes responderem por omissão; Administração.
XXIX. cumprir e fazer cumprir as normas emanadas
dos órgãos reguladores; Art. 25. O Presidente do Banco da Amazônia é nomea-
XXX. aprovar a prática de atos que importem em re- do pelo Presidente da República e por ele demissível “ad
núncia, transação ou compromisso arbitral; XXXI. deliberar nutum”. Ocorrendo su stituição de initiva poderá o novo
sobre os casos omissos do estatuto social, em conformida- titular até sessenta dias após assumir as funções, solicitar
de com o disposto na Lei nº 6.404/1976; a convocação do Conselho de Administração para decidir
XXXII. definir as estratégias e políticas de controle, bem sobre o mandato dos Diretores em exercício.
como o nível de exposição a riscos, do Banco da Amazônia; §1º. Além dos requisitos previstos no art. 7º deste Esta-
e tuto, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes
XXXIII. definir o regime de alçadas operacionais e ad- condições para o exercício de cargos na Diretoria Executiva
ministrativas. do Banco da Amazônia:
I. ter graduação em curso superior; e
§1º. Excluem-se da obrigação de publicação a que se II. ter exercido, nos últimos cinco anos, por pelo menos
refere o inciso XXVIII as informações de natureza estratégi- três anos, uma das seguintes funções:
ca cuja divulgação possa ser comprovadamente prejudicial a) cargos gerenciais em instituições integrantes do Sis-
ao interesse do Banco da Amazônia. tema Financeiro Nacional de 1º ou 2º nível do Plano de
§2º. O atendimento das metas e dos resultados na Cargos e Salários do nível gerencial da Instituição de ori-
execução do plano de negócios e da estratégia de longo gem; ou
prazo deverá gerar reflexo financeiro para os Diretores do b) cargos gerenciais na área financeira de outras enti-
Banco da Amazônia, sob a forma de remuneração variável, dades detentoras de patrimônio líquido não inferior a um
nos termos estabelecidos pela Secretaria de Coordenação quarto dos limites mínimos de capital realizado e patrimô-
e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Pla- nio líquido exigidos pela regulamentação para o Banco da
nejamento, Desenvolvimento e Gestão. Amazônia; ou

7
LEGISLAÇÃO I

c) cargo em comissão ou função de confiança equiva- Subseção II


lente a DAS-4 ou superior no setor público; ou Das vedações
d) cargo estatutário em empresa.
III. Experiência mínima de três anos em liderança de Art. 30. A investidura em cargo da Diretoria Executi-
equipe. va requer dedicação integral, sendo vedado a qualquer de
§2º. O membro estatutário que estiver investido seus membros, sob pena de perda do cargo, o exercício de
em suas funções antes da alteração deste Estatuto e não atividades em outras sociedades, salvo se por designação
cumprir as condições do § 1ª deste artigo poderá permane- do Presidente da República.
cer e ser reconduzido no cargo que ocupa, desde que ob-
servados os requisitos constantes do art. 7º deste Estatuto. Subseção III
Da vacância, das substituições e das férias
Art. 26. Os Diretores do Banco da Amazônia são
eleitos, entre acionistas ou não, e destituíveis, a qualquer Art. 31. As substituições eventuais do Presidente não
tempo, pelo Conselho de Administração. Possuem gestão poderão exceder o prazo de trinta dias, sem aprovação do
coincidente de dois anos, permitidas, no máximo, três
Conselho de Administração.
reconduções consecutivas, estendendo-se o período de
respectiva gestão até a investidura de novos membros.
Art. 32. As licenças ao Presidente do Banco da Amazô-
§1º. No prazo do caput deste artigo serão considera-
nia e dos demais membros da Diretoria
dos os períodos anteriores de gestão ocorridos há menos
de dois anos e a transferência de Diretor para outra Dire- Executiva serão concedidas pelo Conselho de Adminis-
toria; tração.
§2º. Não se considera recondução a eleição de Diretor §1º. O Presidente do Banco da Amazônia será substi-
para atuar em outra Diretoria do Banco da tuído:
Amazônia; I. nos afastamentos até trinta dias consecutivos, por
§3º. Atingido o limite a que se refere o caput deste um dos Diretores;
artigo, o retorno de membro da Diretoria II. nos afastamentos superiores a trinta dias consecuti-
Executiva só poderá ocorrer decorrido período equiva- vos, por quem, na forma da lei, for designado interinamen-
lente a um prazo de gestão. te pelo Presidente da República; e
III. no caso de vacância, até a posse do novo Presiden-
Art. 27. Os membros da Diretoria Executiva ficam im- te, pelo Diretor indicado pelo Conselho de
pedidos do exercício de atividades que configurem conflito Administração.
de interesse, observados a forma e o prazo estabelecidos §2°. Nos seus impedimentos e ausências ocasionais,
na legislação pertinente. cada Diretor será substituído, de forma cumulativa, por
§1º. Após o exercício da gestão, o ex-membro da Di- outro Diretor, indicado pelo Presidente do Banco da Ama-
retoria Executiva, que estiver em situação de impedimento, zônia.
poderá receber remuneração compensatória equivalente §3°. Vagando cargo de Diretor, será esse exercido in-
apenas ao honorário mensal da função que ocupava, ob- terinamente, em regime de acumulação de funções, por
servados os §§2º e 3º deste artigo. um dos integrantes da Diretoria Executiva, indicado pelo
§2º. Não terá direito à remuneração compensatória, o Presidente do Banco da Amazônia, até que o Conselho de
ex-membro da Diretoria Executiva que retornar, antes do Administração eleja o substituto para completar a gestão
término do período de impedimento, ao desempenho da interrompida.
função que ocupava na administração pública ou privada
anteriormente à sua investidura. Art. 33. É assegurado aos membros da Diretoria Exe-
§3º. A configuração da situação de impedimento de-
cutiva o gozo de férias anuais, vedado o pagamento em
penderá de prévia manifestação da Comissão de Ética Pú-
dobro da remuneração relativa a férias não gozadas no de-
blica da Presidência da República.
correr do período concessivo.
Art. 28. Finda a gestão, os Diretores oriundos do qua-
dro de empregados do Banco sujeitam-se às normas inter- Subseção IV
nas aplicáveis a todos os empregados, observado o dispos- Das representações e da constituição de mandatá-
to no art. 27. rios

Art. 29. É condição para a investidura em cargo de Di- Art. 34. A representação extrajudicial e a constituição
retoria do Banco da Amazônia a assunção de compromisso de mandatários do Banco da Amazônia competem ao Pre-
com metas e resultados específicos a serem alcançados, sidente ou a qualquer dos demais membros da Diretoria
que deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração, Executiva, estes nos limites de suas atribuições e pode-
ao qual incumbe fiscalizar o seu cumprimento. res. A representação judicial compete ao Presidente e
aos Diretores.

8
LEGISLAÇÃO I

§1º. Os instrumentos de mandato devem especificar os XII. propor o regime de alçadas operacionais e admi-
atos ou as operações que poderão ser praticados e a dura- nistrativas;
ção do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente, XIII. fazer doações de bens patrimoniais, mediante au-
por qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a torização do Conselho de Administração, observadas as
hipótese do §1º do art. 35 deste Estatuto. O mandato judi- disposições legais pertinentes;
cial poderá ser por prazo indeterminado. XIV. distribuir e aplicar os lucros apurados, na
§2º. Os instrumentos de mandato serão válidos ainda forma da deliberação do Conselho de
que o seu signatário deixe de integrar a Administração, observada a legislação vigente;
Diretoria Executiva do Banco da Amazônia, salvo se o XV. propor, anualmente, ao Conselho de Administra-
mandato for expressamente revogado. ção as políticas, as estratégias corporativas, o plano geral
de negócios, o plano diretor e o orçamento global do Ban-
Subseção V
Das atribuições e competências da Diretoria Execu- co da Amazônia, cuidando da respectiva execução;
tiva XVI. submeter ao Conselho de Administração proposta
de designação ou dispensa do titular da
Art. 35. Compete à Diretoria Executiva: Unidade de Auditoria Interna;
I. cumprir e fazer cumprir as normas regulamen- XVII.decidir sobre os planos de cargos, salários, van-
tares e as legais aplicáveis ao Banco da Amazônia, bem tagens e benefícios, e aprovar o Regulamento de Pessoal
como as deliberações da Assembleia Geral de acionistas e do Banco da Amazônia, para submissão ao Conselho de
do Conselho de Administração, nos limites da competência Administração, observada a legislação vigente;
de cada um; XVIII. propor ao Conselho de Administração o Plano
II. decidir sobre a organização interna do Banco da de Expansão de Agências para cada exercício;
Amazônia, a estrutura administrativa das diretorias e a XIX. autorizar a instalação e a extinção de agências,
criação, extinção e o funcionamento de comitês no âm- postos de atendimento bancário, postos avançados de
bito da Diretoria Executiva e de unidades administrativas,
atendimento e eletrônico e escritórios de representação, de
observada a legislação vigente;
acordo com o plano de expansão aprovado pelo Conselho
III. estruturar os serviços internos e baixar os respecti-
vos regulamentos, observadas as normas fixadas pelo Con- de Administração;
selho de Administração; XX. promover, junto às principais instituições do setor
IV. deliberar sobre a concessão de fiança, aval ou qual- econômico e social, a divulgação dos objetivos, programas
quer forma de garantia a ser prestada pelo e resultados da atuação do Banco da Amazônia;
Banco da Amazônia; XXI. aprovar a designação dos titulares e interinos
V. propor as estratégias e políticas de controle, bem dos cargos de Secretários Executivos, Superintenden-
como o nível de exposição a riscos, do tes Regionais, Gerentes Executivos, Gerentes de Agências
Banco da Amazônia; e demais cargos gerenciais em comissão, diretamente su-
VI. aprovar o Sistema de Controles Internos e suas re- bordinados aos membros da Diretoria Executiva, mediante
visões periódicas, devendo apresentar relatórios semestrais proposta do Diretor a que estiver subordinado diretamente
ao Comitê de Auditoria e submetê-lo a aprovação do Con- o indicado, ressalvado o disposto no §3º do art. 41 deste
selho de Administração;
Estatuto;
VII. definir valores, princípios e padrões éticos que nor-
XXII.aprovar, em harmonia com a política econômico-
tearão o relacionamento do Banco da
Amazônia com seu público interno e externo; financeira do Governo Federal e com as diretrizes do Con-
VIII. negociar bens e direitos adquiridos pelo Banco selho de Administração:
da Amazônia em liquidação de empréstimos de difícil ou a) as normas disciplinadoras do planejamento, or-
duvidosa solução e vender bens móveis dispensáveis aos ganização e controle dos serviços e operações e sua
serviços do Banco em razão de obsoletismo ou processo de sistematização;
deterioração; b) os programas de aplicação e captação de recursos
IX. promover o depósito das participações acionárias e das demais modalidades operacionais; XXIII. aprovar a
recebidas em operações de renegociação de créditos, tais requisição de pessoal e a cessão de empregados
como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação na forma da legislação
judicial e conversão de debêntures em ações, na forma es- pertinente;
tabelecida pelo Decreto nº 1.068, de 1994;
X. aprovar os Regimentos Internos dos Comitês do XXIV. resolver os casos omissos e as questões suscita-
Banco da Amazônia e suas alterações, exceto o do Comitê
das com terceiros “ad re erendum”do Conselho de Admi-
de Auditoria;
XI. elaborar e submeter aos Conselhos de Administra- nistração
ção e Fiscal o relatório anual de suas atividades, o balanço XXV. admitir, demitir, premiar, promover e pu-
geral e as demonstrações financeiras trimestrais do Banco nir empregados, observadas as disposições legais perti-
da Amazônia e as demonstrações financeiras anuais dos nentes;
Fundos e programas por ele operados ou administrados, XXVI. transferir empregados entre Unidades, podendo
inclusive os balancetes mensais; essa competência ser delegada;

9
LEGISLAÇÃO I

XXVII. apresentar, até a última reunião do Conselho de II. o quadro de pessoal, com a indicação, em três
Administração do ano anterior, a quem compete sua apro- colunas, do total de empregos e os números de empregos
vação o plano de negócios para o exercício anual seguinte providos e vagas, discriminados por carreira ou categoria,
e a estratégia de longo prazo atualizada com análise de em 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano; e
riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos 5 III. o plano de salário, benefícios, vantagens e
(cinco) anos; quaisquer outras parcelas que componham retribuição
XXVIII. Autorizar previamente os atos e contratos rela- dos empregados do Banco da Amazônia.
tivos à sua alçada decisória.
§1º. As outorgas de poderes para prática dos atos pre- Art. 37. O Regulamento de Licitações será publicado
vistos nos incisos VIII e XIII deste artigo, quando destinadas no Diário Oficial da União.
a produzir efeitos perante terceiros, serão formalizadas por
meio de instrumento de mandato assinado pelo Presidente Subseção VI
e um Diretor ou por dois Diretores. Das atribuições e das competências individuais dos
§2º. Nos assuntos afetos a governança, riscos e con- membros da Diretoria Executiva
troles, a Diretoria Executiva atuará como Comitê de Gover-
nança, Riscos e Controles, com assessoramento do titular Art. 38. Compete especificamente ao Presidente do
da Gerência de Controles Internos, tendo por atribuição: Banco da Amazônia:
I . promover práticas e princípios de conduta e padrões I. encaminhar aos Conselhos de Administração e Fis-
de comportamentos; cal e ao Comitê de Auditoria as matérias sobre as quais
II. institucionalizar estruturas adequadas de governan- devam pronunciar-se;
ça, gestão de riscos e controles internos; III. promover o II. coordenar os negócios e as operações do Banco
desenvolvimento contínuo e incentivar a adoção de da Amazônia, de acordo com as diretrizes emanadas do
boas práticas de governança, de gestão de riscos e de Conselho de Administração;
controles internos; III. convocar e presidir as reuniões da Diretoria Execu-
tiva e prover o cumprimento de suas deliberações e as do
IV. garantir a aderência às regulamentações, leis, códi-
Conselho de Administração;
gos, normas e padrões, com vistas à condução das políticas
IV. indicar ao Conselho de Administração, para elei-
e à prestação de serviços de interesse público;
ção, os nomes dos Diretores;
V. promover a integração dos agentes responsáveis
V. submeter à Assembleia Geral Ordinária de acionis-
pela governança, pela gestão de riscos e pelos controles
tas relatório sobre as atividades do Banco da Amazônia e a
internos;
gestão da Diretoria Executiva, acompanhado de pareceres
VI. promover a adoção de práticas que institu-
do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e dos
cionalizem a responsabilidade dos agentes públicos na auditores independentes;
prestação de contas, na transparência e na efetividade das VI. designar representantes do Banco da Amazônia
informações; para reuniões, comissões ou grupos; VII. designar um dos
VII. aprovar política, diretrizes, metodologias e meca- Diretores para seu substituto eventual;
nismos para comunicação e institucionalização da gestão VIII. supervisionar e coordenar a atuação dos membros
de riscos e dos controles internos; da Diretoria Executiva e dos responsáveis pelas unidades
VIII. supervisionar o mapeamento e avaliação dos ris- que estiverem sob sua supervisão direta;
cos-chave que podem comprometer a prestação dos ser- IX. nomear e dispensar o titular da unidade de audi-
viços; toria interna, após aprovação do Conselho de
IX. liderar e supervisionar a institucionalização da ges- Administração e do Ministério da Transparência e da
tão de riscos e dos controles internos, oferecendo suporte Controladoria-Geral da União; e
necessário para sua efetiva implementação; X. praticar os demais atos que, por lei ou regulamen-
X. estabelecer limites de exposição a riscos globais, to, lhe sejam atribuídos.
bem como os limites de alçada ao nível de unidade;
XI. aprovar e supervisionar método de priorização Art. 39. Compete a cada Diretor, na forma das atribui-
de temas e macroprocessos para gerenciamento de ris- ções e alçadas fixadas pelo Conselho de Administração e
cos e implementação dos controles internos da gestão; pela Diretoria Executiva, conduzir os negócios de sua área,
XII. emitir recomendação para o aprimoramento da go- coordenando, dirigindo e participando da execução das
vernança, da gestão de riscos e dos controles internos; e políticas desenvolvidas pelo Banco, em cada campo espe-
XIII. monitorar as recomendações e orientações delibe- cífico.
radas pelo Comitê.
Subseção VII
Art. 36. A Diretoria Executiva fará publicar, no Diário Da segregação de funções
Oficial da União, depois de aprovado pelo
Conselho de Administração: Art. 40. O Banco da Amazônia observará o princípio
I. o Regulamento de Pessoal, com os direitos e de- de segregação de funções dentre os órgãos de administra-
veres dos empregados, o regime disciplinar e as normas ção e nas unidades administrativas, devendo observar as
sobre apuração de responsabilidade; seguintes regras:

10
LEGISLAÇÃO I

I. as unidades responsáveis por funções de con- a) Diretor, empregado ou membro do Conselho Fiscal
trole (Contadoria, Controladoria, Controles Internos) e do Banco; e
Gestão de Risco não podem ficar sob supervisão direta de b) responsável técnico, Diretor, gerente, supervisor
Diretor responsável por qualquer outra atividade adminis- ou qualquer outro integrante com função de gerência de
trativa; equipe envolvida nos trabalhos de auditoria do Banco;
II. a unidade responsável pela proposição de dire- II. não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim
trizes para a análise de risco de crédito não pode ficar sob ou por adoção, até o segundo grau, das pessoas referidas
supervisão direta de Diretor responsável pelas atividades no inciso I;
de concessão de crédito ou de garantias; e III. não receber qualquer outro tipo de remuneração
III. Diretor responsável pela administração de recur- da Instituição que não seja aquela relativa à função de
sos próprios do Banco não pode administrar recursos de membro do Comitê de Auditoria;
terceiros. IV. não ser ou ter sido ocupante de cargo público efe-
tivo, ainda que licenciado, ou de cargo em comissão na
Subseção VIII administração pública federal direta, nos doze meses ante-
Do funcionamento riores à nomeação para o Comitê de Auditoria; e
V. não se enquadrar nas vedações de que tratam os
Art. 41. A Diretoria Executiva reunir-se-á ordinaria- incisos XIII, XVI, XXI, XXII e XXIII do caput do art. 10.
mente uma vez por semana e, extraordinariamente, sem- VI. atender aos demais requisitos estabelecidos na le-
pre que convocada pelo Presidente do Banco, tomadas as gislação, regulamentação e no Regimento
deliberações por maioria de votos, cabendo ao Presidente Interno do Comitê de Auditoria aprovado pelo Conse-
do Banco da Amazônia, além do voto pessoal, o voto de lho de Administração.
qualidade. §6º. Os membros do Conselho de Administração po-
§1º. O quorum mínimo de deliberação é formado pela derão ocupar cargo no Comitê de Auditoria, desde que
maioria absoluta dos membros, incluído o Presidente. optem pela remuneração de membro do referido Comitê;
§2º. Uma vez tomada a decisão, cabe aos mem- §7º. O Comitê de Auditoria terá autonomia operacio-
bros da Diretoria Executiva a adoção das providências nal e dotação orçamentária, anual ou por projeto, dentro
para sua implementação. de limites aprovados pelo Conselho de Administração, para
§3º. A Diretoria Executiva será assessorada por uma conduzir ou determinar a realização de consultas, avalia-
Secretaria Executiva, cabendo ao Presidente do Banco da ções e investigações dentro do escopo de suas atividades,
Amazônia indicar o seu titular. inclusive com a contratação e utilização de especialistas
independentes;
CAPÍTULO VI §8º. No caso de vacância de membro do Comitê de
Do Comitê de Auditoria Auditoria, o Conselho de Administração elegerá o substitu-
to para completar o mandato do membro anterior.
Art. 42. O Comitê de Auditoria, subordinado ao Con-
selho de Administração, com as atribuições e encargos pre- Art. 43. Competirá ao Comitê de Auditoria, sem prejuí-
vistos na legislação, será formado por três membros, em zo de outras competências previstas em lei:
sua maioria independentes, os quais terão mandato de três I. assessorar o Conselho de Administração no que
anos, não coincidente para cada membro, permitida uma concerne ao exercício de suas funções, conforme defini-
reeleição. das no respectivo Regimento Interno;
§1º. O Comitê de Auditoria é o órgão de suporte ao II. estabelecer as regras operacionais para seu
Conselho de Administração no que se refere ao exercí- próprio funcionamento, as quais devem ser aprovadas
cio de suas funções de auditoria e de fiscalização sobre a pelo Conselho de Administração formalizadas por escrito e
qualidade das demonstrações contábeis e efetividade dos colocadas à disposição dos acionistas;
sistemas de controle interno e de auditorias interna e in- III. opinar sobre a contratação e a destituição de au-
dependente; ditor independente;
§2º. A remuneração dos membros do Comitê de Audi- IV. supervisionar as atividades dos auditores inde-
toria será fixada pela assembleia geral, em montante não pendentes e avaliar a sua independência, a qualidade dos
inferior à remuneração dos Conselheiros Fiscais; serviços prestados e a adequação de tais serviços às neces-
§3º Além dos impedimentos previstos no art. 10 deste sidades da Instituição;
Estatuto, o exercício do cargo no Comitê de Auditoria de- V. supervisionar as atividades desenvolvidas nas
penderá da observância das condições básicas e demais áreas de controle interno, de auditoria interna e de elabo-
requisitos previstos na regulamentação em vigor; ração das demonstrações financeiras da Instituição;
§4º. Os membros do Comitê de Auditoria serão no- VI. revisar, previamente à publicação, as demonstra-
meados e destituídos pelo Conselho de Administração; ções contábeis trimestrais, inclusive notas explicativas, rela-
§5º. São condições mínimas para integrar o Comitê de tórios da administração e parecer do auditor independente;
Auditoria: VII. monitorar a qualidade e a integridade dos meca-
I. não ser ou ter sido, nos doze meses anteriores à nismos de controle interno, das demonstrações financeiras
nomeação para o Comitê: e das informações e medições divulgadas pela Instituição;

11
LEGISLAÇÃO I

VIII. avaliar e monitorar a exposição ao risco da Institui- CAPÍTULO VII


ção e requerer, entre outras, informações detalhadas sobre Das áreas de integridade, conformidade e gestão
políticas e procedimentos referentes a: de riscos
a) remuneração da administração;
b) utilização de ativos do Banco; e Art. 44. O Banco disporá em sua Estrutura Organiza-
c) gastos incorridos em nome do Banco da Amazônia. cional de áreas de integridade, conformidade e de gestão
IX. avaliar e monitorar, em conjunto com a adminis- de riscos, com mecanismos que assegurem atuação inde-
tração do Banco da Amazônia e a área de auditoria interna, pendente, vinculadas diretamente ao Presidente, podendo
a adequação e a divulgação das transações com partes re- ser conduzida por ele próprio ou por Diretor estatutário,
lacionadas;
com as seguintes atribuições:
X. elaborar relatório anual com informações sobre as
I. realizar a gestão integrada de riscos e de capital;
atividades, os resultados, as conclusões e as suas recomen-
dações, e registrar, se houver, as divergências significativas II. administrar as ações de identificação e gerencia-
entre administração, auditoria independente e o Comitê de mento dos riscos;
Auditoria Estatutário em relação às demonstrações finan- III. definir os níveis de risco e de alocação de capital
ceiras; adequados às estratégias e estrutura do banco; e
XI. avaliar a razoabilidade dos parâmetros em que se IV. enviar relatórios trimestrais ao Comitê de Auditoria
fundamentam os cálculos atuariais e o resultado atuarial sobre as atividades desenvolvidas pela área de integridade.
dos planos de benefícios patrocinados pelo Banco da Ama-
zônia; Art. 45. Às áreas de Conformidade e Gerenciamento
XII. avaliar o cumprimento, pela administração da Ins- de Riscos compete:
tituição, das recomendações feitas pelos auditores inde- I. propor políticas de Conformidade e Gerenciamen-
pendentes ou internos; to de Riscos para o Banco da Amazônia, as quais deverão
XIII. estabelecer e divulgar procedimentos para re- ser periodicamente revisadas e aprovadas pelo Conselho
cepção e tratamento de informações acerca do descum- de Administração, e comunicá-las a todo o corpo funcional
primento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à da organização;
Instituição, além de regulamentos e códigos internos, in- II. verificar a aderência da estrutura organizacional e
clusive com previsão de procedimentos específicos para dos processos, produtos e serviços do Banco da Amazônia
proteção do prestador e da confidencialidade da in-
às leis, normativos, políticas e diretrizes internas e demais
formação;
regulamentos aplicáveis;
XIV. recomendar à Diretoria Executiva correção ou
aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos III. comunicar à Diretoria Executiva, aos Conselhos
identificados no âmbito de suas atribuições; de Administração e Fiscal e ao Comitê de Auditoria a ocor-
XV. reunir-se, no mínimo trimestralmente, com rência de ato ou conduta em desacordo com as normas
a Diretoria Executiva, com a auditoria independente aplicáveis ao Banco da Amazônia;
e com a auditoria interna para verificar o cumprimento de IV. verificar a aplicação adequada do princípio da se-
suas recomendações ou indagações, inclusive no que se re- gregação de funções, de forma que seja evitada a ocorrên-
fere ao planejamento dos respectivos trabalhos de audito- cia de conflitos de interesses e fraudes;
ria, formalizando, em atas, os conteúdos de tais encontros; V. verificar o cumprimento do Código de Conduta e
XVI. verificar, por ocasião das reuniões previstas no in- Integridade, conforme art. 18 do Decreto nº
ciso XV deste artigo, o cumprimento de suas recomenda- 8.945, de 27 de dezembro de 2016, bem como
ções pela Diretoria Executiva; promover treinamentos periódicos aos empregados e di-
XVII.reunir-se com o Conselho Fiscal e Conselho de rigentes do Banco da Amazônia sobre o tema;
Administração, por solicitação dos mesmos, para discutir VI. coordenar os processos de identificação, classi-
acerca de políticas, práticas e procedimentos identificados ficação e avaliação dos riscos a que está sujeito o Banco;
no âmbito das suas respectivas competências; VII. coordenar a elaboração e monitorar os planos de
XVIII. apreciar o relatório semestral de atividades da ação para mitigação dos riscos identificados, verificando
Ouvidoria do Banco da Amazônia; e
continuamente a adequação e a eficácia da gestão de ris-
XIX. outras atribuições determinadas pelos órgãos de
fiscalização e controle. cos;
Parágrafo Único. O funcionamento do Comitê de Au- VIII. estabelecer planos de contingência para os princi-
ditoria será regulado no seu Regimento pais processos de trabalho da organização;
Interno, observado que: IX. elaborar relatórios periódicos de suas atividades,
a) participarão, sem direito a voto, das reuniões do submetendo-os à Diretoria-Executiva, aos
Comitê de Auditoria o titular da área de auditoria interna Conselhos de Administração e Fiscal e ao Comitê de
e os auditores independentes, estes últimos sempre que Auditoria;
forem convocados; X. disseminar a importância da Conformidade e do
b) o Comitê de Auditoria poderá convidar para partici- Gerenciamento de riscos, bem como a responsabilidade
par, sem direito a voto, das reuniões membros do Conselho de cada área do Banco da Amazônia nestes aspectos; e
Fiscal e da Diretoria Executiva ou quaisquer funcionários XI. outras atividades correlatas definidas pelo Diretor
do Banco. ao qual se vincula.

12
LEGISLAÇÃO I

Parágrafo Único. A área de integridade e gestão de I. expiração do prazo de mandato, sem que tenha
riscos poderá se reportar diretamente ao Conselho de Ad- havido renovação; II. renúncia espontânea;
ministração, nas situações em que houver suspeita do III. ser condenado por crime, com decisão transitado
envolvimento do Presidente do Banco em irregularidades em julgado;
ou quando este deixar de adotar as medidas necessárias IV. exercício de atividade ou função que configure con-
em relação a situação a ele relatada. flito de interesse com as atividades de
Ouvidor;
CAPÍTULO VIII V. comprovada negligência no cumprimento de suas
Da Auditoria Interna obrigações.

Art. 46. O Banco disporá de uma Auditoria Interna, di- Art. 49. São atribuições da Ouvidoria:
retamente subordinada ao Conselho de I. prestar atendimento de última instância às deman-
Administração. das dos clientes e usuários de produtos e serviços que não
tiverem sido solucionadas nos canais de atendimento pri-
CAPÍTULO IX mário do Banco;
Da ouvidoria II. atuar como canal de comunicação entre o Banco
da Amazônia e os clientes e usuários de produtos e servi-
Art. 47. O Banco disporá em sua Estrutura Organiza- ços, inclusive na mediação de conflitos;
cional de uma Ouvidoria, com a atribuição de assegurar III. atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
a estrita observância das normas legais e regulamentares formal e adequado às demandas dos clientes e usuários
relativas aos direitos do consumidor, e de atuar como canal de produtos e serviços, considerando-se primário o aten-
de comunicação entre o Banco e os clientes e usuários de dimento habitual realizado em quaisquer pontos ou canais
seus produtos e serviços, inclusive na mediação de confli- de atendimento, incluídos os correspondentes no País e o
tos. Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC);
§1º. A atuação da Ouvidoria será pautada pela trans- IV. prestar esclarecimentos aos demandantes acerca
parência, independência, imparcialidade e isenção, sendo do andamento das demandas, informando o prazo previsto
dotada de condições adequadas para o seu efetivo funcio- para resposta;
namento. V. informar aos demandantes o prazo previsto para a
§2º. A Ouvidoria terá assegurado o acesso às informa- resposta final, conforme resolução vigente; VI. enca-
ções necessárias para a sua atuação, podendo, para tanto, minhar resposta conclusiva para a demanda no prazo pre-
requisitar informações e documentos para o exercício de visto;
suas atividades, no cumprimento de suas atribuições. VII. informar ao Conselho de Administração a respeito
§3º. O serviço prestado pela Ouvidoria aos clientes e das atividades de Ouvidoria e mantê-lo informado sobre os
usuários dos produtos e serviços do Banco será gratuito e problemas e deficiências detectados no cumprimento de
identificado por meio de número de protocolo de atendi- suas atribuições e sobre o resultado das medidas adotadas
mento. pelos administradores da instituição para solucioná- los;
VIII. elaborar e encaminhar à Auditoria Interna, ao Co-
Art. 48. A função de Ouvidor será desempenhada por mitê de Auditoria e ao Conselho de Administração ao final
empregado que compõe o quadro de pessoal próprio do de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acer-
Banco, mediante comissão compatível com as atribuições ca das atividades desenvolvidas pela Ouvidoria no cumpri-
da Ouvidoria, que exercerá mandato pelo prazo de um ano, mento de suas atribuições;
renovável por iguais períodos, sendo designado e desti- IX. receber e examinar denúncias internas e externas,
tuído, a qualquer tempo, pelo Conselho de Administração, inclusive sigilosas, relativas às atividades do Banco.
por proposta da Diretoria Executiva. Parágrafo único. O Banco divulgará semestralmente,
§1º. A função de Ouvidor deverá ser de tempo integral em seu sítio eletrônico na internet, as informações relativas
e dedicação exclusiva, não podendo o empregado desem- às atividades desenvolvidas pela Ouvidoria.
penhar outra atividade na Instituição.
§2º. Devem ser observadas, cumulativamente, as se- Subseção I
guintes condições para a designação do Ouvidor: I. ser do Da vacância, das substituições e das férias
Quadro Técnico Científico ou Técnico Bancário;
Art. 50. As substituições eventuais do Ouvidor não po-
II. não ter penalidades administrativas de natureza derão exceder o prazo de quarenta dias, sem aprovação do
grave a partir de censura, nos últimos cinco anos; Conselho de Administração.
III. possuir certificação em Ouvidoria reconhecida pelo Parágrafo único. Nos seus impedimentos, ausências
Banco Central do Brasil; IV. possuir escolaridade de nível ocasionais e vacância, o Ouvidor será substituído por outro
superior completo em qualquer graduação; e empregado indicado pela Diretoria Executiva e aprovado
V. outras condições previstas em legislação aplicável e pelo Conselho de Administração, para completar o manda-
Regulamento Interno. to interrompido, no caso de vacância.
§3º. São critérios para destituição do Ouvidor:

13
LEGISLAÇÃO I

CAPÍTULO X I. ser cônjuge ou parente em linha reta, em linha co-


Do Comitê de Remuneração. lateral e por afinidade até o segundo grau, dos membros
do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva;
Art. 51. Contará o Banco, em sua Estrutura Organiza- II. estar respondendo a inquérito disciplinar ou apu-
cional, com um Comitê de Remuneração, que deverá re- ração de responsabilidade no Banco ou em outro órgão
portar-se diretamente ao Conselho de Administração, com público.
as atribuições e encargos estabelecidos na legislação e re-
gulamentação específicas. O Comitê de Remuneração será Art. 53. São atribuições do Comitê de Remuneração:
integrado por três membros efetivos e dois suplentes, sen- I. elaborar a política de remuneração de administra-
do que dois deles, um titular e um suplente, não poderão dores da instituição, propondo ao conselho de adminis-
ser administradores. tração as diversas formas de remuneração fixa e variável,
§1º. Para fins do disposto nesta Seção, consideram-se além de benefícios e programas especiais de recrutamento
administradores os diretores estatutários e os membros do e desligamento;
Conselho de Administração. II. supervisionar a implementação e operacionalização
§2º. Os membros do Comitê de Remuneração têm da política de remuneração de administradores da institui-
mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos, vedada ção;
a permanência por prazo superior a dez anos. III. revisar anualmente a política de remuneração
§3º. Cumprido o prazo máximo previsto no § 2º, o in- de administradores da instituição, recomendando ao con-
tegrante do Comitê de Remuneração somente pode voltar selho de administração a sua correção ou aprimoramento;
a integrar o Comitê após decorridos, no mínimo, três anos. IV. propor ao conselho de administração o montante
§4º. Além dos impedimentos previstos no art. 10 deste da remuneração global dos administradores a ser subme-
Estatuto, o exercício do cargo no Comitê de Remuneração tido à Assembleia Geral, na forma do art. 152 da Lei nº
dependerá da observância das condições básicas e demais 6.404/1976;
requisitos previstos na regulamentação em vigor. V. avaliar cenários futuros, internos e externos, e seus
§5º. Os membros do Comitê de Remuneração serão possíveis impactos sobre a política de remuneração de ad-
nomeados e destituídos pelo Conselho de ministradores;
Administração. VI. analisar a política de remuneração de administra-
dores do Banco em relação às práticas de mercado, com
§6º. Constituem pré-requisitos para o exercício de car-
vistas a identificar discrepâncias significativas em relação
go no Comitê de Remuneração: I. ter reputação ilibada;
a empresas congêneres, propondo os ajustes necessários;
II. ser residente no País;
VII. zelar para que a política de remuneração de
III. atender aos demais requisitos estabelecidos na le-
administradores esteja permanentemente compatível com
gislação, regulamentação e no Regimento
a política de gestão de riscos, com as metas e a situação fi-
Interno do Comitê de Remuneração aprovado pelo
nanceira atual e esperada do Banco da Amazônia;
Conselho de Administração; e
VIII. elaborar, com periodicidade anual, no prazo de
IV. ser Administrador (diretor estatutário ou membro noventa dias, relativamente à data base de 31
do Conselho de Administração) do Banco ou pertencer de dezem ro documento denominado “Relatório do
ao quadro de empregados e estar em exercício titular de Comit de Remuneração”;
função comissionada de Secretário Executivo ou Gerente IX. estabelecer as regras operacionais para seu pró-
Executivo. prio funcionamento, as quais devem ser aprovadas pelo
§7º. Além dos requisitos previstos no art. 7º deste Esta- Conselho de Administração formalizadas por escrito e co-
tuto, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes locadas à disposição dos acionistas; e
condições para nomeação dos membros para o Comitê de X. outras atribuições determinadas pelo Banco Cen-
Remuneração: tral do Brasil.
I. ser graduado em curso superior; Parágrafo Único. O funcionamento do Comitê de Re-
II. possuir conhecimentos nas áreas de recursos hu- muneração será regulado no seu Regimento Interno, ob-
manos e de gestão financeira; servado que o Comitê de Remuneração poderá convidar
III. ter as qualificações e a experiência necessárias ao para participar das reuniões, sem direito a voto, membros
exercício de julgamento competente e independente sobre da Diretoria Executiva ou quaisquer empregados do Banco.
a política de remuneração da instituição, inclusive sobre as
repercussões dessa política na gestão de riscos. CAPÍTULO XI
§8º. Ocorrendo vacância de cargo no Comitê de Remu- Do Comitê de elegibilidade
neração, o membro suplente assumirá o cargo até a desig-
nação do novo titular pelo Conselho de Administração, que Art. 54. Contará o Banco em sua Estrutura Organiza-
completará o mandato do membro substituído. cional com um Comitê de Elegibilidade, constituído por
três membros, com as seguintes competências:
Art. 52. Além das vedações previstas no art. 10 deste I. opinar, de modo a auxiliar os acionistas na indi-
Estatuto, devem ser observadas, cumulativamente, as se- cação de administradores e Conselheiros Fiscais sobre o
guintes vedações para nomeação dos membros para o Co- preenchimento dos requisitos e a ausência de vedações
mitê de Remuneração: para as respectivas eleições; e

14
LEGISLAÇÃO I

II. verificar a conformidade do processo de avaliação §5º. A ausência eventual de membro efetivo será supri-
dos administradores e dos Conselheiros Fiscais. da, sempre que possível, pelo respectivo suplente, median-
§1º. O comitê de elegibilidade deliberará por maioria te convocação pelo Presidente.
de votos, com registro em ata, que deverá ser lavrada na §6º. O Conselho Fiscal solicitará ao Banco da Amazô-
forma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive das dissi- nia, sempre que necessário, a designação de pessoal quali-
dências e dos protestos, e conter a transcrição apenas das ficado para secretariá-lo e prestar-lhe apoio técnico.
deliberações tomadas. §7º. Além dos casos de morte, renúncia, destituição e
§2º. O comitê de elegibilidade poderá ser constituído outros previstos em lei, dar-se-á a vacância do cargo quan-
por membros de outros comitês, preferencialmente o de do o membro do Conselho deixar de comparecer, sem jus-
auditoria, por empregados ou Conselheiros de Adminis- tificativa por escrito, a três reuniões ordinárias consecutivas
tração dos indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda ou a quatro reuniões ordinárias alternadas.
ou pelo Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvi- §8º. A remuneração dos conselheiros fiscais será fixada
mento e Gestão, observado o disposto nos arts. 156 e 165 pela assembleia que os eleger.
da Lei no 6.404/1976, sem remuneração adicional. §9º. Além das pessoas a que se refere o art. 10 des-
§3º. O comitê de elegibilidade deverá opinar, no pra- te Estatuto, não podem ser eleitos para o Conselho Fiscal
membros dos órgãos de administração e empregados do
zo de oito dias úteis, contado da data de recebimento do
Banco da Amazônia e o cônjuge ou parente até terceiro
formulário padronizado, sob pena de aprovação tácita e
grau de administrador do Banco;
responsabilização dos seus membros caso se comprove o
§10º. É vedado o pagamento de participação no lu-
descumprimento de algum requisito.
cro do Banco da Amazônia para os membros do Conselho
§4º. Após a manifestação do comitê de elegibilidade, o Fiscal e o pagamento de remuneração a esses membros
órgão ou a entidade da administração pública responsável em montante superior ao pago para os Conselheiros de
pela indicação do Conselheiro deverá encaminhar sua de- Administração;
cisão final de compatibilidade para a Procuradoria-Geral da §11. O Conselho Fiscal é órgão permanente de fiscali-
Fazenda Nacional, no caso de indicação da União. zação, de atuação colegiada e individual. Além das normas
§5º. As indicações dos acionistas minoritários e dos previstas na Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016 e sua
empregados também deverão ser feitas por meio do for- regulamentação, aplicam-se aos membros do Conselho
mulário padronizado disponibilizado pelo Ministério do Fiscal do Banco da Amazônia as disposições para esse co-
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e, caso não se- legiado previstas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
jam submetidas previamente à comissão de elegibilidade, 1976, inclusive aquelas relativas a seus poderes, deveres e
serão verificadas pela secretaria da assembleia ou pelo responsabilidades, a requisitos e impedimentos para inves-
Conselho de Administração no momento da eleição. tidura e a remuneração.

CAPÍTULO XII Art. 56. Os Conselheiros Fiscais deverão atender os se-


Do Conselho Fiscal guintes critérios: I. ser pessoa natural, residente no
País e de reputação ilibada;
Art. 55. O Conselho Fiscal do Banco da Amazônia fun- II. ter formação acadêmica compatível com o exercí-
ciona de modo permanente, integrado por quatro mem- cio da função; III. ter experiência mínima de três anos em
bros efetivos e igual número de suplentes, a saber: cargo de:
I. três eleitos pela União, indicados pelo Ministro a) direção ou assessoramento na administração públi-
de Estado da Fazenda, sendo um deles representante ca, direta ou indireta; ou b) Conselheiro Fiscal ou adminis-
do Tesouro Nacional, que deverá ser servidor público com trador em empresa;
vínculo permanente com a administração pública federal; e IV. não se enquadrar nas vedações de que tratam os
incisos XIII, XVI, XXI, XXII e XXIII do caput do art. 10.
II. um eleito pelos detentores de ações ordinárias mi-
V. não se enquadrar nas vedações de que trata o art.
noritárias, na forma da legislação vigente.
147 da Lei nº 6.404/1976; e
§1º. Os membros do Conselho Fiscal têm prazo de
VI. não ser ou ter sido membro de órgão de adminis-
atuação de dois anos, sendo permitidas, no máximo, duas
tração nos últimos vinte e quatro meses e não ser empre-
reconduções consecutivas. gado da Instituição, ou ser cônjuge ou parente, até terceiro
§2º. Atingido o limite a que se refere o parágrafo an- grau, de administrador do Banco da Amazônia.
terior, o retorno do membro do Conselho Fiscal só poderá §1º. A formação acadêmica deverá contemplar curso
ser efetuado após decorrido prazo equivalente a um prazo de graduação ou pós-graduação reconhecido ou creden-
de atuação. ciado pelo Ministério da Educação.
§3º. Os membros do Conselho Fiscal serão investidos §2º. As experiências mencionadas em alíneas distintas
em seus cargos independentemente da assinatura do ter- do inciso III do caput não poderão ser somadas para a apu-
mo de posse, desde a respectiva eleição. ração do tempo requerido.
§4º. No caso de vaga, renúncia ou impedimento do §3º. As experiências mencionadas em uma mesma alí-
membro efetivo, o Presidente do Conselho Fiscal convo- nea do inciso III do caput poderão ser somadas para apu-
cará o respectivo suplente, atuará até a eleição do novo ração do tempo requerido, desde que relativas a períodos
titular. distintos.

15
LEGISLAÇÃO I

§4º. O disposto no inciso VI do caput não se aplica aos XII. examinar o Relatório Anual de Atividades de Au-
empregados do Banco da Amazônia, ainda que sejam inte- ditoria Interna - RAINT e o Plano Anual de Atividades de
grantes de seus órgãos de administração, quando inexistir Auditoria Interna – PAINT;
grupo de sociedades formalmente constituído. XIII. realizar a autoavaliação anual de seu desempenho;
§5º. Aplica-se o disposto neste artigo aos Conselheiros XIV. fiscalizar o cumprimento do limite de participação
Fiscais do Banco da Amazônia, inclusive ao representante do Banco no custeio dos benefícios de assistência à saúde
dos minoritários, e às indicações da União. e de previdência complementar; e
§6º. Os Conselheiros Fiscais eleitos, inclusive o re- XV. exercer as demais atribuições atinentes ao seu po-
presentante dos minoritários, devem participar, na posse der de fiscalização, consoante a legislação vigente.
e anualmente, de treinamentos específicos sobre legisla-
ção societária e de mercado de capitais, divulgação de in- Art. 58. Observadas as disposições deste Estatuto, o
formações, controle interno, código de conduta, a Lei nº Conselho Fiscal, por voto favorável de, no mínimo, três de
12.846/2013 (Lei Anticorrupção), e demais temas relacio- seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu
nados às atividades do Banco. regimento interno.
§7º. É vedada a recondução do Conselheiro Fiscal que
não participar de nenhum treinamento anual disponibiliza- Art. 59. O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamen-
do pela Instituição nos últimos dois anos. te, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo seu Presidente e deliberará por maioria
absoluta de votos.
Art. 57. Ao Conselho Fiscal, sem exclusão de outros
casos previstos em lei, compete:
Art. 60. O Conselho Fiscal far-se-á representar, por
I. fiscalizar os atos dos administradores e verificar o
intermédio de pelo menos um de seus membros, às re-
cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; uniões da Assembleia Geral de acionistas e responderá aos
II. opinar sobre o relatório anual da administração, pedidos de informação formulados pelos acionistas.
fazendo constar do seu parecer as informações comple-
mentares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da Art. 61. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do
Assembleia geral de acionistas; Banco da Amazônia devem observar, também, os deveres
III. opinar sobre propostas dos órgãos de adminis- previstos no art. 14 deste Estatuto.
tração, a serem submetidas à Assembleia geral de acionis-
tas, relativas à modificação do capital social, aos planos de CAPÍTULO XIII
investimentos ou orçamentos de capital e distribuição de Das operações de crédito
dividendos;
IV. denunciar aos órgãos de administração e, se estes Art. 62. O deferimento de operações pelo Banco da
não tomarem as providências necessárias para a proteção Amazônia é subordinado às normas específicas aprovadas
dos interesses do Banco da Amazônia, à Assembleia Geral pela Diretoria Executiva.
de acionistas, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem,
e sugerir providências úteis ao Banco da Amazônia; Art. 63. O Banco da Amazônia poderá colaborar com
V. convocar Assembleia Geral Ordinária de acionistas, outras instituições congêneres na execução de programas
se os órgãos da administração retardarem mais de um mês de assistência financeira por meio da concessão de crédi-
essa convocação, e Extraordinária, sempre que ocorrerem tos a mutuários selecionados ou de contratos de repasse a
motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das As- instituições financeiras públicas e privadas, inclusive coo-
sembleias as matérias que considerarem necessárias; perativas e outras associações de produtores.
VI. analisar, mensalmente, por ocasião das re-
uniões ordinárias, o balancete e demais demonstra- Art. 64. As decisões relativas às operações de crédito
ções financeiras elaboradas periodicamente pelo Banco da serão sempre tomadas em regime de decisão colegiada,
Amazônia; conforme estabelecido no Regime de Alçadas.
VII. examinar as demonstrações financeiras do exercí-
Art. 65. Aos membros dos Conselhos de Administra-
cio social e sobre elas opinar;
ção e Fiscal, da Diretoria Executiva e do Comitê de Audi-
VIII. assistir às reuniões do Conselho de Administração
toria é vedado intervir no estudo, deferimento, controle
ou da Diretoria Executiva em que se deliberar sobre assun-
ou liquidação de qualquer operação em que, direta ou
tos em que deva opinar; indiretamente, sejam interessadas sociedades da qual
IX. fornecer ao acionista, ou grupo de acionistas que detenham o controle ou parcela superior a dez por cento
representem, no mínimo, cinco por cento do capital social, do capital social.
sempre que solicitadas, informações sobre matérias de sua Parágrafo Único. A vedação deste artigo subsiste em
competência; se tratando de sociedade na qual tenham ocupado cargo
X. apreciar os relatórios semestrais do Sistema de de gestão em período imediatamente anterior à investidu-
Controles Internos; XI. elaborar e aprovar o seu regi- ra no Banco.
mento interno;

16
LEGISLAÇÃO I

Art. 66. O Banco da Amazônia contratará, a cada dois I. cinco por cento para a constituição da Reserva
anos, empresa de auditoria, para avaliar o processo de ges- Legal, até que alcance vinte por cento do Capital Social;
tão de crédito e de análise de mercado e o processo de II. vinte e cinco por cento, no mínimo, do lucro líqui-
deferimento de operações do Banco, submetendo os resul- do ajustado, apurado em cada exercício social, para paga-
tados do trabalho à apreciação da Diretoria Executiva e dos mento de remuneração aos acionistas; e
Conselhos de Administração e Fiscal. III. oitenta por cento, no mínimo, do saldo que re-
manescer, para a constituição da Reserva Estatutária, até
CAPÍTULO XIV que alcance dez por cento do total de recursos aplicados
Do regime de pessoal do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte-FNO,
limitado ao que determina o art. 199 da Lei nº 6.404/1976.
Art. 67. Os empregados do Banco da Amazônia são A reserva destinar-se-á a reforço patrimonial para gerir re-
admitidos, obrigatoriamente, mediante aprovação em con- ferido Fundo.
curso público, de provas ou de provas e títulos, sob o regi- §1º. Do lucro apurado no primeiro semestre de cada
me jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho e legisla- exercício, o Banco da Amazônia poderá, mediante delibe-
ção complementar.
ração do Conselho de Administração, antecipar valores a
Parágrafo Único. Em casos de caracterizada necessi-
seus acionistas, a título de dividendos ou juros sobre o ca-
dade de serviço, é permitida, por prazo determinado, a so-
pital próprio, sobre os quais incidirão encargos financeiros
licitação de cessão de servidores públicos federais ativos e
de empregados públicos, ou a contratação de servidores nos termos da legislação vigente, desde a data do efetivo
públicos federais e de empregados públicos, aposen- pagamento até o encerramento do respectivo exercício so-
tados, de órgãos ou entidades públicas, da administração cial.
federal direta ou indireta, que tenham nível superior e de- §2º. A remuneração aos acionistas, composta de divi-
sempenhem ou tenham desempenhado função ou cargo dendos e/ou juros sobre o capital próprio, será paga, salvo
de gestão, para o exercício de funções comissionadas exe- deliberação em contrário da Assembleia Geral de acionis-
cutivas ou gerenciais de primeiro nível do Banco da Ama- tas, no prazo de sessenta dias da data em que for declarada
zônia, constantes do Plano de Cargos e Salários, limitadas e, em qualquer caso, dentro do exercício social.
as cessões e contratações a vinte por cento do total das §3º. Os valores dos dividendos e dos juros, a título de
referidas funções, observando-se a legislação em vigor e o remuneração sobre o capital próprio, devidos ao Tesouro
que dispuser a respeito o Manual de Normas–Pessoal (MN Nacional e aos demais acionistas, sofrerão incidência de
-PESSOAL). encargos financeiros, nos termos da legislação vigente, a
partir do encerramento do exercício social até a data do
Art. 68. O Banco da Amazônia prestará assistência aos efetivo recolhimento ou pagamento, sem prejuízo da inci-
seus empregados, na forma em que for determinada pela dência de juros moratórios quando esse recolhimento não
Diretoria Executiva, observada a legislação específica em se verificar na data fixada em lei ou Assembleia de acio-
vigor. nistas.
§4º. O prejuízo do exercício eventualmente apurado
CAPÍTULO XV será absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de
Do exercício social, das demonstrações financeiras, lucros e pela reserva legal, em observância ao art. 189 da
dos lucros e das reservas Lei nº 6.404/1976.
Art. 69. O exercício social do Banco da Amazônia cor- Art. 72. Do resultado poderá ser deduzida a partici-
responde ao ano civil. pação dos empregados e dirigentes mediante proposição
Parágrafo Único. Nos dias 30 de junho e 31 de de-
do Conselho de Administração à Assembleia Geral de acio-
zembro de cada ano serão levantados os balanços gerais,
nistas nas bases e condições autorizadas pela legislação
com parecer de auditores independentes, e observadas as
vigente.
prescrições legais e contábeis, regulamentadas pelo Banco
Central do Brasil. §1º. A participação dos empregados obedecerá às
bases e condições autorizadas pelo Ministério do Planeja-
Art. 70. Observada a legislação vigente e de acor- mento, Orçamento e Gestão.
do com deliberação do Conselho de Administração, a §2º. A participação total dos dirigentes não poderá ul-
Diretoria Executiva poderá autorizar o pagamento ou cré- trapassar a remuneração anual dos administradores nem
dito aos acionistas de juros, a título de remuneração do um décimo dos lucros, prevalecendo o limite que for me-
capital próprio, bem como a imputação do seu valor nor, obedecidas as orientações do Ministério da Fazenda.
à remuneração de que trata o inciso II do art. 71 deste Es- §3º. O saldo remanescente será colocado à disposição
tatuto. da Assembleia Geral de acionistas, acompanhado de pla-
no de aplicação elaborado pela Diretoria Executiva e
Art. 71. Do resultado apurado no exercício, após a aprovado pelo Conselho de Administração.
absorção de eventuais prejuízos acumulados e deduzida a
provisão para imposto de renda, o Conselho de Adminis- Art. 73. Os dividendos não reclamados durante três
tração proporá à Assembleia Geral de acionistas a seguinte anos são considerados prescritos em benefício do Banco
destinação: da Amazônia.

17
LEGISLAÇÃO I

Art. 74. O Banco da Amazônia poderá destinar recur- de direito indisponível da União, relacionada ou oriunda,
sos para a constituição de fundos específicos, observados em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação,
os limites de verbas fixados pela Assembleia Geral de acio- violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei de
nistas e a regulamentação aprovada pela Diretoria Executi- Sociedades Anônimas, no Estatuto Social, pela Comissão
va, tendo em vista apoiar o desenvolvimento das iniciativas de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas apli-
a seguir indicadas, mantidas pelo Banco da Amazônia ou cáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral,
por outras instituições legalmente constituídas, desde que além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do
apresentem relevância para o desenvolvimento sócio-eco- Novo Mercado da BM&FBOVESPA (ou outra denominação
nômico da Região Amazônica: social que lhe vier a ser atribuída), do Regulamento de Ar-
I. promoção de pesquisa de natureza científica, bitragem, do Contrato de Participação e do Regulamento
tecnológica, econômica ou social; de Sanções do Novo Mercado.
II. assistência técnica e gerencial aos produtores ru-
rais, à pequena e média empresa industrial e artesanal e às CAPÍTULO XVIII
cooperativas de produtores; Das disposições especiais
III. promoção de exportações e investimentos; IV.
promoção de estudos e projetos; e Art. 77. O Banco da Amazônia assegurará aos integran-
V. atividades de capacitação de pessoal, nos cam- tes e ex-integrantes da Diretoria Executiva e dos Conselhos
pos do desenvolvimento econômico e da formação ge- de Administração e Fiscal, a defesa em processos judiciais
rencial. e administrativos contra eles instaurados pela prática de
atos no exercício de cargo ou função, desde que não haja
CAPÍTULO XVI incompatibilidade com os interesses do Banco.
Das relações com o mercado §1º. O benefício previsto no caput deste artigo, aplica-
se, no que couber, e a critério do Conselho de Adminis-
Art. 75. O Banco da Amazônia: tração, aos ocupantes e ex-ocupantes dos demais órgãos
I. realizará, pelo menos uma vez por ano, reunião de chefia, assessoramento, controle e fiscalização previstos
pública com analistas de mercado, investidores e outros neste Estatuto, regularmente investidos de competência
interessados, para divulgar informações quanto à sua res-
por delegação dos administradores.
pectiva situação econômico-financeira, projetos e perspec-
§2º. A forma do benefício mencionado no caput será
tivas;
definida pelo Conselho de Administração, ouvida a área ju-
II. enviará à bolsa de valores, além de outros docu-
rídica do Banco.
mentos a que esteja obrigado por força de lei:
§3º. O Banco da Amazônia poderá manter, na forma
a) calendário anual de eventos corporativos; e
e extensão definida pelo Conselho de Administração, ob-
b) programas de opções de aquisição de ações ou de
outros títulos de emissão do Banco da servado, no que couber, o disposto no caput deste arti-
Amazônia, destinados aos seus funcionários e adminis- go, contrato de seguro permanente em favor das pessoas
tradores, se houver; III. disponibilizará, em sua página na mencionadas no caput e no §1º, para resguardá-las da res-
Internet, além de outras, as informações: ponsabilidade por atos ou fatos pelos quais eventualmente
a) sobre demonstrações financeiras trimestrais, semes- possam vir a ser demandados judicial ou administrativa-
trais e anuais e, facultativamente, balanços intermediários mente.
em qualquer data, inclusive para pagamento de dividen- §4º. Se alguma das pessoas mencionados no caput e
dos, observadas as prescrições legais; no §1º, for condenada, com decisão judicial transitada em
b) divulgadas na reunião pública referida no inciso I julgado, com fundamento em violação da lei ou do estatu-
deste artigo; e c) prestadas à bolsa de valores na forma do to ou decorrente de ato doloso, esta deverá ressarcir o Ban-
inciso II deste artigo; co de todos os custos e despesas decorrentes da defesa,
IV. adotará medidas com vistas à dispersão acionária não obstante o dever o Banco buscar em juízo as parcelas
na distribuição de novas ações, tais como: que lhe forem de direito.
a) garantia de acesso a todos os investidores interes-
sados; ou CAPÍTULO XIX
b) distribuição, a pessoas físicas ou investidores não Das disposições gerais
institucionais, de no mínimo dez por cento das ações emi-
tidas. Art. 78. A partir da investidura no cargo respectivo, os
membros da Diretoria Executiva residirão, obrigatoriamen-
CAPÍTULO XVII te, na cidade onde o Banco da Amazônia tiver sua sede, sob
Arbitragem pena de perda da gestão.

Art. 76. O Banco da Amazônia, seus acionistas, admi- Art. 79. A Região Amazônica mencionada neste
nistradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a Estatuto é a área ecológica definida no art. 2° da Lei n°
resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Ar- 5.173/1966, e art. 45 da Lei complementar n° 31/1977, com
bitragem do Mercado, toda e qualquer disputa ou contro- as modificações resultantes dos art. 13 e 14 das Disposi-
vérsia que possa surgir entre eles, exceto quando se tratar ções Constitucionais Transitórias, de 5 de outubro de 1988.

18
LEGISLAÇÃO I

Na qualidade de agente financeiro para a implemen-


2 - CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DA tação das políticas creditícias para a região, o que norteia
AMAZÔNIA; nossos relacionamentos é a busca do bem-estar de todos
que compõem a comunidade em que atuamos.
Apresentarmo-nos a essa comunidade implica no esta-
belecimento e divulgação de normas de conduta que orien-
PERFIL CORPORATIVO tam nossas ações, ora expressas neste Código de Conduta
Ética.
O Banco da Amazônia S/A, instituição financeira públi- O Código de Conduta Ética do Banco da Amazônia con-
ca federal, constituída sob a forma de sociedade anônima tém padrões baseados nos princípios da legalidade, probida-
de capital aberto, de economia mista, sob controle do go- de, impessoalidade, transparência e respeito ao ser humano,
verno brasileiro, por meio do Ministério da Fazenda (MF), presentes na Constituição Federal, no Código de Conduta Éti-
tem como atribuições a execução da política do Governo ca Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
Federal na Região Amazônica relativa ao crédito para o deral e o Código de Conduta da Alta Administração Federal.
desenvolvimento econômico social; prestação de serviços Todos os abrangidos por este Código de Conduta Ética,
e realização de todas as operações inerentes à atividade ao expressar formalmente sua adesão, declaram estar imbuí-
bancária e execução das funções de agente financeiro dos dos desses princípios e, por sua prática, esperam ser reco-
órgãos regionais federais de desenvolvimento. nhecidos pela sociedade.

Para cumprir sua missão institucional de desenvolver CAPÍTULO I –


uma Amazônia Sustentável com crédito e soluções eficazes DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
o Banco utiliza diversas fontes de recursos oficiais, operan-
Art. 1º. Este Código estabelece diretrizes de conduta éti-
do com exclusividade ou de forma compartilhada com ou-
ca e prescreve os padrões de comportamento profissional,
tras instituições financeiras nacionais.
deveres e vedações de acordo com os princípios éticos, mo-
rais e de justiça, aplicados a todos que, por força de lei, con-
Alinhado com os mais rigorosos padrões de ética e
trato ou qualquer ato jurídico, prestem serviços de natureza
transparência o Banco investe em iniciativas que favoreçam permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda
o desenvolvimento econômico, ambiental e social da Re- que sem retribuição financeira a o Banco da Amazônia,
gião Amazônica por meio de financiamentos aos setores incluídos, mas não se limitando aos:
produtivos e apoio a projetos sociais, culturais e esportivos I – Membros Estatutários: Conselho de Administração,
que valorizam e favoreçam o que é legitimamente amazô- Conselho Fiscal, Presidente, Diretores e Comitê de
nico. Auditoria;
II – Empregados;
DECLARAÇÃO DE MISSÃO, VISÃO E VALORES MIS- III – Estagiários e menores aprendizes;
SÃO IV – Dirigentes, assessores e empregados de empresas
contratadas; V – Parceiros de negócios e entidades;
Desenvolver uma Amazônia Sustentável com crédito e VI – Fornecedores.
soluções eficazes.
Art. 2º. Diretrizes de conduta ética são valores e
VISÃO princípios norteadores das atividades do Banco da Ama-
zônia, estes que pressupõem credibilidade, integridade, im-
Ser o principal Banco de fomento da Amazônia, mo- parcialidade, profissionalismo, confiança, produtividade, ef
derno, com colaboradores engajados e resultados sólidos. icácia, conformidade com a lei e respeito aos direitos huma-
nos e ao meio ambiente.
NOSSOS VALORES
Art. 3º. O compartilhamento, a disseminação e a prática
Integridade – Ética e Transparência das diretrizes de conduta ética serão decisivos para construir
e preservar a imagem e a credibilidade do Banco da Amazô-
Meritocracia Desenvolvimento sustentável Valorização nia perante a sociedade.
do cliente Decisões técnicas e colegiadas Eficiência e ino-
vação CAPÍTULO II –
Comprometimento com o resultado e a gestão de ris- DOS PRINCÍPIOS GERAIS
cos
Art. 4º. São dever es de todos os abrangidos por este
APRESENTAÇÃO Código de Conduta Ética:
I – Conduzir suas ações dentro de elevado padrão ético
O Banco da Amazônia reconhece seu papel no resga- perante os públicos de relacionamento, a fim de manter a
te da importância da Região para o desenvolvimento de credibilidade e a solidez construídas pelo Banco da Ama-
sua gente e contribuição para um país melhor, mais justo zônia em sua atuação para o desenvolvimento sustentável
e equânime. da Região;

19
LEGISLAÇÃO I

II – Acreditar que os resultados positivos e o êxito de- IV – GOVERNO: atuar com responsabilidade e serieda-
correm da participação conjunta de todos os componentes de na viabilização das políticas, programas e projetos go-
da Instituição, superando as dificuldades pela confiança, vernamentais de desenvolvimento voltados para a Amazô-
senso criativo e qualidade das ações; nia, para que o Banco da Amazônia possa cumprir seu pa-
III – Apoiar a liberdade de associação e o reconheci- pel como agente financeiro do Governo Federal na Região.
mento efetivo do direito à negociação coletiva; V – CLIENTES: oferecer tratamento cortês, igualitário,
IV – Assumir a responsabilidade de zelar pelos valores e digno, com clareza e tempestividade nas informações, res-
pela imagem da Instituição, mantendo postura que expres- peito aos direitos do consumidor e empenho na satisfação
se o compromisso com a defesa dos interesses da Região, das necessidades, reconhecendo os clientes como células
dos clientes e da Empresa; vitais para o fortalecimento da Instituição, atuando com in-
V – Valorizar e respeitar o ser humano em sua indivi- tegridade, confiabilidade, segurança e sigilo nas transações
dualidade e privacidade, não tratando com indiferença, não realizadas, a fim de assegurar a legitimidade dos serviços
adotando práticas que, explícita ou implicitamente, ense- prestados.
jem qualquer forma de discriminação em razão da origem, VI – INVESTIDORES: adotar relacionamento fundamen-
cultura, etnia, gênero, idade, religião, convicção filosófica tado na transparência da prestação de contas mediante a
divulgação de informações fidedignas e tempestivas para
ou política, orientação sexual, estado civil, condição fami-
melhor acompanhamento do desempenho da Instituição.
liar, física ou psíquica ou grau de escolaridade, repudiando
Gerenciar os negócios com base nas boas práticas de go-
toda forma discriminatória;
vernança corporativa, na busca da continuidade da em-
VI – Conjugar esforços para que as ações institucio- presa e no alcance de resultados econômico-financeiros
nais busquem o contínuo atendimento das necessidades sustentáveis para atender às expectativas de retorno de
econômicas da Região Amazônica, mediante o crédito, investimentos.
concorrendo para a melhoria da qualidade de vida, com- VII – FORNECEDORES: contratar fornecedores por meio
prometendo-se com a preservação dos valores culturais e de critérios técnicos, em estrita observância às normas le-
políticas regionais de desenvolvimento sustentável; gais, adquirindo produtos e serviços de fornecedores idô-
VII – Incorporar, por meio das ações institucionais, de neos cujas práticas respeitem os princípios da sustentabi-
forma harmônica, os três principais pilares do desenvolvi- lidade e cumpram a legislação trabalhista, previdenciária e
mento sustentável: o social, o econômico, e o ambiental; fiscal.
VIII – Promover a cooperação, o respeito mútuo, a cor- VIII – CONCORRENTES: manter civilidade no rela ciona
dialidade, o profissionalismo, o autodesenvolvimento, o es- mento com a concorrência, fazendo prevalecer os valores
pírito de equipe, a meritocracia e o compromisso de éticos que expressem respeito à imagem da Instituição,
bem servir, como valores essenciais para a convivência à reserva de informações e à concorrência leal.
harmônica entre empregados, empresa e a comunidade IX – MÍDIA: manter atitude independente e respeitosa
em que atua, exercendo suas atividades profissionais com no relacionamento com a mídia e, por meio de seus repre-
competência e diligência; sentantes legais, prestar informações claras, tempestivas,
IX – Combater a corrupção em todas as suas formas; de caráter institucional dos fatos relevantes aos clientes,
X – Usar os recursos naturais de forma racional e cons- investidores, imprensa e ao público em geral.
ciente, evitando qualquer tipo de desperdício; X – AMBIENTE INTERNO: valorizar a convivência inter-
XI – Cumprir a legislação, políticas e normas de pre- na e os profissionais que exercem suas atividades no Banco
venção a fraudes e lavagem de dinheiro, em especial as da Amazônia, garantindo o exercício da liberdade de ex-
que regulam o relacionamento da Instituição com o Setor pressão com responsabilidade e o mérito como principal
Público. parâmetro para o acesso a cargos de confiança; manter
abertos canais de comunicação que favoreçam o diálogo
e ações para a melhoria da qualidade do ambiente interno.
CAPÍTULO III –
XI – ÓRGÃOS REGULADORES E FISCALIZADORES: pri-
DAS RELAÇÕES
mar pelo relacionamento com os representantes dos ór-
gãos fiscalizadores, reguladores e auditorias externa e in-
Art. 5º. Nas interações com os públicos de relaciona- terna de forma transparente e respeitosa, observando os
mento deve-se adotar a seguinte linha de atuação: princípios éticos estabelecidos neste Código.
I – SOCIEDADE: respeitar a cidadania, os direitos huma-
nos, os interesses comuns, o acesso à informação, o meio CAPÍTULO IV –
ambiente e os valores culturais. DA CONDUTA PROFISSIONAL E PESSOAL
II – PARCEIROS: proporcionar aos parceiros comerciais
e clientes do Banco da Amazônia um relacionamento de Art. 6º. Pautados pelos valores e princípios constan-
responsabilidade e de defesa de interesses comuns. tes deste Código de Conduta Ética, é dever de todos a ele
III – ASSOCIAÇÕES E ENTIDADES: reconhecer a legitimi- sujeitos:
dade das entidades sindicais, das associações, e, ao mesmo I – Manter o sigilo das informações classificadas como
tempo, considerá-las como parte integrante e necessária estratégicas, que, dada a sua natureza, a veiculação externa
ao desenvolvimento social, nas relações de trabalho, priori- poderá colocar em risco o conceito do Banco, preservando
zando a via negocial na resolução de conflitos e interesses. a imagem da Instituição perante a comunida de;

20
LEGISLAÇÃO I

II – Conscientizar-se de que seu trabalho é regido por III – Usar informações privilegiadas, obtidas no âmbito
princípios éticos, que se materializam na adequada presta- interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes,
ção de serviços à clientela e à comunidade e que deve ser de amigos ou de terceiros;
conduzido com a devida responsabilidade socioa mbiental; IV – Repassar a terceiros tecnologias de propriedade
III – Atuar com imparcialidade e profissionalismo no do Banco ou por ele desenvolvidas, assim como a utiliza-
exercício de suas funções, evitando condutas que afetem a ção para fins particulares;
credibilidade de seus atos; V – Desenvolver negócios particulares ou acumular
IV – Respeitar a hierarquia, porém sem nenhum temor atividades conflitantes, que concorram ou interfiram no
de representar contra qualquer comprometimento indevi- tempo de trabalho dedicado ao Banco da Amazônia,
do da estrutura em que se fundamenta o poder institucio- incluindo, mas não se limitando a prestação de serviços,
nal; assessorias ou negócios com clientes, fornecedores de pro-
V – Interagir com os colegas de trabalho de forma po- dutos e prestadores de serviço;
sitiva e prestar infor mações técnicas de que necessitem VI – Exercer atividades paralelas, com ou sem contrato
para o bom desempenho de suas atribuições, de modo a de trabalho, que gerem descrédito à atuação do
desenvolver o espírito de equipe e de colaboração; Banco da Amazônia;
VI – Divulgar e informar a existência deste Código de VII – Utilizar o patrimônio e instalações do Banco da
Conduta Ética, estimulando o seu integral cumprimento; Amazônia ou de seus recursos humanos para fins particu-
VII – Estar atento às situações relacionadas à prevenção lares e/ou escusos;
e combate à lavagem de dinheiro, aplicando os controles VIII – Adotar procedimentos que possam configurar ou
presentes nas normas internas e em cumprimento à legis- facilitar a prática de lavagem de dinheiro;
lação e regulamentação vigente. IX – Praticar atos de retaliação, vingança ou persegui-
VIII – Adotar ações que constituam modelo de condu- ção contra aquele que, de boa fé, manifestar queixa, de-
ta para sua equipe, considerando o importante papel de núncia, suspeita, dúvida ou preocupação relativa a desvios
exemplo para os seus pares e subordina dos; éticos ou de comportamento e/ou fornecer informações
IX – Compartilhar os conhecimentos técnico-profissio- ou assistência nas apurações de desvios;
nais adquiridos no exercício de suas atribuições na X – Praticar fraudes em licitações e contratos, seja
Instituição, visando a continuidade das atividades e como contratante ou contratado, aceitar documentos fal-
elevação dos padrões de conhecimento dos demais; sos, avaliações de bens superestimadas, alterar ou deturpar
X – Cumprir a missão institucional e desempenhar suas o teor de documentos;
atividades de modo a contribuir para o alcance da visão XI – Adotar postura que coloque em risco a integridade
estabelecida, engajando-se para o atendimento dos objeti- dos empregados ou de terceiros ou que causem danos à
vos do Planejamento Estratégico e contribuindo ativamen- Instituição, à sua imagem, ao seu patrimônio ou ao meio
te para a construção dos resultados da Instituição; ambiente;
XI – Agir com franqueza nas situações em que há diver- XII – Praticar atos de nepotismo.
gência de opiniões, sendo sincero e transparente, expondo
seu posicionamento com clareza e coerência, ainda que tal CAPÍTULO VI –
posicionamento possa ser contestado, sem, contudo, des- DOS CONFLITOS DE INTERESSE
respeitar seus pares ou superiores hierárquicos;
XI – Atuar com discrição, não se expondo em ambien- Art. 8º. No exercício das funções todos os abrangidos
tes públicos, inclusive em mídias e redes sociais, abstendo- por este Código devem agir de modo a prevenir ou im-
se de realizar comentários negativos contra uma pessoa, pedir situações que possam configurar conflito de
grupo de pessoas ou empresas. interesses e a resguardar as informações privilegiadas.
Parágrafo primeiro: Considera-se conflito de inte-
CAPÍTULO V – resses a evidência de situação gerada pelo confronto entre
DAS CONDUTAS INACEITÁVEIS interesses do Banco da Amazônia e os interesses privados
ou de outras instituições públicas que possam comprome-
Art. 7º. Segundo princípios e valores éticos que regem ter o interesse coletivo ou influenciar, de maneira impró-
a atuação profissional e pessoal constantes deste Código pria, o desempenho da função pública da Instituição. O
de Conduta Ética as seguintes condutas são inaceitáveis, conflito de interesses é real quando a situação gera-
sendo objeto de investigação por parte da Comissão de dora de conflito já se consumou ou potencial quando a
Ética: pessoa tem interesses particulares que podem gerar confli-
I – Usar o posto ocupado como instrumento para to de interesses em situação futura.
coagir, constranger, depreciar ou submeter outro em- Parágrafo segundo: É configurada informação privi-
pregado a qualquer tipo de situação capaz de ferir a legiada a que diz respeito a assuntos sigilosos ou rele-
dignidade pessoal e profissional ou para obter proveito em vantes para o processo de decisão no Banco da Amazônia,
benefício próprio ou de terceiros; que tenha repercussão econômica e que não seja de amplo
II – Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca- conhecimento público.
prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram Parágrafo terceiro: A ocorrência de conflito de
no trato com o público ou com colegas hierarquicamente interesses independe de recebimento de ganho ou
superiores ou inferiores; retribuição.

21
LEGISLAÇÃO I

Art. 9º. São situações que suscitam conflito de inte- Parágrafo primeiro: É vedado prometer, oferecer ou
resses: dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente
I – Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em público ou privado, nacional ou estrangeiro ou a pessoa a
proveito próprio ou de terceiro, obtida em razão das ativida- ele relacionada.
des exercidas; Parágrafo segundo: Os presentes que, por qualquer
II – Exercer atividade que implique a prestação de servi- razão, não possam ser recusados, devem ser doados a enti-
ços ou a manutenção de relação de negócio com pessoa físi- dades carentes cadastradas no Banco de dados ou incorpo-
ca ou jurídica que tenha interesse em decisão do membro rados ao patrimônio da Instituição.
estatutário ou empregado ou de colegiado do qual este Parágrafo terceiro: Não se consideram presentes os
participe; brindes que por sua natureza sejam desprovidos de valor
III – Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em comercial ou que sejam distribuídos a título de cortesia, pro-
razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições paganda ou divulgação habitual por ocasião de eventos es-
do cargo ou função, considerando-se como tal, inclusive, a peciais ou datas comemorativas, desde que não ultrapas-
atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas; sem o valor unitário fixado pela Comissão de Ética Pública
IV – Atuar, ainda que informalmente, como procurador, da Presidência da República.
consultor, assessor ou intermediário de interesses privados
nos órgãos ou entidades da administração pública direta ou CAPÍTULO VIII –
indireta de qualquer dos p oderes da União, dos estados, do DAS SANÇÕES E DEMAIS MEDIDAS PARA EVITAR
Distrito Federal e dos municípios; OU SANAR DESVIOS ÉTICOS
V – Praticar ato em benefício de interesse de pessoa ju-
rídica de que participe o membro estatutário ou empregado, Art. 14 A pena aplicável aos membros estatutários,
seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou empregados e colaboradores pelo descumprimento dos
afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, e que preceitos deste Código de Conduta Ética é a de censura éti-
possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de ges- ca.
tão; Parágrafo único: A Comissão de Ética fará constar a
VI – Receber presente de quem tenha interesse em deci- fundamentação da penalidade no respectivo Relatório de
são do membro estatutário ou empregado ou de colegiado Apuração.
do qual este participe fora dos limites e condições estabele-
cidos em regulamento específico; e Art. 15 A Comissão de Ética poderá, cumulativamente,
VII – Prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa fazer recomendações, bem como adotar medidas para evitar
cuja atividade seja vinculada ao Banco da ou sanar desvios éticos, sem prejuízo de outras providências
Amazônia. ao seu cargo:
I – Sugerir à Diretoria Executiva a exoneração de ocu-
Art. 10 As situações que configuram conflito de inte- pante de cargo ou função de confiança;
resse ou uso indevido de informação privilegiada se aplicam II – Sugerir à Diretoria Executiva o retorno do emprega-
ainda que a pessoa se encontre em gozo de licença ou em do ao órgão ou entidade de origem;
período de afastamento regulamentar de suas funções no III – Sugerir à Diretoria Executiva a remessa de ex-
Banco da Amazônia. pediente ao setor competente para exame de eventuais
transgressões de naturezas diversas;
Art. 11 Os membros estatutários e empregados devem IV – Propor conciliação, se for o caso;
declarar-se impedidos de tomar decisão ou participar de ati- V – Sugerir ao empregado acompanhamento psicosso-
vidade quando perceberem a existência de conflito de inte- cial;
resses real ou potencial, devendo afastar-se, inclusive fisica- VI – Sugerir à Gerência de Gestão de Pessoas que realize
mente, das discussões e deliberações sobre o tema. acompanhamento de clima organizacional na
Unidade que ocorreu os desvios éticos.
Art. 12 Os membros estatutários e empregados devem VII - lavrar Acordo de Conduta Pessoal e Profissional
comunicar à Comissão de Ética do Banco para análise e even- (ACPP): acordo que gerará acompanhamento pela
tual manifestação a existência de conflito de interesses po- Comissão de Ética e sobrestará o Procedimento Preli-
tencial ou real sobre atividades externas que realizem. minar.
VIII – Solicitar à área de gestão de pessoas que orien-
CAPÍTULO VII – te o empregado para participação em cursos ou atividades
DO OFERECIMENTO E RECEBIMENTO DE PRESENTES formativas, de acordo com a natureza do problema identi-
ficado.
Art. 13 Não é permitido receber descontos ou abati-
mentos em bens ou serviços, prometer, oferecer ou receber CAPÍTULO IX –
favores, contribuição financeira de terceiros para realização GESTÃO DO CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA
de eventos, presentes ou vantagens de qualquer natureza,
em caráter pessoal ou para outrem, em razão do cargo ou Art. 16 A Comissão de Ética do Banco da Amazônia será
função exercido e que possam configurar relacionamento composta por três membros e seus suplentes, sendo dois
impróprio ou prejuízo financeiro ou de imagem para a Ins- representantes do Banco e um representante eleito pelos
tituição. empregados, com mandatos três anos não coincidentes.

22
LEGISLAÇÃO I

Art.17. A gestão deste Código caberá a Comissão declaro: a) ter recebido, neste ato, cópia
de Ética do Banco da Amazônia, a qual compete divul- do Código de Ética
gá-lo e atualizá-lo.
do Banco da Amazônia; b) que tomei conhe-
Art. 18. O disciplinamento da Comissão de Ética do cimento do inteiro teor do Código e comprometo-me
Banco da Amazônia será fundamentado em regimento in- a cumprir fielmente suas normas, durante todo o meu
terno específico gerenciado pela própria Comissão e apro- mandato estatutário e/ou vigência de meu contrato
vado pela Diretoria do Ba nco. de trabalho e/ou de prestação de serviço; c) ter conheci-
mento de que a Comissão de Ética do Banco da Amazônia
Art. 1 9 . Cabe à Comissão de Ética orientar e dirimir analisará o descumprimento do Código ou de outras
dúvidas e controvérsias sobre a interpretação deste Código normas por ele abrangidas e dará encaminhamento às
de Conduta Ética. As consultas dirigidas à Comissão de instâncias competentes.
Ética por meio dos canais formais disponíveis devem estar
,
acompanhadas de elementos que caracterizem a situação
de de 201
exposta.
Assinatura ______________________________________________
CAPÍTULO X – _________________
DISPOSIÇÕES FINAIS
Declaramos que o presente é cópia fiel do Código de
Art. 20. O Banco da Amazônia, seus membros es- Conduta Ética do Banco da Amazônia, aprovado pela Dire-
tatutários, empregados e colaboradores reconhecem e toria Executiva em xx/xx/201x e pelo Conselho de Adminis-
aceitam os preceitos deste Código de Conduta Ética e tração em xx/xx/201x.
outras normas por ele abrangidas, mediante a assinatura
do Termo de Adesão.

Art. 21 Todos são responsáveis por garantir que este


3 - LEI Nº 7.827, DE 27 DE SETEMBRO DE 1989,
Código de Conduta Ética seja cumprido, assim como têm a
responsabilidade de comunicar quaisquer descumprimen-
E SUAS ALTERAÇÕES.
tos aos canais de denúncia formalmente constituídos.
Parágrafo Único: Omitir-se de comunicar o fato por
meio dos canais de denúncia, quando dele tomar conheci- LEI Nº 7.827, DE 27 DE SETEMBRO DE 1989.
mento, configura descumprimento deste Código.
Regulamenta o art. 159, inciso I, alínea c, da Consti-
Art. 22. Em qualquer instância os processos serão tra- tuição Federal, institui o Fundo Constitucional de Financia-
tados com o caráter de reservado pela Comissão de mento do Norte - FNO, o Fundo Constitucional de Finan-
Ética. ciamento do Nordeste - FNE e o Fundo Constitucional de
Financiamento do Centro-Oeste - FCO, e dá outras provi-
Art. 23. Sugestões de aprimoramento deste Código dências.
poderão ser encaminhadas à Comissão de Ética.
O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no
Art. 24. O Banco fará constar nos editais de concurso exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço
público com vistas ao preenchimento de vagas referência saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
a este Código para conhecimento prévio dos candidatos. seguinte Lei:
Art. 1° Ficam criados o Fundo Constitucional de Fi-
Art. 25. Os membros estatutários, empregados e de- nanciamento do Norte - FNO, o Fundo Constitucional de
mais abrangidos receberão exemplar impresso deste Códi- Financiamento do Nordeste - FNE e o Fundo Constitucio-
go no momento da posse, da admissão, da celebração do nal de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, para fins de
contrato de trabalho ou contratação para prestação de ser- aplicação dos recursos de que trata a alínea c do inciso I do
art. 159 da Constituição Federal, os quais se organizarão e
viço, conforme o caso, devendo assinar Termo que ateste o
funcionarão nos termos desta Lei.
conhecimento e adesão às prescrições nele estabelecidas.
I - Das Finalidades e Diretrizes Gerais
Esse compromisso deve ser renovado sempre que houver
Art. 2° Os Fundos Constitucionais de Financiamento do
alterações neste Código de Conduta Ética. Norte, Nordeste e Centro-Oeste têm por objetivo contri-
buir para o desenvolvimento econômico e social das re-
Termo de Adesão ao Código de Conduta Ética giões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através das insti-
tuições financeiras federais de caráter regional, mediante
Eu, a execução de programas de financiamento aos setores
, matrícula: produtivos, em consonância com os respectivos planos re-
gionais de desenvolvimento.
CPF

23
LEGISLAÇÃO I

§ 1° Na aplicação de seus recursos, os Fundos Cons- II -- Dos Beneficiários


titucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Cen- Art. 4o  São beneficiários dos recursos dos fundos cons-
tro-Oeste ficarão a salvo das restrições de controle mo- titucionais de financiamento do Norte, do Nordeste e do
netário de natureza conjuntural e deverão destinar crédito Centro-Oeste: (Redação dada pela Lei nº 13.530, de 2017)
diferenciado dos usualmente adotados pelas instituições I - produtores e empresas, pessoas físicas e jurídicas,
financeiras, em função das reais necessidades das regiões e cooperativas de produção que, de acordo com as prio-
beneficiárias. ridades estabelecidas nos planos regionais de desenvol-
§ 2° No caso da região Nordeste, o Fundo Constitu- vimento, desenvolvam atividades produtivas nos setores
cional de Financiamento do Nordeste inclui a finalidade agropecuário, mineral, industrial, agroindustrial, de em-
específica de financiar, em condições compatíveis com as preendimentos comerciais e de serviços das regiões Norte,
peculiaridades da área, atividades econômicas do semi-á-
Nordeste e Centro-Oeste; (Incluído pela Lei nº 13.530, de
rido, às quais destinará metade dos recursos ingressados
2017)
nos termos do art. 159, inciso I, alínea c, da Constituição
Federal. II - estudantes regularmente matriculados em cursos
Art. 3° Respeitadas as disposições dos Planos Regio- superiores e de educação profissional, técnica e tecnológi-
nais de Desenvolvimento, serão observadas as seguintes ca não gratuitos que contribuirão para o desenvolvimento
diretrizes na formulação dos programas de financiamento do setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro
de cada um dos Fundos: -Oeste, de acordo com as prioridades estabelecidas nos
I - concessão de financiamento aos setores produti- planos regionais de desenvolvimento.  (Incluído pela Lei nº
vos das regiões beneficiadas;   (Redação dada pela Lei nº 13.530, de 2017)
13.530, de 2017) § 1º  Os Fundos Constitucionais de Financiamento po-
II - ação integrada com instituições federais sediadas derão financiar empreendimentos de infra-estrutura eco-
nas regiões; nômica, inclusive os de iniciativa de empresas públicas não
III - tratamento preferencial às atividades produtivas dependentes de transferências financeiras do Poder Públi-
de pequenos e miniprodutores rurais e pequenas e mi- co, considerados prioritários para a economia em decisão
croempresas, às de uso intensivo de matérias-primas e do respectivo conselho deliberativo.     (Redação dada pela
mão-de-obra locais e as que produzam alimentos básicos Lei nº 11.775, de 2008)
para consumo da população, bem como aos projetos de ir- § 2º  No caso de produtores e empresas beneficiárias
rigação, quando pertencentes aos citados produtores, suas de fundos de incentivos regionais ou setoriais, a concessão
associações e cooperativas;
de financiamentos de que trata esta Lei fica condicionada à
IV - preservação do meio ambiente;
regularidade da situação para com a Comissão de Valores
V - adoção de prazos e carência, limites de financia-
mento, juros e outros encargos diferenciados ou favoreci- Mobiliários - CVM e os citados fundos de incentivos.   (Re-
dos, em função dos aspectos sociais, econômicos, tecnoló- dação dada pela Lei nº 11.775, de 2008)
gicos e espaciais dos empreendimentos; § 3º (Revogado pela lei nº 12.716, de 2012)
VI - conjugação do crédito com a assistência técnica, § 4o  Os estudantes e os cursos mencionados no inci-
no caso de setores tecnologicamente carentes; so II do caput deste artigo deverão atender aos requisitos
VII - orçamentação anual das aplicações dos recursos; estabelecidos no art. 1o da Lei no10.260, de 12 de julho de
VIII - uso criterioso dos recursos e adequada política de 2001. (Incluído pela Lei nº 13.530, de 2017)
garantias, com limitação das responsabilidades de crédito Art. 5° Para efeito de aplicação dos recursos, entende-
por cliente ou grupo econômico, de forma a atender a um se por:
universo maior de beneficiários e assegurar racionalidade, I - Norte, a região compreendida pelos Estados do Acre,
eficiência, eficácia e retorno às aplicações; Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, eTocantins;
IX - apoio à criação de novos centros, atividades e pó- II - Nordeste, a região abrangida pelos Estados do
los dinâmicos, notadamente em áreas interioranas, que Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Per-
estimulem a redução das disparidades intra-regionais de nambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, além das partes dos
renda; Estados de Minas Gerais e Espírito Santo incluídas na área
X - proibição de aplicação de recursos a fundo perdido. de atuação da Sudene;     (Redação dada pela Lei nº 9.808,
XI - programação anual das receitas e despesas com
de 20.7.1999)
nível de detalhamento que dê transparência à gestão dos
III - Centro-Oeste, a região de abrangência dos Esta-
Fundos e favoreça a participação das lideranças regionais
com assento no conselho deliberativo das superinten- dos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito
dências  regionais de desenvolvimento;  (Incluído pela Lei Federal;
Complementar nº 129, de 2009). IV - semi-árido, a região natural inserida na área de
XII - ampla divulgação das exigências de garantia e de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nor-
outros requisitos para a concessão de financiamento;  (Re- deste - Sudene, definida em portaria daquela Autarquia.
dação dada pela Lei nº 13.530, de 2017) (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
XIII - concessão de financiamento a estudantes regu- III - Dos Recursos e Aplicações
larmente matriculados em cursos superiores não gratuitos, Art. 6° Constituem fontes de recursos dos Fundos
de que trata a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001.    (In- Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e
cluído pela Lei nº 13.530, de 2017) Centro-Oeste:

24
LEGISLAÇÃO I

I - 3% (três por cento) do produto da arrecadação do Art. 9º-A.  Os recursos dos Fundos Constitucionais po-
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza derão ser repassados aos próprios bancos administradores,
e do imposto sobre produtos industrializados, entregues para que estes, em nome próprio e com seu risco exclusivo,
pela União, na forma do art. 159, inciso I, alínea c da Cons- realizem as operações de crédito autorizadas por esta Lei
tituição Federal; e pela Lei nº 10.177, de 12 de janeiro de 2001.     (Incluído
II - os retornos e resultados de suas aplicações; pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
III - o resultado da remuneração dos recursos momen- § 1º  O montante dos repasses a que se referem o
taneamente não aplicados, calculado com base em inde- caput estará limitado a proporção do patrimônio líquido
xador oficial; da instituição financeira, fixada pelo Conselho Monetário
IV - contribuições, doações, financiamentos e recursos Nacional.  (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de
de outras origens, concedidos por entidades de direito pú- 24.8.2001)
blico ou privado, nacionais ou estrangeiras; § 2º  O retorno dos recursos aos Fundos Constitucio-
V - dotações orçamentárias ou outros recursos previs- nais se subordina à manutenção da proporção a que se re-
tos em lei. fere o § 3º e independe do adimplemento, pelos mutuários,
Parágrafo único. Nos casos dos recursos previstos no das obrigações contratadas pelas instituições financeiras
inciso I deste artigo, será observada a seguinte distribuição: com tais recursos.      (Incluído pela Medida Provisória nº
I - 0,6% (seis décimos por cento) para o Fundo Consti- 2.196-3, de 24.8.2001)
tucional de Financiamento do Norte; § 3º  O retorno dos recursos aos Fundos Constitucio-
II - 1,8% (um inteiro e oito décimos por cento) para o nais, em decorrência de redução do patrimônio líquido das
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste; e instituições financeiras, será regulamentado pelo Conselho
III - 0,6% (seis décimos por cento) para o Fundo Cons- Monetário Nacional.    (Incluído pela Medida Provisória nº
titucional de Financiamento do Centro-Oeste. 2.196-3, de 24.8.2001)
Art. 7º A Secretaria do Tesouro Nacional liberará ao § 4º  Nas operações realizadas nos termos deste ar-
Ministério da Integração Nacional, nas mesmas datas e, tigo:  (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de
no que couber, segundo a mesma sistemática adotada na 24.8.2001)
transferência dos recursos dos Fundos de Participação dos I - serão observados os encargos estabelecidos na Lei
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os valores nº 10.177, de 2001; e    (Redação dada pela Medida Provi-
destinados aos Fundos Constitucionais de Financiamento sória nº 812, de 2017)
do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, cabendo ao II - o del credere das instituições financeiras:   (Incluído
Ministério da Integração Nacional, observada essa mesma pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
sistemática, repassar os recursos diretamente em favor das a) fica limitado a seis por cento ao ano;     (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
instituições federais de caráter regional e do Banco do Bra-
b) está contido nos encargos a que se refere o inci-
sil S.A.    (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
so I; e   (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de
Parágrafo único.  O Ministério da Fazenda informará,
24.8.2001)
mensalmente, ao Ministério da Integração Nacional, às res-
c) será reduzido em percentual idêntico ao percentual
pectivas superintendências regionais de desenvolvimento e
garantido por fundos de aval.     (Incluído pela Medida Pro-
aos bancos administradores dos Fundos Constitucionais de
visória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
Financiamento a soma da arrecadação do imposto sobre § 5º  Os saldos diários das disponibilidades relativas
a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto aos recursos transferidos nos termos do caput serão re-
sobre produtos industrializados, o valor das liberações efe- munerados pelas instituições financeiras com base na taxa
tuadas para cada Fundo, bem como a previsão de datas e extra-mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil. (In-
valores das 3 (três) liberações imediatamente subseqüen- cluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
tes.   (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de § 6º  Os recursos transferidos e utilizados em opera-
2007) ções de crédito serão remunerados pelos encargos pactua-
Art. 8° Os Fundos gozarão de isenção tributária, estan- dos com os mutuários, deduzido o del credere a que se
do os seus resultados, rendimentos e operações de finan- refere o § 4º, inciso II; (Incluído pela Medida Provisória nº
ciamento livres de qualquer tributo ou contribuição, inclu- 2.196-3, de 24.8.2001)
sive o imposto sobre operações de crédito, imposto sobre § 7º  Os bancos administradores deverão manter siste-
renda e proventos de qualquer natureza e as contribuições ma que permita consolidar as disponibilidades e aplicações
do PIS, Pasep e Finsocial. dos recursos, independentemente de estarem em nome do
Art. 9º Observadas as diretrizes estabelecidas pelo Mi- Fundo Constitucional ou da instituição financeira. (Incluído
nistério da Integração Nacional, os bancos administradores pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
poderão repassar recursos dos Fundos Constitucionais a §  8º   As instituições financeiras, nas operações de fi-
outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Cen- nanciamento realizadas nos termos deste artigo, gozam da
tral do Brasil, com capacidade técnica comprovada e com isenção tributária a que se refere o art. 8º desta Lei.    (In-
estrutura operacional e administrativa aptas a realizar, em cluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
segurança e no estrito cumprimento das diretrizes e nor- § 9º  Poderão ser considerados, para os efeitos deste
mas estabelecidas, programas de crédito especificamente artigo, os valores que já tenham sido repassados às insti-
criados com essa finalidade.    (Redação dada pela Lei nº tuições financeiras e as operações de crédito respectivas.
10.177, de 12.1.2001) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)

25
LEGISLAÇÃO I

§ 10.  Na hipótese do § 9º:       (Incluído pela Medida III - avaliar os resultados obtidos e determinar as me-
Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) didas de ajustes necessárias ao cumprimento das diretrizes
I - não haverá risco de crédito para as instituições fi- estabelecidas e à adequação das atividades de financia-
nanceiras nas operações contratadas até 30 de novembro mento às prioridades regionais;      (Redação dada pela Lei
de 1998;  (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de Complementar nº 125, de 2007)
24.8.2001) IV - encaminhar o programa de financiamento para
II - nas operações contratadas de 1º de dezembro de o exercício seguinte, a que se refere o inciso II do caput
1998 a 30 de junho de 2001, o risco de crédito das institui- deste artigo, juntamente com o resultado da apreciação
ções financeiras fica limitado a cinqüenta por cento; e    (In- e o parecer aprovado pelo Colegiado, à Comissão Mista
cluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) permanente de que trata o § 1º do art. 166 da Constitui-
III  -  o del credere das instituições financeiras, man- ção Federal, para conhecimento e acompanhamento pelo
tendo-se inalterados os encargos pactuados com os mu- Congresso Nacional.      (Incluído pela Lei Complementar
tuários:   (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de nº 125, de 2007)
24.8.2001) Parágrafo único. Até o dia 30 de outubro de cada ano,
a) fica reduzido a zero para as operações a que se refe- as instituições financeiras federais de caráter regional en-
re o inciso I; e    (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, caminharão, à apreciação do Conselho Deliberativo da res-
de 24.8.2001) pectiva superintendência de desenvolvimento regional, a
b)  fica limitado a três por cento para as operações a proposta de aplicação dos recursos relativa aos programas
que se refere o inciso II.  (Incluído pela Medida Provisória de financiamento para o exercício seguinte, a qual será
nº 2.196-3, de 24.8.2001) aprovada até 15 de dezembro.
§ 11.  Para efeito do cálculo da taxa de administração Art. 14-A.  Cabe ao Ministério da Integração Nacio-
a que fazem jus os bancos administradores, serão deduzi- nal estabelecer as diretrizes e orientações gerais para as
dos do patrimônio líquido dos Fundos Constitucionais os aplicações dos recursos dos Fundos Constitucionais de Fi-
valores repassados às instituições financeiras, nos termos nanciamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de for-
deste artigo.    (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, ma a compatibilizar os programas de financiamento com
de 24.8.2001) as orientações da política macroeconômica, das políticas
IV - Dos Encargos Financeiros setoriais e da Política Nacional de Desenvolvimento Regio-
Art. 10.    (Revogado pela Lei 9.126, de 10.11.1995) nal.     (Incluído pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
Art. 11.      (Revogado pela Lei nº 10.177, de 18.1.2001) Parágrafo único.  O Ministério da Integração Nacional
Art. 12.  (Revogado pela Lei 9.126, de 10.11.1995) exercerá as competências relativas aos Conselhos Delibera-
V - Da Administração tivos das Superintendências de Desenvolvimento das Re-
Art. 13. A administração dos Fundos Constitucionais giões Norte e Nordeste, de que trata o art. 14 desta Lei, até
de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste será que sejam instalados os mencionados Conselhos.       (In-
distinta e autônoma e, observadas as atribuições previstas cluído pela Lei nº 11.524, de 2007)
em lei, exercida pelos seguintes órgãos:     (Redação dada Art. 15. São atribuições de cada uma das instituições
pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) financeiras federais de caráter regional e do Banco do Brasil
I - Conselho Deliberativo das Superintendências de S.A., nos termos da lei:   (Redação dada pela Lei nº 10.177,
Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro de 12.1.2001)
-Oeste; (Redação dada pela Lei Complementar nº 129, de I - aplicar os recursos e implementar a política de con-
2009). cessão de crédito de acordo com os programas aprovados
II - Ministério da Integração Nacional; e (Redação dada pelos respectivos Conselhos Deliberativos;(Redação dada
pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
III - instituição financeira de caráter regional e Banco II - definir normas, procedimentos e condições opera-
do Brasil S.A.      (Incluído pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) cionais próprias da atividade bancária, respeitadas, dentre
Art. 14.  Cabe ao Conselho Deliberativo da respectiva outras, as diretrizes constantes dos programas de financia-
superintendência de desenvolvimento das regiões Norte, mento aprovados pelos Conselhos Deliberativos de cada
Nordeste e Centro-Oeste:  (Redação dada pela Lei Comple- Fundo; (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
mentar nº 125, de 2007) III - analisar as propostas em seus múltiplos aspectos,
I - estabelecer, anualmente, as diretrizes, prioridades e inclusive quanto à viabilidade econômica e financeira do
programas de financiamento dos Fundos Constitucionais empreendimento, mediante exame da correlação custo/
de Financiamento, em consonância com o respectivo plano benefício, e quanto à capacidade futura de reembolso do
regional de desenvolvimento;     (Redação dada pela Lei financiamento almejado, para, com base no resultado des-
Complementar nº 125, de 2007) sa análise, enquadrar as propostas nas faixas de encargos
II - aprovar, anualmente, até o dia 15 de dezembro, os e deferir créditos;     (Redação dada pela Lei Complementar
programas de financiamento de cada Fundo para o exer- nº 125, de 2007)
cício seguinte, estabelecendo, entre outros parâmetros, os IV - formalizar contratos de repasses de recursos
tetos de financiamento por mutuário;      (Redação dada na forma prevista no art. 9º;   (Redação dada pela Lei nº
pela Lei Complementar nº 125, de 2007) 10.177, de 12.1.2001)

26
LEGISLAÇÃO I

V - prestar contas sobre os resultados alcançados, de- § 4º  O disposto neste artigo somente se aplica aos
sempenho e estado dos recursos e aplicações ao Ministério devedores que tenham investido corretamente os valores
da Integração Nacional e aos respectivos conselhos deli- financiados, conforme previsto nos respectivos instrumen-
berativos;  (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, tos de crédito.  (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009).
de 2007) Art. 15-C.  As instituições financeiras federais poderão,
VI - exercer outras atividades inerentes à aplicação dos nos termos do art. 15-B e parágrafos, proceder à liquida-
recursos, à recuperação dos créditos, inclusive nos termos ção de dívidas em relação às propostas cujas tramitações
definidos nos arts. 15-B, 15-C e 15-D, e à renegociação de tenham sido iniciadas em conformidade com as práticas e
dívidas, de acordo com as condições estabelecidas pelo regulamentações bancárias de cada instituição financeira
Conselho Monetário Nacional.       (Redação dada pela Lei federal.   (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009).
nº 12.793, de 2013) Art. 15-D.  Os administradores dos Fundos Constitucio-
§ 1º  O Conselho Monetário Nacional, por meio de nais ficam autorizados a liquidar dívidas pelo equivalente
proposta do Ministério da Integração Nacional, definirá as financeiro do valor atual dos bens passíveis de penhora,
condições em que os bancos administradores poderão re- observando regulamentação específica dos respectivos
negociar dívidas, limitando os encargos financeiros de re- Conselhos Deliberativos, a qual deverá respeitar, no que
negociação aos estabelecidos no contrato de origem da couber, os critérios estabelecidos no art. 15-B.     (Incluído
operação inadimplida.     (Incluído pela Lei nº 12.793, de pela Lei nº 11.945, de 2009).
2013) Art. 16. O Banco da Amazônia S.A. - Basa, o Banco do
§ 2º  Até o dia 30 de setembro de cada ano, as insti- Nordeste do Brasil S.A. - BNB e o Banco do Brasil S.A. - BB
tuições financeiras de que trata o caput encaminharão ao são os administradores do Fundo Constitucional de Finan-
Ministério da Integração Nacional e às respectivas superin- ciamento do Norte - FNO, do Fundo Constitucional de Fi-
tendências regionais de desenvolvimento, para análise, a nanciamento do Nordeste - FNE e do Fundo Constitucional
proposta dos programas de financiamento para o exercício de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, respectivamente.
seguinte.    (Incluído pela Lei nº 12.793, de 2013) § 1° O Banco do Brasil S.A. transferirá a administração,
Art. 15-A.       (Revogado pela Lei Complementar nº patrimônio, operações e recursos do Fundo Constitucional
125, de 2007) de Financiamento do Centro-Oeste - FCO para o Banco de
Art. 15-B.  Ficam convalidadas as liquidações de dívi-
Desenvolvimento do Centro-Oeste, após sua instalação e
da efetuadas pelas instituições financeiras federais admi-
entrada em funcionamento, conforme estabelece o art. 34,
nistradoras dos Fundos Constitucionais, que tenham sido
§ 11, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
realizadas em conformidade com as práticas e regulamen-
§ 2°    (Parágrafo revogado pela Lei nº 10.177, de
tações bancárias das respectivas instituições e que tenham
18.1.2001)
sido objeto de demanda judicial, recebidas pelo equivalen-
Art. 17. (Revogado implicitamente pela Lei 10.177, de
te financeiro do valor dos bens passíveis de penhora dos
12.1.200 que revogou o art. 13 da Lei 9.126/1995)
devedores diretos e respectivos garantes, relativamente a
operações concedidas com recursos dos Fundos Constitu- Art. 17-A.  Os bancos administradores do FNO, do FNE
cionais de Financiamento, de que trata esta Lei.  (Incluído e do FCO farão jus a taxa de administração sobre o patri-
pela Lei nº 11.945, de 2009). mônio líquido dos respectivos fundos, apropriada mensal-
§ 1º  Para os efeitos desta Lei, considera-se liquidada a mente, nos seguintes percentuais:  (Incluído pela Medida
dívida pelo equivalente financeiro do valor dos bens pas- Provisória nº 812, de 2017)
síveis de penhora quando obtida mediante o desconto a I - três inteiros por cento ao ano, no exercício de
uma taxa real que corresponda ao custo de oportunidade 2018;  (Incluído pela Medida Provisória nº 812, de 2017)
do Fundo que tenha provido os recursos financiadores da II - dois inteiros e sete décimos por cento ao ano, no
dívida liquidada, pelo tempo estimado para o desfecho da exercício de 2019;    (Incluído pela Medida Provisória nº
ação judicial, aplicada sobre o valor de avaliação dos referi- 812, de 2017)
dos bens.  (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). III - dois inteiros e quatro décimos por cento ao ano,
§ 2º  A convalidação referida no caput deste dispositi- no exercício de 2020;   (Incluído pela Medida Provisória nº
vo resultará na anotação de restrição que impossibilitará a 812, de 2017)
contratação de novas operações nas instituições financei- IV - dois inteiros e um décimo por cento ao ano, no
ras federais, ressalvada a hipótese de o devedor inadim- exercício de 2021;    (Incluído pela Medida Provisória nº
plente recolher ao respectivo Fundo financiador da opera- 812, de 2017)
ção o valor atualizado equivalente à diferença havida entre V - um inteiro e oito décimos por cento ao ano, no
o que pagou na renegociação e o que deveria ter sido pago exercício de 2022; (Incluído pela Medida Provisória nº 812,
caso incidissem no cálculo os encargos de normalidade em de 2017)
sua totalidade, quando então poderá ser baixada a aludida VI - um inteiro e cinco décimos por cento ao ano, a
anotação.     (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). partir de 1º de janeiro de 2023.    (Incluído pela Medida
§ 3º  As instituições financeiras federais administrado- Provisória nº 812, de 2017)
ras dos Fundos Constitucionais deverão apresentar relató- § 1º  Para efeitos do cálculo da taxa de administração
rio ao Ministério da Integração Nacional, com a indicação a que se refere o caput, serão deduzidos do patrimônio
dos quantitativos renegociados sob a metodologia referida líquido, apurado para o mês de referência:    (Incluído pela
no caput.    (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). Medida Provisória nº 812, de 2017)

27
LEGISLAÇÃO I

I - os saldos dos recursos do FNO, do FNE e do FCO de ouvidorias para atender às sugestões e reclamações dos
de que trata o art. 4º da Lei nº 9.126, de 10 de novembro agentes econômicos e de suas entidades representativas
de 1995; (Incluído pela Medida Provisória nº 812, de 2017) quanto às rotinas e aos procedimentos empregados na
II - os valores repassados ao banco administrador nos aplicação dos recursos do respectivo Fundo Constitucional
termos do § 11 do art. 9º-A;    (Incluído pela Medida Provi- de Financiamento. (Redação dada pela Lei nº 12.716, de
sória nº 812, de 2017) 2012)
III - os saldos das operações contratadas na forma § 1º  As ouvidorias a que se refere o caput deste artigo
do  art. 6º-A da Lei nº 10.177, de 2001, conforme regula- terão seu funcionamento guiado por regulamento próprio,
mentado pelo Conselho Monetário Nacional;     (Incluído que estabelecerá as responsabilidades e as possibilidades
pela Medida Provisória nº 812, de 2017) das partes envolvidas, reservando-se às instituições finan-
IV - os saldos das operações contratadas na forma ceiras a obrigação de fornecimento das informações e
do  art. 15-D da Lei nº 10.260, de 2001, com recursos do justificações necessárias à completa elucidação dos fatos
FNO, do FNE ou do FCO.   (Incluído pela Medida Provisória ocorridos e à superação dos problemas detectados e pen-
nº 812, de 2017) dências existentes.  (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
§ 2º  Os bancos administradores farão jus ao percentual § 2º  Cabe ao Conselho Deliberativo das Superinten-
de trinta e cinco centésimos por cento ao ano sobre os dências de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste
saldos dos recursos do FNO, do FNE e do FCO de que trata e do Centro-Oeste estabelecer o regulamento para o fun-
o  art. 4º da Lei nº 9.126, de 1995.  (Incluído pela Medida cionamento da ouvidoria do respectivo Fundo.    (Incluído
Provisória nº 812, de 2017) pela Lei nº 12.716, de 2012)
§ 3º  O montante a ser recebido pelos bancos adminis- § 3º  O ouvidor de cada Fundo será nomeado, por pro-
tradores em razão da taxa de administração de que trata posta da Superintendência Regional de Desenvolvimento,
este artigo, deduzidos os valores referentes ao § 2º, poderá pelo respectivo Conselho Deliberativo, do qual participará
ser acrescido em até vinte por cento, com base no fator de com direito à voz.    (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
adimplência referente aos empréstimos com risco opera- § 4º  No prazo de até 30 (trinta) dias de sua solicitação,
o tomador de financiamento tem o direito de receber do
cional assumido integralmente pelo fundo ou compartilha-
banco administrador uma ficha completa de cada uma de
do entre os bancos administradores e o fundo, calculado
suas operações de crédito, com a discriminação de todos
de acordo com a metodologia de apuração do provisio-
os lançamentos desde sua contratação.  (Incluído pela Lei
namento para risco de crédito aplicável ao crédito bancá-
nº 12.716, de 2012)
rio.   (Incluído pela Medida Provisória nº 812, de 2017)
§ 5º  As entidades representativas dos produtores ru-
§ 4º  A taxa de administração de que trata o caput e
rais poderão, nos termos do regulamento previsto no § 1o,
o percentual de que trata o § 2º ficam limitados, em cada
assistir aos tomadores na obtenção de informações sobre
exercício, a vinte por cento do valor das transferências de
as pendências em suas operações de crédito e promover
que trata a alínea “c” do inciso I do caput do art. 159 da
reuniões de conciliação entre os agentes econômicos e os
Constituição, realizadas pela União a cada um dos bancos bancos administradores.  (Incluído pela Lei nº 12.716, de
administradores. (Incluído pela Medida Provisória nº 812, 2012)
de 2017) § 6º  A participação das entidades representativas dos
§ 5º  Ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda produtores rurais, nos termos do § 5º, não exclui nem miti-
e da Integração Nacional regulamentará o fator de adim- ga a responsabilidade primária dos bancos administradores
plência de que trata o § 3º, que será divulgado pelo Minis- em divulgar e disseminar as informações acerca das ope-
tério da Fazenda.    (Incluído pela Medida Provisória nº 812, rações de crédito.    (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
de 2017) § 7º  Caso o banco administrador não atenda à soli-
§ 6º  Ato do Presidente da República regulamentará a citação prevista no § 4º, a respectiva ouvidoria assumirá a
sistemática do cálculo e da apropriação da taxa de admi- responsabilidade pela solicitação e informará ao Conselho
nistração a que fazem jus os bancos administradores do Deliberativo em sua primeira reunião após esse fato, ca-
FNO, do FNE e do FCO.    (Incluído pela Medida Provisória bendo ao Presidente do Banco Administrador justificar o
nº 812, de 2017) não atendimento ou a demora em fazê-lo.    (Incluído pela
VI - Do Controle e Prestação de Contas Lei nº 12.716, de 2012)
Art. 18. Cada Fundo terá contabilidade própria, regis- Art. 19. As instituições financeiras federais de caráter
trando todos os atos e fatos a ele referentes, valendo-se, regional farão publicar semestralmente os balanços dos
para tal, do sistema contábil da respectiva instituição finan- respectivos Fundos, devidamente auditados.
ceira federal de caráter regional, no qual deverão ser cria- Art. 20.  Os bancos administradores dos Fundos Cons-
dos e mantidos subtítulos específicos para esta finalidade, titucionais de Financiamento apresentarão, semestralmen-
com apuração de resultados à parte. te, ao Ministério da Integração Nacional e às respectivas
Art. 18-A.  Observadas as orientações gerais estabele- superintendências regionais de desenvolvimento relatório
cidas pelo Ministério da Integração Nacional, as Superin- circunstanciado sobre as atividades desenvolvidas e os re-
tendências de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste sultados obtidos.  (Redação dada pela Lei Complementar
e do Centro-Oeste são responsáveis pelo funcionamento nº 125, de 2007)

28
LEGISLAÇÃO I

§ 1° O exercício financeiro de cada Fundo coincidirá


com o ano civil, para fins de apuração de resultados e apre- ANOTAÇÕES
sentação de relatórios.
§ 2° Deverá ser contratada auditoria externa, às ex-
pensas do Fundo, para certificação do cumprimento das __________________________________________________
disposições constitucionais e legais estabelecidas, além do
exame das contas e outros procedimentos usuais de audi- ___________________________________________________
tagem.
§ 3° Os bancos administradores deverão colocar à dis- ___________________________________________________
posição dos órgãos de fiscalização competentes os de- ___________________________________________________
monstrativos, com posições de final de mês, dos recursos,
aplicações e resultados dos Fundos respectivos. ___________________________________________________
§ 4o  O relatório de que trata o caput deste artigo,
acompanhado das demonstrações contábeis, devidamen- ___________________________________________________
te auditadas, será encaminhado pelo respectivo conselho
deliberativo da superintendência do desenvolvimento, ___________________________________________________
juntamente com sua apreciação, às comissões que tratam
___________________________________________________
da questão das desigualdades inter-regionais de desenvol-
vimento na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, ___________________________________________________
para efeito de fiscalização e controle.   (Redação dada pela
Lei Complementar nº 129, de 2009). ___________________________________________________
§ 5o  O relatório de que trata o caput deste artigo,
acompanhado das demonstrações contábeis, devidamen- ___________________________________________________
te auditadas, será encaminhado pelo respectivo conselho
___________________________________________________
deliberativo de desenvolvimento regional, juntamente com
sua apreciação, a qual levará em consideração o disposto ___________________________________________________
no § 4° deste artigo, à Comissão Mista permanente de que
trata o § 1º do art. 166 da Constituição Federal, para efeito ___________________________________________________
de fiscalização e controle, devendo ser apreciado na forma
e no prazo do seu regimento interno.   (Redação dada pela ___________________________________________________
Lei Complementar nº 125, de 2007)
___________________________________________________
VII - Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 21. Até a aprovação da proposta prevista no inciso ___________________________________________________
I do art. 14 desta Lei, ficam as instituições financeiras fe-
derais de caráter regional autorizadas a aplicar os recursos ___________________________________________________
dos respectivos Fundos de acordo com as diretrizes gerais
estabelecidas no art. 3° desta Lei. ___________________________________________________
§ 1° Dentro de 60 (sessenta) dias, a partir da publicação
desta Lei, as instituições financeiras federais de caráter re- ___________________________________________________
gional apresentarão, aos Conselhos Deliberativos das res- ___________________________________________________
pectivas superintendências de desenvolvimento regional,
as propostas de programas de financiamento de que trata ___________________________________________________
o parágrafo único do art. 14 desta Lei, as quais deverão ser
aprovadas até 60 (sessenta) dias após o recebimento. ___________________________________________________
§ 2° As operações realizadas antes da aprovação de
que trata o parágrafo anterior, pelas instituições financei- ___________________________________________________
ras federais de caráter regional, com os recursos dos Fun- ___________________________________________________
dos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste
e Centro-Oeste, ficam ao abrigo desta Lei, inclusive para ___________________________________________________
efeito de eventuais benefícios financeiros.
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi- ___________________________________________________
cação.
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. ___________________________________________________
Brasília, 27 de setembro de 1989; 168° da Independên- ___________________________________________________
cia e 101° da República.
ANTÔNIO PAES DE ANDRADE  ___________________________________________________
Paulo César Ximenes Alves Ferreira 
João Alves Filho ___________________________________________________
Este texto não substitui o publicado no DOU de
28.9.1989 ___________________________________________________

29
LEGISLAÇÃO I

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A Poesia


SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA De cada dia
(Andrade, Oswald. Pau-Brasil. Obras completas de Os-
01-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – wald de Andrade. São Paulo, Globo, Secretaria de Estado
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de da Cultura, 1990, p. 63)
concordância verbal e nominal em: Texto II
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais O texto abaixo reproduz algumas afirmativas do
como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais Manifesto Pau-Brasil, que Oswald de Andrade, um dos
sofisticadas às mais humildes, são cada vez mais co- mentores do movimento modernista brasileiro de 1922,
muns nos dias de hoje. lançou no Correio da Manhã em 18 de março de 1924.
b) A importância de intelectuais como Edward Said A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e
e Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre ques- de ocre nos verdes da Favela, sob o sol cabralino, são
tões polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos li- fatos estéticos. O carnaval do Rio é o acontecimento
vros que escreveram. religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação ét-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e nica rica.
tanto sofrimento, estejam próximos de serem resolvi- A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma
dos ou pelo menos de terem alguma trégua. criança.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo neológica. A contribuição milionária de todos os erros.
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detra- Como falamos. Como somos.
tores que admiradores. Nenhuma fórmula para a contemporânea expres-
e) No final do século XX já não se via muitos inte- são do mundo. Ver com olhos livres.
lectuais e escritores como Edward Said, que não apenas Temos a base dupla e presente − a floresta e a es-
era notícia pelos livros que publicavam como pelas po- cola. A raça crédula e dualista e a geometria, a álge-
sições que corajosamente assumiam. bra e a química logo depois da mamadeira e do chá de
erva-doce. Um misto de “dorme nenê que o bicho vem
Fiz as correções entre parênteses: pegá” e de equações.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- sábia preguiça solar. A reza. O Carnaval. A energia ínti-
das às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns (co- ma. O sabiá. A hospitalidade um pouco sensual, amo-
mum) nos dias de hoje. rosa.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e (http://www.lumiarte.com/luardeoutono/oswald/ma-
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões nifpaubr.html acesso em 11/02/2012)
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
que escreveram. 02-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- FCC/2012) Wagner submerge ante os cordões de Bota-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto fogo.
sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem A afirmativa que exprime corretamente, com ou-
(ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) tras palavras, o sentido original da frase acima é:
alguma trégua. (A) Os cordões de Botafogo superam Wagner.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a (B) Wagner supera o que se faz nos cordões de Bo-
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo tafogo.
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores (C) Botafogo, com seus cordões, retoma a superio-
que admiradores. ridade de Wagner.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos (D) Diante dos cordões de Botafogo, Wagner será
intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas a superação.
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas (E) Para os cordões de Botafogo, Wagner é superior.
posições que corajosamente assumiam.
Pela leitura do texto e analisando a afirmativa do enun-
RESPOSTA: “D”. ciado, entende-se que os cordões de Botafogo superam
Wagner.
(TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012
- ADAPTADO) Atenção: As questões de números 02 e 03 RESPOSTA: “A”.
baseiam-se nos Textos I e II, a seguir.
Texto I 03-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
No Pão de Açúcar FCC/2012) ... o tema das mudanças climáticas pressiona
De cada dia os esforços mundiais para reduzir a queima de combus-
Dai-nos Senhor tíveis.

30
LEGISLAÇÃO I

A mesma relação entre o verbo grifado e o comple- (A) Os manifestantes de todas as idades desfilaram
mento se reproduz em: pelas ruas da cidade.
(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pe- (B) Não junte este líquido verde com aquele abra-
dras... sivo.
(B) ... o estilo de vida e o modo da produção (...) são (C) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
os principais responsáveis... (D) Patrocinou o evento do último sábado.
(C) ... que ameaçam a nossa própria existência. (E) Encontraram com um comerciante essas anota-
(D) ... e a da China triplicou. ções.
(E) Mas o homem moderno estaria preparado...
Regência do verbo “gostar”: transitivo indireto.
O verbo grifado é transitivo direto (pressiona quem? A – desfilaram – intransitivo
o quê?): B – junte – transitivo direto
A – acabou – intransitivo C – pertence – transitivo indireto
B – são – verbo de ligação
D – patrocinou – transitivo direto
C – ameaçam quem? – transitivo direto
E – transitivo direto preposicionado
D – triplicou = no contexto: intransitivo
E – estaria – verbo de ligação
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “C”.
06-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
04-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na
FCC/2012) O verbo que, dadas as alterações entre pa- seguinte frase:
rênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
colocado no plural, está em: boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de pas-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvi- sageiros nos aeroportos.
das) (B) Comete muitos deslises, talvez por sua esponta-
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do neidade, mas nada que ponha em cheque sua reputa-
planeta) ção de pessoa cortês.
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do
consumo mundial de barris de petróleo) sócio de descançar após o almoço sob a frondoza ár-
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete- vore do pátio.
-se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os mágoa pode estar sendo o grande impecilho na supe-
esforços mundiais... (a preocupação em torno das mu- ração dessa sua crise.
danças climáticas) (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na con-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = cessão de privilégios ilegítimos.
“há” permaneceria no singular
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla- Fiz a correção entre parênteses:
neta) = “sabe” permaneceria no singular (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
... (O consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” geiros nos aeroportos.
permaneceria no singular
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque)
no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re-
sua reputação de pessoa cortês.
flete” passaria para “refletem-se”
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular (frondosa) árvore do pátio.
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência
RESPOSTA: “D”. dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe-
cilho) na superação dessa sua crise.
05-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção
FCC/2011) “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
ao poeta Robert Lowell... vente na concessão de privilégios ilegítimos.
No segmento acima, o verbo “gostar” está empre-
gado exatamente com a mesma regência com que está RESPOSTA: “A”.
empregado o verbo da seguinte frase:

31
LEGISLAÇÃO I

07-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – C) É necessário segurança para se viver bem.
FCC/2010) A substituição do elemento grifado pelo D) Esses cidadãos estão quite com suas obrigações.
pronome correspondente, com os necessários ajustes E) Os soldados permaneceram alertas durante a
no segmento, está INCORRETA em: manifestação.
a) continua a provocar irritação = continua a pro-
vocá-la. Fiz as correções:
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. A) O Brasil apresenta bastante = bastantes.
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra B) A situação ficou meia = meio
ela. C) É necessário segurança para se viver bem.
d) que treinavam a elite = que a treinavam. D) Esses cidadãos estão quite = quites
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. E) Os soldados permaneceram alertas = alerta

a) continua a provocar irritação = continua a provocá- RESPOSTA: “C”.


-la.
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. = 10-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-
constituí-lo RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que a
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra ela. frase – É ela que faz o interlocutor se emocionar... – está
d) que treinavam a elite = que a treinavam. corretamente reescrita, tendo um pronome assumindo
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. as mesmas relações de sentido expressas pela expres-
são destacada, de acordo com a norma--padrão.
RESPOSTA: “B”. (A) É ela que emociona-o.
(B) É ela que o emociona.
08-) (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) (C) É ela que emociona-lhe.
Assinale a alternativa em que a concordância das for- (D) É ela que emociona ele.
mas verbais destacadas está de acordo com a norma- (E) É ela que ele emociona.
-padrão da língua.
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em hi- Como temos a presença do “que” (independente de
gienização subterrânea. sua função), devemos usar a próclise: É ela que o emociona.
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os
trabalhadores da área de limpeza. RESPOSTA: “B”.
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
riscos de se contrair alguma doença. 11-) (PREFEITURA MUNICIPAL DE JAPERI/RJ -
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era ORIENTADOR PEDAGÓGICO - FUNDAÇÃO BENJAMIN
sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço. CONSTANT/2013) Assinale o item em que a vírgula foi
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemen- usada para isolar o aposto.
te, começou a adotar medidas mais rigorosas para a (A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São
proteção de seus funcionários. Paulo.
(B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos.
Fiz as correções: (C) Com muito cuidado, a advogada analisou o do-
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) cumento.
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem (D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, hu-
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris- mildes.
cos (E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era vida é difícil.
sete da manhã = eram
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, (A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São Paulo.
começou = começaram = enumeração
(B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos. =
RESPOSTA: “C”. explicação de um termo anterior (aposto)
(C) Com muito cuidado, a advogada analisou o docu-
09-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU- mento. = advérbio
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Apenas (D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, humildes.
uma das opções abaixo está correta quanto à concor- = zeugma
dância nominal. Aponte-a. (E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a vida é
A) O Brasil apresenta bastante problemas sociais. difícil. = vocativo
B) A situação ficou meia complicada depois das mu-
danças. RESPOSTA: “B”.

32
LEGISLAÇÃO I

12-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO (A) para algum chavão apoiá-lo.
– FCC/2012) Atente para as seguintes frases: (B) que algum chavão o apoiasse.
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotó- (C) apoiá-lo em algum chavão.
grafos, que andam em volta dos objetos à procura de (D) algum chavão vir a apoiá-lo.
novos ângulos. (E) o apoio em algum chavão.
II. Felizes as pessoas que, todos os dias, sabem en-
contrar companhia em tudo o que as cerca. Para que tenhamos um período simples é necessária a
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda compa- presença de um único verbo. Fazendo a alteração e man-
nhia. tendo o sentido da frase inicial, a alternativa “o apoio em
A supressão da(s) vírgula(s) acarretará mudança de algum chavão” é a que está escrita de maneira correta.
sentido para o que está APENAS em
(A) I. RESPOSTA: “E”.
(B) II.
15-) (SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II
(C) II e III.
E PROFESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011)
(D) I e II.
...permite que os criadores tomem atitudes quando a
(E) III. proliferação de algas tóxicas ameaça os peixes.
A transposição para a voz passiva da oração grifada
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotógra- acima teria, de acordo com a norma culta, como forma
fos que andam em volta dos objetos à procura de novos verbal resultante:
ângulos. = agora teremos uma restrição (adjetiva restritiva) (A) ameaçavam.
II. Felizes as pessoas que todos os dias sabem encon- (B) foram ameaçadas.
trar companhia em tudo o que as cerca. = facultativo o uso (C) ameaçarem.
da vírgula (advérbio) (D) estiver sendo ameaçada.
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda companhia. = (E) forem ameaçados.
facultativo o uso da vírgula (advérbio)
Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
RESPOSTA: “A”. Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação...
= voz passiva
13-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Apenas RESPOSTA: “E”.
uma das frases abaixo foge à norma culta no que se
16-) (COPERGÁS - TÉCNICO OPERACIONAL MECÂ-
refere à colocação pronominal. Aponte-a.
NICO - FCC/2011 - ADAPTADA)
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicita-
... para desovar e criar seus filhotes até que sejam
dos. capazes de seguir para o oceano.
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momen- O verbo que se encontra conjugado nos mesmos
to? tempo e modo que o grifado na frase acima está em:
C) O jogo que realiza-se hoje contará com a presen- (A) ... espaços que misturam água do mar e de rios
ça de políticos eminentes. em meio a árvores de raízes expostas.
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não (B) ... que ela prejudique ainda mais a vida dos pei-
desejava. xes e das pessoas.
E) Realizar-se-á uma nova eleição. (C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre
os estuários da América do Sul.
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicitados. (D) ... que várias espécies de peixes precisam de re-
= correta dutos distintos no mangue ...
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momento? (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Per-
= correta nambuco verificou que várias espécies de peixes ...
C) O jogo que realiza-se = o jogo que se realiza
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não de- “Sejam” está no presente do Subjuntivo.
sejava. = correta (A) ... espaços que misturam = presente do Indicativo
(B) ... que ela prejudique = presente do Subjuntivo
E) Realizar-se-á uma nova eleição. = correta
(C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre =
presente do Indicativo
RESPOSTA: “C”. (D) ... que várias espécies de peixes precisam = presen-
te do Indicativo
14-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Pernam-
– FCC/2012) Ficava difícil se apoiar em algum chavão. buco verificou = pretérito perfeito do Indicativo
O período acima passa de composto a simples caso
se substitua o elemento sublinhado por RESPOSTA: “B”.

33
LEGISLAÇÃO I

17-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substi- (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sus-
tuição do elemento grifado pelo pronome correspon- tentável...
dente foi realizada de modo INCORRETO em: (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desen-
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu volvimento humano.
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la
(D) que desviava a água = que lhe desviava O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.
(E) supriam a necessidade = supriam-na (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor- sente do Indicativo
reta (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta vel... = presente do Indicativo
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a (E)... e reforce a identidade das comunidades. = pre-
desviava sente do Subjuntivo.
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.
20-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
18-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Conside- FCC/2010) Se a tendência se mantiver, teremos cada vez
rada a substituição do segmento grifado pelo que está mais...
entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que Ao substituir o segmento grifado acima por “Caso
deverá permanecer no singular está em: a tendência”, a continuação que mantém a correção e o
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os sentido da frase original é:
pesquisadores) a) se mantenha, teremos cada vez mais...
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu b) fosse mantida, teríamos cada vez mais...
para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima) c) se manter, teremos cada vez mais...
(C) No sistema havia também uma estação... (várias d) for mantida, teremos cada vez mais...
estações) e) seja mantida, teríamos cada vez mais...
(D) ... a civilização maia da América Central tinha
um método sustentável de gerenciamento da água. (os Ao empregarmos o termo “caso a”, conjugaremos o
povos que habitavam a América Central) verbo utilizando o modo hipotético (Subjuntivo). A trans-
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que formação será: Caso a tendência se mantenha, teremos
a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser cada vez mais...
publicado).
RESPOSTA: “A”.
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- 21-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
tribuíram) (as mudanças do clima) FCC/2010) Não se trata de negar ...... crianças o aces-
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá so aos meios eletrônicos, tarefa indesejável e mesmo
no singular impossível de ser realizada, mas de impor limites ......
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- utilização desses equipamentos tão sedutores, para que
nham) (os povos que habitavam a América Central) elas também possam se dedicar ...... outras atividades
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- fundamentais para o seu desenvolvimento.
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
na ordem dada:
RESPOSTA: “C”. a) às - a - à
b) as - a - à
19-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante c) às - à - a
que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultu- d) as - à - a
ra empresarial, por meio das ações e projetos de Educa- e) às - à – à
ção Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo Não se trata de negar às (regência verbal de “negar”
que o verbo grifado na frase acima está em: pede objeto direto – o acesso – e indireto – às crianças)
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, crianças o acesso aos meios eletrônicos, tarefa indesejável
políticas... e mesmo impossível de ser realizada, mas de impor limites
(B) ... as definições de Educação Ambiental são à (regência verbal de “impor” pede objeto direto – limites
abrangentes... – e indireto – à utilização) utilização desses equipamentos

34
LEGISLAÇÃO I

tão sedutores, para que elas também possam se dedicar O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em
a (regência verbal de “dedicar” pede preposição, mas há que se encontra o grifado acima está na frase:
presença de pronome indefinido) outras atividades funda- a) Mas raramente há referência ao analfabetismo
mentais para o seu desenvolvimento. funcional daquela larga parcela da população...
b) ...porque está aquém do manejo minimamente
RESPOSTA: “C”. competente da informação cultural ...
c) ...ainda que saiba ler e escrever ...
22-) (SABESP – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRA- d) ... que se esmeram em falar o “computacionês”
BALHO - FCC/2014) Reconstroem o pátio da escola - incompreensível.
entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo e) ... e permitem a qualquer semialfabetizado ...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
grifados acima foram corretamente substituídos por Esteja = presente do Subjuntivo
um pronome, na ordem dada, em: a) Mas raramente há = presente do Indicativo
(A) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo b) ... porque está = presente do Indicativo
(B) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe c) ... ainda que saiba = presente do Subjuntivo
(C) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo d) ... que se esmeram = presente do Indicativo
(D) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer- e) ... e permitem = presente do Indicativo
-no
(E) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe RESPOSTA: “C”.

O verbo “reconstruir” é transitivo direto. O objeto dire- 25-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU-
to será “no”, sobrando-nos as alternativas A e D. “ E n - NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à
tender” também requer objeto direto (em D, o “lhe” exer- concordância verbal e à colocação pronominal, de acor-
ce a função de indireto). Então, temos: reconstroem-no / do com a norma-padrão.
entendê-la / restabelecê-lo. (A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
cker expõem que se manifestam até hoje, na vida civil
RESPOSTA: “A”. dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
por estes no Vietnã.
23-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – (B) Se manifesta até hoje, na vida civil dos soldados
FCC/2010) ... o aparelho de tevê era um móvel exclusivo dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Viet-
da sala de estar ...
nã, segundo expõem Jason Lindo e Charles Stoecker em
A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos
sua dissertação.
tempo e modo que o grifado na frase acima é:
(C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
a) ... adultos que passaram a maior parte de sua in-
cker expõe que manifesta-se até hoje, na vida civil dos
fância e adolescência ...
soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por es-
b) ... com que aumentasse a exposição aos meios
tes no Vietnã.
eletrônicos.
(D) Se manifestam até hoje, na vida civil dos solda-
c) ... que não roubavam muito tempo dos estudos e
dos dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no
das brincadeiras com amigos.
Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoecker
d) ... a tevê ganhou tempo de programação, varie-
dade de canais e cores... em sua dissertação.
e) O leitor com 50 anos talvez resgate na memória (E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados
uma época... dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Viet-
Era = pretérito imperfeito do Indicativo nã, segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em
a) ... adultos que passaram = pretérito imperfeito (e sua dissertação.
mais-que-perfeito) do Indicativo
b) ... com que aumentasse = pretérito do Subjuntivo (A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoecker
c) ... que não roubavam pretérito imperfeito do Indi- expõem que se manifestam (manifesta) até hoje, na vida
cativo civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
d) ... a tevê ganhou = pretérito perfeito do Indicativo por estes no Vietnã.
e) O leitor com 50 anos talvez resgate = presente do (B) Se manifesta (manifesta-se) até hoje, na vida civil
Subjuntivo dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por
eles no Vietnã, segundo expõem Jason Lindo e Charles
RESPOSTA: “C”. Stoecker em sua dissertação.
(C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoecker
24-) (TRF/4ª REGIÃO – ENFERMAGEM – FCC/2010) expõe (expõem) que (se) manifesta-se (X) até hoje, na vida
Não é raro que a escola esteja completamente desvincu- civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada
lada das atividades culturais .... por estes no Vietnã.

35
LEGISLAÇÃO I

(D) Se manifestam (manifesta-se) até hoje, na vida civil (B) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por de ajuda, não se opõe de (a) interromper e controlar o
eles no Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoe- processo destrutivo, o que o (lhe) permitirá retomar o ritmo
cker em sua dissertação. de uma vida saudável.
(E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados (C) Quando o bebedor tem consciência (de) que preci-
dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Vietnã, sa de ajuda, não se opõe em (a) interromper e controlar o
segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em sua processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de
dissertação. uma vida saudável.
(D) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
RESPOSTA: “E”. de ajuda, não se opõe a interromper e controlar o processo
destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de uma vida
26-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU- saudável.
NESP/2013) Observe os enunciados: (E) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
• A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. de ajuda, não se opõe (a) contra interromper e controlar o
• A probabilidade de um veterano branco ser preso processo destrutivo, o que o (lhe) permitirá retomar o ritmo
por um crime violento é significativamente mais alta de uma vida saudável.
do que...
Os advérbios em destaque expressam, respectiva- RESPOSTA: “D”.
mente, circunstâncias de
(A) lugar e modo. 28-) (TRF/4ª REGIÃO – ENFERMAGEM – FCC/2010)
(B) tempo e intensidade. A concordância verbal e nominal está inteiramente cor-
(C) modo e intensidade. reta na frase:
(D) tempo e causa. a) Os dados obtidos nas pesquisas levam os espe-
(E) tempo e modo. cialistas à conclusão de que um pequeno grupo de uma
das tribos africanas teria saído em busca de melhores
“Hoje” = tempo; geralmente os advérbios terminados condições de vida em lugares mais distantes.
em “-mente” são de modo (= com significância). b) Pesquisas genéticas abre caminho para a desco-
berta do tratamento de certas doenças, pois sabem-se
RESPOSTA: “E”. que pessoas de grupos diferentes reagem de forma di-
ferenciada aos medicamentos.
27-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU- c) O mapeamento genético de povos africanos têm
NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à re- sido negligenciados porque, segundo pesquisadores, o
gência nominal e verbal. acesso aos locais onde vivem é difícil e ocorre limita-
(A) Quando o bebedor tem consciência que precisa ções em razão de hábitos e de crenças.
de ajuda, não se opõe interromper e controlar o pro- d) Será importante para o tratamento de doenças
cesso destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo genéticas de populações, até mesmo as que se localiza
de uma vida saudável. em regiões distantes e de difícil acesso, os resultados
(B) Quando o bebedor tem consciência de que pre- obtidos nas mais recentes pesquisas.
cisa de ajuda, não se opõe de interromper e controlar o e) A reconstituição feita a partir de fósseis faciais
processo destrutivo, o que o permitirá retomar o ritmo mostram como deveria ser o rosto dos homens primiti-
de uma vida saudável. vos, ou seja, daqueles que teria dado origem às atuais
(C) Quando o bebedor tem consciência que preci- populações dos países europeus.
sa de ajuda, não se opõe em interromper e controlar
o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o Fiz as correções entre parênteses e sublinhei os termos
ritmo de uma vida saudável. que se relacionam:
(D) Quando o bebedor tem consciência de que pre- a) Os dados obtidos nas pesquisas levam os especialis-
cisa de ajuda, não se opõe a interromper e controlar tas à conclusão de que um pequeno grupo de uma das tri-
o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o bos africanas teria saído em busca de melhores condições
ritmo de uma vida saudável. de vida em lugares mais distantes.
(E) Quando o bebedor tem consciência de que pre- b) Pesquisas genéticas abre (abrem) caminho para
cisa de ajuda, não se opõe contra interromper e contro- a descoberta do tratamento de certas doenças, pois (se)
lar o processo destrutivo, o que o permitirá retomar o sabem-se (sabe) que pessoas de grupos diferentes reagem
ritmo de uma vida saudável. de forma diferenciada aos medicamentos.
c) O mapeamento genético de povos africanos têm
(A) Quando o bebedor tem consciência (de) que pre- (tem) sido negligenciados (negligenciado) porque, segun-
cisa de ajuda, não se opõe (a) interromper e controlar o do pesquisadores, o acesso aos locais onde vivem é difícil
processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo e ocorre (ocorrem) limitações em razão de hábitos e de
de uma vida saudável. crenças.

36
LEGISLAÇÃO I

d) Será (SERÃO) importante (IMPORTANTES) para o (D) Por isso, caíram em desuso.
tratamento de doenças genéticas de populações, até mes- (E) ... que um idioma mais forte (...) sufoque um
mo as que se localiza (localizam) em regiões distantes e de mais fraco.
difícil acesso, OS RESULTADOS obtidos nas mais recentes
pesquisas. “Sejam” – presente do Subjuntivo.
e) A reconstituição feita a partir de fósseis faciais mos- (A) ... cada um dos homens começou = pretérito per-
tram (mostra) como deveria ser o rosto dos homens primi- feito do Indicativo
tivos, ou seja, daqueles que teria (teriam) dado origem às (B) Se na Bíblia a pluralidade linguística era = pretérito
atuais populações dos países europeus. imperfeito do Indicativo
(C) ... guardam a alma = presente do Indicativo
RESPOSTA: “A”. (D) Por isso, caíram em desuso. = pretérito mais-que-
-perfeito do Indicativo
29-) (TRF/4ª REGIÃO – ODONTOLOGIA – FCC/2010) (E) ... que um idioma mais forte (...) sufoque um mais
Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize fraco. = presente do Subjuntivo
quanto à concordância verbal em:
a) Deveram-se às manobras de desconversas, na de- RESPOSTA: “E”.
finição das tarefas dos países, o impasse final das nego-
ciações entabuladas em Copenhague. 31-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
b) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual
financiamento para os países pobres a quem coubesse das opções abaixo o acento indicativo de crase foi cor-
adotar políticas de mitigação das emissões. retamente indicado?
c) Se todos esperávamos um bom acordo na COP- A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e es-
15, frustrou-nos o que dela acabou resultando. cura.
d) Acabou culminando num final dramático, naque- B) Ninguém se referira à essa ideia antes.
le 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas C) Esta era à medida certa do quarto.
de acaloradas discussões. D) Ela fechou a porta e saiu às pressas.
e) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo.
bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países
insatisfeitos com as conversas finais. A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo
e substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do
Fiz as correções entre parênteses e sublinhei os termos dia)
que se relacionam: B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (an-
a) Deveram-se (deveu-se) às manobras de desconversas, tes de pronome demonstrativo)
na definição das tarefas dos países, o impasse final das ne- C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (arti-
gociações entabuladas em Copenhague. go e substantivo, no caso. Diferente da conjunção propor-
b) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um fi- cional: À medida que lia, mais aprendia)
nanciamento para os países pobres a quem coubesse ado- D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (ad-
tar políticas de mitigação das emissões. vérbio de modo = apressadamente)
c) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. =
frustrou-nos o que dela acabou resultando. palavra masculina
d) Acabou culminando num final dramático, naquele
18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas de RESPOSTA: “D”.
acaloradas discussões.
e) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 32-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE
bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) Quanto ao
insatisfeitos com as conversas finais. emprego da(s) vírgula(s), assinale a alternativa em que
a frase está escrita corretamente, de acordo com a nor-
RESPOSTA: “A”. ma-padrão da língua portuguesa.
(A) Câmeras e fotocopiadoras quando utilizadas,
30-) (METRÔ/SP – AGENTE DE ESTAÇÃO – FCC/2010 produzem radiação ultravioleta para gerar luz.
- ADAPTADA) ... estima-se que sejam 20 línguas. (B) Câmeras e fotocopiadoras, quando utilizadas,
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que produzem radiação ultravioleta para gerar luz.
o grifado acima está na frase: (C) Câmeras e fotocopiadoras, quando utilizadas
(A) ... cada um dos homens começou a falar uma produzem radiação ultravioleta para gerar, luz.
língua diferente... (D) Câmeras e fotocopiadoras quando utilizadas,
(B) Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma produzem radiação ultravioleta para gerar, luz.
condenação... (E) Câmeras e fotocopiadoras, quando utilizadas,
(C) ... guardam a alma de um povo, sua história, produzem, radiação ultravioleta para gerar luz.
seus costumes e conhecimentos...

37
LEGISLAÇÃO I

Como os itens possuem o mesmo texto, não identifi- 35-) (TRF/4ª REGIÃO – ODONTOLOGIA – FCC/2010)
quei as incorreções nos demais, já que a alternativa correta O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma
indica quais são as pontuações inadequadas. forma do plural para preencher de modo correto a la-
cuna da frase:
RESPOSTA: “B”. a) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da
tragédia que ...... (poder) provocar as dramatizações de
(PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU- sua transmissão radiofônica.
NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) Leia o poema para b) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ......
responder às questões de números 33 e 34. (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganha-
rá sua aplicação.
DA DISCRIÇÃO c) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma
Mário Quintana nova técnica depende, para realizar-se, do que se cha-
Não te abras com teu amigo ma “vontade política”.
Que ele um outro amigo tem. d) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a
E o amigo do teu amigo tecnologia mais ousada é capaz de satisfazer as aspira-
Possui amigos também... ções humanas.
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) e) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências
o bem que elas nos trazem, as saídas místicas surgem
33-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE como solução.
COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo
com o poema, é correto afirmar que a) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragé-
(A) não se deve ter amigos, pois criar laços de ami- dia que ... (poder) provocar as dramatizações = poderiam
zade é algo ruim. b) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ... (caber)
(B) amigo que não guarda segredos não merece = cabe (não cabe a elas...)
c) Muito do que se ...... (prever) nos usos = prevê
respeito.
d) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecno-
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros
logia = oferece
amigos.
e) Quando não se ...... (reconhecer) = reconhece
(D) revelar segredos para o amigo pode ser arris-
cado.
RESPOSTA: “A”.
(E) entre amigos, não devem existir segredos.
36-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU-
Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informa-
NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012 - ADAP-
ção contida na alternativa: revelar segredos para o amigo TADA) “É justo RECONHECER que medidas vêm sendo
pode ser arriscado. tomadas no sentido de reverter o quadro atual.”
A oração destacada exerce, em relação à primeira,
RESPOSTA: “D”. a função de:
A) sujeito.
34-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE B) objeto direto.
COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – C) objeto indireto.
Não te abras com teu amigo – o verbo em destaque foi D) aposto.
empregado em sentido figurado. E) predicativo.
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo
“abrir” continua sendo empregado em sentido figura- Se substituirmos a oração “reconhecer” pelo prono-
do. me “isso” teremos: É justo isso, ou, ISSO é justo. Temos um
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. exemplo de oração subordinada substantiva subjetiva - re-
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um duzida de infinitivo (função de sujeito da oração principal).
abridor.
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. RESPOSTA: “A”.
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
casa.
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.

Em todas as alternativas o verbo “abrir” está emprega-


do em seu sentido denotativo. No item C, conotativo (“abrir
a mente” = aberto a mudanças, novas ideias).

RESPOSTA: “C”.

38
ATUALIDADES

I: Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, edu-
cação, saúde, arte e cultura, tecnologia, energia, conjuntura geopolítica, desenvolvimento sustentável e ecologia, nos
contextos nacional e internacional, suas inter-relações e suas vinculações históricas................................................................. 01
ATUALIDADES

Além de Nuzman, foi preso na operação “Unfair Play”


I: TÓPICOS RELEVANTES E ATUAIS seu braço-direito Leonardo Gryner, diretor de marketing do
DE DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO COB e de comunicação e marketing do Comitê Rio-2016.
SEGURANÇA, TRANSPORTES, POLÍTICA, Segundo o MPF, as prisões foram necessárias como “garan-
ECONOMIA, SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, tia de ordem pública”, para permitir bloquear o patrimônio,
SAÚDE, ARTE E CULTURA, TECNOLOGIA, além de “impedir que ambos continuem atuando, seja cri-
minosamente, seja na interferência” das provas.
ENERGIA, CONJUNTURA GEOPOLÍTICA,
O MPF reforça ainda que, apesar dos indícios de cor-
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E rupção, não houve movimentação no sentido de afastar
ECOLOGIA, NOS CONTEXTOS NACIONAL E Nuzman e Gryner de suas funções junto ao COB. “Assim,
INTERNACIONAL, SUAS INTER-RELAÇÕES E ambos continuam gerindo os contratos firmados pelo COB,
SUAS VINCULAÇÕES HISTÓRICAS. mediante uso de dinheiro público além do pleno acesso a
documentos e informações necessárias à produção proba-
tória”.
POLÍTICA Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017
TENTATIVA DE OCULTAR DINHEIRO E 16 BARRAS
DE OURO LEVOU NUZMAN À PRISÃO, DIZ MPF. TUCANOS QUEREM TIRAR AÉCIO DA PRESIDÊNCIA
DE ACORDO COM INVESTIGAÇÃO, NOS ÚLTIMOS DO PARTIDO
10 DOS 22 ANOS DE PRESIDÊNCIA DO COB, NUZMAN Cresceu dentro do PSDB o movimento para forçar a
AMPLIOU SEU PATRIMÔNIO EM 457%, NÃO HAVENDO renúncia do senador Aécio Neves (MG) da presidência do
INDICAÇÃO CLARA DE SEUS RENDIMENTOS. partido. Ele está licenciado do cargo desde maio, quando
A prisão temporária cumprida nesta quinta-feira (5) entrou na mira da delação da JBS. Na ocasião, caciques tu-
contra Carlos Arthur Nuzman teve como um dos motivos canos esperavam a renúncia do político mineiro. Mas ele
a tentativa de o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro resistiu.
(COB) ocultar bens, segundo o Ministério Público Federal Agora, com o novo afastamento de Aécio do mandato
(MPF). Entre eles, valores em espécie e 16 quilos de ouro de senador pelo Supremo Tribunal Federal, o partido vol-
que estariam em um cofre na Suíça. tou a articular a saída definitiva dele do comando tucano. A
De acordo com os investigadores da força-tarefa da percepção é que a permanência dele no cargo tem trazido
Lava Jato no Rio, as apreensões na primeira etapa da Ope- grande desgaste à imagem da legenda. A pressão é para
ração “Unfair Play”, em 5 de setembro, levaram Nuzman a que ele deixe a presidência do PSDB ainda em outubro.
Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017
fazer uma retificação na declaração de imposto de renda.
Segundo o MPF, foi uma tentativa de regularizar os bens
DELATOR DIZ QUE CONHECEU SUPOSTO OPERA-
não declarados. Um dos objetos apreendidos foi uma cha-
DOR DE PROPINA DE EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS.
ve, que estava guardada junto a cartões de agentes de ser-
CHEFE DO SETOR DE PROPINAS DA ODEBRECHT
viços de locação na Suíça. Segundo o MPF, são indícios de
DISSE QUE SE ENCONTROU COM HOMEM QUE PEDIU
que Nuzman guardou lá o ouro.
DINHEIRO A ALDEMIR BENDINE.
De acordo com o texto do documento de pedido de
O ex-funcionário da Odebrecht, Fernando Migliaccio,
prisão, “ao fazer a retificação da declaração de imposto de afirmou ao juiz Sérgio Moro que se encontrou mais de uma
renda para incluir esses bens, em 20/09/2017, [Nuzman] cla- vez com um suposto intermediário de propinas, que seriam
ramente atuou para obstruir investigação da ocultação de pagas ao ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.
patrimônio” e “sequer apontou a origem desse patrimônio, Migliaccio atuava no Setor de Operações Estruturadas,
o que indica a ilicitude de sua origem”. Com as inclusões que era usado pela empreiteira para fazer pagamentos ilíci-
destes bens, os investigadores acreditam que os rendimen- tos a funcionários públicos e agentes políticos. Ele prestou
tos declarados são insuficientes para justificar a variação depoimento em um processo em que Bendine é acusado
patrimonial em 2014. A omissão, segundo o MPF, seria de de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht, para
no mínimo R$ 1,87 milhões. ajudar a empresa a fechar contratos com a Petrobras.
Ainda de acordo com o MPF, nos últimos 10 dos 22 Em depoimentos anteriores, ex-executivos da Ode-
anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimô- brecht confirmaram a história e apresentaram uma plani-
nio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendi- lha com o suposto pagamento. No arquivo, consta que o
mentos. Um relatório incluído no pedido de prisão diz ainda dinheiro foi entregue a alguém com o codinome “Cobra”.
que, em 2014, o patrimônio dobrou, com um acréscimo de Para o Ministério Público Federal (MPF), trata-se de Ben-
R$ 4.276.057,33. dine.
“Chama a atenção o fato de que desse valor, R$ No depoimento desta quarta-feira, Moro perguntou a
3.851.490,00 são decorrentes de ações de companhia se- Migliaccio se ele conhecia Bendine ou André Gustavo Viei-
diada nas Ilhas Virgens Britânicas, conhecido paraíso fiscal”, ra, o homem que é apontado como o operador da suposta
diz o texto. O advogado Nélio Machado, que representa propina.
Nuzman, questionou a prisão desta terça: “É uma medida Moro: O senhor conhece o senhor Aldemir Bendine ou
dura e não é usual dentro do devido processo legal”. o senhor André Gustavo Vieira?

1
ATUALIDADES

Migliaccio: O senhor Aldemir Bendine eu não conheço “Trata-se de um sistema [o atual] voltado para o en-
e o senhor André, eu não sei se é esse o nome, mas eu carceramento e para a contenção antecipada de pessoas,
imagino que sim sem julgamento definitivo. Como resultado, cria-se um am-
Moro: O senhor pode esclarecer? biente propício para as revoltas e as rebeliões”, justificou
Migliaccio: Ele foi à minha sala algumas vezes no escri- Anastasia.
tório pra saber dos pagamentos Mudanças
Moro: Desses pagamentos? Entre outros pontos, a proposta prevê que:
Migliaccio: É. O trabalho do condenado passa a ser visto como parte
Moro: O senhor mencionou que esse setor foi desman- integrante do programa de recuperação do preso, e não
telado, mas esses pagamentos que foram lhe mostrados como benesse, e passa a ser remunerado com base no sa-
[pagamentos ao codinome Cobra] pelo Ministério Público, lário mínimo cheio, não mais com base em 75% do salário
pela procuradora, esse pagamentos foram feitos pelo setor mínimo;
de operações estruturadas? estabelecimentos penais serão compostos de espaços
Migliaccio: Sim. Quer fizer, eu não tenho certeza se to- reservados para atividades laborais;
dos eles, mas se está no sistema, que eu não tenho mais gestores prisionais deverão implementar programas de
domínio, nunca mais vi, se está lá é porque foi feito. incentivo ao trabalho do preso, procurando parcerias junto
Outro lado às empresas e à Administração Pública
Em nota, a defesa de Aldemir Bendine afirmou que ele deverão ser ampliadas as possibilidades de conversão
não recebeu qualquer valor. Os advogados de André Gus-
da prisão em pena alternativa;
tavo Vieira não foram encontrados para comentar o teor
entre as formas de trabalho para presos, a preferência
do depoimento.
para o trabalho de produção de alimentos dentro do presí-
Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017
dio, como forma de melhorar a comida;
SENADO APROVA REFORMA DA LEI DE EXECUÇÃO deverão ser incluídos produtos de higiene entre os
PENAL; PROJETO VAI À CÂMARA itens de assistência material ao preso;
PROPOSTA FOI ELABORADA POR COMISSÃO DE deverá ser informatizado o acompanhamento da exe-
JURISTAS CRIADA PARA DEBATER O TEMA. ENTRE AS cução penal.
MUDANÇAS, ESTÁ O ESTABELECIMENTO DE LIMITE
MÁXIMO DE OITO PRESOS POR CELA. O texto também promove alterações na lei que institui
o sistema nacional de políticas públicas sobre drogas.
Senado aprovou nesta quarta-feira (4) um projeto que No ponto sobre consumo pessoal, a proposta estabe-
promove uma reforma da Lei de Execução Penal. lece que compete ao Conselho Nacional de Política sobre
Entre as mudanças previstas na proposta, está a defi- Drogas, em conjunto com o Conselho Nacional de Política
nição de limite máximo de oito presos por cela. A redação Criminal e Penitenciária, estabelecer os indicadores refe-
em vigor da lei, que é de 1984, prevê que o condenado renciais de natureza e quantidade da substância apreendi-
“será alojado em cela individual”, situação rara nos presí- da, compatíveis com o consumo pessoal.
dios brasileiros. Cumprimento de pena
Pela proposta, “em casos excepcionais”, serão admiti- A proposta também prevê a possibilidade do cumpri-
das celas individuais. mento de pena privativa de liberdade em estabelecimento
A medida também possibilita, como direito do preso, a administrado por organização da sociedade civil, observa-
progressão antecipada de regime no caso de presídio su- das as vedações estabelecidas na legislação, e cumpridos
perlotado (veja mais detalhes da proposta abaixo). os seguintes requisitos:
O projeto é derivado de uma comissão de juristas cria- Aprovar projeto de execução penal junto ao Tribunal
da pelo Senado para debater o tema. A proposta segue de Justiça da Unidade da Federação em que exercerá suas
agora para análise da Câmara dos Deputados. atividades;
A comissão trabalhou pautada em seis eixos: cadastrar-se junto ao Departamento Penitenciário Na-
Humanização da sanção penal; cional (Depen);
efetividade do cumprimento da sanção penal;
habilitar-se junto ao órgão do Poder Executivo com-
ressocialização do sentenciado;
petente da Unidade da Federação em que exercerá suas
desburocratização de procedimentos;
atividades;
informatização;
encaminhar, anualmente, ao Depen, relatório de reinci-
previsibilidade da execução penal.
Entre os objetivos do projeto, está a tentativa de de- dência e demais informações solicitadas;
sinchar o sistema penitenciário no país. Para o relator da submeter-se à prestação de contas junto ao Tribunal de
proposta, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),o atual Contas da Unidade da Federação em que desenvolva suas
sistema carcerário não está “estruturado para cumprir a sua atividades.
missão legal: ressocializar”. Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017

2
ATUALIDADES

CONGRESSO PROMULGA EMENDA QUE EXTINGUE Eleições de 2030 - Os partidos terão de obter, nas elei-
COLIGAÇÕES EM 2020 E CRIA CLÁUSULA DE BARREIRA ções para a Câmara, pelo menos 3% dos votos válidos, dis-
COM A PROMULGAÇÃO, CLÁUSULA DE DESEMPE- tribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da fede-
NHO ELEITORAL PARA ACESSO DE PARTIDOS A RECUR- ração, com ao menos 2% dos votos válidos em cada uma
SOS DO FUNDO PARTIDÁRIO E AO TEMPO GRATUITO delas; ou ter eleito pelo menos 15 deputados, distribuídos
DE RÁDIO E TV VALERÁ A PARTIR DAS ELEIÇÕES DE em pelo menos um terço das unidades da federação.
2018. Levantamento feito pelo G1 mostrou que, se as regras
previstas para 2018 estivessem em vigor nas eleições de
O Congresso Nacional promulgou, em sessão solene 2014, 14 partidos que hoje possuem acesso ao Fundo Par-
nesta quarta-feira (4), a Emenda Constitucional que cria tidário e ao tempo gratuito de rádio e TV perderiam esses
uma cláusula de desempenho, a partir de 2018, para as le- direitos.
gendas terem acesso ao Fundo Partidário e ao tempo gra- Entre os partidos que teriam sido afetados caso a regra
tuito de rádio e TV. estivesse valendo na eleição de 2014, seis têm atualmente
O texto também prevê o fim das coligações proporcio- representantes na Câmara: PEN, PHS, PRP, PSL, PT do B e
nais, a partir das eleições de 2020. Podemos (antigo PTN).
A alteração à Constituição foi aprovada nesta terça-fei- Outros oito, que não elegeram deputados em 2014,
ra (3) pelo Senado. As votações dos dois turnos da pro- também seriam atingidos: PCB, PCO, PMN, PPL, PRTB,
posta na Casa aconteceram em menos de 30 minutos. Na PSDC, PSTU e PTC.
semana passada, o texto havia sido aprovado pela Câmara. O levantamento não levou em consideração as legen-
A classe política tem pressa na aprovação de novas re- das criadas após 2014 e que têm bancadas na Câmara:
gras eleitorais. Isso porque, para valerem em 2018, as mo- Rede e PMB.
dificações precisam passar pelo Congresso até a próxima A proposta atual foi flexibilizada com relação à que foi
sexta-feira (6), um ano antes das próximas eleições. aprovada pelo Senado em 2016. Se prevalecesse a versão
Com a promulgação, a cláusula de desempenho eleito- original do texto, 19 partidos seriam barrados. Siglas tradi-
ral para acesso de partidos a recursos do Fundo Partidário cionais, como o PPS e o PC do B, seriam afetadas. Outras,
e ao tempo gratuito de rádio e TV valerá a partir das elei- de criação mais recente, também seriam prejudicadas. É o
ções de 2018. caso de PSOL, PROS e PV.
A emenda tem origem no Senado, onde foi aprovada A flexibilização da cláusula de barreira foi necessária
em 2016. No entanto, durante análise na Câmara, os de-
para que a proposta pudesse ser aprovada na Câmara.
putados promoveram mudanças e flexibilizaram o texto, o
Diante do prazo exíguo, os senadores aceitaram o texto
que levou o projeto para uma nova análise dos senadores.
modificado pelos deputados para garantir que a cláusula
Cláusula de desempenho
valha em 2018.
O texto estabelece a chamada cláusula de desempe-
Fim das coligações
nho nas urnas para a legenda ter acesso ao Fundo Partidá-
A emenda acaba com as coligações partidárias a partir
rio e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV.
de 2020. Para 2018, continuam valendo as regras atuais, em
Como transição, até 2030, a cláusula de barreira crescerá
que os partidos podem se juntar em alianças para disputar
gradualmente. Nas eleições posteriores a 2030, o desem-
a eleição e somar os tempos de rádio e televisão e podem
penho mínimo exigido seria o mesmo do pleito de 2030.
Saiba abaixo os critérios: ser desfeitas passado o pleito. As coligações também são
Eleições de 2018 - Os partidos terão de obter, nas elei- levadas em conta na hora da divisão das cadeiras. Hoje,
ções para deputado federal, pelo menos 1,5% dos votos deputados federais e estaduais e vereadores são eleitos no
válidos, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades modelo proporcional com lista aberta.
da federação, com ao menos 1% dos votos válidos em cada É feito um cálculo para a distribuição das vagas com
uma delas; ou ter eleito pelo menos 9 deputados, distribuí- base nos votos no candidato e no partido ou coligação. São
dos em, no mínimo, um terço das unidades da federação. eleitos os mais votados nas legendas ou nas coligações.
Eleições de 2022 - Os partidos terão de obter, nas elei- Federações partidárias
ções para a Câmara, pelo menos 2% dos votos válidos, dis- Além de abrandar a cláusula de barreira, os deputados
tribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da fede- excluíram do projeto a possibilidade de partidos com afi-
ração, com ao menos 1% dos votos válidos em cada uma nidade ideológica se unirem em federações. A medida era
delas; ou ter eleito pelo menos 11 deputados, distribuídos uma saída para substituir, em parte, as coligações.
em, no mínimo, um terço das unidades da federação. Na prática, o fim das federações deverá prejudicar par-
Eleições de 2026 - Os partidos terão de obter, nas tidos pequenos que contam com as alianças com outras
eleições para a Câmara, pelo menos 2,5% dos votos váli- legendas para somar o tempo de rádio e TV e para garantir
dos, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades cadeiras na Câmara e nas Assembleias.
da federação, com ao menos 1,5% dos votos válidos em A proposta era que os partidos com programas afins
cada uma delas; ou ter eleito pelo menos 13 deputados, pudessem se juntar em federações. As legendas teriam de
distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da fe- atuar juntas não apenas durante as eleições, mas como um
deração. bloco parlamentar durante toda a legislatura.

3
ATUALIDADES

A ideia era garantir maior coesão entre os partidos, já O fundo público para abastecer as campanhas é uma
que atualmente siglas com pouca afinidade formam coli- medida alternativa ao financiamento empresarial de cam-
gações e as desfazem após as eleições. Desse modo, se panha, proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em
juntos atingissem as exigências da cláusula de desempe- 2015.
nho, não perderiam o acesso ao Fundo Partidário e ao tem- No começo da discussão, o Congresso chegou a cogi-
po de rádio e TV. tar um fundo que chegaria a R$ 3,6 bilhões. A articulação
Janela partidária foi encabeçada pelo líder do governo no Senador, Romero
Durante análise na Câmara, os deputados também re- Jucá (PMDB-RR), com apoio de partidos da oposição, como
tiraram do texto um trecho que acabava com a janela parti- o PT, PDT e PCdoB.
dária seis meses antes da eleição. Com isso, ficam mantidas . A sessão que aprovou a proposta foi tumultuada. O
as regras atuais em que os detentores de mandato eletivo principal protesto dos deputados foi pelo fato de a votação
podem mudar de partido no mês de março do ano eleitoral do texto-base do projeto ter sido simbólica. Um dos que
sem serem punidos com perda do mandato. protagonizaram a confusão foi o deputado Júlio Delgado
Fonte: G1.com/ Acessado em 10/2017 (PSB-MG). Ele foi à tribuna e classificou como “vergonha”
a votação ter sido nominal. Para ele, os deputados que
GEDDEL, SAUD E FUNARO PROMOVEM BARRACO apoiam o fundo não quiseram deixar a “digital” na aprova-
COM AMEAÇAS DE MORTE NA PAPUDA ção da medida.
A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, do opera- Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017
dor Lúcio Funaro e de Ricardo Saud, executivo da JBS, tem
provocado uma sessão de gritaria no presídio da Papuda, PF AUTUA BATTISTI EM FLAGRANTE POR EVASÃO
em Brasília, onde estão recolhidos. Segundo relatos, Funaro DE DIVISAS E LAVAGEM DE DINHEIRO
aguarda o fim do banho de sol e antes de voltar para a cela A Polícia Federal indiciou o ativista italiano Cesare Bat-
manda aos gritos recado para Saud, preso do outro lado: tisti por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Battisti
“Saud, vou te matar”, aterroriza o delator que o entregou. foi preso em flagrante nesta quarta-feira, 4, quando estava
tentando atravessar a fronteira para a Bolívia com US$ 6
Do seu lado “do muro”, Geddel faz coro: “Saud, também
mil – quantia superior a R$ 10 mil em dinheiro.
vou te matar”. Saud devolve as provocações, mas só para
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália sob
Geddel. “Cala boca, seu gordo!”
acusação de quatro assassinatos. No último dia de seu se-
No seu quadrado. Os três estão separados e não se en-
gundo mandato, em 2012, o então presidente Lula assinou
contram no banho de sol, justamente para evitar que cum-
decreto no qual negou ao governo italiano o pedido de
pram a promessa. Há, inclusive, revezamento entre os ad-
extradição do ativista.
vogados para que eles não se esbarrem nem no parlatório.
O italiano não teria declarado o dinheiro. Os federais
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017
querem saber o que o ativista pretendia fazer com a quan-
tia no país vizinho.
CÂMARA GARANTE FUNDO BILIONÁRIO PARA Após ser detido, segundo a PF, ‘agentes da Delegacia
ABASTECER CAMPANHAS EM 2018 de Corumbá averiguaram a situação em que Battisti se en-
Em uma sessão tumultuada, a Câmara aprovou na noi- contrava na região de fronteira’.
te desta quarta-feira, 4, o projeto que cria um fundo pú- Em 27 de setembro, os advogados de Battisti entraram
blico bilionário para financiar as campanhas do ano que com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF)
vem. Assim que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia para barrar a possibilidade de extradição, deportação ou
(DEM-RJ), proclamou o resultado, deputados protestaram expulsão pelo presidente da República. O relator é o minis-
contra a votação e quase partiram para a agressão física. tro Luiz Fux. Battisti teve sua extradição pedida pela Itália.
O texto segue agora para a sanção presidencial. Para Em 2011, o Supremo arquivou uma Reclamação ajuiza-
que os partidos possam ter acesso ao dinheiro para realizar da pelo governo da Itália contra o ato de Lula, e determi-
o processo eleitoral em 2018, as novas regras têm de ser nou a soltura do italiano.
sancionadas pelo presidente Michel Temer até 7 de outu- A defesa de Battisti sustenta que, desde então, têm ha-
bro. vido ‘várias tentativas ilegais’ de remetê-lo para o exterior
Apesar de os parlamentares afirmarem que o fundo por meio de outros mecanismos, como a expulsão e a de-
será de R$ 1,7 bilhão, o texto não estabelece um teto para portação.
o valor, e sim um piso, ao dizer que o fundo será “ao menos Desde 2016, com as mudanças ocorridas no Poder Exe-
equivalente” às duas fontes estabelecidas pelo projeto. cutivo, os advogados afirmam que há notícias de que o
A proposta estabelece que pelo menos 30% do va- governo italiano pretende intensificar as pressões sobre o
lor das emendas de bancadas sejam direcionadas para as governo brasileiro para obter a extradição.
campanhas eleitorais. A segunda fonte de recursos virá da O alegado risco levou à impetração do HC 136898,
transferência dos valores de compensação fiscal cedidos às que teve seguimento negado. Naquele habeas corpus, o
emissoras de rádio e televisão que transmitem propagan- ministro Luiz Fux entendeu que não havia ato concreto de
das eleitorais, que serão extintas. O horário eleitoral duran- ameaça ou restrição ilegal do direito de locomoção que
te o período de campanha, no entanto, foi mantido. justificasse a concessão da ordem.

4
ATUALIDADES

No novo HC, a defesa argumenta que, segundo notí- diplomados, bem como para as que se realizarem nos oito
cias veiculadas recentemente, há um procedimento sigiloso anos seguintes. A legislação anterior previa um prazo de
em curso visando à revisão do ato presidencial que negou apenas três anos. Em 2011, o STF decidiu que a Lei da Ficha
a extradição em 2010. Limpa valeria apenas a partir das eleições de 2012.
Os advogados também informam que Battisti tem soli- “Jamais vi uma situação idêntica em que se coloca em
citado certidões e informações ao Ministério Público Fede- segundo plano, de forma clara, ostensiva, a segurança ju-
ral, Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores rídica. A sociedade não pode viver em sobressaltos, muito
e Casa Civil a fim de obter cópias de procedimentos sobre menos sobressaltos provocados pelo Supremo. Retroação
ele, mas até o momento nenhuma informação foi prestada. da lei, pra mim, é o fim em termos de Estado Democrático
Outro argumento é a existência de ação civil pública pela de Direito”, disse o ministro Marco Aurélio Mello, que votou
qual o Ministério Público pretende a declaração da nulida- nesta quarta-feira contra a retroatividade da lei.
de do ato que concedeu visto de permanência a Battisti, e, “A questão é muito séria, porque inaugura mediante
consequentemente, sua deportação. a voz do Supremo o vale tudo, que não se coaduna com
O juízo da 20ª Vara Federal do Distrito Federal julgou o Estado Democrático de Direito”, concluiu Marco Aurélio.
A aplicação do prazo de oito anos de inelegibilida-
procedente a ação e determinou a imediata prisão admi-
de para políticos condenados antes da publicação da Lei
nistrativa do italiano, mas a ordem foi suspensa liminar-
da Ficha Limpa também foi criticada pelo ministro Gilmar
mente pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Mendes.
Finalmente, alegam que Battisti casou-se com uma brasilei-
“Quando o legislador concebe mudanças – e são ne-
ra e tem um filho que depende econômica e afetivamente cessárias mudanças – é óbvio que faz pra frente. ‘Ah, mas
dele, o que impede a sua expulsão. nós queremos atingir fatos passados’. Então rasgue a Cons-
Apontando risco iminente e irreversível, a defesa pede tituição, porque isso não passa no teste inclusive do ato
a concessão de liminar para obstar eventual extradição, de- jurídico perfeito, da coisa julgada. ‘Ah, mas queremos apli-
portação ou expulsão a ser levada a efeito pelo presidente car o princípio da moralidade’. Isso é direito nazifascista,
da República. No mérito, pede-se a confirmação da liminar não tem nada a ver conosco, com o nosso sistema”, disse
ou a conversão do HC em reclamação a fim de preservar a Gilmar.
autoridade de decisão do STF que reconheceu que a nega- O plenário do STF se dividiu na questão. Além de Cár-
tiva de extradição é insindicável pelo Poder Judiciário (RCL men, votaram pela retroatividade do prazo de inelegibili-
11423), determinando-se assim o trancamento da ação civil dade os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Edson Fachin, Dias
pública. Toffoli e Luís Roberto Barroso. Em sentido contrário se po-
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017 sicionaram Gilmar, Marco Aurélio, Lewandowski, Alexandre
de Moraes e o decano da Corte, Celso de Mello.
FICHA LIMPA ATINGE CONDENADOS ANTES DE A discussão girou em torno do caso do ex-vereador
2010, DECIDE STF Dilermando Fereira Soares contra decisão do Tribunal Su-
POR 6 A 5, MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FE- perior Eleitoral (TSE) que rejeitou o registro de sua candi-
DERAL NEGARAM RECURSO DO VEREADOR DE NOVA datura à reeleição no município de Nova Soure, na Bahia,
SOURE, NA BAHIA, QUE FOI BARRADO DAS ELEIÇÕES nas eleições de 2012. Como o caso tem repercussão geral,
DE 2012 POR UMA CONDENAÇÃO EM 2004, ANTES DA a tese a ser firmada nesta quinta-feira valerá para diversas
APROVAÇÃO DA LEI instâncias em todo o País.
Por 6 a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu Dilermando foi alvo de condenação judicial que tran-
nesta quarta-feira (4) que o prazo de oito anos de inelegi- sitou em julgado em 2004. Depois de cumprir o prazo de
bilidade fixado pela Lei da Ficha Limpa pode ser aplicado três anos de inelegibilidade baseado na legislação anterior,
inclusive para candidatos que tenham sido condenados conseguiu se eleger vereador em 2008. Em 2012, tentou a
reeleição, mas teve o registro de candidatura impugnado
antes da publicação da lei, em 2010. Com o plenário divi-
com base no novo prazo de oito anos de impedimento fi-
dido, coube à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia,
xado pela Lei da Ficha Limpa, que já estava em vigor.
desempatar o placar e definir o resultado.
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017
Os ministros ainda definirão nesta quinta-feira (5) se
vão modular a decisão da Corte, o que poderia limitar o FUX NEGA LIMINAR E MANTÉM PROCESSO CON-
alcance do entendimento firmado no julgamento. O relator TRA SIMÃO JATENE POR CORRUPÇÃO
do caso, ministro Ricardo Lewandowski, alertou ao final da GOVERNADOR DO PARÁ, DENUNCIADO PELO MI-
sessão para o risco de prefeitos, vereadores e deputados NISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, TENTAVA POR MEIO DE
atualmente no exercício do mandato serem cassados. HABEAS CORPUS SUSPENDER AÇÃO EM QUE É ACUSA-
“Essa matéria foi exaustivamente analisada pelo Tribu- DO DE RECEBIMENTO DE ‘VANTAGENS INDEVIDAS’ DA
nal Superior Eleitoral, prevalecendo esse entendimento (de CERVEJARIA CERPA SOB ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO
retroatividade) de maneira correta”, disse Cármen Lúcia. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ne-
A Lei da Ficha Limpa prevê que são inelegíveis os can- gou liminar no Habeas Corpus (HC) 148138 por meio da
didatos condenados por abuso de poder econômico ou qual a defesa do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB),
político para a eleição na qual concorrem ou tenham sido pedia para suspender processo no Superior Tribunal de

5
ATUALIDADES

Justiça (STJ) em que foi denunciado pela suposta prática de ALTA NAS VENDAS DE CARROS NOVOS NÃO IMPE-
corrupção passiva, pelo suposto recebimento de vantagens DE AUMENTO DE NEGOCIAÇÃO DE USADOS
indevidas da cervejaria Cerpa. PUXADAS PELOS SEMINOVOS, VENDAS DE VEÍ-
O relator não verificou um dos requisitos para a con- CULOS DE ‘SEGUNDA MÃO’ SOBEM 8,4% DE JANEIRO
cessão da medida cautelar – a plausibilidade jurídico do A SETEMBRO, NA COMPARAÇÃO COM 2016. AS DOS
pedido (fumus boni iuris). ZERO QUILÔMETRO ACUMULAM AUMENTO DE 8%.
As informações foram divulgadas no site do Supremo. O reaquecimento das vendas de carros zero no Brasil
Para a defesa de Jatene, o suposto crime apontado não impede que a procura pelos usados continue aumen-
pelo Ministério Público Federal ocorreu em setembro de tando.
2002, portanto, aplicando o prazo prescricional do artigo As negociações desses veículos cresceram 4,7% em se-
109, inciso III, do Código Penal (CP), a extinção da punibili- tembro, na comparação com 1 ano atrás, de acordo com
dade teria ocorrido em setembro de 2014. dados da federação dos distribuidores, a Fenabrave.
O relator do caso no STJ reconheceu monocraticamen- A entidade considera os registros de transferência de
te a prescrição da pretensão punitiva. documentos do Departamento Nacional de Trânsito (De-
Em exame de agravo regimental, no entanto, a Corte natran).
entendeu que o suposto crime teve continuação em 2003, De janeiro a setembro, foram negociados 7,9 milhões
quando Jatene, ao assumir o governo, teria repactuado a de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) usa-
proposta original para que o pagamento das vantagens in- dos, um volume 8,5% mais alto que o registrado no mesmo
devidas fosse feito em parcelas. período do ano passado.
Com isso, o STJ, levando em conta outros aspectos para Já as vendas de carros novos cresceram 7,9% sobre os
a definição da prescrição – como a incidência de causa de 9 primeiros meses de 2016, com 1,5 milhão de unidades.
aumento da pena referente a ocupação de função pública Base fraca
-, afastou a prescrição e manteve a tramitação do processo O aumento na venda dos zero quilômetro, no entan-
para posterior análise do recebimento da denúncia. to, é em relação a uma base mais fraca que a dos carros
O ministro Luiz Fux apontou que ‘a matéria de fundo usados, que, no ano passado, terminaram com estabilidade
do habeas exige uma análise mais detida, pois a pretensão sobre 2015, enquanto as vendas de carros novos caíram
da defesa impõe a avaliação aprofundada entre os fatos ainda mais.
citados na denúncia e o que foi decidido pelo STJ’. Segundo a Fenabrave, a cada 4 automóveis zero qui-
O ministro lembrou ainda que ‘a concessão de medida lômetro emplacados em setembro último, 6 usados foram
cautelar pressupõe o atendimento concomitante dos re- negociados. A entidade diz que uma média normal é de 1
quisitos do fumus boni iuris e do perigo da demora, não para 3.
tendo sido demostrado, de plano, o preenchimento do pri- Seminovos lideram
meiro requisito’. Quando analisada a venda por “idade” dos veículos
Fonte: O estadão. Acessado em 10/2017 usados, os seminovos, como são chamados os que têm até
3 anos rodados, foram os únicos a registrar alta no mês
ECONOMIA passado, segundo a Fenauto, federação que também con-
LATAM VENDE SUBSIDIÁRIA DE SERVIÇOS NO CHI- tabiliza dados do segmento.
LE POR US$ 38,4 MILHÕES Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
OPERAÇÃO VAI RENDER À EMPRESA UM LUCRO DE
US$ 20 MILHÕES NO BALANÇO DO QUARTO TRIMES- GOVERNO DIZ QUE ABASTECIMENTO DE ELETRICI-
TRE DESTE ANO, INFORMOU A COMPANHIA. DADE ESTÁ ASSEGURADO APESAR DE SECA
O grupo aéreo Latam anunciou nesta quinta-feira (5) NO FIM DO PERÍODO SECO, HIDRELÉTRICA DE SO-
que assinou acordo de venda de 100% do capital da em- BRADINHO, NO RIO SÃO FRANCISCO, TERÁ ARMAZE-
presa de serviços aeroportuários Andes Aiport Services SA, NAMENTO ZERO, APONTAM ESTIMATIVAS DO COMITÊ
que era controlado pela holding, para a Acciona Airport DE MONITORAMENTO DO SETOR ELÉTRICO (CMSE)
Services SA por 24,3 bilhões de pesos chilenos (US$ 38,4 Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
milhões). afirmou nesta quarta-feira (4) que as condições de abas-
A operação vai render à Latam um lucro de US$ 20 mi- tecimento de energia elétrica no país estão asseguradas,
lhões no balanço do quarto trimestre deste ano, informou apesar das previsões de chuvas abaixo da média em gran-
a companhia em comunicado. de parte das regiões de hidrelétricas do Brasil e dos níveis
De acordo com o texto, a Andes Aiport Services SA rea- críticos dos reservatórios do Nordeste.
liza serviços aeroportuários, como manuseio de bagagens, Segundo nota do órgão formado por autoridades
abastecimento de combustível, limpeza e suprimento de da área de energia do governo após reunião nesta quar-
alimentos e bebidas nas aeronaves. ta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
Juntamente com a venda, foi assinado acordo por meio apresentou simulações atualizadas de expectativa de ar-
do qual a Andes Aiport Services vai continuar atendendo a mazenamento nas hidrelétricas Três Marias e Sobradinho
Latam em Santiago por pelo menos cinco anos. ao longo do período seco, utilizando os piores cenários de
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 afluências verificados no histórico, “que têm se aproximado
da realidade vivenciada atualmente”.

6
ATUALIDADES

E os resultados apontam para o atingimento dos níveis O superintendente da área financeira do BNDES, Selmo
de armazenamento, ao final do período seco, em novem- Aronovich, afirmou que espera que no último trimestre de
bro de 2017, de 4,2% na hidrelétrica de Três Marias e de 2017 os desembolsos operem em no mínimo R$ 10 bilhões
zero para Sobradinho, no rio São Francisco. ao mês. “A média do último trimestre será de pelo menos
Ainda assim, com a região Nordeste sendo suprida por 10 bilhões de reais...Concessões, retomada da economia e
outras fontes de energia, como eólica e térmica, o CMSE juros baixos justificam esse otimismo”, disse o superinten-
avalia que é zero o risco de qualquer déficit de energia em dente à Reuters.
2017 para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordes- Segundo Freitas, as consultas de interessados em em-
te. préstimos do BNDES “estão melhorando razoavelmente
Com base nos resultados apresentados pelo ONS para bem, por isso a expectativa de desembolso para o ano que
diferentes cenários de período úmido, o CMSE reiterou a vem é de entre 110 bilhões e 120 bilhões de reais”, afirmou
importância de que sejam adotadas medidas necessárias ele citando as Finame e para capital de giro. A expectativa
para preservação dos estoques dos reservatórios das usi- é baseada em um crescimento do PIB de 3% a 4% em 2018.
nas hidrelétricas do Rio São Francisco, a fim de proporcio- O diretor da área financeira comentou que o ban-
nar segurança hídrica para a bacia no próximo ano. co deve captar entre 2 bilhões e 3 bilhões de dólares nos
Para o final de novembro de 2017, quando tipicamen- mercados externos em 2018, como forma de fazer frente a
obrigações de desembolsos e atender em parte à chamada
te se inicia o replecionamento dos reservatórios devido ao
do governo federal para devolver recursos ao Tesouro.
aumento das afluências, a expectativa é que os armazena-
“Hoje é possível captar 2 bilhões a 3 bilhões (de dóla-
mentos equivalentes dos subsistemas Sul, Nordeste e Nor-
res) no exterior...Obviamente, o banco vai se voltar a cap-
te atinjam valores inferiores aos verificados em 2014, ano
tações externas, que é mais barato, porém não tão barato
mais crítico do histórico recente. quando o dinheiro que veio do Tesouro Nacional”, disse
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve alcançar ar- Freitas.
mazenamento próximo ao verificado em 2014, segundo o Ele estimou que em nome da prudência bancária o BN-
CMSE. DES precisa ter em caixa, livre e disponível em 2018, 8 por
Dessa forma, “o CMSE reiterou a importância de viabi- cento do total das operações ativas, o equivalente a um
lização de recursos adicionais de usinas termelétricas que “caixa prudencial entre 60 e 70 bilhões” de reais. O banco
se encontram no momento operacionalmente disponíveis, tinha em caixa até final de agosto cerca de R$ 170 bilhões,
porém sem combustível”. sendo que boa parte dos recursos já estava comprometida
“Assim, o Comitê encaminhará correspondência à Pe- em financiamentos.
trobras solicitando gestão da empresa no sentido de viabi- Mais cedo, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de
lizar o fornecimento de combustível a essas usinas”, disse Castro, afirmou durante evento em São Paulo que a devo-
a nota, sem identificar motivos para a falta de combustível. lução em 2018 de 130 bilhões de reais cobrada do banco
No caso de uma operação térmica da Eletrobras no pelo governo “é materialmente improvável”.
Norte do país, a Petrobras tem sido forçada por decisão Questionado a respeito das demandas do governo,
judicial a fornecer o combustível, uma vez que a estatal do Freitas lembrou que como o Brasil mergulhou em crise em
setor elétrico tem uma dívida bilionária com a petroleira, 2015 e 2016, a demanda por recursos do banco foi fraca e
que tem se negado a vender o produto. por isso os valores que o BNDES tem a receber nos próxi-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 mos meses também será fraca. “Vai haver uma defasagem
de uma volta fraca e demanda forte. Temos que atentar a
BNDES ESPERA DESEMBOLSOS DE R$ 110 BILHÕES isso e o banco tem que ter caixa mínimo”, disse o diretor.
A R$ 120 BILHÕES EM 2018 Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
VALOR REPRESENTA UM CRESCIMENTO DE ATÉ
50% EM RELAÇÃO AOS R$ 80 BILHÕES PREVISTOS FUNDO DE PENSÃO DA CAIXA DECIDE VENDER FA-
PARA ESTE ANO. TIA NA ELDORADO
J&F FECHOU EM SETEMBRO ACORDO DE VENDA
Os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvi-
DO CONTROLE DA ELDORADO PARA O GRUPO HOLAN-
mento Econômico e Social (BNDES) devem oscilar entre R$
DÊS PAPER EXCELLENCE POR CERCA DE R$ 15 BILHÕES.
110 bilhões e R$ 120 bilhões em 2018, um crescimento de
A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Cai-
até 50% em relação aos R$ 80 bilhões previstos para este
xa Econômica Federal, anunciou nesta quarta-feira (4) que
ano, disse nesta quarta-feira (4) o diretor da área financeira decidiu exercer o direito de vender a participação de 8,53%
da instituição, Carlos Thadeu de Freitas. na Eldorado Brasil Celulose. Segundo a agência Reuters, o
“Hoje, o que puxa a economia ainda é o consumo, ape- valor da operação é avaliado em cerca de R$ 650 milhões.
sar de restrições, mas no ano que vem será o investimento O fundo de pensão innveste na Eldorado por meio de
que está num patamar pífio”, disse Freitas em entrevista à cotas do fundo de investimento FIP Florestal.
Reuters. “A Fundação agora iniciará as negociações do contrato
Neste ano até agosto, os desembolsos do BNDES so- de compra e venda de cotas com a Paper Excellence, em-
mam cerca de R$ 45 bilhões, com isso, a expectativa do presa com sede na Holanda que fez uma oferta para adqui-
banco é de uma aceleração nos últimos meses do ano. rir a fabricante de celulose”, informou a Funcef.

7
ATUALIDADES

No dia 2 de setembro, o grupo J&F, holding que con- O acordo prevê que a Petrobras deverá gastar R$ 12,8
trola a JBS, anunciou que fechou acordo de venda do con- bilhões ao longo de 18 anos para equacionar o déficit do
trole da Eldorado para o grupo holandês Paper Excellence Petros. Apenas no primeiro ano, o desembolso previsto
por cerca de R$ 15 bilhões. para a empresa será de R$ 1,4 bilhão. Já a BR Distribuidora
A Funcef, assim como a Petros, fundo de pensão dos entrará com R$ 900 milhões.
empregados da Petrobras, tinham o direito de exercer sua Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
opção de venda na companhia em até 30 dias.
Atualmente, a J&F detém 80,98% do capital da Eldo- UBER LIMITA PODER DO EX-PRESIDENTE E ABRE
rado. A fatia restante pertence a Petros (8,53%), Funcef ESPAÇO PARA INVESTIMENTO DE GRUPO JAPONÊS
(8,53%) e FIP Olimpia (1,96%). AS ALTERAÇÕES NA POLÍTICA DE GESTÃO APRO-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 VADAS PELA DIRETORIA, QUE DEPENDEM DO INVES-
TIMENTO DO SOFTBANK, INCLUEM A ELIMINAÇÃO DO
DÉFICIT ACUMULADO DE FUNDOS DE PREVI- ‘SUPER-VOTO’ DE ALGUMAS AÇÕES, COMO AS CON-
DÊNCIA COMPLEMENTAR SOBE PARA R$ 77,6 BI, DIZ TROLADAS POR KALANICK.
ABRAPP O conselho de administração do Uber aprovou em re-
PARA O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA união nesta terça-feira (3) um plano que reduz a influência
DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COM- do ex-presidente executivo da empresa Travis Kalanick e
PLEMENTAR, SITUAÇÃO DO POSTALIS É EXCEÇÃO E abre a porta para um investimento colossal do grupo de
SISTEMA ESTÁ BEM CAPITALIZADO. telecomunicações japonês SoftBank.
O déficit acumulado dos fundos fechados de previdên- A proposta adotada pela diretoria do Uber também
cia complementar subiu para R$ 77,6 bilhões em junho, promete acabar com os confrontos entre partidários de
ante R$ 71,7 bilhões no fim de 2016, informou nesta quar- Kalanick e investidores que suspeitam que o fundador da
ta-feira (4) a Associação Brasileira das Entidades Fechadas empresa pretende voltar à direção.
de Previdência Complementar (Abrapp). “Hoje, após dar as boas-vindas aos novos diretores Ur-
O déficit é a diferença entre o patrimônio de um pla- sula Burns e John Thain, a diretoria aprovou, por unanimi-
no e seus compromissos com pagamentos atuais e futuros. dade, avançar com o investimento do SoftBank e modificar
a política de administração empresarial para fortalecer sua
Segundo o balanço da Abrapp, dos 681 fundos de pensão
independência e garantir a igualdade entre todos os acio-
no país, 220 apresentam déficit, ao passo que 461 regis-
nistas”, informou o Uber em e-mail.
tram superávit.
“O interesse do SoftBank é um incrível voto de confian-
O rombo cresce há 7 anos e atinge, sobretudo, fundos
ça no negócio do Uber e em seu potencial a longo prazo,
de pensão de estatais. Do déficit total, 88% do valor está
e esperamos concluir este investimento nas próximas se-
concentrado em apenas 10 planos, segundo a associação.
manas”.
O total de participantes ativos nos fundos supera 2,5 A previsão é de que o Softbank injete entre US$ 1 bi-
milhões e os assistidos chegam a mais de 735 mil, segundo lhão e US$ 1,25 bilhão na empresa com sede em San Fran-
a associação. cisco, cujo valor atual é de US$ 69 bilhões, segundo uma
A Abrapp informou também que os ativos totais do fonte ligada ao assunto.
sistema somavam R$ 808 bilhões em junho. A rentabilidade Como medida de investimento secundário, o grupo ja-
média do setor no primeiro semestre foi de 4,24%, pouco ponês lançaria uma oferta pública para comprar entre 14%
abaixo da meta atuarial de 4,44%. e 17% das ações em circulação de grandes investidores,
A Superintendência Nacional de Previdência Comple- segundo a fonte.
mentar (Previc), vinculada ao Ministério da Fazenda, decre- As alterações na política de gestão aprovadas pela
tou nesta quarta-feira intervenção no fundo de pensão dos diretoria, que dependem do investimento do SoftBank,
funcionários dos Correios, o Postalis, por um prazo de 180 incluem a eliminação do “super-voto” de algumas ações,
dias. como as controladas por Kalanick, visando limitar a in-
A Abrapp considera que a intervenção no Postalis é fluência dos fundadores do Uber.
uma exceção dentro do sistema. Também há a exigência de mais de dois terços dos vo-
“O sistema está conseguindo pagar seus benefícios tos da diretoria para a aprovação de um novo diretor-exe-
normalmente”, disse o presidente da Abrapp, Luis Ricardo cutivo.
Martins, a jornalistas na abertura do congresso anual da Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
Abrapp. “Temos um sistema sólido, que paga sem atrasos
os direitos dos participantes”. LUCRO DA MONSANTO CRESCE 70% NO ANO FIS-
Para o presidente da Abrapp, o mais importante nesse CAL DE 2017, PARA US$ 2,26 BILHÕES
momento é garantir aos participantes do Postalis todos os COMPANHIA ATRIBUIU MAIORES VENDAS A À
benefícios a que eles têm direito. ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA A SOJA NA
Outro fundo de pensão com alto déficit é o dos funcio- AMÉRICA E AOS PREÇOS GLOBAIS DO MILHO.
nários da Petrobras, o Petros. Em setembro, foi anunciado A norte-americana Monsanto reportou lucro líquido de
que os funcionários da Petrobras terão de pagar parcelas US$ 2,26 bilhões no ano fiscal de 2017, encerrado em 31 de
extras de R$ 236 a R$ 3,6 mil mensais como parte do plano agosto, resultado cerca de 70% maior em comparação com
para equacionar um rombo de mais de R$ 27 bilhões. US$ 1,33 bilhão registrados em 2016.

8
ATUALIDADES

No resultado trimestral, a companhia reverteu o pre- Em setembro de 2017, houve predominância de queda
juízo líquido de US$ 191 milhões do quarto trimestre fiscal nos preços do açúcar, da farinha, óleo de soja e tomate.
do ano passado, em lucro de US$ 20 milhões no mesmo Por outro lado, houve aumento da banana, pão e mantei-
período de 2017. Os dados foram divulgados na manhã ga o que influenciou na diminuição do custo da Cesta em
desta quarta-feira (4) em balanço financeiro da empresa. Manaus.
O lucro por ação ficou em US$ 5,09 no ano fiscal de O açúcar (-9,60%) foi o produto que apresentou maior
2017, superior aos US$ 2,99 obtidos um ano antes. queda no mês seguido da farinha (-6,74%), do óleo de soja
De acordo com a Monsanto, este desempenho “deverá (-5,28%), do tomate (-4,00%), do feijão (-3,84%), do leite
crescer no primeiro trimestre do ano fiscal de 2018”. Para (-2,33%) e do arroz (-0,61%). A banana (3,40%) foi o pro-
o quarto trimestre, a empresa registrou lucro por ação de duto que apresentou maior alta no mês seguido do pão
(1,67%), da manteiga (1,09%), da carne (1,08%) e do café
US$ 0,05, em comparação com uma perda por ação de US$
(0,48%).
0,44 em 2016.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
A receita do quarto trimestre subiu 4,8%, para US$ 2,69
bilhões, ante US$ 2,56 bilhões em igual intervalo de um QUANTIDADE DE PEDIDOS DE RECUPERAÇÃO JU-
antes, enquanto o consenso dos analistas consultados pela DICIAL CAI 58,6% EM SETEMBRO, DIZ SERASA.
FactSet apontava para uma queda a US$ 2,50 bilhões. COMPARAÇÃO É COM O MESMO MÊS DE 2016; NÚ-
A companhia atribuiu os resultados de vendas à ado- MERO DE FALÊNCIAS TAMBÉM CAIU.
ção de novas tecnologias para a soja na América e os pre- O número de empresas que pediram recuperação ju-
ços globais do milho. dicial caiu 58,6% em setembro ante o mesmo mês do ano
O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ficou em US$ passado. Foram 101 requerimentos. Na comparação com
3,26 bilhões no acumulado de 2017, em comparação com agosto, a queda foi de 41,3%.
US$ 2,41 bilhões registrados no ano fiscal anterior. Na aná- Os dados são da Serasa Experian e foram divulgados
lise trimestral, houve retração de US$ 62 milhões, porém, nesta quarta-feira (4).
inferior à redução de US$ 103 milhões do quarto trimestre De acordo com os economistas da instituição, a reto-
de 2016. mada do crescimento econômico e a redução da taxa de
Considerando a pendente fusão com a Bayer, que de- juros estão contribuindo para a diminuição dos pedidos de
verá ser concluída apenas no início de 2018, a Monsanto recuperação judicial em 2017, após os níveis recordes atin-
disse que não forneceria guidance para 2018. No entanto, gidos no ano passado.
um dos segmentos que continuará sendo chave é a tec- As micro e pequenas empresas foram as que mais
precisaram de intervenção da Justiça nos negócios, com
nologia Intacta RR2 PROTM para a soja da América do Sul.
59 pedidos em setembro. As médias vieram na sequência,
O acordo com a Bayer envolve o volume financeiro de
com 26. As grandes companhias fizeram 16 pedidos.
US$ 57 bilhões e deverá criar o maior fornecedor mundial No acumulado de janeiro a setembro, foram 1.087
de agrotóxicos e sementes geneticamente modificadas. solicitações de recuperação judicial, 26,5% menos que no
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 mesmo período de 2016, quando haviam sido registradas
PREÇO DA CESTA BÁSICA DE MANAUS REDUZ 1.479 ocorrências.
0,70% E FICA EM R$ 355,47 EM SETEMBRO Nos primeiros nove meses do ano, as micro e peque-
COM QUEDA DO VALOR DA CESTA, MANAUS PAS- nas empresas fizeram 632 pedidos, enquanto as médias
SOU A OCUPAR A 14° COLOCAÇÃO NO RANKING DAS requisitaram 292 e as grandes, 163.
CESTAS BÁSICAS MAIS CARAS DO PAÍS. Falências
O custo da cesta básica de Manaus diminuiu em re- Ainda de acordo com o levantamento da Serasa, os pe-
lação ao mês anterior ficando em R$ 355,47, de acordo didos de falência caíram 4,3% em setembro na comparação
com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical anual (178 ante 186). Frente a agosto deste ano, porém, foi
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com a registrado aumento de 7,9%.
queda do valor da cesta, Manaus passou a ocupar a 14° Novamente as micro e pequenas empresas lideraram
colocação no ranking das cestas básicas, dentre as 21 ca- a lista, com 99 requerimentos de falência, seguidas pelas
pitais onde, atualmente é realizada. Açúcar (-9,60%) foi o grandes empresas, com 40, e pelas médias, com 39.
produto que apresentou maior queda no mês seguido da No acumulado do ano até setembro foram contabi-
lizados 1.329 pedidos de falência, queda de 5,4% ante o
farinha (-6,74%).
mesmo período de 2016, quando foram registrados 1.405.
O preço da cesta básica de Manaus, composta por 12
Nos primeiros nove meses deste ano, as micro e pe-
produtos, teve variação de -0,70% em relação ao mês de
quenas empresas fizeram 705 pedidos, enquanto as gran-
agosto. No mês anterior o conjunto de itens alimentícios des solicitaram 337 e as médias, 287.
essenciais custava R$ 357,97. Em setembro de 2016 a cesta Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
básica custou R$ 401,44 e a variação acumulada nos últi-
mos doze meses ficou em -11,45%.
Na capital amazonense, sete produtos apresentaram
queda e cinco tiveram alta no mês analisado.

9
ATUALIDADES

INTERNACIONAL CINCO RAZÕES PELAS QUAIS AS LEIS SOBRE AR-


MAS NÃO MUDAM NOS ESTADOS UNIDOS
WASHINGTON QUER MIL SOLDADOS ADICIONAIS APESAR DE ONDA DE CLAMORES POR MAIOR CON-
DA OTAN NO AFEGANISTÃO TROLE DE ARMAS TODA VEZ QUE HÁ UM MASSACRE
MINISTROS DA DEFESA DOS 29 PAÍSES DO GRUPO COMETIDO POR UM ATIRADOR, EM ÂMBITO FEDERAL,
SE REUNIRÃO EM NOVEMBRO EM BRUXELAS PARA DE- PELO MENOS, QUASE NÃO HOUVE AVANÇO NESSA DI-
BATER DE FORMA MAIS PRECISA AS SUAS CONTRIBUI- REÇÃO EM DÉCADAS.
ÇÕES. Se a história soa familiar é porque uma dinâmica pa-
O governo dos Estados Unidos vai pedir a seus aliados recida tem se repetido nos últimos anos toda vez que um
da Otan que contribuam com mil soldados adicionais para novo incidente envolvendo violência armada ganha as
ajudar na luta contra os talibãs no Afeganistão, afirmou a manchetes nos EUA.
nova embaixadora da Washington na Organização do Tra- Após o massacre em Las Vegas, em que 58 pessoas
tado do Atlântico Norte. foram mortas e mais de 500 feridas por um único atirador,
Kay Bailey Hutchison indicou que os mil soldados das ativistas novos e antigos foram a público pedir leis que res-
forças aliadas se uniriam aos 3.000 militares adicionais trinjam a aquisição e o porte de armas.
americano que seguem para o Afeganistão, como parte da Em âmbito federal, pelo menos, os clamores por uma
nova estratégia do presidente Donald Trump para o país. nova legislação não levaram a quase nenhuma ação em dé-
cadas, apesar de inúmeras pesquisas mostrando apoio pú-
A embaixadora disse que o pedido americano à Otan
blico generalizado a medidas como reforço na checagem
- cuja missão contribui para a formação do exército afegão
de antecedentes e proibição de armas de alto poder letal,
- ainda não é definitivo. como fuzis de assalto.
“Nosso objetivo é dizer muito rapidamente, em duas Com um índice tão alto de vítimas fatais desta vez, no
semanas, o que precisamos exatamente”, afirmou. ataque em Las Vegas, talvez a pressão por mudança seja
Os ministros da Defesa dos 29 países da Aliança Atlân- maior. Mas aqui estão cinco grandes obstáculos que exis-
tica se reunirão em novembro em Bruxelas para debater de tem nesse caminho.
forma mais precisa as suas contribuições. 1. A Associação Nacional do Rifle
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 A Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em in-
glês) é um dos grupos de interesse mais influentes da po-
FORÇAS IRAQUIANAS RETOMAM DO ESTADO IS- lítica americana - não apenas por causa do dinheiro gasto
LÂMICO O CONTROLE DO CENTRO DE HAWIJA com lobby, mas também por causa do engajamento de
CIDADE ERA ÚLTIMO REDUTO DO GRUPO EXTRE- seus cinco milhões de membros.
MISTA NO NORTE DO IRAQUE. A entidade se opõe à maioria das propostas para forta-
As forças iraquianas anunciaram nesta quinta-feira (5) lecer a regulamentação de armas de fogo e está por trás de
que retomaram o controle do centro Hawija, o último re- esforços em âmbitos federal e estadual para reverter várias
duto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no norte do restrições a propriedade de armas.
Iraque, e afirmaram que prosseguem em seu “avanço” para Em 2016, a NRA gastou US$ 4 milhões em lobby e con-
libertar a região. tribuições diretas a políticos, assim como mais de US$ 50
As unidades do exército e da polícia, assim como as milhões em campanhas políticas, incluindo cerca de US$ 30
forças paramilitares de Hashd Al-Shaabi, “libertaram o cen- milhões para eleger o presidente Donald Trump.
tro de Hawija em sua totalidade e continuam seu avanço”, O orçamento anual global da associação gira em torno
afirma em um comunicado o general Amir Yarallah, que de US$ 250 milhões, distribuídos entre programas educa-
coordena as operações. cionais, centros ligados ao uso de armas, eventos para as-
A vitória na batalha por Hawija, iniciada em 21 de se- sociados, patrocínios, assessoria legal e esforços afins.
tembro, acontece ao mesmo tempo em que as forças ira- Mas para além dos números, a NRA tem construído re-
putação em Washington como uma força política capaz de
quianas continuam seus combates em outra frente, no de-
fazer ou derrubar até mesmo os políticos mais fortes.
serto próximo da fronteira com a Síria.
A associação classifica os políticos de acordo com seus
Na área ao longo da fronteira síria, os extremistas con-
votos e aloca seus recursos e os de seus membros - tanto
trolam duas localidades: Rawa e Al-Qaim, do outro lado financeiros quanto organizacionais - para apoiar seus de-
da província de Deir Ezzor, na Síria. Em 19 de setembro, as fensores mais ferozes e derrotar adversários.
forças iraquianas iniciaram uma ofensiva para reconquistar Como um ex-congressista republicano disse ao jornal
ambas. “The New York Times” em 2013: “Esse foi o único grupo em
Hawija, a 230 km de Bagdá, é uma cidade sunita de que eu disse: ‘Enquanto estiver no cargo, não vou me opor
mais de 70.000 habitantes que recebeu o apelido de “Kan- à NRA’”.
dahar do Iraque” pela presença de combatentes extremis- Será que isso pode mudar?
tas e em referência ao reduto dos talibãs no Afeganistão. Os grupos pró-controle de armas, apoiados por ri-
A cidade é uma das últimas grandes localidades do Ira- cos benfeitores como o ex-prefeito de Nova York Michael
que sob controle do EI, depois que os extremistas foram Bloomberg, se tornaram mais organizados nos últimos
expulsos nos últimos meses de grande parte dos territórios anos, tentando igualar o poder político da NRA. Mas en-
que dominavam desde 2014. quanto os defensores das armas continuarem a acumular
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 vitórias legislativas e eleitorais, eles serão dominantes.

10
ATUALIDADES

2. Demografia do Congresso Nenhuma medida de controle de armas chegou perto


As tentativas mais recentes de aprovar novas leis fede- de avançar desde então.
rais que regulassem as armas de fogo fracassaram antes Será que isso pode mudar?
mesmo de começar, bloqueadas na Câmara dos Deputados Donald Trump tem defendido o fim dessa obstrução,
dos EUA - que está nas mãos dos republicanos desde 2011. que vê como obstáculo para a promulgação de sua agenda
Em junho de 2016, um grupo de políticos democratas legislativa. A maioria dos senadores está, no entanto, publi-
organizou um ato na Casa para protestar contra a decisão camente contra a mudança das regras.
da liderança republicana de não colocar em votação dois 4. Os tribunais
projetos de lei sobre o tema. Com o Congresso mais interessado em reverter as re-
A Câmara tende aos direitos pró-armas pela mesma gulamentações existentes sobre armas de fogo do que em
razão que levou o Partido Republicano a dominá-la recen- implantar novas regras, os Estados com tendência mais à
temente - por causa da forma como os distritos são distri- esquerda nos Estados Unidos assumiram um papel maior
buídos por cada Estado (através de legislações estaduais), na implementação de medidas de controle de armas.
o partido tem conseguido mais “assentos seguros” e uma Após o tiroteio na escola em Newtown, 21 Estados
proporção de cadeiras bem maior do que a indicada pelos aprovaram novas leis de armas, incluindo a imposição de
votos absolutos recebidos. proibições de armas de combate em Connecticut, Mary-
Os representantes desses distritos costumam respon- land e Nova York.
der diretamente à vontade de seus eleitores fiéis - aqueles No entanto, algumas dessas leis enfrentaram outra
que votam em eleições primárias do partido - e que não barreira - o sistema judicial dos EUA. Nos últimos anos, a
querem ser contrariados, principalmente em questões con- Suprema Corte do país decidiu duas vezes que o direito de
troversas como o direito de portar armas. possuir armas pessoais, como pistolas ou revólveres, está
A demografia também desempenha um papel no sen- na Constituição.
timento pró-armas na Casa, já que existem mais distritos A Segunda Emenda diz que “sendo necessária à segu-
rurais com níveis mais altos de posse de armamentos que rança de um estado livre a existência de uma milícia bem
urbanos. Ou seja: alcançar uma maioria pró-controle nas organizada, o direito das pessoas a manter e portar armas
áreas urbanas é pouco para mudar essa realidade política não deve ser violado”.
na Câmara. Os ativistas por controle de armas argumentam que o
A não ser que ocorra uma migração em massa de libe- enfoque da cláusula estaria no princípio de criar uma mi-
rais urbanos sonhando com uma vida no campo, os dados lícia “bem regulamentada”. Em 2008, no entanto, a corte
demográficos continuarão como estão. - altamente dividida - considerou que a Segunda Emen-
No entanto, têm havido esforços para dar uma repre- da estabelece um amplo direito à titularidade de armas de
sentação mais justa na distribuição e apontamento de dis- fogo que proíbe exigências rigorosas de registro de armas
tritos. Barack Obama fez disso um de seus objetivos pós pessoais.
-presidência, e a Suprema Corte atualmente está analisan- Desde então, instâncias inferiores tem desafiado proi-
do um questionamento legal aos distritos legislativos de bições de armas de combate impostas por Estados, requi-
Wisconsin, que dão uma nítida vantagem aos republicanos. sitos de registro e proibições de porte de arma em público.
Mas não será fácil conseguir alguma mudança expressiva. Até agora, no entanto, a Suprema Corte declinou de ouvir
3. Tática de obstrução novos casos ligados ao assunto.
Se um projeto de lei de controle de armas conseguisse Será que isso pode mudar?
sair da Câmara dos Deputados, ainda enfrentaria um desa- O juiz Neil Gorsuch, nomeado por Trump, deixou claro
fio no Senado, onde também pesa a divisão rural-urbana. que vê os direitos da Segunda Emenda de forma ampla.
Os Estados dominados pelos eleitores das grandes cidades, O presidente está preenchendo tribunais inferiores com
como Nova York, Massachusetts ou Califórnia, são supera- juízes pró-direitos a armas. Pelo menos nessa questão, o
dos em número por Estados rurais e do sul com sentimen- Judiciário parece estar se movendo para a direita.
tos pró-armas. 5. A diferença de entusiasmo
As regras do Senado também permitem que sejam Talvez o segundo maior obstáculo para novas leis de
frustrados esforços no sentido de promulgar uma regula- controle de armas em âmbito nacional seja que os oponen-
mentação de armas de fogo mais rigorosa graças a uma tes tendem a manter e defender fortemente suas crenças,
tática de obstrução conhecida como filibuster - que, em enquanto o apoio à nova regulamentação tende a retroce-
linhas gerais, acaba fazendo com que um projeto que pre- der e fluir em torno de cada novo caso de violência.
cisava de maioria simples de 51 votos para ser aprovado A estratégia da NRA e dos políticos pró-armas é aguar-
acabe precisando de 60 votos. dar a tempestade passar - e reter esforços legislativos até
Em 2013, após o tiroteio em uma escola de Newtown, que a atenção se mova para outra direção e protestos de-
Connecticut, parecia que medidas para fortalecer as veri- sapareçam.
ficações de antecedentes de compra de armas contavam Os políticos pró-armas oferecem seus pensamentos
com um significativo apoio bipartidário no Senado. Após e orações, observam momentos de silêncio e pedem que
um esforço combinado de lobby da NRA, no entanto, o bandeiras sejam hasteadas a meio mastro. Então, durante a
projeto recebeu apenas 56 votos a favor, quatro menos que calmaria, os esforços legislativos são protelados e, em últi-
o necessário para quebrar a obstrução. ma instância, retirados do caminho.

11
ATUALIDADES

Na segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Deu ordem para que informassem a todos que apenas
Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse a jornalistas que “há ele, o presidente da New Frontier Armory, seria a fonte para
tempo e lugar para um debate político, mas agora é hora perguntas sobre o ocorrido.
de se unir como país”. A reportagem esperou duas horas até que um alerta
Trump, em comentários ao sair da Casa Branca para no celular mostrasse uma resposta em formato de nota ofi-
viagem a Porto Rico, disse que “falaremos sobre leis de ar- cial, na qual Famiglietti confirmava que o atirador Stephen
mas com o passar do tempo”. Paddock, que se suicidou quando a polícia estava prestes
Será que isso pode mudar? a arrombar seu quarto, havia comprado “várias armas de
De acordo com uma pesquisa realizada durante a cam- fogo” ali no início do ano.
panha presidencial de 2016, armas foram uma questão im- Ele fez apenas uma visita à New Frontier Armory.
portante tanto para democratas quanto para republicanos. O texto também ressaltava que todos os requisitos
Isso pode ter sido um reflexo do tiroteio em massa recorde locais, estaduais e federais haviam sido preenchidos pelo
daquele ano em uma discoteca de Orlando - mas também atirador, e apontava que, desde o evento, a loja vinha co-
uma primeira indicação de uma nova tendência. laborando “de todas as maneiras possíveis” com as inves-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 tigações do FBI.
As respostas técnicas satisfizeram boa parte da im-
HOMEM QUE VENDEU ARMAS PARA ATIRADOR prensa americana, que vem repetindo as aspas de Fami-
DOS EUA SOFRE AMEAÇAS E DIZ QUE NÃO QUERIA glietti à exaustão.
‘MACHUCAR NINGUÉM’ Mas os jornais acabaram deixando de lado trechos
STEPHEN PADDOCK, AUTOR DO MAIOR MASSA- mais pessoais do texto.
CRE DA HISTÓRIA AMERICANA, FEZ APENAS UMA VI- “Não vendemos estas armas com a intenção de que
SITA À LOJA NO INÍCIO DO ANO E COMPROU ‘VÁRIAS ele pudesse machucar alguém de qualquer maneira, caso
ARMAS’; PROPRIETÁRIO REITERA QUE TODAS AS VEN- se prove que ele usou essas armas específicas neste crime
DAS FORAM LEGAIS. terrível”, diz o proprietário.
A loja de armas dirigida por David Famiglietti, que tem Ele prossegue: “Seria como se culpassem o hotel Man-
30 e poucos anos e gosta de caçar animais de grande por- dalay Bay por alugar um quarto (para ele), ou as autorida-
te, fica em uma pequena ilha comercial entre as montanhas des por nos darem permissão para fornecer a arma - isso
e a areia cinzenta do deserto de Nevada, a meia hora de obviamente não foi feito com intenções maldosas.”
carro do centro de Las Vegas. Famiglietti também diz, na nota enviada à reportagem,
Desde o último domingo, quando um de seus clientes que ele e seus funcionários vêm sendo alvos de ameaças e
abriu fogo contra uma multidão de 20 mil pessoas e deixou difamação desde o massacre.
59 mortos e mais de 500 feridos, o movimento da loja, até “Desde que saiu a notícia de que nós somos uma das
então formado por donos de pequenos sítios, militares da várias lojas onde Paddock comprou armas de fogo nesta
reserva e famílias inteiras de entusiastas de armas pesadas, área, eu e meus empregados estamos recebendo mensa-
ganhou companhia indigesta: jornalistas, fotógrafos e cine- gens de ódio com ameaças, telefonemas e SMSs ameaça-
grafistas de todo o mundo em busca de informações. dores”, diz.
Na última terça-feira, a BBC Brasil estava entre os novos “Mesmo sabendo que isso não é o importante neste
visitantes da New Frontier Armory. momento, pedimos que as pessoas deixem sua raiva onde
Quando a reportagem se aproximou do balcão, um ela está em vez de ameaçar e machucar outras pessoas.”
jovem atendente de barba interrompeu uma explicação A loja vem recebendo ataques em comentários e ava-
sobre as pistolas da vitrine e se adiantou, apontando para liações no Google e em portais especializados. “Ótimo lu-
uma equipe de chineses que carregavam câmaras com len- gar para se abastecer para um assassinato em massa”, diz
tes enormes. “Você é um deles?” um recente.
Antes da resposta, o homem estendeu um papel gas- Por dentro da loja
to com o email de Famiglietti, também vice-presidente da A tensão, entretanto, não parece ter abatido as ven-
Coalizão de Armas de Fogo de Nevada, ligada a Associação das. Nas duas horas em que a reportagem esteve presente,
Nacional do Rifle - principal grupo lobista pró-armamento duas pistolas foram vendidas, além de vários acessórios e
dos Estados Unidos e doador de US$ 30 milhões para a materiais de proteção.
campanha de Donald Trump à Presidência. Atrás do balcão, pai e filho perguntavam sobre um fuzil
Do lado de fora, um homem magro na casa dos 60 belga, vendido por US$ 2.549 (R$ 7,9 mil).
anos, notando a frustração deste repórter, pede um isquei- “Que caro, pai!”, disse o menino. Ambos se interessa-
ro e diz que “o dono (da loja) está aí, sim, vem todos os ram mais por uma Colt semiautomática (US$ 1059, equiva-
dias. Mas não quer falar pessoalmente com jornalistas”. lente a R$ 3,3 mil).
‘Não era a intenção’ Pelo menos 200 armas ficam em exposição no estabe-
Famiglietti proibiu pessoalmente todos os funcionários lecimento, que abre de domingo a domingo.
e funcionárias de responder a qualquer pergunta da im- As prateleiras não têm só armas, silenciadores e mu-
prensa. nição.

12
ATUALIDADES

Também são vendidas camisetas como a que diz “Apo- Os dispositivos foram encontrados no quarto de Pad-
calipse Zumbi - ajudando os vivos a continuarem vivos e os dock no hotel Mandalay Bay - junto a um total de 23 armas
mortos a continuarem mortos”. de fogo.
Uma série de DVDs da marca “Táticas Vikings, feita de Os “bump-stocks”, ou adaptadores deslizantes de
guerreiros para guerreiros” ocupa uma prateleira inteira e fogo”, permitem que os rifles semiautomáticos disparem
ensina desde fundamentos básicos para tiros de carabina a uma velocidade semelhante à de uma metralhadora - e
e rifle, até dicas para acompanhar animais de caça sem ser podem ser comprados sem as checagens exigidas para a
percebido. compra de armas automáticas.
No caixa, um recipiente plástico com uma espécie de De acordo com o site de vendas online da loja, o pro-
crânio guardava chocolates. A reportagem quis provar um duto não é comercializado pela New Frontier Armory.
e não conteve o susto ao tirar o bombom: “Bang! Você está Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
morto”, “disse” a caveira.
Nas paredes, alvos de tiro em formato humano se en- TRUMP VISITA SOBREVIVENTES DE MASSACRE DE
fileiram por 99 centavos de dólar. Um deles, chamado “ho- LAS VEGAS
mem mau”, retrata um homem com cara de poucos amigos ATIRADOR MATOU 58 PESSOAS E DEIXOU MAIS DE
apontando uma pistola. 500 FERIDAS DURANTE FESTIVAL DE MÚSICA COUN-
‘Armas alteradas’ TRY NO DOMINGO (2).’EUA SÃO VERDADEIRAMENTE
Após receber a nota oficial, a reportagem retornou o UM PAÍS EM LUTO’, DISSE PRESIDENTE, QUE ELOGIOU
email de Famiglietti de dentro da loja, perguntando se po- MÉDICOS E POLICIAIS E TEVE ENCONTRO PRIVADO DE
deria tirar mais algumas dúvidas. 90 MINUTOS COM VÍTIMAS.
“Responderei com prazer”, respondeu o proprietário
em poucos minutos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, es-
As novas perguntas se referiam a um eventual “estig- teve nesta quarta-feira (4) em Las Vegas para se encontrar
ma”, destacado por veículos de imprensa americanos, que com sobreviventes do maior ataque a tiros da história dos
defensores do armamento estariam enfrentando após o Estados Unidos. Um atirador matou 58 pessoas e deixou
maior assassinato em massa da história do país. mais de 500 feridas durante um festival de música country
Após o episódio, políticos do partido Democrata vêm no domingo (2).
pressionando o governo por leis federais mais exigentes Acompanhado da primeira-dama, Melania, o presiden-
no controle de vendas de armas e acessórios - algo que o te visitou um hospital para conversar com vítimas e médi-
presidente Trump voltou a se recusar a comentar em visita cos que trabalharam no atendimento às vítimas. O casal
rápida a Las Vegas na terça-feira. passou 90 minutos em um encontro privado com as vítimas
A BBC Brasil também perguntou qual era o perfil dos e suas famílias, sem cobertura da imprensa.
clientes da loja e se há planos de mudanças ou reforços Ainda no hospital presidente cumprimentou médicos e
nas verificações feitas sobre quem pretende comprar ar- responsáveis pelo primeiro atendimento no dia do ataque
mamento. e agradeceu ao trabalho deles. Trump disse que conheceu
As respostas, até a publicação desta reportagem, não “algumas das pessoas mais incríveis” e convidou alguns
haviam chegado. dos profissionais a visitá-lo em Washington. “É de deixar
Na única nota enviada, o dono da loja também afirmou qualquer um muito orgulhoso por ser americano quando
que as armas vendidas ao atirador “não saíram do estabe- vemos o trabalho que eles fizeram”, comentou.
lecimento com a capacidade de fazer o que vimos e ouvi- Trump se reuniu ainda com policiais, membros de equi-
mos, sem modificações”. pes de emergência e cidadãos civis que ajudaram a socor-
“Não eram armas completamente automáticas e não rer vítimas no domingo, a quem também elogiou. “Vocês
haviam (sido) modificadas de nenhuma forma (legal ou ile- mostraram ao mundo e o mundo está assistindo, e vocês
gal) quando compradas de nós.” mostraram o que é profissionalismo”.
Desde que o Congresso americano aprovou a Lei de Na sede da Polícia Metropolitana de Las Vegas, ele fez
Proteção dos Proprietários de Armas de Fogo, em 1986, o uma declaração à imprensa, na qual disse que “os EUA são
acesso de civis a armas novas e totalmente automáticas se verdadeiramente um país em luto”.
tornou extremamente restrito. “Não podemos ser definidor pelo mal que nos ameaça
Milhares de armas consideradas “de direito adquirido” ou pela violência que incita esse terror. Somos definidos
- fabricadas e registradas antes de 1986 - ainda podem ser por nosso amor, nosso cuidado e nossa coragem”, afirmou.
compradas, mas por preços bastante altos e com necessi- O chefe de Estado americano classificou o massacre
dade de aprovação pelo Escritório de Álcool, Tabaco, Armas como “ato de pura maldade” no primeiro pronunciamento
de Fogo e Explosivos do governo americano, em Washin- que fez após um atirador atingir a multidão. Nesse primeiro
gton. discurso, Trump não fez nenhuma referência a um aumento
A polícia americana diz que o atirador usou um aces- no controle na venda de armas. Desde a campanha eleito-
sório legal em 12 de seus rifles semiautomáticos para que ral de 2016, ele está alinhado com a postura da Associação
eles pudessem disparar centenas de rodadas por minuto. Nacional de Rifles (NRA).

13
ATUALIDADES

Nesta quarta, questionado por jornalistas, Trump vol- Battisti foi preso nesta quarta em Corumbá, cidade
tou a evitar a discussão sobre controle de armas e disse fronteiriça com a Bolívia, levando mais de R$ 10 mil em
mais uma vez que este não é o momento apropriado para dinheiro sem declarar à Polícia Federal. É suspeito de co-
discutir a questão. meter crime de evasão de divisas.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 “Hoje trabalhamos com o embaixador (italiano no Bra-
sil, Antonio) Bernardini para trazer Battisti para a Itália e en-
GÁS SARIN É ENCONTRADO NAS ROUPAS DAS tregá-lo à Justiça. Continuamos trabalhando com as autori-
ACUSADAS PELA MORTE DO IRMÃO DE KIM JONG-UN
dades brasileiras”, declarou o ministro italiano das Relações
KIM JONG-NAM MORREU 20 MINUTOS DEPOIS DE
SER ATINGIDO NO ROSTO PELO AGENTE NEUROTÓXI- Exteriores, Angelino Alfano.
CO VX, UM TIPO ALTAMENTE LETAL DO GÁS SARIN. Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Co-
munismo, Battisti, hoje com 62 anos, foi condenado à pri-
Vestígios de um tipo altamente letal do gás sarin, o são perpétua na Itália por quatro homicídios ocorridos na
agente neurotóxico VX, foram encontrados nas roupas das década de 1970 e fugiu para o Brasil em 2004, onde viveu
duas acusadas pelo assassinato na Malásia do meio-irmão na clandestinidade. Foi detido no Rio de Janeiro em 2007.
do líder norte-coreano, afirmou um químico durante o jul- Dois anos depois, a pedido do país europeu, o Supre-
gamento. ma Tribunal Federal autorizou sua extradição, que foi nega-
Esta é a 1ª prova que vincula diretamente as duas mu- da em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
lheres ao agente neurotóxico VX, considerado uma arma
Desde 2007, Battisti ficou detido por quatro anos antes
de destruição em massa.
No dia 13 de fevereiro, Kim Jong-Nam, meio-irmão de ser posto em liberdade em junho de 2011.
do líder norte-coreano Kim Jong-Un, morreu 20 minutos O último pedido de extradição por parte da Itália foi
depois de ser atingido no rosto por este produto quando em 25 de setembro e, segundo a imprensa italiana, o pre-
estava no aeroporto internacional de Kuala Lumpur. sidente Michel Temer teria-se mostrado favorável, o que
A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong, acu- pode ter motivado a “tentativa de fuga” de Battisti para a
sadas pelo crime, estão sendo julgadas desde segunda-fei- Bolívia.
ra na Alta Corte de Shah Alam, subúrbio de Kuala Lumpur, Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
onde fica o aeroporto.
“Encontramos VX na camisa sem mangas de Siti Ais- PRESIDENTE DA CATALUNHA PEDE MEDIAÇÃO
yah”, declarou o químico Raja Subramaniam durante seu PARA RESOLVER CRISE COM GOVERNO ESPANHOL
depoimento nesta quinta-feira como testemunha.
CARLES PUIGDEMONT CONTINUA DEFENDENDO
A camisa usada por Huong tinha VX em estado puro e
uma substância usada para fabricar veneno. Também havia APLICAÇÃO DE REFERENDO INDEPENDENTISTA. GO-
vestígios de veneno em suas unhas, completou. VERNO CATALÃO DEVE DECLARAR INDEPENDÊNCIA
As imagens das câmeras de segurança do aeroporto NA PRÓXIMA SEGUNDA, DIZ FONTE.
mostram o momento em que as duas mulheres se aproxi-
maram de Kim antes de jogar o líquido em seu rosto. O presidente do governo da Catalunha, Carles Puigde-
As duas foram detidas pouco depois do assassinato e mont, afirmou nesta quarta-feira (4) que a crise envolven-
podem ser condenadas à pena de morte. do esta região autônoma e o governo espanhol precisa de
Na abertura do julgamento, na segunda-feira, as duas uma mediação, sem voltar atrás na sua defesa pela aplica-
se declararam inocentes. Ao longo da investigação, elas ne- ção do resultado do referendo independentista do último
garam que desejavam cometer um assassinato e afirmaram domingo.
que foram enganadas, que acreditavam estar participando
“Este momento precisa de mediação. Recebemos inú-
de um programa de televisão do tipo “pegadinha”.
Os advogados de defesa afirmam que os culpados são meras propostas nas últimas horas e vamos receber mais.
norte-coreanos que fugiram da Malásia. Todas elas sabem que estou pronto para iniciar um proces-
A Coreia do Sul acusa o Norte de ter organizado o as- so de mediação”, afirmou. “Vou repetir quantas vezes for
sassinato, o que Pyongyang nega. Kim Jong-Nam criticava necessário: diálogo e acordo são parte da cultura política
o regime norte-coreano e vivia no exílio. do nosso povo. No entanto, o Estado não deu nenhuma
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 resposta positiva a essas ofertas”, acrescentou.
Os dirigentes catalães garantem que venceram o refe-
APÓS PRISÃO NO BRASIL, ITÁLIA NEGOCIA EXTRA- rendo com 90% dos votos – 2,02 milhões de apoios sobre
DIÇÃO DE BATTISTI um censo de 5,3 milhões de eleitores – e agora querem
CESARE BATTISTI FOI PRESO NESTA QUARTA EM
declarar a independência de maneira unilateral. O governo
CORUMBÁ. ELE FOI CONDENADO À PRISÃO PERPÉTUA
NA ITÁLIA. catalão liderado por Carles Puigdemont parece disposto a
declarar unilateralmente a independência, o que poderia
O governo italiano confirmou, sua vontade de obter acontecer já na próxima segunda-feira (9), durante uma
do Brasil a extradição do ex-militante de extrema-esquerda sessão do Parlamento regional, de acordo com uma fonte
Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália e de- do governo.
tido ontem na fronteira brasileira com a Bolívia.

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ATUALIDADES

“No último domingo conseguimos fazer um referendo são seu vice-presidente, Frans Timmermans, durante um
diante de um oceano de dificuldades e de uma repressão debate convocado pela Eurocâmara sobre a situação na
sem precedentes. Ontem demos um exemplo no respeito Catalunha, após a resposta policial de Madri para impedir a
à greve-geral. E nos próximos dias voltaremos a mostrar a celebração do referendo do último domingo (1º).
melhor cara do nosso país quando as instituições da Cata- As imagens da atuação policial no domingo na Catalu-
lunha terão que aplicar o resultado do referendo”, disse o nha, com apreensão de urnas e agressões contra pessoas
presidente catalão. que desejavam votar no referendo de independência con-
Centenas de policiais intervieram em centros de vo- siderado ilegal, obrigaram a UE a fazer um pronunciamento
tação, utilizando cassetetes para dispersar os militantes além de sua habitual resposta de considerar a situação um
“assunto interno” da Espanha.
concentrados na frente desses espaços para protegê-los e
Timmermans, autoridade europeia sobre o Estado de
conseguir realizar a votação. Mais de 800 pessoas ficaram
Direito e a Carta de Direitos Fundamentais, afirmou que “a
feridas. O governo espanhol considera o referendo ilegal,
violência não resolve nada na política”, mas destacou que
alegando que a Constituição declara que o país é indivisí- “todos os governos têm que respeitar a supremacia do Di-
vel. reito e isto exige, às vezes, um uso proporcional da força”.
Durante seu pronunciamento, Puigdemont criticou o ‘Consenso’
rei Filipe VI, que em seu discuso “ignorou as pessoas que “Há um consenso geral de que o governo regional da
foram vítimas de violência policial”. Catalunha optou por ignorar a lei ao organizar o referendo
“O rei faz dele o discurso e as políticas do governo de celebrado no domingo passado”, o qual havia sido proibido
Mariano Rajoy, que têm sido catastróficos em relação à Ca- pela Justiça espanhola, completou o vice-presidente da Co-
talunha, e ignora deliberadamente a milhões de catalães missão, para quem a União Europeia é uma “comunidade
que não pensamos como eles”, afirmou o presidente cata- baseada no Direito”.
lão, dizendo que “não podemos compartilhar nem aceitar” Timmermans evitou responder, durante o discurso, os
a mensagem do rei. pedidos das autoridades catalãs por uma “mediação inter-
Nesta terça, o rei criticou a conduta dos líderes cata- nacional”, reiterando a demanda da UE “a todos os atores
lães, dizendo que eles violaram as leis do Estado espanhol pertinentes a avançar para passar do confronto ao diálogo”.
e demonstraram uma “deslealdade inadmissível”. “Isto é um assunto interno da Espanha, que deve ser re-
A Espanha vive uma de suas piores crises políticas dos solvido com base no âmbito constitucional espanhol”, rei-
últimos 40 anos, desde que o executivo separatista cata- terou o vice-presidente da Comissão, que reproduz, assim,
lão decidiu organizar este referendo de autodeterminação os principais argumentos do governo espanhol do primei-
apesar de sua proibição. ro-ministro conservador Mariano Rajoy.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017

UNIÃO EUROPEIA PEDE DIÁLOGO NA CATALUNHA, VIOLÊNCIA


MAS DEFENDE MADRI
‘CHEGOU O MOMENTO DE ENCONTRAR UMA SAÍ- JUSTIÇA NEGA LIBERDADE E MANTÉM PRISÃO DE
DA PARA O BECO SEM SAÍDA’, DIZ AUTORIDADE EURO- MOTORISTA QUE MATOU 3 NA MARGINAL TIETÊ
TJ NEGOU NESTA SEMANA HABEAS CORPUS FEITO
PEIA. DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DA CATALU-
PELA DEFESA DE TALITA TAMASHIRO, QUE EM 30 DE
NHA PODE SER FEITA NA PRÓXIMA SEGUNDA, SEGUN-
SETEMBRO ATROPELOU E MATOU VÍTIMAS QUANDO
DO FONTE. DIRIGIA EMBRIAGADA, AO CELULAR E COM CNH SUS-
PENSA.
A Eurocâmara pediu “diálogo”, nesta quarta-feira (4),
diante da crise aberta na Espanha com o referendo de in- A Justiça de São Paulo negou nesta semana o pedido
dependência na Catalunha, ao mesmo tempo em que a de liberdade feito pela defesa da motorista que atropelou e
Comissão Europeia justificou o uso da força em alguns mo- matou três pessoas na Marginal Tietê. Talita Sayuri Tamashi-
mentos para garantir “a supremacia do Direito”. ro, de 28 anos, foi presa em flagrante no último dia 30 de
Os eurodeputados dos principais grupos também pe- setembro por homicídio doloso - quando há intenção ou
diram às autoridades da Catalunha que evitem uma decla- se assume o risco de matar - e embriaguez ao volante.
ração unilateral de independência, cuja adoção, segundo o Na madrugada daquele sábado, Talita saiu embriaga-
porta-voz dos social-democratas Gianni Pittella “colocaria da da balada Villa Mix, na Vila Olímpia, Zona Sul da capi-
mais lenha na fogueira”. tal, pegou seu Honda Fit verde, mesmo com a carteira de
No entanto, o governo catalão liderado por Carles habilitação suspensa, e dirigiu o veículo enquanto usava o
Puigdemont parece disposto a declarar unilateralmente a celular.
independência, o que poderia acontecer já na próxima se- Na sequência, ela bateu o veículo em uma BMW pre-
gunda-feira (9), durante uma sessão do Parlamento regio- ta, estacionada no acostamento da via expressa, altura da
nal, de acordo com uma fonte do governo. Ponte dos Remédios da marginal, sentido Rodovia Ayrton
“Chegou o momento de dialogar, de encontrar uma Senna. Na colisão, atropelou o fisioterapeuta Raul Fernan-
saída para o beco sem saída, de trabalhar dentro da ordem do Nantes Antonio, de 48, a auxiliar administrativa Aline
constitucional da Espanha”, declarou em nome da Comis- Jesus Souza, 28, e a gerente de estacionamento Vanessa
Lopes Relva, também de 28. O trio morreu no local.

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ATUALIDADES

O G1 não conseguiu localizar o advogado Eduardo Sia- SUSPEITO DE ABUSAR SEXUALMENTE DE ENTEADA
no, que defende Talita, para comentar a decisão liminar do É PRESO EM ITUIUTABA
desembargador Newton Neves, da 16ª Câmara de Direito SEGUNDO A POLÍCIA CIVIL, INVESTIGAÇÕES APU-
Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, que na RAM SE ATOS DE VIOLÊNCIA SERIAM COMETIDOS
última terça-feira (3) negou o habeas corpus em caráter CONTRA MENINA DESDE QUE ELA TINHA 6 ANOS DE
liminar feito pela defesa da motorista. IDADE.
Siano havia pedido para o TJ reverter a tipificação cri-
minal de homicídio doloso para homicídio culposo, no Um homem de 44 anos foi preso nesta quarta-feira (4)
qual não há intenção de matar, e, desse modo, soltasse sua sob suspeita de abusar sexualmente da enteada de 11 anos
cliente para que ela respondesse ao processo em liberdade. em Ituiutaba. De acordo com a Polícia Civil, um inquérito
Assumiu risco sobre o caso foi aberto no dia 29 de setembro, depois que
O desembargador não atendeu à solicitação da defesa, a criança relatou para um funcionário da escola onde es-
lembrando que, segundo a polícia, Talita “após ter ingerido tuda que sofria violência sexual desde os 6 anos de idade.
bebida alcoólica e mesmo assim ter dirigido veículo auto- Ainda segundo a polícia, o relato da criança foi passa-
motor por uma via tão perigosa, ter assumido o risco de do para o Conselho Tutelar, que encaminhou a denúncia
causar um acidente com vítima fatal”. O mérito do pedido para a Delegacia de Atendimento à Mulher, à Criança e ao
ainda será julgado futuramente por outros desembargado- Idoso. No Posto Médico Legal, o exame de corpo de delito
res do TJ. confirmou que a menina teve relações sexuais.
Foi a terceira derrota da defesa de Talita na Justiça. A A delegada Daniela Diniz Medeiros, que está à frente
primeira havia sido na audiência de custódia do último do- do caso, disse que testemunhas já começaram a ser ouvi-
mingo (1º), quando a juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi, das e as investigações apontam que a criança era abusa-
da pelo padrasto há cerca de cinco anos. Conforme relato
do Fórum da Barra Funda, Zona Oeste, converteu a prisão
da enteada, o homem aproveitava os momentos em que a
em flagrante da motorista em prisão preventiva para que
mãe da criança saía para trabalhar para cometer o abuso.
ela fique detida até seu eventual julgamento.
O suspeito do crime foi encaminhado para o presídio.
Dias depois disso, o juiz Luis Gustavo Esteves Ferreira,
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
da 5ª Vara do Júri, também no Fórum da Barra Funda, ne-
gou o pedido do advogado de Talita para anular a prisão JUSTIÇA DECRETA PRISÃO DE PROFESSOR SUSPEI-
preventiva determinada pela juíza da audiência de custó- TO DE ABUSAR DE ALUNAS NO MARANHÃO
dia. O PROFESSOR COSTUMAVA ACARICIAR AS ALU-
“Os delitos, em tese, imputados à indiciada, além de NAS, ALÉM DE PEDIR QUE ELAS LHE FIZESSEM MASSA-
ostentarem gravidade acentuada, geram inequívoca in- GENS, SOB PENA DE SEREM SUSPENSAS DA SALA DE
tranquilidade social, já que, a despeito das inúmeras cam- AULA CASO RECUSASSEM.
panhas públicas educativas, infelizmente, tem-se tornado
fato corriqueiro mortes no trânsito por conta da nefasta Justiça decretou, na última segunda-feira (2), a prisão
combinação entre álcool, condução de veículo automotor, temporária de um professor de Bom Jardim (MA) após de-
excesso de velocidade e impunidade, motivos que, por si núncias de que ele estaria abusando sexualmente de alu-
sós, já reclamam diferenciado rigor na imposição das me- nas de uma escola municipal.
didas cautelares, de modo a assegurar o primado da lei e a A Denúncia, assinada pelo promotor de justiça Fábio
garantia da ordem pública”, havia escrito. Santos de Oliveira, enquadra as condutas praticadas por
O teste de bafômetro feito logo depois do acidente Jânio de Abreu como estupro de vulnerável, assédio sexual,
apontou que a motorista tinha 0,48 miligrama de álcool ato obsceno. Além disso, o professor transmitiu vídeos e
por litro de ar em seu organismo. Segundo o artigo 306 fotos contendo cenas de sexo com crianças e adolescentes,
do Código Brasileiro de Trânsito, dirigir sob influência de e armazenou em seu celular pornografia envolvendo crian-
álcool acima de 0,34 miligrama dá de seis meses a 3 anos ça ou adolescente.
de prisão, além da suspensão da habilitação. No pedido de prisão preventiva, o promotor afirma que
Talita já estava com a carteira suspensa desde junho o denunciado representa perigo para a sociedade, poden-
deste ano por ter atingido 36 pontos (o limite é 20). Ela está do continuar com as práticas. “Trata-se verdadeiramente
presa atualmente na Penitenciária Feminina de Tremembé, de um pedófilo, que certamente continuará a estuprar, pra-
interior do estado. ticar ato libidinoso, assediar, constranger outras crianças e
adolescentes, ainda que não sejam elas suas alunas em sala
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
de aula”, ressalta.
O professor costumava acariciar as alunas, além de pe-
dir que elas lhe fizessem massagens, sob pena de serem
suspensas da sala de aula caso recusassem. Além disso, ele
fazia gestos obscenos e mostrava vídeos pornográficos aos
alunos no espaço de aprendizagem.

16
ATUALIDADES

Além da prisão preventiva, o juiz Raphael Leite Guedes MEIO AMBIENTE


também atendeu ao pedido do Ministério Público para que
o telefone celular de Jânio Silva de Abreu seja periciado em ONG DIZ QUE ANIMAIS DA AMAZÔNIA SOFREM
busca de fotografias, vídeos e conversas que comprovem COM SELFIES DE TURISTAS
os crimes praticados pelo professor. O magistrado deter- BOTO-COR-DE-ROSA É PRINCIPAL ANIMAL OFERE-
minou que o aparelho seja encaminhado à Polícia Civil, que CIDO POR AGÊNCIAS PARA INTERAÇÃO COM OS VISI-
deverá apresentar um laudo pericial no prazo de 20 dias. TANTES.
Penas
O crime de estupro de vulnerável tem pena prevista de Os animais da Amazônia sofrem com a atividade turísti-
reclusão de oito a 15 anos. Para o assédio sexual, o Código
ca na região, que em muitos casos submete espécies como
Penal prevê pena de detenção de um a dois anos. Por ato
o boto-cor-de-rosa e o bicho-preguiça a longas sessões de
obsceno, o professor estaria sujeito a detenção de três me-
fotos, alertam ativistas da ONG World Animal Protection.
ses a um ano ou multa.
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê, em seu A organização, com sede na Inglaterra, publicou esta
artigo 241-A, pena de reclusão pelo período de três a seis semana um relatório em que afirma que desde 2014 as
anos, além de multa. Já no art. 241-B, a pena prevista é de fotos de pessoas com animais no Instagram aumentaram
reclusão de um a quatro anos, mais multa. 292% no mundo todo. E em 40% delas, os humanos apare-
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 cem “abraçando ou interagindo de forma inadequada com
um animal selvagem”.
SEGURANÇA DE CRECHE EM JANAÚBA ATEIA FOGO Com frequência, os animais são capturados e maltrata-
EM CRIANÇAS DEIXANDO MORTOS E FERIDOS dos antes de serem exibidos aos turistas, aponta a World
ELE TAMBÉM ATEOU FOGO NELE Animal Protection, que se infiltrou em excursões na selva
amazônica do Brasil e do Peru para registrar estas intera-
Pelo menos três crianças morreram queimadas em uma ções.
creche em Janaúba, no Norte de Minas, na manhã desta “Atrás das câmeras, estes animais costumam ser es-
quinta-feira (5). Segundo as primeiras informações da Po- pancados, separados de suas mães quando bebês e guar-
lícia Militar, o guarda da creche ateou fogo em algumas dados secretamente em lugares sujos e apertados; ou são
crianças e em seu próprio corpo. Ainda não há informações cevados reiteradamente com alimentos que podem ter um
sobre o seu estado de saúde. impacto negativo a longo prazo em seu organismo e com-
O Samu foi acionado e está no local. O número de fe-
portamento”, afirma o grupo.
ridos ainda não foi divulgado, mas segundo o Samu, várias
“Com muita frequência os turistas desconhecem com-
crianças sofreram queimaduras.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 pletamente esta crueldade que torna os animais submissos
e disponíveis”, acrescenta.
MORADORES FIXAM PLACA EM RUA PARA AVISAR Em Manaus, capital do estado do Amazonas, 94% dos
SOBRE ALTO ÍNDICE DE ASSALTOS EM CARUARU 18 passeios turísticos visitados pela World Animal Protec-
RUA ESTÁ LOCALIZADA NO BAIRRO PETRÓPOLIS, tion ofereciam a oportunidade de “segurar e tocar animais
EM CARUARU. PADRE JÁ FOI ASSALTADO NO LOCAL. selvagens” para tirar fotografias.
Em tais pacotes, o boto-cor-de-rosa era o animal mais
Moradores da rua Visconde de Cairú fixaram placas oferecido pelos agentes para este tipo de contato, seguido
para avisar sobre o alto índice de assaltos no local. A rua da preguiça-de-três-dedos, crocodilos, anacondas verdes
está localizada no Bairro Petrópolis, em Caruaru, Agreste e macacos.
de Pernambuco, e fica próxima a uma faculdade, colégio Roberto Cabral, coordenador das operações de fisca-
particular, e uma escola pública do município. lização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama),
Perto da rua ainda há um hotel e um posto de combus- disse em uma entrevista à AFP que manter animais em cati-
tíveis. A dona de casa Sônia Cavalcante foi uma das mo- veiro para estes fins é ilegal no Brasil, mas que infelizmente
radoras que teve a iniciativa de colocar as placas no local. isto “acontece”.
“A insegurança está grande. Teve um dia que perto das Porém, “no contexto geral de tráfico de animais e de
12h levaram o carro de um vizinho. Eu já fui abordada por
caça que existe no Brasil, embora (a exploração turística de
assaltantes na frente da minha casa. Eles estavam armados
animais) seja impactante, é algo mínimo”, apontou.
e eu saí correndo. Na minha casa tem câmeras de segu-
“A ironia é que o turista que normalmente tira fotos
rança e eu sempre denuncio esse tipo de crime”, detalhou.
Segundo Sônia, até o padre da paróquia do bairro foi com o animal é aquele turista que adora os animais e, na
vítima de assalto. “Nós queremos alertar para essa falta de realidade, está contribuindo para o seu mal-estar, captura e
segurança. Depois das denúncias, vejo que o carro da polí- matança”, acrescentou Cabral.
cia tem passado mais vezes na rua”, contou a dona de casa.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017

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ATUALIDADES

COMO ANIMAIS DA COSTA DO JAPÃO FORAM PA- O elemento chave que tornou isso possível, de acordo
RAR NOS EUA - GRAÇAS A UM TSUNAMI com os pesquisadores, é a presença na água de plástico,
ONDAS GIGANTES ARRASTARAM CENTENAS DE fibra de vidro e outros produtos que não se decompõem.
OBJETOS PARA O MAR -- DE PEQUENOS PEDAÇOS DE “A madeira levada pelo tsunami durou pouco tempo
PLÁSTICO A BARCOS DE PESCA --, QUE SERVIRAM DE em comparação com a natureza duradoura do plástico”,
TRANSPORTE PARA CENTENAS DE ESPÉCIES DE CRIA- disse Carlton.
TURAS MARINHAS. “Por muito tempo, se uma planta ou um animal fosse
transportado por uma jangada pelos oceanos, seu barco
Cientistas identificaram centenas de espécies marinhas literalmente se dissolveria por baixo deles. O que fizemos
japonesas na costa dos Estados Unidos. Elas cruzaram o agora é fornecer a essas espécies jangadas bastante dura-
Oceano Pacífico após o tsunami causado pelo terremoto douras, mudamos a natureza de seus barcos”.
de 2011. Movendo-se muito mais devagar do que as embar-
Mexilhões, estrelas do mar e centenas de outras famí- cações, as balsas de plástico ou de fibra de vidro deram
lias de criaturas marinhas foram transportadas pelas águas, tempo às espécies para se adaptar gradualmente ao seu
muitas vezes pegando carona em resíduos plásticos. novo ambiente, tornando mais fácil a reprodução e para
Os pesquisadores ficaram surpresos com o fato de que suas larvas se prenderem aos detritos.
muitos sobreviveram à longa jornada, com novas espécies Os pesquisadores estão preocupados com o fato de
desembocando nas praias ainda em 2017. que, com tanto plástico nos oceanos, e com a mudança
Em março de 2011, um forte terremoto abalou o nor- climática tornando os ciclones e as tempestades mais in-
deste do Japão, desencadeando um enorme tsunami que tensas, a ameaça de invasão de espécies marinhas nunca
atingiu quase 39 metros de altura, varrendo a costa do país. foi tão grande. A pesquisa sobre o tsunami apenas mostra
Mais de 15 mil pessoas morreram. o impacto que esse transporte pode ter.
As ondas gigantes arrastaram centenas de objetos para “Não há nada comparável em escala do que já vimos
o mar - de pequenos pedaços de plástico a barcos de pes- antes na história da ciência do mar”, afirmou Carlton.
ca. Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
Um ano depois, os cientistas começaram a encontrar
destroços do tsunami, com criaturas vivas agarradas a eles, NOVA ESPÉCIE DE RATAZANA GIGANTE É DESCO-
desembocando no Havaí e na costa oeste dos EUA, do BERTA POR CIENTISTA AUSTRALIANO
Alasca à Califórnia. QUATRO VEZES MAIOR QUE ROEDORES COMUNS,
“Centenas de milhares de criaturas foram transporta- A RATAZANA SOBE EM ÁRVORES E CHEGA A MEIO ME-
das e chegaram à América do Norte e às ilhas do Havaí - a TRO DE COMPRIMENTO.
maioria dessas espécies nunca esteve no nosso radar como Uma nova espécie da roedor, quatro vezes maior que o
seres transportados pelo oceano em detritos marinhos”, comum, foi descoberta nas Ilhas Salomão, no Oceano Pa-
afirmou à BBC James Carlton, do Williams College e Mystic cífico.
Seaport, principal autor do estudo. O animal, que chega a atingir quase meio metro de
“Muitos dos destroços ainda estão por aí e pode ser comprimento, vive entre as árvores e se alimenta de casta-
que algumas dessas espécies japonesas ainda cheguem. nhas que abre com seus dentes.
Não ficaria surpreso se um pequeno barco de pesca japo- As Ilhas Salomão, a 1.800 km da Austrália, já têm ou-
nês perdido em 2011 aparecesse 10 anos após o evento”. tras oito espécies de ratazanas, mas essa é a primeira nova
A pesquisa, publicada na revista Science, descobriu 289 descoberta em 80 anos.
espécies diferentes até o momento. Os mexilhões são os Da mesma família de ratos e camundongos (Muridae),
mais comuns, mas há também caranguejos, mariscos, anê- a nova espécie, chamada Uromys vika, já fazia parte do fol-
monas e estrelas do mar. clore da ilha.
Os cientistas ainda estavam identificando novas espé- Escondidos nas árvores
cies quando o estudo chegou ao fim, em 2017, seis anos A cadeia de ilhas onde a nova espécie se encontra é
após o tsunami. biologicamente isolada.
De acordo com os pesquisadores, muitas outras es- A maioria dos mamíferos que vivem lá não é encontra-
pécies provavelmente fizeram a jornada e até agora não da em nenhum outro lugar do planeta.
foram descobertas. Atualmente, nenhuma colônia de inva- “Quando conheci o povo da ilha Vangunu, eles me
sores foi estabelecida, mas a equipe acredita que isso pode contaram sobre uma ratazana nativa que eles chamavam
acontecer. de vika, que vivia nas árvores”, diz Tyrone Lavery, biólogo
“Quando vimos espécies do Japão chegarem ao Ore- australiano que fez a descoberta.
gon, ficamos chocados. Nunca pensamos que pudessem Pesquisador do Field Museum, em Chicago, e pesqui-
viver tanto tempo, em condições tão difíceis”, disse John sador associado da Universidade de Queensland, na Aus-
Chapman, da Universidade de Oregon, coautor do estudo. trália, ele procurava pelo bicho desde 2010. Mas nunca ha-
“Não me surpreenderia se houvesse espécies do Japão via conseguido encontrá-lo.
que estão por aí vivendo ao longo da costa do Oregon. Na “Comecei a me questionar se era realmente uma es-
verdade, me surpreenderia se não houvesse”. peécie diferente, ou se as pessoas estavam apenas cha-
mando os ratos normais de ‘vika’”, conta ele.

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ATUALIDADES

Em novembro de 2015, no entanto, um guarda am- Larsen C


biental viu um rato enorme rolando de uma árvore de 10 Um iceberg de um trilhão de toneladas, um dos maio-
metros derrubada por lenhadores. res já registrados, se desprendeu em outra região da An-
A queda matou o animal, mas o guarda enviou o corpo tártica, a Larsen C. O anúncio foi feito em julho deste ano
para o Museu de Queensland, na Australia, onde Lavery era por cientistas da Universidade de Swansea, no Reino Unido.
um pesquisador associado. Os cientistas estudavam o bloco de gelo há muitos
“Assim que examinei o espécime, sabia que havia algo anos. Os olhares voltaram à região após notar as rupturas
de diferente”, diz ele. da plataforma de gelo Larsen A, em 1995, e Larsen B, em
“Só existem oito espécies de ratos nativos das Ilhas 2002. Larsen C é a maior plataforma de gelo da Antártica e
Salomão, e olhando as características do crânio, consegui o pedaço que se desprendeu tem 5.800 km².
excluir boa parte das espécies imediatamente.” Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
Depois de um teste de DNA, Lavery confirmou que era
uma nova espécie, que ele nomeou de Uromys vika. JOVENS PERCORREM CIDADES EM NAVIO PARA
O rato recém descoberto tem um longo e escamoso ALERTAR SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
rabo, que os pesquisadores acreditam que o ajuda a se Ashwa Faheem é uma repórter fotográfica de 26 anos
agarrar quando passa de uma árvore para outra. que nasceu nas Ilhas Maldivas, uma das nações-ilha do
Os ancestrais do bicho provavelmente viajaram até as Pacífico, lugar paradisíaco, ideal para quem pensa numa
ilhas em pedaços de vegetação flutuante. Uma vez ali, eles viagem turística para descansar e observar a natureza.
evoluiram para ter dentes grandes e afiados que usam, de Para Ashwa, porém, este lado quase celestial de sua terra
acordo com a população local, para mordiscar castanhas e é apenas uma faceta, distante de sua rotina. Ela já convive
cocoquinhos. também, desde pequena, com outro lado menos divino,
A espécie provavelmente será classificada de imediato digamos assim, das ilhas em que nasceu e que, de uns tem-
como em perigo crítico de extinção devido à ameaça que pos para cá, vêm sofrendo com o aumento dos oceanos,
sofrem da indústria madeireira. Cerca de 90% das árvores fenômeno causado pelo aquecimento global:
das ilhas já foram derrubadas. “Nem tudo nas Maldivas é bonito. Quando o nível das
“A região onde a espécie foi encontrada é um dos úni- águas sobe, perdemos muita terra. E quando a terra desa-
cos lugares que ainda têm florestas”, diz Lavery. parece, perdemos recursos, a agricultura e a pesca. Muita
“É necessário documentar essa ratazana urgentemente gente usa a pesca e o turismo para sobreviver. Afeta tudo.
e encontrar mais apoio para a área de conservação de Zai- É um efeito de dominó”.
ra, na ilha de Vangunu, onde a espécie vive.” Para levar essa mensagem mundo afora, aproveitando
O estudo sobre a nova espécie foi publicado na publi- o momento pré-Conferência do Clima (COP-23), que acon-
cação científica Journal of Mammalogy. tecerá em novembro na cidade alemã de Bonn, Ashwa se
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017 juntou a um grupo de seis jovens, todos residentes em Pe-
quenos Estados Insulares em Desenvolvimento, como Mal-
NOVO ICEBERG SE DESPRENDE DE GELEIRA NA AN- divas. Eles estão a bordo de um navio da ONG internacional
TÁRTICA, DIZ NASA Peace Boat e estão sendo chamados de “Embaixadores” do
PEDAÇO DE GELO ESTÁ LOCALIZADO EM REGIÃO clima e da paz. Vão visitar sete capitais e acabaram de dei-
DIFERENTE DE LARSEN C, ONDE ICEBERG GIGANTESCO xar Lisboa, de onde me chegaram as notícias do grupo via
SE SOLTOU COM ANÚNCIO EM JULHO DESTE ANO. jornal “O Público”.
Um novo iceberg se desprendeu da região da gelei- Os jovens embaixadores visitarão Barcelona, Nova
ra de Pine Island, oeste da Antártica. A fotografia acima York, Edimburgo, Londres, Bordeaux e outras capitais, mas
foi divulgada pela agência espacial americana (Nasa) nesta não virão ao Brasil. Em cada um desses locais vão contar
quarta-feira (27). sobre seus esforços para se manter num território que vai
A imagem de cor original foi capturada no último dia ser engolido pelo mar até o fim deste século.
21 de setembro pelo satélite Landsat 8 da Nasa. Ela mostra Nessa mesma linha de pensamento, o premiê de outra
o início da fenda no centro da plataforma de gelo. ilha ameaçada, Fiji, Frank Bainimarama, que também é pre-
De acordo com a agência, essa ruptura produziu o sidente da COP, saudou os participantes da última Assem-
iceberg B-44, visível em outras imagens capturadas em bleia Geral da ONU. Para ele, não há como escapar do fato
23 de setembro pelo satélite Sentinel-1, da Agência Espa- de que as mudanças climáticas constituem uma ameaça
cial Europeia (ESA), com descoberta do analista Matthew tão grande para a segurança global como qualquer outra
Welshans, do Centro Nacional do Gelo nos Estados Unidos fonte de conflito que a humanidade vive hoje. E não há
(USNIC). “escolha a ser feita entre prosperidade e um clima saudável.
O novo pedaço de gelo flutua na baía de Pine Island, “Milhões de pessoas já estão em movimento por cau-
no mar de Amundsen, e tem 185 km² -- cerca de duas ve- sa da seca e as mudanças na agricultura ameaçando sua
zes a área da capital do Espírito Santo, Vitória. Ele é maior segurança alimentar. Ao longo da história, sabemos que
do que o iceberg descoberto em janeiro deste ano na mes- os seres humanos irão lutar pelo acesso à água. E, a me-
ma região, mas menor do que o descoberto em julho de nos que abordemos as causas subjacentes das mudanças
2015 (225 km²). climáticas, já sabemos que alguns lugares se tornarão in-

19
ATUALIDADES

viáveis e outros desaparecerão completamente. Na minha JAPÃO MATA 177 BALEIAS NA COSTA DO PACÍFICO
região, três de nossos vizinhos estão em risco, e é por isso PARA ‘FINS CIENTÍFICOS’
que Fiji ofereceu refúgio às pessoas de Kiribati e Tuvalu se ORGANIZAÇÕES DE DEFESA DOS ANIMAIS DE-
suas casas vierem a se afundar por completo”, disse ele. NUNCIAM A ALEGAÇÃO JAPONESA.
Fiji já perdeu parte de sua terra agricultável por causa
da salinidade excessiva trazida pelo mar. Bainimarama disse Os japoneses mataram 177 baleias na costa nordes-
que escolheu ser presidente da COP para poder levar adiante te do arquipélago no Pacífico, em uma missão que teria
esse recado. Pelas regras das Conferências, já que ele é o pre-
“fins científicos”, segundo anunciou nesta terça-feira (26) a
sidente, a reunião deveria acontecer em Fiji, mas o país não
tem condições para sediar um encontro tão grande, não ofe- agência de pesca japonesa.
receria segurança aos líderes. Foi feito, então, um acordo com Três navios especializados em caça às baleias iniciaram
a Alemanha, que aceitou receber os conferencistas em Bonn. a missão em junho e capturaram 43 baleias Minke e 143
“Esse é um exemplo para o mundo de como países em baleias-sei, de acordo com a agência. Segundo os japo-
extremos opostos da Terra e de meios e tamanho muito di- neses, a caça às baleias seria “necessária” para calcular a
ferentes podem trabalhar efetivamente em direção a um ob- quantidade de potenciais capturas a longo prazo, justificou
jetivo comum. Fiji está profundamente consciente de que os a agência, que tem como objetivo “retomar algum dia a
governos sozinhos não podem enfrentar esse desafio. É por pesca comercial”, segundo explicou o funcionário da agên-
isso que estamos colocando essa ênfase na noção de uma cia Kohei Ito.
Grande Coalizão de governos em todos os níveis, a socieda- O Japão é signatário da moratória da caça às baleias
de civil, o setor privado e os cidadãos comuns movendo esta da Comissão Baleeira Internacional (CBI), mas afirma que
agenda para a frente. Estou dialogando com governadores, recorre à medida com fins de pesquisa, no Pacífico e na
prefeitos, líderes de todos os tipos em nossas sociedades.
Antártica. As organizações de defesa das baleias denun-
Pessoas de fé. Pessoas na linha de frente da luta climática.
ciam a alegação japonesa, assim como vários países, que
Mulheres. E os jovens, que representam o nosso futuro”, con-
tinuou o premiê. consideram que Tóquio utiliza de maneira desonesta uma
Todo o discurso de Frank Bainimarama é um forte apelo exceção da proibição da caça aos cetáceos, de 1986. Em
porque ele tem certeza de que é preciso aumentar a resi- 2014, o Tribunal Internacional de Justiça exigiu de Tóquio o
liência de seu país contra as tormentas que virão pela frente, fim da caça às baleias no Atlântico, por considerar que os
cada vez mais fortes. Para isso, quer juntar sociedade civil, japoneses não cumpriam os critérios científicos exigidos. O
empresários e governos. Para isso, conta também com a per- Japão cancelou a temporada de caça de inverno de 2014-
formance dos jovens que estão navegando no Peace Boat. 2015, mas retomou a pesca no ano seguinte.
De fato, não há como ficar imune a depoimentos como o de Confrontos entre baleeiros japoneses e defensores dos
Selina Leem, que na COP-21, em Paris, foi a mais jovem dele- animais
gada. No encerramento do encontro, ela emocionou a todos O Oceano Antártico já foi cenário de confrontos en-
com suas palavras: tre baleeiros japoneses e defensores dos cetáceos. No mês
“Tenho 18 anos e desde que nasci fico muito nervosa passado, a organização ecologista Sea Shepherd anunciou
quanto à minha casa. Hoje estou ainda mais. O meu país é
a desistência de tentar impedir a ação dos baleeiros japo-
muito afetado pela subida do nível das águas. Quando a água
sobe, arrasta-se por todo o lado. Toda a ilha é inundada.” neses no Sul, reconhecendo seus próprios limites ante a
Hoje com a equipe do Peace Boat, a jovem deu entrevista potência marítima nipônica.
à reportagem do jornal “O Público” e listou o que, para ela, A Noruega, que se opôs à moratória de 1986 e consi-
pode ser feito para acabar com seu problema: dera que esta não a afeta, e a Islândia, são os únicos dois
“Educar as pessoas. Falar com os líderes políticos. Tirar países no mundo que praticam abertamente a caça comer-
fotografias. Fazer discursos públicos. Há muitas pequenas cial. O Japão tenta provar que a população de cetáceos é
coisas que todos podemos fazer”, disse ela. suficientemente grande para suportar a retomada da caça
Selina vai precisar mesmo desse discurso quando o navio comercial.
Peace Boat chegar a Nova York, o que está previsto para o O consumo da baleia tem uma longa tradição no Ja-
mês que vem. Lá ela vai se encontrar com representantes das pão, onde a caça é praticada há muitos séculos. A indústria
Nações Unidas, e o pedido não é qualquer coisa: os países-i- baleeira teve seu auge depois da Segunda Guerra Mundial.
lha querem uma mudança radical no consumo de combustí- Mas a demanda dos consumidores japoneses caiu conside-
veis fósseis do mundo todo para que o aquecimento se man-
ravelmente nos últimos anos, o que provoca muitos ques-
tenha a 1.5 grau acima do que era na Revolução Industrial. É
tionamentos sobre o sentido das missões científicas.
este o único jeito, afirmam os cientistas, de os impactos não
aumentarem de intensidade.
Além disso, querem também um financiamento. Vão Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
precisar de dinheiro para enfrentar os problemas causados
por furacões, como o Irma, que recentemente atingiu parte
da costa dos Estados Unidos, México e ilhas do Caribe. Não
vai ser fácil convencer.
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017

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ATUALIDADES

CIÊNCIA E TECNOLOGIA ‘Nenhuma razão médica’


A SURPREENDENTE RAZÃO PELA QUAL OS INVEN- Muitos especialistas acreditam que os inventores da pí-
TORES DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL DECIDIRAM lula podiam ter evitado tudo isso -- e não apenas porque a
QUE AS MULHERES DEVERIAM CONTINUAR MENS- sociedade finalmente aceitou, com o tempo, que as mulhe-
TRUANDO res não precisavam de um homem para lhes explicar nada.
VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU POR QUE A PÍLULA DEVE O médico baiano Elsimar Coutinho, coautor do livro
SER TOMADA POR TRÊS SEMANAS E SEU USO, INTER- Menstruação, a Sangria Inútil (Gente, 1996), argumenta
ROMPIDO NA QUARTA? ALGUNS PODEM IMAGINAR que “a ovulação incessante não cumpre nenhum propó-
QUE SEUS CRIADORES TENHAM FEITO ISSO POR RA- sito” e que as mulheres, se assim quiserem, podem tomar
ZÕES MÉDICAS, MAS O MOTIVO NÃO FOI CIENTÍFICO, a pílula por períodos mais longos para evitar não apenas a
MAS CULTURAL. gravidez, mas a própria menstruação, que é muitas vezes
A pílula anticoncepcional é considerada por muitos incômoda e dolorosa.
como um símbolo da emancipação feminina ao permitir a O jornalista e sociólogo Malcom Gladwell apoiou essa
elas ter relações sexuais sem medo de engravidar. No en- ideia em 2000 em um ensaio publicado na revista “The
tanto, a história por trás do seu desenvolvimento não teve New Yorker” sobre o ciclo de 28 dias idealizado por Rock e
muito a ver com essa ideia. Pincus dizendo: “Não havia e não há nenhuma razão mé-
Por exemplo: você já se perguntou por que o ciclo de dica para isso”.
uso pílula envolve tomá-la por três semanas e interromper Coutinho, diz Gladwell, destaca que a menstruação
o uso (ou adotar um placebo) na quarta semana? Alguns gera uma série de problemas de saúde que poderiam ser
podem imaginar que seus criadores, John Rock e Gregory evitados ao suprimi-la: dores abdominais, alterações no es-
Pincus, tenham feito isso por razões médicas, mas o motivo tado de ânimo, enxaquecas, endometriose e anemia.
não foi científico, mas cultural. Por sua vez, Ettachfini afirmou em seu artigo que na
Rock era um católico devoto, e para ele era importan- verdade existem dois anticoncepcionais orais que podem
te obter a aprovação do Vaticano. Por isso, ele queria que ser tomados de forma contínua, sem sangramentos men-
o sistema anticoncepcional fosse o mais parecido possível sais. O Seasonale foi lançado em 2003 e propõe só quatro
com outro já aprovado pela Igreja Católica, o método rít- menstruações por ano: uma a cada estação. E, em 2007,
mico, conhecido popularmente como tabelinha, que con- foi aprovada a primeira pílula sem pausas para menstruar,
siste em não fazer sexo no período de ovulação, quando a a Lybrel.
mulher está fértil. Críticos
Por isso, Rock pensou que, se a pílula emulasse o ciclo Ainda que chame atenção o fato de que poucas mulhe-
natural, poderia ser vista com bons olhos pelo papa. Mas res saibam que podem optar por não menstruar, também
seu plano fracassou. não há um consenso de que isso seja uma boa ideia.
A pílula foi aprovada em 1960 e tornou-se muito popu- Há cientistas que inicialmente advertiram não haver
lar, mas a Igreja levou quase uma década para se manifes- estudos consistentes sobre o efeito para uma mulher de
tar publicamente e, quando o fez, condenou o método por não menstruar por longos períodos de tempo. Mas espe-
considerá-lo “artificial”. cialistas concordam que isso não gera problemas de saúde.
Esquecimento Há ainda quem alerte sobre os perigos de se tomar a
A essa altura, a principal preocupação já não era a Igre- pílula, em especial por períodos prolongados.
ja, mas as mulheres. Como se tratava da reprodução (de O site Broadly publicou um ano atrás que há cada vez
evitá-la, para ser mais preciso), alguns homens se preocu- mais estudos que falam da existência de um vínculo entre
pavam em deixar essa responsabilidade na mão delas. o uso de anticoncepcionais hormonais e a depressão, ci-
O sistema criado por Rock e Pincus exige que as mulhe- tando um uma pesquisa dinamarquesa que mostrou que
res sigam com muita atenção seu ciclo de uso, tomando a adolescentes que tomavam a pílula tinham “um risco 80%
pilula por 21 dias e interrompendo por sete. Caso se esque- maior” de terem de tomar antidepressivos.
çam de alguma dose, perde-se o efeito anticoncepcional. Por outro lado, para algumas mulheres, menstruar é
Preocupado com a possibilidade de sua mulher se es-
uma parte fundamental de sua identidade, ainda que ou-
quecer da pílula diária, um homem chamado David Wag-
tras se recusem a associar o ciclo reprodutivo com a iden-
ner, que era pai de quatro filhos, criou em 1961 uma emba-
tidade de gênero.
lagem redonda que permite ver se a mulher está tomando
A certeza é que, no fim das contas, o importante é que
a pílula corretamente. Várias empresas farmacêuticas co-
as mulheres saibam que têm mais de uma opção.
piaram o modelo, que segue popular ainda hoje em alguns
Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
países.
A forma de promover essa nova apresentação da pílula
revela muito sobre aquela época, como ressaltou a jornalis-
ta Leila Ettachfini em um artigo no site Broadly. “Fácil para
que você explique... e para que ela use”, dizia um anúncio
de 1964 da empresa Ortho-Novum. Outra publicidade, de
1969, da marca Lyndiol dizia aos médicos para “proteger
sua paciente do próprio esquecimento”.

21
ATUALIDADES

INJEÇÃO DE ANTICORPOS É PROPOSTA DE TRATA- “Para as pessoas em geral, a infecção pelo vírus da zika
MENTO PREVENTIVO CONTRA ZIKA EM GESTANTES não causa grandes problemas. Uma vacina resolve. Agora,
CIENTISTAS TESTARAM ANTICORPOS SELECIONA- durante a gravidez que ocorre o problema é maior. Não
DOS EM LABORATÓRIO EM PRIMATAS COM PROTEÇÃO podemos correr o risco de tentar prevenir a mãe e atingir
DE 100%. o bebê», disse.
O próximo passo será a administração do coquetel em
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Miami, primatas gestantes e, na fase seguinte, em seres humanos.
do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Já prevendo uma possível ocorrência de reação adver-
de São Paulo (USP) obteve respostas positivas em maca- sa do sistema imunológico em caso de infecção por den-
cos rhesus para um futuro tratamento preventivo contra gue, que é da família dos flavivírus, assim como o zika, os
zika em gestantes. Os resultados foram publicados nesta especialistas realizaram pequenas modificações na estru-
quarta-feira (4), na revista científica “Science Translational tura genética dos anticorpos monoclonais para tornar sua
Medicine”.
administração ainda mais segura. Desta forma, o coquetel
O macaco rhesus tem reação parecida ao ser humano
também poderia ser utilizado por pessoas com histórico de
ao entrar em contato com o zika: o vírus consegue infectar,
infecção por dengue, incluindo gestantes.
se replicar e causar danos aos fetos. Por isso, os cientistas
A descoberta também contou com a colaboração de
escolheram a espécie para os testes em animais.
Antes de chegar à fase com os primatas, os cientistas especialistas do Instituto de Pesquisa Scripps, da Univer-
passaram por algumas etapas. Anticorpos são moléculas sidade de Emory, dos Institutos Nacionais de Saúde dos
liberadas pelas células para “proteger” o corpo. As primei- Estados Unidos e do Instituto Ragon.
ras referências à existência deles na ciência são datadas do Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
final do século XIX.
Se eles são conhecidos há tanto tempo, por que só DE TESTE DE DNA CASEIRO A ORGANISMOS GE-
agora resolveram usá-los em um tratamento contra o zika? NETICAMENTE MODIFICADOS: OS PROJETOS DOS
O trabalho dos cientistas foi identificar quais são as cé- BIOHACKERS BRASILEIROS
lulas de imunização mais eficientes contra o zika, trabalho ENTUSIASTAS DA BIOLOGIA “FAÇA VOCÊ MESMO”
de engenharia genética eficiente, mas recente e não popu- CRIAM SEUS PRÓPRIOS EQUIPAMENTOS, FAZEM EX-
larizado. Primeiro, eles extraíram, isolaram e purificaram 91 PERIMENTOS FORA DA UNIVERSIDADE E PROCURAM
anticorpos monoclonais do sangue humano, a partir de um SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS DO COTIDIANO.
paciente que estava infectado pelo vírus -- ou seja: nesta Parece um papo comum: um grupo de jovens que ain-
época, a pessoa estava produzindo uma grande quantida- da não se formou na faculdade se reúne ao redor de um
de para combater a doença. porção de esfirras baratas e discute se aquela carne tem
Depois, os cientistas precisaram identificar entre esse origem duvidosa.
vasto número de moléculas produzidas pelo paciente quais A paranoia sobre a origem da proteína animal é fre-
eram os mais eficientes contra o zika. Foram feitos testes quente, mas, nessa turma, a conversa não fica só na teoria
em laboratório para ver as opções que melhor neutraliza- conspiratória: reunidas em um laboratório de garagem, as
vam o vírus. Os anticorpos monoclonais chamados SM- amigas estão testando protocolos para fazer um teste de
ZAb1, SMZAb2 e SMZAb5 foram os mais eficazes. Chegou- procedência da carne. Isso mesmo: checar se o DNA da-
se a um coquetel com esse trio. quela amostra é realmente bovino.
Testes em macacos Bem-vindo ao mundo do biohacking: um universo
Nos Estados Unidos, um grupo de oito macacos rhe- onde entusiastas fazem uso da biologia de maneira ama-
sus passou por testes para verificar a eficiência de proteção
dora em resposta a uma curiosidade científica, uma dúvida
com esse coquetel. Quatro receberam o trio de anticorpos
pessoal ou um problema coletivo.
e os outros quatro receberam um placebo. Um dia depois,
Faça você mesmo
foram infectados pelo vírus da zika isolado pela equipe do
A palavra hacking não é novidade. No Brasil, costuma
IOC/Fiocruz em 2016, extraído de um paciente do Rio de
Janeiro. ser associada à ideia de hackers que invadem computado-
De acordo com o artigo publicado nesta quarta, a taxa res e roubam dados, os «piratas de computadores».
de proteção nos animais chegou a 100%. Testes adicionais Mas o conceito de hacking na verdade é muito mais
demonstraram que os anticorpos continuaram ativos e em amplo – e não está necessariamente ligado à ações mali-
altas quantidades seis meses após a injeção. ciosas. Em seu sentido original, significa fazer modificações
Uma dose desta junção de anticorpos pode ser uma em sistemas ou programas para obter um recurso que an-
saída mais segura para gestantes durante a gestação. De tes não estava disponível, encontrar uma melhoria ou cor-
acordo com a pesquisadora e uma das autoras do artigo, rigir um problema.
Myrna Bonaldo, do IOC/Fiocruz, as vacinas são boas so- Existe inclusive a chamada “cultura hacker”, uma ideo-
luções, mas podem apresentar ainda algum risco para as logia que prega amplo acesso à tecnologia, livre circulação
grávidas porque são feitas com o vírus atenuado (“enfra- de informação, descentralização de conhecimento e ino-
quecido”). vação.

22
ATUALIDADES

O hacking também não precisa estar restrito ao mundo como distração e acabou criando uma pequena empresa
da informática: o biohacking une o universo da biologia para criar um novo defensivo agrícola através do desliga-
com a cultura hacker, formando a Biologia DIY, que quer mento de um gene de pragas.
dizer “do it yourself”, ou “faça você mesmo”. Um de seus sócios, Erico Perrella, implantou um chip
“A ideia é democratizar a tecnologia, mostrar que a RFID na mão em 2014 - sua intenção era usar o mecanismo
ciência não precisa se restringir à área da universidade. É para dar partida em sua kombi, mas o carro acabou vendi-
ampliar o número de experiências possíveis com menos re- do, e o chip, que ainda está em sua mão, hoje não tem mais
cursos”, diz o colombiano Andres Ochoa, consultor de tec- utilidade para ele.
nologia e criador da rede SynTechBio, que reúne biohackers Já dentro do campo das experimentações, as possibi-
da América Latina. A rede tem como membros pelo menos lidades trazidas pela Biologia DIY são inúmeras. A ideia de
14 grupos espalhados pelo continente, três deles no Brasil. analisar a origem de alimentos, por exemplo, se baseia em
O biohacking é essencialmente interdisciplinar, ou seja, uma técnica chamada DNA Barcoding (Codigo de Barras de
atrai pessoas de áreas como Física, Design, Artes, Compu- DNA, em tradução livre).
tação e Matemática. “Elas juntam seus conhecimentos à Todo segundo sábado do mês o centro Genspace, em
Biologia para desenvolver projetos”, diz Ochoa. Nova York, abre seu laboratório para que as pessoas levem
Claro que, assim como hackers de computadores, os suas próprias amostras de alimentos e façam testes do tipo.
interessados precisam ter um bom conhecimento no as- Há quem invista na divulgação científica e nas possibilida-
sunto para poder se aventurar em ações mais inovadoras. des educacionais da Biologia DIY.
Mas isso não significa ter doutorado em Biotecnologia, diz É o caso do carioca Filipe Oliviera, um dos criadores
a professora Liza Felicori, da Universidade Federal de Minas do Conector Ciência, iniciativa que visa colocar em conta-
Gerais (UFMG). to escolas com métodos de ensino de baixo custo e fazer
“A Biologia é bastante acessível, é possível fazer o co- os próprios alunos construírem os equipamentos. Dá para
nhecimento se popularizar. Tanto que às vezes a gente faz descobrir a biodiversidade com um microscópio de papel,
experimentos com alunos de ensino médio e eles enten- fazer a automação de luzes com sensores de luminosidade,
dem, fazem bem. Conseguem tranquilamente extrair o entre outros usos.
DNA de um morango, por exemplo”, afirma ela, que está Outro caminho comum é o desenvolvimento de novos
montando um laboratório aberto para pessoas de fora da materiais, como fez o estudante de Biotecnologia baiano
universidade. Geisel Alves, que ajudou uma ONG a criar um mecanismo
“Muitas vezes, a universidade fica fechada demais em que converte fibra do coco verde em papel reciclável usan-
si mesma. Os jovens não têm os bloqueios de quem lida do métodos caseiros e materiais acessíveis.
com as dificuldades da ciência há anos e acabam trazendo “É um material fibroso genérico que você mistura com
novas soluções.” outros materiais para fazer várias coisas. Além do papel, dá
Chips e DNA
pra fazer telha, piso, tijolo”, explica Alves. “Aqui, o alto con-
Há três principais subdivisões na Biologia DIY. Grupos
sumo de coco é um problema grande, porque eles acabam
focados em fazer experimentos para encontrar soluções;
empilhados nas praias. Atrai ratos, mosquito da dengue.”
pessoas interessadas em desenvolver e baratear equipa-
“Novos materiais são um nicho”, diz Andres Ochoa. “No
mentos e em montar laboratórios coletivos que possibili-
Brasil já se trabalha com produção de um tecido ecológico
tem esses experimentos; e uma terceira vertente, interessa-
que parece com couro a partir dos micro-oganismos que
da em modificações corporais tecnológicas.
fazem kombucha (uma bebida fermentada).”
Nessa última área estão, por exemplo, pessoas que in-
Manipular micro-organismos também é muito útil para
jetam chips e ímãs sob a pele e fazem experimentações co-
tornar alguns tipos de fármacos mais acessíveis. Andrés
locando substâncias e até mesmo circuitos eletrônicos no
próprio corpo. Essa é a vertente do biohacking que acaba Ochoa participou da fase inicial do projeto Open Insulin,
chamando mais atenção, mas também atrai críticas dentro em que um grupo de 16 biohackers se uniu para criar um
do movimento. protocolo open source (aberto) de insulina - espécie de
“É um grupo muito pequeno que faz isso. Chamam instrução que serve de base para a produção da substância,
atenção, mas são minoria. Estamos falando de tecnologias usada no tratamento de diabetes, de maneira mais barata
que estão evoluindo cada vez mais rápido. Não faz senti- e acessível. O projeto conseguiu arrecadar U$ 16 mil ( R$
do você colocar em seu corpo um negócio que em pouco 50 mil) no Experiment, uma plataforma de financiamento
tempo vai ficar obsoleto”, diz Andres Ochoa. coletivo para pesquisas científicas.
Ele argumenta que a grande tendência são as tecno- No Brasil, não há legislação específica para “laborató-
logias “usáveis”, como relógios inteligentes e circuitos que rios de garagem”, no entanto, tudo o que é produzido fica
podem ser colados sobre a pele e removidos com facilida- sujeitos à legislação específica para aquele produto. Remé-
de. dios, por exemplo, terão de passar por aprovação da Anvisa
“Em geral, quem faz isso na verdade está fazendo uma antes de serem distribuídos.
declaração, é mais um ato simbólico do que uma coisa que Por isso, os biohackers acabam criando empresas e
tenha uma grande função prática”, diz o biohacker Otto muitas vezes profissionalizando o que era um hobby. A en-
Heringer, de São Paulo, que começou a fazer experimentos genheira química Clarissa Lopes, o estudante de Engenha-

23
ATUALIDADES

ria Aeroespacial Lucas Milagres e o estudante de Bioinfor- “Nos Estados Unidos, o acesso é tão fácil, tudo é tão
mática Carlos Gonçalves criaram uma empresa para tocar barato que a galera consegue montar laboratórios na pró-
seu projeto de usar bactérias na produção de calcitriol, um pria garagem. Aqui em São Paulo, não tem como fazer isso.
medicamento usado no tratamento de insuficiência crônica Para começar, a gente nem tem garagem”, diz Otto Herin-
renal. ger, que faz especialização na Universidade de São Paulo
“A indústria farmacêutica usa hoje outro processo, de (USP).
bem mais difícil acesso. Não há nenhum produtor local”, Há mais de 80 espaços de Biologia DIY pelo mundo,
afirma Gonçalves, que evita divulgar mais detalhes do pro- de acordo com o site DIYBio. A maioria é em cidades do
jeto por ainda não ter registrado uma patente. Sua expec- hemisfério norte como Amsterdã (Holanda), Berlim (Ale-
tativa é chegar a um forma de produção mais barata do manha), Paris (França), Nova York e São Francisco (Estados
remédio. Unidos).
Laboratórios “Não posso reclamar da USP, mas muitas universidades
federais não têm os laboratórios que os caras na Europa
O Brasil já tem diversos laboratórios “de garagem”
têm em casa”, afirma o Heringer. Nos Estados Unidos, por
abertos, com impressoras 3D e outros materiais para quem
exemplo, é possível comprar kits prontos de engenharia
é adepto do faça-você-mesmo — como o Olabi, no Rio de genética pela internet.
Janeiro, e o Garoa Hackerspace e os FabLabs da Prefeitura No Brasil, por conta dos preços e das dificuldades, a
de São Paulo. maioria dos laboratórios abertos na área de biologia ainda
Para trabalhar com “Biologia de Garagem”, no entanto, são, de algum modo, ligados às universidades - ocupando
é preciso um pouco mais: áreas separadas, estéreis, com espaços ou reaproveitando equipamentos.
equipamentos específicos e protocolos de biossegurança. “Mesmo a ciência ‘oficial’ que fazemos muitas vezes é
São os chamados wetlabs, laboratórios “molhados”, porque em uma salinha minúscula, com material improvisado, com
lidam com componentes vivos. muita dificuldade. A gente está acostumado com a gam-
O espaço aberto pela professora Liza Felicori, da Uni- biarra. Sair dos muros da universidade ou dos laboratórios
versidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é um deles. Ele das grandes indústrias é quase uma questão de sobrevi-
já recebeu os equipamentos e deve abrir até o fim do ano. vência pra gente. O biohacking faz muito mais sentido para
Há microscópios, estufa, pipetas, uma centrífuga (para se- nós do que para eles”, afirma.
parar componentes de soluções), uma impressora 3D, uma Ele também aponta a diferença nos tipos de iniciativas:
máquina de PCR (para reproduzir DNA em grandes quanti- enquanto no Brasil os projetos tendem a ser voltados para
dades) e um nanodrop (que mede a concentração de mo- resolver problemas reais, nos Estados Unidos e na Europa,
léculas). muitos deles são mais recreativos ou tem um quê de hobby
excêntrico.
A estudante Carol Gonzaga também montou um des-
Nos locais onde o movimento é mais desenvolvido, já
ses espaços, o Hub, com outros cinco biohackers no Rio de
começaram as surgir as preocupações com possíveis ris-
Janeiro. O laboratório fica atualmente em um local improvi-
cos – laboratórios amadores não poderiam criar organis-
sado, mas será levado para um galpão de 320 m². mos nocivos? O FBI, a polícia federal americana, monitora o
“Terá um espaço de fabricação digital, uma cozinha ex- movimento, mas não há regulamentação específica.
perimental, laboratório de biohacking e um laboratório de Os entusiastas dizem que todos os locais seguem pro-
mídia para lidar com eletrônica e comunicação”, explica ela, tocolos de biossegurança e cartilhas de bom funcionamen-
que conseguiu apoio do parque tecnológico da Universida- to. O cientista francês Thomas Landrain, que estuda o mo-
de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). vimento, diz em sua pesquisa que os espaços ainda não
Interessado em baratear equipamentos para esses la- têm sofisticação suficiente para gerar problemas.
boratórios, o brasileiro André Maia Chagas desenvolveu Mas, apesar da relativa limitação técnica, os biohackers
projetos nesse sentido e acabou lançando a start-up [em- seguem entusiasmados. “Tornar a ciência mais acessível
presa iniciante de tecnologia] Prometheus Science, na Ale- tem um enorme potencial transformador”, diz André Maia
manha. Chagas, do Prometheus Science.
Sua empresa é parte da enorme comunidade criando
equipamentos baratos e mais acessíveis. “Possibilitando Fonte G1.com/ Acessado em 10/2017
que um experimento que custa 100 euros possa ser feito
por 3, você quebra um das principais barreiras da ciência,
que é a dificuldade de acesso por causa de dinheiro”, diz
ele.
Nós e eles
Nos Estados Unidos e na Europa, o movimento Biologia
DIY foi surgindo conforme tecnologias biológicas, como
sequenciamento de DNA, foram ficando mais acessíveis. Já
no Brasil e em países como Índia e África do Sul, contam os
biohackers, o movimento surgiu da necessidade.

24
ATUALIDADES

QUESTÃO
ANOTAÇÕES
01) “‘Monopólio’ brasileiro do nióbio gera cobiça mun-
dial, controvérsia e mitos. Com 98% das reservas, Brasil não
tem política específica para o mineral. Exportações cres- __________________________________________________
ceram 110% em 10 anos e somaram US$ 1,8 bi em 2012.”
Em relação ao nióbio brasileiro, assinale a alternativa ___________________________________________________
correta.
A O depósito localizado no carbonatito do barreiro em
___________________________________________________
Araxá (MG) é responsável pela maior produção brasileira. O ___________________________________________________
nióbio é considerado fundamental para a indústria de alta
tecnologia, como os tomógrafos de ressonância magnéti- ___________________________________________________
ca, para a indústria aeroespacial, entre outras.
B As maiores reservas de nióbio estão localizadas na ___________________________________________________
Amazônia (75%), onde a empresa Vale detém o monopólio ___________________________________________________
de exploração e comercialização.
C O nióbio é um mineral nobre e raro encontrado em ___________________________________________________
poucos países e seu preço está muito próximo do valor do
ouro, o que levou Walter Moreira Salles, banqueiro brasilei- ___________________________________________________
ro, a investir na extração desse minério.
D O fato de o Brasil possuir cerca de 98% das reser- ___________________________________________________
vas conhecidas garante ao país muitos anos de monopólio ___________________________________________________
da oferta. Devido ao crescimento da intensidade de uso e
das inúmeras possibilidades de aplicações, a relevância e ___________________________________________________
a valorização desse mineral são comparadas ao ouro e ao
petróleo. ___________________________________________________
E A oferta de nióbio está praticamente toda nas mãos
das duas gigantes mineradoras que operam no país, a es-
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tatal Companhia Siderúrgica Nacional e a Anglo American. ___________________________________________________

Resposta: A ___________________________________________________

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25
ATUALIDADES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES (B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes


SOBRE: LÍNGUA PORTUGUESA americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte.
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/ (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al- americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
ternativa correta quanto à concordância, de acordo sa fonte.
com a norma-padrão da língua portuguesa. (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
social está no centro dos debates atuais. diárias dessa fonte.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re- (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
lação aos efeitos da desigualdade social. americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos diárias, (X) dessa fonte.
mais pobres é um fenômeno crescente.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito RESPOSTA: “C”.
criticado por alguns teóricos.
(E) Os debates relacionado à distribuição de rique- 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO –
zas não são de exclusividade dos economistas. FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de
concordância verbal na frase:
Realizei a correção nos itens: a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a
cial está = estão visibilidade social.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver- b) As duas tábuas em que se comprimem o famige-
gem rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos,
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos como “compro ouro”.
mais pobres é um fenômeno crescente. c) Não se compara aos vexames dos homens-placa
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- a exposição pública a que se submetem os guardadores
cado = criticada
de carros.
(E) Os debates relacionado = relacionados
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de-
RESPOSTA: “C”.
monstração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve-
guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase
lhos carros-placa.
– Um levantamento mostrou que os adolescentes ame-
ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
Fiz as correções entre parênteses:
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em:
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
americanos consomem em média 357 calorias, diárias gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
dessa fonte. mida a visibilidade social.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
americanos consomem, em média 357 calorias diárias o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
dessa fonte. nicos, como “compro ouro”.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias exposição pública a que se submetem os guardadores de
dessa fonte. carros.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias -placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
dessa fonte. demonstração de mau gosto.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
dessa fonte. queles velhos carros-placa.

Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada RESPOSTA: “C”.


ou faltante:
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes 4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a
diárias dessa fonte. mesma regra que distribuídos.

26
ATUALIDADES

(A) sócio 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)


(B) sofrê-lo Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
(C) lúcidos blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(D) constituí (A) embaixadores.
(E) órfãos (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) prefeitos municipais.
Distribuímos = regra do hiato (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo (E) vereadores.
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
oblíquo. Nunca!) (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria
(C) lúcidos = proparoxítona (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu
– oxítona: cons-ti-tui) presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi-
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão” dência da República (1991).
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
RESPOSTA: “D”. -detail.php?id=393)

5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) RESPOSTA: “E”.


A concordância verbal está plenamente observada na
frase:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e
ciedade como tais.
parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo
públicas.
passará a ser, corretamente,
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto (A) perceba.
àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino (B) foi percebido.
religioso, para se reservar essa prática a setores da ini- (C) tenham percebido.
ciativa privada. (D) devam perceber.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do tex- (E) estava percebendo.
to, contra os que votam a favor do ensino religioso na
escola pública, consistem nos altos custos econômicos ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
que acarretarão tal medida. ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
(D) O número de templos em atividade na cidade remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em princípios...
proporção maior do que ocorrem com o número de es-
colas públicas. RESPOSTA: “A”
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
como a regulação natural do mercado sinalizam para
as inconveniências que adviriam da adoção do ensino 8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
religioso nas escolas públicas. concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
ta na frase:
(A) Provocam = provoca (o posicionamento) (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e
(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver valores que determinam as escolhas dos governantes,
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, para conferir legitimidade a suas decisões.
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes
pública, consistem = consiste. devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
(D) O número de templos em atividade na cidade de cípios que regem a prática política.
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor- (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda-
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as
ção maior do que ocorrem = ocorre
liberdades individuais quanto as coletivas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
(D) As instituições fundamentais de um regime de-
a regulação natural do mercado sinalizam para as inconve-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis-
niências que adviriam da adoção do ensino religioso nas
criminadas de um único poder central.
escolas públicas. (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes
RESPOSTA: “E”. opiniões existentes na sociedade.

27
ATUALIDADES

Fiz os acertos entre parênteses: Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores ria = entrasse / veria.
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
rir legitimidade a suas decisões. RESPOSTA: “C”.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos 11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
valores e princípios que regem a prática política. A pontuação está inteiramente adequada na frase:
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. ver com as de ontem.
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver,
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central. com as de ontem.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
RESPOSTA: “A”.
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa- as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
grado. com as de ontem.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos. Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so- ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni- nas demais.
ficação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto RESPOSTA: “E”.
da vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu- 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
dido e da falsa consciência. ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
No trecho: “O crescimento econômico, se associado à
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
do. sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
grande diversidade de fenômenos. a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência.
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é
RESPOSTA: “B”.
crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista RESPOSTA: “B”.
ambiental Geraldo Motta.
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
nhados devem sofrer as seguintes alterações: Entre as frases que seguem, a única correta é:
(A) entrar − vira a) Ele se esqueceu de que?
(B) entrava − tinha visto b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(C) entrasse − veria tribui-lo entre os presentes.
(D) entraria − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(E) entrava − teria visto críticas.

28
ATUALIDADES

d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica- Alterando apenas o tempo dos verbos destacados
ções dos funcionários. para o tempo presente, sem qualquer outro ajuste,
e) Não sei por que ele mereceria minha conside- tem-se, de acordo com a norma-padrão da língua por-
ração. tuguesa:
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quan-
(A) Ele se esqueceu de que? = quê? do eles falaram nós calamos a boca!
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para (B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quan-
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. do eles falassem nós calaríamos a boca!
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex- (C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E
cessivos nas críticas. quando eles falassem nós calaríamos a boca!
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi- (D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quan-
cações dos funcionários. do eles falarem nós calaremos a boca!
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. (E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando
eles falam nós calamos a boca!
RESPOSTA: “E”.
No presente: nós sabemos / eles falam.
14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS-
RESPOSTA: “E”.
TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as fra-
ses do texto: 16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINIS-
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne- TRATIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas
gativa... verbais está correta em:
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o
sificação do continente americano (2,0)... planeta não resistiu.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um co-
dos exemplos, em: lapso.
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebi-
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conheces-
da maioria? se distorções patológicas, não haverá vícios.
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju- (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tor-
ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua- nado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão
drilha. baratas.
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir
Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. conscientemente, a oferta de produtos supérfluos cres-
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, cia.
mas também existem umas que não merecem nossa
atenção. Fiz as correções necessárias:
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
ta não resistiu = resistirá
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
aos itens: poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
tem (singular)
torções patológicas, não haverá = haveria
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
ram (plural) teriam ficado)
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
umas (plural) cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas crescerá
as formas estão no plural)
RESPOSTA: “B”.
RESPOSTA: “A”.
17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-
15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preen-
RECURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) che adequadamente e de acordo com a norma culta a
Considere as orações: … sabíamos respeitar os mais lacuna da frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu
velhos! / E quando eles falavam nós calávamos a boca! lhe faria a pergunta mais deliciosa de todas.

29
ATUALIDADES

(A) entrasse Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi-


(B) entraria nada em ditongo / suíços = regra do hiato
(C) entrava (A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em
(D) entrar ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida
(E) entrou de “s”)
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo /
O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja, in- provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do
dica que é uma ação que, para acontecer, depende de ou- hiato
tra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria / Se (C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após
ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço... = oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
RESPOSTA: “A”. terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
“o” + “s”
18-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ- (E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto-
RIA – VUNESP/2010 - ADAPTADA) na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato
Assinale a alternativa de concordância que pode ser
considerada correta como variante da frase do texto – RESPOSTA: “E”.
A maioria considera aceitável que um convidado che-
gue mais de duas horas ... 20-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU-
(A) A maioria dos cariocas consideram aceitável NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da
que um convidado chegue mais de duas horas... língua portuguesa, o acento indicativo de crase está
(B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que corretamente empregado em:
um convidado chegue mais de duas horas... (A) A população, de um modo geral, está à espera
(C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis de que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os aci-
que um convidado chegue mais de duas horas... dentes.
(D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à
que um convidado chegue mais de duas horas... repensarem a sua postura.
(E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos
que um convidado cheguem mais de duas horas... à punições muito mais severas.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco
Fiz as indicações: a vida dos demais motoristas e de pedestres.
(A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera, (E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumpri-
tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de mento da nova lei para que ela possa funcionar.
duas horas...
(B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas horas... para substituir por “esperando”) de que
(C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (ok) (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais de pensarem (antes de verbo)
duas horas... (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
(D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram punições (generalizando, palavra no plural)
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais (D) À ninguém (pronome indefinido)
de duas horas... (E) Cabe à todos (pronome indefinido)
(E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
(ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais RESPOSTA: “A”.
de duas horas...

RESPOSTA: “A”.

19-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-


RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as
palavras são acentuadas graficamente pelos mesmos
motivos que justificam, respectivamente, as acentua-
ções de: década, relógios, suíços.
(A) flexíveis, cartório, tênis.
(B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países.
(D) islâmico, cenário, propôs.
(E) república, empresária, graúda.

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1 - Sistema operacional (ambientes Linux, Windows 10). ....................................................................................................................... 01


1.1 - Definições. .................................................................................................................................................................................................. 01
1.2 - Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................... 23
2 - Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e Libre Office). ................................................. 30
3 - Redes de computadores. .............................................................................................................................................................................160
3.1 - Conceitos de protocolos de comunicação, TCP/IP, tipos e topologias de redes, Internet e Intranet. ..................160
3.2 –Ameaças e procedimentos e mecanismos de proteção. ........................................................................................................160
3.3 Malware ........................................................................................................................................................................................................160
3.4 - Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.). .....................................................................................160
4. Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares) ...........................180
5. - Programas de correio eletrônico (Microsoft Outlook e similares). ............................................................................................215
6. Procedimentos de backup. ...........................................................................................................................................................................226
7. Armazenamento de dados na nuvem........................................................................................................................................................228
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Número ‘de revisão’: é o ‘último’ número, indica a ver-


1 - SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES são.
LINUX, WINDOWS 10).
1.1 - DEFINIÇÕES. Por exemplo, o kernel 2.6.2 é a segunda versão do ker-
nel 2.6.0.

A numeração da versão do kernel é bastante usada,


AMBIENTE LINUX porém você não precisa lembrar de cada detalhe exposto.
Mas certamente é útil entender o número de revisão e a
O que é GNU/Linux necessidade de possíveis atualizações.
Linux é o núcleo do sistema operacional, programa res-
ponsável pelo funcionamento do computador, que faz a O PROJETO GNU
comunicação entre hardware (impressora, monitor, mouse, GNU is Not Unix! Muitos conhecem e divulgam o sis-
teclado) e software (aplicativos em geral). O conjunto do tema operacional do pinguim apenas como Linux, porém
kernel e demais programas responsáveis por interagir com o termo correto é GNU/Linux. Em palavras simplificadas,
este é o que denominamos sistema operacional. O kernel é Linux é apenas o kernel do sistema operacional, ele depen-
o coração do sistema. de de uma série de ferramentas para funcionar, a começar
Os principais programas responsáveis por interagir pelo programa usado para compilar seu código-fonte. Es-
com o kernel foram criados pela fundação GNU. Por este sas ferramentas são providas pelo projeto GNU, criado por
motivo é mais correto nos referenciarmos ao sistema ope- Richard Stallman.
racional como GNU/Linux ao invés de apenas Linux. Em outras palavras, o sistema operacional tratado nes-
Uma distribuição nada mais é que o conjunto de ker- te documento é a união do Linux com as ferramentas GNU,
nel, programas de sistema e aplicativos reunidos num úni- por isso o termo GNU/Linux.
co CD-ROM (ou qualquer outro tipo de mídia). Hoje em
dia temos milhares de aplicativos para a plataforma GNU/ GNU/LINUX X WINDOWS
Linux, onde cada empresa responsável por uma distro es- A diferença mais marcante entre Linux e Windows é
colhe os aplicativos que nela deverão ser inclusos. o fato do primeiro ser um sistema de código aberto, de-
senvolvido por programadores voluntários espalhados
O KERNEL por toda internet e distribuído sob a licença pública GPL.
Você já deve ter encontrado diversas vezes a palavra Enquanto o Windows é software proprietário, não possui
kernel quando lê sobre Linux. O que vem a ser isso? O ker- código-fonte disponível e você ainda precisa comprar uma
nel é o núcleo do sistema operacional e dá aos softwares a licença pra ter o direito de usá-lo.
capacidade de acessar o hardware. Você não precisa pagar nada para usar o Linux! Não é
Por isso o kernel do Linux é atualizado constantemen- crime fazer cópias para instalá-lo em outros computadores.
te, acrescentando suporte a novas tecnologias. Usa módu- A vantagem de um sistema de código aberto é que ele se
los para adicionar suporte ou para melhorar no suporte a torna flexível às necessidades do usuário, tornando assim
itens já existentes. suas adaptações e “correções” muito mais rápidas. Lembre-
se que ao nosso favor temos milhares de programadores
Os módulos são muito úteis, pois desobrigam o admi- espalhados pelo mundo pensando apenas em fazer do Li-
nistrador da mudança do kernel inteiro, sendo necessário nux um sistema cada vez melhor.
apenas a instalação do novo módulo. Mas às vezes você
pode sentir a necessidade de recompilar o kernel inteiro, O código-fonte aberto do sistema permite que qual-
talvez para ganhar mais estabilidade, performance ou au- quer pessoa veja como ele funciona, corrija algum proble-
mentar o suporte ao seu hardware como um todo. Por usar ma ou faça alguma sugestão sobre sua melhoria, esse é
um sistema de numeração simples, os usuários do Linux um dos motivos de seu rápido crescimento, assim como
podem identificar sua versão em uso. da compatibilidade com novos hardwares, sem falar de sua
alta performance e de sua estabilidade.
VERSÕES DO KERNEL - SISTEMA DE NUMERAÇÃO
O sistema de numeração é bastante simples e você terá DISTRIBUIÇÕES GNU/LINUX
facilidade de aprendê-lo. Veja abaixo o significado de cada O Linux possui vários sabores e estes são denominados
item: distribuições. Uma distribuição nada mais é que um ker-
Número principal: é o ‘primeiro’ número, o número nel acrescido de programas escolhidos a dedo pela equipe
mais à esquerda, indica as mudanças realmente principais que a desenvolve. Cada distribuição possui suas particu-
no kernel. laridades, tais como forma de se instalar um pacote (ou
Número secundário: é o número ‘do meio’, indica a es- software), interface de instalação do sistema operacional
tabilidade de um kernel particular. Números pares indicam em si, interface gráfica, suporte a hardware. Então resta ao
uma versão estável e números ímpares indicam uma versão usuário definir que distribuição atende melhor suas neces-
em desenvolvimento. sidades.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

GNU/LINUX E SUA INTERFACE GRÁFICA OPENSUSE


O sistema X-Window (sim! sem o “s”), também chama- openSUSE é a versão livre do belíssimo sistema opera-
do de X, fornece o ambiente gráfico do sistema operacio- cional Novell SuSE. Além de se comportar de forma muito
nal. Diferentemente do OSX (Macintosh) e Windows, o X estável e robusta como servidor, também é muito podero-
torna o gerenciador de janelas (a interface visual em si) um so quando o assunto é desktop.
processo separado. Na verdade, a vantagem de separar o Seu diferencial é o famoso YaST (Yeah Another Setup
gerenciador de janelas é que você pode escolher entre uma Tool), um software que centraliza todo o processo de ins-
variedade de gerenciadores existentes para Linux o que talação, configuração e personalização do sistema Linux.
melhor lhe convém, tais como Gnome, KDE, XFCE dentre Podemos dizer que esta é uma das cartas-mestre do SuSE,
outros. pois pode se comparar ao painel de controle do Windows.

Sobre o YaST:
A HISTÓRIA DO GNU/LINUX YaST talvez seja a mais poderosa ferramenta de gestão
O sistema Linux tem sua origem no Unix, um sistema do ambiente Linux. É um projeto open source patrocinado
operacional multitarefa e multiusuário que tem a vantagem pela Novell e ativamente em desenvolvimento.
de rodar em uma grande variedade de computadores. O desenvolvimento do YaST começou em janeiro de
1995. Ele foi escrito em C++ com um ncurses GUI por
O Linux surgiu de forma muito interessante. Tudo co-
Thoamas Fehr (um dos fundadores SuSE) e Michael Andres.
meçou em 1991, quando um programador finlandês de
YaST é a ferramenta de instalação e configuração para
21 anos, Linus Benedict Torvalds, enviou a seguinte men-
openSUSE, SUSE Linux Enterprise e o antigo SuSE Linux.
sagem para uma lista de discussão na Internet: “Olá para
Possui uma atraente interface gráfica capaz de personali-
todos que estão usando Minix. Estou fazendo um sistema zar o seu sistema rapidamente durante e após a instalação,
operacional free (como passatempo) para 386, 486, AT e podendo também ser utilizada em modo texto.
clones”. Minix era um limitado sistema operacional basea- YaST pode ser usado para configurar o sistema inteiro,
do em Unix que rodava em microcomputadores maquiavé- como por exemplo configurar periféricos como: placa de
licos como o AT. Linus pretendia desenvolver uma versão vídeo, placas de som, rede, configurar serviços do sistema,
melhorada do Minix e mal sabia que seu suposto “passa- firewall, usuários, boot, repositórios, idiomas, instalar e re-
tempo” acabaria num sistema engenhosamente magnífico. mover softwares etc.
Muitos acadêmicos conceituados ficaram interessados na
idéia do Linus e, a partir daí, programadores das mais varia- DEBIAN
das partes do mundo passaram a trabalhar em prol desse Debian é uma das distribuições mais antigas e popula-
projeto. Cada melhoria desenvolvida por um programador res. Ela serviu de base para a criação de diversas outras dis-
era distribuída pela Internet e, imediatamente, integrada ao tribuições populares, tais como Ubuntu e Kurumin. Como
núcleo do Linux. suas características de maior destaque podemos citar:
No decorrer dos anos, este trabalho árduo e voluntário • Sistema de empacotamento .deb;
de centenas de sonhadores tornou-se num sistema ope- • Apt-get, que é um sistema de gerenciamento de
racional bem amadurecido e que hoje está explodindo no pacotes instalados mais práticos dentre os existentes (se
mercado de servidores corporativos e PCs. Linus, que hoje não o mais!);
coordena uma equipe de desenvolvedores do núcleo de • Sua versão estável é exaustivamente testada, o
seu sistema, foi eleito em pesquisa pública a personalidade que o torna ideal para servidor (segurança e estabilidade);
do ano de 1998 do mundo da informática. • Possui um dos maiores repositórios de pacotes
dentre as distros (programas pré-compilados disponíveis
COMO OBTER O GNU/LINUX para se instalar).
Uma vez escolhida a distribuição que você utilizará, o
próximo passo é fazer o download de uma imagem ISO SLACKWARE
Slackware, ao lado de Debian e Red Hat, é uma das
para gravação e instalação em seu computador. É extre-
distribuições “pai” de todas as outras. Idealizada por Patrick
mamente recomendável optar por uma distribuição popu-
Volkerding, Slack - apelido adotado por sua comunidade
lar, bem testada e na qual você encontrará documentação
de usuários - tem como características principais leveza,
abundante na internet caso precise de ajuda.
simplicidade, estabilidade e segurança.
Embora seja considerada por muitos uma distribuição
UBUNTU difícil de se usar, voltada para usuário expert ou hacker,
Ubuntu é uma das distribuições Linux mais populares possui um sistema de gerenciamento de pacotes simples,
da atualidade e isso se deve ao fato dela se preocupar mui- assim como sua interface de instalação, que é uma das
to com o usuário final (desktop). Originalmente baseada poucas que continua em modo-texto, mas nem por isso se
no Debian, diferencia-se além do foco no desktop, em sua faz complicada.
forma de publicação de novas versões, que são lançadas Se você procura por uma distribuição voltada para ser-
semestralmente. vidor, deseja aprofundar seus conhecimentos no Linux ou
procura um desktop sem frescuras, Slack é pra você!

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

História do Slackware: FEDORA


Slackware foi criado por Patrick Volkerding em 1993 “Fedora é uma das mais populares e estáveis distribui-
(algumas fontes dizem 1992). Foi baseada na distribuição ções que existem atualmente. Ele era, no começo, um fork
SLS (Softlanding Linux System) e era fornecida em forma de para a comunidade, liberado e mantido pela gigante Red
imagens para disquetes de 3.5 polegadas. Hat que, na época, estava fechando seu sistema e concen-
É a distribuição mais antiga e ainda ativa. Até 1995 era trando-se no mercado corporativo. Isso significa que, des-
considerado como o «Linux padrão», mas sua popularida- de o princípio, o Fedora já contava com o que há de mais
de diminuiu muito depois do surgimento de distribuições moderno em tecnologia de software, assim como também
mais amigáveis. Mesmo assim o Slackware continua sendo contava com uma das mais competentes e dedicadas equi-
uma distribuição muito apreciada e respeitada, pois não pes em seu desenvolvimento. Se o que você procura é uma
mudou sua filosofia, continua fiel aos padrões UNIX e é distribuição com poderes de ser um servidor estável, mas
composta apenas por aplicações estáveis. com as facilidades das ferramentas de configuração gráfi-
Em 1999 a versão do Slackware pulou de 4.0 para 7.0. cas, ou se, simplesmente, deseja um desktop mais robusto,
Uma jogada de marketing para mostrar que o Slackware o Fedora será a sua melhor escolha.
estava tão atualizado como as outras distribuições. Aconte- Ele conta com um ciclo de desenvolvimento rápido.
ce que muitas distribuições tinham versões bem elevadas, A cada seis meses, em média, um novo Fedora é liberado
e isso podia causar a impressão de que o Slackware estava pelo Fedora Project para a comunidade. A própria comu-
desatualizado. A demora para lançamento de novas ver- nidade em si é uma das mais ativas da internet e o Fedora
sões do Slackware também contribuiu para isso. conta com uma farta ajuda online, mesmo sem oferecer o
Em 2004 Patrick Volkerding esteve seriamente doente suporte técnico direto da Red Hat.
- com um tipo de infecção, e o desenvolvimento do Slack- O manuseio de pacotes é feito de forma inteligente e
automática com a ajuda do YUM que cuida das atualiza-
ware tornou-se incerto.
ções e resolve as dependências de todos os pacotes, bai-
Muitos acharam que ele iria morrer. Mas ele melhorou
xando o que for necessário ao sistema dos repositórios e
e retomou o desenvolvimento do Slackware, embora não
gerenciando a instalação. Encontra-se para o fedora todo
esteja completamente curado até hoje.
o tipo de aplicações, desde suites de escritório poderosas
Em 2005 o ambiente gráfico GNOME foi removido
como o OpenOffice.org até players de vídeo e de áudio
do projeto Slackware, o que desagradou muitos usuários.
(MPlayer e Amarok) com execução de quase todos os for-
A justificativa de Patrick foi de que leva-se muito tempo matos conhecidos e também uma generosa coleção de jo-
para empacotar os binários. Porém, muitas comunidades gos, todos instaláveis com alguns simples cliques ou uma
desenvolvem projetos de GNOME para o Slackware. Al- única linha de comando. “
guns exemplos de projetos são: Gnome Slackbuild, Gnome CENTOS
Slacky e Dropline Gnome. Por isso, Gnome de alta qualida- “CentOS é uma distribuição de classe Enterprise deri-
de é o que não falta para o Slackware, apesar de não ser vada de códigos fonte gratuitamente distribuídos pela Red
um ambiente nativo. Hat Enterprise Linux e mantida pelo CentOS Project.
Em 2007 foi lançada a versão 12.0 do Slackware, uma A numeração das versões é baseada na numeração do
versão inovadora e que de certa forma causou algumas Red Hat Enterprise Linux. Por exemplo, o CentOS 4 é ba-
controvérsias. Foi a primeira versão do Slackware que foi seado no RHEL 4. A diferença básica entre um e outro é o
um pouco contra a sua própria filosofia. Primeiro, porque fornecimento de suporte pago na aquisição de um RHEL.
passou a montar dispositivos automaticamente, segundo Funcionalmente, pode-se considerar os sistemas clones.
porque alguns pacotes antigos não eram mais compatíveis CentOS proporciona um grande acesso aos softwares
coma a nova versão devido ao novo GCC 4.1.2. e por últi- padrão da indústria, incluindo total compatibilidade com
mo, porque foi a primeira versão a vir com a última versão os pacotes de softwares preparados especificamente para
do Kernel (na época). os sistemas da RHEL. Isso lhe dá o mesmo nível de segu-
Vale destacar também que a versão 12.0 vem com rança e suporte, através de updates, que outras soluções
Compiz instalado, mas que por falta de ferramentas gráfi- Linux Enterprise, porém sem custo.
cas para configuração, muitos usuários não sabiam como Suporta tanto ambientes de servidores para aplicações
usar. de missão crítica quanto ambientes de estações de traba-
KURUMIN lho e ainda possui uma versão Live CD.
Idealizada por Carlos Morimoto, Kurumin foi uma das CentOS possui numerosas vantagens, incluindo: uma
distribuições mais usadas em território nacional. Original- comunidade ativa e crescente, um rápido desenvolvimen-
mente baseada no Knoppix, que veio do Debian, esse sis- to e teste de pacotes, uma extensa rede para downloads,
tema operacional se destacou por ser um desktop fácil de desenvolvedores acessíveis, múltiplos canais de suporte in-
se instalar e agradável de se usar. cluindo suporte em português e suporte comercial através
Sua característica mais marcante são os ícones má- de parceiros.”
gicos, que transformam tarefas relativamente complexas
(hoje nem tanto) como configurar um modem ou instalar LINUXMINT
um codec de vídeo numa experiência NNF (next, next, fi- A proposta do Linux Mint é ser uma distribuição de
nish), como no Windows. desktop com visual elegante, amigável, confortável de usar
e bem atualizada.

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A distribuição foi lançada inicialmente como uma va- A identificação do usuário é feita por um “número de
riante do Ubuntu que contava com os codecs de mídia já identificação” ou id, que é atribuído ao usuário durante a
na instalação. A evolução foi rápida e hoje é uma distribui- criação de sua conta no sistema.
ção completa e bem resolvida, com ferramentas próprias Com a finalidade de garantir a integridade do trabalho
de configuração, aplicativo de instalação de pacotes basea- de cada usuário, impedindo que um usuário altere o tra-
do na web, menus personalizados, entre outras caracterís- balho de outro, no momento de entrada no sistema, você
ticas únicas e sempre com um visual bem clean e elegante. deve informar a senha do seu usuário. O nome de usuário
O fundador, líder e principal desenvolvedor da distri- associado à senha é a sua “chave de entrada” no sistema,
buição se chama Clement Lefebvre, ele iniciou usando Li- portanto deve ser guardada com cuidado.
nux em 1996 (Slackware) e vive na Irlanda.
Algumas razões do sucesso do Linux Mint listados na Grupos
página do projeto são: O Linux também possui o conceito de “grupo”. Um
A velocidade com que a comunidade responde às de- grupo é, como o próprio nome diz, um agrupamento de
mandas, uma solicitação postada no fórum do site pode vários usuários que devem compartilhar algumas carac-
estar já implementada no current em menos de uma se- terísticas em comum como, por exemplo, permissões de
mana; acessos a arquivos e dispositivos.
Por ser derivada do Debian conta com toda a base só-
lida de pacotes e do gerenciador de pacotes do Debian; Superusuário
É compatível com os repositórios do Ubuntu; O superusuário é aquele que tem plenos poderes
Tem um desktop preparado para o usuário comum dentro do Linux. É o superusuário quem pode criar novos
sentir-se confortável; usuários, alterar direitos, configurar e fazer a atualização
Se esforça para que os recursos, tais como suporte do sistema. Somente ele tem direito de executar essas ati-
multimídia, resolução de vídeo, placas e cartões Wifi e ou- vidades.
tros, funcionem bem. É recomendado utilizar a conta de superusuário so-
À exceção do Mandrake, e depois do Kurumin, esta foi mente quando for necessário configurar algo no sistema.
a primeira distro a fazer sucesso com os usuários pelos se- Ainda assim é recomendado utilizá-la o mínimo possível
guintes motivos: facilidade em instalar programas, instala- para evitar que algum erro danifique o sistema.
ção e configuração automática de dispositivos e afins.
O Mint agregou essas facilidades e incorporou outras,
Entrando e Saindo do Sistema
sendo considerado um Ubuntu mais polido, com excelente
Ao iniciar o Linux, um prompt semelhante ao ilustrado
seleção de softwares, belo desempenho e design.
a seguir será mostrado:
Mandrake Linux (tty1) ldalcero login:
APLICATIVOS PARA GNU/LINUX
Informe o seu login/nome de usuário. A seguir será so-
O GNU/Linux possui uma riqueza incomparável de
aplicativos, oferecendo mais de uma solução à certas ne- licitada a senha (Password) do usuário. Digite a senha do
cessidades. A maior dificuldade está em encontrar um apli- seu usuário.
cativo que sirva às suas necessidades. Como há inúmeros Após informar o nome de usuário e a senha correta-
aplicativos para as mesmas funções, eles apresentam certas mente, você será levado ao prompt do sistema:
características, estas que se adaptam ou não ao gosto do [aluno@ldalcero aluno] $
usuário, por isto temos tanta variedade de aplicativos dis- OBS.: O linux tem terminais virtuais. Você pode alterar
poníveis hoje em dia. entre eles utilizando as teclas Alt-Fn, onde n pode variar de
O fato de quase 100% dos aplicativos serem Open- 1 até 6 na configuração padrão.
Source ajuda para que esta lista cada vez mais venha cres- Pode-se utilizar o comando logout na linha de coman-
cer. Dentre outras coisas, os aplicativos permitem ser alte- do para se desconectar do sistema:
rados conforme as necessidades dos usuários, por termos [aluno@ldalcero aluno]$ logout
acesso liberado ao código-fonte deles. Desligando o Sistema
A fim de evitar danos ao sistema de arquivos, é neces-
COMANDOS DO TERMINAL sário que o superusuário pare o sistema antes de desligar o
A linha de comando é o método mais usado por admi- computador. Um dos comandos que podem ser utilizados
nistradores de sistemas Linux, pois é o que oferece o maior é o comando shutdown. Este comando permite tanto des-
número de possibilidades, além de ser o método mais rápi- ligar quanto reiniciar o computador.
do de fazer as coisas. [aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h now
O comando acima permite desligar o computador ime-
Usuário diatamente, enviando uma mensagem a todos os usuários
Como o Linux foi concebido para que várias pessoas que estão utilizando o sistema.
pudessem utilizar os mesmos recursos presentes em uma [aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h -t 30 “Atenção:
única máquina, surgiu o conceito de usuário para diferen- O sistema será desligado dentro de 30 segundos”
ciar o que cada pessoa estivesse fazendo e quais recursos O comando acima finaliza todos os processos e desliga
ela estivesse ocupando. O usuário é a identificação da pes- o computador dentro de 30 segundos, enviando a mensa-
soa que irá utilizar o sistema. gem de aviso a todos os usuários logados no sistema.

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O comando halt diz ao sistema que ele deverá desligar imediatamente.


[aluno@ldalcero aluno]$ halt
Para reinicializar o sistema, pode-se utilizar, além do comando shutdown, o comando reboot:
[aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -r -t 30 “Atenção: O sistema será reiniciado dentro de 30 segundos”
Esta opção finaliza todos os processos e reinicia o computador após 30 segundos.
[aluno@ldalcero aluno]$ reboot
O comando reboot chama o comando shutdown e ao final deste reinicia o sistema. Após executar os comandos deve-
se aguardar até que o sistema esteja parado (com a mensagem o sistema está parado ou Power down) para então poder
desligar seu computador ou esperar que ele reinicie.

Gerenciamento de Arquivos e Diretórios


Listando Arquivos
O comando ls mostra o conteúdo de um diretório.
O formato do comando é o seguinte:
ls [ - l ] [ - a ] [ - F ] [dir]
Onde [-l] é o formato longo, e [-a] serve para mostrar todos os arquivos, incluindo arquivos ocultos (os quais têm seu
nome indicado por um ponto). Existem várias outras opções, embora estas sejam mais usadas. Finalmente, [-F] coloca no
final dos nomes de arquivo um símbolo indicando o seu tipo.
Um exemplo do uso do ls é mostrado a seguir:
[aluno@ldalcero X11]$ ls
LessTif bin doc etc fonts include lib man share
[aluno@ldalcero X11]$
Um exemplo do uso do ls usando parâmetros:
[aluno@ldalcero X11]$ ls -laF

drwxr-xr-x 11 root root 4096 Ago 27 2002 ./


drwxr-xr-x 22 root root 4096 Mar 22 2003 ../
drwxr-xr-x 3 root root 4096 Mar 22 2003 LessTif/
drwxr-xr-x 2 root root 8192 Jul 24 08:45 bin/
drwxr-xr-x 2 root root 4096 Jul 24 2003 doc/
drwxr-xr-x 4 root root 4096 Ago 27 2002 etc/
drwxr-xr-x 2 root root 4096 Mar 22 2003 fonts/
drwxr-xr-x 4 root root 4096 Mar 22 2003 include/
drwxr-xr-x 9 root root 4096 Jul 24 2003 lib/
drwxr-xr-x 7 root root 4096 Jul 24 2003 man/
drwxr-xr-x 15 root root 4096 Jul 24 08:45 share/

[aluno@ldalcero X11] $

No exemplo acima, como são nomes de diretórios; o parâmetro [-F] adiciona uma barra indicando nome de diretório.
O parâmetro [-l] coloca várias informações sobre o arquivo (permissões, links, dono, grupo, tamanho, data, hora, nome do
arquivo).

Metacaracteres
Existem sinais, chamados metacaracteres, usados para facilitar a utilização de comandos no Linux.
Quando se trabalha com os comandos de manipulação de arquivos, frequentemente é útil empregarmos metacaracte-
res. Estes símbolos – como *, ?, [], {} - são úteis para se referenciar arquivos que possuam características em comum.
Para os exemplos dados nesta seção, será usada a seguinte lista de arquivos:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls
12arquivo 1arquivo 2arquivo arquivo arquivo3 arquivo34 arquivo5arquivo
• O asterisco “*”:
O asterisco é usado para representar “qualquer quantidade de qualquer caractere”. Por exemplo, arquivo* retornaria
todos os arquivos em que o nome iniciasse com “arquivo”. Veja o efeito da utilização prática deste metacaractere.
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo* arquivo arquivo3 arquivo34 arquivo5arquivo
• O Ponto de Interrogação “?”:

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O ponto de interrogação é utilizado para representar Criando e Removendo Diretórios


“um único e qualquer caractere”. Ao digitar ls arquivo?, o Criando Diretórios
usuário estará pedindo a lista de arquivos cujos nomes são O comando mkdir é usado para criar diretórios. A sin-
indicados por “arquivo” e terminal com um único caractere taxe do comando será mostrado a seguir:
qualquer. Como no exemplo que segue: mkdir [parâmetros] nome_dir
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo? A linha de comando a seguir cria um diretório:
arquivo3 [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir meu_diretorio
Agora digitando ls ??arquivo o resultado seria: O comando também pode ser usado para criar uma
12arquivo árvore de diretórios, como será mostrado a seguir:
Os colchetes “[]”: [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir -p meu_dir/meu_sub_
Os colchetes são utilizados para indicar uma lista de dir/sub_sub_dir
caracteres. Para entender melhor; verifique os exemplos. O comando anterior cria um diretório chamado meu_
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo[123] arquivo3 dir, e dentro dele cria um subdiretório chamado meu_sub_
[aluno@ldalcero aluno]$ ls [123]arquivo dir e dentro deste, um subdiretório chamado sub_sub_dir.
1arquivo 2arquivo Também é possível criar vários diretórios em simultâ-
neo; simplesmente colocando vários nomes de diretórios
As chaves “{}”:
junto com o comando, como será mostrado a seguir:
As chaves têm sua utilização muito assemelhada a dos
[aluno@ldalcero aluno]$ mkdir dir_1 dir_2 dir_3
colchetes. A diferença está na possibilidade de referenciar
seqüências de caracteres separadas por vírgulas, conforme O comando anterior criará os diretórios dir_1, dir_2 e
o exemplo a seguir: dir_3 dentro do diretório atual.
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo{1,34} arquivo34
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo{1,2,3,34} arquivo3 Removendo Diretórios
arquivo34 O comando rmdir é usado para remover diretórios. Por
exemplo; para remover o diretório meu_dir basta digitar o
Estrutura de Diretórios seguinte comando:
O sistema Linux possui a seguinte estrutura básica de [aluno@ldalcero aluno]$ rmdir meu_dir
diretórios: O comando também pode remover árvores de diretó-
/bin rios. Para tal, utiliza-se o parâmetro [-p ], como será mos-
Contém arquivos, programas do sistema que são usa- trado a seguir:
dos com freqüência pelos usuários. [aluno@ldalcero aluno]$ rmdir -p temp/sub_dir/sub_
/boot dir_2
Contém arquivos necessários para a inicialização do O comando anterior apagou o subdiretório sub_dir_2,
sistema. depois apagou o subdiretório sub_dir e finalmente apagou
/cdrom o temp.
Ponto de montagem da unidade de CD-ROM. Porém, o comando remove diretórios e não arquivos;
/dev se existir algum arquivo dentro do diretório este não será
Contém arquivos usados para acessar dispositivos (pe- removido.
riféricos) existentes no computador. Para conseguir remover diretórios com arquivos deve-
/etc se utilizar em conjunto o comando rm, que será visto mais
Arquivos de configuração de seu computador local. adiante.
/floppy Copiando Arquivos
Ponto de montagem de unidade de disquetes. O comando cp é utilizado para efetuar a cópia de ar-
/home
quivos no Linux, Sua sintaxe é mostrada a seguir:
Diretórios contendo os arquivos dos usuários.
cp [parametros] arquivo_original [destino]
/lib
Bibliotecas compartilhadas pelos programas do siste- Observações importantes relativas à cópia de arquivos:
ma e módulos do kernel. Copiar um arquivo para outro diretório onde já existe
/mnt outro arquivo com mesmo nome: o arquivo será sobres-
Ponto de montagem temporário. crito.
/usr Copiar um arquivo para outro diretório que, por sua
Contém maior parte de seus programas. Normalmente vez, possui um diretório com mesmo nome do arquivo a
acessível somente como leitura. ser copiado: não é permitido, pois no Linux um diretório
/var também é um arquivo.
Contém maior parte dos arquivos que são gravados Copiar um arquivo, especificando como arquivo_desti-
com freqüência pelos programas do sistema, e-mails, spool no outro nome: o arquivo será renomeado durante a cópia.
de impressora, cache, etc.
/sbin
Diretório de programas usados pelo superusuário
(root) para administração e controle do funcionamento do
sistema.

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para não sobrescrever arquivos deve-se utilizar o parâ-


Opção Descrição metro -i, como mostrado a seguir:
Preserva as permissões do arquivo_original [aluno@ldalcero aluno]$ mv -i doc.txt documento.txt
-a
quando possível. mv: sobrescrever `documento.txt`? y
[aluno@ldalcero aluno]$ ls documento* documento.txt
-b Faz backup de arquivos que serão sobrescritos.
documento.txt~
Solicita confirmação antes de sobrescrever Também é possível renomear um arquivo durante a
-i
arquivos. movimentação do mesmo:
Copia diretórios recursivamente, ou seja, toda a [aluno@ldalcero aluno]$ mv documento.txt /tmp/do-
-R árvore abaixo do diretório de origem. O destino cumento-2.txt
sempre será um diretório. No exemplo a seguir será movido um diretório:
[aluno@ldalcero aluno]$ mv dir_1 dir_2
Iniciando pela forma mais simples do comando, ou O comando acima move toda a árvore do dir_1 para
seja, copiar um arquivo para um novo arquivo. O comando dentro do dir_2. Caso o dir_2 não exista, o dir_1 será reno-
pode ser visto a seguir: meado para dir_2.
[aluno@ldalcero aluno]$ cp doc.txt documento.txt
Neste caso ocorre a criação do arquivo documento.txt Removendo Arquivos
a partir do arquivo doc.txt. Também é possível copiar para O comando rm (remove) é usado para remover arqui-
outro local como será mostrado a seguir: vos e diretórios. É possível remover vários arquivos simulta-
[aluno@ldalcero aluno]$ cp doc.txt /tmp neamente, bastando para tal colocar o nome dos arquivos
Como não foi mencionado o nome do arquivo de des- a remover, logo depois do comando. O formato básico do
tino, será criado um arquivo com o mesmo nome do atual, comando é mostrado a seguir:
É sempre bom ter um pouco de cuidado no uso do coman- rm [parametros] arquivo
do cp; para tal será usado o parâmetro -i. A menos que se Como primeiro exemplo será emitido um comando
utilize essa opção, o comando cp irá sobrescrever os arqui- para apagar o arquivo documento.txt.
vos existentes, como pode ser visto a seguir: [aluno@ldalcero aluno]$ rm documento.txt
[aluno@ldalcero aluno]$ cp -i doc.txt /tmp cp: sobres- É também possível remover vários arquivos listados
crever `/tmp/doc/txt`? y logo após o comando. Por exemplo: [aluno@ldalcero alu-
Um método mais seguro seria usar o parâmetro -b no]$ rm documento.txt doc.txt documento-2.txt
(backup); então, quando o cp encontra um arquivo com A maneira mais segura de se usar o comando rm é com
o mesmo nome cria uma cópia acrescentando um “~” ao o parâmetro -i, ou seja, é solicitada uma confirmação para
nome do arquivo. Como pode-se observar a seguir: cada arquivo a apagar.
[aluno@ldalcero aluno]$ cp -b doc.txt /tmp [aluno@ [aluno@ldalcero aluno]$ rm -ri /tmp
ldalcero aluno]$ ls /tmp/doc.txt* doc.txt doc.txt~ No comando anterior, além de se usar o parâmetro -i
Também é possível copiar vários arquivos simultanea- foi também usado o parâmetro - r (recursivo), isto remove
mente; para tal, basta colocar os nomes dos arquivos a co- todos os arquivos do diretório /tmp de forma recursiva. Já
piar logo depois do comando, como mostrado a seguir: o parâmetro -i irá pedir uma confirmação para cada arqui-
[aluno@ldalcero aluno]$ cp arq_1 arq_2 arq_3 arq_4 vo a apagar.
Caso não seja necessária uma confirmação, pode-se
dir_1
forçar a remoção de toda a árvore de diretórios; para tal
Vale lembrar que o último nome na cadeia é o destino,
utiliza-se o parâmetro -f.
ou seja, os arquivos arq_1, arq_2, arq_3 e arq_4 são copia-
[aluno@ldalcero aluno]$ rm -rf /tmp
dos para o diretório dir_1.
O que ocorre é a remoção total do diretório e de todos
os seus subdiretórios.
Mover ou Renomear
Lembre-se de evitar o uso do comando rm desneces-
As habilidades para mover e renomear arquivos no Li-
sariamente quando estiver trabalhando como root, ou seja,
nux são básicas para organizar informações no sistema. A superusuário, para prevenir que arquivos necessários ao
seguir, será apresentado como fazê-lo utilizando o coman- sistema sejam apagados acidentalmentes.
do mv. É possível utilizar o comando com metacaracteres,
O formato básico do comando é mostrado a seguir: conforme mostrado a seguir:
mv arquivo destino [aluno@ldalcero aluno]$ rm *.txt *.doc
O comando mv é basicamente usado pra mover um
arquivo dentro do sistema de arquivos do Linux.
[aluno@ldalcero aluno]$ mv documento.txt /tmp Links
O comando anterior move o arquivo documento.txt Links, são referências, atalhos ou conexões lógicas en-
para o diretório /tmp. É possível também usar o coman- tre arquivos ou diretórios. Estas referências podem ser de
do para renomear arquivos, como mostrado no exemplo dois tipos: Hard Links (diretas) ou Symbolic Links (simbó-
a seguir: licas).
[aluno@ldalcero aluno]$ mv doc.txt documento.txt

7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Hard Links
Ocupam apenas um inode na área de inodes. E são usados quando estas referências estiverem no mesmo sistema de
arquivos.
A quantidade de links fazendo referência ao mesmo arquivo pode ser vista usando o comando ls -l. O valor que aparece
após as permissões é o número de conexões lógicas.
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls – l doc*
-rwxr-xr-x 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
Nesse caso, o arquivo documento.txt possui 4 links associados a ele. Quando qualquer um dos links é alterado, o ori-
ginal também é modificado; visto que são o mesmo arquivo, apenas com nomes diferentes. O original só será eliminado
quando todos os seus links também forem. O formato do comando para criar um hard link é mostrado a seguir:
ln arquivo link
OBS.: Não é possível criar hard links para diretórios, e também é impossível criar links diretos entre sistemas de arquivos.

Links Simbólicos
O link simbólico é como um “atalho” para um arquivo. O ato de se apagar um link simbólico não faz com que o arquivo
original desapareça do sistema, somente o vínculo será apagado.
Existem vários motivos para se criar um link simbólico, dentre eles pode-se destacar:
Quando se deseja criar nomes mais significativos para chamadas a comandos. Existe um exemplo prático na chamada
dos shells tais como csh e sh, que na realidade são links simbólicos para os shells tsch, bash.
Um outro exemplo bastante significativo é com relação aos comandos mtools, tais como o mformat e vários outros, que
nada mais são do que links simbólicos para o comando mtools.
Um outro uso para o comando é como atalho para diretórios com nomes complicados; o que não pode ser feito com
hard links.
O formato do comando para criação de links simbólicos é:
ln -s arquivo link
Observe o exemplo a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ln -s /usr/X11R6/ /usr/X11
O comando anterior cria um link /usr/X11 que aponta para o diretório real /usr/X11R6. Desta forma, é possível acessar
este diretório por qualquer caminho.
Como se pode observar, a única diferença nos comandos entre a ligação simbólica e a ligação direta é o parâmetro -s.

Permissões de Arquivos
Este tópico trata do sistema de direitos de acesso a arquivos do Linux, incluindo também informações de como alterar
estes direitos.

Conceitos
O sistema de arquivos do Linux possibilita que sejam atribuídos direitos de acesso diferenciados para os usuários do
sistema. A cada arquivo ou diretório do sistema é associado um proprietário, um grupo e seus respectivos direitos de aces-
so, ou permissões. O método mais simples e comum de verificar estes atributos de um arquivo é através do comando ls,
como exemplificado a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls -l documento.txt
-rw-r--r-- 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
O dono do arquivo no exemplo citado é o usuário aluno, e o grupo a que está relacionado o arquivo é o grupo01. A pri-
meira informação retornada por esta listagem é um conjunto de caracteres, o qual indica o tipo do arquivo e as permissões
de acesso ao mesmo. O caractere inicial indica o tipo de arquivo, e a tabela abaixo mostra os tipos de arquivos existentes:

Caractere Tipo de arquivo


- Arquivo regular
d Diretório
l Link simbólico
b Dispositivos orientados a blocos (HD)
Dispositivos orientados a caracteres
c
(modem, porta serial)
s Socket (comunicação entre processos)
p Pipe (comunicação entre processos)

8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os demais nove caracteres, divididos em três grupos de três caracteres cada, definem as permissões do dono do ar-
quivo, dos membros do grupo a que está relacionado o arquivo e de outros usuários, respectivamente. As permissões de
acesso aos arquivos são representadas pela letras r, w e x, conforme detalhado na tabela abaixo:

Modo de acesso Arquivo regular/especial Diretório

Leitura (r) Examinar conteúdo de arquivo Listar arquivos do diretório

Escrita (w) Modificar o conteúdo de arquivo Alterar diretório

Execução (x) Executar arquivo Pesquisar no diretório

Observe novamente os atributos do arquivo anteriormente citado:


-rw-r--r-- 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
Para este arquivo, o usuário aluno possui permissões de leitura e escrita, os membros do grupo grupo01, assim como
os demais usuários possuem apenas permissões de leitura.

Utilizando o chmod
O comando chmod permite que se altere as permissões de um ou mais arquivos. Existem duas notações para se aplicar
o comando: o modo simbólico e o octal. Somente o superusuário ou o dono do arquivo podem executar esta operação.
Veja a sintaxe do comando abaixo:
chmod [opções] arquivos
Uma das opções mais usadas no chmod é a opção -R que permite que se altere recursivamente as permissões de ar-
quivos e diretórios.
No modo simbólico, deve ser indicado quem será afetado (u, g, o, a) e qual, ou quais, permissões serão concedidas ou
suprimidas conforme tabelas abaixo.
Notação simbólica do chmod

Símbolo Descrição

u Usuário, ou dono do arquivo

g Grupo do arquivo
Outros usuários que não são os
o donos, nem estão cadastrados no
grupo especificado
a Afeta todos os anteriores (u, g, o)

Operadores

Operador Descrição

+ Concede permissão(ões) especificada(s)

- Remove permissão(ões)

Atribui somente estas permissão(ões) ao arquivo,


=
retirando as que não se encontram explicitas

A segunda forma de alterar permissões consiste em definir uma seqüência de três algarismos octais. Ela é mais utilizada
quando se deseja alterar permissões. Cada algarismo se refere a um grupo de permissões (u, g, o).

Para facilitar o seu entendimento, associamos um valor decimal com cada permissão, conforme tabela abaixo: Permis-
sões octais

9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Contas de Usuário
Decimal Associado Permissão
O Linux é um sistema operacional multiusuário, por-
4 Leitura (read) tanto é necessário que todos os usuários sejam cadas-
trados e tenham permissões de acesso diferenciados, É
2 Escrita (write) possível também cadastrá-los em grupos para facilitar o
gerenciamento. Neste tópico serão abordados justamente
1 Execução (execute) estes aspectos do Linux e os comandos necessários para a
administração do sistema.
Para se obter o octal referente às permissões selecio- Primeiramente será visto como é possível criar os usuá-
nadas, se deve executar uma operação de soma entre elas. rios.
Veja abaixo um exemplo de definição simbólica de permis-
sões: O comando useradd ou adduser
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod u+rw, g+x documen- O comando useradd ou adduser permite que se crie
to.txt usuários especificados em opções. Somente o superusuá-
Neste caso, são concedidas permissões de leitura e rio poderá utilizar este comando. Veja abaixo a sua sintaxe:
gravação ao dono, e execução ao grupo para o arquivo useradd [opções] [usuário]
documento.txt. Exemplo de definição octal de permissões: Este comando altera os seguintes arquivos:
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod 651 documento.txt /etc/passwd – informações de contas de usuários
Neste exemplo, será concedida permissão de leitura e /etc/shadow – informações de contas de usuários e se-
gravação ao dono (rw- =4+2 conforme tabela de octais), nhas criptografadas
leitura e execução para o grupo (r-x = 4+1), e execução /etc/group – informações de grupos
para qualquer outro (--x = 1). O comando useradd

Permissões Padrão (umask)


Opção Descrição
O comando umask é o comando que define as permis-
sões padrão dos arquivos quando são criados pelo usuário. Define em “dir” qual será o diretório pessoal
Veja a sintaxe abaixo: -d dir do usuário. Este será, também, o diretório
umask [opções] modo inicial daquele usuário.
O parâmetro modo informa as permissões que serão Grupo ou número do grupo inicial, ao qual
dadas ao usuário/grupo/outros. Ele pode ser informado de pertencerá. Na maioria das distribuições Linux
duas maneiras: -g grupo
é criado por padrão um grupo como mesmo
Como um número octal (022) nome do usuário.
Como uma máscara semelhante à utilizada pelo co-
mando chmod (u=rwx, g=rx, o=rx) -s shell Informa qual o shell a ser usado no login.
Desta maneira é possível controlar automaticamente
as permissões dos arquivos que são criados pelo usuário. Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ useradd -d /home/aluno01
Utilizando chown aluno1
Veja a sintaxe do comando abaixo: Cria o usuário aluno1 e designa o diretório /home/alu-
chown [novo_proprietário][:novo_grupo] arquivos no01 como diretório pessoal deste.
O comando chown permite ao root a alteração do [aluno@ldalcero aluno]$ useradd -g turma -d /home/
dono e do grupo relacionado ao arquivo, ou arquivos, se- aluno02 aluno2
lecionados. Em casos especiais o usuário pode alterar o Cria o usuário aluno 2, pertecendo ao grupo turma e
grupo caso ele pertença tanto ao grupo de origem como designa /home/aluno 02 como diretório pessoal.
ao grupo de destino. Exemplos:
[aluno@ldalcero aluno]$ chown :grupo02 documento. O comando passwd
txt O comando passwd permite que se troque a senha de
Altera o grupo do arquivo documento.txt para gru- determinado usuário. O superusuário pode trocar a senha
po02. de qualquer outro. O usuário comum, porém, pode trocar
[aluno@ldalcero aluno]$ chown aluno:grupo02 docu- somente a sua senha. As senhas são armazenadas no ar-
mento.txt quivo /etc/shadow, e as demais informações dos usuários
Altera o dono do arquivo documento.txt para aluno e o são armazenadas no arquivo /etc/passwd.
grupo do mesmo para grupo02. Após a criação do usuário será necessário criar uma se-
nha para este, caso contrário, não será permitido que este
Gerenciamento de Contas de Usuários usuário faça login no sistema. Para tal, deve-se utilizar o
Um bom gerenciamento do sistema, com o uso das comando passwd. Veja abaixo a sua sintaxe:
ferramentas administrativas adequadas, torna-o estável e passwd [usuário]
seguro, mantendo-o dentro dos padrões esperados em Exemplos:
qualquer área de atuação. [root@ldalcero root]$ passwd aluno1

10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O superusuário irá alterar a senha do usuário aluno1. Utilizado sem nenhuma opção o comando id retorna
[aluno@ldalcero aluno]$ passwd os dados do usuário corrente.
O usuário aluno1 irá alterar a sua senha. [aluno@ldalcero aluno]$ id uid = 790(aluno) gid =
790(aluno) grupos = 790(aluno)
O comando userdel Quando informamos o nome de um usuário como op-
O comando userdel permite que se elimine usuários ção, ele nos retorna as informações do usuário indicado.
do sistema. Somente o superusuário poderá utilizar este [aluno@ldalcero aluno]$ id root
comando. Veja abaixo sua sintaxe: uid = 0(root) gid = 0(root) grupos = 0(root), 1(bin),
userdel [opções] [usuário] 2(daemon), 3(sys), 4 (adm), 6(disk), 10(wheel)
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ userdel aluno1 Gerenciamento de Processos
Elimina a conta do usuário aluno1. O Linux, por ser um sistema operacional multitarefa,
executa diversos processos simultaneamente. De um modo
O comando groupadd ou addgroup geral, um processo é um programa em execução, embora
Para facilitar a administração do sistema, pode-se usar possa se apenas parte de um programa mais complexo.
o conceito de grupos de usuários com perfis semelhantes.
Por exemplo, definir grupos conforme os departamentos Criar, Monitorar e Eliminar Processos
de uma empresa. Para isto, precisa-se criar estes grupos Para cada processo, o sistema fornece um código (PID)
através do comando groupadd ou addgroup. que o identificará. Há também uma hierarquia de proces-
Sintaxe: sos, ou seja, um processo pode chamar outro, que por sua
groupadd [opções] grupo vez chama um terceiro, e assim por diante.
Exemplos: O processo que executa um segundo processo, é cha-
[root@ldalcero root]$ groupadd alunos mado de processo “pai”, e o novo processo, chamado de
Cria o grupo alunos. “filho”.
Como já foi dito, o Linux é um sistema multitarefa, o
que lhe permite executar mais de um processo ou sistema.
O comando gpasswd
Portanto, é possível ter processos em primeiro plano (fore-
O gpasswd é utilizado para administrar o arquivo /etc/
ground), bem como em segundo plano (background).
group (e o arquivo /etc/gshadow, caso seja compilado com
Os comandos para se trabalhar com processos serão
SHADOWGRP). Todos os grupos podem ter administrado-
vistos a seguir.
res, membros e uma senha. O administrador do sistema
pode usar a opção -A para definir o administrador do gru-
O comando ps
po e -M para definir os membros e todos os seus direitos,
O comando ps mostra os processos ativos no sistema.
assim como os do administrador. Veja a sintaxe abaixo:
Veja abaixo a sintaxe do comando:
gpasswd grupo gpasswd -a usuário grupo gpasswd -d ps [opções]
usuário grupo gpasswd -R grupo gpasswd -r grupo gpass-
wd [-A usuário,...] [-M usuário,...] grupo
Administradores de grupos podem adicionar e excluir Opção Descrição
usuários utilizando as opções -a e -d respectivamente. Ad-
ministradores podem usar a opção -r para remover a senha -a Mostra todos os processos.
de um grupo. Quando não há senhas definidas para um
Mostra os processos em formato de “árvore”, ou
grupo, somente os membros do grupo podem usar o co- -f
seja, com seus caminhos completos.
mando newgrp para adicionar novos usuários ao grupo. A
opção -R desabilita o acesso ao grupo através do comando Inclui na lista os usuários e hora do ínicio do
-u
newgrp. processo.
O gpasswd executado pelo administrador do grupo,
-x Inclui processos não associados a um terminal.
seguido pelo nome, solicitará a senha do grupo. Caso o
comando newgrp esteja habilitado pera outros usuários do
grupo sem o uso de senha, não-membros do grupo podem Exemplos:
também executar o comando, informando, entretanto, a [aluno@ldalcero aluno]$ ps
senha do grupo. Exibe os processos ativos daquele usuário.
[aluno@ldalcero aluno]$ ps -xf
Mostra todos os processos do usuário, incluindo pro-
Verificando informações do usuário
cessos sem controle do terminal, no formato “árvore”.
Uma vez criados os usuários e grupos no sistema uti-
lizamos o comando id para verificar informações sobre os
O comando kill
usuários do sistema. Ele nos fornece dados como a identifi-
O comando kill permite que o superusuário ou os do-
cação do usuário no sistema (UID) e os grupos aos quais o
nos dos processos possam eliminar processos ativos. A sin-
usuário está associado (GID). Veja a sintaxe abaixo:
taxe desse comando é apresentada a seguir:
id [opções] [nome]

11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

kill [opções] [-sinal] [processo] Exemplos: fg [ jobId]


[aluno@ldalcero aluno]$ kill -l Exemplos:
Este comando mostra os sinais que se pode enviar para [aluno@ldalcero aluno]$ fg %2
um processo. Coloca em primeiro plano o job número 2.
[aluno@ldalcero aluno]$ kill -9 907
Este comando acima elimina o processo (PID) 907 en- Compactação e Empacotamento de Arquivos
viando um sinal 9. Este tópico irá apresentar os comandos para compac-
Todos os sinais passam pelo kernel. Quando é enviado tação de arquivos mais utilizados, assim como o comando
qualquer sinal para um processo este sinal vai para o kernel tar, o qual pode ser utilizado para efetuar backup do sis-
que o envia ao processo de destino. tema.
Compactadores de Arquivos
O sinal 9(SIGKILL), quando enviado para um processo, O Linux tem diversos aplicativos para compressão de
termina a sua execução. Na realidade, o que acontece é arquivos, sendo que cada um deles utiliza um algoritmo
que o kernel, quando recebe o sinal, não o repassa para o de compressão diferente. Serão abordados, neste tópico,
processo, e sim, remove o processo diretamente. os mais usados.
O sinal 20(SIGTSTP) suspende a execução de um pro-
grama. Quando existe um programa em execução em fore-
ground e deseja-se suspender o seu processamento basta GZIP
enviar esse sinal; pode-se usar as teclas Ctrl-z. O comando gzip é usado para a compactação/des-
Se for utilizado o comando sem o parâmetro -sinal, compactação de arquivos.
será enviado ao processo o sinal SIGTERM ou terminate O arquivo original é substituído por um arquivo com-
possivelmente terminando sua execução. pactado com a extensão .gz, mantendo o dono, permissões
e datas de modificação.
O comando top Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome
O comando top mostra uma lista (atualizada periodi- do arquivo for “-”, a entrada padrão será compactada na
camente) dos processos ativos no sistema. Esta lista é or- saída padrão. O gzip somente tentará compactar arquivos
denada por consumo de recursos de CPU, veja a sintaxe normais; em particular, ele ignorará links simbólicos.
abaixo: O formato básico deste comando é mostrado a seguir:
top [opções] gzip [opções] arquivos gunzip [opções] arquivos
Exemplos: Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado:
[aluno@ldalcero aluno]$ top -d1 -i [aluno@ldalcero aluno]$ gzip arquivo
Este comando exibe a lista dos processos, por ordem No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado:
de consumo de recursos de CPU, exceto os ociosos ou [aluno@ldalcero aluno]$ gunzip arquivo.gz
“zombies”, e atualiza a lista a cada segundo.
BZIP2
O comando jobs O comando bzip2 é usado para a compactação/des-
O comando jobs exibe os processos parados ou em compactação de arquivos.
execução que se encontram em segundo plano. Veja abai- O arquivo original é substituído por um arquivo com-
xo a sintaxe: pactado com a extensão .bz2, mantendo o dono, permis-
jobs [opções] sões e datas de modificação.
Exemplos: Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome
[aluno@ldalcero aluno]$ jobs - l do arquivo for “-”, a entrada padrão será compactada na
O comando acima exibe os trabalhos em segundo pla- saída padrão. O formato básico deste comando é indicado
no, com seus respectivos PIDs. a seguir:
bzip2 [opções] arquivos bunzip2 [opções] arquivos.bz2
O comando bg Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado:
Veja a sintaxe do comando: [aluno@ldalcero aluno]$ bzip2 arquivo
bg [ jobId] No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado:
Como foi visto anteriormente é possível parar um [aluno@ldalcero aluno]$ bunzip2 arquivo.bz2
processo digitando CTRL-Z. Para reativar este processo e
o colocar em segundo plano use o comando bg %JobId. Compress
Exemplos: O comando compress é usado para a compactação/
[aluno@ldalcero aluno]$ bg %3 descompactação de arquivos. O arquivo original é substi-
O comando acima coloca em segundo plano o terceiro tuído por um arquivo compactado com a extensão .Z, man-
job. tendo o dono, permissões e datas de modificação.
Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome
O comando fg do arquivo for “-”, a entrada padrão será compactada na
Ao contrário do comando bg, o fg (foreground) coloca saída padrão. O formato básico deste comando é indicado
o job em primeiro plano. Sintaxe: a seguir:

12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

compress [opções] arquivos uncompress [opções] ar- Compacta/descompacta os arquivos através do


quivos.Z -z
programa gzip.
Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado: Compacta/descompacta os arquivos através do
[aluno@ldalcero aluno]$ compress arquivo -j
programa bzip.
No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado:
[aluno@ldalcero aluno]$ compress arquivo.Z Essas opções podem ser usadas conjuntamente, alguns
exemplos são mostrados a seguir.
ZIP Exemplos:
O comando zip é usado para a compactação e empa- [aluno@ldalcero aluno]$ tar -cvf /dev/fd0 /home
cotamento de arquivos. Ele é compatível com o pkzip e si- Grava os arquivos do diretório /home para um disque-
milares. te.
O programa é útil para empacotamento de uma série [aluno@ldalcero aluno]$ tar -xvpf arquivo.tar
de arquivos para distribuição, para arquivamento e para Extrai todos os arquivos do arquivo arquivo.tar, man-
economizar espaço em disco temporariamente, compac- tendo as permissões originais.
tando arquivos e diretórios sem uso. Veja a seguir a sintaxe
do comando: Instalação de Aplicativos
zip [opções] arquivo_zip arquivos Neste tópico serão mostrados meios de atualizar o sis-
Como primeiro exemplo, os arquivos do diretório cor- tema, instalar novos pacotes e gerenciar os pacotes que já
rente serão compactados e empacotados e colocados no estão instalados no sistema.
arquivo:
[aluno@ldalcero aluno]$ zip arquivo * Gerenciamento de Pacotes RPM
No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado e Esta seção aborda o RPM, que é um poderoso geren-
desempacotado: ciador de pacotes. Após sua conclusão, o aluno estará apto
[aluno@ldalcero aluno]$ unzip arquivo a instalar, verificar, atualizar e desinstalar pacotes de soft-
O comando tar wares.
Permite copiar arquivos e depois restaurá-los, para
efeito de backup de segurança e/ou transporte de dados Conceitos Básicos
através de um meio físico. Pode ser utilizado em máquinas O RPM disponibiliza uma série de implementações que
diferentes, pois é padrão no ambiente UNIX. Também per- facilitam a manutenção do sistema. A instalação, desinsta-
mite realizar cópias multivolume. Veja a sintaxe: lação e atualização de um programa que esteja no formato
tar [opções] arquivos de um pacote RPM podem ser feitas através de um único
O comando tar permite que se crie, atualize ou recupe- comando, sendo que o gerenciador cuidará de todos os
re backups do sistema segundo as opções. detalhes necessários ao processo.
A tabela a seguir mostra as principais opções do co- Para desenvolvedores, o RPM permite manter fontes e
mando tar. binários e suas atualizações separadamente, empacotando
-os de forma configurável para os usuários.
Opção Descrição O gerenciador mantém uma base de dados com os pa-
cotes instalados e seus arquivos, o que permite executar
-c Cria um arquivo tar. pesquisas complexas e verificações de maneira ágil e segu-
ra. Durante atualizações de programas, ele administra, por
-r Acrescenta novos arquivos no arquivo tar. exemplo, arquivos de configuração, mantendo as configu-
rações já realizadas no sistema.
-x Extrai conteúdo de um arquivo tar.

-t Gera uma lista dos arquivos. Vantagens da utilização do RPM


Atualização de Softwares
Restarua os arquivos no seu modo de permissão Com o gerenciador de pacotes é possível atualizar
-p
original. componentes individuais do sistema, sem a necessidade de
Usa a hora de extração do arquivo como a hora da reinstalação total. Os arquivos de configuração são manti-
-m
última alteração. dos durante o processo, não se perdendo assim uma per-
-v Modo detalhado. sonalização já efetuada.
Pesquisas
Obtém o nome dos arquivos a incluir ou extrair a O RPM faz pesquisas sobre os pacotes já instalados e
-T seus arquivos, É possível pesquisar a que pacote pertence
partir de “arquivolista”.
determinado arquivo e qual a sua origem.
Especifica o arquivo a ser usado como entrada ou Verificação do sistema
-f
saída. Caso algum arquivo importante de algum pacote te-
-C Extrai os arquivos para o diretório especificado. nha sido removido, pode-se inicialmente verificar se o pa-
cote apresenta alguma anormalidade.

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Código fonte
O RPM possibilita a distribuição dos arquivos fonte, i Apresenta as informações do pacote.
idênticos aos distribuídos pelos autores dos programas e l Apresenta a lista de arquivos pertencentes ao pacote.
as alterações separadamente.
s Apresenta o status dos arquivos do pacote.
Instalando / Atualizando
Os pacotes RPM têm nomes de arquivos com o seguin- d Apresenta um lista dos arquivos de documentação.
te formato:
foo-1.0-1.i386.rpm c Apresenta uma lista dos arquivos de configuração.
Onde:
foo : nome do arquivo A opção de verificação pode ser útil caso haja alguma
1.0 : versão 1 : Release i386 : plataforma suspeita de que a base de dados RPM esteja corrompida.
A instalação é feita através de uma única linha de co-
mando, como por exemplo: Instalação de Aplicativos em código binário
[root@ldalcero root]$ rpm -ivh foo-1.0-1.i386.rpm Na maioria das vezes os aplicativos em código binário
Preparing... ############################### são empacotados pelo comando tar e dentro dele é ne-
############## [100%] cessário fazer três tipos de comando, para que o aplicativo
1: foo ############################## seja instalado no sistema, a seguir vamos ver detalhada-
############### [100%] mente esses comandos.
Como se pode observar, o RPM apresenta o nome do
pacote (o qual não tem necessariamente o mesmo nome O comando configure
Esse comando é utilizado para que seja feita uma veri-
do programa) e apresenta uma sucessão de caracteres #
ficação no sistema e nas dependências dos pacotes neces-
atuando como uma barra de status no processo de insta-
sários para o aplicativo ser instalado, se o comando obtiver
lação.
algum erro de checagem do sistema ele retorna uma men-
Para atualizar um pacote utilize o comando: sagem de erro e para a verificação. Exemplo:
[root@ldalcero root]$ rpm -Uvh foo-1.0-1.i386.rpm [root@ldalcero foo]$ ./configure
Preparing... ###############################
############## [100%] O comando make e make install
1: foo ############################## Esses dois comandos são responsáveis pela criação das con-
############### [100%] figurações necessárias ao aplicativo no sistema, bem como sua
Qualquer versão anterior do pacote será desinstalada instalação, eles só podem ser utilizados sem problemas, caso o co-
e será feita uma nova instalação guardando as configura- mando configure tenha sido executado com sucesso. Exemplos:
ções anteriores do programa para um possível uso caso [root@ldalcero foo]$ make
o formato dos arquivos de configuração não tenha sido [root@ldalcero foo]$ make install
alterado.
Uso e Configuração do Ambiente Gráfico
Desinstalando Neste tópico será mostrado como você interagir com
Para desinstalar um pacote utilize o comando: o ambiente gráfico do Linux e também como fazer a sua
[root@ldalcero root]$ rpm -e foo configuração de acordo com sua necessidade e facilidade.
Onde foo é o nome do pacote e não do arquivo utili- Como padrão vamos utilizar o ambiente gráfico GNOME.
zado na instalação.
Gerenciadores de Janelas
Consultando / Verificando A principal função de um gerenciador de janelas é,
Para consultar a base de dados de pacotes instalados como o próprio nome diz, gerenciar a apresentação das
utilize o comando: janelas e fornecer métodos para controlar aplicações, criar
[root@ldalcero root]$ rpm -q nome_do_pacote e acessar menus. Além de fornecer meios para que o usuá-
Com a sua utilização são apresentados o nome do pa- rio possa personalizar o seu ambiente. Mas, como é feito o
cote, versão e release. relacionamento com o sistema?
No Linux, este relacionamento é feito pelo Servidor de
Em vez de especificar o nome do pacote, pode-se uti-
Janelas X. Seu objetivo é fornecer acesso aos dispositivos
lizar as seguintes opções após o parâmetro q, mostrados
existentes em seu computador (mouse, teclado) e fornecer
na tabela abaixo:
um ambiente agradável para a manipulação de aplicações,
através de componentes chamados Janelas.
Opção Descrição Mas, não confunda estes dois conceitos: o servidor de
janelas possui recursos para implementar as aplicações em
a Consulta todos os pacotes instalados. forma de janelas e formar um ambiente agradável para o
usuário; já o gerenciador de janelas vai fornecer métodos
f Consulta o pacote do qual o arquivo faz parte para que o usuário possa modificar o tamanho das janelas,
o papel de parede, enfim, o layout da interface gráfica.

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usando a Área de Trabalho Configurando a Área de Trabalho


Usar a Área de Trabalho é tão simples como arrastar Existem várias maneiras de configurarmos a Área de
itens que se queira utilizar rotineiramente. A Área padrão in- Trabalho, essas configurações incluem:
clui uma pasta do diretório pessoal (/home/nome_do_usua- Tela de Fundo;
rio). Proteção de Tela;
Todos os itens armazenados na Área de Trabalho estão Tema da Área de Trabalho;
localizados no diretório: Entre outras.
/home/nome_do_usuario/.gnome-desktop/ Podemos configurar nossa Área de Trabalho, através
Isto pode ser útil para relembrar quando se desejar que do Menu Preferências -> Centro de Controle, abrirá uma
um item que apareça na Área de Trabalho, porém com as
janela com várias ícones, correspondentes cada um a uma
quais não se pode utilizar as funções de arrastar e soltar. No
configuração de sua Área de Trabalho.
painel inferior da Área de Trabalho, você encontra ícones,
que na verdade são atalhos para acessar alguns aplicativos Trocando a Configuração do seu Teclado
e para acessar o menu de programas. Vista a grande quantidade de layouts (idiomas) de te-
clados que existe hoje no mercado de informática, iremos
Gerenciador de Arquivos abordar neste tópico, como você pode configurar o layout
Se você der um clique no ícone que se encontra na Área do seu teclado.
de Trabalho com o nome de Pessoal ou Pasta de Início ou Existem duas maneiras de configurar o seu teclado,
algo semelhante, irá abrir um programa que nada mais é pode ser via modo texto ou via modo gráfico.
do que o seu gerenciador de arquivos, no qual abrirá uma Modo Texto
janela mostrando o conteúdo do seu diretório pessoal. Este Digite no terminal o seguinte comando:
é o diretório onde estão armazenados todos os seus docu- kbdconfig
mentos, e é permitido ser acessado somente por você. Uma Observe que o comando pode variar de uma distribui-
janela se compõe de várias partes. Na parte superior está ção para outra, as outras variâncias do comando são: keyb-
a Barra de Título, a qual mostra o título do programa em config ou ainda keyboardconfig.
execução e o documento no qual você está trabalhando. Modo Gráfico
Logo abaixo da Barra de Título está a Barra de Menu, onde Vá até o Menu de Configurações do Sistema, e em se-
se encontra as guias: Arquivo, Editar e assim sucessivamen- guida na opção Teclado, na janela que será mostrada esco-
te, clicando em cada um delas aparecerá vários elementos
lha o idioma do seu teclado.
de acesso com diversas funções diferentes. Logo abaixo da
Barra de Título está a Barra de Ferramentas, que consiste
de um ou mais ícones, cada um equivalente a um elemento Impressão de Arquivos
de menu, pode-se dizer que são atalhos para os elementos Vamos abordar neste tópico a impressão de arquivos,
de menu mais usados no programa. A Barra de Status se levando-se em conta que a impressora já tenha sido con-
encontra na parte inferior e mostra informações do arquivo figurada no computador pelo administrador do sistema e
que está sendo acessado no momento. esta esteja funcionando corretamente.

Adicionando Ícones na Área de Trabalho Imprimindo Arquivos


Para adicionar ícones na sua Área de Trabalho você O método mais usado pelos aplicativos do Linux para
pode fazer de duas maneiras: a impressão é o Ghost Script. O Ghost Script (chamado de
Escolhendo qual programa que deseja fazer o atalho, e gs) é um interpretador do formato Pos Script (arquivos .ps)
arrastá-lo até a Área de Trabalho e soltar, será perguntando e pode enviar o resultado de processamento tanto para a
se deseja criar um atalho para o arquivo ali. tela como impressora. Ele está disponível para diversas pla-
Clicando com o botão direito do mouse na Área de Tra- taformas e sistemas operacionais além do Linux, inclusive o
balho e escolher a opção criar novo lançador, e adicionar DOS, Windows, OS/2, etc. O formato .ps esta se tornando
as informações necessárias para o referente atalho do pro- uma padronização para a impressão de gráficos em Linux
grama.
devido a boa qualidade da impressão, liberdade de confi-
guração, gerenciamento de impressão feito pelo gs e por
Usando a Lixeira
Em circunstâncias normais, apagar um arquivo no UNIX ser um formato universal, compatíveis com outros sistemas
é uma operação sem retorno. No entanto, com o geren- operacionais.
ciador de arquivos do GNOME, você pode escolher Mover A maioria das distribuições Linux já vem com o pacote
para a Lixeira ao invés de Apagar. Isto irá mover o arquivo do Ghost Script instalado e configurado, e quando você
para a Pasta Lixeira, que por padrão é acessível via ícone em manda o comando de impressão para a sua impressora,
sua Área de Trabalho. Nesta pasta, sempre é possível recu- através de qualquer software, desde editores de textos até
perar arquivos apagados. Lembre-se de esvaziá-la regular- editores de imagens, o Linux já faz todo o trabalho de cha-
mente clicando nela com o botão direito do mouse, e então mar o Ghost Script e comandar para que sua impressão
escolhendo Esvaziar Lixeira, sob pena de ficar sem espaço saia correta na impressora, por isso o único trabalho que
em disco, pois os arquivos que estão na Lixeira continuam você tem ao imprimir seus arquivos é clicar no botão “Im-
ocupando espaço. Note que, uma vez esvaziada a Lixeira, primir” do software que você estiver utilizando.
os arquivos que estavam lá estarão perdidos para sempre.

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Filas de Impressão A principal novidade que o Windows trouxe desde as


Impressoras são acessadas pelo Linux através de um suas origens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de uti-
mecanismo de armazenamento temporário, como é co- lização. Aliás, o seu nome (traduzido da língua inglesa como
mum ocorrer em sistemas multitarefas, ou sejam, as ta- “janelas”) deve-se precisamente à forma sob a qual o sistema
refas de impressão ficam armazenadas temporariamente apresenta ao usuário os recursos do seu computador, o que
em um arquivo e são processadas posteriormente por um facilita as tarefas diárias.
segundo programa de controle denominado servidor de Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de
impressão. Esta sistemática garante que muitos usuários interface do usuário, exibindo a saída do sistema ou permitin-
podem enviar tarefas de impressão simultaneamente para do a entrada de dados. Uma interface gráfica do usuário que
uma única impressora sem o risco de conflitos. Após enviar use janelas como uma de suas principais metáforas é chamada
a tarefa para impressão, o usuário pode continuar com as sistema de janelas, como um gerenciador de janela.
suas atividades normais, enquanto a tarefa ficará na fila ou As janelas são geralmente apresentadas como objetos
será impressa. bidimensionais e retangulares, organizados em uma área de
Uma fila de impressão consiste em: trabalho. Normalmente um programa de computador assume
uma entrada no arquivo /etc/printcap, onde a fila será a forma de uma janela para facilitar a assimilação pelo usuá-
criada; rio. Entretanto, o programa pode ser apresentado em mais de
um diretório, normalmente sob /var/spool/lpd, onde uma janela, ou até mesmo sem uma respectiva janela.
ficarão armazenados arquivos de tarefas de impressão, ar-
quivos de dados, arquivos de controle de configuração de Sobre as diferentes versões
impressoras e filas. O Windows apresenta diversas versões através dos anos e
Cada fila é processada por somente uma impressora, diferentes opções para o lar, empresa, dispositivos móveis e de
porém é possível haver diversas filas para a mesma impres- acordo com a variação no processador.
sora.
O processamento de uma tarefa de impressão, envia- Windows 10 Home
da por uma estação remota ou local, é realizado em três Edição do sistema operacional voltada para os consumi-
passos: dores domésticos que utilizam PCs (desktop e notebook), ta-
1. Os arquivos de dados são copiados no diretório da blets e os dispositivos “2 em 1”. O Windows 10 Home vai con-
fila de impressão e associado com um arquivo de controle tar com a maioria das funcionalidades já apresentadas: Cor-
que é criado naquele momento; tana como assistente pessoal, navegador Microsoft Edge, o
2. Os arquivos de dados passam por um programa recurso Continuum para os aparelhos compatíveis, Windows
de filtros que os converte para um formato específico de Hello (reconhecimento facial, de íris e de digitais para auten-
impressão (por exemplo Ghost Script). Esta conversão pode ticação), stream de jogos do Xbox One e os apps universais,
como Photos, Maps, Mail, Calendar, Music e Video.
ser feita em diversos passos individuais;
3. O arquivo específico para a impressora conectada
Windows 10 Pro:
àquela fila é impresso.
Assim como a  Home, essa versão também é destinada
para os PCs, notebooks, tablets e dispositivos 2 em 1. A versão
Pro difere-se do Home em relação à certas funcionalidades
WINDOWS 10 que não estão presentes na versão mais básica. Essa é a ver-
são recomendada para pequenas empresas, graças aos seus
O Microsoft Windows é um sistema operacional, isto é, recursos para segurança digital, suporte remoto, produtivida-
um conjunto de programas (software) que permite adminis- de e uso de sistemas baseados na nuvem. Disponível gratui-
trar os recursos de um computador. tamente para atualização (durante o primeiro ano de lança-
É importante ter em conta que os sistemas operacionais mento) para clientes licenciados do Windows 7 e do Windows
funcionam tanto nos computadores como em outros dispo- 8.1. A versão para varejo ainda não teve seu preço revelado.
sitivos eletrônicos que usam microprocessadores (Smartpho-
nes, leitores de DVD, etc.). No caso do Windows, a sua versão Windows 10 Enterprise
padrão funciona com computadores embora também exis- Construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 En-
tam versões para smartphones (Windows Mobile). terprise é voltado para o mercado corporativo. Os alvos des-
A Microsoft domina comodamente o mercado dos siste- sa edição são as empresas de médio e grande porte, e o SO
mas operacionais, tendo em conta que o Windows está ins- apresenta capacidades que focam especialmente em tecnolo-
talado em mais de 90% dos computadores ligados à Internet gias desenvolvidas no campo da segurança digital e produti-
em todo o mundo. vidade. A proteção dos dispositivos, aplicações e informações
Entre as suas principais aplicações (as quais podem ser sensíveis às empresas é o foco dessa variante.
desinstaladas pelos usuários ou substituídas por outras se- A edição vai estar disponível através do programa de Li-
melhantes sem que o sistema operacional deixe de funcio- cenciamento por Volume, facilitando a vida dos consumidores
nar), destacaremos o navegador Internet Explorer (a partir do que têm acesso a essa ferramenta. O Windows Update for Bu-
Windows 10, o novíssimo Edge), o leitor multimídia Windows siness também estará presente aqui, juntamente com o Long
Media Player, o editor de imagens Paint e o processador de Term Servicing Branch, como uma opção de distribuição de
texto WordPad. updates de segurança para situações e ambientes críticos.

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Windows 10 Education:
Construído sobre o Windows 10 Enterprise, a versão Edu-
cation é destinada a atender as necessidades do meio educa-
cional. Os funcionários, administradores, professores e estu-
dantes poderão aproveitar os recursos desse sistema opera-
cional que terá seu método de distribuição baseado através
da versão acadêmica de licenciamento de volume.

Windows 10 Mobile
O Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos
de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como
smartphones e tablets. Essa edição vai contar com os mes-
mos apps incluídos na versão Home, além de uma versão
do Office otimizada para o toque. O Continuum também Cortana
vai marcar presença nos dispositivos que forem compatíveis A assistente pessoal Cortana foi introduzida pela Mi-
com a funcionalidade. crosoft no Windows Phone 8.1. Com o Windows 10, ela
também estará presente nos PCs.
Windows 10 Mobile Enterprise: A Cortana permitirá que os usuários façam chamadas
Projetado para smartphones e tablets do setor corpo- no Skype, verifiquem o calendário, agendem e verifiquem
rativo.  Essa edição também estará disponível através do compromissos agendados, definam lembretes, configurem
Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas vanta- o alarme, tomem notas e muito mais.
gens do Windows 10 Mobile com funcionalidades direcio- Infelizmente, sua disponibilidade no lançamento do
nadas para o mercado corporativo. Windows 10 em 29 de julho de 2015 deve variar depen-
Windows 10 IoT Core dendo da região.
Além dos “sabores” já mencionados, a Microsoft pro-
mete que haverá edições para dispositivos como caixas
eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
atendimento para o varejo e robôs industriais – todas ba-
seadas no Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile
Enterprise. O Windows 10 IoT Core – que contém em seu
nome a sigla em inglês para Internet das Coisas – vai ser
destinado para dispositivos pequenos e de baixo custo.

Windows 10
Windows 10 é a mais recente versão do sistema ope-
racional da Microsoft. Multiplataforma, o download do
software pode ser instalado em PCs (via ISO ou Windows
Update) e dispositivos móveis (Windows 10 mobile) como
smartphones e tablets. A versão liberada para computado-
res (Windows 10 e Windows 10 Pro) une a interface clássica
do Windows 7 com o design renovado do Windows 8 e 8.1,
criando um ambiente versátil capaz de se adaptar a telas Microsoft Edge
de todos os tamanhos e perfeito para uso com teclado e A terceira das 10 novidades no Windows 10 listadas
mouse, como o tradicional desktop. neste artigo é o navegador Microsoft Edge. O navegador
substituirá o Internet Explorer como o navegador padrão
Podemos citar, dentre outras, as seguintes novidades: do Windows.
O novo navegador foi desenvolvido como um app Uni-
Menu Iniciar versal e receberá novas atualizações através da Windows
O Windows 8 introduziu uma tela inicial que ocupava Store. Ele utiliza um novo mecanismo de renderização de
toda a área do monitor. Muitos usuários não conseguiram páginas conhecido também pelo nome Edge, inclui supor-
se adaptar muito bem e isto fez com que a Microsoft trou- te para HTML5, Dolby Audio e sua interface se ajusta me-
xesse o menu Iniciar de volta no Windows 10. lhor a diferentes tamanhos de tela.
Nesta nova versão do menu Iniciar, os usuários podem Com ele os usuários também poderão fazer anotações
fixar tanto os aplicativos tradicionais como os aplicativos em sites da Web (imagem abaixo) e até mesmo usar a Cor-
disponibilizados através da Windows Store. tana. Basicamente a ideia é permitir que a Cortana navegue
O menu também pode ser expandido automaticamen- na Web com você e assim encontre informações úteis que
te no modo Tablet para se comportar como a tela inicial do podem te ajudar.
Windows 8 e 8.1.

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O modo Continuum também estará presente no Win-


dows 10 Mobile, a versão do novo sistema operacional da
Microsoft para smartphones e tablets pequenos.
Durante uma demonstração em abril, a Microsoft co-
nectou um smartphone Lumia a um monitor e a um teclado
Bluetooth para usar o aparelho em um modo que oferece
mais produtividade. Com isso o smartphone basicamente
se transformou em um PC com área de trabalho e tudo.

Nova Windows Store

Além de oferecer aplicativos Universais e jogos, a nova


Windows Store inclui a nova seção Filmes & TV. A Microsoft
também já confirmou que ela também oferecerá aplicati-
Por exemplo, se você visita o site de um restaurante, a vos Win32 tradicionais.
Cortana encontrará informações como horários de funcio-
namento, telefone, endereço e até mesmo reviews. Outra novidade é a nova “Windows Store for Business”,
Você também poderá fazer perguntas para a Cortana que oferecerá aplicativos para usuários finais e aplicativos
durante a navegação. privados voltados para ambientes corporativos e organi-
zações.
Áreas de trabalho virtuais
O suporte para áreas de trabalho virtuais é uma das 10 no- Por exemplo, uma escola poderá definir um conjunto
vidades no Windows 10 listadas neste artigo. Com este recurso, específico de aplicativos que serão instalados nos compu-
os usuários podem manter múltiplas áreas de trabalho com tadores disponíveis para os alunos.
programas específicos abertos em cada uma delas. Por exem-
plo, você pode deixar uma janela do Internet Explorer visível em 08 – Central de Ações
uma área de trabalho enquanto trabalha no Word em outra. A Central de Ações é a nova central de notificações
Vale lembrar que este recurso já foi oferecido no Win- do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de
dows XP através de um Power Toy chamado Virtual Desk- Ações do Windows Phone 8.1 e também oferece acesso
top Manager. Um detalhe é que este PowerToy suporta no rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação
máximo de quatro áreas de trabalho virtuais, enquanto que e VPN.
no Windows 10 é possível criar muitas (20+).

Continuum
O modo Continuum foi criado para uso em aparelhos
híbridos que combinam tablet e notebook. Com este modo
o usuário pode alternar facilmente entre o uso do híbrido
como tablet e como notebook, basicamente combinando a
simplicidade do tablet com a experiência de uso tradicional.

Novos aplicativos Email e Calendário


Os novos aplicativos Email e Calendário trazem uma
interface melhorada e oferecem mais recursos do que as
atuais versões para Windows 8.1.

No caso do aplicativo Email, ele conta com um editor


de texto mais rico baseado no app Universal do Word para
Windows 10 e também permite que o usuário utilize um
Quando o usuário usa um híbrido como o HP Pavillion plano de fundo personalizado para o app.
x360 ou o Lenovo YOGA, por exemplo, o Windows 10 pode
ser configurado para que entre no modo Tablet automati-
camente. Com isso não é necessário perder tempo mexen-
do nas configurações quando for necessário usar o híbrido
como tablet ou como notebook.

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Explorador de Arquivos é um recurso do Windows


que permite gerenciar arquivos e pastas. Nesse tutorial,
você vai descobrir como usar esse recurso dentro do Win-
dows 10, a versão mais recente do sistema operacional,
vendo o que mudou e o que permaneceu o mesmo no
mais novo sistema operacional da Microsoft.

File Explorer - Explorando Arquivos no Windows 10

Já o app Calendário ganhou uma interface bem mais


intuitiva que a da versão para Windows 8.1, permitindo que
o usuário crie compromissos e alterne entre modos dia/
semana/mês mais facilmente.

Comece abrindo o Explorador de Arquivos através do


atalho na barra de tarefas. Ele é sinalizado por um ícone de
pastinha, próximo à ferramenta de Pesquisa do Windows
10. A janela que vai se abrir é dividida em duas áreas. A área
da esquerda permite navegar entre várias pastas, como do-
wnloads, fotos ou músicas do seu sistema operacional. A
pasta Documentos é onde a maioria dos seus arquivos es-
tará gravado.

Novo Painel de Controle moderno


A última das 10 novidades no Windows 10 listadas nes-
te artigo é o novo Painel de Controle moderno do sistema
operacional. Ele oferece bem mais opções que a versão
moderna presente no Windows 8.1, o que é uma boa notí-
cia para os usuários.

Para chegar lá, clique em “Este PC” - que é o novo


nome do Meu Computador. Então, uma lista de subpastas
vai se abrir. Selecione Documentos. Para selecionar qual-
quer pasta na área de navegação, basta clicar uma vez. Para
abrir pastas e arquivos na área principal, clique duas vezes.

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No topo da janela do Explorador de Arquivos  há vá-


rios menus e controles úteis. Os controles avançar e voltar,
representados por uma seta para a frente ou para trás, po-
dem levá-lo de volta para a tela anterior ou seguinte. Você pode controlar a maneira como os ícones são exibi-
dos na área principal do Explorador de Arquivos. Essa opção
Próximo a eles, logo antes da barra de endereço do fica no menu Exibir. As formas de visualização incluem ícones
Explorador de Arquivos, há uma seta para cima. Essa opção extra-grandes, grandes, médios, pequenos, lista, conteúdos e
vai levá-lo um nível acima. Vamos supor que você esteja detalhes. Basta colocar o mouse sobre cada uma para ver um
na pasta de Trabalho, dentro da pasta Documentos. Clicar preview.
nesse botão vai levá-lo à pasta Documentos, mesmo que
não estivesse nela antes.

Nessa mesma área há um campo de busca. Digite nele


para procurar arquivos em qualquer lugar do seu compu-
tador ou dentro das pastas que você estiver explorando.

A visualização em detalhes permite enxergar facilmente di-


versas informações sobre os arquivos e partas – por exemplo,
data de modificação, tipo de arquivo, tamanho e outros.
Quando estiver usando a visualização em detalhes, você
pode personalizar as informações que são exibidas. Clique
com o botão direito sobre uma coluna para exibir um menu
suspenso com diversas opções de dados; para acrescentar ou
retirar um, clique sobre ele. A opção “More”, no final da lista,
traz centenas de outros metadados. É claro que alguns po-
Você irá notar que alguns comandos mudam, depen- dem não estar disponíveis, dependendo do tipo de conteúdo.
dendo do conteúdo da pasta. Por exemplo, quando você Quando uma pasta tiver muitos arquivos, você pode or-
abre a pasta Música, o menu se adapta para trazer as op- ganizar os dados para tornar mais fácil localizar algum item
ções de reproduzir um arquivo ou reproduzir todos. específico. Uma maneira de fazer isso é escolhendo qual vai
ser o critério de organização; por exemplo, data de criação. En-
Na barra de endereços também há atalhos para mudar tão, clique sobre o título da coluna de dados correspondente,
de uma pasta para outras. Na frente de cada “passo” do e todos os itens serão organizados. Ao lado do título da coluna
endereço você poderá ver uma setinha. Clique nela para surgirá uma seta: se ela apontar para cima, a organização será
abrir um menu suspenso com outras pastas que você pode crescente, e se apontar para baixo, será decrescente.
abrir diretamente. Ainda no menu Exibir. você tem duas opções de previsua-
lização. Elas permitem abrir uma área na lateral direita do
Explorador de Arquivos para ver prévias de arquivos antes
de abri-los. Essa opção funciona principalmente para ima-
gens ou arquivos em PDF.

20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A opção Painel de Visualização permite ver apenas Principais Acessórios do Windows 10


uma miniatura do arquivo. Enquanto isso, a opção Painel
de Detalhes inclui também muitas informações sobre os Existem outros, outros poderão ser lançados e incre-
arquivos. Clique em cima de alguns desses detalhes, como mentados, mas os relacionados a seguir são os mais po-
autor ou artista, para editar as informações diretamente. pulares:
- Assistência Rápida
- Bloco de Notas
- Calculadora
- Ferramenta de Captura
- Internet Explorer
- Mapa de Caracteres
- Paint
- Windows Explorer
- WordPad

Vantagens dos Acessórios do Windows

Algumas pessoas desprezam esses programas por


Acessórios do Windows são aplicativos acharem que são muito simples. Na verdade, trata-se de
Como pôde ver, computadores necessitam de Sistema preconceito por falta de capacitação adequada.
Operacional para funcionar. Porém, sem softwares aplicati- São fáceis de aprender
vos de nada serviriam. Se você adquirisse um computador Rápidos para carregar
com Windows, mas não adquirisse nenhum software apli- De excelente qualidade
cativo (processador de textos, planilha eletrônica, ....), seu
computador seria totalmente inútil. Tão úteis quanto a calculadora, bloco de papel, postits
Assim, para que um consumidor não fique decepcio- e outros itens que você encontra numa mesa de escritório.
nado ao abrir seu novo computador, a Microsoft incluiu
alguns softwares aplicativos no pacote Windows. Eles não
São encontrados em  quaisquer computadores com
são “o Windows”, mas acompanham o Sistema Operacio-
Windows.
nal Windows e, a esse conjunto de aplicativos, foi dado o
nome de Acessórios do Windows.
Bloco de Notas
Como acessar os Acessórios do Windows
Através do botão Iniciar do  Windows, clicando a se-
quência:
Botão Iniciar > Todos os Programas > Acessórios (ver-
sões anteriores ao Windows 10)
No Windows 10, após clicar no Botão Iniciar você loca-
lizará na ordem alfabética (veja imagem).
O navegador  Internet Explorer  é um exemplo. Além
dele, a Microsoft vem mantendo e atualizando uma lista
de aplicativos.

21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Bloco de Notas é um editor de textos simples, sem Com a  Ferramenta de Captura  você copia e salva
formatação (significa que você não poderá sublinhar, inse- qualquer parte da sua tela, transformando num arqui-
rir imagens e outros recursos). vo png ou jpg, por exemplo.
Pela simplicidade, é rápido para carregar e usar, tor-
nando-se ideal para tomar notas ou salvar conversas em Área de transferência
chats, usando Ctrl+C e Ctrl+V (a maioria dos chats não dis- Área de transferência (conhecida popularmente como co-
ponibiliza um recurso para salvar). piar e colar) é um recurso utilizado por um sistema operacional
Também funciona para editar programas de computa- para o armazenamento de pequenas quantidades de dados para
dor, como códigos emHTML, ASP, PHP, etc. transferência entre documentos ou aplicativos, através das opera-
ções de cortar, copiar e colar bastando apenas clicar com o botão
WordPad direito do mouse e selecionar uma das opções. O uso mais co-
mum é como parte de uma interface gráfica, e geralmente é im-
plementado como blocos temporários de memória que podem
ser acessados pela maioria ou todos os programas do ambiente.
Implementações antigas armazenavam dados como texto plano,
sem meta informações como tipo de fonte, estilo ou cor. As mais
recentes implementações suportam múltiplos formatos de dados,
que variam entre RTF e HTML, passando por uma variedade de
formatos de imagens como bitmap e vetor até chegar a tipos mais
complexos como planilhas e registros de banco de dados.
Ctrl+C para copiar informação para a Área de Transferência
Ctrl+X para cortar informação para a Área de Transferência
Ctrl+V para colar informação da Área de Transferência

Integração do office 2016 com Windows 10


O Office 2016 é a primeira versão do programa desde
Diferente do  Bloco de Notas, o  WordPad  (substituto o lançamento do Windows 10, com alguns truques incor-
do Write) é um editor de textos mais sofisticado. Podemos porados a ele como o Windows Hello que é um acumulado
dizer, uma “miniatura do Word”, inclusive, com muitas com- de identificadores biométricos que podem ou não estar pre-
patibilidades. sentes na máquina, como leitores digitais e íris. O outro é o
É uma alternativa gratuita para criar e/ou editar docu- assistente digital da Microsoft  (Cortana), porem ainda não
mentos, como contratos, por exemplo, mesmo que tenha está disponível no Brasil.
sido criado originalmente no Word.
Muitos concursos e exames de progressão  exigem  o
conhecimento do WordPad

Ferramenta de Captura

O Office 2016 (que também é compatível com as versões 7


e 8 do Windows), está completamente otimizado para extrair o
máximo do Windows 10, criando uma solução ideal de produ-
tividade. Uma das possibilidades está com o novo recurso Win-
dows Hello, que facilita o processo de login no computador por
meio de reconhecimento facial, da íris ou da impressão digital.
Ele pode ser usado também para acessar o Office de forma
segura e simples (mas exige uma câmera especial para isso).
Graças ao Windows 10, os novos aplicativos do Office
para mobile contam com uma interface ótima para telas de
toque e são universais, o que os torna excelentes para o re-
curso Continuum do sistema operacional. A função permite
que novos smartphones com o sistema da Microsoft possam
ser utilizados como PCs por meio de um dock específico
Para você ter uma idéia, a Ferramenta de Captura (Sni- para conectá-lo a um monitor, permitindo a liberdade que
pping Tool), é de uma simplicidade incrível, mas extrema- o teclado e mouse proporcionam – mas ainda não foi ofi-
mente útil. cialmente lançado.

22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Questões comentadas 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de ar-


1- Com relação ao sistema operacional Windows, assinale quivos, sem que haja perda de informação?
a opção correta. (A) Compactação
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve (B) Deleção
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, (C) Criptografia
de modo a garantir a correta remoção dos arquivos relaciona- (D) Minimização
dos ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema operacional. (E) Encolhimento adaptativo
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e DE-
LETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos dire- Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica
tórios de programas instalados na máquina em uso. amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de um conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de pro-
computador, pois bastam o nome do usuário e a senha da gramas compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc.
máquina para se ter acesso às contas dos demais usuários Resposta: A
possivelmente cadastrados nessa máquina.
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios dis- 05- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.
poníveis por meio da instalação do pacote Office, entre eles, (A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas-
calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint. tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão
Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windo- Iniciar do Windows.
ws, dar saída no usuário correntemente em uso na máquina e, (B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em
em seguida, desligar o computador. um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modificação,
deve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição.
Comentários: Para desinstalar um programa de forma se- (C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede
gura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou remo- oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para
ver programas acesso direto a elas.
Resposta – Letra A (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a
opção Renomear for acionada no Windows Explorer com o
2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as infor- botão direito do mouse,será salva uma nova versão do arqui-
mações estão contidas em arquivos de vários formatos, que vo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de mídias (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura
removíveis do computador, organizados em: de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca
(A) telas. Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de má-
(B) pastas. quinas ligadas à Internet.
(C) janelas. Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são
(D) imagens. mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e Detalhes.
(E) programas. Resposta: B

Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma bem Fonte:


clara a organização por meio de PASTAS, que nada mais são http://www.baboo.com.br/windows/10-novidades-no-win-
do que compartimentos que ajudam a organizar os arquivos dows-10/
em endereços específicos, como se fosse um sistema de ar- http://ziggi.uol.com.br/blog/windows-10-explorador-de-ar-
mário e gavetas. quivos-4671#ixzz4fZmKAUlx
Resposta: Letra B https://www.ciabyte.com.br/faq/acessorios-windows.asp
https://olhardigital.uol.com.br/noticia/o-que-ha-de-novo-
3- Um item selecionado do Windows pode ser excluído no-office-2016/51582
permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionando-se
simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete. 1.2 - CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E
(B) Shift + End. DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES,
(C) Shift + Delete. ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X.

Comentário: Quando desejamos excluir permanente- Sobre o que é Documento, encontramos na literatura di-
mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes versos entendimentos. Primeiramente temos Houaiss, Villar e
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjunto Franco (2001) que, em seu Dicionário, definem o verbete
com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem do “documento” como “qualquer escrito usado para esclarecer
tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanentemente determinada coisa [...] qualquer objeto de valor documen-
este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que deseja en- tal (fotografia, peças, papéis, filmes, construções, etc.) que
viar este arquivo para a lixeira?”. elucide, instrua, prove ou comprove cientificamente algum
Resposta: C fato, acontecimento, dito etc.”

23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No campo da Arquivologia, temos Schellenberg (2004, Para o Arquivo Nacional, em sua obra Subsídios para
p. 41) que define “documento (records)” da seguinte forma: um Dicionário Brasileiro de Termos Arquivísticos, Arquivo Di-
Todos os livros, papéis, mapas, fotografias ou outras es- gital é um conjunto de Bits que formam uma unidade lógi-
pécies documentárias, independentemente de sua apresenta- ca interpretável por computador e armazenada em suporte
ção física ou características, expedidos ou recebidos por qual- apropriado.
quer entidade pública ou privada no exercício de seus encar- A Wikipédia trata o termo Arquivo Digital como Arquivo
gos legais ou em funções das suas atividades e preservados de Computador e o traduz da seguinte forma:
ou depositados para preservação por aquela entidade ou por No disco rígido de um computador, os dados são guarda-
seus legítimos sucessores como prova de suas funções, sua dos na forma de arquivos (ou ficheiros, em Portugal). O arquivo é
política, decisões, métodos, operações ou outras atividades, um agrupamento de registros que seguem uma regra estrutural,
ou em virtude do valor informativo dos dados neles contidos. e que contém informações (dados) sobre uma área específica.
Já Rondinelli (2004) cita a definição do Comitê de Docu- Estes arquivos podem conter informações de qualquer tipo
mentos Eletrônicos do Conselho Internacional de Arquivos de dados que se possa encontrar em um computador: textos,
(CIA) onde a “informação registrada, independente da forma imagens, vídeos, programas, etc. Geralmente o tipo de infor-
ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da atividade mação encontrada dentro de um arquivo pode ser previsto ob-
de uma instituição ou pessoa e que possui conteúdo, contexto servando-se os últimos caracteres do seu nome, após o último
e estrutura suficientes para servir de evidência dessa atividade”. ponto (por exemplo, txt para arquivos de texto sem formatação).
Por meio destas definições podemos observar uma una- Esse conjunto de caracteres é chamado de extensão do arquivo.
nimidade no que diz respeito à importância da informação Como os arquivos em um computador são muitos (só
contida no documento, independente do seu suporte, para as o sistema operacional costuma ter milhares deles), esses ar-
atividades humanas; isso devido à sua natureza comprobató- quivos são armazenados em diretórios (também conhecidos
ria de fatos ocorridos ao longo de uma atividade. como pastas).
No tocante ao termo Arquivo, Schellenberg (2004, p. 41) No Brasil, o responsável pela regulamentação e práticas
define-o como “Os documentos de qualquer instituição pú- de gestão arquivística no âmbito do poder público é o Conse-
blica ou privada que hajam sido considerados de valor, mere- lho Nacional de Arquivos – CONARQ. Sua atribuição é definir
cendo preservação permanente para fins de referência e de a política nacional de arquivos públicos e privados, como ór-
pesquisa e que hajam sido depositados ou selecionados para gão central de um Sistema Nacional de Arquivos, bem como
depósito, num arquivo de custódia permanente”. exercer orientação normativa visando a gestão documental e
Quando falamos de arquivos, devemos ter em mente que a proteção especial aos documentos de arquivo.
existem dois tipos: o de caráter privado e o público. Para o CONARQ, o termo Documento Digital é o mesmo
Ao se tratar de Arquivos Públicos, podemos encontrar sua que Documento em Meio Eletrônico, ou seja, aquele que só é
definição no artigo 7º da Lei nº 8159 de 1991, que dispõe que legível por computador.
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos pro- O parágrafo 2º, do artigo 1º, da Resolução do CONARQ
duzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por ór- nº 20, de 16 de julho de 2004, define Documento Arquivístico
gãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal Digital como: o documento arquivístico codificado em dígi-
e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, tos binários, produzido, tramitado e armazenado por sistema
legislativas e judiciárias”. computacional. São exemplos de documentos arquivísticos
Ao analisarmos o verdadeiro objeto de um arquivo con- digitais: planilhas eletrônicas, mensagens de correio eletrôni-
cluímos que é o conteúdo dos seus documentos ou o próprio co, sítios na internet, bases de dados e também textos, ima-
documento, e sua importância está na forma com que foi em- gens fixas, imagens em movimento e gravações sonoras, den-
pregado dentro de um processo de tomada de decisão. tre outras possibilidades, em formato digital.
A organização e gestão de acervos arquivísticos tornou- Atualmente existe uma variedade muito grande de do-
se bastante problemática para as instituições nas últimas três cumentos digitais e os tipos mais comuns que podemos en-
décadas, devido à rápida e ininterrupta evolução tecnológica contrar são:
que a humanidade sofreu. Evolução essa que afetou todos os 1) Textos: arquivos com a extensão “.txt”, “.doc”, “.pdf” etc.;
meios de produção existentes. 2) Vídeos: arquivos com a extensão “.avi”, “.mov”, “.wmv” etc.;
Segundo SANTOS (2002), as tecnologias desenvolvidas 3) Áudio: arquivos com a extensão “.wma”, “.mp3”, “.midi” etc.;
para permitir essa evolução também afetaram diretamente a 4) Fotografia: arquivos com a extensão “.jpg”, “.bmp”,
produção informacional e documental. “.tiff”, “.gif” etc.;
Para se ter uma ideia do volume de informação disponível 5) Arquivos de planilhas: arquivos com a extensão “.pps” etc.;
nos dias de hoje, ao fazer uma pesquisa sobre um assunto 6) Arquivos da Internet: arquivos com a extensão “.htm”,
de seu interesse na Internet, o pesquisador irá encontrar tan- “.html” etc.
ta informação que será praticamente impossível ler todos os Porém, ao mesmo tempo em que este tipo de tecnolo-
documentos encontrados sobre o assunto. Também iremos gia vem nos ajudar a executar nossas tarefas diárias, a sua
encontrar documentos que, apesar de terem sido indexados veloz e constante evolução também está nos criando um
para um determinado assunto, ele não contém nada sobre o problema muito sério no tocante à sua preservação.
termo indexado. À medida que a tecnologia avança, seus meios (hard-
Uma das tecnologias que mais se destacaram nesse ware e software) sofrem mutações consideráveis em suas
desenvolvimento, foi a da área da informática essa tecnolo- estruturas a ponto de criarem sérios problemas de preser-
gia, onde acabou criando uma nova forma de documento: vação, principalmente quando se pretende abrir arquivos
o Arquivo Digital. de programas mais antigos ou de versões ultrapassadas.

24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No tocante à preservação de acervos digitais, podemos de procedimentos e operações técnicas à sua produção, tra-
contar atualmente com a existência de uma vasta e rica litera- mitação, uso, avaliação e arquivamento em fases corrente e
tura sobre o assunto. intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento para
Não podemos nos bastar somente na forma de manter guarda permanente., e o seu artigo 17, do Capítulo IV, afirma
o documento digital através da sua preservação, também te- que a administração da documentação pública ou de caráter
mos que organizá-lo para ter acesso às informações que ele público compete às instituições arquivísticas federais, esta-
contém. duais do Distrito Federal e municipais.
Schellenberg (2004, p. 68) dá uma ideia do que vem a Tal dispositivo torna claro a importância e a responsabili-
ser um modo de gestão de documentos quando nos diz que dade que devemos ter com o trato da documentação pública.
documentos são eficientemente administrados quando, uma Dentre estas responsabilidades, a mais discutida pelos
vez necessários, podem ser localizados com rapidez e sem autores de hoje é a da preservação dos documentos.
transtorno ou confusão Hoje, encontramos uma vasta bibliografia que trata es-
Segundo o autor, a maneira com que os documentos pecificamente sobre o tema da preservação de documentos,
são mantidos para uso corrente determina a exatidão com tanto em suporte de papel quanto em meios eletrônicos.
que podem ser fixados os valores da documentação recolhi- A guarda e a conservação dos documentos, visando à sua
da. Também nos diz que o uso dos documentos para fins de utilização, são as funções básicas de um arquivo (PAES, 1991,
pesquisa depende, igualmente, da maneira pela qual foram p. 5).
originalmente ordenados (2004, p. 53). Para Arellano (2004):
Paes (1991, p. 17) diz que devemos ter por base a análise A natureza dos documentos digitais está permitindo am-
das atividades da instituição e de como os documentos são pla produção e disseminação de informação no mundo atual.
solicitados ao arquivo, para podermos definir o melhor méto- É fato que na era da informação digital se está dando muita
do arquivístico a ser adotado pela instituição. ênfase à geração e/ou aquisição de material digital, em vez de
Para o CONARQ (Resolução nº 25. art. 1), gestão arqui- manter a preservação e o acesso a longo prazo aos acervos
vística de documentos é o conjunto de procedimentos e ope- eletrônicos existentes. O suporte físico da informação, o papel
rações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, ava- e a superfície metálica magnetizada se desintegram ou po-
liação e arquivamento de documentos em fases corrente e dem se tornar irrecuperáveis. Existem, ademais, os efeitos da
intermediária, visando à sua eliminação ou recolhimento para temperatura, umidade, nível de poluição do ar e das ameaças
guarda permanente. biológicas; os danos provocados pelo uso indevido e o uso
A característica que o documento digital apresenta pode regular, as catástrofes naturais e a obsolescência tecnológica.
comprometer a sua autenticidade pois está sujeito à degra- A aplicação de estratégias de preservação para documentos
dação física dos seus suportes, à rápida obsolescência tec- digitais é uma prioridade, pois sem elas não existiria nenhu-
nológica e às intervenções que podem causar adulterações ma garantia de acesso, confiabilidade e integridade dos do-
e destruição. cumentos a longo prazo.
Na tentativa de se coibir estes tipos problemas, o CO- Na Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico
NARQ, através da sua Câmara Técnica de Documentos Eletrô- Digital (2004), o CONARQ diz que:
nicos, editou a Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007, onde As facilidades proporcionadas pelos meios e tecnologias
recomenda aos órgãos e instituições que adotem o “Modelo digitais de processamento, transmissão e armazenamento de
de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arqui- informações reduziram custos e aumentaram a eficácia dos
vística de Documentos e-ARQ Brasil”, para definir, documen- processos de criação, troca e difusão da informação arquivís-
tar, instituir e manter políticas, procedimentos e práticas para tica. O início do século XXI apresenta um mundo fortemen-
a gestão arquivística de documentos, com base nas diretrizes te dependente do documento arquivístico digital como um
estabelecidas por ele. meio para registrar as funções e atividades de indivíduos, or-
Para o CONARQ, somente com procedimentos de gestão ganizações e governos.
arquivística é possível assegurar a autenticidade dos docu- Porém, o CONARQ alerta sobre a importância de voltar-
mentos arquivísticos digitais. mos nossas atenções para os meios de preservar este tipo
Para se ter sucesso na implantação deste Sistema nos de acervo, pois essas tecnologias digitais sofrem uma obso-
órgãos públicos e empresas privadas é necessário que todos lescência muito rápida pois a tecnologia digital é comprova-
os funcionários estejam envolvidos na política arquivística de damente um meio mais frágil e mais instável de armazena-
documentos e as responsabilidades devem ser distribuídas de mento, comparado com os meios convencionais de registrar
acordo com a função e hierarquia de cada um. informações.
A Constituição Federal de 1988 e, particularmente, a Lei A Carta também nos alerta:
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política A preservação da informação em formato digital não se limi-
nacional de arquivos públicos e privados, delegaram ao Poder ta ao domínio tecnológico, envolve também questões adminis-
Público algumas responsabilidades, consubstanciadas pelo trativas, legais, políticas, econômico-financeiras e, sobretudo, de
Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que consolidou os descrição dessa informação através de estruturas de metada-
decretos anteriores - nsº 1.173, de 29 de junho de 1994; 1.461, dos que viabilizem o gerenciamento da preservação digital e
de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20 de março de 1997 e 2.942, o acesso no futuro. Desta forma, preservar exige compromis-
de 18 de janeiro de 1999. sos de longo prazo entre os vários segmentos da sociedade:
O artigo 3º, da Lei nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991, poderes públicos, indústria de tecnologia da informação, ins-
que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos tituições de ensino e pesquisa, arquivos e bibliotecas nacio-
e privados, diz que gestão de documentos é o conjunto nais e demais organizações públicas e privadas.

25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O CONARQ reconhece a instabilidade da informação ar- Extensões de Arquivos


quivística digital e sobre a necessidade de estabelecimento de As extensões de arquivos são sufixos que distinguem seu
políticas públicas, diretrizes, programas e projetos específicos, formato e principalmente a função que cumprem no compu-
legislação, metodologias, normas, padrões e protocolos que tador. Cada extensão de arquivo possui funções e aspectos
possam minimizar os efeitos da fragilidade e da obsolescên- próprios, por isso a maioria necessita de programas específi-
cia de hardwares, softwares e formatos e que assegurem, ao cos para serem executadas.
longo do tempo, a autenticidade, a integridade, o acesso con- Como tudo que há em um computador é formado por
tínuo e o uso pleno da informação. arquivos, existem diversos formatos, como de textos, sons,
imagens, planilhas, vídeos, slides entre diversos outros.
Metadados A principal
A definição mais simples de metadados é que eles são Sem dúvida alguma, a principal extensão é o EXE. A ex-
dados sobre dados – mais especificamente, informações (da- tensão significa basicamente que o arquivo é um executável,
dos) sobre um determinado conteúdo (os dados). ou seja, pode ser executado e produzir efeitos em computa-
Os metadados são utilizados para facilitar o entendimento, dores com sistema operacional Windows. Isso dá a ele inúme-
o uso e o gerenciamento de dados. Os metadados necessários ras possibilidades, desde realizar a instalação de um progra-
para este fim variam conforme o tipo de dados e o contexto de ma no seu computador até mesmo executar um vírus dentro
uso. Assim, no contexto de uma biblioteca, onde os dados são dele, pois ao se executar um arquivo com a extensão EXE, o
o conteúdo dos títulos em estoque, os metadados a respeito de usuário está dando autorização ao sistema para executar to-
um título normalmente incluem uma descrição do conteúdo, o das as instruções contidas dentro dele. Quando tal ficheiro é
autor, a data de publicação e sua localização física. No contex- de origem desconhecida ou não confiável, como por exemplo
to de uma câmera, onde os dados são a imagem fotográfica, o que vem anexado a um e-mail de remetente desconhecido,
os metadados normalmente incluem a data na qual a foto foi é possível que este ficheiro instrua o computador a realizar
tirada e detalhes da configuração da câmera. No contexto de tarefas indesejadas pelo usuário, tais como a instalação de ví-
um sistema de informações, onde os dados são o conteúdo de rus ou spywares. Deve-se estar bastante atento ao clicar em
arquivos de computador, os metadados a respeito de um item arquivos com esta extensão.
de dados individual normalmente incluem o nome do arquivo,
o tipo do arquivo e o nome do administrador dos dados. DLL
Um registro de metadados consiste de alguns elementos Também conhecida como biblioteca de vínculo dinâmico,
pré-definidos que representam determinados atributos de um é um arquivo que é usada geralmente junto como EXE como
recurso, sendo que cada elemento pode ter um ou mais valores. parte complementar de um software.
Segue abaixo um exemplo de um registro de metadados simples:
Nome do Documentos
Valor - Editores de texto
Elemento
TXT – É um arquivo texto ou texto puro como é mais co-
Título Catálogo da Web
nhecido. Arquivos dos Word também são textos, mas ele gera
Criador Dagnija McAuliffe um texto com formatação. O TXT é um formato que indica
University of Queensland um texto sem formatação, podendo ser aberto ou criado no
Editora
Library Bloco de Notas do Windows, por exemplo.
http://www.library.uq.edu.au/ DOC – O formato de arquivos DOC é de propriedade da
Identificador Microsoft e usado no Microsoft Word como padrão na gra-
iad/mainmenu.html
Formato Texto / html vação de arquivos textos. As versões mais recentes do Word
incorporaram a extensão DOCX como evolução do DOC, isto
Relação Website da Biblioteca
aconteceu a partir da versão 2007 do Microsoft Word.
Os esquemas de metadados normalmente apresentarão ODT (Open document text) – Extensão padrão do editor
as seguintes características: de texto Writer contido no pacote LibreOffice.
• Um número limitado de elementos
• O nome de cada elemento - Planilhas Eletrônicas
• O significado de cada elemento XLS – Este tipo de arquivo é usado pelo Excel para criar e
editar planilhas. O XLS foi usado até a versão 2003, a partir da
Normalmente, a semântica é descritiva do conteúdo, lo- versão 2007 passou a usar o formato XLSX
calização, atributos físicos, tipo (texto ou imagem, mapa ou ODS (Open document spreadsheets) - Extensão padrão
modelo, por exemplo) e forma (folha impressa ou arquivo da planilha eletrônica Calc, contida no pacote LibreOffice.
eletrônico, por exemplo). Os principais elementos de meta-
dados que fornecem suporte para acesso a documentos - Apresentações
publicados são o criador de uma obra, seu título, quando e PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Po-
onde ele foi publicado e as áreas que ela aborda. Quando werpoint, aplicativo que permite criar apresentações de sli-
a informação é publicada sob forma analógica, como ma- des para palestrantes e situações semelhantes.
terial impresso, são fornecidos metadados adicionais para ODP (Open document presentation) - Extensão padrão
auxiliar na localização das informações, como os números do criador/editor de apresentações Impress, contida no pa-
de identificação utilizados nas bibliotecas. cote LibreOffice.

26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

PDF RMVB - RealMedia Variable Bitrate, define o formato de


Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos pa- arquivos de vídeo desenvolvido para o Real Player, que já foi
drões utilizados na informática para documentos importan- um dos aplicativos mais famosos entre os players de mídia
tes, impressões de qualidade e outros aspectos. Pode ser vi- para computador. Embora não seja tão utilizado, ele apresen-
sualizado no Adobe Reader, aplicativo mais conhecido entre ta boa qualidade se comparado ao tamanho de seus arquivos.
os usuários do formato. MKV – Esta sigla denomina o padrão de vídeo criado pela
Matroska, empresa de software livre que busca ampliar o uso
Áudio do formato. Ele apresenta ótima qualidade de áudio e vídeo
MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de áu- e já está sendo adotado por diversos softwares, em especial
dio mais conhecida entre os usuários, devido à ampla utiliza- os de licença livre.
ção dela para codificar músicas e álbuns de artistas. O grande
sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir o tamanho Imagem
natural de uma música em até 90%, ao eliminar freqüências BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais
que o ouvido humano não percebe em sua grande maioria. conhecidos pelo usuário. Pode-se dizer que este formato é
WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi o que apresenta a ilustração em sua forma mais crua, sem
criada pela Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo da perdas e compressões. No entanto, o tamanho das imagens
informática por ser o formato especial para o Windows Me- geralmente é maior que em outros formatos. Nele, cada pixel
dia Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para o seu da imagem é detalhado especificamente, o que a torna ainda
computador usando o programa, todos os arquivos formados mais fiel.
são criados em WMA. Hoje, praticamente todos os players de GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format, é
música reproduzem o formato sem complicações. um formato de imagem semelhante ao BMP, mas amplamen-
AAC – Sigla que significa codificação avançada de áudio, te utilizado pela Internet, em imagens de sites, programas de
o AAC foi criado pela Apple a fim de concorrer diretamente conversação e muitos outros. O maior diferencial do GIF é ele
com o MP3 e o WMA, visando superá-los em qualidade sem permitir a criação de pequenas animações com imagens se-
aumentar demasiadamente o tamanho dos arquivos. Menos guidas, o que é muito utilizado em emoticons, blogs, fóruns e
conhecido, o formato pode ser reproduzido em iPods e simi- outros locais semelhantes.
lares, além de players de mídia para computador. JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem da si-
OGG – Um dos formatos menos conhecidos entre os gla, que é um formato de compressão de imagens, sacrifican-
usuários, é orientado para o uso em streaming, que é a trans- do dados para realizar a tarefa. Enganando o olho humano, a
missão de dados diretamente da Internet para o computador, compactação agrega blocos de 8X8 bits, tornando o arquivo
com execução em tempo real. Isso se deve ao fato do OGG final muito mais leve que em um Bitmap.
não precisar ser previamente carregado pelo computador JPG - É basicamente o principal formato de arquivos de
para executar as faixas. imagens digitais atualmente. Além do computador, este tipo
AC3 – Extensão que designa o formato Dolby Digital, am- de arquivo é usado também nas câmeras digitais ou telefones
plamente utilizado em cinemas e filmes em DVD. A grande com recurso de câmera. Ao tirar uma foto, o JPG geralmente
diferença deste formato é que as trilhas criadas nele envol- é o formato que eles usam para gravar o arquivo.
vem diversas saídas de áudio com freqüências bem divididas, PNG – Este formato surgiu em sua época pelo fato dos
criando a sensação de imersão que percebemos ao fazer uso algoritmos utilizados pelo GIF serem patenteados, encarecen-
de home theaters ou quando vamos ao cinema. do a utilização dele. O PNG suporta canais alga e apresenta
WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm audio maior gama de cores.
format, é o formato de armazenamento mais comum  ado- Além destes formatos, há outros menos conhecidos refe-
tado pelo Windows. Ele serve somente para esta função, não rentes à gráficos e ilustrações vetoriais, que são baseadas em
podendo ser tocado em players de áudio ou aparelhos de formas geométricas aplicadas de forma repetida na tela, evi-
som, por exemplo. tando o desenho pixelado feito no padrão Bitmap. Algumas
delas são o CRD, do Corel, e o AI, do Adobe Ilustrator.
Vídeo Compactadores
AVI – Abreviação de audio vídeo interleave, menciona o for- ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão
mato criado pela Microsoft que combina trilhas de áudio e vídeo, famosa que já foi criado até o verbo “zipar” para mencionar
podendo ser reproduzido na maioria dos players de mídia e apa- a compactação de arquivos. O programa é um dos pioneiros
relhos de DVD, desde que sejam compatíveis com o codec DivX. em sua área, sendo amplamente usado para a tarefa desde
MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e vídeo sua criação.
de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, origem do RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de
nome da extensão. Atualmente, é possível encontrar diver- compactação, tido por muitos como superior ao ZIP. O
sas taxas de qualidade neste formato, que varia de filmes Winrar, programa que faz uso dele, é um dos aplicativos
para HDTV a transmissões simples. mais completos para o formato, além de oferecer suporte
MOV – Formato de mídia especialmente desenhado ao ZIP e a muitos outros.
7z – Criado pelos desenvolvedores do 7-Zip, esta ex-
para ser reproduzido no player QuickTime. Por esse moti-
tensão faz menção aos arquivos compactados criados por
vo, ficou conhecido através dos computadores da Apple, ele, que são de alta qualidade e taxa de diminuição de
que utilizam o QuickTime da mesma forma que o Windo- tamanho se comparado às pastas e arquivos originais in-
ws faz uso do seu Media Player. seridos no compactado.

27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde ficam os documentos? São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar
Qualquer coisa que exista no seu computador está ar- dados. Existem dezenas deles e os principais são:
mazenada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele está
cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente, tudo: o sistema operacional, seus documentos, programas
qualquer peça física passível de armazenar alguma coisa. e etc.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; car- DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
tões de memória e pendrives. está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo- permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama- CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar
dos  partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida vídeos e com um espaço disponível menor.
como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio
fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave- de entradas USB. Têm como vantagem principal o tamanho
tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade de ar-
guardar coisas de forma independente e/ou organizada. mazenamento.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con- Cartões de Memória:  como o próprio nome diz, são
tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter pequenos cartões em que você grava dados e são prati-
mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de camente iguais aos Pendrives. São muito usados em note-
tudo isso é assim: books, câmeras digitais, celulares, MP3 players e ebooks.
Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um leitor insta-
lado na máquina. Os principais são os cartões SD, Memory
Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil:  são discos rígidos portáteis,
que se conectam ao PC por meio de entrada USB (geral-
mente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete:  se você ainda tem um deles, parabéns! O
disquete faz parte da “pré-história” no que diz respeito a
armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e de
curta durabilidade.

2. Unidades e Partições

Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos


acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o
leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras po-
dem variar de um computador para outro.

Você acessa cada uma destas unidades em “Meu Com-


putador”, como na figura abaixo:

1. Dispositivos

28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de
você realmente tem? Então, provavelmente, o seu HD está abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como assim?
particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma parti- Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função
ção são unidades criadas a partir de pedaços de espaço de é “chamar o arquivo” que realmente queremos e que está
um disco. Para que você tenha uma ideia, o gráfico abaixo armazenado em outro lugar.
mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na
área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que indicativa
se tratar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha
uma ideia, o menu “Iniciar” nada mais é do que um aglo-
merado de atalhos.

Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arquivo


original fica intacto.

6. Bibliotecas do Windows 7

O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista bá-


sica de arquivos e pastas: as bibliotecas. Elas servem ape-
3. Pastas nas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias pastas.
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di-
retórios - não contém informação propriamente dita e sim Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em “C:\
arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organi- Minha Música” e “D:\MP3”, poderá exibir todos eles na bi-
zar tudo o que está dentro de cada unidade. blioteca de música.

4. Arquivos
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos.
Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspondente.
Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, progra-
mas, músicas e etc.
Também há arquivos que não nos dizem muito como,
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas
que são muito importantes porque fazem com que o Win-
dows funcione. Neste caso, são como as peças do motor de
um carro: elas estão lá para que o carango funcione bem.

5. Atalhos

29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No cabeçalho de nosso programa temos a barra de


2 - EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E títulos do documento ,
APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT que como é um novo documento apresenta como título
OFFICE E LIBRE OFFICE). “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápi-
do, que permite acessar alguns comandos
mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode per-
MS OFFICE sonalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha
para baixo) à direita dela.
O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para es-
critório que contém programas como processador de tex-
to, planilha de cálculo, banco de dados (Também conheci-
do como DB “Data Base”), apresentação gráfica e gerencia-
dor de tarefas, de e-mails e contatos.
O Word é o processador de texto do Microsoft Office,
sendo o paradigma atual de WYSIWYG. Facilita a criação, o
compartilhamento e a leitura de documentos. Desde a ver-
são 2.0 (1992) já se apresentava como um poderoso editor
de textos que permitia tarefas avançadas de automação de
escritório. Com o passar do tempo, se desenvolveu rapida-
mente e, atualmente, é o editor mais utilizado pelas gran-
des empresas e por outros usuários.
O Microsoft Excel faz parte do pacote Microsoft Of-
fice da Microsoft e atualmente é o programa de folha de
cálculo mais popular do mercado. As planilhas eletrônicas
agilizam muito todas as tarefas que envolvem cálculos e
segundo estudos efetuados, são os aplicativos mais utiliza-
dos nos escritórios do mundo inteiro.
O Microsoft PowerPoint é uma aplicação que permite Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
o design de apresentações para empresas, apresentações
escolares..., sejam estas texto ou gráficas. Tem um vasto
conjunto de ferramentas, nomeadamente a inserção de
som, imagens, efeitos automáticos e formatação de vários
elementos.

MS WORD

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é


considerado um dos principais produtos da Microsoft sen-
do a suíte que domina o mercado de suítes de escritório,
mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como
Google Docs e LibreOffice.

Interface

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos,


abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, pre-
parar o documento (permite adicionar propriedades ao do-
cumento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto.

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.

No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não
possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e
que se aproxime do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da
versão 2007, os documentos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder
salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para
Documento do Word 97-2003.

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word


Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recen-
tes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar
Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

Os primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
Leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à
direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar
no topo à direita da tela.
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam
textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-definidos,
como também personalizá-las.

Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da
página, se retrato ou paisagem, configurar a fora de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela
temos a guia Papel.
Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de alimentação do papel.

34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Colunas

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as


suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de
colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura
e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primei- desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
ra opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
será uma nova seção do documento, vamos aprender mais
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.
frente como trabalhar com seções.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos


utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho
e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o
alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é
o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espa-
ço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a
opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Números de Linha O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos


É bastante comum em documentos acrescentar nume- o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
ração nas páginas dos documentos, o Word permite que
você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números
de Linhas”.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”,


abre-se a janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página Nesta janela podemos definir uma imagem como mar-
ca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a
imagem e depois definir a dimensão e se a imagem fica-
rá mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é
possível definir um texto como marca d’água. O segundo
botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um
recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e
automaticamente ele muda a cor do texto.

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas


d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página,
localizado na Aba Design possui três botões para modificar
o documento.
Clique no botão Marca d’água.
O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-
mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor,
tamanho e tipo de fonte, etc.

Selecionando pelo Mouse


Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o
cursor aponta para a direita.
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde
começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde
termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas.
Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecio-
nando as partes do texto que deseja modificar.

36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho
CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro grupo na ABA Página Inicial.

Este é um processo comum, porém um cuidado importante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, por
exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao copiar um
texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar em colar, é necessário clicar na
setinha apontando para baixo no botão Colar, escolher Colar Especial.

Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo,
marque a opção Texto não formatado e clique em OK.

Localizar e Substituir
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção
Substituir.

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite subs-
tituir em seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita uma a uma, clicando em substituir, ou pode
ser todas de uma única vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente quando
escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou
*ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.

37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras
em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa
e semelhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto

Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte

A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Este botão permite alterar a colocação de letras maiús- Formatação de parágrafos


culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos A principal regra da formatação de parágrafos é que
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para independentemente de onde estiver o cursor a formatação
realçar o texto e o botão de cor do texto. será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Ini-
cio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-


res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

A janela fonte contém os principais comandos de forma-


tação e permite que você possa observar as alterações antes
de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avançado.

Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-


tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com espaça-
mento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta interes-
sante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela você pode
copiar toda a formatação de um texto e aplicar em outro.

39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Bordas no parágrafo. As opções disponíveis são praticamente as mesmas


disponíveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas
réguas superiores.

Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo pará-
grafos, mas devido a sua importância, merecem um destaque.
Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos.

A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto


tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado.

Você pode observar que o Word automaticamente adi-


cionou outros símbolos ao marcador, você pode alterar os
símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado do botão
Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo Marcador.

40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão Podemos começar escolhendo uma definição de bor-
importar, poderá utilizar uma imagem externa. da (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar
cada uma das bordas na direita onde diz Visualização.
Bordas e Sombreamento Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da
Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso linha da borda. A Guia Sombreamento permite atribuir
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará- um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a pode escolher uma cor base, e depois aplicar uma textura
ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto junto dessa cor.
ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma Cabeçalho e Rodapé
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas O Word sempre reserva uma parte das margens para o
e Sombreamento. cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e


Número de Página.
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas
opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao
clicar em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeça-
lho e a barra superior passa a ter comandos para alteração
do cabeçalho.

41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.

42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No sentido horário da parte superior esquerda: a ima-


Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. gem original, a imagem com aumento de suavização, con-
Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque traste e brilho.
a opção Atualizar automaticamente.
Aplicar correções a uma imagem
Inserindo Elementos Gráficos Clique na imagem cujo brilho deseja alterar.
O Word permite que se insira em seus documentos Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no gru-
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as po Ajustar, clique em Correções.
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu
computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cursor. Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
O que será ensinado agora é praticamente igual para reções pode aparecer diferente.
todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon-
tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta
clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar
redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque- Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
nos quadrados em suas extremidades, que são chamados de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do -la e abrir a guia Formatar.
texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as Siga um ou mais destes procedimentos:
configurações de manipulação da imagem. Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
mais suavização.
Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con-
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem traste e na parte inferior, mais contraste.
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem, Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar
e mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes na opção desejada.
são também denominados correções de imagem. Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de
correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli-
zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número
na caixa ao lado do controle deslizante.

43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no efeito artístico desejado. Você pode mover


o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das imagens
em miniatura efeito e usar visualização dinâmica para ver
como sua imagem ficará com esse efeito aplicado, antes de
clicar no efeito desejado.
Para ajustar o efeito artístico, clique em Opções de
efeitos artísticos na parte inferior da lista de imagens em
miniatura. No painel Formatar imagem, você pode aplicar
uma variedade de efeitos adicionais, incluindo a sombra,
reflexo, brilho, bordas suaves e efeitos 3D.

Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.

Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon- gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará opção o Word mostra a seguinte janela:
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.

Aplicar um efeito artístico


Clique na imagem à qual deseja aplicar um efeito ar-
tístico.
Clique em Ferramentas de imagem > Formatar e clique
em Efeitos artísticos no grupo Ajustar.

Pode-se aplicar a compactação a imagem seleciona-


Grupo Ajustar na guia Formatar em Ferramentas de da, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a re-
Imagem solução da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a
Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alte-
de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez rações feitas.
seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
-la e abrir a guia Formatar.

44
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No grupo Organizar é possível definir a posição da


imagem em relação ao texto.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir


em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redi-


mensionar a imagem definindo Largura e Altura.

Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a


janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição
da imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta
inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção
Quebra Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colo-
car a sua imagem em uma disposição com o texto, é habi-
litado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a


sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de
Trazer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no
botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para
Frente e Avançar, são utilizadas quando houver duas ou
mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas.
A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a ima-
gem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao
selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você poderá
alinhar as suas imagens.

45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserindo Elementos Gráficos

O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções
de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo ilustrações.

Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.

SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

Controlar alterações no Word


Quando quiser verificar quem está fazendo alterações em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.

47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Word mostra um pequeno balão no local em que Desativar o controle de alterações


alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
no respectivo balão. Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações,
mas todas as alterações já realizadas continuarão marcadas
no documento até que você as remova.
Remover alterações controladas

IMPORTANTE:  A única maneira de remover alterações


controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
Para ver as alterações, clique na linha próxima à mar- apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
gem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marca- As alterações não são excluídas e aparecerão novamente
ção do Word. da próxima vez em que o documento for aberto. Para ex-
cluir permanentemente as alterações controladas, aceite
-as ou rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado


É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com
uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lem- O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa
bre-se da senha para poder desativar esse recurso quando para a próxima alteração.
estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.) Para excluir um comentário, selecione-o e clique em Re-
visão  >  Excluir. Para excluir todos os comentários, clique
Clique em Revisar. em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Documento.
Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique DICA:  Antes de compartilhar a versão final do seu do-
em Bloqueio de Controle. cumento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Docu-
mento. Essa ferramenta verifica comentários e alterações
controladas, além de texto oculto, nomes pessoais em pro-
priedades e outras informações que talvez você não que-
ria compartilhar amplamente. Para executar o Inspetor de
Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
e para trás, na parte inferior da página.
Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na
caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.

Enquanto as alterações controladas estiverem blo-


queadas, você não poderá desativar o controle de altera-
ções, nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações.
Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con- Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use
trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con- o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois para ampliá-lo.
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar
e rejeitar alterações.

48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Escolha o número de cópias e qualquer outra opção Imprimir páginas específicas


desejada e clique no botão Imprimir. No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas
das propriedades do documento ou alterações controladas
e comentários, clique na seta em  Configurações, ao lado
de Imprimir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as
opções.

Para imprimir somente determinadas páginas, siga um


destes procedimentos:
Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-
cione a opção Imprimir Página Atual.
Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-
lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.
Para imprimir páginas individuais e intervalo de pági-
nas (como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo,
escolhaImpressão Personalizada  e digite os números das
páginas e intervalos separados por vírgulas (por exemplo,
3, 4-6).

49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Estilos Podemos também se necessário criarmos nossos pró-


Os estilos podem ser considerados formatações pron- prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.
tas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word dis-
ponibiliza uma grande quantidade de estilos através do
grupo estilos.

Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você


clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
somente ao que foi selecionado.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí- Será mostrado todos os estilos presentes no documento
tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini


que ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação dele
foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo pará-
grafo o próximo será também corpo. Abaixo definir a forma-
tação a ser aplicada no mesmo. Na parte de baixo mantive a
opção dele aparecer nos estilos rápidos e que o mesmo está
disponível somente a este documento. Ao finalizar clique em
OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inserir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o número
correto de colunas e linhas desejado.

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamentos de largura personalizada
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as colunas, use o comando Inserir Tabela.

Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de largura
das colunas.
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela.
Defina o número de colunas e linhas.

51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há três opções para configurar a largura das colunas:
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir automaticamente a largura das colunas com Automático ou
pode definir uma largura específica para todas as colunas.
Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria colunas muito estreitas que são expandidas conforme você adiciona conteúdo.
Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se ao ta-
manho de seu documento. Se quiser que as tabelas criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que você está
criando, marque a caixa Lembrar dimensões para novas tabelas.

Projetar sua própria tabela


Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica, a
ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamente a tabela que você deseja.

Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células dentro das células.
Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para um lápis.
Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do re-
tângulo.

52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que você
quer apagar.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte
do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Índices

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário,
clique em Inserir Sumário.

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções.

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define
quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o nível
3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela anterior, onde você pode
definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais abaixo,
você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar em Ok, seu índice será criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do
índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

Verificar Ortografia e gramatica

Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.

Como funciona a verificação ortográfica automática


Quando você verifica a ortografia automaticamente enquanto digita, por certo não vai precisar corrigir muitos erros or-
tográficos. O programa do Microsoft Office pode sinalizar as palavras com ortografia incorreta à medida que você trabalha,
para que você possa localizá-las facilmente, como no exemplo a seguir.

55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique com o botão direito do mouse em uma palavra Proteger um documento com senha
escrita incorretamente para ver as sugestões de correção. Ajude a proteger um documento confidencial contra
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos-
sível evitar que um documento seja aberto.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-
mento > Criptografar com Senha.

Dependendo do programa do Microsoft Office que


você está usando, clique com o botão direito do mouse em
uma palavra para obter outras opções, como adicionar a
palavra ao dicionário personalizado.
Como funciona a verificação gramatical automática
(aplica-se somente ao Outlook e ao Word)
Após ativar a verificação gramatical automática, o
Word e o Outlook sinalizam os possíveis erros gramaticais Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
e estilísticos à medida que você trabalha nos documentos clique em OK.
do Word e em itens abertos do Outlook (exceto Anota- Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
ções), conforme mostrado no exemplo a seguir. clique em OK.
Observações : 
Você sempre pode alterar ou remover sua senha.
As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri-
fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar
Clique com botão direito do mouse no erro para ver uma senha pela primeira vez.
mais opções. Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha
forte da qual se lembrará.

Uma sugestão de correção pode ser exibida no menu


de atalho. Você pode também optar por ignorar o erro ou
clicar em Sobre esta sentença para ver por que o programa
considera o texto um erro.

56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS EXCEL1 Criar uma fórmula simples


Somar números é uma das coisas que você poderá fa-
O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para zer, mas o Excel também pode executar outras operações
tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas matemáticas. Experimente algumas fórmulas simples para
ele também funciona muito bem para cálculos simples e adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores.
para rastrear de quase todos os tipos de informações. A Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
chave para desbloquear todo esse potencial é a grade de Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fórmula.
células. As células podem conter números, texto ou fórmu- Digite uma combinação de números e operadores de
las. Você insere dados nas células e as agrupa em linhas e cálculos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de
colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classi- menos (-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação
fique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos in- ou a barra (/) para divisão.
críveis. Vejamos as etapas básicas para você começar. Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2.
Pressione Enter.
Criar uma nova pasta de trabalho Isso executa o cálculo.
Os documentos do Excel são chamados de pastas de tra- Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você de-
balho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, normalmen- seja que o cursor permaneça na célula ativa).
te, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar quantas
planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode criar novas Aplicar um formato de número
pastas de trabalho para guardar seus dados separadamente. Para distinguir entre os diferentes tipos de números,
Clique em Arquivo e em Novo. adicione um formato, como moeda, porcentagens ou datas.
Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco Selecione as células que contêm números que você de-
seja formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na
seta na caixa Geral.

Selecione um formato de número


Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As células
são referenciadas por sua localização na linha e na coluna da
planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira linha da coluna A.
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula seguinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje so-
má-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que
você deseja adicionar.
Clique na guia  Página Inicial  e, em seguida, clique
em AutoSoma no grupo Edição.

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na


célula selecionada. Caso você não veja o formato de número que está pro-
1 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel curando, clique em Mais Formatos de Número.

57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir dados em uma tabela

Um modo simples de acessar grande parte dos recur-


sos do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso per-
mite que você filtre ou classifique rapidamente os dados.

Selecione os dados clicando na primeira célula e arras-


tar a última célula em seus dados.

Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada


ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção
para selecionar os dados.

Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior


direito da seleção.

Para classificar os dados, clique em  Classificar de A a


Z ou Classificar de Z a A.

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabe-


la para visualizar seus dados e, em seguida, clique no bo-
tão Tabela.

Clique na seta   no cabeçalho da tabela de uma co-


luna.

Para filtrar os dados, desmarque a caixa de seleção Se-


lecionar tudo e, em seguida, selecione os dados que você
deseja mostrar na tabela.

Clique em OK.

58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mostrar totais para os números Mostrar os dados em um gráfico


As ferramentas de Análise Rápida permitem que você A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor-
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média reto para seus dados e fornece uma apresentação visual
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados com apenas alguns cliques.
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números. Selecione as células contendo os dados que você quer
Selecione as células que contêm os números que você mostrar em um gráfico.
somar ou contar. Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior direito da seleção.
direito da seleção. Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão dados e clique no que desejar.
para aplicar os totais.

OBSERVAÇÃO:  O Excel mostra diferentes gráficos


Adicionar significado aos seus dados nesta galeria, dependendo do que for recomendado para
A formatação condicional ou minigráficos podem des-
seus dados.
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza-
Salvar seu trabalho
ção Dinâmica para experimentar.
Clique no botão  Salvar  na  Barra de Ferramentas de
Selecione os dados que você deseja examinar mais de-
Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S.
talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias  Formatação  e  Minigráfi-
cos para ver como elas afetam os dados.
Se você salvou seu trabalho antes, está pronto.
Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra-
balho e navegue até uma pasta.
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas-
ta de trabalho.
Clique em Salvar.

Imprimir o seu trabalho


Clique em  Arquivo  e, em seguida, clique em  Impri-
mir ou pressione Ctrl+P.
Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale- Visualize as páginas clicando nas setas  Próxima Pági-
ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média na e Página Anterior.
e baixa.

A janela de visualização exibe as páginas em preto e


branco ou colorida, dependendo das configurações de sua
impressora.
Se você não gostar de como suas páginas serão im-
pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi-
cionar quebras de página.
Quando gostar da opção, clique nela. Clique em Imprimir.

59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Localizar ou substituir texto e números em uma DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
planilha do Excel para Windows dam a uma formato específico, exclua qualquer critério
Localize e substitua textos e números usando curin- da caixa  Localizar  e selecione a célula que contenha a
gas ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, formatação que você deseja localizar. Clique na seta ao
linhas, colunas ou pastas de trabalho. lado de Formato, clique em Escolher formato da célula e,
Em uma planilha, clique em qualquer célula. em seguida, clique na célula que possui a formatação a
Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo- ser pesquisada.
calizar e Selecionar. Siga um destes procedimentos:
Para localizar texto ou números, clique em  Localizar
Tudo ou Localizar Próxima.
DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as
ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
Siga um destes procedimentos: de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
Para localizar texto ou números, clique em Localizar. em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
Para localizar e substituir texto ou números, clique em Localizar ou Localizar Tudo.
em Substituir. OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que ponível, clique na guia Substituir.
você deseja procurar ou clique na seta da caixa  Locali- Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
zar  e, em seguida, clique em uma pesquisa recente na andamento pressionando ESC.
lista. Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco rências dos caracteres encontrados, clique em  Substi-
(*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa: tuir ou Substituir tudo.
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de ca- DICA:  O Microsoft Excel salva as opções de formata-
racteres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”. ção que você define. Se você pesquisar dados na planilha
Use o ponto de interrogação para localizar um único novamente e não conseguir encontrar caracteres que você
caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”. sabe que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções
DICA:  Você pode localizar asteriscos, pontos de in- de formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálo-
terrogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha go Localizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois
precedendo-os com um til na caixa  Localizar. Por exem- em  Opções  para exibir as opções de formatação. Clique
plo, para localizar dados que contenham “?”, use ~? como na seta ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar
critério de pesquisa. formato’.
Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa
e siga um destes procedimentos: Alterar a largura da coluna e a altura da linha
Para procurar dados em uma planilha ou em uma Em uma planilha, você pode especificar uma largura
pasta de trabalho inteira, na caixa  Em, clique em  Plani- de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
lha ou Pasta de Trabalho. ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula
Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai- formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas. coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai- definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
xa  Examinar, clique em  Fórmulas,  Valores  ou  Comentá- Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero)
rios. a 409. Esse valor representa a medida da altura em pontos
OBSERVAÇÃO:  As opções  Fórmulas,  Valores  e  Co- (1 ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035
mentários  só estão disponíveis na guia  Localizar, e so- cm). A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximada-
mente Fórmulas está disponível na guia Substituir. mente 1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida
Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de como 0 (zero), a linha ficará oculta.
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús- Se estiver trabalhando no modo de exibição de La-
culas de minúsculas. yout da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da
Para procurar células que contenham apenas os ca- Pasta de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá
racteres que você digitou na caixa Localizar, marque a cai- especificar uma largura de coluna ou altura de linha em
xa de seleção Coincidir conteúdo da célula inteira. polegadas. Nesse modo de exibição, a unidade de medida
Se você deseja procurar texto ou números que tam- padrão é polegada, mas você poderá alterá-la para centí-
bém tenham uma formatação específica, clique em  For- metros ou milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções,
mato e faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar clique na categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma
Formato. opção na lista Unidades da Régua).

60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Definir uma coluna com uma largura específica

Selecione as colunas a serem alteradas.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Clique com o botão direito do mouse na coluna de


Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna. destino, aponte paraColar Especial e clique no botão Man-
Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado. ter Largura da Coluna Original 
Clique em OK.
DICA: Para definir rapidamente a largura de uma única Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma
coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna planilha ou pasta de trabalho
selecionada, clique em  Largura da Coluna, digite o valor O valor da largura de coluna padrão indica o número
desejado e clique em OK. médio de caracteres da fonte padrão que cabe em uma
Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica- célula. É possível especificar outro valor de largura de co-
mente ao conteúdo (AutoAjuste) luna padrão para uma planilha ou pasta de trabalho.
Selecione as colunas a serem alteradas. Siga um destes procedimentos:
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For- Para alterar a largura de coluna padrão de uma plani-
matar. lha, clique na guia da planilha.
Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de
trabalho inteira, clique com o botão direito do mouse em
uma guia de planilha e, em seguida, clique em Selecionar
Todas as Planilhas no menu de atalhoTE000127572.

Em  Tamanho da Célula, clique em  Ajustar Largura da


Coluna Automaticamente.
OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele- Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer matar.
limite entre dois títulos de coluna.

Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão.


Na caixa  Largura padrão da coluna, digite uma nova
medida e clique em OK.
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas
as novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar
um modelo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo
Fazer com que a largura da coluna corresponda à de como base para as novas pastas de trabalho ou planilhas.
outra coluna
Selecione uma célula da coluna com a largura dese- Alterar a largura das colunas com o mouse
jada. Siga um destes procedimentos:
Pressione Ctrl+C ou, na guia  Página Inicial, no gru- Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite
po Área de Transferência, clique em Copiar. do lado direito do título da coluna até que ela fique do
tamanho desejado.

61
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
coluna selecionado.
Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado. Alterar a altura das linhas com o mouse
Para alterar a largura de todas as colunas da planilha, Siga um destes procedimentos:
clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual- Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite abaixo
quer título de coluna. do título da linha até que ela fique com a altura desejada.

Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas


desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
linha selecionados.
Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
Definir uma linha com uma altura específica
que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
Selecione as linhas a serem alteradas.
qualquer título de linha.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Selecione as linhas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar. Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con-
teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha.

Formatar números como moeda no Excel


Para exibir números como valores monetários, forma-
te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de
número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar.
As opções de formatação de número estão disponíveis na
guia Página Inicial, no grupo Número.

Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura


da Linha.
DICA:  Para ajustar automaticamente de forma rápi-
da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de
um dos títulos de linha.

62
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formatar números como moeda OBSERVAÇÃO:  A caixa  Números negativos  não está
Você pode exibir um número com o símbolo de moeda disponível para o formato de número Contábil. O motivo
padrão selecionando a célula ou o intervalo de células e disso é que constitui prática contábil padrão mostrar nú-
clicando em Formato de Número de Contabilização   no meros negativos entre parênteses.
grupo  Número  da guia  Página Inicial. (Se desejar aplicar Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique
o formato Moeda, selecione as células e pressione Ctr- em OK.
l+Shift+$.) Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você
Alterar outros aspectos de formatação aplicar formatação de moeda em seus dados, isso signifi-
Selecione as células que você deseja formatar. cará que talvez a célula não seja suficientemente larga para
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique
Diálogo ao lado deNúmero. duas vezes no limite direito da coluna que contém as cé-
lulas com o erro #####. Esse procedimento redimensiona
automaticamente a coluna para se ajustar ao número. Você
também pode arrastar o limite direito até que as colunas
fiquem com o tamanho desejado.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.
Remover formatação de moeda
Selecione as células que têm formatação de moeda.
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na cai-
xa de listagem Geral.
As células formatadas com o formato  Geral  não têm
um formato de número específico.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
mais complexos e vários valores. Existem funções para os
cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exem-
plo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+
A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a fun-
ção o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o
exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar
um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a
referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma
função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda dese- gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re-
jado. ferências, etc...
OBSERVAÇÃO:  Se desejar exibir um valor monetário
sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum.
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de-
cimais desejadas para o número.
Por exemplo, para exibir  R$138.691  em vez de colo-
car  R$ 138.690,63  na célula, insira  0  na caixa  Casas deci-
mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
mero na caixa  Amostra. Ela mostra como a alteração das
casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
bição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
número.

63
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Criar uma fórmula simples


Você pode criar uma fórmula simples para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fórmulas
simples sempre começam com um sinal de igual (=), seguido de constantes que são valores numéricos e operadores de
cálculo como os sinais de mais (+), menos (-), asterisco (*) ou barra (/).
Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o pri-
meiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão das operações matemáticas, a multiplicação e executada antes da
adição.
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir a fórmula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos operadores que você deseja usar no cálculo.
Você pode inserir quantas constantes e operadores forem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.
DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula, você pode selecionar as células que contêm os valores que
deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
Pressione Enter.
Para adicionar valores rapidamente, você pode usar a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente (guia Página
Inicial, grupo Edição ).
Você também pode usar funções (como a função SOMA) para calcular os valores em sua planilha.
Para avançar mais uma etapa, você pode usar as referências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma fórmula
simples.
Exemplos
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado em
‘=A2^A3 =A2^A3
A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2

64
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usar referências de célula em uma fórmula


Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa uma função, você pode fazer referência aos dados das células
de uma planilha incluindo referências de célula nos argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere ou seleciona
a referência de célula A2, a fórmula usa o valor dessa célula para calcular o resultado. Você também pode fazer referência
a um intervalo de células.
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.

Na barra de fórmulas  , digite = (sinal de igual).

Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em
outra pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar
o canto da borda para expandir a seleção.

1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadrados.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está
relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA :  Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos” (B2:B4)
e “Passivos” (C2:C4).

Departamento Ativos Passivos


TI 274000 71000
Administrador 67000 18000
RH 44000 3000
Fórmula Descrição Resultado
Retorna o total de ativos dos três departamentos
‘=SOMA(Ativos) no nome definido “Ativos”, que é definido como =SOMA(Ativos)
o intervalo de células B2:B4. (385000)
‘=SOMA(Ativos)- Subtrai a soma do nome definido “Passivos” da =SOMA(Ativos)-
SOMA(Passivos) soma do nome definido “Ativos”. (293000) SOMA(Passivos)

Criar uma fórmula usando uma função


Você pode criar uma fórmula para calcular valores na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmulas =SO-
MA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As fórmulas sempre
começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir Função  .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.

65
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).
Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em 
 para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA :  Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar o sinal de
igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função pressionando F1.
Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.

Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
‘=MÉDIA(A1:B4) Calcula a média de todos os números no intervalo A1:B4 =MÉDIA(A1:B4)

Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)
= SOMA(A2:A10, C2:C10)

Nome do argumento Descrição


número1    (Obrigatório) O primeiro número que você deseja somar. O número pode ser como “4”, uma referência de
célula, como B6, ou um intervalo de células, como B2:B8.
número2-255    (Opcional) Este é o segundo número que você deseja adicionar. Você pode especificar até 255 números
dessa forma.

Soma rápida com a barra de Status

66
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você quiser obter rapidamente a soma de um inter- A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que
valo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o você selecione outras funções comuns, como:
intervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel. Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente

Barra de Status
Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre
tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula AutoSoma verticalmente
ou várias células. Se você com o botão direito na barra de O Assistente de AutoSoma detectou automatica-
Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out mente células B2: B5 como o intervalo a serem soma-
exibindo todas as opções que você pode selecionar. Obser- dos. Tudo o que você precisa fazer é pressione Enter para
ve que ele também exibe valores para o intervalo selecio- confirmá-la. Se você precisar adicionar/excluir mais cé-
nado se você tiver esses atributos marcados.  lulas, você pode manter a tecla Shift > tecla de direção
da sua escolha até que corresponde à sua seleção dese-
Usando o Assistente de AutoSoma jado e pressione Enter quando terminar. Guia de função
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma Intellisense: a soma (Número1, [núm2]) flutuantes marca
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione abaixo a função é o guia de Intellisense. Se você clicar
uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo no nome de função ou soma, ele se transformará em um
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula hiperlink azul, que o levará para o tópico de ajuda para
na faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assis- essa função. Se você clicar nos elementos de função indi-
tente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo vidual, as peças representantes na fórmula serão realça-
para ser somados e criar a fórmula para você. Ele também das. Nesse caso somente B2: B5 seria realçadas como há
pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma apenas uma referência numérica nesta fórmula. A marca
célula para a esquerda ou à direita do intervalo a serem de Intellisense será exibido para qualquer função.
somados. Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente

Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os AutoSoma horizontalmente


intervalos contíguos de soma Exemplo 4 – somar células não-contíguas

67
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

pode formatar os valores quando eles estão nas células,


tornando-as muito mais legível e quando ela estiverem em
uma fórmula.

Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará
para intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou
colunas vazias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o
primeiro espaço. Nesse caso você precisaria soma por sele- #VALUE! erros de referência de texto em vez de nú-
ção, onde você pode adicionar os intervalos individuais, um meros.
por vez. Neste exemplo se você tivesse dados na célula B4, Se você usar um fórmula como:
o Excel seria gerar =SOMA(C2:C6) desde que ele reconheça = A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3
um intervalo contíguo.
Você pode selecionar rapidamente vários intervalos
não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
(“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
você. Pressione enter quando terminar.
Dica:  você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
precisa fazer é selecionar o intervalo (s).
Observação:  você pode perceber como o Excel tem
realçado os intervalos de função diferente por cor, e eles
correspondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3 Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B
é azul e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores
funções, a menos que o intervalo referenciado esteja em não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retor-
uma planilha diferente ou em outra pasta de trabalho. Para narão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e
acessibilidade aprimorada com tecnologia assistencial, lhe dar a soma dos valores numéricos.
você pode usar intervalos nomeados, como “Semana1”,
“Semana2”, etc. e, em seguida, fazer referência a eles, sua
fórmula:
=SOMA(Week1,Week2)

Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também.
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23
Em seguida, tente validar se suas entradas estão cor-
retas. É muito mais fácil colocar esses valores em células
individuais e usar uma fórmula de soma. Além disso, você

68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

SOMA ignora valores de texto =SOMA(A1,A2,A3,B1,B2,B3)


#REF! Erro de excluir linhas ou colunas É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas
dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É
muito melhor usar intervalos individuais, como:
=SOMA(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem
de desconto para um intervalo de células que você já so-
mados.

Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não se-


rão atualizados para excluir a linha excluída e retornará um
#REF! erro, onde uma função soma atualizará automatica-
mente.

Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou


colunas

= SOMA(A2:A14) *-25%
Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto,
= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil
linhas ou colunas encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor
colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez
Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte-
atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função rados, assim:
soma atualizará automaticamente (contanto que você não = SOMA(A2:A14) * E2
estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es- Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
pecialmente importante se você esperar sua fórmula para titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados Adicionando ou retirando de uma soma
que você não pode capturar. i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
soma usando + ou - assim:
= SOMA(A1:A10) + E2
= SOMA(A1:A10)-E2

SOMA 3D
Às vezes você precisa somar uma determinada célula
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla-
SOMA com referências de célula individuais versus in- nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a
tervalos célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa,
Usando uma fórmula como: muito mais assim que apenas tentando construir uma fór-
mula que faz referência apenas uma única folha.

69
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1 Função SE


Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou A função SE é uma das funções mais populares do Ex-
soma 3 dimensionais: cel e permite que você faça comparações lógicas entre um
valor e aquilo que você espera. Em sua forma mais simples,
a função SE diz:
SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário,
faça outra coisa)
Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados.
O primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o
segundo se a comparação for Falsa.
Exemplos de SE simples

= SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês ( janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.

=SE(C2=”Sim”;1,2)
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór-
mula retorna um 1 ou um 2)

= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
dezembro.
Observação:  se suas planilhas tem espaços em seus
nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma
fórmula:
= SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2)
SOMA com outras funções
Absolutamente, você pode usar soma com outras fun-
ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média
mensal: =SE(C2=1;”Sim”;”Não”)
Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a
fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não)
Como você pode ver, a função SE pode ser usada
para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
para  avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
tado; você também pode usar operadores matemáticos e
executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
=SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2) Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de realizar várias comparações.
células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em
branco). OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será
preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.

70
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Introdução

A melhor maneira de começar a escrever uma instru-


ção SE é pensar sobre o que você está tentando realizar.
Que comparação você está tentando fazer? Muitas vezes,
escrever uma instrução SE pode ser tão simples quanto
pensar na lógica em sua cabeça: “o que aconteceria se
essa condição fosse atendida vs. o que aconteceria se não
fosse?” Você sempre deve se certificar de que suas etapas
sigam uma progressão lógica; caso contrário, sua fórmula
não executará aquilo que você acha que ela deveria exe-
cutar. Isso é especialmente importante quando você cria
instruções SE complexas (aninhadas).

Mais exemplos de SE

=SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0)
Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 =
“Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário,
nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0)

Práticas Recomendadas - Constantes


No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de
=SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orça- Imposto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na
mento”) fórmula. Geralmente, não é recomendável colocar constan-
No exemplo acima, a função SE em D2 está dizen- tes literais (valores que talvez precisem ser alterados oca-
do  SE(C2 é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”, sionalmente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem
caso contrário, retorne “Dentro do orçamento”) ser difíceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor
colocar constantes em suas próprias células, onde elas fi-
cam fora das constantes abertas e podem ser facilmente
encontradas e alteradas. Nesse caso, tudo bem, pois há
apenas uma função SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas
raramente será alterada. Mesmo se isso acontecer, será fácil
alterá-la na fórmula.
Usar SE para verificar se uma célula está em branco
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran-
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula
exiba um resultado sem entrada.

= SE(C2>B2,C2-B2,0)
Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula
em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or-
çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário,
não retorne nada).

Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA:


=SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em branco”)
Que diz  SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”,
caso contrário, retorne “Não está em branco”). Você também
poderia facilmente usar sua própria fórmula para a condição
“Não está em branco”. No próximo exemplo usamos “” em
vez de ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa “nada”.

71
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nome do argumento Descrição


O grupo de células que você
deseja contar.  Intervalo  pode
conter números, matrizes,
intervalo    (obrigatório) um intervalo nomeado ou
referências que contenham
números. Valores em branco e
texto são ignorados.
Um número, expressão,
referência de célula ou cadeia
de texto que determina quais
células serão contadas.
Por exemplo, você pode usar
=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”) um número como 32, uma
Essa fórmula diz  SE(D3 é nada, retorne “Em branco”, critérios    (obrigatório) comparação, como “> 32”, uma
caso contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um célula como B4 ou uma palavra
exemplo de um método muito comum de usar “” para im- como “maçãs”.
pedir que uma fórmula calcule se uma célula dependente CONT.SE usa apenas um
está em branco: único critério. Use  CONT.
=SE(D3=””;””;SuaFórmula()) SES se você quiser usar vários
SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua critérios.
fórmula).

Exemplo de SE aninhada Função SOMASE


Você pode usar a função SOMASE para somar os valo-
res em uma intervalo que atendem aos critérios que você
especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que
contém números, você quer somar apenas os valores que
são maiores do que 5. Você pode usar a seguinte fórmu-
la: = SOMASE (B2:B25,”> 5”).

Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função  SOMASE  tem os seguintes argu-
mentos:
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser ava-
Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois liada por critérios. Células em cada intervalo devem ser nú-
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas meros ou nomes, matrizes ou referências que contenham
SE podem ter de 3 a 64 resultados. números. Valores em branco e texto são ignorados. O inter-
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”)) valo selecionado pode conter datas no formato padrão do
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual Excel (exemplos abaixo).
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne critérios    Obrigatório. Os critérios na forma de um
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”). número, expressão, referência de célula, texto ou função
que define quais células serão adicionadas. Por exemplo,
CONT.SE os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”,
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para con- “maçãs” ou HOJE().
tar o número de células que atendem a um critério; por IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer
exemplo, para contar o número de vezes que uma cidade critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve
específica aparece em uma lista de clientes. estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéri-
cos, as aspas duplas não serão necessárias.
Sintaxe intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adi-
CONT.SE(intervalo, critério) cionadas, se você quiser adicionar células diferentes das
Por exemplo: especificadas no argumento intervalo. Se o argumento in-
tervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células es-
=CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
pecificadas no argumento intervalo (as mesmas células às
=CONT.SE(A2:A5,A4)
quais os critérios são aplicados).

72
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O
ponto de interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracte-
res. Para localizar um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.

Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais
de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais
adicionadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a
célula inicial e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento in-
tervalo. Por exemplo:

Se o intervalo for e intervalo_soma for Então, as células reais serão


A1:A5 B1:B5 B1:B5
A1:A5 B1:B3 B1:B5
A1:B4 C1:D4 C1:D4
A1:B4 C1:C2 C1:D4

Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células,
o recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)


Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor máximo
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células
vazias, valores lógicos ou texto na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÁXIMOA.

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30

73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MÍNIMO (Função MÍNIMO)


Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos.
Sintaxe
MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor MÍNIMO
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados.
Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÍNIMOA.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
=MIN(A2:A6;0) O menor dos números no intervalo A2:A6 e 0. 0

Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte fun-
ção =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de criar
um rótulo que se estende por várias colunas. Por exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para criar o rótulo
“Vendas Mensais” e descrever as informações nas linhas de 2 a 7.

Selecione duas ou mais células adjacentes que você deseja mesclar.

74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

IMPORTANTE : Verifique se os dados que você deseja


agrupar na célula mesclada estão contidos na célula supe-
rior esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão
excluídos. Para preservar os dados das outras células, copie
-os em outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.
Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, ve-


rifique se você não está editando uma célula e se as células
que você quer mesclar não estão dentro de uma tabela.
DICA :  Para mesclar células sem centralizar, clique na
seta ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar
Através ou Mesclar Células.
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que
foram mescladas.
DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,
Criar um gráfico no Excel para Windows clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
Use o comando Gráficos Recomendados na guia Inse- gráfico disponíveis.
rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados. Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-
Selecione os dados que você deseja incluir no seu grá- que nele e clique emOK.
fico. Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-
Clique em Inserir > Gráficos Recomendados. co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
gráfico para adicionar elementos de gráfico como  títulos
de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de ti-


pos de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.

Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os


seus dados aparecem naquele formato.

DICAS : 
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso-
nalizar a aparência do gráfico.

75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você não vir essas guias, adicione as  Ferramentas Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
de gráfico  à faixa de opções clicando em qualquer lugar dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
no gráfico. Na guia Inserir, clique em  Tabela Dinâmica Recomen-
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar dada.
dados da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
SOMAir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exem-
plo, veja uma lista simples de despesas:

O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova plani-


lha e exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.

Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque
a caixa de seleção para o campo. Por
padrão, campos não numéricos são
Adicionar um campo adicionados à áreaLinha, as hierarquias
de data e hora são adicionadas à
área  Coluna  e os campos numéricos
são adicionados à área Valores.
Na área  NOME DO CAMPO,
Remover um campo desmarque a caixa de seleção para o
campo.
Arraste o campo de uma área
da Lista de Campos da Tabela
Mover um campo
Dinâmica  para outra, por exemplo,
de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Na guia  Analisar Tabela Dinâmica,
Dinâmica clique em Atualizar.

Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Ta- Criar uma Tabela Dinâmica manualmente
bela Dinâmica: Se você sabe como organizar seus dados, pode criar
uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâ-
micas ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica
Recomendada  é uma boa opção. Quando você usa este
recurso, o Excel determina um layout significativo, combi-
nando os dados com as áreas mais adequadas da Tabela
Dinâmica. Isso oferece um ponto inicial para experimentos
adicionais. Depois que uma Tabela Dinâmica básica é cria-
da, você pode explorar orientações diferentes e reorgani-
zar os campos para obter os resultados desejados.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.

76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão,
Adicionar um campo campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e hora são
adicionadas à área Colunae os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra, por
Mover um campo
exemplo, de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e, na
caixa Definições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado em um


campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.
Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.
Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.
Clique em Arquivo > Salvar como.
Clique em um local, como Computador ou a página da Web Meu Site.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar.
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Opções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma senha para confirmar e clique novamente em OK.
OBSERVAÇÃO:  Para remover uma senha, siga as etapas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado no Excel.

77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criptografar a pasta de trabalho com uma senha


No modo de exibição Backstage, você pode definir
uma senha para a pasta de trabalho que fornece cripto-
grafia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de
Trabalho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
clique em OK.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente
e clique em OK.
OBSERVAÇÃO :  Para remover uma senha, siga as eta-
Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para pas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo. senha em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo
de senha usado no Excel.
Por que minha senha desaparece quando salvo no for-
mato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usan-
do o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida
na pasta de trabalho desapareceu.
Isso acontece porque a sua versão do Excel usa um
novo esquema para salvar senhas, e o formato de arqui-
vo anterior não o reconhece. Como resultado, a senha é
descartada ao salvar seu arquivo para o formato do Excel
97-2003. Defina a senha no arquivo *.xls para proteger a
Consulte as anotações abaixo para mais informações.
pasta de trabalho novamente.
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça
isto:
Proteger uma planilha com ou sem uma senha no
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho.
Excel
Clique em Estrutura.
Para ajudar a proteger seus dados de alterações não
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre
essa opção e a opçãoWindows. intencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou
Digite uma senha na caixa Senha. sem senha. Ela impede que outras pessoas removam a
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. proteção da planilha: a senha deve ser inserida para des-
OBSERVAÇÕES :  proteger a planilha.
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a Por padrão, quando você protege uma planilha, o ex-
pasta de trabalho, os usuários somente precisarão digitar cel bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de pro-
a senha uma vez. teger a planilha, desbloqueie quaisquer células que dese-
Se você solicitar somente uma senha para alterar a jar alterar antes de seguir essas etapas.
pasta de trabalho, os usuários podem abrir uma cópia so- Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
mente leitura do arquivo, salvá-la com outro nome e alterar Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
seus dados. conteúdo de células bloqueadas está marcada.
Selecionar a opção  Estrutura  previne outros usuários Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
de visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou proteger a planilha. 
ocultar planilhas e renomear planilhas. Outros usuários podem remover a proteção se você
Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabili- não usar uma senha.
tada nessa versão do Excel.
Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta IMPORTANTE :  Anote sua senha e armazene-a em lo-
de trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Tra- cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
balho acende. recuperar senhas perdidas.
Se você digitou uma senha na etapa 3, redigite-a para
confirmá-la.

78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em  Cores do Tema  ou  Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permitir


que todos os usuários desta planilha possam e clique em OK.
OBSERVAÇÕES : 
Para remover a proteção da planilha, clique em  Revi-
são, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se ne-
cessário.
Se uma macro não pode executar na planilha protegi-
da, você verá uma mensagem e a macro será interrompida

Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
células res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
É possível realçar dados em células utilizando  Cor de cor desejada.
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
fundo ou padrão das células. Veja como: te, clique em  Cor de Preenchimento  . Você também
Selecione as células que deseja realçar. encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para recentemente em Cores recentes.
a planilha inteira, clique no botão  Selecionar Tudo. Isso Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
irá ocultar as linhas de grade, mas é possível melhorar a Quando você deseja algo mais do que apenas um
legibilidade da planilha exibindo bordas ao redor de to- preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
das as células. drão ou efeitos de preenchimento.
Selecione a célula ou intervalo de células que deseja
formatar.
Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-
go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.

Clique em  Página Inicial  > seta ao lado de  Cor de


Preenchimento  .

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.

79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na guia  Folha, em  Imprimir, desmarque as caixas de


seleção Preto e branco e Qualidade de rascunho.
OBSERVAÇÃO :  Se você não visualizar cores em sua
planilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste.
Se não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, tal-
vez nenhuma impressora colorida esteja selecionada.

Principais atalhos
CTRL+Menos (-)  — Exibe a caixa de diálogo Excluir
para excluir as células selecionadas.
CTRL+; — Insere a data atual.
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu-
la e a exibição de fórmulas na planilha.
Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima
cor na caixa  Cor do Padrão  e, em seguida, selecione um da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
padrão na caixa Estilo do Padrão. CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células.
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito.
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico.
opções desejadas. CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano CTRL+5 — Aplica ou remove tachado.
de fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecio- CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos
nados. e exibir espaços reservados para objetos.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen- CTRL+8  —  Exibe ou oculta os símbolos de estrutura
chimento de tópicos.
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas.
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las. CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas.
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi- CTRL+A  — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
mento, e então selecione Sem Preenchimento. contiver dados, este comando seleciona a região atual.
Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
suas linhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente
seleciona a planilha inteira.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C)  — exibe a Área
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- de Transferência.
chimento em cores CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
Se as opções de impressão estiverem definidas piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
como  Preto e branco  ouQualidade de rascunho  — seja intervalo selecionado nas células abaixo.
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram tuir com a guia Localizar selecionada.
na ativação automática do modo de rascunho — não será SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- T+F4 repete a última ação de Localizar.
solver isso: CTRL+SHIFT+F  — Abre a caixa de diálogo Formatar
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- Células com a guia Fonte selecionada.
logo Configurar Página. CTRL+G  —  Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
bém exibe essa caixa de diálogo.)
CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
tuir com a guia Substituir selecionada.

80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico.


CTRL+K — Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink para novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink para
os hiperlinks existentes que estão selecionados.
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou localizar um arquivo.
CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que contêm comentários.
CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
CTRL+SHIFT+P — Abre a caixa de diálogo Formatar Células com a guia Fonte selecionada.
CTRL+R — Usa o comando Preencher à Direita para copiar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda de um
intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de arquivo, local e formato atual.
CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redução da barra de fórmulas.
CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Disponível
somente depois de ter recortado ou copiado um objeto, texto ou conteúdo de célula.
CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial, disponível somente depois que você recortar ou copiar um
objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou em outro programa.
CTRL+W — Fecha a janela da pasta de trabalho selecionada.
CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se possível.
CTRL+Z — Usa o comando Desfazer para reverter o último comando ou excluir a última entrada digitada.
CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer para reverter ou restaurar a correção automática quando Mar-
cas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
CTRL+SHIFT+( — Exibe novamente as linhas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+& — Aplica o contorno às células selecionadas.
CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células selecionadas.
CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Exponencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-) para
valores negativos.
CTRL+SHIFT+* — Seleciona a região atual em torno da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e colunas
vazias).
CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inserir para inserir células em branco.

81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Para aplicar a fórmula de =SOMA(A1;A2).
soma você precisa, apenas, Dica: Sempre separe a
selecionar as células que indicação das células
estarão envolvidas na adição, com ponto e vírgula (;).
Adição =SOMA(célulaX;célula Y)
incluindo a sequência no Dessa forma, mesmo
campo superior do programa as que estiverem em
junto com o símbolo de igual localizações distantes serão
(=) consideradas na adição
Segue a mesma lógica da
adição, mas dessa vez você
usa o sinal correspondente
Subtração =(célulaX-célulaY) a conta que será feita (-) no =(A1-A2)
lugar do ponto e vírgula (;),
e retira a palavra “soma” da
função
Use o asterisco (*) para indicar
Multiplicação = (célulaX*célulaY) = (A1*A2)
o símbolo de multiplicação
A divisão se dá com a barra
Divisão =(célulaX/célulaY) de divisão (/) entre as células =(A1/A2)
e sem palavra antes da função

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e
mínimo. Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra “media”
antes das células indicadas, que
Média =MEDIA(célula X:célulaY) são sempre separadas por dois =MEDIA(A1:A10)
pontos (:) e representam o grupo
total que você precisa calcular
Segue a mesma lógica, mas usa a
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
palavra “max”
Mínima =MIN(célula X:célulaY) Dessa vez, use a expressão “min” =MIN(A1:A10)

Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo


=se(B1<=0 ; “a ser enviado” ; “no estoque”)
Essa linguagem diz ao Excel que se o conteúdo da célula B1
=se(célulaX<=0 ; “O que precisa saber
Função Se é menor ou igual a zero ele deve exibir a mensagem “a ser
1” ; “o que precisa saber 2”)
enviado” na célula que contem a fórmula. Caso o conteúdo
seja maior que zero, a mensagem que aparecerá é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS POWERPOINT2 Escolha uma variação de cor e clique em Criar.

As apresentações do PowerPoint funcionam como


apresentações de slide. Para transmitir uma mensagem ou
uma história, você a divide em slides. Considere cada slide
com uma tela em branco para as imagens, palavras e for-
mas que ajudarão a criar sua história.
Escolha um tema
Ao abrir o PowerPoint, você verá alguns modelos e te-
mas internos. Um tema é um design de slide que contém
correspondências de cores, fontes e efeitos especiais como
sombras, reflexos, dentre outros recursos.
Escolher um tema.
Clique em  Criar  ou selecione uma variação de cor e
clique em Criar.

Alterar o tema ou variação da sua apresentação


Se você mudar de ideia, poderá sempre alterar o tema
ou variação na guia Design.
Na guia Design, escolha um tema com as cores, as fon-
tes e os efeitos desejados.
DICA : Para visualizar a aparência que o slide terá com
um tema aplicado, coloque o ponteiro do mouse sobre a
miniatura de cada tema.
Para aplicar uma variação de cor diferente a um tema
Adicionar cor e design aos meus slides com temas específico, no grupo Variantes, selecione uma variante.
Você não é um designer profissional, mas você quiser O grupo de variantes aparece à direita do grupo temas e
sua apresentação pareça que você está. “Temas” tudo o as opções variam dependendo do tema que você selecionou.
que fazer para você — você apenas escolha um e crie!
Quando você abre o PowerPoint, vê os designs de slide
coloridos internos (ou ‘temas’) que pode aplicar às apre-
sentações.
Escolher um tema quando você abre o PowerPoint
Escolha um tema.

OBSERVAÇÃO :  Se você não vir quaisquer variantes,


pode ser porque você está usando um tema personalizado,
um tema mais antigo projetado para versões anteriores do
PowerPoint, ou porque você importou alguns slides de outra
apresentação com um tema personalizado ou mais antigo.
Criar e salvar um tema personalizado
Você pode criar um tema personalizado modificando
um tema existente ou começar do zero com uma apresen-
tação em branco.
Clique primeiro slide e, em seguida, na guia Design, cli-
que na seta para baixo no grupo variantes.
DICA :  Esses temas internos são ótimos para wides- Clique em cores, fontes, efeitos ou Estilos de plano de
creen (16:9) e apresentações de tela padrão (4:3). fundo e escolha uma das opções internas ou personalizar
o seu próprio.
Quando terminar de personalizar estilos, clique na seta
para baixo no grupo temas e clique em Salvar tema atual.
Dê um nome para seu tema e clique em Salvar. Por
padrão, ele é salvar com seus outros temas do PowerPoint
e estará disponível no grupo temas em um cabeçalho per-
2 Fonte: https://support.office.com/pt-br/powerpoint sonalizado

83
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionar um novo slide Reorganizar a ordem dos slides


Na guia Exibir, clique em Normal. No painel à esquerda, clique na miniatura do slide que
deseja mover e então arraste-o para o novo local.

No painel de miniaturas de slides à esquerda, clique no


slide depois do qual deseja adicionar o novo slide.
Na guia Início, clique em Novo Slide.

DICA : Para selecionar vários slides, pressione e mante-


nha pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide
que deseja mover e arraste-os como um grupo para o novo
local.

Na galeria de layouts, clique no layout desejado para o


seu novo slide. Cada opção na galeria é um layout de slide
diferente que pode conter espaços reservados para texto,
vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, uma tela de fundo e
formatação de temas, como cores, fontes e efeitos. 
Seu novo slide é inserido, e você pode clicar dentro de
um espaço reservado para começar a adicionar conteúdo.

84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Excluir um slide Salvar a sua apresentação


No painel à esquerda, clique com o botão direito do Na guia Arquivo, escolha Salvar.
mouse na miniatura de slide que você deseja excluir (man- Selecionar ou navegar até uma pasta.
tenha pressionada a tecla CTRL para selecionar vários sli- Na caixa  Nome do arquivo, digite um nome para a
des) e então clique em Excluir Slide. apresentação e escolha Salvar.
OBSERVAÇÃO : Se você salvar arquivos com frequência
em uma determinada pasta, você pode ‘fixar’ o caminho
para que ele fique sempre disponível (conforme mostrado
abaixo).

DICA :  Salve o trabalho à medida que o fizer. Pressio-


ne CTRL + S com frequência.

Adicionar texto
Selecione um espaço reservado para texto e comece
a digitar.

85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formatar seu texto


Selecione o texto.
Em Ferramentas de desenho, escolha Formatar.

Siga um destes procedimentos:


Para alterar a cor de seu texto, escolha Preenchimento de Texto e escolha uma cor.
Para alterar a cor do contorno de seu texto, escolha Contorno do Texto e, em seguida, escolha uma cor.
Para aplicar uma sombra, reflexo, brilho, bisel, rotação 3D, uma transformação, escolha Efeitos de Texto e, em seguida,
escolha o efeito desejado.

Adicionar imagens
Na guia Inserir, siga um destes procedimentos:
Para inserir uma imagem que está salva em sua unidade local ou em um servidor interno, escolha Imagens, procure a
imagem e escolha Inserir.
Para inserir uma imagem da Web, escolha Imagens Online e use a caixa de pesquisa para localizar uma imagem.

Escolha uma imagem e clique em Inserir.


Adicionar anotações do orador
Os slides ficam melhores quando você não insere informações em excesso. Você pode colocar fatos úteis e anotações
nas anotações do orador e consultá-los durante a apresentação.
Para abrir o painel de anotações, na parte inferior da janela, clique em Anotações  .
Clique no painel de Anotações abaixo do slide e comece a digitar suas anotações.

86
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fazer sua apresentação


Na guia Apresentação de Slides, siga um destes procedimentos:
Para iniciar a apresentação no primeiro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo.

Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do ponto onde está, clique em Do Slide Atual.
Se você precisar fazer uma apresentação para pessoas que não estão no local onde você está, clique em Apresentar
Online para configurar uma apresentação pela Web e escolher uma das seguintes opções:
Apresentar-se online usando o Office Presentation Service
Iniciar uma apresentação online no PowerPoint usando o Skype for Business

Sair da exibição Apresentação de Slides


Para sair da exibição de Apresentação de Slides a qualquer momento, pressione a tecla Esc do teclado.

O que é um layout de slide?


Cada layout de slide contém espaços reservados para texto, vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, um plano de fundo
e muito mais, contendo também a formatação, como cores de tema, fontes e efeitos para esses objetos.
Cada tema (paleta de cores, fontes e efeitos especiais) que você usa em sua apresentação inclui um slide mestre e um
conjunto de layouts relacionados. Se usar mais de um tema na apresentação, você terá mais de um slide mestre e vários
conjuntos de layouts.
Você alterar os layouts de slide que são criados para o PowerPoint no modo de exibição de Slide mestre. A imagem
abaixo mostra o slide mestre e dois dos dez layouts do tema base no modo de exibição de Slide mestre.

87
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em seguida, ao incluir conteúdo nos slides, você pode escolher os layouts de slide mais adequados ao conteúdo, como
mostrado aqui no Modo de Exibição Normal.

O diagrama a seguir mostra as várias partes de um layout que você pode incluir em um slide do PowerPoint.

O que é um slide mestre?


Slides mestres foram projetados para ajudá-lo a criar apresentações com ótima aparência em menos tempo, sem muito
esforço. Quando desejar que todos os slides para conter as mesmas fontes e imagens (como logotipos), você poderá fazer
essas alterações no Slide mestre e elas vai ser aplicadas a todos os slides.

88
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para acessar o modo de exibição de Slide mestre, na guia Exibição, localizamos o bloco Modos de Exibição Mestre.

Os layouts de slide relacionados aparecem logo abaixo do slide mestre.

Quando você edita o slide mestre, todos os slides que seguem aquele mestre conterá essas alterações. No entanto, a
maioria das alterações feitas serão provavelmente ser os layouts de slide relacionada ao mestre.
Quando fizer alterações em layouts e o slide mestre no modo de exibição de Slide mestre, outras pessoas que traba-
lham na sua apresentação (no modo de exibição Normal) não podem excluir acidentalmente ou editar que você já fez.
Dica final: é recomendável editar o slide mestre e os layouts antes de começar a criar os slides individuais. Dessa ma-
neira, todos os slides adicionados à sua apresentação se basearão em suas edições personalizadas. Se você editar o slide
mestre ou os layouts após criar cada slide, precisará aplicar novamente os layouts alterados aos slides da apresentação no
modo de exibição Normal. Caso contrário, as alterações não aparecerão nos slides.

Temas
Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais (como sombras, reflexos, efeitos 3D e muito mais) que com-
plementar uns com os outros. Um designer competente criado cada tema no PowerPoint. Podemos disponibilizar esses
temas predefinidos na guia Design na exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você
usar mais de um tema na apresentação, terá mais de um slide mestre e vários conjuntos de layouts.

89
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Layouts de Slide Cada layout de slide é configurada de forma diferente


— com tipos diferentes de espaços reservados em locais
Altere e gerenciar layouts de slide no modo de exibição diferentes em cada layout.
de Slide mestre. Para acessar o modo de exibição de Slide Cada slide mestre tem um layout de slide relacionados
mestre, na guia Exibir, selecione Mestre de lado. Os layouts chamado Layout de Slide de título, e cada tema organiza
estão localizados embaixo do slide mestre no painel de mi- o texto e outros espaços reservados de objeto para que o
niatura no lado esquerdo da tela. layout diferente, com efeitos, fontes e cores diferentes. A
imagem abaixo mostra primeiro, a versão do tema base do
layout chamado Layout do Slide de título. E para compa-
rá-lo, o layout de slide abaixo dele é o Layout de Slide de
título do tema Integral.

Cada tema tem um número diferente de layouts. Você


provavelmente não usar todos os layouts fornecidos com
um tema específico, mas escolher os layouts que melhor
correspondem conteúdo do slide.
No modo de exibição Normal, você aplicará os layouts
aos slides (mostrado abaixo).

Você pode alterar nada sobre um layout para atender às


suas necessidades. Quando você altera um layout e vá para
Normal visualização, todos os slides que você adiciona de-
pois que será baseado neste layout e refletirão a aparência
alterada de layout. No entanto, se houver slides existentes
na sua apresentação que se baseiam a versão antiga do la-
yout, você precisará reaplicar o layout para esses slides.

90
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicar ou alterar um layout de slide


Todos os temas no PowerPoint incluem um slide mes-
tre e um conjunto de layouts de slide. O layout de slide que
você escolher dependerá da cor, tipos de letra e como você
quer que o texto e outro conteúdo sejam organizados nos
slides. Se os layouts predefinidos não funcionarem, você
poderá alterá-los.
Aplicar um layout de slide no Modo de Exibição Normal
Escolha um layout predefinido que coincida com o ar-
ranjo do texto e outros espaços reservados de objeto que
você planeja incluir no slide.
Na guia Exibição, clique em Normal.
No Modo de Exibição Normal, no painel de miniaturas
à esquerda, clique no slide ao qual você deseja aplicar um
layout.
Na guia Página Inicial, clique em Layout e selecione o
layout desejado.

Na guia Slide Mestre, para alterar o layout, execute um


ou mais dos seguintes procedimentos:
Para adicionar um espaço reservado, clique em Inserir
Espaço Reservado e, em seguida, escolha um tipo de espa-
ço reservado na lista.
Para reorganizar um espaço reservado, clique na bor-
da do espaço reservado até ver uma seta de quatro pontas
e arraste o espaço reservado para o novo local no slide.
Para excluir um espaço reservado, selecione-o e, em
Alterar um layout de slide no Modo de Exibição de seguida, pressione Delete no teclado.
Slide Mestre Para adicionar um novo layout, clique em  Inserir La-
Se você não encontrar um layout de slide que funcio- yout.
ne com o texto e outros objetos que você planeja incluir Para renomear um layout, no painel de miniaturas à
nos slides, altere um layout no Modo de Exibição de Slide esquerda, clique com o botão direito do mouse layout que
Mestre. você deseja renomear, clique em Renomear Layout, digite
Na guia Exibição, clique em Normal. o novo nome do layout e clique em Renomear.
No Modo de Exibição de Slide Mestre, no painel de IMPORTANTE: Se você alterar um layout que você usou
miniaturas à esquerda, clique em um layout de slide que em sua apresentação, ir para o modo de exibição Normal
você deseja alterar. e reaplicar o novo layout para esses slides se desejar ob-
ter suas alterações. Por exemplo, se você alterar o layout
de slide de demonstração, os slides da sua apresentação
usando o layout de demonstração mantêm a aparência
original, se você não aplicar o layout revisado para cada
uma delas.

91
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Alterar a orientação dos slides Na guia Exibir, clique em Slide Mestre.


Você pode alterar a orientação de todos os slides pa- No painel de miniaturas esquerdo, clique no layout de
drão, widescreen ou um tamanho personalizado, e você slide ao qual você deseja adicionar um ou mais espaços
pode especificar a orientação retrato ou paisagem de slides reservados.
e anotações. A seguir é mostrado o layout de slide Título e Conteú-
Na guia Design, clique em Tamanho do Slide e selecio- do, que contém um espaço reservado para o título e outro
ne uma opção. para qualquer tipo de conteúdo:

Na guia Slide Mestre, clique em Inserir Espaço Reserva-


Alterar a orientação, clique em Tamanho do Slide per- do e, em seguida, clique no tipo de espaço reservado que
sonalizado e, em seguida, selecione na orientação desejada você deseja adicionar.
em orientação.

Para criar um tamanho de slide personalizado, clique


em  Tamanho do Slide personalizado  e selecione tela, lar-
gura e altura opções no lado esquerdo da caixa de diálo-
go Tamanho do Slide.

Adicione espaços reservados para slide layouts para


conter texto, imagens, vídeos, etc.
Espaços reservados são caixas com bordas pontilhadas
que armazenam conteúdo em seu lugar em um layout de
slide. Você pode adicionar um espaço reservado para um
layout de slide para conter conteúdo, como texto, imagens,
tabelas, gráficos, SmartArt gráficos, clip-art, vídeos e muito
mais. Clique em um local no layout de slide e arraste para
IMPORTANTE :  Só podem ser adicionados a espaços desenhar o espaço reservado. Você pode adicionar quan-
reservados em layouts, slides não individuais em uma apre- tos espaços reservados como desejar.
sentação de slides. Quando terminar, na guia Slide mestre, clique em Fe-
char modo de exibição mestre.

92
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Siga um destes procedimentos:


Para reaplicar o layout alterado recentemente a um slide existente, na lista de miniaturas de slide, selecione o slide e,
em seguida, na guia página inicial, clique em Layout e, em seguida, selecione o layout revisado.
Para adicionar um novo slide que contém o layout (com os recém-adicionado espaços reservados), na guia  página
inicial, clique em Novo Slide e, em seguida, selecione o layout revisado do slide.
Você pode alterar um espaço reservado para redimensioná-lo, reposicione, ou alterando a fonte, o tamanho, o caso, a
cor ou o espaçamento do texto dentro dele. Você também pode excluir um espaço reservado de um layout de slide ou um
slide individual selecionando-a e pressionando Delete.

Atalhos usados com frequência


A tabela a seguir relaciona os atalhos mais usados no PowerPoint.

Para Pressione
Aplicar negrito ao texto
Ctrl+B
selecionado.
Altere o tamanho da fonte do
ALT + C, F e, em seguida, S
texto selecionado.
Altere o zoom do slide. ALT + W, P
Recorte o texto selecionado,
Ctrl+X
objeto ou slide.
Copie o texto selecionado,
Ctrl+C
objeto ou slide.
Colar recortado ou copiado
Ctrl+V
texto, objetos ou slide.
Desfazer a última ação. Ctrl+Z
Salve a apresentação. Ctrl+B
Inserir uma imagem. ALT + N, P
Inserir uma forma. ALT + H, S e H
Selecione um tema. ALT + G, H
Selecione um layout de slide. ALT + H, L
Ir para o próximo slide. Page Down
Vá para o slide anterior. Page Up
Vá para a guia página inicial. Alt+C
Mover para a guia Inserir. ALT+T
Inicie a apresentação de slides. ALT + S, B
Encerre a apresentação de Painel com scorecard e mapa estratégico;
slides. perguntas
Feche o PowerPoint. ALT + F, X

93
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

LIBREOFFICE documento reside e exibir um ícone em cima à direita para ex-


cluir a miniatura do painel e da lista dos documentos recentes.
O LibreOffice é uma uma suíte de aplicativos livre para Clique na miniatura para abrir o documento subjacente.
escritório disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e Obs,.: Nem todos os arquivos mostrarão uma miniatura
Mac OS X; sua interface limpa e suas poderosas ferramen- do seu conteúdo. No lugar, pode ser mostrado um ícone
tas libertam sua criatividade e melhoram sua produtivida- grande que representa o tipo de arquivo.
de. LibreOffice incorpora várias aplicações que a tornam
a mais avançada suite office livre e de código aberto do Histórico
mercado. O processador de textos Writer, a planilha Calc, Uma empresa pequena e produtiva, chamada StarDivi-
o editor de apresentações Impress, a aplicação de dese- sion, da Alemanha, desenvolvia uma suíte de aplicativos para
nho e fluxogramas Draw, o banco de dados Base e o editor escritório. A Sun, uma grande companhia de software, ante-
de equações Math são os componentes do LibreOffice. vendo a briga pelas suítes de escritório, compra-a e absorve o
trabalho da suíte, em 1999. Em 2000, a Sun liberou o código-
Libre de liberdade, agora e para sempre. fonte da suíte sob as licenças LGPL/SISSL, com o nome comer-
O LibreOffice é um software livre e de código fon- cial StarOffice 5.0. A comunidade Open Source lança, ainda em
te aberto. É desenvolvido de forma colaborativa por todo 2000, a primeira versão livre do pacote (suíte) OpenOffice.org.
desenvolvedor interessado em desenvolver seus talentos No Brasil, houveram problemas com a marca OpenOffi-
e novas ideias. O software é testado e usado diariamente ce.org. Em 1998, uma empresa do Rio de Janeiro (BWS Infor-
por uma ampla e dedicada comunidade de usuários. Você mática) registrou a marca “Open Office” junto ao INPI. Dado
também pode participar e influenciar seu desenvolvimento. o sucesso da marca / suíte OpenOffice.org, a companhia
carioca que havia registrado o nome Open Office perpetrou
Janela Inicial uma campanha de ameaças de processos por uso indevido
A Janela inicial aparece quando não houver documen- da sua marca, obrigando a comunidade brasileira a adotar
tos abertos no LibreOffice. Ela é dividida em dois painéis. um novo nome: BrOffice.org.
Clique num dos ícones para abrir um novo documento ou
Surgimento da TDF (The Document Foundation)
para abrir uma caixa de diálogo de arquivo.
Após algum tempo, nova reviravolta: a Sun é comprada
pela Oracle, a conhecida gigante do mundo dos Bancos de
Dados Corporativos. Com a aquisição da Sun, no que tange
a SL e suas especificidades, a comunidade internacional se
viu compelida a adotar uma nova marca para a sua suíte, ao
mesmo tempo aproveitando todo o código-fonte existente do
OpenOffice.org. Foi criada assim a OpenDocument Founda-
tion, já contando com o aporte de importantes programado-
res de companhias como a IBM, Canonical, BrOffice.org, Col-
labora, FSF (Free Software Foundation), dentre muitas outras,
além, é claro, de toda ajuda desta e de outras companhias em
questões extradesenvolvimento, como, por exemplo, questões
jurídicas. Veja a relação completa de entidades endossantes
do TDF em http://www.documentfoundation.org/supporters/.
Espere-se que o LibreOffice.org difira bastante, no de-
correr do seu longo e necessário processo de desmembra-
mento e bifurcação (fork), pelas razões aqui elencadas. A
interface do LibreOffice.org já recebe, por ora, inúmeras su-
Cada ícone de documento abre um novo documento gestões de redesenho; o Projeto Renaissance, por exemplo,
do tipo especificado. que provê para o LibreOffice.org uma interface similar ao
• Documento de texto abre o LibreOffice Writer Ribbon, da suíte da Microsoft (Office 2007 em diante).
• Planilha abre o LibreOffice Calc Dizer que a fundação BrOffice.org apoia a TDF é pouco
• Apresentação abre o LibreOffice Impress preciso: o BrOffice.org, junto com a fundação responsável
• Desenho abre o LibreOffice Draw pela suíte OxigenOfice se fundem ao projeto TDF e passam a
• Banco de dados abre o LibreOffice Base ser o mesmo software. Se você executar o ícone do BrOffice.
• Fórmula abre o LibreOffice Math org e vir, ao invés do logo do próprio, o logo com a pala-
• O ícone Modelos abre a caixa de diálogo Modelos vra “LibreOffice.org”, não se assuste, pois é uma questão
e documentos. meramente cosmética. Na verdade, são ambos o mesmo
• O ícone Abrir um documento apresenta uma caixa software.
de diálogo para abrir arquivos. Ao visitar o sítio http://www.documentfoundation.org/
ver-se-á o manifesto da fundação, que diz:
O painel da direita contém miniaturas dos documentos [TDF] É uma organização autônoma, independente e
recém-abertos. Passe o mouse por cima da miniatura para meritocrática, criada pelos líderes da Comunidade Ope-
destacar o documento, exibir uma dica sobre o local onde o nOffice.org (a fundação, não a Oracle).

94
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Continuamos o trabalho de dez (10) anos da Comuni- Assim, daqui a 100 anos ou mais, certamente será pos-
dade OpenOffice.org; sível abrir documentos armazenados em ODF, o que pode não
Fomos criados com a crença de que a cultura gerada em ocorrer com arquivos binários e proprietários, que podem se
uma organização independente agrega que há de melhor nos transformar em verdadeiros hieróglifos, cujo código pode não
desenvolvedores e provê aos clientes o que há de melhor em ser acessível em alguns anos.
software; Paralelamente, o padrão ODF possibilita a concorrência,
Somos abertos a quem quiser colaborar com as nossas ati- pois permite adquirir software de mais de um fornecedor, já que
vidades, dentro de nossos valores básicos; o formato não é propriedade de uma empresa.
Aceitamos colaboração corporativa, por exemplo, para nos Também possibilita que as pessoas tenham comunicabi-
ajudar no custeio de colaboradores dentro da comunidade. lidade e interoperabilidade na troca de documentos. Obvia-
Pelos motivos aqui elencados, doravante adotaremos LibreOf- mente, quando se usa um padrão aberto a sociedade é o maior
fice.org para nos referimos ao pacote, salvo menção em contrário. beneficiário já que o texto digitado poderá ser lido por vários
programas.
Formato Open Document Vários governos estão aprovando a preferência pelo uso de
O openDocument 1.0 foi publicado pelo grupo OASIS formatos abertos para trocar informações e textos. O ODF é o
(“Organization for the Advancement of Structured Information formato escolhido para documentos pela Comunidade Europeia.
Standards”), como um padrão aberto e padronizado. Portanto, várias outras empresas e instituições estão ado-
ODF significa Open Document Format (Formato de docu- tando ou estudando adotar o formato ODF para escrever docu-
mento aberto) e é um conjunto de regras para a criação de mentos. Ou, pelo menos, suportar em seus programas, evitando
diversos tipos de arquivos. o favorecimento de qualquer fornecedor.
O ODF surgiu quando a Sun Microsystemas comprou a Star É importante lembrar que os formatos de empresas como a
Division, que fabricava a suíte Star Office, e iniciou o projeto do Microsoft ( .doc, docx, .xls, xlsx, .ppt, pptx) são fechados, proprie-
OpenOffice. Na época, foi criado um subcomitê na OASIS, que tários, e seguem unicamente os desejos e prioridades daquela
incluiu profissionais de software livre e de empresas privadas, empresa. E que, evidentemente, o monopólio mundial de soft-
para trabalhar com armazenamento de documentos, baseado ware é contrário ao padrão aberto. Assim, essas empresas ten-
na linguagem aberta XML (eXtensible Markup Language) e tem tam impedir que os governos, instituições e quaisquer pessoas
suporte em pacotes como OpenOffice / Br-Office.org, StarOffi- ou empresas adotem o padrão ODF.
ce, KOffice e IBM WorkPlace.
Assim, qualquer empresa pode desenvolver produtos com Abrir um arquivo do Microsoft Office
base nesse padrão e atualmente há mais de 40 aplicativos que Escolha Arquivo - Abrir. Selecione um arquivo do Microsoft
podem manipular o ODF. Office na caixa de diálogo do LibreOffice.
Como o ODF é um conjunto de especificações, para cada O arquivo do MS Office... ...será aberto no módulo
situação é utilizada uma parte delas. Assim, se aplica a docu- do LibreOffice
mentos de texto, gerando o formato odt, de cálculo (extensão MS Word, *.doc, *.docx = LibreOffice Writer
ods) e de apresentações ( terminação odp). MS Excel, *.xls, *.xlsx = LibreOffice Calc
É norma ISO 26300 e ABNT NBR-26300. MS PowerPoint, *.ppt, *.pps, *.pptx = LibreOffice Impress

Extensões ODF Salvar como arquivo do Microsoft Office


Um documento ODF pode ter as seguintes extensões: Escolha Arquivo - Salvar como.
• odt: documentos de texto (text) Na caixa Tipo de arquivo, selecione um formato de arquivo
• ott: documentos de texto modelo (template text) do Microsoft Office.
• ods: planilhas eletrônicas (spreadsheets) Sempre salvar documentos em formatos do Microsoft Office
• ots: planilhas eletrônicas - modelo (template spread- Selecione Ferramentas - Opções - Carregar / Salvar - Geral.
sheets) Na área Formato de arquivo padrão e configurações ODF,
• odp: apresentações (presentations) selecione primeiro o tipo de documento e depois selecione o
• otp: apresentações - modelo (template presentations) tipo de arquivo para salvar.
• odg: desenhos vetoriais (draw) De agora em diante, ao salvar um documento, o Tipo de
• otg: desenhos vetoriais - modelo (template draw) arquivo será definido de acordo com sua escolha. Você ainda
• odf: equações (formulae) poderá selecionar outro tipo de arquivo na caixa de diálogo
• odb: banco de dados (database) usada para salvar arquivos.
• odm: documentos mestre (document master)
Converter vários arquivos do Microsoft Office em arquivos
Vantagens do ODF com o formato do OpenDocument
A adoção do padrão ODF é uma garantia de preservação O Assistente de conversão de documentos copiará e con-
de documentos eletrônicos sem restrição no tempo, um item verterá todos os arquivos do Microsoft Office existentes em uma
muito precioso na administração pública e privada de longo pasta em documentos do LibreOffice no formato de arquivo
prazo. É só imaginar o que pode acontecer se documentos do OpenDocument. Você pode especificar a pasta a ser lida e
não puderem ser lidos após algum tempo, simplesmente a pasta em que os arquivos convertidos serão salvos.
porque a empresa proprietária do tipo de arquivo resolveu Escolha Arquivo - Assistentes - Conversor de documen-
mudar algo na criação ou na leitura de seus formatos. tos para iniciar o assistente.

95
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

LIBREOFFICE WRITER

O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, li-
vros ou formulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de
um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de
slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF,
SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.

Formato Open Document


No Writer o formato padrão dos arquivos passou de sdw (formato do antigo StarWriter) para odt (Open document text),
que dota os arquivos de uma estrutura XML, permitindo uma maior interoperabilidade entre as várias aplicações.
Aliás, este foi um dos principais motivos pelos quais a Microsoft tem mantido o monopólio nas aplicações de escritório:
a compatibilidade ou a falta dela. É importante notar que versões mais antigas do OpenOffice já abriam e gravavam arqui-
vos com a terminação doc. Entretanto, não havia compatibilidade de 100% e os documentos perdiam algumas formatações.
A proposta da Sun, da IBM e de outras empresas foi normalizar os tipos de documento, num formato conhecido por
todos, o odt.

Layout

O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de documento em branco, a tela de edição, que é composta por
vários elementos:
Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do programa que está sendo usado nesse momento. Usando-
se os 3 botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar / restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as listas de todos os comandos e funções disponíveis do programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de páginas, o valor percentual do Zoom
e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central da tela.
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e recuos.

Barra de menus

Arquivo
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um novo documento ou fecha o aplicativo.

-Novo:
Cria um novo documento do LibreOffice.
Escolha Arquivo - Novo
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o tipo do novo documento)

Novo

96
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tecla Ctrl+N
Para criar um documento a partir de um modelo, escolha Novo - Modelos.
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de design para um documento, incluindo estilos de formatação,
planos de fundo, quadros, figuras, campos, layout de página e texto.

Ícone Nome Função


Documento de texto Cria um novo documento de texto (LibreOffice Writer).
Planilha Cria um novo documento de planilha (LibreOffice Calc).
Cria um novo documento de apresentação (LibreOffice Impress). Se
Apresentação
ativado, será exibida a caixa de diálogo Assistente de apresentações.
Desenho Cria um novo documento de desenho (LibreOffice Draw).
Abre o Assistente de Bancos de dados para criar um arquivo de banco
Banco de dados
de dados.
Documento HTML Cria um novo documento HTML.
Documento de formulário XML Cria um novo documento XForms.
Documento mestre Cria um novo documento mestre.
Fórmula Cria um novo documento de fórmula (LibreOffice Math).
Abre a caixa de diálogo  Etiquetas, para definir as opções para suas
Etiquetas etiquetas e, em seguida, cria um novo documento de texto para as
etiquetas (LibreOffice Writer).
Abre a caixa de diálogo  Cartões de visita  para definir as opções para
Cartões de visita os cartões de visita e, em seguida, criar um novo documento de texto
(LibreOffice Writer).
Modelos Criar um novo documento a partir de um modelo.

- Abrir
Abre ou importa um arquivo.
Escolha Arquivo - Abrir
Ctrl+O
Na Barra de ferramentas, clique em

Abrir arquivo
Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os atalhos das pastas locais ou remotas.
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existentes em que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e clique
em Abrir.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo, cada um em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao clicar
nos arquivos e, em seguida, clique em Abrir.
Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de coluna. Para inverter a ordem de classificação, clique novamente.
Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Excluir.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão direito do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Renomear.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL que
começa com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome do arquivo para filtrar a lista de arquivos exibida.
Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em uma pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão de
arquivo de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir. Utilize o caractere curinga ponto de interrogação (?) para represen-
tar qualquer caractere, como em (??3*.txt), o que só exibe arquivos de texto com um ‘3’ como terceiro caractere no nome
do arquivo.
O LibreOffice possui uma função autocompletar que se ativa sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por exem-
plo, entre ~/a no campo da URL e a função autocompletar exibe o primeiro arquivo ou o primeiro diretório encontrado
no seu diretório de usuário que começa com a letra “a”.

97
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos - Documentos recentes
e diretórios. Utilize a seta para a direita para exibir também Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir
um subdiretório existente no campo da URL. A função au- um arquivo da lista, clique no nome dele.
tocompletar rápida está disponível se você pressionar a
tecla End após inserir parte da URL. Uma vez encontrado o - Assistentes
documento ou diretório desejado, pressione Enter. Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais,
Versão: Se houver várias versões do arquivo seleciona- fax, agendas, apresentações, etc.
do, selecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar
e organizar várias versões de um documento, escolhendo - Fechar
Arquivo - Versões. As versões de um documento são aber- Fecha o documento atual sem sair do programa.
tas em modo somente leitura. Escolha Arquivo - Fechar
Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do
abrir ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista documento atual.
de todos os arquivos na pasta. Se foram efetuadas alterações no documento atual,
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s). você será perguntado se deseja salvar as lterações.
Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo esco- Ao fechar a última janela de documento aberta, apare-
lhendo Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. cerá a Tela inicial.
Insere no documento atual, na posição do cursor, o arquivo
- Salvar
selecionado.
Salva o documento atual.
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente lei-
Escolha Arquivo - Salvar
tura.
Ctrl+S
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reco-
Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
nhece modelos localizados em qualquer uma das seguintes
pastas:
• Pasta de modelos compartilhados Salvar
• Pasta de modelos do usuário em Documents and
Settingsno diretório inicial do usuário Salvar como: Salva o documento atual em outro local
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferra- ou com um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
mentas - Opções - LibreOffice - Caminhos Escolha Arquivo - Salvar como
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como mode-
lo para salvar um modelo, o modelo será armazenado na
sua pasta de modelos do usuário. Ao abrir um documento
baseado neste modelo, o documento será verificado para
detectar uma mudança do modelo, como descrito abaixo.
O modelo é associado com o documento e pode ser cha-
mado de “modelo vinculado”.
Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro
de modelo para salvar um modelo em qualquer outra pas-
ta que não esteja na lista, então os documentos baseados
nesse modelo não serão verificados.
Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo
vinculado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o mo-
delo foi modificado desde a última vez que foi aberto. Se o
modelo tiver sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá
para você poder selecionar os estilos que devem ser apli-
cados ao documento.
Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento,
clique em Sim.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um
Para manter os estilos que estão sendo usados no do- caminho para o arquivo. Você também pode inserir um URL
cumento, clique em Não. • Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo
Se um documento tiver sido criado por meio de um para o documento que você está salvando. Na área de exi-
modelo que não possa ser encontrado, será mostrada uma bição, serão exibidos somente os documentos com esse
caixa de diálogo perguntando como proceder na próxima tipo de arquivo.
vez em que o documento for aberto. • Salvar com senha: Protege o arquivo com uma se-
Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo nha que deve ser digitada para que o usuário possa abrir
que está faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOf- o arquivo.
fice procurará o modelo na próxima vez que você abrir o
documento. Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice
que foram modificados.

98
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Recarregar - Imprimir
Substitui o documento atual pela última versão salva.
Todos as alterações efetuadas após o último salvamen- Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas
to serão perdidas. que você especificar. Você também pode definir as opções
Escolha Arquivo - Recarregar de impressão para o documento atual. Tais opções variam
de acordo com a impressora e com o sistema operacional
- Versões utilizado.
Salva e organiza várias versões do documento atual no
mesmo arquivo. Você também pode abrir, excluir e compa- Escolha Arquivo - Imprimir
rar versões anteriores. Ctrl+P
Escolha Arquivo - Versões Na Barra de ferramentas, clique em
Novas versões - Define as opções para salvar uma nova
versão do documento. - Configuração da impressora
Salvar nova versão - Salva o estado atual do documen-
to como nova versão. Caso deseje, antes de salvar a nova Selecione a impressora padrão para o documento
versão, insira também comentários na caixa de diálogo In- atual.
serir comentário da versão. Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impres-
Inserir comentário da versão - Insira um comentário sora
aqui quando estiver salvando uma nova versão. Se você Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para
tiver clicado em Mostrar para abrir esta caixa de diálogo, salvar as modificações.
não poderá editar o comentário.
Salvar sempre uma versão ao fechar - Se você tiver fei- - Sair
to alterações no documento, o LibreOffice salvará automa-
ticamente uma nova versão quando você o fechar. Escolha Arquivo - Sair
Se salvar o documento manualmente, e não alterar o Ctrl+Q
documento após salvar, não será criada uma nova versão.
Versões existentes - Lista as versões existentes do do- Editar
cumento atual, a data e a hora em que elas foram criadas,
o autor e os comentários associados.
- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato
em um local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Exportar como PDF
Salva o arquivo atual no formato Portable Document
Format (PDF) versão 1.4. Um arquivo PDF pode ser visto e
impresso em qualquer plataforma com a formatação ori-
ginal intacta, desde que haja um software compatível ins-
talado.
Escolha Arquivo - Exportar como PDF

- Visualizar impressão

Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a


visualização.
Menu Arquivo - Visualizar impressão
Utilize os ícones na barra Visualização de impressão
para folhear as páginas do documento ou para imprimir o
documento.
Você também pode pressionar as teclas Page Up e
Page Down para folhear as páginas.
Obs: Não é possível editar seu documento enquanto
estiver na visualização de impressão.

Este menu contém comandos para editar o conteúdo


do documento atual.

99
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Desfazer - Localizar e substituir


Desfaz o último comando ou a última entrada digitada. Procura ou substitui textos ou formatos no documento
Para selecionar o comando que deseja desfazer, clique na seta atual.
ao lado do ícone Desfazer na barra de ferramentas Padrão. Escolha Editar - Localizar e substituir
Ctrl+H
- Refazer Na Barra de ferramentas, clique em
Reverte a ação do último comando Desfazer. Para sele-
cionar a etapa Desfazer que deseja reverter, clique na seta - Autotexto
ao lado do ícone Refazer na barra de ferramentas Padrão. Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar
texto formatado, texto com figuras, tabelas e campos como
- Repetir Autotexto. Para inserir Autotexto rapidamente, digite o ata-
Repete o último comando. Esse comando está disponí- lho do Autotexto no documento e pressione F3.
vel no Writer e no Calc. Escolha Editar – Autotexto
Ctrl+F3
- Recortar
Remove e copia a seleção para a área de transferência. - Trocar banco de dados
Altera a fonte de dados do documento atual. Para
- Copiar exibir corretamente o conteúdo dos campos inseridos, o
Copia a seleção para a área de transferência. banco de dados que foi substituído deve conter nomes de
Escolha Editar - Copiar campos idênticos.
Ctrl+C
- Campos
- Colar Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as
Insere o conteúdo da área de transferência no local do propriedades de um campo. Clique antes de um campo e
cursor, e substitui qualquer texto ou objeto selecionado.
selecione este comando. Na caixa de diálogo, você pode
Escolha Editar - Colar
usar as setas para ir para o próximo campo ou voltar para
Ctrl+V
o anterior.
- Colar especial
- Notas de rodapé
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo
Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim
atual em um formato que você pode especificar.
selecionada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota
Escolha Editar - Colar especial
de fim e, em seguida, escolha este comando.
- Selecionar texto - Entrada de índice
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da
somente leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar entrada de índice ou na própria entrada e, em seguida, es-
texto ou abra o menu de contexto de um documento so- colha este comando.
mente leitura e escolha Selecionar texto. O cursor de sele-
ção não fica intermitente. - Entrada bibliográfica
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o Edita a entrada bibliográfica selecionada.
modo de edição.
- Hiperlink
- Modo de seleção Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
Escolha o modo de seleção do submenu: modo de se- e edite hiperlinks.
leção normal, ou modo de seleção por bloco.
- Vínculos
- Selecionar tudo Permite a edição das propriedades de cada vínculo no
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou ob- documento atual, incluindo o caminho para o arquivo de
jeto de texto atual. origem. Este comando não estará disponível se o docu-
Escolha Editar - Selecionar tudo mento atual não contiver vínculos para outros arquivos.
Ctrl+A
- Plug-in
- Alterações Permite a edição de plug-ins no seu arquivo. Escolha
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear este comando para ativar ou desativar este recurso. Quan-
as alterações em seu arquivo. do ativado, aparecerá uma marca de seleção ao lado do
comando, e você verá comandos para editar o plug-in em
- Comparar documento seu menu de contexto. Quando desativado, você verá co-
Compara o documento atual com um documento que mandos para controlar o plug-in no menu de contexto.
você seleciona.

100
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Mapa de imagem - Régua


Permite que você anexe URLs a áreas específicas, deno- Mostra ou oculta a régua horizontal, que é utilizada
minadas pontos de acesso, em uma figura ou em um grupo para ajustar as margens da página, paradas de tabulação,
de figuras. Um Mapa de imagem é um grupo com um ou recuos, bordas, células de tabela e para dispor objetos na
mais pontos de acesso. página. Para mostrar a régua vertical, escolha Ferramentas
- Opções - LibreOffice Writer - Exibir, e selecione a caixa
- Objeto Régua vertical na área Réguas.
Permite editar um objeto selecionado no arquivo, inse-
rido com o comando Inserir - Objeto. - Limites do texto
Mostra ou oculta os limites da área imprimível da pági-
Exibir na. As linhas de limite não são impressas.
Este menu contém comandos para controlar a exibição
do documento na tela. - Sombreamentos de campos
Mostra ou oculta os sombreamentos de campos no
documento, incluindo espaços incondicionais, hifens per-
sonalizados, índices e notas de rodapé.

- Nomes de campos
Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do cam-
po. A presença de uma marca de seleção indica que os no-
mes dos campos são exibidos e a ausência dessa marca
indica que o conteúdo é exibido. O conteúdo de alguns
campos não pode ser exibido.

- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como
marcas de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabula-
ção e espaços.

- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta
somente a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a
impressão desses parágrafos.

- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice
e permite que você gerencie o conteúdo deles.
- Layout de impressão - Navegador
Exibe a forma que terá o documento quando este for Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
impresso. acessar rapidamente diferentes partes do documento e
para inserir elementos do documento atual ou de outros
- Layout da Web documentos abertos, bem como para organizar documen-
Exibe o documento como seria visualizado em um na- tos mestre. Para editar um item do Navegador, clique com
vegador da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos o botão direito do mouse no item e, em seguida, escolha
HTML. um comando do menu de contexto. Se preferir, você pode
encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.
- Código-fonte HTML - Tela inteira
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas
exibir o código fonte HTML de um novo documento, é ne- no Writer ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira,
cessário primeiro salvar o novo documento como um do- clique no botão Ativar/Desativar tela inteira.
cumento HTML.
- Zoom
- Barra de status Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice.
Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior
da janela. Inserir
O menu Inserir contém os comandos necessários para
- Status do método de entrada inserir novos elementos no seu documento. Isso inclui se-
Mostra ou oculta a janela de status do IME (Input Me- ções, notas de rodapé, anotações, caracteres especiais, fi-
thod Engine). guras e objetos de outros aplicativos.

101
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
e edite hiperlinks.

- Cabeçalho
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página
que você selecionar no submenu. O cabeçalho é adiciona-
do a todas as páginas que usam o mesmo estilo de página.
Em um novo documento, é listado apenas o estilo de pági-
na “Padrão”. Outros estilos de páginas serão adicionados à
lista depois que você aplicá-los ao documento.

- Rodapé
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página se-
lecionado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as
páginas que usam o mesmo estilo. Em um novo documen-
to, somente o estilo de página “Padrão” é listado. Outros
estilos serão adicionados à lista depois que forem aplica-
dos ao documento.

- Nota de rodapé / Nota de fim


Insere uma nota de rodapé ou uma nota de fim no do-
cumento. A âncora para a nota será inserida na posição
atual do cursor. Você pode escolher entre numeração au-
tomática ou um símbolo personalizado.

- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, qua-
dro, quadro de texto ou objeto de desenho selecionado. Você
também pode acessar este comando clicando com o botão
direito do mouse no item ao qual deseja adicionar a legenda.

- Marcador
Insere um indicador na posição do cursor. Use o Na-
- Quebra manual vegador para saltar rapidamente para a posição indicada
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de em outra hora. em um documento HTML, os indicadores
página na posição atual em que se encontra o cursor. são convertidos em âncoras para você navegar através de
hyperlinks.
- Campos
Insere um campo na posição atual do cursor. O sub- - Referência
menu lista os tipos de campos mais comuns. Para exibir Esta é a posição em que você insere as referências ou
todos os campos disponíveis, escolha Outro. os campos referidos no documento atual. As referências
são os campos referidos no mesmo documento ou em
- Caractere especial subdocumentos de um documento mestre.
Insere caracteres especiais a partir das fontes instala-
das. - Anotação
Insere uma anotação.

- Marca de formatação - Script


Abe um submenu para inserir marcas especiais de for- Insere um script na posição atual do cursor em um do-
matação. Ative o CTL para mais comandos. cumento HTML ou de texto.

- Seção - Índices e índices gerais


Insere uma seção de texto no mesmo local em que o Abre um menu para inserir entradas de índice e inserir
cursor está posicionado no documento. Também é possível índices e tabelas.
selecionar um bloco de texto e, em seguida, escolher esse
comando para criar uma seção. Use as seções para inserir - Envelope
blocos de texto de outros documentos, para aplicar layouts Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar
de colunas personalizados ou para proteger ou ocultar os o destinatário e o remetente, a posição e o formato de am-
blocos de texto quando uma condição for atendida. bos os endereços, o tamanho e a orientação do envelope.

102
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Quadro - Limpar formatação direta


Insere um quadro que você pode usar para criar um Remove a formatação direta e a formatação por estilos
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. de caracteres da seleção.

- Tabela - Caractere
Insere uma tabela no documento. Você também pode Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
clicar na seta, arrastar o mouse para selecionar o número selecionados.
de linhas e colunas a serem incluídas na tabela e, em segui-
da, clicar na última célula. - Parágrafo
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo,
- Figura alinhamento e recuo.
Selecione a origem da figura que deseja inserir.
- Marcadores e numeração
- Objeto de desenho Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual
Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio e permite que você edite o formato da numeração ou dos
utilize Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. marcadores.

- Quadro flutuante - Página


Insere um quadro flutuante no documento atual. Qua- Especifique os estilos de formatação e o layout do es-
dros flutuantes são utilizados em documentos HTML para tilo de página atual, incluindo margens da página, cabeça-
exibir conteúdo de outro arquivo. lhos, rodapés e o plano de fundo da página.

- Áudio ou vídeo - Alterar caixa


Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento. Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor
estiver no meio de uma palavra e não houver texto selecio-
- Arquivo nado, então a palavra será a seleção.
Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor.
- Guia fonético asiático
Formatar Permite que você adicione comentários sobre carac-
Contém comandos para formatar o layout e o conteú- teres asiáticos para serem usados como manual de pro-
do de seu documento. núncia.

- Colunas
Especifica o número de colunas e o layout de coluna
para um estilo de página, quadro ou seção.

- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no docu-
mento. Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique
no documento e, em seguida, escolha Inserir - Seção.

- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, edi-
tar, adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas
vezes para aplicar o estilo.

- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com
as opções definidas em Ferramentas - Opções da auto-
correção.

- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto sele-
cionado.

- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para
figuras, objetos e quadros.

103
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Alinhar (objetos) - Inserir


Alinha os objetos selecionados em relação a outro. Tabela
Insere uma nova tabela.
- Alinhamento (objetos de texto)
Define as opções de alinhamento para a seleção atual. Colunas
Insere colunas.
- Dispor
Altera a ordem de empilhamento do(s) objeto(s) sele- Linhas
cionado(s). Insere linhas.

- Inverter - Excluir
Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou ver- Tabela
ticalmente. Exclui a tabela atual.

- Agrupar Colunas
Agrupa os objetos selecionados de forma que possam Exclui as colunas selecionadas.
ser movidos ou formatados como um único objeto.
Linhas
- Objeto Exclui as linhas selecionadas.
Abre um submenu para editar propriedades do objeto
selecionado. Selecionar
Tabela
- Quadro Seleciona a tabela atual.
Insere um quadro que você pode usar para criar um
layout com uma ou mais colunas de texto e objetos. Coluna
Seleciona a coluna atual.
- Imagem
Formata o tamanho, a posição e outras propriedades Linha
da figura selecionada. Seleciona a linha atual.

Tabela Célula
Seleciona a célula atual.
- Mesclar células
Combina o conteúdo das células selecionadas da tabe-
la em uma única célula.

- Dividir células
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou
verticalmente em um número especificado de células.

- Mesclar tabela
Combina duas tabelas consecutivas em uma única ta-
bela. As tabelas devem estar lado a lado, e não separadas
por um parágrafo vazio.

- Dividir tabela
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na po-
sição do cursor. Você também pode clicar com o botão di-
reito do mouse em uma célula da tabela para acessar este
comando.

- Autoformatação de tabela
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, in-
cluindo fontes, sombreamento e bordas.

Autoajustar
Largura da coluna
Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar
a largura de uma coluna.

104
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Largura de coluna ideal Propriedades da tabela


Ajusta automaticamente a largura das colunas para Especifica as propriedades da tabela selecionada,
coincidir com o conteúdo das células. A alteração da lar- como, por exemplo, nome, alinhamento, espaçamento, lar-
gura de uma coluna não afeta a largura das outras colunas gura da coluna, bordas e plano de fundo.
na tabela. A largura da tabela não pode exceder a largura
da página. Ferramentas
Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma
- Distribuir colunas uniformemente galeria de objetos artísticos que podem ser adicionados ao
Ajusta a largura das colunas selecionadas para a largu- documento, bem como ferramentas para configurar menus
ra da coluna mais larga da seleção. A largura total da tabela e definir preferências do programa.
não pode exceder a largura da página.

Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a
altura de uma linha.

- Altura de linha ideal


Ajusta automaticamente a altura das linhas para que
corresponda ao conteúdo das células. Esta é a definição
padrão para novas tabelas.

- Distribuir linhas uniformemente


Ajusta a altura das linhas selecionadas para a altura da
linha mais alta na seleção.

Permitir quebra de linha em páginas e colunas


Permite uma quebra de página na linha atual.

Repetir linhas de cabeçalho


Repete os cabeçalhos das tabelas nas páginas subse-
quentes quando a tabela se estende por uma ou mais pá-
ginas.

Converter
Texto em tabela
Abre uma caixa de diálogo para poder converter em
tabela o texto selecionado. - Verificação ortográfica
Verifica a ortografia manualmente.
Tabela para texto
Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela - Idioma
atual em texto. Abre um submenu para escolher comandos específicos
do idioma.
Classificar
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pará- - Contagem de palavras
grafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços,
até três chaves de classificação bem como combinar chaves na seleção atual, e em todo o documento. A contagem é
alfabéticas com numéricas. mantida atualizada enquanto digita, ou altera a seleção.

Fórmula - Numeração da estrutura de tópicos


Abre a Barra de fórmulas para inserir ou editar uma Especifica o formato de número e a hierarquia para a
fórmula. numeração de capítulos no documento atual.

Formato numérico - Numeração de linhas


Abre uma caixa de diálogo para especificar o formato Adiciona ou remove e formata números de linha no
de números na tabela. documento atual. Para desativar a numeração de linhas em
um parágrafo, clique no parágrafo, escolha Formatar - Pa-
Limites da tabela rágrafo, clique na guia Numeração e, em seguida, desmar-
Mostra ou oculta os limites em torno das células da ta- que a caixa de seleção Incluir este parágrafo na numeração
bela. Os limites só são visíveis na tela e não são impressos. de linhas

105
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Notas de rodapé Janela


Especifica as configurações de exibição de notas de
rodapé e notas de fim.

- Galeria
Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e
sons para inserir em seu documento.

- Banco de dados bibliográfico


Insira, exclua, edite e organize arquivos no banco de
dados bibliográfico. Contém comandos para manipulação e exibição de ja-
nelas de documentos.
- Assistente de Mala Direta
Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas- - Nova janela
modelo ou enviar mensagens de e-mail a vários destina-
tários. Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da jane-
la atual. Você pode agora ver diferentes partes do mesmo
- Classificar documento ao mesmo tempo.
Classifica alfabeticamente ou numericamente os pa-
rágrafos ou linhas de tabela selecionados. Você pode de- - Fechar a janela
finir até três chaves de classificação bem como combinar
chaves alfabéticas com numéricas. Fecha a janela atual. Escolha Janela - Fechar janela,
ou pressione Ctrl+F4. Na visualização de impressão do Li-
- Calcular breOffice Writer e Calc, você pode fechar a janela ao clicar
Calcula a fórmula selecionada e copia o resultado no botão Fechar visualização.
para a área de transferência.
- Lista de documentos
- Atualizar
Atualiza os itens do documento atual com conteúdo Lista os documentos abertos no momento atual. Sele-
dinâmico, como campos e índices. cione o nome de um documento na lista para alternar para
esse documento.
- Player de mídia
Abre a janela do Player de mídia, para poder visuali- Ajuda
zar arquivos de vídeo e áudio e inseri-los no documento
atual. O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema
de Ajuda do LibreOffice.
- Macros
Permite gravar, organizar e editar macros.
- Gerenciador de extensão
O Gerenciador de extensão adiciona, remove, desati-
va, ativa e atualiza extensões do LibreOffice.

- Filtros XML
Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML,
onde você pode criar, editar, excluir e testar filtros para
importar e exportar arquivos XML.

- Opções da Autocorreção
Configura as opções para substituir texto automatica-
mente ao digitar. Barras de ferramentas

- Personalizar Barra de objetos de texto


Personaliza menus, teclas de atalho, barras de ferra- Contém comandos de formatação para o texto de um
mentas e atribuições de macros do LibreOffice para even- objeto de desenho. A barra Objetos de texto aparece quan-
tos. do você faz um duplo clique dentro de um objeto de de-
senho.
- Opções
Este comando abre uma caixa de diálogo para confi-
guração personalizada do programa.

106
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Nome da fonte - Centralizar


Permite que você selecione um nome de fonte na lista Centraliza na página os parágrafos selecionados.
ou digite um nome de fonte diretamente.
Você pode inserir várias fontes, separadas por ponto
-e-vírgulas. O LibreOffice usará cada fonte nomeada em
sucessão se as fontes anteriores não estiverem disponíveis.
- Direita
Alinha os parágrafos selecionados em relação à mar-
Nome da fonte gem direita da página.

- Tamanho da fonte Alinhar à direita


Permite que você escolha entre diferentes tamanhos
de fonte na lista ou que digite um tamanho manualmente. - Justificar
Alinha os parágrafos selecionados às margens es-
- Negrito querda e direita da página. Se preferir, você pode espe-
Aplica o formato negrito ao texto selecionado. Se o cificar as opções de alinhamento para a última linha de
cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em negri- um parágrafo, escolhendo Formatar - Parágrafo - Alinha-
to. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a forma- mento.
tação será removida.
Justificado
Negrito
- Suporte a idiomas asiáticos
- Itálico Esses comandos só podem ser acessados após ativar
o suporte para idiomas asiáticos em  Ferramentas - Op-
Aplica o formato itálico ao texto selecionado. Se o cur-
ções - Configurações de idioma - Idiomas.
sor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em itálico. Se
a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será
- Texto escrito da esquerda para a direita
removida.
Especifica a direção horizontal do texto.

Itálico Direção do texto da esquerda para a direita


- Sublinhado - Texto escrito de cima para baixo
Sublinha o texto selecionado ou remove o sublinhado Especifica a direção vertical do texto.
do texto selecionado.

Texto escrito de cima para baixo


Sublinhado
- Selecionar tudo
- Sobrescrito Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e le- objeto de texto atual.
vanta o texto acima da linha de base.
Selecionar tudo
Sobrescrito
- Caractere
- Subscrito Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e po- selecionados.
siciona o texto abaixo da linha de base.
Caractere
Subscrito
- Parágrafo
- Esquerda Aqui você pode definir recuos, espaçamento, alinha-
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem mento e espaçamento de linha para o parágrafo selecio-
esquerda da página. nado.

Alinhar à esquerda Parágrafo

107
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionando e editando texto • Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em
qualquer lugar na frase.
Você pode adicionar texto ao documento das seguin- • Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes
tes maneiras: em qualquer lugar na palavra.
• Digitando texto com o teclado • Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção,
• Copiando e colando texto de outro documento selecione o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e se-
• Importando texto de outro arquivo lecione outro trecho de texto.

Digitando texto Selecionando texto com o teclado


• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctrl+A.
A maneira mais fácil de inserir texto no documento é • Para selecionar uma única palavra em um dos lados do
digitar o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta AutoCorreção cursor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e pres-
corrige automaticamente possíveis erros de ortografia co- sione a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->.
muns, como “catra” em vez de “carta”. • Para selecionar um único caractere em um dos lados
Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta
do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione
palavras longas enquanto você digita. Ao começar a digitar
a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para
novamente a mesma palavra, o
selecionar mais de um caractere, mantenha pressionada a
LibreOffice.org completa automaticamente a palavra.
tecla Shift enquanto pressiona a tecla de direção.
Para aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitando.
• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda
do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione
a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do
cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a
tecla End.

Copiando, colando e excluindo texto


Você pode copiar texto de um lugar para outro no
mesmo documento ou de um documento para outro.

Dica – Para desativar as ferramentas de completar e - Para copiar e colar texto


substituir automaticamente procure na ajuda on-line os Etapas
seguintes termos: 1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes
• Função de AutoCorreção procedimentos:
• Função de AutoEntrada • Escolha Editar – Copiar.
• Completar palavras • Pressione Ctrl+C.
• Reconhecimento de números • Clique no ícone Copiar na barra Padrão.
• Função de AutoFormatação • Clique com o botão direito do mouse no texto sele-
cionado e escolha Copiar.
Selecionando texto O texto continua na área de transferência até você co-
piar outra seleção de texto ou item.
Você pode selecionar texto com o mouse ou com o
teclado.
2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o
texto. Siga um destes procedimentos:
• Escolha Editar – Colar.
• Pressione Ctrl+V.
• Clique no ícone Colar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse onde deseja
Selecionando texto com o mouse colar o texto e escolha Colar.
• Para selecionar um trecho de texto, clique no início
do trecho, mantenha pressionado o botão esquerdo do - Para excluir texto
mouse e arraste o mouse até o fim do texto. Etapas
Pode também clicar na frente do trecho, mover o mou- 1. Selecione o texto que deseja excluir.
se até o fim do texto, manter pressionada a tecla Shift e 2. Siga um destes procedimentos:
clicar novamente. • Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X.

108
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O texto é excluído do documento e adicionado à área • Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela
de transferência, para você colar o texto onde pretender. que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir.
• Pressione a tecla Delete ou Backspace. • Para substituir todas as ocorrências do texto encon-
Observação – Você pode usar essas teclas para tam- tradas pela que você inseriu na caixa Substituir por, clique
bém excluir caracteres individuais. em Substituir tudo.
Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Des- • Para ignorar o texto encontrado e continuar a procu-
fazer ou pressione Ctrl+Z. ra, clique em Localizar próxima.
6. Clique em Fechar quando concluir a procura.
-Para inserir um documento de texto
Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento Verificando ortografia
de texto no documento do Writer, desde que o formato do
arquivo seja conhecido pelo LibreOffice.org. O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos en-
Etapas quanto você digita ou em um documento inteiro.
1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir
o texto. - Para verificar ortografia enquanto digita
2. Escolha Inserir – Arquivo. O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortogra-
3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em In- fia enquanto você digita.
serir. Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone Au-
Localizando e substituindo texto toOrtografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando
Você pode usar o recurso Localizar e substituir no Li- esse recurso está ativado, uma linha vermelha ondulada
breOffice.org Writer para procurar e substituir palavras em marca possíveis erros ortográficos.
um documento de texto.

- Para localizar e substituir texto

1. Clique com o botão direito do mouse em uma pala-


vra com um sublinhado ondulado em vermelho.

2. Siga um destes procedimentos:


• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas
no alto do menu de contexto.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você
escolher.

• Escolha uma das palavras de substituição no sub-


Etapas menu AutoCorreção.
1. Escolha Editar – Localizar e substituir. A palavra incorreta é substituída pela palavra que você
Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir. escolher.
2. Na caixa Pesquisar por, digite o texto que você dese- As duas palavras são acrescentadas automaticamen-
ja localizar no documento. te à lista de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na
Pode selecionar também a palavra ou a frase que dese- próxima vez que cometer o mesmo erro ortográfico, o Wri-
ja procurar no documento de texto e escolher Editar - Lo- ter fará a correção ortográfica automaticamente.
calizar e substituir. O texto selecionado é inserido automa- • Escolha Ortografia e gramatica para abrir a caixa de
ticamente na caixa Procurar. diálogo Ortografia e gramatica.
3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de • Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha
substituição. Adicionar e clique no nome do dicionário.
4. Clique em Localizar para iniciar a procura. Observação – O número de entradas em um dicionário
5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da definido pelo usuário é limitado, mas você pode criar quan-
palavra ou frase, siga um destes procedimentos: tos dicionários definidos pelo usuário forem necessários.

109
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Para verificar a ortografia em um documento inteiro


Se não deseja verificar a ortografia enquanto digita, você pode usar a ferramenta Ortografia e gramatica para corrigir
erros manualmente. A ferramenta Ortografia e gramatica começa a partir da posição atual do cursor ou a partir do início
do texto selecionado.

Etapas

1. Clique no documento ou selecione o texto que deseja corrigir.

2. Escolha Ferramentas - Ortografia e gramatica.

3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma correção.

4. Siga um destes procedimentos:


• Para aceitar uma correção, clique em Corrigir.
• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra correta e clique em Alterar.
• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar uma vez.
• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e continuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar sempre.

Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho,
tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas
ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.

Formatando texto manualmente

Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar,
pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.

Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes procedimentos:


• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fonte diferente na caixa Nome da fonte.
• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tamanho na caixa Tamanho da fonte.
• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone Negrito, Itálico ou Sublinhado.

110
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctr-


l+B para negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para subli-
nhado. Para restaurar o tipo de letra padrão, selecione o
texto novamente e clique no mesmo ícone, ou pressione
as mesmas teclas de atalho.
• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone
Alinhar à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justi-
ficado.
• Para adicionar ou remover marcadores ou números
de uma lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração
ou Ativar/desativar marcadores.
• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de
recuo.
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da
fonte.
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique
no ícone Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação
sobre a diferença desses dois ícones.

Formatando texto com estilos Usando o navegador


No Writer, a formatação padrão de caracteres, pará-
grafos, páginas, quadros e listas é feita com estilos. Um O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos
estilo é um conjunto de opções de formatação, como tipo no documento:
e tamanho da fonte. Um estilo define o aspecto geral do • Títulos
texto, assim como o layout de um documento. • Folhas
Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos • Tabelas
os estilos aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar • Quadros de texto
estilo na barra Formatar. • Gráficos
• Objetos OLE
• Seções
• Hyperlinks
• Referências
• Índices
• Notas

Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação


é com a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela
Estilos e formatação, escolha Formatar – Estilos e forma-
tação.

111
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique no sinal de mais na frente do nome da categoria.
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Navegador, selecione a categoria e clique no ícone Exibição do
conteúdo.

Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique novamente no ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento, clique duas vezes em qualquer entrada na lista do Navegador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no objeto com o botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer janela do documento.
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela, clique duas vezes na área cinza do Navegador encaixado. Para
redimensionar o Navegador, arraste as bordas do Navegador.
Dica – Em um documento de texto, você pode usar o modo Exibição do conteúdo para títulos para arrastar e soltar
capítulos inteiros em outras posições dentro do documento. Para obter mais informações, consulte a ajuda on-line sobre
o Navegador.

Usando tabelas em documentos do Writer


Você pode usar tabelas para apresentar e organizar informações importantes em linhas e colunas, para as informações
serem lidas com facilidade. A interseção de uma linha e uma coluna é chamada de célula.
- Para adicionar uma tabela a um documento do Writer
Etapas
1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela.
2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colunas para a tabela.

3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, clique em AutoFormatar, selecione o formato desejado e clique em OK.

4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique opções adicionais, como o nome da tabela, e clique em OK.

112
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabela


Etapas
1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.
2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na barra Tabela.

- Para excluir uma linha ou coluna de uma tabela


Etapas
1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.
2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na barra Tabela.

Cabeçalho e rodapé
Cabeçalhos e rodapés são áreas nas margens superior e inferior das páginas para adiciona textos ou figuras. Os ca-
beçalhos e rodapés são adicionados ao estilo de página atual. Todas as páginas que usarem o mesmo estilo receberão
automaticamente o cabeçalho ou rodapé adicionado. É possível inserir Campos, tais como números de páginas e títulos de
capítulos, nos cabeçalhos e rodapés de um documento de texto.
Obs.: O estilo de página para a página atual será exibido na Barra de status.
Para adicionar um cabeçalho a uma página, escolha Inserir - Cabeçalho e, em seguida, no submenu, selecione o estilo
de página para a página atual.
Para adicionar um rodapé a uma página, escolha Inserir - Rodapé e, em seguida, selecione o estilo de página para a
página atual no submenu.
Você também pode escolher Formatar - Página, clicar na guia Cabeçalho ou Rodapé, e selecionar Ativar cabeçalho ou
Ativar rodapé. Desmarque a caixa de seleção Mesmo conteúdo esquerda/direita se desejar definir cabeçalhos e rodapés
diferentes para páginas pares e ímpares.
Para utilizar diferentes cabeçalhos e rodapés documento, adicione-os a diferentes estilos de páginas e, em seguida,
aplique os estilos às páginas nas deseja exibir os cabeçalhos ou rodapés.

Marcadores e numeração
Para adicionar marcadores
Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicionar marcadores.
Na barra de Formatação, clique no ícone Ativar/desativar marcadores.

Para remover marcadores, selecione os parágrafos com marcadores e, em seguida, clique no ícone Ativar/Desativar
marcadores na barra Formatação.
Para formatar marcadores
Para alterar a formatação da lista com marcadores, escolha Formatar - Marcadores e numeração.

113
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Por exemplo, para mudar o símbolo do marcador, cli- Para formatar o estilo dos números de página
que na guia Opções , clique no botão de seleção (...) per- Você deseja que os números da página sejam em
to de Caractere, e selecione um caractere especial. Pode- numerais romanos: i, ii, iii, iv e assim por diante.
se também clicar na guia Figura, e clicar num estilo de Clique duas vezes imediatamente na frente do campo
símbolo na área Seleção. de número da página. A caixa de diálogo Editar campos
se abrirá.
Números de página Selecione um formato de número e clique em OK.
No Writer, o número da página é um campo que Utilizar diferentes estilos de número de página
pode ser inserido no texto. Você precisa que algumas páginas apresentem o esti-
lo em numerais romanos e o restante das páginas, outro
Para inserir números de página estilo.
Escolha Inserir - Campos - Número da página para No Writer, serão necessários vários estilos de página.
inserir um número de página na posição atual do cursor. O primeiro estilo de página apresenta um rodapé com um
Obs.: Se, em vez do número, aparecer o texto “Núme- campo de número de página formatado em numerais ro-
ro da página”, escolha Exibir - Nome de campos. manos. O estilo de página seguinte apresenta um rodapé
No entanto, esses campos mudarão de posição quan- com um campo de número de página formatado em outro
do um texto for adicionado ou removido. Assim, é melhor estilo.
inserir o campo de número da página em um cabeçalho Ambos estilos de página devem estar separados por
ou rodapé que se encontram na mesma posição e se re- uma quebra de página. No Writer, é possível inserir que-
petem em todas as páginas. bras de página automática ou manualmente.
Escolha Inserir - Cabeçalho - (nome do estilo de pá- Uma quebra de página automática aparece no final de
gina) ou Inserir - Rodapé - (nome do estilo de rodapé) uma página quando o estilo de página possui um “próxi-
para adicionar um cabeçalho ou um rodapé em todas as mo estilo” diferente.
páginas com o estilo de página atual. Por exemplo, o estilo de página da “Primeira página”
apresenta “Padrão” como próximo estilo. Para comprovar
Para iniciar com um número de página definido essa possibilidade, pressione F11 para abrir a janela Estilos
Agora você que ter um pouco mais de controle sobre e formatação, clique no ícone Estilos de página e clique
o número da página. Você está editando um documento com o botão direito do mouse na entrada Primeira página.
de texto que deve começar com o número de página 12. Escolha Modificar no menu de contexto. Na guia Organi-
zador, pode ser visto o “próximo estilo”.
Clique no primeiro parágrafo do documento. A quebra de página manual pode ser aplicada com ou
Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto. sem alterações dos estilos de página.
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página Se pressionar Ctrl+Enter, será aplicada a quebra de
para poder definir o novo Número da página. Clique em página sem alterações nos estilos de página.
OK. Se escolher Inserir - Quebra manual, a quebra de pá-
gina pode ser inserida com ou sem alterações no estilo ou
com alterações no número da página.
Dependendo do documento, é melhor: utilizar a que-
bra de página inserida manualmente entre os estilos de
página, ou utilizar uma mudança automática. Se for neces-
sária apenas uma página de título com estilo diferente, o
método automático pode ser utilizado:

Para aplicar um estilo de página diferente na primeira


página
Clique na primeira página do documento.
Escolha Formatar - Estilos e formatação.
Na janela Estilos e formatação, clique no ícone Estilos
de página.
Clique duas vezes no estilo “Primeira página”.
A página de título apresentará o estilo “Primeira pági-
na” e as páginas seguintes apresentarão automaticamente
o estilo “Padrão”.
Você pode agora por exemplo, inserir um rodapé so-
O novo número da página é um atributo do primeiro mente para o estilo de página “Padrão”, ou inserir rodapés
parágrafo da página. em ambos estilos de página, mas com os campos de nú-
mero de página formatados de modo diferente.

114
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para aplicar uma alteração de estilo de página inserida F7 - Verificação ortográfica


manualmente Ctrl+F7 - Dicionário de sinônimos
Clique no início do primeiro parágrafo da página onde F8 - Modo de extensão
será aplicado um estilo de página diferente. Ctrl+F8 - Ativar/Desativar sombreamentos de campos
Escolha Inserir - Quebra manual. A caixa de diálogo Editar Shift+F8 - Modo de seleção adicional
quebra se abrirá. Ctrl+Shift+F8 - Modo de seleção por bloco
Na caixa de listagem Estilo, selecione um estilo de pági- F9 - Atualiza os campos
na. Você pode definir um novo número de página também. Ctrl+F9 - Mostra os campos
Clique em OK. Shift+F9 - Calcula a tabela
O estilo de página selecionado será usado a partir do pa- Ctrl+Shift+F9 - Atualiza os campos e as listas de entrada
rágrafo atual até a próxima quebra de página com estilo. Você Ctrl+F10 - Ativar/Desativar caracteres não imprimíveis
pode precisar criar primeiro um novo estilo de página. F11 - Ativar/Desativar janela Estilos e formatação
Shift+F11 - Cria um estilo
Gráfico em um documento de texto do Writer Ctrl+F11 - Define o foco para a caixa Aplicar estilos
Em um documento do Writer, você pode inserir um gráfi- Ctrl+Shift+F11 - Atualiza o estilo
co com valores provenientes de uma tabela do Writer.#Clique F12 - Ativar numeração
dentro da tabela do Writer. Ctrl+F12 - Insere ou edita a tabela
Selecione Inserir – Objeto – Gráfico. Shift+F12 - Ativa marcadores
Ctrl+Shift+F12 - Desativa Numeração / Marcadores

Teclas de atalho para o LibreOffice Writer


Teclas de atalho - Efeito
Ctrl+A - Selecionar tudo
Ctrl+J - Justificar
Ctrl+D - Sublinhado duplo
Ctrl+E - Centralizado
Ctrl+H - Localizar e substituir
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito
Ctrl+L - Alinhar à esquerda
Ctrl+R - Alinhar à direita
Ctrl+Shift+B - Subscrito
Ctrl+Y - Refaz a última ação
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4
Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5
Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia o
Você verá uma visualização do gráfico e o Assistente de resultado para a área de transferência.
gráfico. Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização defini-
Siga as instruções no Assistente de gráfico para criar um da pelo usuário.
gráfico. Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional (não
utilizado na hifenização)
Teclas de atalho do LibreOffice Writer Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado numé-
Você pode utilizar teclas de atalho para executar rapida- rico) - Executar campo de macro
mente tarefas comuns no LibreOffice. Esta seção relaciona as Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses es-
teclas de atalho padrão do LibreOffice Writer. paços não serão usados para hifenização nem serão expandi-
dos se o texto estiver justificado.
Teclas de função para o LibreOffice Writer Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de parágrafo
Teclas de atalho - Efeito Ctrl+Enter - Quebra manual de página
F2 - Barra de fórmulas Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com vá-
Ctrl+F2 - Insere campos rias colunas
F3 - Completa o autotexto Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração
Ctrl+F3 - Edita o autotexto numa lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista.
F4 - Abre a exibição da fonte de dados Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois de
Shift+F4 - Seleciona o próximo quadro uma seção ou antes de uma tabela.
F5 - Ativar/Desativar o Navegador Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
Ctrl+Shift+F5 - Ativar Navegador, vai para número da Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a es-
página querda com seleção

115
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra LIBREOFFICE CALC


Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à esquerda,
uma palavra de cada vez O LibreOffice Calc é um programa de planilha que você
Seta para a direita - Move o cursor para a direita pode usar para organizar e manipular dados que contêm
Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita texto, números, valores de data e tempo, e mais, por exem-
com seleção plo para o orçamento doméstico.
Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima palavra O Calc nos permite:
Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma • Aplicar fórmulas e funções a dados numéricos e
palavra de cada vez efetuar cálculos
Seta para cima - Move o cursor uma linha acima • Aplicação de uma muitas formatações, como tipo,
Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para cima tamanho e coloração das fontes, impressão em colunas,
Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do alinhamento automático etc ...,
parágrafo anterior • Utilização de figuras, gráficos e símbolos,
CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do pa- • Movimentação e duplicação dos dados e fórmulas
rágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do parágrafo dentro das planilhas ou para outras planilhas,
anterior • Armazenamento de textos em arquivos, o que
Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo permite usá-los ou modificá-los no futuro.
Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para baixo
Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do pa- Fundamentos da planilha
rágrafo. Uma planilha (“sheet”) é uma grande tabela, já prepa-
CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do pará- rada para efetuar cálculos, operações matemáticas, proje-
grafo. Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo pa- ções, análise de tendências, gráficos ou qualquer tipo de
rágrafo operação que envolva números.
Home - Vai até o início da linha Cada planilha se compõe de colunas e linhas, cuja in-
Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha tersecção delimita as células:
End - Vai até o fim da linha Colunas: Estão dispostas na posição vertical e são iden-
End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha tificadas da esquerda para a direita, começando com A até
Ctrl+Home - Vai para o início do documento Z. Depois de Z, são utilizadas 2 letras: AA até AZ, que são
Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início do seguidas por BA até BZ, e assim por diante, até a última (IV),
documento num total de 256 colunas.
Ctrl+End - Vai para o fim do documento Linhas: Estão dispostas na posição horizontal e são
Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do do- numeradas. Portanto, a intersecção entre linhas e colunas
cumento gera milhões de células disponíveis.
Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o cabe- Cada planilha possui 1.048.576 linhas e as colunas vão
çalho até AMJ.
Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o ro- Valores: Um valor pode representar um dado numérico
dapé ou textual entrado pelo usuário ou pode ser resultado de
Insert - Ativa / Desativa modo de inserção uma fórmula ou função.
PageUp - Move uma página da tela para cima Fórmulas: A fórmula é uma expressão matemática
Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima com dada ao computador (o usuário tem que montar a fórmula)
seleção para calcular um resultado, é a parte inteligente da pla-
PageDown - Move uma página da tela para baixo nilha; sem as fórmulas a planilha seria um amontoado de
Shift+PageDown - Move uma página da tela para baixo textos e números.
com seleção Funções: São fórmulas pré-definidas para pouparem
Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra tempo e trabalho na criação de uma equação.
Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra Uma célula é identificada por uma referência que con-
Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pa- siste na letra da coluna a célula seguida do número da li-
rágrafo atual nha da célula. Por exemplo, a referência de uma célula na
Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase interseção da coluna A e da linha 2 é A2. Além disso, a
Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da frase referência do intervalo de células nas colunas de A a C e
Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra au- linhas 1 a 5 é A1:C5.
tomaticamente Endereço ou Referência: Cada planilha é formada
Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Comple- por linhas numeradas e por colunas ordenadas alfabetica-
tar palavra automaticamente mente, que se cruzam delimitando as células. Quando se
Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transfe- clica sobre uma delas, seleciona-se a célula.
rência como texto sem formatação. Célula: corresponde à unidade básica da planilha, ou
Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta com- seja, cada retângulo da área de edição.
binação para encaixar ou desencaixar rapidamente a janela Célula Ativa: É a célula onde os dados serão digitados,
do Navegador, a janela Estilos e Formatação ou outras janelas ou seja, onde está o cursor no instante da entrada de dados.

116
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das coordenadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por exem-
plo, a intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclusiva da casela B3, portanto é a sua referência ou endereço.
A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou selecionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha 3 com
a coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna B destacam-se em alto relevo).

A célula ativa ou célula atual é a que está clicada, ou seja,


é aquela na qual serão digitadas os dados nesse momento.

Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a seleção é representada pelas bordas da célula que ficam negritadas.
Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o mouse ou as teclas de seta do teclado.
Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou
a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma
referência à coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.

Layout

Barra de título
A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu
nome é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome
a sua escolha.

Barra de Menus
A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Janela
e Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os
mais recentes e por fim fechar a planilha.

117
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de
localizar e substituir dados.
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou
ocultadas as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a aparência e o tamanho da tela de trabalho.
Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos,
fórmulas músicas, vídeos entre outros.
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e números, alinhamento dados nas células inserção de bordas
nas células e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento impedindo que alterações sejam feitas, personaliza
menus e as teclas de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar figuras e sons do próprio LibreOffice
para inserir no documento.
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas selecionadas de acordo com as condições especificas além
de outras funções.
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas
do documento.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice.org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as
páginas da Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto.
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar...
e vá na guia Menu.

Barra de ferramentas
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a
Barra de ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas.
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros.
Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros.

Barra de fórmulas

Apresentando a barra de fórmulas.


À direita da Caixa de nome estão os botões do Assistente de Funções, de Soma, e de Função.
Clicando no botão do Assistente de Funções abre-se uma caixa de diálogo onde pode-se pesquisar em uma lista de
funções disponíveis em várias categorias como data e hora, matemática, financeira, dados, texto e outras. Isso pode ser
muito útil porque também mostra como as funções são formatadas.
Clicando no botão Soma insere-se uma fórmula na célula selecionada que soma os valores numéricos das células acima
dela. Se não houver números acima da célula selecionada, a soma será feita pelos valores das células à esquerda.
Clicando no botão Função insere-se um sinal de igual (=) na célula selecionada e na Linha de Entrada de dados, ati-
vando a célula para aceitar fórmulas.
Quando você digita novos dados numa célula, os botões de Soma e de Função mudam para os botões Cancelar e
Aceitar.
O conteúdo da célula selecionada (dados, fórmula, ou função) são exibidos na Linha de Entrada de Dados, que é um
lembrete da Barra de Fórmulas. Você pode editar o seu conteúdo na própria Linha de Entrada de Dados. Para editá-la, cli-
que na Linha de Entrada de Dados e digite suas alterações. Para editar dentro da célula selecionada, clique duas vezes nela.

118
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Células individuais
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna
com uma linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas).
Esses são os cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em A e seguem para a direita, e as linhas começam em
1 e seguem para baixo.
Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas.
Você pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas e Colunas.
Abas de folhas
Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Essas abas permitem que você acesse cada folha da planilha
individualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você pode escolher cores diferentes para cada folha.
Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba fica branca. Você também pode selecionar várias folhas
de uma só vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.

Barra de estado
Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que mostra informações sobre a planilha e maneiras con-
venientes de alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é semelhante aos outros componentes do
LibreOffice.
Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:

Criando uma planilha


Para criar uma nova planilha a partir de qualquer programa do Libreoffice, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Movendo-se em uma folha
Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma folha do Calc ou para selecionar itens na folha. Se sele-
cionou um intervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o cursor.
- Para mover-se em uma folha com o mouse
Etapa
Use a barra de rolagem horizontal ou vertical para mover para os lados ou para cima e para baixo em uma folha.
• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou vertical.
• Clique no espaço vazio na barra de rolagem.
• Arraste a barra na barra de rolagem.
Dica – Para mover o cursor para uma célula específica, clique na célula.

- Para mover-se em uma folha com o teclado


Etapa
Use as seguintes teclas e combinações de teclas para mover-se em uma folha:
• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, pressione a tecla de seta para baixo ou Enter.
• Para mover uma célula para cima em uma coluna, pressione a tecla de seta para cima.
• Para mover uma célula para a direita, pressione a tecla de seta para a direita ou Tab.
• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a tecla de seta para a esquerda.
Dica – Para mover para a última célula que contém dados em uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Ctrl
enquanto pressiona uma tecla de direção.

119
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecionando células em uma folha 3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o inter-
Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar valo de células no qual deseja inserir a série.
células em uma folha do Calc. 4. Solte o botão do mouse.
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse,
clique em uma célula e arraste o mouse para outra célula. Os itens consecutivos na série são adicionados auto-
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, maticamente às células realçadas.
certifique-se de que o cursor esteja em uma célula, man-
tenha pressionada a tecla Shift e pressione uma tecla de
direção.

Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série,


pressione a tecla Ctrl enquanto arrasta.

Editando e excluindo o conteúdo de células


Você pode editar o conteúdo de uma célula ou interva-
lo de células em uma folha.
- Para editar o conteúdo de células em uma folha
Digitando ou colando dados
Etapas
A maneira mais simples de adicionar dados a uma fo-
1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de
lha é digitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc
ou de outro programa. células.
- Para digitar ou colar dados em uma planilha Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique
Etapas em uma célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o
1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados. intervalo que deseja selecionar.
2. Digite os dados. Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no
Se desejar colar dados da área de transferência na cé- rótulo da linha ou coluna.
lula, escolha Editar - Colar. 2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique
3. Pressione Enter. duas vezes na célula, faça as alterações necessárias e pres-
Você pode também pressionar uma tecla de direção sione Return.
para inserir os dados e mover a próxima célula na direção Observação – Pode também clicar na célula, digitar as
da seta. alterações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e
Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma clicar no ícone verde da marca de seleção.
célula, pressione Ctrl+Return no fim de cada linha e, quan- No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa
do concluir, pressione Return. de Linha de entrada.
- Para inserir rapidamente datas e números consecu- 3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de
tivos células, pressione a tecla Backspace ou Delete.
O Calc oferece um recurso de preenchimento para a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as
você inserir rapidamente uma série sucessiva de dados, opções que deseja.
como datas, dias, meses e números. O conteúdo de cada b. Clique em OK.
célula sucessiva na série é incrementado por um. 1 é incre-
mentado para 2, segunda-feira é incrementada para tercei- Formatando planilhas
ra-feira, e assim por diante. O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou
Etapas ao usar estilos. A diferença principal é que a formatação
1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da manual aplica-se apenas às células selecionadas. A forma-
série, por exemplo, segunda-feira. Pressione Return. tação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no
2. Clique na célula novamente para ver a alça de preen- documento de planilha.
chimento — a caixa preta pequena no canto direito inferior
da célula.

120
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usando AutoFormatação
A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é usar o recurso AutoFormatação do Calc.

- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células


Etapas
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.
2. Escolha Formatar - AutoFormatar.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e clique em OK.

Formatando células manualmente


Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula, como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra
Formatar objeto.
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapidamente a células individuais ou intervalos de células.
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar.
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde à formatação que deseja aplicar.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.

121
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálo- Formatando células e folhas com estilos
go Formatar células No Calc, a formatação padrão de células e folhas fa-
Se precisar de mais opções de formatação do que a z-se com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de
barra Objeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar cé- formatação que define o aspecto do conteúdo da célula,
lulas. assim como o layout de uma folha. Quando você altera a
formatação de um estilo, as alterações são aplicadas toda
vez que o estilo é usado na planilha.

Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que de-
seja formatar e escolha Formatar - Células.
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de
formatação.

Guia Números
Altera a formatação de números nas células, como a
alteração do número de casas decimais exibidas - Para aplicar formatação com a janela Estilos e for-
matação
Guia Fonte Etapas
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra 1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
usado na célula 2. Para alterar a formatação de células, clique em uma
célula ou selecione um intervalo de células.
Guia Efeitos de fonte a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior
Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tacha- da janela Estilos e formatação.
do ou alto-relevo do texto b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qual-
Guia Alinhamento quer lugar na folha.
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior
no interior das células da janela Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
Guia Bordas
Altera as opções de bordas das células Usando fórmulas e funções
Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efe-
Guia Plano de fundo tuar cálculos.
Altera o preenchimento do plano de fundo das células Se a fórmula contiver referências a células, o resultado
será atualizado automaticamente toda vez que você alte-
Guia Proteção de célula rar o conteúdo das células. Você pode também usar uma
Protege o conteúdo das células no interior de folhas das várias fórmulas ou funções pré-definidas que o Calc
protegidas. oferece para efetuar cálculos.

3. Clique em OK.

122
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criando fórmulas
Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode conter valores, referências a células, operadores, funções e
constantes.

- Para criar uma fórmula


Etapas
1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da fórmula.
2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula.
Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célula A1 ao conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra célula.
3. Pressione Return.

Usando operadores

Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:

123
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exemplo de Fórmulas do Calc

=A1+15
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
=A1*20%
Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
=A1*A2
Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células A1 e A2

Usando parênteses

O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e sub-
tração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o
Calc retorna o valor de 17 e não de 24.

Editando uma fórmula


Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resultado da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de
entrada.

- Para editar uma fórmula


Etapas
1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.
A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula.

* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no ícone na barra Fórmula.

Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você
pode digitar =SUM(A2:A5) .

124
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Para usar uma função


Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
5. Clique em Próximo.
6. Insira os valores necessários ou clique nas células que contêm os valores que você deseja.
7. Clique em OK.

Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos dados numéricos.
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode usar para representar os números.
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto
- Gráfico nos outros programas do LibreOffice.

- Para criar um gráfico


Etapas
1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados para o gráfico.
2. Escolha Inserir – Gráfico.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de Graficos. O intervalo de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.
Observação – Se desejar especificar um intervalo de célula diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado
da caixa de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de gráfico que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.
9. Clique em Concluir.

125
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráfico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste
o mouse.
O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o
mouse para um novo lugar.
• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.

- Para alterar a aparência de um gráfico


Você pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do gráfico para alterar a aparência do gráfico.
Etapas
1. Clique duas vezes em um gráfico para exibir a barra de ferramentas Padrão do gráfico.
A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do Calc ou Writer.

2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as propriedades do gráfico.


3. Para modificar outras opções do gráfico você pode dar um clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as
opções através do menu Inserir e Formatar.

Navegando dentro das planilhas


O Calc oferece várias maneiras para navegar dentro de uma planilha de uma célula para outra, e de uma folha para
outra. Você pode utilizar a maneira que preferir.
Indo para uma célula específica
Utilizando o mouse: posicione o ponteiro do mouse sobre a célula e clique.
Utilizando uma referência de célula: clique no pequeno triângulo preto invertido na Caixa de nome. A referência da
célula selecionada ficará destacada. Digite a referência da célula que desejar e pressione a tecla Enter. Ou, clique na Caixa de
nome, pressione a tecla backspace para apagar a referência da célula selecionada. Digite a referência de célula que desejar
e pressione Enter.
Utilizando o Navegador: para abrir o Navegador, clique nesse ícone na Barra de ferramentas padrão, ou pressione
a tecla F5, ou clique em Exibir → Navegador na Barra de menu, ou clique duas vezes no Número Sequencial das Folhas
na Barra de estado. Digite a referência da célula nos dois campos na parte superior, identificados como Coluna e Linha, e
pressione Enter.
Você pode embutir o Navegador em qualquer lado da janela principal do Calc, ou deixá-lo flutuando. (Para embutir ou
fazer flutuar o navegador, pressione e segure a tecla Ctrl e clique duas vezes em uma área vazia perto dos ícones dentro
da caixa de diálogo do Navegador.)

126
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A tecla Page Down move uma tela completa para baixo


e a tecla Page Up move uma tela completa para cima.
Combinações da tecla Ctrl e da tecla Alt com as teclas
Home, End, Page Down, Page Up, e as teclas de seta mo-
vem o foco da célula selecionada de outras maneiras.

Localização e substituição de dados

Este recurso é muito útil quando há a necessidade de


serem localizados e substituídos dados em planilhas.
Para localizar e substituir escolha o menu Editar→Loca-
lizar e substituir ou pressione Ctrl + H; Você pode somente
localizar, ou localizar e substituir;

Figura 5: Apresentando o navegador.


O Navegador exibe listas de todos os objetos em um
documento, agrupados em categorias. Se um indicador (si-
nal de mais (+) ou seta) aparece próximo a uma categoria,
pelo menos um objeto daquele tipo existe. Para abrir uma
categoria e visualizar a lista de itens, clique no indicador.
Para esconder a lista de categorias e exibir apenas os
ícones, clique no ícone de Conteúdo. Clique neste íco-
ne de novo para exibir a lista.
Trabalhando com colunas e linhas
Movendo-se de uma célula para outra
Em uma planilha, normalmente, uma célula possui uma Inserindo colunas e linhas
borda preta. Essa borda preta indica onde o foco está. Se Você pode inserir colunas e linhas individualmente ou
um grupo de células estiver selecionado, elas são desta- em grupos.
cadas com a cor azul, enquanto a célula que possui o foco Coluna ou linha única
terá uma borda preta. Utilizando o menu Inserir:
Utilizando o mouse: para mover o foco utilizando o Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
mouse, simplesmente coloque o ponteiro dele sobre a cé- serir a nova coluna ou linha.
lula que deseja e clique com o botão esquerdo. Isso muda Clique em Inserir → Colunas ou Inserir → Linhas.
o foco para a nova célula. Esse método é mais útil quando Utilizando o mouse:
duas células estão distantes uma da outra. Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer in-
serir a nova coluna ou linha.
Utilizando as teclas de Tabulação e Enter Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho da
Pressionando Enter ou Shift+Enter move-se o foco coluna ou da linha.
para baixo ou para cima, respectivamente.
Pressionando Tab ou Shift+Tab move-se o foco para a Clique em Inserir Linhas ou Inserir Colunas.
esquerda ou para a direita, respectivamente.
Utilizando as teclas de seta Múltiplas colunas ou linhas
Pressionando as teclas de seta do teclado move-se o Você pode inserir várias colunas ou linhas de uma só
foco na direção das teclas. vez, ao invés de inseri-las uma por uma.
Utilizando as teclas Home, End, Page Up e Page Down Selecione o número de colunas ou de linhas pressio-
A tecla Home move o foco para o início de uma linha. nando e segurando o botão esquerdo do mouse na primei-
A tecla End move o foco para a ultima célula à direita ra e arraste o número necessário de identificadores.
que contenha dados. Proceda da mesma forma, como fosse inserir uma úni-
ca linha ou coluna, descrito acima.

127
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Trabalhando com folhas


Como qualquer outro elemento do Calc, as folhas po-
dem ser inseridas, apagadas ou renomeadas.

Inserindo novas folhas


Há várias maneiras de inserir uma folha. A mais rápida,
é clicar com o botão Adicionar folha. Isso insere uma nova
folha naquele ponto, sem abrir a caixa de diálogo de Inserir
planilha. Utilize um dos outros métodos para inserir mais
de uma planilha, para renomeá-las de uma só vez, ou para
inserir a folha em outro lugar da sequência. O primeiro
passo para esses métodos é selecionar a folha, próxima da
qual, a nova folha será inserida. Depois, utilize as seguintes
opções.
Clique em Inserir → Planilha na Barra de menu.
Clique com o botão direito do mouse e escolha a op-
ção Inserir Planilha no menu de contexto.
Inserindo 3 linhas abaixo da linha 1. Clique em um espaço vazio no final da fila de abas de
Apagando colunas e linhas folhas.
Colunas e linhas podem ser apagadas individualmente
ou em grupos.
Coluna ou linha única
Uma única coluna ou linha pode ser apagada utilizan-
do-se o mouse:
Selecione a coluna ou linha a ser apagada.
Clique com o botão direito do mouse no identificador
da coluna ou linha.
Selecione Excluir Colunas ou Excluir Linhas no menu
Criando uma nova planilha.
de contexto.
Veja na imagem a seguir, a caixa de diálogo Inserir
Planilha. Nela você pode escolher se as novas folhas serão
Múltiplas colunas e linhas
inseridas antes ou depois da folha selecionada, e quantas
Você pode apagar várias colunas ou linhas de uma vez
folhas quer inserir. Se você for inserir apenas uma folha,
ao invés de apagá-las uma por uma. existe a opção de dar-lhe um nome.
Selecione as colunas que deseja apagar, pressionando
o botão esquerdo do mouse na primeira e arraste o núme-
ro necessário de identificadores.
Proceda como fosse apagar uma única coluna ou linha
acima.

Apagando folhas
As folhas podem ser apagadas individualmente ou em
grupos.
Folha única: clique com o botão direito na aba da folha
Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. que quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra
de menu.

128
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Múltiplas folhas: selecione-as como descrito anterior- Dividir células


mente, e clique com o botão direito do mouse sobre uma
das abas e escolha a opção Excluir Planilha no menu de Posicione o cursor na célula a ser dividida.
contexto, ou clique em Editar → Planilha → Excluir na barra Escolha Formatar - Mesclar células - Dividir células.
de menu. Botão direito do mouse/dividir células.

Renomeando folhas
O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde
X é um número. Apesar disso funcionar para pequenas
planilhas com poucas folhas, pode tornar-se complicado
quando temos muitas folhas.
Para colocar um nome mais conveniente a uma folha,
você pode:
• Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a
folha, ou
• Clicar com o botão direito do mouse e escolher a
opção Renomear Planilha no menu de contexto e trocar o
nome atual por um de sua escolha.
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de
diálogo Renomear Planilha.

Mesclando várias células


Um recurso útil do Calc é a possibilidade de mesclar
várias células contíguas para formar um título de uma fo-
lha de planilha, por exemplo. Para isso selecione as células
contíguas a serem mescladas e vá em Formatar → Mesclar
células → Mesclar ou Formatar → Mesclar células → Mes-
clar e centralizar células, para centralizar e mesclar ou ainda Inserir uma anotação (comentário)
botão diretito do mouse/mesclar células. As células podem conter observações de outros usuá-
rios ou lembretes que ficam ocultos, isto é, não são im-
pressos. Uma célula contendo uma anotação apresenta um
pequeno triângulo vermelho no canto superior direito.
Para inserir uma anotação clique com o botão direito
do mouse na célula que conterá a anotação e selecione a
opção Inserir anotação ou pressione Ctrl + Alt + C. Em se-
guida digite o texto e clique fora da caixa de texto quando
tiver terminado.
Para visualizar a anotação, basta posicionar o ponteiro
do mouse em cima do triângulo vermelho. Você pode ain-
da clicar com o botão direito sobre a célula que possui a
anotação e clicar em Mostrar anotação para deixá-la sem-
pre a amostra ou clicar em Excluir anotação para excluí-la.

Formatando várias linhas de texto


Múltiplas linhas de texto podem ser inseridas em uma
única célula utilizando a quebra automática de texto, ou
quebras manuais de linha. Cada um desses métodos é útil
em diferentes situações.

Utilizando a quebra automática de texto


Ferramenta pincel de estilo Para configurar a quebra automática no final da célula,
clique com o botão direito nela e selecione a opção Forma-
Serve para copiar a formatação para outras células da tar Células (ou clique em Formatar → Células na barra de
mesma planilha ou para outras planilhas. menu, ou pressione Ctrl+1). Na aba Alinhamento embaixo
de Propriedades, selecione Quebra automática de texto e
Para copiar o estilo de uma célula clique uma ou duas vezes clique em OK. O resultado é mostrado na figura abaixo.
no ícone . E clique na célula a ser formatada em seguida.

129
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Utilizando quebras manuais de linha


Para inserir uma quebra manual de linha enquanto digita dentro de uma célula, pressione Ctrl+Enter. Quando for editar
o texto, primeiro clique duas vezes na célula, depois um clique na posição onde você quer quebrar a linha. Quando uma
quebra manual de linha é inserida, a largura da célula não é alterada.
Encolhendo o texto para caber na célula
O tamanho da fonte pode ser ajustado automaticamente para caber na célula. Para isso, clique com o botão direito na
célula a ser formatada e clique em Formatar Células → na aba Alinhamento marque o campo Reduzir para caber na célula.
Formatando a largura ideal da coluna para exibir todo o conteúdo da célula
A largura da coluna pode ser ajustada automaticamente para que consigamos visualizar todo o conteúdo da célula.
Para isso, clique com o botão direito na coluna a ser formatada e clique em Largura ideal da coluna e aceite clicando em OK.

Largura ideal de coluna.

Resultado da figura anterior.

130
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Congelando linhas e colunas


O congelamento trava um certo número de linhas no alto, ou de colunas à esquerda de uma planilha, ou ambos. Assim,
quando se mover pela planilha, qualquer linha ou coluna congelada permanecerá à vista.
A Figura abaixo mostra algumas linhas e colunas congeladas. A linha horizontal mais forte entre as linhas 1 e 3 e entre
as colunas A e E, denotam áreas congeladas. As linhas de 4 a 6 foram roladas para fora da página. As três primeiras linhas
e colunas permaneceram porque estão congeladas.

Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de congelamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que
quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célula e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você
rolar a tela, tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá à vista.
Descongelando
Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela → Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desa-
parecerá.

Dividindo a tela
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal,
quanto na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo
tempo.
Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha grande, e uma das células tem um número que é utilizado em
outras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode alterar o valor da célula que contém o número e verificar
nas outras células as alterações sem perder tempo rolando a barra.

Dividindo células.

131
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dividindo a tela horizontalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem vertical, na lateral direita da tela, e posicione-o sobre o pe-
queno botão no alto com um triângulo preto. Imediatamente acima deste botão aparecerá uma linha grossa preta.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem vertical.


Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse. Uma linha cinza aparece cruzando a página na horizontal. Arraste o
mouse para baixo, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua própria barra de rolagem vertical. Você
pode rolar as partes inferior e superior independentemente.

Dividindo a tela verticalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem horizontal, na parte de baixo da tela, e posicione-o sobre
o pequeno botão à direita, com um triângulo preto. Imediatamente, à direita desse botão aparece uma linha preta grossa.

Barra de divisão de tela na barra de rolagem horizontal.


Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará em uma linha com duas setas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse, e uma linha cinza aparece cruzando a página na vertical. Arraste o
mouse para a esquerda, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes, cada uma com sua barra de rolagem horizontal. Você
pode rolar as partes direita e esquerda independentemente.

Removendo as divisões
Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
Clique duas vezes na linha divisória.
Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no final das barras de rolagem.
Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas divisórias de uma só vez.

Sintaxe Universal de uma Planilha


Observe a seguinte fórmula para efeito de exemplos de sintaxe:
=B2*(SE(SOMA(C2:C6)>=3;$H$1;SOMA(A3^A5)*5));
repare que há parenteses, sinais de Operadores de Comparação (>, = <, etc.), além de ponto e vírgula e dois pontos.
Mesmo sendo possível o uso de fórmulas sofisticadas em planilhas, virtualmente qualquer tipo de planilha pode ser imple-
mentada utilizando-se das quatro operações básicas, por exemplo, seu orçamento mensal (receitas x despesas). As quatro
operações básicas são:
Somar ( + ), Subtrair ( - ); Multiplicar ( * ), Dividir ( / ).
Índice de Referenciação Absoluto ( $ )
Para exponenciação utiliza-se o circunflexo (^).
As tabelas abaixo representam de forma sucinta, a função de cada letra / símbolo / instrução para uma compreensão
básica do significado destes.

132
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Operadores Aritméticos

Operadores de Comparação

Comandos / Instruções

133
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comportamento das teclas Convencionais / Especiais


As teclas TAB, Enter e Setas de Cursor, quando utilizadas em edição de dados, apresentam comportamento um pouco
diferente do convencional. TAB, por exemplo, confirma a edição atual e avança lateralmente para a próxima célula. Neste
caso, pode-se pensar na próxima célula como o próximo campo, que e o comportamento natural de TAB, além da possibi-
lidade de utilizá-la como tabuladora, claro.
Vemos abaixo uma pequena compilação do comportamento destas teclas:

Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos outros componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são dife-
rentes, especialmente quanto a preparação do documento para a impressão.
Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, incluindo imprimir apenas uma parte específica dos dados, ou im-
primir linhas ou colunas selecionadas de cada página.

Definindo um intervalo de impressão


Para definir um intervalo de impressão, ou alterar um intervalo de impressão existente:
Selecione o conjunto de células que correspondam ao intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Definir.
As linhas de quebra de página são exibidas na tela.
Você pode verificar o intervalo de impressão utilizando Arquivo → Visualizar página. O LibreOffice exibirá apenas as
células no intervalo de impressão.

Aumentando o intervalo de impressão


Depois de definir um intervalo de impressão, é possível incluir mais células a ele. Isso permite a impressão de múltiplas
áreas separadas na mesma folha da planilha. Depois de definir um intervalo de impressão:
Selecione um conjunto de células a ser incluído ao intervalo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Adicionar. Isso adicionará as células extras ao intervalo de impressão.
As linhas de quebra de página não serão mais exibidas na tela.
O intervalo de impressão será impresso em uma página separada, mesmo que ambos os intervalos estejam na mesma
folha.

Removendo um intervalo de impressão


Pode ser necessário remover um intervalo de impressão definido anteriormente, por exemplo, se for necessário impri-
mir a página inteira mais tarde.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Remover. Isso removera todos os intervalos de impressão definidos na
folha. Feito isso, as quebras de página padrão aparecerão na tela.

134
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Editando um intervalo de impressão Você pode especificar os detalhes que serão impressos.
A qualquer tempo, é possível editar diretamente um Os detalhes incluem:
intervalo de impressão, por exemplo, removê-lo ou redi- Cabeçalhos das linhas e colunas
mensionar parte dele. Clique em Formatar → Intervalo de Grade da folha—imprime as bordas das células como
impressão → Editar. uma grade
Selecionando a ordem das páginas, detalhes e a escala Comentários—imprime os comentários definidos na
Para selecionar a ordem das páginas, detalhes e a es- sua planilha, em uma página separada, junto com a refe-
cala da impressão: rência de célula correspondente
Clique em Formatar → Pagina no menu principal Objetos e imagens
Selecione a aba Planilha Gráficos
Faça as seleções necessárias e clique em OK. Objetos de desenho
Fórmulas—imprime as fórmulas contidas nas células,
ao invés dos resultados
Valores zero—imprime as células com valor zero
Lembre-se que, uma vez que as opções de impressão
dos detalhes são partes das propriedades da página, elas
também serão parte das propriedades do estilo da página.
Portanto, diferentes estilos de páginas podem ser configu-
rados para alterar as propriedades das folhas na planilha.

Escala
Utilize as opções de escala para controlar o número
de páginas que serão impressas. Isso pode ser útil se uma
grande quantidade de dados precisa ser impressa de ma-
neira compacta, ou se você desejar que o texto seja au-
mentado para facilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os da-
dos na impressão tanto para mais, quanto para menos. Por
exemplo, se uma folha for impressa, normalmente em qua-
tro páginas (duas de altura e duas de largura), um redimen-
sionamento de 50% imprime-a em uma só página (tanto a
altura, quanto a largura, são divididas na metade).
Selecionando a ordem das páginas Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de pá-
ginas—define, exatamente, quantas páginas, a impressão
Ordem das páginas terá. Essa opção apenas reduzirá o tamanho da impressão,
Quando uma folha será impressa em mais de uma pá- mas não o aumentará. Para aumentar uma impressão, a
gina, é possível ajustar a ordem na qual as páginas serão opção Reduzir/Aumentar deve ser utilizada.
impressas. Isso é especialmente útil em documentos gran- Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altu-
des; por exemplo, controlar a ordem de impressão pode ra—define o tamanho da altura e da largura da impres-
economizar tempo de organizar o documento de uma ma- são, em páginas.
neira determinada. As duas opções disponíveis são mos-
tradas abaixo. Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas
Se uma folha for impressa em várias páginas é possível
configurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repe-
tidas em cada página impressa. Por exemplo, se as duas li-
nhas superiores de uma folha, assim como a coluna A, pre-
cisam ser impressas em todas as páginas, faça o seguinte:
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar.
Na caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as
linhas na caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas.
Por exemplo, para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4.
Isso altera automaticamente as Linhas a serem repetidas
de, - nenhum - para – definido pelo usuário-.

Ordem das páginas 2

Detalhes

135
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Imprimindo linhas ou colunas


Para repetir, digite as colunas na caixa de texto abaixo de Colunas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir a coluna
A, digite $A. Na lista de Colunas a serem repetidas, a palavra - nenhum - muda para - definido pelo usuário-.
Clique em OK.
Não é necessário selecionar todo o intervalo de linhas a serem repetidas; selecionar uma célula de cada linha também
funciona.

Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de assistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc,
onde encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecionamos as células que pertencerá determinada fun-
ção selecionada. Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedimentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o
seu resultado, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fórmulas. Veja a figura abaixo.

Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis do
LibreOffice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multiplicação, para isso clique na aba Funções e selecio-
ne MULT para a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir.

136
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Assistente de Funções 2
Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a
planilha, se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para diminuir o tamanho da caixa e em seguida selecione
a célula de D5 e depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço da célula correspondente e clique em
OK e coloque o valor em formato Moeda.

Opção Encolher.
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo.

Figura 35: Exemplo de tabela Controle de Estoque 3

Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas:

Nome da fórmula Operação Aritmética


SOMA Adição e Subtração
MULT Multiplicação
QUOCIENTE Divisão
POTÊNCIA Potenciação
RAIZ Raiz Quadrada
MÉDIA Retorna a Média de uma sequência de valores

Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas


Obs: a fórmula Quociente retorna apenas a parte inteira de uma divisão, ou seja o resultado de 9 dividido por 2 segundo essa
função é 4 e não 4,5. Neste caso é recomendado fazer a função usando os operadores aritméticos conforme o exemplo abaixo.

Nome da fórmula Operação Aritmética


Adição = D5+E 5
Subtração = D5-E 5
Multiplicação = D5*E 5
Divisão = D5/E 5
Potenciação = D5^E 5
Não há simbolo que represente essa operação aritmética
Raiz Quadrada
usamos =RAIZ( o endereço da célula desejada)

Fórmulas mais utilizadas da forma livre

137
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Funções
As funções agregam muitos recursos ao software de planilhas. Um software como o LibreOffice – Calc contém muitas
funções nativas e o usuário é livre para implementar as suas próprias funções, há de se imaginar como sendo quase ilimi-
tado o poder do usuário em estender a funcionalidade da planilha eletrônica. Exemplo de função nativa é a função SE, que
contém a seguinte sintaxe: =SE(“Condição a Ser Testada”;Valor_Então;Valor_Senão). Decodificando, se a “Condição a Ser
Testada” for verdadeira, aloque na célula atual o primeiro valor (Valor_Então); caso contrario, aloque o segundo valor da
função (Valor_Senão).
Funções I
Funções são na verdade uma maneira mais rápida de obter resultados em células. Imagine você ter que somar todos
os valores das peças de um veículo dispostos um abaixo do outro...
A1+B1+C1+D1+E1+F1...
Existem vários tipos de funções, que vão desde as mais simples até mais complexas. Iremos mostrar as mais comuns.
Basicamente, todas elas oferecem o mesmo “molde”:
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: última célula a ser calculada ) Veja a figura a seguir e depois expli-
caremos o que está sendo feito:

Tabela de Preços 1
Primeiro foi digitado =soma(), depois foi pressionado e arrastado sobre as células que farão parte da soma (B3:B7). Não
há a necessidade de fechar o parêntese, pois o Calc fará automaticamente este procedimento, mas é aconselhável que você
sempre faça isto, pois haverá funções que se não fechar dará erro.
Após selecionar as células, basta pressionar a tecla Enter.
Agora vá para a célula D3. Digite =B3*C3. Pressione a tecla Enter, que no caso você já sabe que irá calcular as células.
Selecione novamente a célula e observe que no canto inferior esquerdo da célula há um pequeno quadrado preto.
Este é a Alça de Preenchimento. Coloque o cursor sobre o mesmo, o cursor irá mudar para uma pequena cruz. Pressione e
arraste para baixo até a célula D7. Veja a figura mais adiante.
Para checar se as fórmulas calcularam corretamente, basta selecionar uma célula que contenha o resultado e pressionar
a tecla F2. Isto é bastante útil quando se quer conhecer as células que originaram o resultado.
Funções II
Vamos ver agora mais funções, bastando usar o molde abaixo e não esquecendo de colocar os acentos nos nomes das
funções.
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: última célula a ser calculada ) Média
Máxima
Mínima

138
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela de Preços 2
Funções III
Usaremos agora a função SE. Como o nome já diz, a função SE será usada quando se deseja checar algo em uma célula.
Acompanhe o molde desta função: =SE (Testar; Valor_então; De outraforma_valor; ou se outra forma: = se (eu for de carro;
então vou; se não... não vou )
Na célula E3 é para descontar R$ 2,00 para produtos com a Quantidade maior que 20. Vamos juntar as informações
para resolver esta função:
Nome da função: SE
Condição: Quantidade > 20
Valor Verdadeiro: Se a condição for verdadeira, o que deverá ser descontado R$ 2, 00 Valor Falso: Se a condição for
falsa, não deverá receber desconto.
Então a nossa função deverá ficar assim:
= se (b3>20;d3-2;d 3)
Ou seja: Se a Quantidade for maior que 20, então desconte R$ 2,00, senão mostre o valor sem desconto.

Figura 59: Tabela Demonstrativa

Classificação e filtragem de dados


Por mais que a nossa planilha seja bem organizada, geralmente nos deparamos com algum problema em relação a
ordem e a busca dos dados na tabela. Pensando nisso veremos agora algumas funções que o LibreOffice.org Calc oferece
afim de resolver esses e outros problemas de classificação e filtragem de dados.

Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados
possam ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabela e que tenha sido desenvolvida na forma de
banco de dados, ou seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe ou tipo, que deverá estar descrita no
rotulo de cada coluna.

Exemplo de tabela desenvolvida na forma de banco de dados

Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para
os numero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos
realiza o procedimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna “Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

139
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso
selecione o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente das letras, mais conhecida como
ordem alfabética. 5- Por fim clique em OK.

Tabela classificada em ordem alfabética

Classificação por até três Critérios


Podemos também classificar os dados de uma tabela utilizando-se até de três campos, onde cada campo representa
uma informação diferente, um exemplo bem básico dessa função é quando queremos classificar os produtos em ordem
alfabética, esta que realizamos anteriormente e se caso apareça produtos com o mesmo nome o critério de classificação é
valor total ou qualquer outro campo. Para exemplificar esta função vamos utilizar a tabela abaixo.

140
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela exemplo para classificação por três critérios


Agora iremos classificar a tabela nos seguintes critérios: Marca, Modelo e Valor. Para realizar esta classificação devemos
seguir os procedimentos abaixo.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecionar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que será exibida a caixa Classificar.

Classificação por três critérios.

No menu desdobrável Classificar por, selecione o rotulo “Marca”.


Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classificação na ordem crescente.
Logo abaixo temos o campo Em seguida por, selecione o rotulo “Modelo”.
Em seguida clique na opção Crescente.
Logo abaixo temos outro campo Em seguida por, selecione o rotulo “Valor total”.
Em seguida clique na opção Crescente. 9- Por fim clique em OK.
O resultado final deverá estar semelhante ao da figura abaixo.

141
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tabela após classificação por três critérios.


Opções de Classificação
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos definir algumas opções de classificação dos dados.

Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção considera diferentes as palavras que contenha as mesmas letras
porém com a forma maiúsculas e minúsculas diferentes.
O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da classificação a primeira linha ou a primeira coluna da seleção.
A opção Direção na parte inferior da caixa de diálogo define o nome e a função dessa caixa de seleção.
Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
Copiar resultados de classificação em: Copia a lista classificada no intervalo de células que você especificar. Ao ativar
esta opção
Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e, em seguida, selecione a ordem de classificação personalizada que
deseja.
Idioma: Selecione o idioma para as regras de classificação.
Opções: Selecione uma opção de classificação para o idioma. Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica” para
o alemão a fim de incluir um caractere especial “trema” na classificação.
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas), Classifica as linhas por valores nas colunas ativas do intervalo sele-
cionado. Esquerda à direita (Classificar colunas), Classifica as colunas por valores nas linhas ativas do intervalo selecionado.

Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar apenas os dados desejados de uma tabela. Existem três métodos
de filtragem: o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro avançado. Suas principais diferenças são:
Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-filtro é a de rapidamente restringir a exibição de registros com en-
tradas idênticas em um campo de dados.
Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também pode definir intervalos que contenham os valores em determina-
dos campos de dados. É possível utilizar o filtro padrão para conectar até três condições com um operador lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições e permite um total de até oito condições de filtro. Com os filtros
avançados, você insere as condições diretamente na planilha.

Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida de ser aplicada. Para uma maior compreensão desta função
aplicar o autofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste modulo. Nesta tabela execute os seguintes procedimentos:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao clica-los abra-se uma lista dos dados pertencentes a coluna, cuja a
filtragem pode ser aplicada.

142
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por
exemplo agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswagen sejam exibidos. Então clique sobre a seta
do cabeçalho “Marca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.

Lista de dados

Tabela após filtragem de dados


Note que ao final desse procedimento a tabela ocultará a linhas que não pertence a filtragem e destacará a seta do
cabeçalho utilizada como base da filtragem. Caso queira realizar outra filtragem basta desfazer a filtragem anterior e repetir
este procedimento em outro cabeçalho.

Filtro padrão
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando
é necessário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deve-
rão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Filtro padrão.

143
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando
a “Marca”, portanto devemo seleciona-la.
Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessa-
riamente numérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.

A caixa Operador serve para adicionar mais condições na filtragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo
conter no máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo abaixo para ver este exemplo na pratica.

Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o resultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.

Resultado da filtragem
Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Dados, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.
Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios em um determinado campo da planilha. Para uma boa
compreensão dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro padrão que era a seguinte: de acordo com a tabela
da figura 67, realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a serem filtrados para uma área vazia da planilha e, em segui-
da, insira os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os dados dispostos horizontalmente em uma linha
serão sempre conectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em uma coluna serão sempre conectados
logicamente com OU.

144
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cópia dos cabeçalhos da planilha


Uma vez que você criou uma matriz de filtro, selecione os intervalos de planilha a serem filtrados. Abra a caixa de diá-
logo Filtro avançado escolhendo Dados - Filtro - Filtro avançado e defina as condições do filtro.

Intervalo de critérios de filtragem


Em seguida, clique em OK e você verá que somente as linhas da planilha original nas quais o conteúdo satisfez os cri-
térios da pesquisa estarão visíveis. Todas as outras linhas estarão temporariamente ocultas e poderão reaparecer através do
comando Formatar - Linha – Mostrar ou então desfaça a filtragem.

Resultado da filtragem avançada

Teclas de atalho para planilhas


Navegar em planilhas
Teclas de atalho/Efeito
Ctrl+Home / Move o cursor para a primeira célula na planilha (A1).
Ctrl+End / Move o cursor para a última célula que contém dados na planilha.
Home / Move o cursor para a primeira célula da linha atual.
End / Move o cursor para a última célula da linha atual.
Shift+Home / Seleciona todas as células desde a atual até a primeira célula da linha.
Shift+End / Seleciona todas as células desde a atual até a última célula da linha.
Shift+Page Up / Seleciona as células desde a atual até uma página acima na coluna ou extende a seleção existente uma
página para cima.
Shift+Page Down / Seleciona as células desde a atual até uma página abaixo na coluna ou estende a seleção existente
uma página para baixo.
Ctrl+Seta para a esquerda / Move o cursor para o canto esquerdo do intervalo de dados atual. Se a coluna à esquerda
da célula que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a esquerda da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para a direita / Move o cursor para o canto direito do intervalo de dados atual. Se a coluna à direita da célula
que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a direita da próxima coluna que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto superior do intervalo de dados atual. Se a linha acima da célula que
contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para cima da próxima linha que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto inferior do intervalo de dados atual. Se a linha abaixo da célula que
contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para baixo da próxima linha que contenha dados.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ctrl+Shift+Seta / Seleciona todas as células contendo Ctrl+F2 / Abre o Assistente de funções.


dados da célula atual até o fim do intervalo contínuo das Shift+Ctrl+F2 / Move o cursor para a Linha de entrada
células de dados, na direção da seta pressionada. Um inter- onde você pode inserir uma fórmula para a célula atual.
valo de células retangular será selecionado se esse grupo de Ctrl+F3 / Abre a caixa de diálogo Definir nomes.
teclas for usado para selecionar linhas e colunas ao mesmo F4 / Mostra ou oculta o Explorador de Banco de dados.
tempo. Shift+F4 / Reorganiza as referências relativas ou absolu-
Ctrl+Page Up / Move uma planilha para a esquerda. tas (por exemplo, A1, $A$1, $A1, A$1) no campo de entrada.
Na visualização de impressão: Move para a página de F5 / Mostra ou oculta o Navegador.
impressão anterior. Shift+F5 / Rastreia dependentes.
Ctrl+Page Down / Move uma planilha para a direita. Shift+F7 / Rastreia precedentes.
Na visualização de impressão: Move para a página de Shift+Ctrl+F5 / Move o cursor da Linha de entrada para
impressão seguinte. a caixa Área da planilha.
Alt+Page Up / Move uma tela para a esquerda. F7 / Verifica a ortografia na planilha atual.
Alt+Page Down / Move uma página de tela para a di- Ctrl+F7 / Abre o Dicionário de sinônimos se a célula atual
reita. contiver texto.
Shift+Ctrl+Page Up / Adiciona a planilha anterior à se- F8 / Ativa ou desativa o modo de seleção adicional. Nes-
leção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- se modo, você pode usar as teclas de seta para estender a
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação seleção. Você também pode clicar em outra célula para es-
de teclas de atalho somente selecionará a planilha anterior. tender a seleção.
Torna atual a planilha anterior. Ctrl+F8 / Realça células que contém valores.
Shift+Ctrl+Page Down / Adiciona a próxima planilha à F9 / Recalcula as fórmulas modificadas na planilha atual.
seleção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um do- Ctrl+Shift+F9 / Recalcula todas as fórmulas em todas as
cumento de planilha forem selecionadas, esta combinação planilhas.
de teclas de atalho somente selecionará a próxima planilha. Ctrl+F9 / Atualiza o gráfico selecionado.
Torna atual a próxima planilha. F11 Abre a janela Estilos e formatação para você aplicar um
Ctrl+ * onde (*) é o sinal de multiplicação no teclado estilo de formatação ao conteúdo da célula ou à planilha atual.
numérico Shift+F11 / Cria um modelo de documento.
Seleciona o intervalo de dados que contém o cursor. Shift+Ctrl+F11 / Atualiza os modelos.
Um intervalo é um intervalo de células contíguas que con- F12 / Agrupa o intervalo de dados selecionado.
tém dados e é delimitado por linhas e colunas vazias. Ctrl+F12 / Desagrupa o intervalo de dados selecionado.
Ctrl+ / onde (/) é o sinal de divisão no teclado numérico Alt+Seta para baixo / Aumenta a altura da linha atual (so-
Seleciona o intervalo de fórmulas de matriz que contém mente no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.
o cursor. org).
Ctrl+tecla de adição / Insere células (como no menu In- Alt+Seta para cima / Diminui a altura da linha atual (somen-
serir - Células) te no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.org).
Ctrl+tecla de subtração / Exclui células (tal como no Alt+Seta para a direita / Aumenta a largura da coluna
menu Editar - Excluir células) atual.
Enter ( num intervalo selecionado) / Move o cursor uma Alt+Seta para a esquerda / Diminui a largura da coluna
célula para baixo no intervalo selecionado. Para especificar atual.
a direção do movimento do cursor, selecione Ferramentas - Alt+Shift+Tecla de seta / Otimiza a largura da coluna ou
Opções - LibreOffice Calc - Geral. o tamanho da linha com base na célula atual.
Ctrl+ ` / Exibe ou oculta as fórmulas em vez dos valores
em todas as células. Formatar células com as teclas de atalho
A tecla ` está ao lado da tecla “1” na maioria dos tecla- Os formatos de célula a seguir podem ser aplicados com
dos em Inglês. Se seu teclado não possui essa tecla, você o teclado:
pode atribuir uma outra tecla: Selecione Ferramentas - Per- Teclas de atalho / Efeito
sonalizar, clique na guia Teclado. Selecione a categoria “Exi- Ctrl+1 (não use o teclado numérico) / Abre a caixa de
bir” e a função “Exibir fórmula”. diálogo Formatar células
Ctrl+Shift+1 (não use o teclado numérico) / Duas casas
Teclas de função utilizadas em planilhas decimais, separador de milhar
Teclas de atalho / Efeito Ctrl+Shift+2 (não use o teclado numérico) / Formato ex-
Ctrl+F1 / Exibe a anotação anexada na célula atual ponencial padrão
F2 / Troca para o modo de edição e coloca o cursor no Ctrl+Shift+3 (não use o teclado numérico) / Formato de
final do conteúdo da célula atual. Pressione novamente para data padrão
sair do modo de edição. Ctrl+Shift+4 (não use o teclado numérico) / Formato
Se o cursor estiver em uma caixa de entrada de uma monetário padrão
caixa de diálogo que possui o botão Encolher, a caixa de Ctrl+Shift+5 (não use o teclado numérico) / Formato
diálogo ficará oculta e a caixa de entrada permanecerá vi- de porcentagem padrão (duas casas decimais)
sível. Pressione F2 novamente para mostrar a caixa de diá- Ctrl+Shift+6 (não use o teclado numérico) / Formato
logo inteira. padrão

146
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

LIBREOFFICE IMPRESS

O LibreOffice Impress é o editor de apresentações da família LibreOffice.org e apresenta soluções atuais para esta
finalidade.
O Impress permite criar apresentações de slides profissionais que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto,
multimídia e vários outros itens. Se desejar, você poderá importar e modificar apresentações do Microsoft PowerPoint.
O usuário poderá criar slides com complexidades variadas, indo de uma simples apresentação escolar até as mais com-
plexas apresentações profissionais. De uma forma geral, poderá ser criado e editado com o LibreOffice.org Impress:
a) Apresentações: Conjunto de slides, folhetos, anotações do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um
arquivo;
b) Slides: É a página individual da apresentação. Pode conter títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart), etc;
c) Folhetos: É uma pequena versão impressa dos slides, para distribuir entre os ouvintes.
d) Anotações do Apresentador: Anotações que o apresentador queira adicionar ao slide sem que sejam visualizadas
na apresentação.
e) Estrutura de Tópicos: É o sumário da apresentação. Aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slide.

Layout

Antes de iniciar a utilização do Impress, é interessante ter alguns conceitos básicos de informática bem fixados, como
por exemplo:
– Cursor de Ponto de Inserção: barra que indica posição dentro do documento;
– Menu: conjunto de opções (comandos) utilizados durante a tarefa, que podem dividir-se em sub-menus. As opções
podem ser acessadas pela barra de menu, barra de ferramentas e teclas de atalho; – Janela: espaço onde fica um conjunto
de configurações de um comando.
– Barra de Menu: dá acesso a menus suspensos, onde estão todas as opções (comandos) do programa;
– Barra de Ferramentas: dá acesso a um conjunto de botões com as mesmas funcionalidades da barra de menu;
– Barra de Rolagem Horizontal e Vertical: facilita a navegação na página quando o zoom de visualização excede o
tamanho da tela;
– Barra de Status: exibe na parte inferior da janela do documento alguns status de comportamento e edição do texto
no programa.

Painel de slides
O Painel de Slides contém imagens em miniaturas dos slides de sua apresentação, na ordem em que serão mostrados
(a menos que se mude a ordem de apresentação dos slides). Clicando em um slide deste painel, isto o selecione e o coloca
na Área de Trabalho. Quando um slide está na Área de Trabalho, pode-se aplicar nele as alterações desejadas.

147
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Várias operações adicionais podem ser aplicadas em um ou mais slides simultaneamente no Painel de slides:
• Adicionar novos slides para a apresentação.
• Marcar um slide como oculto para que ele não seja mostrado como parte da apresentação.
• Excluir um slide da apresentação, se ele não é mais necessário.
• Renomear um slide.
• Duplicar um slide (copiar e colar) ou movê-lo para uma posição diferente na apresentação (cortar e colar).
Também é possível realizar as seguintes operações, apesar de existirem métodos mais eficientes do que usando o Painel
de Slides:
• Alterar a transição de slides para o slide seguinte ou após cada slide em um grupo de slides.
• Alterar a sequência de slides na apresentação.
• Alterar o modelo do slide.
• Alterar a disposição do slide ou para um grupo de slides simultaneamente.

Painel de tarefas
O Painel de Tarefas tem cinco seções. Para expandir a seção que se deseja, clique no triângulo apontando para
a esquerda da legenda. Somente uma seção por vez pode ser expandida.

Páginas mestre
Aqui é definido o estilo de página para sua apresentação. O Impress contém Páginas Mestre pré-preparadas (slides
mestres). Um deles, o padrão, é branco, e os restantes possuem um plano fundo.
Layout
Os layouts pré-preparados são mostrados aqui. Você pode escolher aquele que se deseja, usálo como está ou modifi-
cá-lo conforme suas próprias necessidades. Atualmente não é possível criar layouts personalizados.

Modelos de tabela
Os estilos de tabela padrão são fornecidos neste painel. Pode-se ainda modificar a aparência de uma tabela com as
seleções para mostrar ou ocultar linhas e colunas específicas, ou aplicar uma aparência única às linhas ou colunas.

Animação personalizada
Uma variedade de animações/efeitos para elementos selecionados de um slide são listadas. A animação pode ser adi-
cionada a um slide, e também pode ser alterada ou removida posteriormente.

Transição de slide
Muitas transições estão disponíveis, incluindo Sem transição. Pode-se selecionar a velocidade de transição (lenta, média,
rápida), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher por quanto tempo o slide selecionado será mostrado.

Área de trabalho
A Área de Trabalho tem cinco guias: Normal, Estrutura de tópicos, Notas, Folheto e Classificador de slide. Estas cinco guias
são chamadas botões de Visualização. A Área de Trabalho abaixo dos botões muda dependendo da visualização escolhida.

148
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barra de status
A Barra de status, localizada na parte inferior da janela do Impress, contém informações que podem ser úteis quando
trabalhamos com uma apresentação. Ela mostra algumas informações sobre o documento e maneiras convenientes de al-
terar algumas funcionalidades. Ela é parecida, tanto no Writer, como no Calc, Impress e Draw, mas cada componente inclui
alguns itens específicos.

Canto esquerdo da barra de status no Impress

Canto direito da barra de status do Impress


Os itens da barra de status estão descritos abaixo.
Número do slide
Mostra o número do slide e o número total deles no documento. Clique duas vezes nesse campo para abrir o Nave-
gador.
Estilo do slide

Mostra o estilo atual do slide. Para editá-lo, clique duas vezes nesse campo.

Alterações não salvas

Um ícone aparece aqui se alterações feitas no documento não foram salvas.

Assinatura digital

Se o documento foi assinado digitalmente, um ícone é mostrado aqui. Você pode clicar duas vezes sobre ele para
ver o certificado.
Informação do objeto
Mostra informações importantes relativas à posição do cursor ou do elemento selecionado no documento. Clicar duas
vezes nessa área normalmente abre uma caixa de diálogo.
Zoom e proporção
Para alterar a visualização para mais perto ou mais longe, arraste o botão de Zoom, ou clique nos botões + e –, ou cli-
que com o botão direito do mouse no marcador de nível de zoom para mostrar uma lista de valores que se podem escolher
para a exibição.
Clicando duas vezes sobre o Zoom e proporção, aparece a caixa de diálogo Zoom & Visualização do Layout.

149
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Navegador Use a exibição Estrutura de tópicos para as seguintes


O Navegador exibe todos os objetos contidos em finalidades:
um documento. Ele fornece outra forma conveniente de Fazer alterações no texto de um slide :
se mover em um documento e encontrar itens neste. Para Adicione e exclua o texto em um slide assim como no
exibir o Navegador, clique no ícone na barra de ferra- modo de exibição Normal.
mentas Padrão, ou escolha Exibir → Navegador na barra de Mova os parágrafos do texto no slide selecionado para
menu, ou pressione Ctrl+Shift+F5. cima ou para baixo usando as teclas de seta para cima e
O Navegador é mais útil se se der aos slides e objetos para baixo (Mover para cima ou Mover para baixo) na barra
(figuras, planilhas, e assim por diante) nomes significativos, de ferramenta Formatação de Texto.
ao invés de deixá- los como o padrão “Slide 1” e “Slide 2” Altere o nível da Estrutura de tópicos para qualquer um
mostrado na Figura abaixo. dos parágrafos em um slide usando as teclas seta esquerda
e direita (Promover ou Rebaixar).
Move um parágrafo e altera o seu nível de estrutura de
tópicos usando a combinação destas quatro teclas de seta.
Comparar os slides com sua estrutura (se tiver prepa-
rado uma antecipadamente). Observe a partir do seu es-
quema que outros slides são necessários, pode-se criá-los
diretamente na exibição Estrutura de tópicos ou pode-se
voltar ao modo de exibição normal para criá-lo.

Exibição Notas
Use a exibição Notas para adicionar notas para um sli-
de.
Clique na guia Notas na Área de trabalho.
Selecione o slide ao qual se deseja adicionar notas.
Clique o slide no painel Slides, ou Duplo clique no
nome do slide no Navegador.
Na caixa de texto abaixo do slide, clique sobre as pala-
vras Clique para adicionar notas e comece a digitar.
Exibições da área de trabalho
Cada uma das exibições da área de trabalho é pro- Pode-se redimensionar a caixa de texto de Notas uti-
jetada para facilitar a realização de determinadas tarefas; lizando as alças de redimensionamento verdes que apare-
portanto, é útil se familiarizar com elas, a fim de se realizar cem quando se clica na borda da caixa. Pode-se também
rapidamente estas tarefas. mover a caixa colocando o cursor na borda, então clicando
A exibição Normal é a principal exibição para trabalhar- e arrastando. Para fazer alterações no estilo de texto, pres-
mos com slides individuais. Use esta exibição para projetar sione a tecla F11 para abrir a janela Estilos e formatação.
e formatar e adicionar texto, gráficos, e efeitos de anima-
ção.
Para colocar um slide na área de projeto (Exibição nor-
mal), clique na miniatura do slide no Painel de slides ou
clique duas vezes no Navegador.

Exibição estrutura de tópicos


A visualização Estrutura de tópicos contém todos os
slides da apresentação em sua sequência numerada. Mos-
tra tópico dos títulos, lista de marcadores e lista de nu-
meração para cada slide no formato estrutura de tópicos.
Apenas o texto contido na caixa de texto padrão em cada
slide é mostrado, portanto se o seu slide inclui outras cai-
xas de texto ou objetos de desenho, o texto nesses objetos
não é exibido. Nome de slides também não são incluídos.

150
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exibição Folheto Exibição classificador de slides


A exibição Folheto é para configurar o layout de seu A exibição Classificador de slides contém todas as mi-
slide para uma impressão em folheto. Clique na guia Fo- niaturas dos slides. Use esta exibição para trabalhar com
lheto na Área de trabalho, então escolha Layouts no painel um grupo de slides ou com apenas um slide.
de Tarefas. Pode-se então optar por imprimir 1,2,3,4,6 ou 9
slides por página

Personalizando a exibição classificador de slides

Para alterar o número de slides por linha:


Escolha Exibir → Barra de ferramentas → Exibição de sli-
des para fazer a barra de ferramenta Exibição de slide visível.

Use esta exibição também para personalizar as infor-


mações impressas no folheto.
Selecione a partir do menu Inserir → Número da pagi- Ajuste o número de slides (até um máximo de 15).
na ou Inserir → Data e hora e na caixa de diálogo que abre,
e clique na guia Notas e Folheto. Use esta caixa de diálogo Movendo um slide usando o Classificador de slide
para selecionar os elementos que se deseja para aparecer Para mover um slide em um apresentação no Classifi-
em cada página do folheto e seus conteúdos. cador de slides:
1) Clique no slide. Uma borda grossa e preta é dese-
nhada em torno dele. 2) Arraste-o e solte-o no local de-
sejado.
Conforme o slide se move, uma linha vertical preta
aparece para um lado do slide.
Arraste o slide até que esta linha vertical preta esteja
localizada onde deseja-se que o slide seja movido.

Selecionando e movendo grupos de slides


Para selecionar um grupo de slides, use um destes mé-
todos:
Use a tecla Ctrl: Clique no primeiro slide e, mantendo a
tecla Ctrl pressionada, selecione os outros slides desejados.
Use a tecla Shift: Clique no primeiro slide e, enquanto
pressiona a tecla Shift, clique no slide final do grupo. Isto
seleciona todos os slides entre o primeiro e o último.
Use o mouse: Clique ligeiramente à esquerda do pri-
meiro slide a ser selecionado.
Mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e
arraste o ponteiro do mouse para o ponto um pouco à di-
reita do último slide a ser incluído. (Pode-se também fazer
isto da direita para a esquerda) Um contorno tracejado re-
tangular se forma enquanto arrasta-se o cursor através das
miniaturas dos slides e uma borda é desenhada em torno
de cada slide selecionado. Certifique-se de que o retângulo
incluiu todos os slides desejados para a seleção.

Para mover um grupo de slides:


Selecione o grupo.
Arraste e solte o grupo para sua nova localização. Um
linha vertical preta aparece para mostrar para onde o gru-
po de slides será movido.

151
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Trabalhando na exibição Classificador de slides Clique em Próximo. A Figura seguinte mostra o passo 2 do
Pode-se trabalhar com slides na exibição Classificador Assistente de Apresentação como aparece ao selecionar Apre-
de slides assim como se trabalha no Painel de slides. sentação vazia no passo 1. Se selecionar A partir do modelo,
Para fazer alterações, clique com o botão direito do um slide de exemplo é mostrado na caixa de visualização.
mouse em um slide e escolha qualquer uma das seguintes
opções do menu suspenso:
Adicionar um novo slide após o slide selecionado.
Renomear ou excluir o slide selecionado.
Alterar o layout do slide.
Alterar a transição do slide.
– Para um slide, clique no slide para selecioná-lo e en-
tão adicione a transição desejada.
– Para mais de um slide, selecione o grupo de slides e
adicione a transição desejada.
Marcar um slide como oculto. Slides ocultos não serão
mostrados na exibição de slides.
Copiar ou cortar e colar um slide.

Renomeando slides

Clique com o botão direito do mouse em uma miniatura


no Painel de slides ou o Classificador de slides e escolha Re- Escolha um modelo em Selecione um modelo de slide.
nomear slide no menu suspenso. No campo Nome, apague o A seção modelo de slide oferece duas escolhas principais:
nome antigo do slide e digite o novo nome. Clique OK. Planos de fundo para apresentação e Apresentações.
Cada uma tem uma lista de escolhas para modelos de
Criando uma nova apresentação através do assis- slide. Se quiser usar um desses que não seja < Original>,
tente clique nele para selecioná-lo.
• Os tipos de Planos de fundo para apresentação
Para acessar o assistente devemos ir até o menu Arquivo são mostrados na Figura acima. Clicando em um item, tere-
/ Assistentes / Apresentação, que ira exibir a seguinte tela: mos uma visualização do modelo de slide na janela Visua-
lização.
• < Original> é para um projeto em branco na apre-
sentação de slides.
Selecione como a apresentação será usada em Sele-
cione uma mídia de saída. Na maioria das vezes, as apre-
sentações são criadas para exibição na tela do computador.
Selecione Tela. Pode-se alterar o formato da página a qual-
quer momento.
Obs.: A página de Tela é otimizada para uma exibição
de 4:3 (28 cm x 21 cm) por isso não é apropriado para os
modernos monitores widescreen. Pode-se alterar o tama-
nho do slide a qualquer momento, mudando para visão
Normal e selecionando Formatar → Página.
Clique em Próximo e o passo 3 do Assistente de apre-
sentação é aberto.

Deixe a opção Visualizar selecionada para que mode-


los, apresentação de slides e transições de slides apareçam
na caixa de visualização ao selecioná-los.
• Selecione Apresentação vazia em Tipo. Ele cria
uma apresentação a partir do zero.
• A partir do modelo usa um modelo já criado como
base para uma nova apresentação. O Assistente muda para
mostrar uma lista de modelos disponíveis. Escolha o mo-
delo que se deseja.
• Abrir uma apresentação existente continua tra-
balhando em uma apresentação criada anteriormente. O
Assistente muda para mostrar uma lista de apresentações
existentes. Escolha a apresentação que se deseja.

152
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Escolha a transição de slides no menu suspenso Efeito. Pode-se escolher o tipo de conteúdo clicando no ícone
• Selecione a velocidade desejada para a transição correspondente que é exibido no meio da caixa de con-
entre os diferentes slides na apresentação no menu sus- teúdo, como mostrado na Figura abaixo. Para texto, basta
penso. Velocidade. Média e uma boa escolha no momento. clicar no local indicado na caixa para se obter o cursor.
Clique Criar. Uma nova apresentação é criada.

Formatando uma apresentação


A nova apresentação contém somente um slide em
branco. Nesta seção vamos iniciar a adição de novos slides
e prepará-los para o conteúdo pretendido.

Inserindo slides
Isto pode ser feito de várias maneiras, faça a sua es-
colha:
• Inserir → Slide.
• Botão direito do mouse no slide atual e selecione
Slide → Novo slide no menu suspenso.
• Clique no ícone Slide na barra de ferramenta Apre-
sentação.
Às vezes, ao invés de partir de um novo slide se deseja
duplicar um slide que já está inserido. Para fazer isso, sele-
cione o slide que se deseja duplicar no painel de Slides e
escolha Inserir → Duplicar slide.
Para selecionar ou alterar o layout, coloque o slide na
Selecionando um layout Área de trabalho e selecione o layout desejado da gaveta
No painel de Tarefas, selecione a aba Layouts para exi- de layout no Painel de tarefas.
Se tivermos selecionado um layout com uma ou mais
bir os layouts disponíveis. O Layout difere no número de
caixas de conteúdo, este é um bom momento para decidir
elementos que um slide irá conter, que vai desde o slide
qual tipo de conteúdo se deseja inserir.
vazio (slide branco) ao slide com 6 caixas de conteúdo e um
título (Título, 6 conteúdos).
Modificando os elementos de slide
Atualmente cada slide irá conter os elementos que es-
tão presentes no slide mestre que se está usando, como
imagens de fundo, logos, cabeçalho, rodapé, e assim por
diante. No entanto, é improvável que o layout pré-definido
irá atender todas as suas necessidades. Embora o Impress
não tenha a funcionalidade para criar novos layouts, ele
nos permite redimensionar e mover os elementos do la-
yout. Também é possível adicionar elementos de slides sem
ser limitado ao tamanho e posição das caixas de layout.
Para redimensionar uma caixa de conteúdo, clique so-
bre o quadro externo para que as 8 alças de redimensiona-
mento sejam mostradas. Para movê-la coloque o cursor do
mouse no quadro para que o cursor mude de forma. Pode-
se agora clicar com o botão esquerdo do mouse e arrastar
a caixa de conteúdos para uma nova posição no slide.
Nesta etapa pode-se também querer remover quadros
indesejados. Para fazer isto:
Clique no elemento para realçá-lo. (As alças de redi-
mensionamento verdes mostram o que é realçado).
Pressione a tecla Delete para removê-lo.

O Slide de título (que também contém uma seção para Adicionando texto a um slide
um subtítulo) ou Somente título são layouts adequados Se o slide contém texto, clique em Clique aqui para
para o primeiro slide, enquanto que para a maioria dos sli- adicionar um texto no quadro de texto e então digite o
des se usará provavelmente o layout Título, conteúdo. texto. O estilo Estrutura de esboço 1:10 é automaticamente
Vários layouts contém uma ou mais caixas de conteú- aplicado ao texto conforme o que insere. Pode-se alterar o
do. Cada uma dessas caixas pode ser configurada para nível da Estrutura de cada parágrafo assim como sua posi-
conter um dos seguintes elementos: Texto, Filme, Imagem, ção dentro do texto usando os botões de seta na barra de
Gráfico ou Tabela. ferramenta Formatação de texto.

153
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Modificando a aparência de todos os slides Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto
Para alterar o fundo e outras características de todos no slide. Não se preocupe com o tamanho e posição ver-
os slides em uma apresentação, é melhor modificar o slide tical; a caixa de texto irá expandir se necessário enquanto
mestre ou escolher um slide mestre diferente como expli- se digita.
cado na seção Trabalhando com slide mestre e estilos na Solte o botão do mouse quando terminar. O cursor apa-
página 28. rece na caixa de texto, que agora está no modo de edição.
Se tudo que se necessita fazer é alterar o fundo, pode- Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
se tomar um atalho: Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la.
1. Selecione Formatar → Página e vá para a aba Plano Pode-se mover, redimensionar e excluir caixas de texto.
de fundo.
2. Selecione o plano de fundo desejado entre cor só- Adicionando imagens, tabelas, gráficos e filme
lida, gradiente, hachura e bitmap. Como foi visto, além de texto uma caixa pode conter
3. Clique OK para aplicá-lo. também imagens, tabelas, gráficos ou filme. Esta seção for-
Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o fun- nece uma visão rápida de como trabalhar estes objetos.
do deve ser aplicado para todos os slides. Se clicar em sim,
o Impress irá modificar automaticamente o slide mestre.

Modificando a apresentação de slides


Por padrão a apresentação de slides irá mostrar todos
os slides na mesma ordem em que aparecem na apresenta-
ção, sem qualquer transição entre os slides, e precisa-se do
teclado ou da interação com o mouse para mover de um
Adicionando imagens
slide para o próximo.
Para adicionar uma imagem a uma caixa de conteúdo:
Pode-se usar o menu apresentação de slides para al- Clique no ícone Inserir imagem.
terar a ordem dos slides, escolher quais serão mostrados, Use o navegador de arquivos para selecionar o arquivo
automaticamente mover de um slide para outro e outras de imagem que se quer incluir. Para ver uma pré-visuali-
configurações. Para alterar a transição, animação de slides, zação da imagem, selecione Visualizar na parte inferior da
adicionar uma trilha sonora na apresentação e fazer outras caixa de diálogo Inserir imagem.
melhorias, necessita-se o uso de funções do Painel de ta- Clique Abrir.
refas. A imagem será redimensionada para preencher a área
da caixa de conteúdo. Siga as instruções da nota abaixo e
Adicionando e formatando texto cuidado quando redimensioná-la a mão.
Muitos dos slides podem conter algum texto. Esta se-
ção lhe dá algumas orientações de como adicionar texto e Adicionando tabelas
alterar sua aparência. O texto em um slide está contido em Para a exibição de dados tabulares, pode-se inserir
caixas de texto. tabelas básicas diretamente nos slides escolhendo o tipo
Há dois tipos de caixas de texto que pode-se adicionar de conteúdos na Tabela. Também é possível adicionar uma
a um slide: tabela fora da caixa de conteúdo de uma série de formas:
Escolha de um layout pré-definido na seção Layouts Escolha Inserir → Tabela na barra de menu.
no Painel de tarefas e não selecionar qualquer tipo de con- Com o botão Tabela na barra de ferramenta Principal
teúdo especial. Estas caixas de texto são chamadas texto
Layout automático . Com o botão Modelos de tabela na barra de ferramen-
Criar uma caixa de texto usando a ferramenta texto na ta tabela.
barra de ferramenta Desenho.
Selecione uma opção de estilo na seção Modelos de
Usando caixas de texto criadas a partir do painel Layouts tabela do painel de Tarefas.
Na exibição Normal: Cada método abre a caixa de diálogo Inserir tabela. Al-
ternativamente, clicando na seta preta ao lado do botão
Clique na caixa de texto que se lê Clique para adicio-
Tabela mostra um gráfico que pode-se arrastar e selecionar
nar texto, Clique para adicionar o título, ou uma notação
o número de linhas e colunas para a tabela.
similar.
Com a tabela selecionada, a barra de ferramentas Ta-
Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
bela deve aparecer. Se não, pode-se acessá-la selecionando
Exibir → Barra de ferramentas → Tabela. A barra de ferra-
Usando caixa de texto criadas a partir da ferramen- mentas Tabela oferece muito dos mesmos botões como a
ta caixa de texto Na exibição Normal: barra de ferramentas Tabela no Writer, com a exceção de
Clique no ícone na barra de ferramenta Desenho. funções como Classificar e Soma para realização de cálcu-
Se a barra de ferramenta com o ícone texto não é visível, los. Para estas funções, é preciso usar uma planilha do Calc
escolha Exibir → Barra de ferramentas → Desenho. inserida (discutido abaixo).

154
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Depois que a tabela é criada, pode-se modificá-la de Trabalhando com slide mestre e estilos
forma semelhante ao que se faria em uma tabela no Writer: Um slide mestre é um slide que é usado como ponto
adicionando e excluindo linhas e colunas, ajustando largura de partida para outros slides. É semelhante a página de
e espaçamento, adicionando bordas, cores de fundo, etc... estilos no Writer: controla a formatação básica de todos os
Modificando o estilo da tabela a partir da seção Modelos slides baseados nele. Uma apresentação de slides pode ter
de tabela no painel de Tarefas, pode-se alterar rapidamente a mais de um slide mestre. O slide mestre também pode ser
aparência da tabela ou quaisquer tabelas recém-criadas com chamado de slide principal ou página mestre.
base nas opções de estilo que se selecionou. Pode-se esco- Um slide mestre tem um conjunto definido de caracte-
lher optar por dar enfase ao cabeçalho e as linhas de totais, rísticas, incluindo a cor de fundo, gráfico, ou gradiente; ob-
bem como a primeira e a ultima colunas da tabela, e aplicar jetos (como logotipos, linhas decorativas e outros gráficos)
uma faixa aparecendo nas linhas e colunas. no fundo; cabeçalhos e rodapés; localização e tamanho dos
Tendo concluído o modelo da tabela, inserir dados den- quadros de texto; e a formatação do texto.
tro das células é semelhante a trabalhar com objetos caixa
de texto. Clique na célula que se deseja adicionar dados, e Estilos
comece a digitar. Para se deslocar rapidamente nas células, Todas as características de slide mestre são controladas
use as seguintes opções de teclas: por estilos. Os estilos de qualquer novo slide que se crie
As teclas Seta move o cursor para a próxima célula da são herdados do slide mestre do qual ele foi criado. Em
tabela se a célula está vazia, caso contrário, elas movem o outras palavras, o estilo do slide mestre estão disponíveis
cursor para o próximo caractere na célula. e aplicados a todos os slides criados a partir desse slide
A tecla Tab move para a próxima célula, pulando sobre o mestre. Alterando um estilo em um slide mestre resulta em
conteúdo da célula; Shift+Tab move para trás pulando para o mudança para todos os slides com base nesse slide mestre,
início do conteúdo se houver. mas pode-se modificar slides individualmente sem afetar o
slide mestre.
Adicionando gráficos O slide mestre tem dois tipos de estilos associados a
Para inserir um gráfico em um slide pode-se usar o recurso In-
ele: estilos de apresentação e estilos gráficos. Os estilos de
serir gráfico ou selecionar gráfico como tipo de uma caixa de con-
apresentação pré-configurados não podem ser modifica-
teúdo. Em ambos os casos o Impress irá inserir um gráfico padrão.
dos mas novos estilos de apresentação podem ser criados.
No caso de estilos gráficos, pode-se modificar os préconfi-
Adicionando clips de mídia
gurados e também criar novos.
Pode-se inserir vários tipos de músicas e clips de filme
Estilos de apresentação afetam três elementos de um
em seu slide selecionando o botão Inserir filme em uma caixa
de conteúdo vazia. Um reprodutor de mídia será aberto na slide mestre: o plano de fundo, fundo dos objetos (como
parte inferior da tela, o filme será aberto no fundo da tela e ícones, linhas decorativas e quadro de texto) e o texto co-
pode-se ter uma visualização da mídia. No caso de um arqui- locado no slide. Estilos de texto são subdivididos em No-
vo de áudio, a caixa de conteúdo será preenchida com uma tas, Alinhamento 1 ate Alinhamento 9, Subtítulo, e Título.
imagem de alto falante. Os estilos de alinhamento são usados para os diferentes
níveis de alinhamento a que pertencem. Por exemplo, Ali-
Adicionando gráficos, planilhas, e outros objetos nhamento 2 é usado para os subpontos do Alinhamento
Gráficos tais como formas, textos explicativos, setas, etc... 1, e Alinhamento 3 e usado para os subpontos do Alinha-
são muitas vezes úteis para complementar o texto em um mento 2.
slide. Estes objetos são tratados da mesma forma como um Estilos gráficos afetam muitos dos elementos de um
gráfico no Draw. slide. Repare que estilos de texto existem tanto na seleção
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das do estilo de apresentação como no estilo gráfico.
funcionalidades de planilhas no Calc e, portanto, capaz de
realizar cálculos extremamente complexos e análise de da- Slides mestres
dos. Se houver necessidade de analisar seus próprios dados O Impress vem com vários slides mestres pré-configu-
ou aplicar fórmulas, essas operações podem ser melhor exe- rados. Eles são mostrados na seção
cutadas em uma planilha Calc e os resultados mostrados em Páginas mestre no painel de Tarefas. Esta seção tem
uma planilha incorporada no Impress ou ainda melhor em três subseções: Utilizadas nesta apresentação, Recém utili-
uma tabela Impress nativa. zadas e Disponível para utilização. Clique no sinal + ao lado
Alternativamente, escolha Inserir → Objeto → Objeto OLE do nome de uma subseção para expandi-la para mostrar
na barra de menu. Isso abre uma planilha no meio do slide miniaturas dos slides, ou clique o sinal – para esconder as
e o menu e as barras de ferramentas mudam para os utiliza- miniaturas.
dos no Calc para que se possa começar a adicionar os dados, Cada um dos slides mestres mostrados na lista Dispo-
embora talvez seja necessário redimensionar a área visível no nível para utilização é de um modelo de mesmo nome. Se
slide. Pode-se também inserir uma planilha já existente e usar tivermos criado nossos próprios modelos, ou adicionado
o visor para selecionar os dados que se deseja exibir no slide. modelos de outras fontes, os slides mestres a partir destes
O Impress oferece a capacidade de inserir em um sli- modelos também aparecem nesta lista.
de vários outros tipos de objetos como documentos Writer,
Fórmulas matemáticas, ou mesmo uma outra apresentação.

155
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicando um slide mestre


No Painel de tarefas, certifique-se de que a seção Pági-
nas mestre é mostrada.
Para aplicar um dos slides mestre para todos os slides de
sua apresentação, clique sobre ele na lista.
Para aplicar um slide mestre diferente para um ou mais
slides selecionados:
No Painel de slides, selecione o slide que se deseja al-
terar.
No Painel de tarefas, com o botão direito do mouse no
slide mestre que se deseja aplicar aos slides selecionados,
e clique Aplicar aos slides selecionados no menu suspenso.

Adicionando comentários a uma apresentação


O Impress suporta comentários semelhantes ao do Wri-
ter e Calc.
No modo de exibição Normal, escolha Inserir → Anota-
ção da barra de menu. Uma pequena caixa contendo suas
iniciais aparece no canto superior esquerdo do slide, com
uma caixa de texto maior ao lado. O Impress adiciona auto-
maticamente seu nome (se preenchido em Dados do usuá-
rio conforme dica acima) e a data atual na parte inferior da
caixa de texto.

Criando um slide mestre


Criar um novo slide mestre é semelhante ao modificar
o slide mestre padrão. Para começar, permita a edição de
slides mestres em Exibir → Mestre → Slide mestre.

Digite ou cole o seu comentário na caixa de texto. Op-


cionalmente, pode-se aplicar alguma formatação básica para
partes do texto selecionando-o, botão direito do mouse, e
escolhendo no menu suspenso. (A partir deste menu, pode-
se também excluir a anotação atual, todas as anotações do
Na barra de ferramenta Exibição mestre, clique no íco- mesmo autor, ou todas as anotações no documento).
ne Novo mestre. Pode-se mover os marcadores pequenos dos comentá-
Um segundo slide mestre aparece no Painel de slides. rios para qualquer lugar que se deseje na página. Normal-
Modifique este slide mestre para atender suas necessida- mente, pode-se colocá-lo em ou perto de um objeto a que
des. Também é recomendável renomear este novo slide se refere no comentário.
mestre: clique com o botão direito do mouse no slide no Para mostrar ou ocultar os marcadores de anotação, es-
Painel de slides e selecione Renomear mestre no menu sus- colha Exibir → Anotações.
penso. Selecione Ferramentas → Opções → LibreOffice → Da-
Quando terminar, feche a barra de ferramenta Exibi- dos do usuário para configurar o nome que se deseja para
ção mestre para retornar para o modo de edição de slide aparecer no campo Autor da anotação, ou mudá-lo.
normal. Se mais de uma pessoa edita o documento, a cada autor
é automaticamente atribuída uma cor de fundo diferente.

156
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configurando a apresentação de slide Executando a apresentação de slides


Impress aloca configurações padrão para apresenta- Para executar a apresentação de slides, execute um
ção de slide, enquanto ao mesmo tempo permite a per- dos seguintes comandos:
sonalização de vários aspectos da experiência para apre- Clique Apresentação de slides → Apresentação de sli-
sentação de slide. des.
A maioria das tarefas são melhor realizadas tendo em Clique no botão Apresentação de slides na barra de
exibição classificador de slide onde pode-se ver a maioria ferramenta Apresentação.
dos slides simultaneamente. Escolha Exibir → Classificador
de slide na barra de menu ou clique na guia Classificador
de slide na parte superior da área de trabalho.

Um conjunto de slides – várias apresentações


Em muitas situações, pode-se achar que se tenha sli-
des mais do que o tempo disponível para apresentá-los
ou pode-se querer dar uma visão rápida sem se deter Pressione F5 ou F9 no teclado.
em detalhes. Ao invés de ter que criar uma nova apre- Se a transição de slides é Automaticamente após x se-
sentação; pode-se usar duas ferramentas que o Impress gundos. Deixe a apresentação de slides executar por si só.
oferece: slides escondidos e apresentação de slide per- Se a transição de slides é Ao clique do mouse, escolha
sonalizada. uma das seguintes opções para se mover de um slide para
Para ocultar um slide, clique com o botão direito do o outro:
mouse sobre a miniatura do slide senão na área de traba- Use as teclas setas do teclado para ir para o próximo
lho se se estiver usando a exibição classificador de slide slide ou voltar ao anterior.
e escolha Ocultar slide no menu suspenso. Slides ocultos Clique com o mouse para mover para o próximo slide.
são marcados por hachuras no slide. Pressione a barra de espaço para avançar para o pró-
Se deseja reordenar a apresentação, escolha Apresen- ximo slide.
tação de slides → Apresentação de slides personalizada. Use o botão direito do mouse em qualquer lugar na
tela para abrir um menu a partir do qual se pode navegar
Clique no botão Nova para criar uma nova sequência de
os slides e definir outras opções.
slides e salvá-lo.
Para sair da apresentação de slide a qualquer momen-
Pode-se ter muitas apresentações de slides como se
to, inclusive no final, pressione a tecla Esc.
quer a partir de um conjunto de slides.
Mostrar uma apresentação de slides automática (modo
Transições de slide
quiosque)
Transição de slide é a animação que é reproduzida
Para uma mudança automática para o próximo slide,
quando um slide for alterado. Pode-se configurar a tran-
você deve atribuir uma transição de slides para cada slide.
sição de slide a partir da aba Transição de slides no painel No painel de Tarefas, clique em Transição de slides
de Tarefas. Selecione a transição desejada, a velocidade para abri-la.
da animação, e se a transição deve acontecer quando se Na área Avançar slide, clique em Automaticamente
clica com o mouse (de preferência) ou automaticamente após, e selecione o tempo de duração.
depois de um determinado número de segundos. Clique Clique em Aplicar para todos os slides.
Aplicar a todos os slides, a menos que prefira ter diferen- Você pode aplicar um tempo diferente para cada slide
tes transições na apresentação. para avançar para o próximo. A função de ensaio crono-
metrado poderá auxiliá-lo no sincronismo correto.
Avançar slides automaticamente Para avançar para o primeiro slide, após todos os sli-
Pode-se configurar a apresentação para avançar auto- des terem sido exibidos, você deverá configurar a apre-
maticamente para o próximo slide após um determinado sentação de slides com repetição automática.
período de tempo (por exemplo na forma de quiosque
ou carrocel) a partir do menu Apresentação de slide → Escolha Apresentação de slides - Configurações da
Configurações da apresentação de slides ou para avançar apresentação de slides.
automaticamente após um período preestabelecido de Na área Tipo, clique em Automático e selecione o
tempo diferente para cada slide. Para configurar este últi- tempo de espera entre as apresentações.
mo, escolha Apresentação de slide → Cronometrar. Quan- Quando criar uma nova apresentação de slides uti-
do usamos esta ferramenta, um temporizador de peque- lizando o Assistente de apresentação, você poderá sele-
no porte é exibido no canto inferior esquerdo. Quando cionar a duração e o tempo de espera de cada slide, na
estiver pronto para avançar para o próximo slide, clique terceira página do assistente.
no temporizador. O Impress vai memorizar os intervalos
e na próxima apresentação dos slides, estes irão avançar
automaticamente após o tempo expirar.

157
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para aplicar um efeito de transição a um slide Teclas de atalho no LibreOffice Impress


Na exibição Normal, selecione o slide ao qual você
deseja adicionar efeito de transição. Teclas de função para o LibreOffice Impress
No painel de Tarefas, clique em Transição de slides. Teclas de atalho/Efeito
Selecione uma transição de slides na lista. F2 / Editar o texto.
Você pode visualizar o efeito de transição na janela do F3 / Entrar no grupo
documento. Ctrl+F3 / Sair do grupo
Shift+F3 / Duplicar
F4 / Posição e tamanho
F5 / Exibir apresentação de slides.
Ctrl+Shift+F5 / Navegador
F7 / Verificação ortográfica
Ctrl+F7 / Dicionário de sinônimos
F8 / Editar pontos.
Ctrl+Shift+F8 / Ajustar o texto ao quadro.
F11 / Estilos e formatação

Teclas de atalho em apresentações de slides


Teclas de atalho / Efeito
Esc / Finalizar a apresentação.
Barra de espaço ou seta para direita ou seta para bai-
xo ou Page Down ou Enter ou Return ou N / Reproduzir
o próximo efeito (se houver, caso contrário ir para o pró-
ximo slide).
Alt+Page Down / Ir para o próximo slide sem repro-
duzir os efeitos.
[número] + Enter / Digite o número de um slide e
pressione Enter para ir para o slide.
Seta para a esquerda ou seta para cima ou Page Up
ou Backspace ou P / Reproduz o efeito anterior novamen-
te. Se não houver efeito anterior nesse slide, exibir slide
anterior.
Alt+Page Up / Ir para o slide anterior sem reproduzir
os efeitos.
Home / Saltar para o último slide da apresentação.
End / Saltar para o último slide da apresentação.
No painel de slides, um Fade effect indicator.png ícone Ctrl+ Page Up / Ir para o slide anterior.
aparece perto da visualização dos slides, indicando que há Ctrl+ Page Down / Ir para o próximo slide.
uma transição de slide. Ao passar a apresentação com a con- B ou . / Exibir tela em preto até o próximo evento de
sole do apresentador, um Presenterscreen-Transition.png tecla ou da roda do mouse.
ícone indicará que o próximo slide possui uma transição.
W ou , / Exibir tela em branco até o próximo evento
Para aplicar o mesmo efeito de transição a mais de um
de tecla ou da roda do mouse.
slide
Na exibição Classificador de slides, selecione os slides
Teclas de atalho na exibição normal
os quais você deseja adicionar efeitos.
Teclas de atalho / Efeito
Se desejar, você pode utilizar a barra de ferramentas Tecla de adição (+) / Mais zoom.
Zoom Ícone para alterar a ampliação da exibição dos slides. Tecla de subtração (-) / Menos zoom.
No painel Tarefas, clique em Transição de slides. Tecla de multiplicação (×) (teclado numérico) / Ajustar
Selecione uma transição de slides na lista. a página à janela.
Para visualizar o efeito de transição de um slide, clique Tecla de divisão(÷) (teclado numérico) / Aplicar mais
no ícone pequeno abaixo do slide no Painel de slides. zoom na seleção atual.
Shift+Ctrl+G / Agrupar os objetos selecionados.
Para remover um efeito de transição Shift+Ctrl+Alt+A / Desagrupar o grupo selecionado.
Na exibição Classificador de slides, selecione os slides Ctrl+ clique / Entre em um grupo para que você pos-
os quais você deseja remover os efeitos de transição. sa editar os objetos individuais do grupo. Clique fora do
Escolha Sem transição na caixa de listagem no painel grupo para retornar à exibição normal.
Tarefas. Shift+Ctrl+ K / Combinar os objetos selecionados.

158
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Shift+Ctrl+ K / Dividir o objeto selecionado. Essa Ctrl+Backspace / Exclui o texto até o início da palavra
combinação funcionará apenas em um objeto que tenha Numa lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pa-
sido criado pela combinação de dois ou mais objetos. rágrafo atual
Ctrl+ tecla de adição /Trazer para a frente. Ctrl+Shift+Del / Exclui o texto até ao final da frase
Shift+Ctrl + tecla mais /Trazer para frente. Ctrl+Shift+Backspace / Exclui o texto até o início da
Ctrl + tecla menos Enviar para trás. frase
Shift+Ctrl + tecla menos / Enviar para o fundo.
Teclas de atalho no LibreOffice Impress
Teclas de atalho ao editar texto Teclas de atalho / Efeito
Teclas de atalho /Efeito Tecla de seta / Move o objeto selecionado ou a exibi-
Ctrl+Hífen(-) / Hifens personalizados; hifenização defi- ção da página na direção da seta.
nida pelo usuário. Ctrl+ tecla Seta / Mover pela exibição da página.
Ctrl+Shift+Sinal de menos (-) / Traço incondicional Shift + arrastar / Limita o movimento do objeto sele-
(não utilizado na hifenização) cionado no sentido horizontal ou vertical.
Ctrl+Shift+Barra de espaços / Espaços incondicionais. Ctrl+ arrastar (com a opção Copiar ao mover ativa) /
Os espaços incondicionais não são utilizados na hifeniza- Mantenha pressionada a tecla Ctrl e arraste um objeto para
ção e não se expandem se o texto estiver justificado. criar um cópia desse objeto.
Shift+Enter / Quebra de linha sem mudança de pará- Tecla Alt / Mantenha pressionada a tecla Alt para de-
grafo senhar ou redimensionar objetos arrastando do centro do
Seta para a esquerda / Move o cursor para a esquerda objeto para fora.
Shift+Seta para esquerda / Mover cursor com seleção Tecla Alt+clique / Selecionar o objeto que está atrás do
para a esquerda objeto atualmente selecionado.
Ctrl+Seta para a esquerda / Ir para o início da palavra Alt+Shift+clique / Selecionar o objeto que está na
Ctrl+Shift+Seta para a esquerda / Selecionar palavra a frente do objeto atualmente selecionado.
palavra para a esquerda Shift+clique / Seleciona os itens adjacentes ou um tre-
Seta para a direita / Move o cursor para a direita cho de texto. Clique no início de uma seleção, vá para o fim
Shift+Seta para a direita / Move o cursor com seleção da seleção e mantenha pressionada a tecla Shift enquanto
para a direita clica.
Ctrl+Seta para a direita / Ir para o início da palavra se- Shift+arrastar (ao redimensionar) / Mantenha pressio-
guinte nada a tecla Shift enquanto arrasta um objeto para redi-
Ctrl+Shift+Seta para a direita / Seleciona palavra a pa- mensioná-lo mantendo suas proporções.
lavra para a direita Tecla Tab / Selecionar os objetos na ordem em que fo-
Seta para cima / Move o cursor para cima uma linha ram criados.
Shift+Seta para cima / Seleciona linhas para cima Shift+Tab / Selecionar objetos na ordem inversa em
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o início do que foram criados.
parágrafo anterior Escape / Sair do modo atual.
Ctrl+Shift+Seta para cima / Seleciona até ao inicio do Enter / Ativa um objeto de espaço reservado em uma
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até o início do pa- nova apresentação (somente se o quadro estiver selecio-
rágrafo anterior nado).
Seta para baixo / Move o cursor para baixo uma linha Ctrl+Enter / Move para o próximo objeto de texto no
Shift+Seta para baixo / Seleciona linhas para baixo slide.
Ctrl+Seta para baixo / Move o cursor para o final do Se não houver objetos de texto no slide, ou se você
parágrafo. Ao repetir, move o cursor até ao final do pará- chegou ao último objeto de texto, um novo slide será inse-
grafo seguinte. rido após o slide atual. O novo slide usará o mesmo layout
CtrlShift+Seta para baixo / Seleciona até ao final do do atual.
parágrafo. Ao repetir, estende a seleção até ao final do pa- PageUp / Alternar para o slide anterior. Sem função no
rágrafo seguinte primeiro slide.
Home / Ir para o início da linha PageDown / Alternar para o próximo slide. Sem função
Shift+Home / Ir e selecionar até o início de uma linha no último slide.
End / Ir para o fim da linha
Shift+End / Ir e selecionar até ao final da linha Navegar com o teclado no classificador de slides
Ctrl+Home / Ir para o inicio do bloco de texto do Teclas de atalho / Efeito
slide Home/End / Define o foco para o primeiro/último sli-
Ctrl+Shift+Home / Ir e selecionar até ao inicio do bloco de.
de texto do slide Seta para a direita/esquerda ou Page Up/Page Down /
Ctrl+End / Ir para o final do bloco de texto do slide Define o foco para o slide anterior/seguinte.
Ctrl+Shift+End / Ir e selecionar até ao final do bloco de Enter / Mudar para o modo normal com o slide ativo.
texto do slide
Ctrl+Del / Exclui o texto até ao final da palavra

159
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

3 - REDES DE COMPUTADORES. WAN (Wide Area Network – Rede de Área Extensa).


3.1 - CONCEITOS DE PROTOCOLOS Com o advento das novas tecnologias de redes wireless (sem
fio), novas classificações foram adotadas:
DE COMUNICAÇÃO, TCP/IP, TIPOS E
WPAN (Wireless Personal Area Network – Rede sem Fio de
TOPOLOGIAS DE REDES, INTERNET E Área Pessoal),
INTRANET. WLAN (Wireless Local Area Network – Rede sem Fio de Área Local),
3.2 –AMEAÇAS E PROCEDIMENTOS E WMAN (Wireless Metropolitan Area Network – Rede sem Fio
MECANISMOS DE PROTEÇÃO. de Área Metropolitana) e
3.3 MALWARE WWAN (Wireless Wide Area Network – Rede sem Fio de Área
3.4 - APLICATIVOS PARA SEGURANÇA Extensa).
(ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTISPYWARE, Elas possuem características, como: distâncias médias (áreas
ETC.). que atingem), taxas de transferência, taxas de erro, atrasos (delay),
protocolos e equipamentos utilizados. Vejamos cada uma delas:
a) LAN – rede local. Este tipo de rede alcança distância de
REDES DE COMPUTADORES algumas centenas de metros, abrangendo instalações em escri-
tórios, residências, prédios comerciais e industriais. Sua principal
A fusão dos computadores e das comunicações e tele- característica são as altas taxas de transmissão, que atualmente
comunicações influenciaram diretamente na forma como chegam a 10 Gbps (porém, devido ao custo, ainda prevalecem as
os computadores são atualmente organizados. O modelo redes com taxas de transmissão de 100 Mbps a 1 Gpbs).
de um único computador realizando todas as tarefas re- A Figura abaixo mostra uma rede LAN com interligação a
queridas não existe mais e está sendo substituído pelas uma rede wireless para os portáteis (notebooks). A rede tem dois
redes de computadores, nas quais os trabalhos são realiza- servidores. O seu roteador (router) interliga a rede LAN propria-
dos por vários computadores separados, interconectados mente dita (representada pelo microcomputador e multifuncional
– impressora, scanner e fax) com a internet e com o ponto de aces-
por alguma via de comunicação.
so (que permite o acesso sem fio). A Figura exemplifica também
Pinheiro (2003, p. 2) assim descreve o objetivo de uma rede:
uma rede WLAN, já que o acesso sem fio pode ser caracterizado
Independente do tamanho e do grau de complexida-
como uma rede WLAN. Neste tipo de rede as taxas de transmis-
de, o objetivo básico de uma rede é garantir que todos os
são e as distâncias são menores e as taxas de erro, maiores.
recursos disponíveis sejam compartilhados rapidamente,
com segurança e de forma confiável. Para tanto, uma rede
de computadores deve possuir regras básicas e mecanis-
mos capazes de garantir o transporte seguro das informa-
ções entre os elementos constituintes.
Protocolos: São regras de padronização de procedi-
mentos de modo que haja uma comunicação eficaz entre
emissor e receptor. Por exemplo, ao conversar com uma
pessoa usando a língua inglesa, é necessário que a outra
pessoa compreenda a mesma língua. Assim, você estabe-
lece que seu protocolo de comunicação verbal seja a lín-
gua inglesa. Todos os computadores se comunicam entre
si através de protocolos.
Uma rede de computadores vai muito além de uma
simples conexão de cabos e placas. Há necessidade de
uma série de protocolos para regular a comunicação entre
todos os níveis, desde o programa que está sendo utilizado
até o tipo de cabo instalado. No caso de redes domésticas, os exemplos mais típicos
a) as redes surgiram para que os computadores trocas- são as redes ADSL, que normalmente possuem denomina-
sem informações entre si. Liste alguns benefícios diretos que os ções comerciais como VELOX e SPEED.
usuários tiveram com esta tecnologia. b) MAN – rede metropolitana. Abrange uma região
b) No uso comercial, informe quais as vantagens que as em- com dimensões bem maiores do que a das redes LAN, nor-
presas tiram do uso de redes em seus ambientes de trabalho. malmente um campus de uma universidade, a instalação
de uma fábrica e seus escritórios, ou até uma cidade intei-
Classificação das redes ra. Suas taxas de transmissão são inferiores e apresentam
As redes de computadores são classificadas de acordo com taxas de erros mais elevadas quando comparadas às redes
a dimensão geográfica que ocupam e todas elas são concebidas LAN.
de forma que possam se comunicar com outras redes. Assim, as Na Figura abaixo podemos observar a interligação de
redes podem ser classificadas em: vários subsistemas locais por meio de uma rede MAN. TV
LAN (Local Area Network – Rede de Área Local), a cabo, redes locais (LAN) e sistemas públicos de telefonia
MAN (Metropolitan Area Network – Rede de Área Metropo- são todos ligados por um enlace que pertence a uma rede
litana) e metropolitana.

160
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A oferta de redes MAN é justificada pela necessidade pode abranger várias MAN. Apesar de não aparecer escrito
que as empresas têm de se comunicar com localidades dis- no diagrama, estão subentendidas as tecnologias de rede
tantes. São as operadoras de telefonia que normalmente sem fio de cada classificação, WLAN, WMAN e WWAN.
oferecem infraestrutura para este tipo de rede, cujo exem- Onde você colocaria as WPAN?
plo pode ser a comunicação entre matriz e filiais.
Algumas cidades do interior do Brasil apresentam este
tipo de ligação. Você também deve ter visto na TV que a
praia de Copacabana oferece acesso para conexão wireless
à internet. Esses exemplos tanto podem apresentar redes
com ligação via cabo de fibra óptica combinada com vários
pontos de acesso wireless (que é o que ocorre também
em várias redes LAN – aeroportos, por exemplo), quanto
acesso WiMAX. A Figura apresenta um exemplo de uma
rede metropolitana.
A Tabela destaca as características de cada tipo dentro
da classificação adotada.

De acordo com a Tabela 1.1, as taxas de transmissão são


medidas em unidades como Mbps (1 Mbps = 1.000.000 de
bits por segundo) e Gbps (1 Gbps = 1.000.000.000 de bits
por segundo, ou 1.000 Mbps).
Não existe um número preciso que quantifique a taxa
de transmissão de uma rede nem suas dimensões, prin-
cipalmente as MANs e WANs. São apenas valores aproxi-
c) WAN – é o conceito de rede extensa. Este tipo de mados. Além disso, a todo instante surge uma tecnologia
rede tem dimensões geográficas imensuráveis. Isto quer nova tomando o lugar de outra obsoleta, melhorando as
dizer que ela pode interligar todos os continentes, países taxas e aumentando as distâncias.
e regiões extensas utilizando enlaces mais extensos, como a) Defina com suas próprias palavras o conceito de “úl-
satélites ou cabos (submarinos ou terrestres). Tem baixas tima milha”.
taxas de transmissão e altas taxas de erros. É normalmente Você tem, ou conhece, alguém que tenha um celular
utilizada para interligar redes MAN ou WMAN. O principal ou câmera fotográfica que se conecte com computador ou
exemplo desta rede é a internet, que interliga computado- TV, via cabo ou wireless? Discuta com um colega a tec-
res do mundo inteiro. O conceito de WWAN surgiu devido nologia envolvida nisto. Use necessariamente as palavras
à necessidade de interligar redes com enlaces sem fio a protocolo e padronização.
grandes distâncias. As redes de celulares podem ser consi- No Fórum, inicie uma discussão e pesquise na internet
deradas exemplos de WWAN. as cidades que oferecem acesso gratuito wireless aos seus
habitantes. Procure indicar que tipos de rede elas são.
d) WPAN – um novo conceito em redes sem fio são as Topologias de rede
WPAN. Como indica o P da sigla, essas são as redes pes- Quando falamos das classificações de redes, destaca-
soais. A tecnologia de comunicação das pessoas com os mos principalmente sua extensão geográfica, não levando
equipamentos evoluiu de modo a exigir uma padroniza- em conta a forma como elas se interconectam.
ção e a criação de uma nova tecnologia. Essa padroniza- Os equipamentos ligados em rede, para trocar infor-
ção possibilita ao usuário adquirir dispositivos de marcas mações entre si, necessitam que algum meio físico os co-
diferentes, que se comunicam entre si. A tecnologia mais necte, um cabo de algum material ou o próprio ar, no caso
comum para WPAN é o Bluetooth, muito utilizada para tro- de redes sem fio. Daí surge o conceito de topologia de
ca de arquivos entre dispositivos móveis, como celulares e rede, cuja classificação abrange, basicamente: barramento,
notebooks. Outro exemplo é o IR (InfraRed – Infraverme- em estrela e em anel.
lho), que também pode ser considerado uma WPAN. a) Topologia em barramento – nesta topologia existe
A Figura abaixo apresenta de forma gráfica as dimen- um cabo coaxia atravessando toda a extensão da rede e in-
sões geográficas abrangidas pela classificação adotada. terligando todos os computadores (ver exemplo na Figura
As elipses estão uma dentro da outra, pois, normalmente,
abaixo). Foi largamente utilizada nas redes LAN. Permitia
uma rede MAN abrange várias LAN, assim como uma WAN

161
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

atingir taxas de 10 Mbps. Os modelos de rede LAN que te-


mos hoje evoluíram a partir dessa tecnologia, na qual pre-
domina uma arquitetura de rede chamada Ethernet. Essa
topologia caiu em desuso e o motivo para que isso tenha
ocorrido veremos no decorrer do curso.

Figura 1.5: Topologia física em barramento

O exemplo da Figura acima é bastante simples, servin-


do apenas para demonstrar o conceito. Entretanto, pode-
mos observar todas as estações interconectadas por um
barramento. Tecnicamente falando, existe uma série de Observe, na Figura acima, que há no centro um apare-
conectores específicos para interligar cada computador ao lho concentrador (hub ou switch) que interconecta todos
barramento. os cabos que vêm dos computadores (nós). Ainda há uma
Do ponto de vista do desempenho, as redes com essa saída de um cabo cujo destino ou origem não estão defini-
topologia eram muito instáveis, pois qualquer defeito em dos na Figura; ele pode estar ligado a algum outro tipo de
algum conector ou em alguma parte do cabo fazia com concentrador, como, por exemplo, um roteador que ofere-
que toda a rede parasse. ce conexão com a internet ou outro switch, criando outra
rede com mais computadores interligados.
b) Topologia em estrela – é a evolução da topologia em
barramento e a mais utilizada atualmente para as redes lo- c) Topologia em anel – esse modelo apresenta a liga-
cais. O nome estrela se deve ao fato de existir um concen- ção de vários nós da rede em círculo, formando, como o
trador na rede (ver Figura 1.6), onde se conectam todos os próprio nome diz, um anel (ver Figura abaixo). Essas re-
cabos provenientes dos “nós” da rede. Esses equipamentos des possuíam caminhos duplos para a comunicação entre
concentradores são atualmente denominados hubs e swit- as estações. Isso era um tanto complicado, tendo em vista
ches. O cabeamento também evoluiu, passando do coaxial que as instalações requeriam várias conexões físicas que
ao par trançado. Quase todas as redes locais instaladas poderiam facilmente apresentar problema. Da mesma for-
atualmente utilizam esta topologia devido às facilidades ma que a topologia em barramento deu lugar à em estrela,
e taxas de transmissão que ela oferece. Atualmente, com a topologia em anel também cedeu seu lugar a novas ten-
o cabeamento par trançado, esta topologia pode atingir dências topológicas.
taxas de até 10 Gbps; entretanto, para projetos de redes
maiores, é desejável o uso de fibras ópticas devido a sua
confiabilidade.

Cabo coaxial
Um tipo de cabo grosso e rígido (o mesmo que usamos
na maioria de nossas TVs a cabo). São formados por um
núcleo de cobre e por uma malha de metal que o envolve
para absorver as interferências externas. Foram usados nas
primeiras redes locais. Pela sua natureza (grosso, pesado e
pouco maleável) não são mais usados em redes locais.

Nós
É um termo que designa qualquer equipamento que
esteja ligado diretamente a uma rede, seja ela LAN, MAN
ou WAN. Um computador ou uma impressora podem ser Esta rede possui uma característica interessante, que é
um “nó” de uma rede LAN; um celular pode ser um “nó” de a recuperação de falhas, pois a comunicação entre os nós
uma rede WAN. da rede pode ser feita no sentido horário ou anti-horário.

162
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Isso se deve a uma configuração automática realizada na A Figura abaixo demonstra o uso desses protocolos
instalação. Essas redes se tornaram, entretanto, inviáveis por dois usuários navegando na internet (usando HTTP) e
devido à dificuldade de inserção de novos nós na rede, à por outro remetendo um e-mail: nesse caso o e-mail fica
quantidade de falhas e ao seu custo. Atualmente, as topo- armazenado em um servidor até que o destinatário o leia
logias estão fundidas, formando o que chamamos de to- e jogue no lixo. A internet está representada pelo globo
pologias mistas, com grande predominância da em estrela. terrestre.
Observe como exemplo a Figura abaixo.

Na Figura acima há uma mistura de topologia em anel


(ligação central) com em estrela (nas extremidades). Como
há uma ligação dupla entre os dois concentradores, a ten-
dência é utilizar apenas uma via para transmissão entre as
redes, deixando a outra como reserva. Isso é possível gra-
ças à evolução dos equipamentos, que permitem que as
redes funcionem mesmo em condições de falhas, tornando
mais eficiente a organização, que não precisa parar para
que seja feita a manutenção. Tais equipamentos são utili-
zados mais por empresas do que por usuários domésticos,
pois os custos de aquisição e manutenção desses apare-
lhos são mais elevados. Esses dois protocolos são apenas exemplos de vários
outros que são utilizados nas redes, cuja comunicação foi
Modelo de referência OSI dividida em camadas. Em cada camada existem vários pro-
Para que a interconexão de sistemas de computado- tocolos, cada qual com sua função. Por exemplo, os dois
res chegasse a acontecer com fabricantes diferentes, foi protocolos citados, SMTP e HTTP, fazem parte da cama-
necessário estabelecer uma padronização para as redes. da de aplicação. O nome é bem sugestivo, já que se trata
de uma aplicação (programa) que o usuário está usando,
Surgiu então o modelo RM-OSI (Reference Model – Open
como Internet Explorer, Outlook Express, Gmail, Hotmail,
System Interconnection – Modelo de Referência – Inter-
Opera. Vamos ver a seguir esse modelo em camadas.
conexão de Sistemas Abertos). Esse modelo baseia-se em
uma proposta desenvolvida pela ISO (International Orga-
Camadas do modelo OSI
nization for Standardization – Organização Internacional
ISO é uma organização para definição de padrões de
para Padronização).
arquiteturas abertas. O modelo de referência OSI foi criado
pela ISO, sendo um modelo teórico que os fabricantes de-
Um exemplo simples de como as tecnologias funcio-
vem seguir para que sistemas diferentes possam trocar in-
nam agora pode ser visto na navegação na internet. Você, formações. Foram adotadas sete camadas (Figura abaixo):
como usuário pode utilizar navegadores (browsers) de fa- Aplicação, Apresentação, Sessão, Transporte, Rede, Enlace
bricantes diferentes, como o Internet Explorer, Mozilla Fire- de Dados e Física.
fox, Opera, Chrome ou outro de sua preferência. Ou ainda
pode utilizá-los em sistemas operacionais diferentes, como
Windows ou Linux. Ainda assim, você consegue navegar
sem problemas. Isso se deve a uma padronização do pro-
tocolo HTTP (Hypertex Transfer Protocol – Protocolo de
Transferência de Hipertexto).
Outro exemplo são os e-mails. Você pode utilizar um
serviço de e-mail disponibilizado pelo Hotmail e enviar
para um endereço de um amigo que usa o Gmail. São ser-
vidores diferentes que estão rodando programas diferen-
tes. Entretanto, as mensagens vão e vêm de uma forma
completamente transparente para o usuário. Neste caso
dos e-mails, o protocolo utilizado é o SMTP (Simple Mail
Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Correio
Simples).

163
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os dados passam pelas camadas Assim, no momento em que você entra em um site,
uma sessão é aberta para você naquele servidor; depois
de navegar pelo site, você poderá encerrar essa sessão ci-
vilizadamente clicando em algum botão Sair, ou pode sim-
plesmente sair para outro site; neste caso o servidor en-
cerrará sua seção depois de ficar algum tempo sem uma
resposta sua.
Como explica Morimoto (2008), o modelo OSI é funda-
mental para o entendimento das teorias de funcionamento
da rede, mesmo que seja apenas um modelo teórico que
não precisa ser seguido à risca.

Camada 7 – Aplicação
Na camada Aplicação o programa solicita os arquivos
para o sistema operacional e não se preocupa como será
feita a entrega desses arquivos, pois isso fica a cargo das
camadas mais baixas. Por exemplo, quando você digita o
endereço http://www.google.com, você apenas recebe o
conteúdo da página (que é um arquivo), caso ela exista e
esteja disponível. Embora você tenha digitado o endereço
daquela forma, na verdade foi feita uma tradução para o
IP da página que você está acessando. Isso fica a cargo de
um serviço desta camada chamado DNS (Domain Name
System – Sistema de Resolução de Nomes).
Outros exemplos de serviços e protocolos desta cama-
da: o download de arquivos via FTP (File Transfer Protocol –
Protocolo de Transferência de Arquivos); o uso dos e-mails
As sete camadas do modelo OSI através dos protocolos SMTP, POP3 (Post Office Protocol
3 – Protocolo de Correio versão 3) e IMAP (Internet Mes-
As camadas são numeradas de 1 a 7 (de baixo para sage Access Protocol – Protocolo de acesso a mensagens
cima). Assim, muitas vezes nas aulas e nos livros, citamos da internet).
apenas o número da camada: “A camada 3 fornece suporte
ao protocolo IP”. Fica subentendido que estamos falando Camada 6 – Apresentação
da camada de rede. Como o próprio nome sugere, trata-se de se apre-
ISO- International Organization for Standardization sentar os dados de forma inteligível ao protocolo que vai
(Organização Internacional para Padronização): fundada recebê-los. Podemos citar como exemplo a conversão do
em 23 de fevereiro de 1947, aprova todas as normas in- padrão de caracteres (afinal, existem diversos alfabetos) de
ternacionais nos campos técnicos, exceto eletricidade e páginas de código. Um exemplo prático seria a conversão
eletrônica, que ficam a cargo da IEC (International Eletrote- de dados ASCII (American Standard Code for Information
chnical Commission).  Interchange – Código Padrão Americano para o Intercâm-
O exame de cada camada e seus protocolos é bastante bio de Informação) em EBCDIC (Extended Binary Coded
extenso. Assim, vamos examinar a seguir cada camada, mas Decimal Interchange Code – Codificação Binária Estendida
de forma introdutória. Se você precisar se aprofundar des- com Intercâmbio em Código Decimal), em que uma esta-
de agora, pode obter mais informações em Tanembaum ção gera dados no formato ASCII e a estação interlocutora
(2003), conforme referências ao final deste caderno. entende apenas EBCDIC. Nesse caso, a conversão é feita
IP (Internet Protocol)– é quase impossível falar de in- aqui. Nesta camada 6 também há a compressão dos da-
ternet sem falar de IP. Cada site na internet é encontrado dos, como se fosse utilizado um compactador de arquivos,
por endereçamento IP, que funciona como se fosse o nú- como ZIP ou RAR. Para mais informações sobre codifica-
mero do telefone do seu computador. Você não consegue ções ASCII e EBCDIC, consulte as referências bibliográficas.
decorar os números IP de cada site; é mais fácil decorar o
nome. Camada 5 – Sessão
Por exemplo: o site citado do Permite que dois programas em computadores dife-
Google, http://www.google.com, corresponde ao en- rentes estabeleçam uma sessão de comunicação. O even-
dereço IP 64.233.161.99. to da sessão tem algumas regras. As aplicações definem
Você pode entender o conceito de sessão como a du- como será feita a transmissão dos dados e colocam uma
ração de uma ligação telefônica: a ligação tem um proces- espécie de marca no momento da transmissão. Quando
so para ser iniciada, há uma troca de mensagens durante o acontecer uma falha, apenas os dados depois da marcação
tempo da ligação e depois há um processo de término (em serão transmitidos. Isso impede que grandes volumes de
alguns casos um dos interlocutores simplesmente desliga). dados sejam retransmitidos sem necessidade.

164
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Camada 4 –Transporte MAC


Também é um nome bem sugestivo para a função. Esta É um endereço exclusivo da placa de rede. Os fabrican-
camada é a responsável por transportar os dados prove- tes adotam um processo de numeração para garantir que
nientes da camada de sessão. Como qualquer transporte não ocorram números MAC iguais em suas placas. Assim,
por caminhão, sua carga precisa estar devidamente empa- é garantido que numa rede não existam dois endereços
cotada e endereçada com remetente e destinatário. A ca- físicos iguais. O número contém 48 bits, normalmente es-
mada de transporte inicialmente faz isso. Da mesma forma crito em notação hexadecimal, por exemplo: 00-C0-95-E-
que os caminhões chegam ao seu destino e entregam suas C-B7-93. Falaremos mais sobre MAC nas próximas aulas.
caixas corretamente, a camada de transporte precisa ga- - em sinais elétricos, caso o meio físico seja o cabo de
rantir a entrega dos pacotes. Ela o faz controlando o fluxo cobre;
(colocando os pacotes em ordem de recebimento) e cor- - em sinais luminosos, caso o meio físico seja a fibra
rigindo os erros pelo envio de uma mensagem chamada óptica; ou
ACK (Acknowledge – Reconhecimento). Um protocolo mui- - em frequência de rádio, caso seja uma rede sem fio.
to conhecido desta camada é o TCP (Transmission Control
Protocol – Protocolo de Controle de Transmissão). Componentes de redes
Muitos equipamentos precisam estar interligados para
Camada 3 – Rede que os usuários das redes usufruam todos os seus serviços
Esta camada é uma das mais conhecidas, pois nela são fornecidos. Você pode estar se perguntando: que serviços
tratados os endereços de rede, conhecidos resumidamente são estes? Pode passar despercebido para você, mas todas
como IP (Internet Protocol). Os endereços IP são números as redes de computadores fornecem algum tipo de serviço
predefinidos atribuídos aos computadores que compõem ao usuário, como por exemplo uma impressão utilizando a
uma rede. Afinal, não adianta nada você querer enviar uma impressora do outro computador, um acesso a um arqui-
encomenda para um amigo se você não sabe qual o ende- vo no disco de um PC vizinho ao seu, o acesso à internet,
reço dele correto. A camada de rede é responsável pelo en- etc; tudo isso são serviços oferecidos pelas redes. Vejamos
dereçamento dos pacotes, adicionando endereços IP para agora os componentes principais que fornecem a interação
que eles sigam sua rota até o destino. entre os computadores.

Camada 2 – Enlace Cabeamento estruturado


Nesta camada, os pacotes que vêm da camada de rede É um conceito que redefine a forma como os cabos de
com endereços IP já definidos são transformados em “qua- dados são utilizados nas empresas e nas residências. Tem
dros” ou “frames”. Os quadros acrescentam outra forma de como objetivo manter a rede física organizada e padroni-
endereçamento chamada endereço MAC (Media Access zada, com o uso de conectores e cabos com desempenho
Control – Controle de Acesso ao Meio). Mas você poderia satisfatório para o fim a que se aplica. Seu leiaute permite a
se perguntar: mas os endereços já não estavam definidos na instalação de equipamentos como servidores, computado-
camada de rede, pelo IP? Acontece que o endereço IP não é res e demais acessórios de rede com alto grau de organi-
suficiente para identificar um computador específico dentro zação e confiabilidade. Um exemplo de uso de cabeamento
da internet hoje em dia. Em virtude do significado de cada estruturado é apresentado na Figura abaixo.
bloco do IP, um pacote pode ser destinado a qualquer lugar
do mundo. Cada computador tem, na sua placa de rede, um
endereço MAC exclusivo, gravado de fábrica.

Camada 1 – Física
Os dados provenientes da camada de enlace, com os
endereços já preestabelecidos, são transformados em sinais
que serão transmitidos pelos meios físicos. Assim, a camada
física converte os quadros de bits 0 e 1:

ACK
É um pacote enviado ao transmissor para informá-lo
de que os pacotes foram recebidos com sucesso. Em caso
negativo, é enviado um NACK que, como o nome sugere, é
uma negação do ACK, dizendo que o pacote não foi entre-
gue corretamente ou não chegou.
IP É um número de 32 bits que define o endereço de Cabos
uma rede ou de um computador, escrito em quatro blo- A integração de voz, imagem e dados é uma conse-
cos separados por ponto. Exemplos: 192.168.10.33 ou quência da frequente necessidade de comunicação e intera-
200.176.155.147. Cada bloco corresponde a um número de ção. Para Pinheiro (2003, p. 2):
8 bits, que pode variar, portanto, de 0 a 255 (256 números É cada vez maior a tendência de interligação entre as re-
ou 28). A versão do protocolo IP mais usado atualmente é des de computadores e os diversos sistemas de comunica-
a IPv4. Entretanto, como a escassez é iminente, uma nova
ção e automação existentes, como as redes de telefonia, os
versão (IPv6) de 128 bits já está padronizada para uso.

165
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

sistemas de segurança, os sistemas de administração predial, Esses aspectos físicos são levados em consideração na
etc. Essa fusão de tecnologias vai mudar a maneira como os produção do cabo e interferem diretamente no projeto da
ambientes de trabalho são concebidos nas empresas e mes- rede. Assim, a utilização dos cabos deve ser feita observan-
mo em nossas casas. A infraestrutura básica para essas no- do rigidamente as normas do fabricante.
vas tecnologias são os Sistemas de Cabeamento Estruturado
(SCS – Structured Cabling Systems). Atenuação
Um dado interessante obtido em Pinheiro (2003) diz que É um efeito que ocorre em qualquer transmissão de
cerca de 70% dos problemas da rede estão associados ao dados, seja analógica ou digital. Quando um sinal passa
cabeamento que ela utiliza. Entretanto, na maioria das pe- por um cabo, a tendência é que ele perca força (potência)
quenas redes, ainda é predominante o uso do cabeamento à medida que vai trafegando. Assim, quanto maior o tama-
não estruturado. nho do cabo, maior a atenuação. Se as medidas dos cabos
Um dos fatores que faz com que pequenas e médias em- utilizados na rede não obedecerem ao padrão, os compu-
presas não utilizem o cabeamento estruturado é o custo. A tadores podem não conseguir trocar dados entre si.
reestruturação do cabeamento torna o orçamento mais caro. a) Examine o tipo de cabeamento da sala do curso. Co-
Entretanto, ao analisar a composição dos custos totais do mente com um colega qual a mídia física utilizada; quais
projeto, percebemos que o custo do cabeamento representa os tipos de conectores; se o cabeamento é estruturado ou
apenas cerca de 10% do total do orçamento da rede (incluin- não; se o cabeamento passa próximo de campos geradores
do equipamentos e mão de obra). Esse percentual não leva de ruídos eletromagnéticos.
em conta ainda o custo do tempo que a rede ficará inope- b) Se você trabalha, faça as mesmas observações em
rante devido aos problemas causados pelo cabeamento não relação a alguma rede da sua empresa. Se não trabalha,
estruturado. observe esses aspectos dentro de uma lan house. Aliás, por
Na Figura observamos uma área de trabalho conectada que este nome lan house?
por cabos estruturados de rede, em que existem elementos 3.2 Hardware de rede
como: tomadas de rede, rack (que agrupa os equipamentos), Assim como os computadores possuem hardware
cabos de par trançado e cabos de backbone (que têm função específico para funcionar (placas, processadores, memó-
de transportar grandes volumes de informações da rede). rias...), as redes também necessitam de componentes es-
O cabeamento muitas vezes é chamado de “mídia física” pecíficos. Esses componentes, denominados hardware de
ou “meio físico”. Os componentes que são utilizados no ca-
rede, são responsáveis por conectar equipamentos em sua
beamento variam de acordo com a mídia utilizada. Por exem-
rede local ou de longa distância. Os exemplos mais simples
plo, um cabo de fibra óptica utiliza conectores diferentes dos
são: a placa de rede do seu computador ou o chip blue-
cabos do tipo par trançado.
tooth do seu celular.
De acordo com as características da rede, uma mídia
A quantidade de equipamentos ofertados no mercado
(cabo) diferente deve ser escolhida. Os fatores que mais in-
é muito grande. Vamos nos ater aos principais tipos e ao
fluenciam na escolha do cabo são: o comprimento da rede
(em metros ou quilômetros), a quantidade de equipamentos, seu funcionamento.
a facilidade e o local de instalação e as taxas de transmissão
que se pretende atingir. Para cada tipo de escolha você pode Servidores e estações de trabalho
utilizar um cabo diferente. E não se preocupe: você pode fa- Na verdade, esses itens são apenas os computadores
zer os trechos da rede com cabos diferentes se comunicarem. que formam a rede. Entretanto, como eles fornecem servi-
Afinal, para isso servem os padrões, não é mesmo? ços de comunicação, poderão ser catalogados aqui como
Para cada tipo de cabeamento de rede existe um conec- hardware de rede.
tor específico. Os conectores são o elo mais fraco de um sis- a) Servidores – são computadores destinados a pres-
tema de cabeamento. Quando mal instalados, podem gerar tar serviços aos outros (às estações de trabalho). Em tese
ruídos elétricos, provocar interrupções intermitentes (funcio- qualquer PC pode ser um servidor de rede, mas normal-
na/não funciona) ou mesmo interromper completamente a mente são computadores mais potentes, com muita capa-
comunicação entre os computadores. cidade de memória e de armazenamento (discos rígidos
A principal função dos cabos de fibra óptica ou de co- maiores). Além disso, os servidores costumam ter algum
bre é transmitir dados entre os computadores com o mínimo nível de redundância. Por exemplo, um servidor pode ter
de degradação possível. Entretanto, ambos os tipos podem duas fontes de energia funcionando, de modo que, se uma
sofrer degradações naturais ou degradações derivadas de delas queimar, a outra entra em funcionamento imedia-
forças externas. As degradações naturais são aquelas im- tamente. Outro exemplo de redundância ocorre com os
postas pelas próprias características do cabo, conhecidas discos rígidos: é comum encontrar servidores com vários
por atenuação. Por exemplo, um cabo de par trançado, que discos instalados funcionando paralelamente. Como o ser-
é composto de cobre, tem uma característica natural cha- vidor tem como função primordial fornecer serviços para
mada resistência, que é a oposição oferecida pelo metal ao vários usuários, é necessário haver uma comunicação veloz
fluxo de elétrons. As forças externas que podem interferir entre ele e as estações de trabalho, que é onde normalmen-
na transmissão em cabos metálicos são motores elétricos te os usuários trabalham. Assim, os servidores geralmente
ou campos eletromagnéticos próximos, ou até mesmo são também dotados de placas de rede de altas taxas de
transmissões de rádio, já que os cabos metálicos podem transmissão e desempenho, com o objetivo de evitar os
funcionar como uma antena. chamados gargalos de rede.

166
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

b) Estações de trabalho: são os computadores clientes é apenas uma máquina robusta dotada de equipamentos
da rede. Neles os usuários rodam seus programas e aces- especiais para garantir que os serviços fornecidos pelo sis-
sam os serviços fornecidos pelo servidor. São computado- tema sejam rápidos e confiáveis. Veremos mais detalhes so-
res mais simples, com pouca ou nenhuma redundância. bre o assunto na seção 3.3, desta aula.
Possuem também menos memória e menos capacidade
de armazenamento. Buffer
Em virtude dessa especialização dos computadores da É uma memória de armazenamento temporário para
rede como clientes ou como servidores, é comum denomi- compensar as taxas de transmissão dos circuitos que pre-
nar essas redes de cliente-servidor. Aprofundaremos isso cisam enviar e receber dados. As interfaces de rede gigabit
adiante. para servidores tendem a ter mais buffer para garantir que
os dados que chegam sejam guardados enquanto a interfa-
Placas de rede ce estiver ocupada processando outras informações. Atual-
As placas de rede podem ser chamadas de várias for- mente, os buffers de armazenamento estão na ordem de 3
mas: interface de rede, cartão de rede, NIC (Network Inter- MB (3 Megabytes).
face Card – cartão de interface de rede). Os livros trazem Como vimos anteriormente, as interfaces de rede pos-
nomes diversos para esse componente; utilizaremos nor- suem endereço único e exclusivo, denominado endereço
malmente o termo “interface de rede”. MAC, e conexões específicas. Por exemplo: os computado-
As interfaces de rede são na verdade uma ponte de res do tipo estação de trabalho utilizam conectores RJ-45
conexão das redes com os computadores. Vamos enten- (onde se conecta o cabo de rede).
der melhor essa colocação: quando você transfere um ar- As interfaces utilizadas normalmente nas estações de
quivo de imagem ou música do seu celular para o celular trabalho funcionam a uma taxa de 10/100 Mbps (diz-se: “10
do colega, o chip bluetooth é utilizado para estabelecer barra 100 megabits por segundo”). Quando há computado-
uma conexão; dizemos então que esse chip faz uma ponte res interligados por essa placa, elas trabalham na maior taxa
de comunicação entre os celulares. Assim são os computa- disponível, 100 Mbps.
Com os servidores, as necessidades mudam bastante.
dores. Para eles estabelecerem comunicação, é necessário
Como esses computadores são responsáveis por fornecer
haver uma interface de rede e um meio de comunicação.
serviços aos usuários da rede e atendem vários ao mesmo
Os meios de comunicação podem ser os cabos ou o ar (no
tempo, é necessário que suas interfaces de rede sejam de
caso de redes sem fio).
qualidade superior, para atender à demanda das estações
As interfaces de rede atualmente costumam ser inte-
de trabalho. Assim, detalhes como altas taxas de comuni-
gradas à placa-mãe. Isso quer dizer que você não chega a
cação, barramento e buffer de armazenamento são imple-
ver a placa dentro do seu computador. Ela está integrada
mentados com mais eficiência.
com os milhares de componentes da placa-mãe, dentro As taxas de comunicação de interfaces de rede para
do chipset. servidores são normalmente na ordem de Gbps (gigabits
por segundo). É comum encontrar servidores com interfa-
ces de rede com taxas de 10/100/1000 Mbps (diz-se: “10
barra 100 barra 1000 megabits por segundo”). Dizemos que
suas interfaces trabalham a 1000 Mbps (= 1 Gbps).
O barramento das interfaces de rede para os servidores
é atualmente do tipo PCI-e (PCI express). Como esse bar-
ramento é conectado diretamente ao chipset ponte norte,
seu acesso é mais rápido do que as interfaces conectadas
ao barramento PCI comum, conectado ao chipset ponte sul.
a) Deseja-se montar uma rede que alcance taxas maio-
res do que 100 Mbps. Quais os elementos de rede envolvi-
dos para que se atinja tal taxa?
b) Os servidores são computadores com mais recursos
do que as estações de trabalho. A internet que você usa
A Figura acima mostra um modelo de interface de depende dos serviços que esse servidor fornece. Se sua in-
rede que deve ser conectada num slot PCI. Esse tipo de ternet cai devido a um problema no servidor, você tem um
instalação é menos comum, já que a maioria das placas- prejuízo de R$ 150,00/hora. Considerando 15 quedas men-
mãe já possui uma interface de rede embutida. Entretanto, sais de 20 minutos cada:
existem casos em que há necessidade de se instalar uma 1. Faça um cálculo e verifique seu prejuízo no fim de
nova interface de rede, como, por exemplo, se ocorrer um um ano.
defeito na interface embutida ou se houver necessidade de 2. Imagine que aquele servidor precise operar 160 ho-
mais de uma interface no computador. ras/mês. Faça um cálculo demonstrando a disponibilidade
Os serviços fornecidos pelo servidor são na verdade desse servidor para o usuário, em porcentagem, conside-
oferecidos pelo software do servidor. Esse software nor- rando os tempos de falha do item anterior.
malmente é um sistema operacional do tipo cliente servi-
dor, como o Windows 2003 Server, por exemplo. O servidor

167
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Hubs Com relação à taxa de transmissão, os hubs repetido-


Os hubs são equipamentos concentradores que têm por res mais antigos podiam trabalhar a 10 Mbps; os mais re-
função centralizar e distribuir os dados (quadros) que são pro- centes funcionam a 10/100 Mbps. Do ponto de vista técni-
venientes dos outros computadores interligados a ele. co, os hubs já são obsoletos devido às suas funcionalidades
Os hubs são equipamentos “repetidores”. Eles não dis- limitadas; por isso estão sendo substituídos pelos switches.
tribuem o que recebem; apenas reenviam os quadros que
recebem para todas as suas portas. A ligação física dessa es- Switches
pécie de equipamento é do tipo em estrela (Figura abaixo). Os switches são equipamentos que surgiram para per-
Ele trabalha na camada 1 do modelo OSI, já que tem função mitir a ligação de redes de forma mais rápida e eficiente (ver
apenas de receber um quadro e repeti-lo para todos os com- Figura abaixo). O nome adotado na época do seu lançamen-
putadores a ele ligados. to (por volta de 1995) era “Ponte” ou “Bridge”. A ponte era
um equipamento caro e dotado de poucas portas. Enquanto
um hub repetidor custava em torno de 600 reais, as pontes
chegavam a custar entre 2.500 e 4.000 reais.

Na Figura acima existem duas redes interconectadas


por uma ponte; cada rede tem o seu sinal distribuído por
um hub. Como o próprio nome sugere, a ponte interliga
duas regiões. Pode, também, ligar mais de duas redes, de-
pendendo da quantidade de portas que possuir.
Com o passar dos anos e acompanhando a evolução
tecnológica dos computadores, os equipamentos de rede
Quadro foram dotados de algum tipo de processamento que exige
É a menor unidade de transmissão numa rede local. Os memória (buffer) e processador. Seguindo a mesma ten-
dados provenientes da camada de aplicação são enviados dência, os preços também foram derrubados, pois houve
para baixo na camada de transporte, onde são transformados uma explosão do consumo desses equipamentos por parte
em pacotes. A camada de rede envia esses pacotes para a das empresas e das pessoas. Assim, as pontes passaram a
camada de enlace, que os transforma em quadros para, final- ser fabricadas com muitas portas, as quais fazem a conexão
mente, transmiti-los pela interface de rede do computador. entre os computadores em vez de conectar redes. O nome
Os hubs repetidores funcionam retransmitindo quadros comercial do equipamento passou a ser Switch,com as mes-
para todas as suas portas, menos para a estação que gerou o mas funcionalidades das pontes, porém, com mais portas,
quadro. Assim, dizemos que esta é uma rede de difusão. Nes- novas características como funcionamento em full-duplex e
se tipo de rede, os quadros são repetidos para todas as portas mantendo compatibilidade com as funções do hub.
de forma difusa, de modo que todos recebam a mesma infor- O switch, dada sua capacidade de processamento, en-
mação, porém, só o destinatário abre o quadro. via os quadros somente para a porta de destino, ao con-
Observe na Figura abaixo que a estação A gerou um qua- trário do hub, que envia os quadros para todas as portas.
dro e o hub repetidor o está reenviando para todas as outras Dessa forma, o canal fica desocupado para o restante das
estações conectadas em suas portas (de B até H). A estação A estações, que podem fazer suas transmissões sem mais
não recebe o quadro, pois foi ela quem o gerou. problemas.

Fonte: Torres (2001, p. 349)


Fonte: Torres (2001, p. 338)

168
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na Figura acima a “estação A” está enviando um qua- No modo cut-through há menos latência nas transmis-
dro (representado pela linha mais grossa); o switch o enca- sões, já que os quadros são imediatamente transmitidos
minha diretamente para a estação E. Assim, todas as outras assim que são recebidos. Entretanto, isso pode exigir que
estações (B, C, D, E, G, H) podem transmitir sem se preocu- alguns quadros sejam retransmitidos, caso cheguem defei-
par se o canal está ocupado ou não. Isto se chama conexão tuosos. Já no modo de store-and-forward a latência é maior,
multiponto. pois todos os quadros são verificados antes de serem trans-
Mas você pode se perguntar: como o switch consegue mitidos e isso leva certo tempo. Entretanto, há maior garan-
enviar para a porta correta onde está o computador que tia da entrega do quadro sem erros.
precisa receber aquele quadro? Os quadros são formados Os switches são encontrados no mercado com várias
por pequenas estruturas chamadas “campos”. Dois desses quantidades de portas e várias taxas de operação.
campos estão relacionados aos endereços MAC das interfa- Os switches podem funcionar a taxas de transmissão
ces de rede: MAC Destino e MAC Origem (Figura abaixo). O equiparadas com a dos hubs, como, por exemplo, 10/100
switch consegue ler o MAC destino e encaminhar o quadro Mbps, obviamente com a grande vantagem de reduzir o trá-
corretamente. O campo “dados” é proveniente da camada fego da rede, como já vimos. Com a evolução da tecnologia,
imediatamente superior e o PAD é uma espécie de comple- é comum encontrarmos switches trabalhando a 10/100/1000
mento, quando os dados recebidos não atingem um tama- Mbps; são chamados switches gigabit. Um padrão novo, de-
nho mínimo especificado pelo padrão. O CRC é um cálculo nominado multigigabit (10 Gbps ou 10 GbE) está no merca-
que confere o recebimento correto dos dados. Não aprofun- do há algum tempo, evoluindo para novas taxas, como 40
daremos o estudo dos campos aqui, mas você pode obter Gbps e 100 Gbps. É uma tecnologia nova e está baseada em
mais informações sobre este assunto em Spurgeon (2000). cabos de fibras ópticas.
Outro aspecto importante a decidir sobre esses equi-
pamentos é sua adequação ao tipo de rede. Existem vários
fabricantes de switches no mercado e cada fabricante tem
seu produto destinado a um tipo de negócio. Por exemplo,
existem modelos destinados ao mercado SOHO (Small Offi-
ce Home Office – Pequenos escritórios e escritórios domés-
Outro conceito importante é que os switches funcionam
ticos) com preços na faixa de R$ 50,00 a R$ 600,00. Entretan-
na camada 2 (de enlace), pois têm inteligência suficiente
to, empresas que possuem redes com muitos computadores
para receber o quadro, recalcular o CRC, abri-lo, checar seu
e outros equipamentos não devem usar esses switches, pois
endereço de destino e encaminhá-lo para a porta correta.
apresentam muitos travamentos e defeitos.
Obviamente, pelo fato de transmitir o quadro pelo cabo,
a) Pelo que você leu, existe algum momento em que o
o switch também funciona na camada 1. Os hubs, por não
switch trabalha de forma “burra”, como o hub?
possuírem essa inteligência, dizemos que funcionam apenas b) Entre os métodos de trabalho cut-through e store
na camada 1 (física), já que encaminham os quadros que -and-forward, em qual deles o switch trabalha mais? Em qual
recebem para todas as portas. deles o switch é mais eficiente (entrega um maior número de
Os switches mantêm uma tabela interna com todos os pacotes corretos em menos tempo)? Justifique a resposta.
endereços MAC das interfaces de rede dos computadores c) Ainda com relação aos métodos cut-through e sto-
da rede. Essa tabela é consultada assim que o switch recebe re-and-forward, qual deles gera um maior tráfego na rede?
um quadro. O que ele faz então é simples: Justifique a resposta.
a) abre o quadro;
b) lê o campo “MAC Destino”; Roteadores
c) verifica na sua tabela a qual de suas portas está as- Seguindo a ordem de funcionamento nas camadas, vi-
sociado aquele endereço; mos que os hubs funcionam na camada 1 e os switches fun-
d) faz o devido encaminhamento. cionam nas camadas 1 e 2. Vamos ver agora os roteadores,
Uma situação em que o switch encaminha o quadro que funcionam na camada 3.
para todas as portas é quando ele não encontra na sua ta-
bela o endereço que recebeu para fazer a entrega. O switch
faz atualizações frequentes na sua tabela de endereços (ge-
ralmente a cada 2 segundos) e pode ser que alguma estação
tenha sido desligada ou mudada de porta. Assim, tempo-
rariamente o switch não vai reconhecer esse novo endere-
ço. Portanto, durante esse tempo de atualização, enviar o
quadro para todas as portas garante que seu destinatário vá
recebê-lo. Essa técnica é denominada flooding (inundação).
Basicamente, os switches podem funcionar de duas formas:
a) Cut-through (sem interrupção) – nessa forma, o
switch encaminha os quadros imediatamente após receber Na Figura acima você pode observar um roteador ligado a
os campos MAC destino e origem, sem fazer verificações. uma “nuvem”. Esta simbologia vem sendo muito utilizada e, na
b) Store-and-forward (armazena e encaminha) – nes- maioria das vezes, significa a internet, na qual existem milha-
se método, o switch espera chegar todos os campos, faz res de roteadores (uma “nuvem” de equipamentos).
verificações de erros e encaminha para a porta correta.

169
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A grande diferença entre uma ponte (switch) e um ro- Vamos a um exemplo básico do funcionamento do ro-
teador é que o endereçamento que o switch utiliza é da teador, voltando à Figura anterior. Imagine que um dos
camada de enlace: o endereço MAC das interfaces de rede. computadores da REDE 1 tenha o endereço IP 192.168.31.5
O roteador, por funcionar na camada de rede, utiliza ou- e um dos computadores da REDE 2 tenha o endereço IP
tro sistema de endereçamento, que é o endereço IP. Você 172.15.20.8. Será necessário fazer o roteamento, pois as duas
já deve ter visto a sigla TCP/IP: ela indica o uso de dois redes em questão possuem endereços de rede diferentes e
protocolos operando em camadas diferentes. TCP opera na obviamente estão separadas por um roteador.
camada de transporte e IP, na camada de rede. Para que a comunicação do exemplo possa ser estabe-
Nas redes locais também é utilizado o endereço IP lecida, o roteador A é capaz de seguir duas rotas:
para identificar os computadores que pertencem a essa 1. transmitir diretamente para o roteador D ou;
rede (ver Figura abaixo). Por exemplo, podemos dizer que 2. passar pelos roteadores B e C para chegar ao roteador
um computador possui o endereço IP 192.168.1.150; isso é D.
apenas um exemplo, pois os endereços IP costumam variar A decisão por qual caminho o pacote deve trafegar é
dentro de uma determinada faixa para aquela rede. baseada em dois protocolos:
Entretanto, para se conectar com redes WAN (e a inter- a) Protocolo RIP (Routing Information Protocol – Pro-
net é seu melhor exemplo), é necessário que o seu compu- tocolo de Informação de Roteamento): usa mecanismo ba-
tador receba outro endereço IP. Este endereço precisa ser
seado na distância entre os roteadores. Essa distância é me-
conhecido pelo roteador da sua rede e é fornecido pelo
dida em hops (saltos). Assim, no exemplo da Figura 3.9, os
provedor do serviço de comunicação com a internet (a
pacotes de A para chegar a D, passando por B e C, tiveram
empresa de telefonia – VELOX, SPEED –, a fornecedora da
dois saltos. E para chegar a D sem passar por B e C, o salto é
TV a cabo ou da internet a rádio). Enfim, alguém precisa
fornecer esse endereço IP internet válido e o seu roteador zero. Na transmissão de pacotes, o protocolo RIP usa a rota
precisa estar pronto para aceitá-lo e interconectar com sua cuja quantidade de saltos é menor.
rede para que as pessoas tenham acesso à internet através b) Protocolo OSPF (Open Shortest Path First – Proto-
daquele número. colo Aberto Baseado no Estado do Link). Sua tradução é
confusa (a tradução literal é: primeiro caminho mais curto
aberto), pois pode indicar que ele usa o mesmo mecanismo
do RIP. Na verdade este protocolo se preocupa com a qua-
lidade da comunicação entre os roteadores. Por exemplo,
na Figura anterior, para os pacotes da REDE 1 chegarem à
REDE 3 há dois caminhos (pelo roteador B ou pelo roteador
D). Neste protocolo, a escolha do caminho é baseada no
congestionamento ou funcionamento dos roteadores B e D.
A rota que estiver com tráfego mais rápido será usada como
intermediária para a passagem dos pacotes.
a) Faça um quadro-resumo do hardware de rede es-
tudado com pelo menos as seguintes informações: nome,
finalidade, taxa de transmissão, local onde você encontrou
o equipamento.
b) Peça ao seu tutor para mostrar como você pode
ver o IP de sua máquina.
c) Pelo que você entendeu, dois computadores po-
dem ter o mesmo endereço MAC? E o mesmo endereço IP?
Aborde as duas questões, considerando:
Ainda na Figura acima, você pode observar a existência
• os dois computadores na mesma rede;
de quatro redes locais interconectadas por roteadores. Na
• os dois computadores em redes diferentes.
camada de enlace, cada computador de cada rede possui seu
endereço MAC, válido dentro de sua própria rede. Na cama- Software de rede
da de rede, cada estação tem um endereço IP, definido para Os softwares de rede podem existir em diferentes níveis
que ela possa se comunicar com outras redes. de aplicação. Por exemplo, o próprio comunicador instan-
tâneo (como MSN ou MIRC) é um tipo de software para
Endereço IP funcionar em rede. Entre esses softwares, basicamente po-
É definido em classes, como A, B, C, D e E. Cada classe demos destacar:
possui uma faixa de endereçamento e é destinada a algum a) Sistemas Operacionais de Rede (SOR).
tipo de rede, como uma rede local particular, redes militares, b) Aplicativos para redes, como antivírus, MSN, etc.
redes governamentais ou a internet. Obtenha mais informa- c) Software de segurança e acesso de redes.
ções sobre este assunto em TORRES, Gabriel. Redes de com- Obviamente essa classificação é um tanto simplista se
putadores: curso completo. Axcel Books, 2001. Na internet, considerarmos a gama de produtos de software para redes
busque mais informações em http://www. hardware.com.br/ que existem. Vamos abordar apenas os Sistemas Operacio-
livros/ redes/hubs-switches-bridgesroteadores.html nais de Redes.

170
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os SORs são produtos de software que têm duas fun- Transferência de Arquivos
ções. A primeira é funcionar como um sistema operacional FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos FTP (abre-
comum, fazendo o controle dos recursos do computador viação para File Transfer Protocol - Protocolo de Transferên-
servidor, como o acesso a disco rígido ou memória. A se- cia de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
gunda função é fazer o controle do uso das redes que estão na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos
instaladas; por exemplo, o SOR pode controlar se você, como para, ou de computadores que se caracterizam como servi-
usuário da rede, pode ou não ter acesso a um arquivo no dores remotos.
disco rígido do servidor. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII -
Os SORs são classificados como ponto a ponto e cliente- código 7 bits) e arquivos não texto (Binários - código 8 bits).
servidor. Há uma diferença interessante entre enviar uma mensagem
1. Redes ponto a ponto – nessas redes, os sistemas ope- de correio eletrônico e realizar transferência de um arquivo.
racionais instalados em todos os computadores são do tipo A mensagem é sempre transferida como uma informação
cliente. Não é definido um computador específico para con- textual, enquanto a transferência de um arquivo pode ser
trole dos recursos da rede, como uma impressora, por exem- caracterizada como textual (ASCII) ou não-textual (binário).
plo. Os SORs mais comuns para essas redes são atualmente O que é um servidor remoto? Servidores remotos são
o Windows XP Professional Edition, Windows Vista Ultimate computadores que dedicam parcial ou integralmente a sua
Edition, Windows Seven e distribuições do Linux como Kuru- memória aos programas que chamamos de servidores. Pelo
mim, SUSE, Mandriva e Ubuntu. Esses SOs, configurados cor- fato destes computadores não serem o seu computador lo-
retamente, permitem aos computadores trocar dados através cal - aquele que está em seu trabalho, seu quarto ou em
de redes cabeadas ou sem fio. São indicados para redes locais um laboratório de sua universidade, é que os chamamos de
onde existam no máximo 20 computadores. Esse número não remoto, indicando que estão em algum outro ponto remoto
é um fator limitante, tecnologicamente falando; podem existir da Rede.
redes ponto a ponto com centenas de computadores. Os seus Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows
problemas são a organização e segurança, pois fica tudo mais ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma grande
difícil de controlar, já que não existe a figura de um servidor coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual com
que controle o acesso aos recursos da rede. Um ponto posi- suas particularidades e, portanto, com características dife-
tivo é sua facilidade de instalação e de configuração, que não rentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer tipo de
exigem suporte técnico muito especializado. computador, basta que nele exista um programa que o ca-
2. Redes cliente-servidor – os sistemas operacionais racterize como servidor de alguma coisa, por exemplo, FTP.
nessas redes são SOR Cliente ou SOR Servidor. Os computa- O que é um servidor de FTP? É um computador que
dores clientes possuem sistemas operacionais do tipo cliente, roda um programa que chamamos de servidor de FTP e,
os mesmos usados nas redes ponto a ponto; eles requisitam portanto, é capaz de se comunicar com outro computador
os serviços ou recursos da rede, como arquivos, impressoras na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP.
e internet, aos servidores. Os servidores rodam um SOR Ser-
vidor, como, por exemplo, o Windows 2003 Server, Windo- Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um cliente?
ws 2008 Server ou distribuições Linux para servidores. Esses Como tudo na Internet gira em torna do que chamamos
servidores permanecem todo o tempo rodando serviços e de arquitetura cliente-servidor, quando você instala um pro-
atendendo às solicitações dos clientes. Um exemplo de ser- grama que seja alguma aplicação para Internet, você obriga-
viço é a autenticação dos usuários que querem entrar na toriamente estará instalando uma aplicação cliente ou uma
rede: toda vez que o usuário sentar na frente do seu terminal aplicação servidor.
para usar a rede, é necessário que ele se identifique com um Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica
nome de usuário e senha; assim, a rede se torna mais segura, através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos
pois podem ser rastreados os momentos e a estação na qual entender uma aplicação servidora como quem atenderá a
o usuário se autenticou. Essas redes são mais complexas e estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exem-
mais caras, pois necessitam de um software servidor e pes- plo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em seu
soal técnico qualificado para instalar e manter os serviços computador, você está instalando o lado cliente da arquite-
oferecidos pelo servidor. tura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro
ponto da Rede, um computador que tem instalada e execu-
tando a parte servidora.
Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es-
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se
encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, a
parte cliente não saberá encontrar o servidor.
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga-
nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes-
sante replicar as informações em diversos computadores ao
redor do mundo de modo que a performance do acesso a
estas informações seja melhorada pela proximidade de um
mirror (espelho), que é um computador que espelha o con-
teúdo de um outro.

171
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com a CONCEITOS DE SEGURANÇA


quantidade de acessos a esse site é tão grande que eles
espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ga- A Segurança da Informação refere-se à proteção exis-
nha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de tente sobre as informações de uma determinada empresa,
arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto
por um site mais próximo de você. as informações corporativas quanto as pessoais.
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
Intranet, um mirror em potencial ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes-
Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta
Você inclusive já teve a oportunidade de conhecer um ao público para consulta ou aquisição.
pouco mais sobre isso em nossa edição número 2. Resu- Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não
midamente, podemos entendê-la como a migração da tec- de ferramentas) para a definição do nível de segurança
nologia Internet para dentro de uma empresa. Neste caso, existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para
podemos imaginar que os funcionários desta empresa se- análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis-
rão, certamente, usuários freqüentes de FTP. tente.
Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror A segurança de uma determinada informação pode ser
pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computa- afetada por fatores comportamentais e de uso de quem
dor da empresa precise dos clientes instalados, por exem- se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca
plo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de
de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fosse furtar, destruir ou modificar a informação.
criado um local no servidor da rede local, no qual todos os Antes de proteger, devemos saber:
softwares mais utilizados fossem espelhados. Com certeza • O que proteger.
a economia de tempo seria significativa. • De quem proteger.
• Pontos vulneráveis.
FTP anônimo versus FTP com autenticação • Processos a serem seguidos.
Existem dois tipos de conexão FTP. A primeira, e mais
utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso pos- MECANISMOS DE SEGURANÇA
suir um user name ou password (senha) no servidor de FTP, O suporte para as recomendações de segurança pode
bastando apenas identificar-se como anonymous (anôni- ser encontrado em:
mo). • CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o
Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura
de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do (que garante a existência da informação) que a suporta.
sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas
de segurança adequado, evitando que estranhos tenham nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm-
acesso a todas as informações da empresa. Quando se es- pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso
tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz rede, treinamento inadequado de funcionários, etc.
da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub, Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
etc, outgoing e incoming. da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno
O segundo tipo de conexão envolve uma autentica- de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte
ção, e portanto, é indispensável que o usuário possua um da segurança da informação. As medidas de proteção física
user name e uma password que sejam reconhecidas pelo são frequentemente citadas como “segurança computacio-
sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste nal”, visto que têm um importante papel também na pre-
caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no venção dos itens citados no parágrafo acima.
diretório criado para a conta do usuário - diretório home, O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados
e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu-
só escrever e ler arquivos nos quais ele possua permissão. ma se a segurança física não for garantida.
Alguns sites interessantes para FTP anônimo
ftp://ftp.sausage.com: arquivos sobre o editor HTML Instalação e Atualização
HotDog A maioria dos sistemas operacionais, principalmente
ftp://ftp.microsoft.com: arquivos sobre software, docu- as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli-
mentação e outros cativos que são instalados opcionalmente no processo de
ftp://ftp.shareware.com: arquivos variados sobre soft- instalação do sistema.
ware shareware Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos
ftp://ftp.qualcomm.com: arquivos sobre Eudora, e ou- sejam observados para garantir a segurança desde a insta-
tros software produzidos pela Qualcomm lação do sistema, dos quais podemos destacar:
ftp://ftp.uwp.edu: arquivos sobre games • Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne-
ftp://ftp.cica.indiana.edu: arquivos diversos sobre siste- cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o
mas operacionais e software em geral acesso de um atacante;

172
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Devem ser desativados todos os serviços de sistema - Filtros de Pacotes


que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au- Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele
tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá- controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens
rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um da Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall
atacante; verifica as informações sobre o endereço IP de origem e
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações destino do pacote e compara com uma lista de regras de
de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o acesso para determinar se pacote está autorizado ou não a
sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali- ser repassado através dele.
zados através da rede ou Internet; Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na
• Use partições diferentes para os diferentes tipos de maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, po-
dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da rém pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por
segurança; isto, o uso de roteadores como única defesa para uma rede
• Remova todas as contas de usuários não utilizadas: corporativa não é aconselhável.
Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se tamente no roteador, para uma maior performance e con-
acesso ao sistema.
trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Grande parte das invasões na Internet acontece devi-
firewall. Quando um grande número de regras é aplicado
do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os
diretamente no roteador, ele acaba perdendo performan-
administradores de sistemas não foram capazes de corrigir
ce. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a
a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente
pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
é descoberta, um grande número de ataques é realizado
com sucesso. Por isso é extremamente importante que os - Stateful Firewalls
administradores de sistemas se mantenham atualizados
sobre os principais problemas encontrados nos aplicati- Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire-
vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Ins-
específicos sobre segurança da Informação. As principais pection, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes.
empresas comerciais desenvolvedoras de software e as Esse tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pa-
principais distribuições Linux possuem boletins periódicos cote, não apenas seu cabeçalho, que contém apenas os en-
informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas dereços de origem e destino da informação. Ele é chama-
e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a do de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pacotes
possuir o recurso de atualização automática, facilitando para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele garante
ainda mais o processo. que o computador destino de uma informação tenha real-
mente solicitado anteriormente a informação através da
Firewalls conexão atual.
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos paco-
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli- tes, os stateful firewalls podem ainda manter as portas fe-
gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter- chadas até que uma conexão para a porta específica seja
net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá- requisitada. Isso permite uma maior proteção contra a
fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção ameaça de port scanning.
é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso
Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as - Firewalls em Nível de Aplicação
redes com a Internet), um computador rodando filtragens Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli-
de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um
cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de
hardware proprietário específico para função de firewall),
serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo
ou um conjunto desses sistemas.
o tráfego recebido e o envia para as aplicações correspon-
Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de
dentes; assim, cada aplicação pode controlar o uso de um
um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a
rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran- serviço.
do as políticas de acesso da organização. Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de
Podemos observar que o firewall é único ponto de performance, já que ele analisa toda a comunicação uti-
entrada da rede, quando isso acontece o firewall também lizando proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o
pode ser designado como check point. controle no tráfego, já que as aplicações específicas podem
De acordo com os mecanismos de funcionamentos detalhar melhor os eventos associados a um dado serviço.
dos firewalls podemos destacar três tipos principais: A maior dificuldade na sua implementação é a necessi-
• Filtros de pacotes dade de instalação e configuração de um proxy para cada
• Stateful Firewalls aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham
• Firewalls em Nível de Aplicação corretamente com esses mecanismos.

173
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Considerações sobre o uso de Firewalls A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro-
blemas não garantidos apenas com uso da criptografia para
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e codificar as informações: a Integridade e a Procedência.
são inestimáveis para segurança da informação, existem al- Ela utiliza uma função chamada one-way hash function,
guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a também conhecida como: compression function, crypto-
interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta- graphic checksum, message digest ou fingerprint. Essa fun-
ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro- ção gera uma string única sobre uma informação, se esse
ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário,
podem se tornar um único ponto de falha – o que quer significa que essa informação não foi alterada.
dizer que os firewalls são a última linha de defesa. Significa Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um
firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportu- novo hash pode ter sido calculado.
nidade de roubar ou destruir informações. Além disso, os Para solucionar esse problema, é utilizada a criptogra-
firewalls protegem a rede contra os ataques externos, mas fia assimétrica com a função das chaves num sentido inver-
não contra os ataques internos. No caso de funcionários so, onde o hash é criptografado usando a chave privada do
mal intencionados, os firewalls não garantem muita pro- remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave
teção. Finalmente, como mencionado os firewalls de filtros pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa ma-
de pacotes são falhos em alguns pontos. - As técnicas de neira garantimos a procedência, pois somente o remeten-
Spoofing podem ser um meio efetivo de anular a sua pro- te possui a chave privada para codificar o hash que será
teção. aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se- informação original, protegido pela criptografia, garantirá
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con- a integridade da informação.
junto com diversas outras medidas de segurança.
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que Mecanismos de garantia da integridade da informação
apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes /
blindagem / guardas / etc. Usando funções de “Hashing” ou de checagem, con-
sistindo na adição.
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem
ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente Mecanismos de controle de acesso
controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
mal intencionado. inteligentes.
Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
troles lógicos: Mecanismos de certificação

Mecanismos de encriptação Atesta a validade de um documento. O Certificado Di-


gital, também conhecido como Certificado de Identidade
A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas Digital associa a identidade de um titular a um par de cha-
palavras gregas: ves eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas
• CRIPTO = ocultar, esconder. em conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É
• GRAFIA = escrever uma versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cé-
Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou dula de Identidade - serve como prova de identidade, reco-
em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam nhecida diante de qualquer situação onde seja necessária a
uma mensagem incompreensível permitindo apenas que comprovação de identidade.
o destinatário que conheça a chave de encriptação possa O Certificado Digital pode ser usado em uma grande
decriptar e ler a mensagem com clareza. variedade de aplicações, como comércio eletrônico, grou-
Permitem a transformação reversível da informação de pware (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, fundos.
algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir Dessa forma, um cliente que compre em um shopping
de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi-
sequência de dados encriptados. A operação inversa é a cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a
desencriptação. identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por
ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá so-
Assinatura digital licitar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital,
para identificá-lo com segurança e precisão.
Um conjunto de dados encriptados, associados a um Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado
documento do qual são função, garantindo a integridade de Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e
do documento associado, mas não a sua confidencialidade. a comunicação com segurança não será estabelecida.

174
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Certificado de Identidade Digital é emitido e assi- um software pela Internet, o usuário tem certeza da identi-
nado por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate dade do fabricante do programa e que o software se man-
Authority). Para tanto, esta autoridade usa as mais avança- teve íntegro durante o processo de download. Os certifica-
das técnicas de criptografia disponíveis e de padrões inter- dos digitais se dividem em basicamente dois formatos: os
nacionais (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para certificados de uso geral (que seriam equivalentes a uma
a emissão e chancela digital dos Certificados de Identidade carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes
Digital. a cartões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados
Podemos destacar três elementos principais: de uso geral são emitidos diretamente para o usuário final,
- Informação de atributo: É a informação sobre o obje- enquanto que os de uso restrito são voltados basicamente
to que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode in- para empresas ou governo.
cluir seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua orga-
nização e o departamento da organização onde trabalha. Integridade: Medida em que um serviço/informação é
- Chave de informação pública: É a chave pública da genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por
entidade certificada. O certificado atua para associar a cha- intrusos.
ve pública à informação de atributo, descrita acima. A cha-
ve pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usual- Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é
mente é uma chave RSA. detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam-
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema,
assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona cre- enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo-
dibilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica rando uma vulnerabilidade daquele sistema.
a assinatura e acreditará na informação de atributo e chave
pública associadas se acreditar na Autoridade em Certifi- AMEAÇAS À SEGURANÇA
cação.
Existem diversos protocolos que usam os certificados Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco
digitais para comunicações seguras na Internet:
algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de
• Secure Socket Layer ou SSL;
alguma vulnerabilidade do ambiente.
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME;
Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
• Form Signing;
de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
• Authenticode / Objectsigning.
existem as prioridades; essas prioridades são os pontos que
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer-
podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o
tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites
que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de
seu projeto de Segurança.
CD, bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de ado-
ção onde apenas os servidores estavam identificados com Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de
certificados digitais, e assim tínhamos garantido, além da FVRDNE:
identidade do servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, ape- Falsificação
nas com a chegada dos certificados para os browsers é que
pudemos contar também com a identificação na ponta Falsificação de Identidade é quando se usa nome de
cliente, eliminando assim a necessidade do uso de senhas usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou
e logins. executar tarefas. Seguem dois exemplos:
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois • Falsificar mensagem de e-mail;
permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem • Executar pacotes de autenticação.
encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt
e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros com sua senha, grudado no seu monitor.
durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a
do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia Violação
da identidade de quem enviou o e-mail.
O Form Signing é uma tecnologia que permite que os A Violação ocorre quando os dados são alterados:
usuários emitam recibos online com seus certificados di- • Alterar dados durante a transmissão;
gitais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Ban- • Alterar dados em arquivos.
king e solicita uma transferência de fundos. O sistema do
banco, antes de fazer a operação, pede que o usuário as- Repudiação
sine com seu certificado digital um recibo confirmando a A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de
operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco para um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que
servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log
efetuado a transação. após um acesso indevido. Exemplos:
O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
permitem que um desenvolvedor de programas de com- • Comprar um produto e mais tarde negar que com-
putador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar prou.

175
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Divulgação • Principiante – não tem nenhuma experiência em pro-


gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não
A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/ou tem noção do que está fazendo ou das consequências da-
custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Serviço”, quele ato.
pois informações que não podiam ser acessadas por ter- • Intermediário – tem algum conhecimento de pro-
ceiros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para obter gramação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta
vantagem em negócios. pessoa pode querer algo além de testar um “Programinha
Dependendo da informação ela pode ser usada como Hacker”.
objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação: • Avançado – Programadores experientes, possuem co-
• Expor informações em mensagens de erro; nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar
• Expor código em sites. ataques estruturados. Certamente não estão só testando
os seus programas.
Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS) Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários
da empresa, e provavelmente estão se aproveitando de al-
A forma mais conhecida de ataque que consiste na guma vulnerabilidade do seu ambiente.
perturbação de um serviço, devido a danos físicos ou ló-
gicos causados no sistema que o suportam. Para provocar VULNERABILIDADES
um DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes
volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles
aos servidores que causam subcarga e estes últimos ficam que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilida-
impedidos de processar os pedidos normais. de do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas.
O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exem- Veja algumas vulnerabilidades:
plo: • Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas
• “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood); previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de com-
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados. plexidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server monitor é uma vulnerabilidade.
contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o • Software sem Patches – Um gerenciamento de Service
DHCP Server Local com solicitações de IP, fazendo com que Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade comum.
nenhuma estação com IP dinâmico obtenha endereço IP. Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster, sen-
do que suas respectivas correções já estavam disponíveis
Elevação de Privilégios bem antes dos ataques serem realizados.
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com
Acontece quando o usuário mal-intencionado quer contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis-
executar uma ação da qual não possui privilégios adminis- sões acima do necessário.
trativos suficientes: • Engenharia Social – O Administrador pode alterar
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios uma senha sem verificar a identidade da chamada.
do sistema; • Segurança fraca no Perímetro – Serviços desneces-
• Obter privilégios de administrador de forma ilegítima. sários, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados
Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador incorretamente.
da Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desblo- • Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de
queada, e com isso adicionar a sua própria conta aos gru- autenticação usando protocolos de texto simples, dados
pos Domain Admins, e Remote Desktop Users. Com isso importantes enviados em texto simples pela Internet.
ele faz o que quiser com a rede da empresa, mesmo que Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
esteja em casa. não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco
de suas vulnerabilidades.
Quem pode ser uma ameaça? Nem todos os problemas de segurança possuem uma
solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento
Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, de Risco, analisando e balanceando todas as informações
muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e
agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis impacto.
falhas). Estas pessoas são motivadas para fazer esta ilega-
lidade por vários motivos. Os principais motivos são: noto- NÍVEL DE SEGURANÇA
riedade, autoestima, vingança e o dinheiro. É sabido que Depois de identificado o potencial de ataque, as orga-
mais de 70% dos ataques partem de usuários legítimos de nizações têm que decidir o nível de segurança a estabele-
sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva corpora- cer para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a
ções a investir largamente em controles de segurança para necessitar de proteção. No nível de segurança devem ser
seus ambientes corporativos (intranet). quantificados os custos associados aos ataques e os asso-
É necessário identificar quem pode atacar a minha ciados à implementação de mecanismos de proteção para
rede, e qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa. minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque .

176
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

POLÍTICAS DE SEGURANÇA mamente raros e costumam ser bastante limitados. Esses


“programas maliciosos” receberam o nome vírus porque
De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han- possuem a característica de se multiplicar facilmente, assim
dbook), uma política de segurança consiste num conjunto como ocorre com os vírus reais, ou seja, os vírus biológicos.
formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários Eles se disseminam ou agem por meio de falhas ou limita-
dos recursos de uma organização. ções de determinados programas, se espalhando como em
As políticas de segurança devem ter implementação uma infecção.
realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade Para contaminarem os computadores, os vírus antiga-
dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e mente usavam disquetes ou arquivos infectados. Hoje, os
da direção. Deve também adaptar-se a alterações na orga- vírus podem atingir em poucos minutos milhares de com-
nização. As políticas de segurança fornecem um enquadra- putadores em todo mundo. Isso tudo graças à Internet. O
mento para a implementação de mecanismos de seguran- método de propagação mais comum é o uso de e-mails,
ça, definem procedimentos de segurança adequados, pro- onde o vírus usa um texto que tenta convencer o inter-
cessos de auditoria à segurança e estabelecem uma base nauta a clicar no arquivo em anexo. É nesse anexo que se
para procedimentos legais na sequência de ataques. encontra o vírus. Os meios de convencimento são muitos e
O documento que define a política de segurança deve costumam ser bastante criativos. O e-mail (e até o campo
assunto da mensagem) costuma ter textos que despertam
deixar de fora todos os aspetos técnicos de implementação
a curiosidade do internauta. Muitos exploram assuntos eró-
dos mecanismos de segurança, pois essa implementação
ticos ou abordam questões atuais. Alguns vírus podem até
pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um do- usar um remetente falso, fazendo o destinatário do e-mail
cumento de fácil leitura e compreensão, além de resumido. acreditar que se trata de uma mensagem verdadeira. Mui-
Algumas normas definem aspectos que devem ser le- tos internautas costumam identificar e-mails de vírus, mas
vados em consideração ao elaborar políticas de segurança. os criadores destas “pragas digitais” podem usar artifícios
Entre essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British inéditos que não poupam nem o usuário mais experiente.
Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão bra- O computador (ou, melhor dizendo, o sistema opera-
sileira desta primeira). cional), por si só, não tem como detectar a existência deste
Existem duas filosofias por trás de qualquer política programinha. Ele não é referenciado em nenhuma parte
de segurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente dos seus arquivos, ninguém sabe dele, e ele não costuma
permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proi- se mostrar antes do ataque fatal.
bido é permitido). Em linhas gerais, um vírus completo (entenda-se por
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não de- completo o vírus que usa todas as formas possíveis de con-
pende só da Tecnologia usada, mas também dos Proces- taminar e se ocultar) chega até a memória do computador
sos utilizados na sua implementação e da responsabilidade de duas formas.
que as Pessoas têm neste conjunto. Estar atento ao surgi- A primeira e a mais simples é a seguinte: em qualquer
mento de novas tecnologias não basta, é necessário en- disco (tanto disquete quanto HD) existe um setor que é lido
tender as necessidades do ambiente, e implantar políticas primeiro pelo sistema operacional quando o computador o
que conscientizem as pessoas a trabalhar de modo seguro. acessa. Este setor identifica o disco e informa como o siste-
Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que ma operacional (SO) deve agir. O vírus se aloja exatamente
instalando um bom Antivírus você elimina as suas vulnera- neste setor, e espera que o computador o acesse.
bilidades ou diminui a quantidade de ameaças. É extrema- A partir daí ele passa para a memória do computador
mente necessário conhecer o ambiente e fazer um estudo, e entra na segunda fase da infecção. Mas antes de falar-
para depois poder implementar ferramentas e soluções de mos da segunda fase, vamos analisar o segundo método
segurança. de infecção: o
vírus se agrega a um arquivo executável (fica pendura-
do mesmo nesse arquivo). Acessar o disco onde este arqui-
NOÇÕES BÁSICAS A RESPEITO DE VÍRUS DE COM-
vo está não é o suficiente para se contaminar.
PUTADOR
É preciso executar o arquivo contaminado. O vírus se
anexa, geralmente, em uma parte do arquivo onde não
DEFINIÇÃO E PROGRAMAS ANTIVÍRUS interfira no seu funcionamento (do arquivo), pois assim o
usuário não vai perceber nenhuma alteração e vai conti-
O que são vírus de computador? nuar usando o programa infectado.
Os vírus representam um dos maiores problemas para O vírus, após ter sido executado, fica escondido agora
usuários de computador. na memória do computador, e imediatamente infecta to-
Consistem em pequenos programas criados para cau- dos os discos que estão ligados ao computador, colocando
sar algum dano ao computador infectado, seja apagando uma cópia de si mesmo no tal setor que é lido primeiro
dados, seja capturando informações, seja alterando o fun- (chamado setor de boot), e quando o disco for transferido
cionamento normal da máquina. Os usuários dos sistemas para outro computador, este ao acessar o disco contami-
operacionais Windows são vítimas quase que exclusivas nado (lendo o setor de boot), executará o vírus e o alocará
de vírus, já que os sistemas da Microsoft são largamente na sua memória, o que por sua vez irá infectar todos os
usados no mundo todo. Existem vírus para sistemas ope- discos utilizados neste computador, e assim o vírus vai se
racionais Mac e os baseados em Unix, mas estes são extre- alastrando.

177
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os vírus que se anexam a arquivos infectam também Spywares, keyloggers e hijackers


todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados.
Alguns às vezes re-contaminam o mesmo arquivo tantas Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três
vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço nomes também representam perigo. Spywares são progra-
considerável (que é sempre muito precioso) em seu disco. mas que ficam “espionando” as atividades dos internautas
Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do ou capturam informações sobre eles. Para contaminar um
programa original, para não dar a menor pista de sua exis- computador, os spywares podem vir embutidos em soft-
tência. wares desconhecidos ou serem baixados automaticamente
Cada vírus possui um critério para começar o ataque quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa- Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem
gados, o micro começa a travar, documentos que não são vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos,
salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram destinados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O
mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estragos objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
muitos grandes. Hijackers são programas ou scripts que “sequestram”
navegadores de Internet, principalmente o Internet Explo-
TIPOS rer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do
browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagan-
Cavalo-de-Tróia das em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferra-
mentas no navegador e podem impedir acesso a determi-
A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi nados sites (como sites de software antivírus, por exemplo).
atribuída aos programas que permitem a invasão de um Os spywares e os keyloggers podem ser identificados
computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pra-
termo é análogo ao famoso artefato militar fabricado pelos gas são tão perigosas que alguns antivírus podem ser pre-
gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro parados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso
com um “presente de grego”, que seria um aplicativo qual- de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma ferramen-
quer. Quando o leigo o executa, o programa atua de forma ta desenvolvida especialmente para combater aquela pra-
diferente do que era esperado. ga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar no sistema
Ao contrário do que é erroneamente informado na mí-
operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-s-
dia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não
pywares conseguem “pegar”.
se reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de
computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso.
Hoaxes, o que são?
Deve-se levar em consideração, também, que a maioria dos
antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A ex-
pressão “Trojan” deve ser usada, exclusivamente, como defi- São boatos espalhados por mensagens de correio ele-
nição para programas que capturam dados sem o conheci- trônico, que servem para assustar o usuário de computa-
mento do usuário. dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um totalmente destrutivo que está circulando na rede e que in-
arquivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de rou- fectará o micro do destinatário enquanto a mensagem esti-
bar informações como passwords, logins e quaisquer dados, ver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada
sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a tecla ou link. Quem cria a mensagem hoax normalmente
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, costuma dizer que a informação partiu de uma empresa
poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas confiável, como IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá da-
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas nificar a máquina do usuário. Desconsidere a mensagem.
imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com-
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas. FIREWALL

Worm Firewall é um programa que monitora as conexões fei-


tas pelo seu computador para garantir que nenhum recur-
Os worms (vermes) podem ser interpretados como um so do seu computador esteja sendo usado indevidamente.
tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal di- São úteis para a prevenção de worms e trojans.
ferença entre eles está na forma de propagação: os worms
podem se propagar rapidamente para outros computado- ANTIVÍRUS
res, seja pela Internet, seja por meio de uma rede local. Ge-
ralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o Existe uma variedade enorme de softwares antivírus
usuário só nota o problema quando o computador apresen- no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o
ta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos
é a gama de possibilidades de propagação. O worm pode os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles
capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar para proteger seu sistema operacional.
serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de
ou qualquer outro meio que permita a contaminação de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antiví-
computadores (normalmente milhares) em pouco tempo. rus mais conhecidos:

178
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - É possível clicar no indicador de anexo para ver do que
Possui versão de teste. se trata? E como fazer em seguida?
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui Apenas clicar no indicador (que no MS Outlook Express
versão de teste. é uma imagem de um clip), sim. Mas cuidado para não dar
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga um clique duplo, ou clicar no nome do arquivo, pois se o
e outra gratuita para uso não comercial (com menos fun- anexo for um programa, será executado. Faça assim:
cionalidades). 1- Abra a janela da mensagem (em que o anexo apare-
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftwa- ce como um ícone no rodapé);
re.com.br - Possui versão de teste. 2- Salve o anexo em um diretório à sua escolha, o que
É importante frisar que a maioria destes desenvolve- pode ser feito de dois modos:
dores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remo- a) clicar o anexo com o botão direito do mouse e em
ver vírus específicos. Geralmente, tais softwares são criados seguida clicar em “Salvar como...”;
para combater vírus perigosos ou com alto grau de propa- b) sequência de comandos: Arquivo / Salvar anexos...
3- Passe um antivírus atualizado no anexo salvo para se
gação.
certificar de que este não está infectado.
Riscos dos “downloads”- Simplesmente baixar o pro-
PROTEÇÃO grama para o seu computador não causa infecção, seja por
FTP, ICQ, ou o que for. Mas de modo algum execute o pro-
A melhor política com relação à proteção do seu com- grama (de qualquer tipo, joguinhos, utilitários, protetores
putador contra vírus é possuir um bom software antivírus de tela, etc.) sem antes submetê-lo a um bom antivírus.
original instalado e atualizá-lo com frequência, pois surgem
vírus novos a cada dia. Portanto, a regra básica com relação O que acontece se ocorrer uma infecção?
a vírus (e outras infecções) é: Jamais execute programas Você ficará à mercê de pessoas inescrupulosas quan-
que não tenham sido obtidos de fontes absolutamente do estiver conectado à Internet. Elas poderão invadir seu
confiáveis. O tema dos vírus é muito extenso e não se pode computador e realizar atividades nocivas desde apenas ler
pretender abordá-lo aqui senão superficialmente, para dar seus arquivos, até causar danos como apagar arquivos, e
orientações essenciais. Vamos a algumas recomendações. até mesmo roubar suas senhas, causando todo o tipo de
Os processos mais comuns de se receber arquivos são prejuízos.
como anexos de mensagens de e-mail, através de progra-
mas de FTP, ou por meio de programas de comunicação, Como me proteger?
como o ICQ, o NetMeeting, etc. Em primeiro lugar, voltemos a enfatizar a atitude bá-
Note que: sica de evitar executar programas desconhecidos ou de
origem duvidosa. Portanto, mais uma vez, Jamais execute
Não existem vírus de e-mail. O que existem são vírus
programas que não tenham sido obtidos de fontes absolu-
escondidos em programas anexados ao e-mail. Você não
tamente confiáveis.
infecta seu computador só de ler uma mensagem de cor-
Além disto, há a questão das senhas. Se o seu micro
reio eletrônico escrita em formato texto (.txt). Mas evite ler estiver infectado outras pessoas poderiam acessar as suas
o conteúdo de arquivos anexados sem antes certificar-se senhas. E troca-las não seria uma solução definitiva, pois
de que eles estão livres de vírus. Salve-os em um diretório os invasores poderiam entrar no seu micro outra vez e
e passe um programa antivírus atualizado. Só depois abra rouba-la novamente. Portanto, como medida extrema de
o arquivo. prevenção, o melhor mesmo é NÃO DEIXAR AS SENHAS
Cuidados que se deve tomar com mensagens de cor- NO COMPUTADOR. Isto quer dizer que você não deve usar,
reio eletrônico – Como já foi falado, simplesmente ler a ou deve desabilitar, se já usa, os recursos do tipo “lembrar
mensagem não causa qualquer problema. No entanto, se a senha”. Eles gravam sua senha para evitar a necessidade
mensagem contém anexos (ou attachments, em Inglês), é de digitá-la novamente. Só que, se a sua senha está grava-
preciso cuidado. O anexo pode ser um arquivo executável da no seu computador, ela pode ser lida por um invasor.
(programa) e, portanto, pode estar contaminado. A não ser Atualmente, é altamente recomendável que você prefira
que você tenha certeza absoluta da integridade do arquivo, digitar a senha a cada vez que faz uma conexão. Abra mão
é melhor ser precavido e suspeitar. Não abra o arquivo sem do conforto em favor da sua segurança.
antes passá-lo por uma análise do antivírus atualizado
Mas se o anexo não for um programa, for um arquivo
apenas de texto, é possível relaxar os cuidados?
Não. Infelizmente, os criadores de vírus são muito ati-
vos, e existem hoje, disseminando-se rapidamente, vírus
que contaminam arquivos do MS Word ou do MS Excel.
São os chamados vírus de macro, que infectam os macros
(executáveis) destes arquivos. Assim, não abra anexos deste
tipo sem prévia verificação.

179
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Provedores de Acesso: São instituições que se conec-


4. PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi-
(MICROSOFT INTERNET EXPLORER, MOZILLA bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
FIREFOX, GOOGLE CHROME E SIMILARES) • Provedores de Informação: São instituições que dis-
ponibilizam informação através da Internet.

Endereço Eletrônico ou URL


INTERNET Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
conhecer o seu endereço.
“Imagine que fosse descoberto um continente tão Este endereço, que é único, também é considerado sua
vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur-
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim:
do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportu- www.xxxx.com.br
nidades que os empreendedores seriam poucos para apro- Onde:
veitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se www = protocolo da World Wide Web
expandiria com o desenvolvimento.” xxx = domínio
John P. Barlow com = comercial
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear br = brasil
ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentá-
gono. WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé-
cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec- É um serviço disponível na Internet que possui um con-
tando bases militares, em quatro localidades. junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições bilizados a qualquer um.
norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti-
a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conec- liza uma linguagem especial, chamada HTML.
tados, porém o padrão de conversação entre as máquinas
se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos. Domínio
Era necessário criar um modelo padrão e universal
Designa o dono do endereço eletrônico em ques-
para que as máquinas continuassem trocando dados,
tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria por-
tanto que mais outras máquinas fossem inseridas àquela localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
rede. .com = Instituição comercial ou provedor de serviço
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrô- .edu = Instituição acadêmica
nico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as .gov = Instituição governamental
máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim .mil = Instituição militar norte-americana
no ano seguinte a rede se torna internacional. .net = Provedor de serviços em redes
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do .org = Organização sem fins lucrativos
Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aqui-
lo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portan- HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de
to o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a Trasferência em Hipertexto
nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasi- É um protocolo ou língua específica da internet, res-
leiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 ponsável pela comunicação entre computadores.
caísse no domínio público. Um hipertexto é um texto em formato digital, e
Com esta popularidade e o surgimento de softwares pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
de navegação de interface amigável, no fim da década de ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
informática começaram a utilizar a rede internacional. forma de blocos de textos, imagens ou sons.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
Acesso à Internet mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço outro documento.
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de Home Page
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam Sendo assim, home page designa a página inicial, prin-
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela cipal do site ou web page.
relacionados, e em função do serviço classificam-se em:
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou
• Provedores de Backbone: São instituições que cons-
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis-
troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
acesso à Internet para redes locais;
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.

180
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de


Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
nho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
transmissão através da Internet, evitando longos perío-
dos de espera e congestionamento na rede).

Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
web. ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
HTML, apresentando as páginas formatadas para os projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
usuários. e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
ARQUITETURAS DE REDES das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
As modernas redes de computadores são projetadas nhe um conjunto específico de funções bem compreendi-
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa- das. Além de minimizar a quantidade de informações que
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação. deve ser passada de camada em camada, interfaces bem
definidas também tornam fácil a troca da implementação
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS de uma camada por outra implementação completamente
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas
redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons- por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o implementação é que ela ofereça à camada superior exa-
nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de tamente os mesmos serviços que a implementação antiga
uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro- oferecia.
pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama- O conjunto de camadas e protocolos é chamado de
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve
como os serviços oferecidos são de fato implementados. conter informações suficientes para que um implementa-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de
A camada n em uma máquina estabelece uma con- cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao
versão com a camada n em outra máquina. As regras e protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura,
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus- pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e
trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas. não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces-
As entidades que compõem as camadas correspondentes sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede
em máquinas diferentes são chamadas de processos par- sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor-
ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que retamente todos os protocolos.
se comunicam utilizando o protocolo.
O endereço IP
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
da camada n em uma máquina para a camada n em outra Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor- recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
mações de controle para a camada imediatamente abaixo, quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co- transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação Também é graças ao seu endereço - único para cada resi-
física através de linhas sólidas. dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
de água, aquele produto que você comprou em uma loja
on-line, enfim.

181
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta-
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- dos;
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza- 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
recurso que também é utilizado para redes locais, como a 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
existente na empresa que você trabalha, por exemplo. Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
O endereço IP é uma sequência de números composta Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro servado.
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um As três primeiras classes são assim divididas para aten-
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já der às seguintes necessidades:
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. - Os endereços IP da classe A são usados em locais
onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
zado como identificador da rede e os demais servem como
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi- restantes para identificar os dispositivos;
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en- - Os endereços IP da classe C são usados em locais que
requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
a organização das casas da região onde você mora. Neste
são usados para identificar a rede e o último é utilizado
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
para identificar as máquinas.
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
especiais para a comunicação entre os computadores, en-
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
octetos são usados na identificação de computadores.
ras ou experimentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-
Classes de endereços IP dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
ser utilizados tanto para identificar o seu computador den- é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço
tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja,
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de
putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má- localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para
quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer maneira simultânea.
sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um Endereços IP privados
endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta, Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são
cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni- privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados
co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se na internet, sendo reservados para aplicações locais. São,
então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta essencialmente, estes:
a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa- -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
lhar toda a rede. -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re- -Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
des locais quanto para utilização na internet, contamos com Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es-
IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In- tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50,
ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O
basicamente, divide os endereços em três classes principais que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não.
e mais duas complementares. São elas: Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa-

182
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

mento de rede - como um roteador - que receba a cone- 11111111.11111111.11111111.00000000


xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos Perceba então que, aqui, temos uma máscara forma-
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento da por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para
precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema
de computadores. com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as pos-
sibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns
Máscara de sub-rede zeros do último octeto por 1.
As classes IP ajudam na organização deste tipo de en- Suponha que trocamos os três primeiros bits do últi-
dereçamento, mas podem também representar desperdí- mo octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita),
cio. Uma solução bastante interessante para isso atende resultando em:
pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte 11111111.11111111.11111111.11100000
dos números que um octeto destinado a identificar dis- Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de
bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-re-
positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a
des. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possi-
capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en-
bilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para
xergar as classes A, B e C da seguinte forma:
o endereçamento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5
- A: N.H.H.H; = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (esta-
- B: N.N.H.H; mos fazendo estes cálculos sem considerar limitações que
- C: N.N.N.H. possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o 11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultan-
uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se te é 255.255.255.224.
“transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser
de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits empregado também em endereços classes A e B, conforme
são destinados para a identificação da rede e quantos são a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível
utilizados para identificar os dispositivos. utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: IP estático e IP dinâmico
se um octeto é usado para identificação da rede, este re- IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanen-
ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é temente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub exceto se tal ação for executada manualmente. Como
-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via
desta relação: ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus as-
sinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará
o mesmo IP.
Identificador O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado
Identificador Máscara a um computador quando este se conecta à rede, mas que
Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que
computador
você conectou seu computador à internet hoje. Quando
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0 você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para en-
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0 tender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0 tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâ-
micos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais
máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador rece-
Você percebe então que podemos ter redes com más-
berá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que
cara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indi- não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os
cando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode ha- provedores de internet trabalham.
ver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ-
que uma faculdade tenha que criar uma rede para cada um micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration
de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. Protocol).
A solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser
melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desper- IP nos sites
dício. Uma forma de contornar este problema é criar uma Você já sabe que os sites na Web também necessitam
rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.in-
máscaras novamente entram em ação. fowester.com, por exemplo, como é que o seu computador
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá
estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). -lo?
255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez, Quando você digitar um endereço qualquer de um site,
é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado.
255.255.255.0, é: Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sis-
tema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante

183
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se,


por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o
sistema envia a solicitação a um servidor responsável por
terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do
endereço e responderá à solicitação. Se o site solicitado
termina com “.br”, um servidor responsável por esta termi-
nação é consultado e assim por diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
nos deparamos com um grande problema: o número de saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras) você pode visitar sites como whatsmyip.org.
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, Provedor
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607. sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
alto! mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Em-
bratel, que por sua vez, está conectada com outros computa-
dores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a cone-
xão física que interliga o provedor de acesso com a Embratel.
Neste caso, a Embratel é conhecida como backbone, ou seja,
é a “espinha dorsal” da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o
backbone como se fosse uma avenida de três pistas e os links
como se fossem as ruas que estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au-
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo e um endereço eletrônico na Internet.
pode ser, por exemplo:
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF URL - Uniform Resource Locator
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
Finalizando tificação de onde está localizado o computador e quais re-
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do http://www.novaconcursos.com.br
mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. Será mais bem explicado adiante.
Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões. Como descobrir um endereço na Internet?
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio- Para que possamos entender melhor, vamos exempli-
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos ficar.
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se mações que preciso?
aprofundar nas duas especificações. Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
A esta altura, você também deve estar querendo des- procura, que são sites que possuem um enorme banco de
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por ges), que permitem a procura por um determinado assun-
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. de páginas encontradas.

184
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe- em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui- ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces- g-ins são encontradas na página:
sivamente. http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi-
Barra de endereços ces/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
temos uma relação de alguns deles:
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar etc.).
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
reço da página. - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
Alguns sites interessantes: PCX, etc.).
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) - Negócios e Utilitários
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) - Apresentações
• www.cefetrs.tche.br (Cefet)
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú- FTP - Transferência de Arquivos
blico) Permite copiar arquivos de um computador da Internet
• www.siapenet.gog.br (contracheque) para o seu computador.
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) Os programas disponíveis na Internet podem ser:
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) • Freeware: Programa livre que pode ser distribuí-
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para
Identificação de endereços de um site sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste
Exemplo: http://www.pelotas.com.br programa.
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de • Shareware: Programa demonstração que pode ser
comunicação utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
.com -> tipo de organização mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
......br -> identifica o país exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
Tipos de Organizações: que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam. tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
edu teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.
com Navegar nas páginas
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil um documento normal e de links das próprias páginas.
.net -> computadores com funções de administrar re-
des. Exemplo: embratel.net Como salvar documentos, arquivos e sites
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
care.org
Como copiar e colar para um editor de textos
Home Page Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
Pela definição técnica temos que uma Home Page é o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html

PLUG-INS Abra o editor de texto clique em colar


Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes

185
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
participar de novelas interativas. As informações na Web
são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
pondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces- quisa.
sar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
científicas. Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
O WWW não dispunha de gráficos em seus primór- pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto vras com ou sem acento.
WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
dor (também conhecido como browser) de páginas capaz Opções de pesquisa
não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a Web: pesquisa em todos os sites
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape Exemplo do resultado se uma pesquisa.
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um deter-


minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet.
• http://cade.search.yahoo.com Exemplo:
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br

186
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- O grande sucesso da Internet, é particularmente da


dos por assunto em categorias. Exemplo: World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
Como escolher palavra-chave informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in-
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
cluam a palavra digitada.
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas
nante explosão na informação disponível na Internet, que
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
sequência de termos que foram digitadas. Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna que tem interessado um número cada vez maior de em-
páginas que incluam todas presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• as palavras aleatoriamente na página. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- advento e disseminação promete operar uma revolução
cam antes do sinal de tão profunda para a vida organizacional quanto o apareci-
• menos são excluídas da pesquisa. mento das primeiras redes locais de computadores, no final
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um da década de 80.
cálculo em um site de pesquisa.
O que é Intranet?
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
Por exemplo: 3+4 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
projetadas para a comunicação por computador entre em-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
Irá retornar: rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
O resultado da pesquisa etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for- razões para este sucesso, estão o custo de implantação re-
ma: lativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

Aplicações da Intranet
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
INTRANET nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In- diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. • Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- • Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
mações particulares dentro da estrutura de comunicações Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de
da empresa. membros das equipes, situações de projetos;

187
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
nuais de qualidade; informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
nefícios. estações clientes.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. nários acessam as informações colocadas à sua disposição
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
quase somente em clicar nos links que remetem às novas permite folhear os documentos.
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa Comparando Intranet com Internet
complexa e exige a presença de profissionais especializa- Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
sua diversidade de funções e a quantidade de informações
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
nela armazenadas.
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
A intranet é baseada em quatro conceitos:
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
• Conectividade - A base de conexão dos computa-
guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
qualquer tipo de informação digital entre si; ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
forma transparente; escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
• Navegação - É possível passar de um documento a tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
facilitam o acesso não linear aos documentos; ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão medida da necessidade de uma abordagem organizada.
que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
A vantagem da intranet é que esses programas são ati- num ambiente controlado e seguro.
vados através da WWW, permitindo grande flexibilidade.
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande Vantagens e Desvantagens da Intranet
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos Alguns dos benefícios são:
que obedeçam aos três conceitos anteriores. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
de software, e-mail e processamento de pedidos;
Como montar uma Intranet • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em suporte telefônico;
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
empresas, e em instalar um servidor Web. técnicas e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo-
remotas;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
• Incrementando o acesso a informações da concor-
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
rência;
ou qualquer outro tipo de arquivo.
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação ceiros (revendas);
utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O pri- • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
meiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser à informação;
com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio • Uma única interface amigável e consistente para
de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência aprender e usar;
de arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. reza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;

188
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os


informação; usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado
• Redução no tempo de configuração e atualização dos a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
sistemas; ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
• Simplificação e/ou redução das licenças de software
e outros; Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
• Redução de custos de documentação; mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave
• Redução de custos de suporte; secreta de descriptografia. Um método de criptografia am-
• Redução de redundância na criação e manutenção plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
de páginas; tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS
• Redução de custos de arquivamento; - um protocolo Web seguro;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
segura entre uma intranet e a Internet através de servi-
Alguns dos empecilhos são: dores proxy, que são programas que residem no firewall
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola- e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe- no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por
los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne- exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
cessário configurar e manter aplicativos separados, como da empresa acessem servidores Web externos, mas não o
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unifi- contrário.
cado, como faria com um pacote de software para grupo Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
de trabalho; Os dispositivos para a realização de cópias de seguran-
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra- com grande capacidade de armazenamento, tapes...
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu-
Queremos ainda referir que para o funcionamento de
ções de software para grupo de trabalho que funcionam
uma rede existem outros conceitos como topologias/con-
com os protocolos de transmissão de redes local existentes;
figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans-
remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
missão …
volver aplicativos cliente/servidor.
Como a Intranet é ligada à Internet
EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei-
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre-
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Segurança da Intranet Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
trole de acesso e criptografia. Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve- servidor FTP etc.

189
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en- Multitarefas com guias e janelas
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em uma
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, fechar
novas soluções. e alternar os sites. A barra de guias mostra todas as guias ou
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea- janelas que estão abertas no Internet Explorer. Para ver a barra
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- de guias, passe o dedo de baixo para cima (ou clique) na tela.
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento,
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
distribuição, contabilidade entre outros.

Internet Explorer3
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.

Noções básicas sobre navegação


Mãos à obra. Para abrir o Internet  Explorer,  toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial. Abrindo e alternando as guias
Uma barra de endereços, três formas de usar Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão
A barra de endereços é o seu ponto de partida para Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar visitados.
ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas
do caminho quando não está em uso para dar mais espaço na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na char no canto de cada guia.
parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três
maneiras de utilizá-la:

Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços


para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços. Usando várias janelas de navegação
Também é possível abrir várias janelas no Internet Ex-
plorer  11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma
nova janela, pressione e segure o bloco Internet  Explorer
(ou clique nele com o botão direito do mouse) na tela Ini-
cial e, em seguida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela.
Abra uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado
direito ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra
janela a partir do lado esquerdo da tela.
Dica
Você pode manter a barra de endereços e as guias en-
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer
pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, to-
que ou clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre
3 Fonte: Ajuda do Internet Explorer mostrar a barra de endereços e as guias para Ativado.

190
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Personalizando sua navegação Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-


Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso guida, toque ou clique em Adicionar.
do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Para fixar um site na tela Inicial


A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o
que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e
organizá-los em grupos na tela Inicial.

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-
figurações.
Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can- de baixo para cima (ou clique).
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
cima e clique em Configurações.) no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque Fixar na Tela Inicial.
ou clique em Gerenciar.
Insira a URL de um site que gostaria de definir como Dica
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
estiver em um site que gostaria de transformar em home tocando ou clicando no botão Favoritos ou no botão
page. Guias nos comandos de aplicativos.

Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
Vá até um site que deseja adicionar. página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique mente.
no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.

191
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-


tura desativado

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela
diretamente do Internet  Explorer, sem sair da página em
que você está.
Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei- Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
tura ativado Compartilhar.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi-
Para personalizar as configurações do modo de exibi- to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique
ção de leitura em Compartilhar.)
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
figurações. Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista
de Leitura.
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para Ajudando a proteger sua privacidade
cima e clique em Configurações.) Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
lecionar. rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
lhor a sua privacidade durante a navegação:
Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze-
nam informações como o seu histórico de pesquisa para
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá-
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe-
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.

192
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do · Pesquisa inteligente;


Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras- · O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo- barra de ferramentas e abre direto a página com os resul-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza-
rastreamento das páginas que você visita, os links em que dor de palavras na página busca pelo texto na medida em
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No que você as digita, agilizando a busca;
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras- · Favoritos RSS;
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar · A integração do RSS nos favoritos permite que você
as informações que podem ser coletadas por terceiros so- fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
privacidade para os sites que visita. a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
FIREFOX4 · Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
Firefox é um navegador web de código aberto e mul- área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da pode ser personalizada sem problemas;
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, nave- · Você decide como deve ser seu navegador;
gação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte para · O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
sincronização de informações, gerenciador de senhas, blo- te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, ins-
queador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corretor tale extensões que adiciona novas funções, adicione temas
ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds RSS que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis-
e outros recursos. mos nos campos de pesquisa.
Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor-
ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado
(Pt Br). para a sua necessidade:
Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake · Fácil utilização;
Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de · Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
navegação pela internet se desmembrou de outras ferra- tem todas as funções que você está acostumado - favori-
mentas e se tornou um browser independente. No começo, tos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as pá-
o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos ginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades
do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de intuitivas;
milhões de downloads. · Compacto;
Não demorou muito para que o navegador começasse · A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob- Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente o seu computador em uma conexão discada e segunda em
assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es- uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer. tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.
Seu sistema de abas permite que o usuário navegue
em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân- Principais novidades
cias do programa. A função de navegação privativa é muito Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico, - As opções que você mais acessa, todas no mesmo
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista lugar
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre- - Pensado para facilitar o acesso
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com te do Firefox
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
sincronização de dados na nuvem.

Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
4 Fonte: Ajuda do Firefox

193
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conheça o Firefox Hello Como funcionam as sugestões de sites?


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual- O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo-
quer lugar gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple- primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
mentos. serão eventualmente substituídos por sites visitados com
- Escolha como você quer pesquisar mais frequência.

Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente


- Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você
digita Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba
- Escolha o site certo para cada pesquisa
- Use a estrela para adicionar Favoritos Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir
seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
superior direito da nova aba.

Exibir seus sites principais


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco


Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele-
cione Exibir página em branco.

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

194
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Desativar os controles da Nova Aba Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os rastá-los para a página Nova Aba.
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New tórico.
Tab Override (browser.newtab.url replacement). Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Personalizar a página Nova aba Arraste um favorito para dentro da posição que você
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites quiser.
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges- Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tão para fixá-la naquela posição na página. tador?
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su- O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
Remover dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante:  O  Sync  requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes:
- Crie uma conta do Sync
Clique no “X” no canto superior direito do site para ex- Clique no botão de menu   e depois em Entrar no
cluí-lo da página. Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

Reorganizar

Nota: Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
você precisará disso mais tarde para entrar.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição
que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Adicionar um dos seus favoritos

195
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conecte dispositivos adicionais ao Sync Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um
Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o favorito?
resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
senha que usou no começo da configuração do sync. mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
Clique no botão de menu    , e, em seguida, clique recerá.
em Entrar no Sync.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

Na janela Propriedades do favorito você pode modifi-


car qualquer um dos seguintes detalhes:
Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos
nova conta do Sync. em menus.
Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele-
a sincronização de suas informações através dos seus dis- cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
positivos conectados. Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam-
bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
Remover um dispositivo do Sync todas as pastas de favoritos.
Clique no botão   para expandir o Menu. Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync. ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais
sincronizado. Onde posso encontrar meus favoritos?
A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
Os favoritos são atalhos para as páginas da web que você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa-
você mais gosta. recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao
Como eu crio um favorito? seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até
Fácil — é só clicar na estrela! lá instantaneamente.
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na
Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Como eu organizo os meus favoritos?


Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? favoritos.
Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos
para finalizar.

196
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo-


ritos
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado
no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza- ver.
dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late- Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você botão Organizar e selecione Excluir.
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
“Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
ra de navegação).

Criando novas pastas

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos


os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta....

Como eu ativo a Barra de favoritos?


Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seginte:
Clique no botão e escolhe Personalizar.
Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
quisa.
Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.
Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-
mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.

197
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionando favoritos em pastas As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-


Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que Ordenar visualizações na janela Biblioteca
você deseja mover. Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para cação, use a janela Biblioteca:
mover o favorito para a pasta. Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Ordenando por nome No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
Clique com o botão direito do mouse na pasta que de- escolha uma ordem de classificação.
seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas
serão colocados em ordem alfabética. para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no
menu ou no botão de favoritos.
Definindo a Página Inicial
Veja como abrir automaticamente qualquer página
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági-
na inicial .
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refle- gina inicial.
tido na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
Reorganizando manualmente
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.
Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-
tão disponíveis na janela Opções .

Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-


nela que foi aberta vá para o painel Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página
em branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas an-
teriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini-
ciais, abrindo cada página em uma aba separada.

Para restaurar as configurações da página inicial, siga


os seguintes passos:
Clique no botão , depois em Opções
Selecione o painel Geral.
Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar- Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo
raste-o para cima da pasta. abaixo do campo Página Inicial.

198
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas


informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.

Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa


As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de-
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações das opções do Firefox:
feitas serão salvas automaticamente.

Sugestões de pesquisa no Firefox


Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa,
as quais são baseadas em pesquisas populares que outras
pessoas fazem e que estão relacionadas com uma pala-
vra ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de
Pesquisa estão ativadas, o texto que você digita em um
campo de pesquisa é enviado para o mecanismo de busca,
o qual analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas
relacionadas.

Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços,


marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra
de localização.

Usando a Barra de Pesquisa


Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer-
ramentas ou na página de Nova Aba.

Como as sugestões de pesquisa funcionam


Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon-
de ao que você está procurando, clique nela para ver re-
sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar
tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando
com menos digitação.
Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras- Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-
chave que você digita num campo de busca para o me- tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
pesquisa incluem: sas anteriores (se estiver ativado).
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
podem ser desativadas separadamente)

199
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos
baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do
download:

Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-


mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo.
Mecanismos de pesquisa disponíveis
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes-
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca
para evitar espionagem. clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo painel de Downloads.
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.

Gerenciador de Downloads

A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar-


quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar-
quivos e configurar as definições de download.

Como faço para acessar meus downloads? A Biblioteca mostra essas informações para todos os
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra- eles do seu histórico.
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.

Durante um download, o icone de download muda


para um timer que mostra o progresso do seu download.
O timer volta a ser uma seta quando o download for con-
cluído.

200
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor- Desative o modo Tela inteira
tantes.Quando você quiser continuar o download desses Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione para seu tamanho normal.
Continue. Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de
Cancelar : Se depois de iniciar o download você de- ferramentas reaparecer
cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download Clique no botão menu no lado direito da barra de
é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo. ferramentas e selecione Tela inteira.
Este botão se transformará em um símbolo de atualização, Atalhos de teclado
clique novamente para reiniciar o download. Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode do teclado.
dar um clique no arquivo para abrir-lo.
Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha concluído Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a
o download, o ícone à direita da entrada do arquivo torna- tecla F11.
se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta Nota: Em computadores com teclado compacto (como
que contém esse arquivo. netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina-
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o ção de teclas fn + F11.
registro de um determinado download, simplesmente cli-
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir Histórico
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
apagar o arquivo em si. várias informações suas, como por exemplo: sites que você
Repetir um download : Se por qualquer razão um visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de
download não completar, clique no botão a direita do ar- formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar. de histórico. No entanto, se estiver usando um computador
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads público ou compartilha um computador com alguém, você
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico pode não querer que outras pessoas vejam esses dados.
de itens baixados.

Como deixar o Firefox em tela inteira


Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta-
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou
só porque quer!
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.
Clique no botão menu no lado direito da barra de
ferramentas e selecione Tela inteira.

201
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Que coisas estão incluídas no meu histórico? Como limpo meu histórico?
Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


selecionar exatamente quais informações você quer que
Histórico de navegação e downloads: Histórico de na- sejam limpas.
vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
exibidos na janela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
os itens que você preencheu em formulários de páginas
web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
ticação e preferências do site. Também incluem informa-
ções e preferências do site armazenadas por plugins como
o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
terceiros para rastreá-lo entre páginas. Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela
Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash será fechada e os itens selecionados serão limpos.
você precisa estar usando a versão mais recente do plugin. Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto-
Cache: O cache armazena arquivos temporariamente, maticamente?
tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar
baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas o Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito
e sites que você já visitou mais rápido. automaticamente assim que você sair, assim você não es-
Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web- quece.
site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente Clique no botão , depois em Opções
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao Selecione o painel Privacidade.
limpar estes registros você sai destes sites. Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações.
Dados offline de sites: Se você permitir, um website
pode guardar informações em seu computador para que
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo
o nível de zoom salvo para cada página específica, codi-
ficação de caracteres e as permissões de páginas (como
excessões para bloqueadores de anúncios) estão descritas
em janela de Propriedades da Página.

202
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nos resultados da busca, clique com o botão direito no


site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fe-


char.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico, Finalmente, feche a janela Biblioteca.
marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
ticamente sempre que você sair do Firefox. O leitor de PDF
O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua-
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre
no Google Chrome, que também suporta a visualização de
arquivos PDF nativamente.
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con-
troles são exibidos na parte superior, com os quais você
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re-
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es-
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre-
sentação e exibir o PDF em tela cheia.
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK converte os PDFs para o HTML 5.
para fechar a janela Configurações para a limpeza do his-
tórico.
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para remover um único site do meu histó-
rico?
Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
abrir a janela da Biblioteca.
Use o campo Localizar no histórico no canto superior
direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.

203
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Imprimindo uma página web Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
nas da página web atual será impressa:
Clique no menu e depois em Imprimir. Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as con-


figurações do que você está prestes a imprimir, se for ne-
cessário.
Clique em OK para iniciar a impressão.
Janela de configurações de impressão

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.
O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo
dentro da última borda que você clicou.
Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo
de todas as bordas, mas em páginas separadas.
Mudando a configuração da página
Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
Seção Impressoras: ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu- ferências do Firefox em uma base por impressora.
dar qual a impressora imprimirá a página que você está
vendo.
Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
uma página da web é impressa com a impressora selecio-
nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
cíficas da impressora.

204
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formato e Opções Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode al-


terar:
Margens: Você pode colocar a largura da margem se-
paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página.
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
Na aba Formato e Opções você pode alterar: toda página impressa.
Formato: Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e janela de configuração de páginas.
páginas web.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas. Visualizar impressão
Escala: Para tentar uma página web em menos folhas Para ver como a página web que você quer imprimir
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
ajusta automaticamente a escala. fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens A janela de pré-visualização permite mudar algumas
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário, das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
Firefox imprimirá com o fundo branco. clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá-
Margens e Cabeçalho/ Rodapé gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao
lado do campo Página: para trocar as páginas do docu-
mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última
página, as setas únicas vão para a próxima página ou a
anterior. Você também pode ajustar a escala e o formato
(veja acima).

Clique em Fechar para sair da visualização da impres-


são.
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone,
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os ami-
gos que estão em navegadores suportados pelo WebRTC
como Firefox, Chrome, ou Opera.
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega-
ção Privada.
Iniciar uma conversa
Clique no botão Hello .
Clique em Navegar nessa página com um amigo.

205
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Navegação Privativa
Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anôni-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Use as seguintes opções para convidar seus amigos: Além disso, a navegação privativa não o protege de key-
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu
computador

Como abrir uma nova janela privativa?


Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri-
vativa.
Abrir uma nova Janela Privativa vazia
Clique no botão de menu e depois em Nova janela
privativa.

Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-


gens preferida clicando em Copiar Link.
Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
e-mail padrão.

Compartilhar no Facebook.
Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
alerta.
Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa

Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil! Abrir um link em nova janela privativa
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir
página para entrar na conversa. link em uma nova janela privativa no menu contextual.

Controlar suas notificações


Você pode desligar as notificações no Firefox se você
preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:

Clique no botão do Hello .


Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
escolha Desligar notificações.

206
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca- Como saber se a minha conexão com um site é se-
ra roxa no topo. gura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter
sua informação pessoal.

O que a navegação privativa não salva?


Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi- O botão de Identidade do Site estar na barra de ende-
blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar. reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan-
Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do
digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de Site será um cadeado verde.
busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
não serão listados na Janela de Downloads depois de de- No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-
sativar a Navegação Privativa. bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si- alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
tes que você visita como preferências, status de login, e os amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha.
dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies
também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en-
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In- dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de
serão salvo. segurança da conexão e alterar algumas configurações de
Nota: segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve enviar
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão qualquer tipo de informação sensível (informação bancá-
salvos. ria, dados de cartão de crédito, Números de Seguridade
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu- Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra
tador durante o uso de navegação privada serão salvos. de endereço - neste caso não é verificado que você está se
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri- comunicando com o site pretendido nem que seus dados
vativa. estão seguros contra espionagem!
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação
privativa? Cadeado verde
O Firefox está definido para lembrar o histórico por Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi-
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri- zação) indica que:
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox , Você está realmente conectado ao website cujjo en-
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o interceptada.
histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave- A conexão entre o Firefox e o website é criptografada
gação privativa. para evitar espionagem.
Importante: Quando o firefox está definido para nunca
lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e
defina o Firefox para lembrar o histórico. Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-
Outras formas de controlar as informações que o Fire- ganização, também em verde, significa que o website está
fox salva usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
Você sempre pode remover a navegação recente, as ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
pesquisas e histórico de download depois de visitar um tificado do site que requer um processo de verificação de
site. identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.

207
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a ins-
talação de complementos. Para evitar que tentativas de
Para sites usando certificados VE, o botão de identida- instalação não requisitadas resultem em instalações aci-
de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal dentais, o Firefox exibe um aviso quando um site tentar ins-
da companhia ou organização do website, então você sabe talar um complemento e bloqueia a tentativa de instalação.
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o Para permitir que sites específicos instalem complementos,
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla. você deve clicar em Exceções…, digitar o endereço do site
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta e clicar em Permitir. Desmarque essa opção para desativar
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta esse aviso para todos os sites.
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar-
o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria- que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que
mente exibir ou funcionar inteiramente correto. você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas
funções normais do computador ou mandar dados pes-
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta soais sobre você sem autorização através da Internet.
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta A ausência deste aviso não garante que o site seja con-
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas fiável.
parcialmente criptografada e não impede espionagem. Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar
você fazendo com que passe suas informações pessoais
(isto é frequentemente chamado de “phishing”).
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números Logins
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden- Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo. segurança senhas que você digita em formulários web para
Cadeado cinza com um traço vermelho facilitar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que para impedir o Firefox de memorizar suas senhas. No en-
a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial- tanto, mesmo com isso marcado, você ainda será questio-
mente criptografada e não previne contra espionagem ou nado se deseja salvar ou não as senhas para um site quan-
ataque man-in-the-middle. do você visitá-lo pela primeira vez. Se você selecionar Nun-
ca para este site, aquele site será adicionado à uma lista de
exceções. Para acessar essa lista ou para remover sites dela,
clique no botão Exceções….
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor-
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual- mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, crip-
mente desativou o bloqueio de conteúdo misto. tografando eles usando uma senha mestra. Se você criar
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível uma senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será
(informação bancária, dados de cartão de crédito, números solicitado que você digite a senha na primeira vez que for
de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden- necessário acessar um certificado ou uma senha salva. Você
tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma pode definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando
listra vermelha. ou desmarcando essa opção ou clicando no botão Modifi-
car senha mestra…. Se uma senha mestra já estiver defini-
Configurações de segurança e senhas da, você precisará digitá-la para alterar ou remover a senha
Este artigo explica as configurações disponíveis no pai- mestra.
nel Segurança da janela Opções do Firefox. Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua dividuais clicando no botão Logins salvos….
segurança ao navegar na internet.
Encontrar e instalar complementos para adicionar
funcionalidades ao Firefox
Complementos são como os aplicativos que você ins-
tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

208
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Existem três tipos de complementos:

- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
mesmo adicionar recursos de outros navegadores.

- Aparência
Existem dois tipos de complementos de aparência:
temas completos, que mudam a aparência de botões e
menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
faixa de abas com uma imagem de fundo
O Firefox irá fazer o download do complemento e pode
- Plugins pedir que você confirme a sua instalação.
Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma- serão salvas e restauradas após a reinicialização.
tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações ramentas após a instalação..
e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras
empresas. Como desativar extensões e temas
Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
Para visualizar quais complementos estão instalados: nar sem ser removido:
Clique no botão escolha complementos. A aba com- Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
plementos irá abrir. tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins. No gerenciador de complementos, selecione o pai-
Como faço para encontrar e instalar complementos? nel Extensões ou Aparência.
Aqui está um resumo para você começar: Selecione o complemento que deseja desativar.
Clique no botão de menu e selecione Complemen- Clique no botão Desativar.
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei-
No gerenciador de complementos, selecione o painel niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
Get Add-ons. reiniciar.
Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
Para ver mais informações sobre um complemento ou complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão o Firefox.
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo.
Você também pode pesquisar por complementos es- Como desativar plugins
pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Po- Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem
dendo então instalar qualquer complemento que encon- ser removido:
trar, com o botão Instalar. Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.
Selecione o plugin que deseja desativar.
Selecione Nunca Ativar no menu de seleção.
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu-
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção.

Como remover extensões e temas


Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que você deseja remover.
Clique no botão Excluir.
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
reiniciar.

209
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como desinstalar plugins Diálogo de fontes


Geralmente os plugins vem com seus próprios desinsta- Na lista  Fontes padrão para, escolha um grupo de
ladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos plu- caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo
gins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e sele- de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique
cione o artigo do respectivo plugin que você quer desinstalar. em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita.
Configurações de Conteúdo Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”),
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
cional.
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri-
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça-
das.
Você também pode especificar o tamanho mínimo de
fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e
pouco legíveis.
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi-
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página.
Desative essa  opção  para forçar todos os sites a usar as
fontes padrão.
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi-
quem uma codificação.
Diálogo de cores
DRM Content Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa-
Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per- drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em
mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegi- que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli-
do por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao des- que nas amostras de cores para modificá-las.
marcar esta opção essa funcionalidade será desligada. Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
Notificações cional em vez das cores definidas acima.
O Firefox lhe permite escolher quais websites tem Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar
permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco- as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras
lher para fazer alterações na lista de sites permitidos. de cores para modificá-las.
Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen- Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
der temporariamente todas as notificações até você fechar páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
e reiniciar o Firefox. portamento. Note que vários sites especificam seus pró-
prios estilos de links e nesses sites essa  opção  não tem
Pop-ups efeito.
Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox
janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa-
essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores
sites utilizam popups com funções importantes. Para per- padrão.
mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce- Idiomas
ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para Algumas páginas oferecem mais de um idioma para
excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o
clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente, idioma ou idiomas de sua preferência.
clique em Excluir tudo. Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so-
Fontes e cores bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua
Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex-
web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui. cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os
Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen- botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de
tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o preferência no caso de haver mais de um idioma disponí-
contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para vel.
acessar mais opções de fontes.

210
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns Página atual


no Firefox
Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no Comando Atalho
Mozilla Firefox.
Ir uma tela para baixo Page Down
Comando Atalho Ir uma tela para cima Page Up
Voltar Shift + Rolar para baixo Ir para o final da página End
Avançar Shift + Rolar para cima Ir para o início da página Home
Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima Ir para o próximo frame F6
Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo Ir para o frame anterior Shift + F6
Clicar com botão do Imprimir Ctrl + P
Fechar Aba
meio na Aba Salvar página como Ctrl + S
Clicar com botão do Mais zoom Ctrl + +
Abrir link em uma nova Aba
meio no link
Menos zoom Ctrl + -
clicar com o botão do
Nova aba tamanho normal Ctrl + 0
meio na barra de abas
Ctrl + Clicar com botão Editando
Abrir em nova Aba em segun- esquerdo no link
do plano* Clicar com botão do
meio no link Comando Atalho
Ctrl + Shift + Botão es- Copiar Ctrl + C
Abrir em nova Aba em pri-
querdo Recortar Ctrl + X
meiro plano*
Shift + Botão do meio
Apagar Del
Shift + Clicar com bo-
Abrir em uma Nova Janela Colar Ctrl + V
tão esquerdo no link
Colar (como texto simples) Ctrl + Shift + V
Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba
Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar Refazer Ctrl + Y
Salvar como... Alt + Botão esquerdo Selecionar tudo Ctrl + A
Desfazer Ctrl + Z
* Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun-
do plano serão trocadas se a opção  Ao abrir um link em GOOGLE CHROME
uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e
no Painel de configurações geral.. já conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O pro-
grama apresenta excelente qualidade em seu desenvolvi-
Atalhos de teclado mento, como quase tudo o que leva a marca Google. O
Navegação browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet
Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo
dos softwares.
Comando Atalho Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo
Alt + ← Google Chrome.
Voltar
Backspace
Funções visíveis
Alt + → Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica-
Avançar
Shift + Backspace dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
Página inicial Alt + Home poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
Abrir arquivo Ctrl + O seguida:
F5
Atualizar a página
Ctrl + R
Ctrl + F5
Atualizar a página (ignorar o cache)
Ctrl + Shift + R
Parar o carregamento Esc

211
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to- Abas


dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar
ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes. A segunda tarefa importante para quem quer usar o
Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito
que o histórico inteiro apareça na janela. úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
2.    Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no- Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao
vamente o link em que você se encontra, o que serve para pressionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda
situações bem específicas – links de download perdidos, mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito so-
imagens que não abriram, erros na diagramação da página. bre o novo endereço e escolher a opção “Abrir link em uma
3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na- nova guia”.
vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare-
mos você a modificar esta página para qualquer endereço Liberdade
de sua preferência.
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo-
É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É
ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a
possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar.
a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes. Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
o link da página visitada. A função adicional dessa parte no faz com que fechem automaticamente.
Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
exibe os resultados em questão de poucos segundos.
7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
cuna à esquerda.
8. Abre as opções especiais para a página aberta no
navegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em se-
guida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me-
lhor detalhadas nos próximos parágrafos.

Para Iniciantes
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú-
vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
conceitos e ações mais básicas do programa. abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma mente apertando o F1.
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe-
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar Fechei sem querer!
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica-
mente em um momento de distração? Pensando nisso,
mente pelo programa.)
o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa- menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta ná-la para que a última página retorne ao navegador.
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.

212
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configuração Dados de navegação: durante o uso do computador, o


Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar
Antes de continuar com as outras funções do Google sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim-
Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto
isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela a função “Importar dados” coleta informações de outros
e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e navegadores.
selecione “Opções”. Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do
navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
“Redefinir para o tema padrão”.

Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado
para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
que o navegador pergunte o local para cada novo down-
Básicas load.
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e Downloads
configurar as páginas que deseja abrir. Todos os navegadores mais famosos da atualidade
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba contam com pequenos gerenciadores de download, o que
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam- facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador. um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar abaixo:
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.
Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou


não as senhas que você digitar durante a navegação. A op- Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
que já foi inserido por você. pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
Preenchimento automático de formulário: define se os peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
serão sugeridos automaticamente após a primeira digita- exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
ção. você está baixando

213
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela.


Ela controla todas as abas e funções executadas pelo na-
vegador. Caso uma das guias apresente problemas você
pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o
programa. A função é muito útil e evita diversas dores de
cabeça.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a pos-


sibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de al-
guns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a
busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o
que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para 5. - PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO
que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do (MICROSOFT OUTLOOK E SIMILARES).
Chrome.

CORREIO ELETRÔNICO

O correio eletrônico5 se parece muito com o correio


Navegação anônima tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma
caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua men-
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros sagem, diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do
ou históricos de navegação no computador, utilize a nave- resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa?
gação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma
chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão com
que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tra-
+ N. dicional levaria dias para entregar uma mensagem, o ele-
trônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza
papel. Por último, a mensagem vai direto ao destinatário,
não precisa passa de mão-em-mão (funcionário do correio,
carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente o dono
tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço pró-
prio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computa-
dor conectado à Internet. Bem, o e-mail mesclou a faci-
lidade de uso do correio convencional com a velocidade
do telefone, se tornando um dos melhores e mais utilizado
Gerenciador de tarefas meio de comunicação.

Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno Estrutura e Funcionalidade do e-mail
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o
botão direito no topo da página (como indicado na figura) Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão,
nome do usuário + @ + host, onde:
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecas-
tro.
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa
o nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende-
reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .

5 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico-
ewebmail001.asp

214
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

» Provedor – é o host, um computador dedicado ao putador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar
serviço 24 horas por dia. (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço
eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21. quase que uma guerra por usuários. Os provedores, tam-
com.br bém, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas
postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Em-
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- bratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito
sagens recebidas. espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que
enviadas. o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal
que foram enviados. constantemente, a última vez que acessei estava em 2663
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda Mb.
não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. WebMail

Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre- O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
sentes: acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos
destinatário. os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In-
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da ternet. É grande o número de provedores que oferecem
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apa- correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma
recerão para todos os destinatários. lista dos mais populares.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos » GMail – http://www.gmail.com
donos. » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensa- » iG Mail – http://www.ig.com.br
gem. » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.). Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
mensagem. observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2
porém representando as mesmas funções. Além dos destes Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25
campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e Mb. Além de caixa postal os provedores costumam ofere-
EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas fun- cer serviços de agenda e contatos.
cionalidades veremos em detalhes, mais à frente. Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a crité-
Para receber seus e-mails você não precisa estar co- rio de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu,
nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface
Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus com o menor propaganda possível.
e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, » Criando seu e-mail
localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Inter- simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
net, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en-
através de programas de correio eletrônico. Um programa tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos
muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais endereços informados acima ou ainda qualquer outro que
à frente. você conheça. O processo de cadastro é muito simples,
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de basta preencher um formulário e depois você terá sua con-
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode ta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:
enviar mensagens para você. Também é possível enviar 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto br) ou qualquer outro de sua preferência.
basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima. 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio- aberto um formulário, preencha-o observando todos os
ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet campos. Os campos do formulário têm suas particularida-
através do navegador. Este tipo de correio é chamado de des de provedor para provedor, no entanto todos trazem
WebMail. O WebMail é responsável pela grande populari- a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a
zação do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem com- primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer

215
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
nome de usuário com o nome do provedor é que será seu botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-
endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno- sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
me@outlook.com. “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
3. Após preencher todo o formulário clique no botão contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: sua caixa postal.
seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
(o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está nome, quando está normal significa que todas as mensa-
pronto para ser usado. gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
» Entendendo a Interface do WebMail o número entre parêntese indica a quantidade. Este detalhe
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
nos liga do mundo externo aos comandos do programa. 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa também as mensagens das diversas pastas existentes na
mais adiante. sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensa-
vidor. gem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode
de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de no-
Semelhante à função novo e-mail do Outlook. meá-las, também serve para classificar as mensagens que
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus por padrão estão classificadas através da coluna “Data”,
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos nome dela.
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são
nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha, mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário
automática, etc. de acordo com suas necessidades.
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
seção com vários tópicos de ajuda. seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen- próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado- guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
res de terceiros. baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; são os mesmos apresentados no item 10.
parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
está, no exemplo a Caixa de Entrada.
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
cionada.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais

216
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

OUTLOOK Na página Configuração Automática de Conta, insira


o seu nome, endereço de email e senha e escolha Avançar.
O Microsoft Outlook é um software de automação de Observação : Se você receber uma mensagem de erro
escritório e cliente de correio electrónico que faz parte do após escolher Avançar, verifique novamente seu endere-
pack Microsoft Office. Mas não é apenas um gerenciador ço de email e senha. Se ambos estiverem corretos, escolha
de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de grupos Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
de discussão com base em padrões avançados de inter- Escolha Concluir.
net, além de possuir calendário integral e gerenciamento
de tarefas e de contatos. Além disso, possui capacidades A configuração automática não funcionou
de colaboração em tempo de execução e em tempo de Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook
criação robustos e integrados. pode solicitar que você tente novamente usando uma co-
nexão não criptografada com o servidor de email. Se isso
Configurando uma conta6 não funcionar, escolha Configuração manual ou tipos de
Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua servidor adicionais.
conta para você apenas com um endereço de email e uma Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o Assistente não poderá usar o tipo de configuração manual para as
Automático de Conta é iniciado. contas do Exchange. Contate o seu administrador se hou-
ver falha na configuração automática de conta. Ele infor-
Para configurar uma conta automaticamente mará a você o nome do Exchange Server para seu email e
Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático de o ajudará a configurar o Outlook.
Conta for aberto, escolha Avançar. Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
Observação : Se o Assistente não abrir ou se você qui- versão anterior e receber mensagens de erro informando
ser adicionar uma outra conta de email, na barra de ferra- que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook, é por-
mentas, escolha a guia Arquivo. que o serviço Descoberta Automática do Exchange não foi
configurado ou não está funcionando corretamente.
Para configurar uma conta manualmente
Escolha Configuração manual ou tipos de servidor adi-
cionais > Avançar.

Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adicio-


nar Conta.

Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar.


Preencha as seguintes informações:
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servidor
de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails, Nome
de Usuário e Senha.
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar as
informações inseridas.
Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configu-
rações. O administrador poderá solicitar que você faça ou-
tras alterações, incluindo inserir portas específicas para o
servidor de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor de saída
(SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

6 Fonte: Ajuda do MSOutlook

217
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Excluir uma conta de email Criar uma mensagem de email


Para excluir uma conta de email Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N.
No painel direito da guia Arquivo, selecione Configura-
ções de Conta > Configurações de Conta.

Se várias contas de email configuradas no Microsoft


Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men-
sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de.
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem.
Insira os endereços de email dos destinatários ou os
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatários
com um ponto e vírgula.
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lis-
ta no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Cco e
clique nos nomes desejados.
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo?
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos,
clique em Cco.
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo.
Na lista de contas de email, selecione a conta que de- Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook,
seja excluir e escolha Remover. como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de
calendário.

Dica :  Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu


email, você pode alterar sua aparência. Também é uma boa
ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes de en-
viar.
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em En-
viar.
Observação : Se você não consegue encontrar o botão
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email.

Pesquisar email
Da  Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de
Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser- email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas
vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e que mensagens.
pode ser instalado somente em plataformas da família Para encontrar uma palavra que você sabe que está
Windows Server. em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa em
particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na cai-
xa  Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou o
nome que você especificou serão exibidas com o texto de
pesquisa destacado nos resultados.

218
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Restrinja os resultados de pesquisa Barra de Ferramentas


No grupo  Escopo  na faixa de opções, escolha onde A Barra de ferramentas do Outlook Express (mostrados
você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa de nas imagens da versão 6.0) apresenta basicamente os itens
Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens do numerados na figura abaixo:
Outlook.
No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você
está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou
pelo assunto.
Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesquisa
ao selecionar:
Com Anexos – para localizar somente emails com ane-
xos
Categorizado – para localizar emails que tenham sido
atribuídos a uma categoria específica
Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re-
cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje,
Ontem, Mês Passado, etc.)
Enviado para  – para localizar emails enviados a você,
não enviados diretamente a você ou enviados por outro
destinatário
Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você
apenas 1. Criar email: aqui você clica quando quer redigir um
Importante  – para localizar somente emails rotulados e-mail e uma nova mensagem se abre.
como importantes 2. Responder: quando você recebe uma mensagem e
quer mandar uma resposta, basta clicar aqui e escrever sua
resposta.
Outlook Express 3. Responder a todos: quando você recebe um e-mail
que foi endereçado a você e a outras pessoas (você pode
O Outlook Express é um programa, dentre vários, para saber se isto ocorreu olhando para o campo Cc que apare-
a troca de mensagens entre pessoas que tenham acesso à ce em seu painel de visualização) e quer mandar uma res-
Internet. posta para todos que também receberam esta mensagem,
Por meio dele você poderá mandar e receber mensa- basta clicar em “responder a todos”.
gens (incluindo os e-mails com imagens, música e diversos 4. Encaminhar: quando você recebe um e-mail e quer
efeitos) e também ingressar em grupos de notícias para mandá-lo para outra (s) pessoa(s), basta clicar em “encami-
trocar ideias e informações. nhar” e essa mensagem será enviada para o(s) destinatá-
Para adicionar uma conta de e-mail, isto é, para criar rio(s) que você endereçar.
sua caixa de correio eletrônico no Outlook Express, você 5. Imprimir: quando você quiser imprimir um e-mail,
precisa do nome da conta, da senha e dos nomes dos servi- basta clicar nesse botão indicado que uma nova janela se
dores de e-mail de entrada (geralmente POP3 - Post Office abre e nela você define o que deseja que seja impresso.
Protocol versão 3 - que é o servidor onde ficam armazena- 6. Excluir: quando você quiser excluir uma mensagem,
das as mensagens enviadas a você, até que você as receba) basta clicar na mensagem (em sua lista de mensagens) e
e de saída (geralmente SMTP - Simple Mail Transfer Pro- usar o botão excluir da barra de ferramentas. Sua mensa-
tocol - que é o servidor que armazena as mensagens e as gem irá para a Pasta Itens excluídos.
envia, após você escrevê-las.). 7. Enviar e receber: clicando nesse botão, as mensa-
Estas informações são fornecidas pelo seu provedor de gens que estão em sua Caixa de Saída serão enviadas e
serviços de Internet ou do administrador da rede local. as mensagens que estão em seu servidor chegarão a seu
Para adicionar um grupo de notícias, você precisa do Outlook.
nome do servidor de notícias ao qual deseja se conectar e, 8. Endereços: este botão faz com que seu Catálogo de
se necessário, do nome de sua conta e senha. Endereços (seus contatos) se abra.
9. Localizar: este botão é útil quando você quer encon-
Abrir o Outlook trar uma mensagem que esteja em seu Outlook. Ao clicar
Para abrir o Outlook Express, clique no ícone em “Localizar”, uma nova janela se abre e você pode indicar
que está em sua Área de Trabalho, ou na Barra de Tarefas. os critérios de sua busca, preenchendo os campos que es-
tão em branco e clicando em “localizar agora”.
Você pode também clicar em Iniciar/Programas/
Outlook Express.
O programa será aberto e você pode começar a ler,
redigir e responder seus e-mails.

219
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você quiser localizar uma mensagem em uma pasta ou uma pessoa que faça parte de seu catálogo de endereços,
pode clicar na setinha que está ao lado da pasta e alguns itens específicos aparecem, como você pode ver na imagem
abaixo:

Basta indicar o que você quer localizar e uma nova janela se abre e você preenche com os dados que interessam para
sua busca.
Obs.: Se você passar o mouse sobre cada um dos botões da barra de ferramentas, poderá ver uma caixa de diálogo que
descreve a função do botão, conforme imagem abaixo:

220
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ícones de listas de mensagens do Outlook Express


Os ícones a seguir aparecem nos e-mails e indicam a prioridade das mensagens, se as mensagens possuem arquivos
anexados ou ainda se as mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas.
Veja o que eles significam:

Como criar uma conta de e-mail


Para adicionar uma conta de e-mail em seu Outlook faça o seguinte:
Entre em contato com seu provedor de serviços de Internet ou do administrador da rede local e informe-se sobre o tipo
de servidor de e-mail usado para a entrada e para a saída dos e-mails.
Você precisará saber o tipo de servidor usado : POP3 (Post Office Protocol), IMAP (Internet Message Access Protocol)
ou HTTP (Hypertext Transfer Protocol). Precisa também saber o nome da conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de
entrada e, para POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-mail de saída, geralmente SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)

Vamos à configuração:
No menu Ferramentas, clique em Contas.

Irá se abrir uma nova janela chamada Contas na Internet, clique em Adicionar.

221
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Quando for mandar uma mensagem, ao clicar em


“Para”, esse catálogo se abre e fica bem mais fácil e rápido
localizar o destinatário.
Para acrescentar contatos em sua lista de endereços
Para acrescentar endereços eletrônicos de pessoas
(contatos) em sua lista de endereços faça o seguinte:
Clique no botão Endereços.
Em seguida, selecione “Novo” e “Novo Contato”.
Escreva o nome e o novo endereço eletrônico (tipo:
nome@provedor.com.br).
Clique em OK.
Clique em Email e o Assistente para conexão com a In-
ternet irá se abrir. Basta seguir as instruções para estabele-
cer uma conexão com um servidor de e-mail ou de notícias
e ir preenchendo os campos de acordo com seus dados.
Observação: Cada usuário pode criar várias contas de
e-mail, repetindo o procedimento descrito acima para cada
conta.

Criar um catálogo de endereços


Antes de mais nada, é preciso definir um Catálogo de
Endereços contendo algumas pessoas e seus respectivos Obs.: Caso você tenha recebido um e-mail de alguém e
endereços de e-mail. queira adicionar esta pessoa a seu catálogo de endereços,
Para criar um catálogo de endereços no Outlook Ex- basta clicar (com o botão direito do mouse) sobre o nome
press (versão 5 e posteriores), faça o seguinte: do remetende e escolher a opção “Adicionar remetente ao
Clique, no menu principal do Outlook, em Ferramentas catálogo de endereços”.
/ Catálogo de Endereços. Pronto, esse contato já estará em seu catálogo de en-
Uma janela de nome: “Catálogo de Endereços - identi- dereços.
dade principal” se abrirá.
Clique em “Novo” e escolha a opção: “Novo Contato”
Mais uma janela se abre: “Propriedades de”. Aqui você
vai digitar todos os dados que deseja para cada um dos
contatos.

Você pode também configurar o Outlook Express para


que seus destinatários sejam adicionados automaticamen-
te ao catálogo de endereços quando você responder a uma
mensagem. Para adicionar todos os destinatários de res-
postas ao catálogo de endereços, faça o seguinte:
Clique em Ferramentas.
Clique em Opções.
Na guia Enviar, clique em Incluir automaticamente no
catálogo de endereços os destinatários das minhas respos-
tas.

Após digitar o “Endereço de correio eletrônico”, no Salvar um rascunho


campo correspondente, clique no botão “Adicionar” e em Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais
“OK”. tarde, faça o seguinte:
Da mesma forma, você vai acrescentando novos no- Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo.
mes ao seu “Catálogo de endereços”. A seguir, clique em Salvar.

222
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

(Quando uma mensagem tem um arquivo anexado,


um ícone de clipe de papel é exibido ao lado dela na lista
de mensagens.)

Salvar anexos
Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o
seguinte:
Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer
salvar.
No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.

Você também pode clicar em Salvar como para salvar


uma mensagem de e-mail em outros arquivos de seu com-
putador no formato de e-mail (.eml), texto (.txt) ou HTML
(.htm ou html).
Uma nova janela se abre. Clique no(s) anexo(s) que
Abrir anexos você quer salvar.
Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte: Antes de clicar em Salvar, confira se o local indicado
1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de na caixa abaixo é onde você quer salvar seus anexos. (Caso
papel no cabeçalho da mensagem e, em seguida, clique no não seja, clique em “Procurar” e escolha outra pasta ou ar-
nome do arquivo. quivo.)
Clique em Salvar.

ou então:
Na parte superior da janela da mensagem, clique duas
vezes no ícone de anexo de arquivo no cabeçalho da men-
sagem.

Se você preferir, pode salvar o anexo no painel de vi-


sualização:
Clique no ícone de clipe de papel
Clique em Salvar anexos.

223
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Prioridade de uma mensagem Lembre-se de que todas as mensagens da caixa de saí-


Ao enviar uma nova mensagem ou uma resposta a um da serão enviadas também.
e-mail, você pode atribuir uma prioridade à mensagem, Se preferir apenas receber ou apenas enviar mensa-
para que o destinatário saiba se deve lê-la imediatamen- gens, você pode usar o seguinte recurso:
te (prioridade alta) ou quando houver tempo (prioridade Clique em Ferramentas / Enviar e receber, escolha a op-
baixa). ção que deseja e clique nela.
As mensagens com prioridade alta têm um ponto de
exclamação ao seu lado.
A prioridade baixa é indicada por uma seta para baixo.
Se você deixar marcada a opção Normal, nenhum íco-
ne referente à prioridade aparecerá ao lado da mensagem.
Para indicar a prioridade de uma mensagem de um Você pode deixar acionado um “alarme” que avisa
e-mail que você vai mandar, faça o seguinte: quando chegaram novas mensagens. Veja mais em Alar-
Na janela Nova mensagem, clique em Prioridade na mes.
barra de ferramentas, clique na setinha que está bem ao Navegar pelo Outlook
lado e selecione a prioridade desejada. Usando a lista de mensagens e o painel de visualização,
você pode exibir a lista de mensagens e ler mensagens in-
dividuais ao mesmo tempo.
A lista Pastas contém pastas de e-mail, servidores de
notícias e grupos de notícias e você pode alternar facilmen-
te entre eles.
Você também pode criar novas pastas para organizar e
classificar suas mensagens e configurar regras de mensa-
gens para colocar automaticamente em uma pasta especí-
fica o e-mail de acordo com o assunto, remetente, grupo,
enfim, da forma mais prática para seu uso.
Você também pode criar seus próprios modos de exibi-
ção para personalizar a maneira como visualiza suas men-
sagens.
Ou, se preferir, utilize o seguinte recurso:
No menu Mensagem, aponte para Definir prioridade e
Pastas Padrões
selecione uma opção de prioridade.
As pastas padrões do Outlook não podem ser altera-
das. Você poderá criar outras pastas, mas não deve mexer
nas seguintes pastas:

Observação: Esta configuração atribui a prioridade so-


mente para a mensagem que você está redigindo no mo-
mento.

Verificar novas mensagens


Para saber se chegaram novas mensagens, faça o se-
guinte:
Com seu Outlook aberto, clique em Enviar/receber na
barra de ferramentas.
1. Caixa de Entrada: local padrão para onde vão as
mensagens que chegam ao seu Outlook. (Você pode criar
pastas e regras para mudar o lugar para o qual suas men-
sagens devam ser encaminhadas.).
2. Caixa de Saída: aqui ficam os e-mails que você já
escreveu e que vai mandar para o(s) destinatário(s).

224
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

3. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os Você também pode fazer o seguinte:
e-mails que você já mandou. Abra o Outlook.
4. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você Clique com o botão direito do mouse em “Caixa de
já excluiu de outra(s) pasta(s), mas continuam em seu entrada”
Outlook. Aparecerá uma janela com alguns itens. Clique em
5. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo “Nova Pasta”.
podem ficar guardadas aqui enquanto você não as acaba Irá se abrir uma nova janela, assim
de compor definitivamente. Veja como salvar uma mensa-
gem na pasta Rascunhos.

Criar novas pastas


Para organizar seu Outlook, você pode criar ou adicio-
nar quantas pastas quiser.
No menu Arquivo, clique em Pasta.
Clique em Nova.

No campo “Nome da Pasta”, em que escrevi: “Colocar


aqui o nome da nova...” , você escreve o nome que quer dar
à sua pastinha.
Agora, basta clicar em “OK” e prontinho.
Desta mesma forma, você poderá fazer quantas pastas
quiser.
Se você quiser, pode também criar uma pasta para ar-
quivo de e-mails fora do programa, dentro de “Meus Do-
cumentos”, por exemplo, ou em um disquete e nela salvar
todos os e-mails que que guardar.
Uma nova janela se abrirá. Para salvar, basta clicar em Arquivo/Salvar como e es-
Na caixa de texto Nome da pasta, digite o nome que colher a pasta onde quer guardar seus e-mails (fora do
deseja dar à pasta e, em seguida, selecione o local para a Outlook).
nova pasta. A mensagem será salva com o nome que aparece no
assunto do e-mail. Se você tiver várias mensagens com o
mesmo assunto, e for guardá-las em uma mesma pasta,
renomeie (preencha com um novo nome no espaço que
aparece na caixa de diálogo, conforme imagem abaixo) na
hora de salvar.

Lembre-se de que o Outlook Express vai criar sua pasta


nova dentro daquela que estiver selecionada no momen-
to. Se você selecionar, por exemplo, “Caixa de Entrada” e
solicitar uma nova pasta, esta será posicionada dentro da
Caixa de Entrada.
Se o que você quer é uma nova pasta, independente
das que você já criou, selecione sempre o item Pastas Lo- Para manter a mensagem como a original, salve no for-
cais . mato correio .eml.
Dê um nome e selecione o local onde quer que fique Veja em Regras para mensagens, sobre como criar re-
esta nova pasta que você acabou de criar. gras para que suas mensagens sejam “colocadas” direta-
mente nas pastas em que você criou.

225
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso


6. PROCEDIMENTOS DE BACKUP. não é backup, pois se acontecer algum problema no disco
você vai perder os dois arquivos.
2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também
não é backup, por motivos óbvios.
CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP) Procure utilizar arquivos compactados apenas como
backups secundários, como imagens que geralmente ocu-
pam um espaço muito grande.
Existem muitas maneiras de perder informações em
um computador involuntariamente. Uma criança usando o
Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para
teclado como se fosse um piano, uma queda de energia, um Dispositivo (Fazendo Backup)
um relâmpago, inundações. E algumas vezes o equipamen-
to simplesmente falha. Em modos gerais o backup é uma • Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo);
tarefa essencial para todos os que usam computadores e • Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha
/ ou outros dispositivos, tais como máquinas digitais de “Windows Explorer”.
fotografia, leitores de MP3, etc. • O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do
O termo backup também pode ser utilizado para hard- lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado
ware significando um equipamento para socorro (funciona direito o conteúdo das pastas;
como um pneu socorro do veículo) pode ser uma impres- • Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so-
sora, cpu ou monitor etc.. que servirá para substituir tem- bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido
porariamente um desses equipamentos que estejam com do lado direito.
problemas. • Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta
Atualmente os mais conhecidos meios de backups dentro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta de-
são: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e sejada do lado direito do “Windows Explorer”;
fitas magnéticas. Na prática existem inúmeros softwares • Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se
para criação de backups e a posterior reposição. Como por deseja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, se-
exemplo o Norton Ghost da Symantec. lecione-os (clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará
Se você costuma fazer cópias de backup dos seus ar- destacado);
quivos regularmente e os mantêm em um local separado, • Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo
você pode obter uma parte ou até todas as informações “Copiar”;
de volta caso algo aconteça aos originais no computador. • Clique na unidade correspondente ao dispositivo no
A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é lado esquerdo do “Windows Explorer”;
muito pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído • Clique com o botão direito do mouse no espaço em
facilmente deve estar no topo da sua lista. Antes de come- branco do lado direito, e escolha “Colar”;
çar, faça uma lista de verificação de todos os arquivos a
Selecionando Vários Arquivos
serem incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o
que precisa de backup, além de servir de lista de referência
• Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele-
para recuperar um arquivo de backup. cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros
Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar: arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pas-
• Dados bancários e outras informações financeiras tas) selecionados ficarão destacados.
• Fotografias digitais
• Software comprado e baixado através da Internet Fazendo Backup do seu Outlook
• Projetos pessoais
• Seu catálogo de endereços de e-mail Todos sabem do risco que é não termos backup dos
• Seu calendário do Microsoft Outlook nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que
• Seus favoritos do Internet Explorer guardamos no OUTLOOK.
O detalhe mais importante antes de fazer um backup Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no-
é formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como
o botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo, é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha
dentro do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção guardado?
formatar. Como fazer o backup das informações do Outlook, não
Para ter certeza que o dispositivo não está danificado, é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
escolha a formatação completa, que verificará cada setor nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de
do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie ma! Exemplo para Outlook.
arquivos de backups para ele. 1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separa-
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança, da (com isso você terá feito o backup das mensagens)
conheça os dois erros mais banais que você pode cometer 2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as
e tornar o seu backup inútil: contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta
será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser.

226
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu Backups utilizando o Windows
catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em
Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com Fazer backups de sua informação não tem que ser um
esse procedimento todos os seus contatos serão armaze- trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao
nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas
você quiser e na pasta que você quiser. dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows,
4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o con- Linux, etc.) que você utiliza.
teúdo de cada assinatura que você utiliza em arquivos de
texto (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas Cópias Manuais
assinaturas a partir dos arquivos que criou.
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra- Você pode fazer backups da sua informação com estes
mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES -> passos simples:
Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a 1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta
extensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar”
trabalhoso, porém muito mais seguro. no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup,
Outra solução, é utilizar programas específicos para clique com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no
backup do Outlook. menu exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao
localizá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma
MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA- das unidades do Windows Explorer.
ZENAMENTO EXTERNO Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para
se certificar que ele coube na unidade de backup e o man-
Entende-se por armazenamento externo qualquer me- tenha protegido.
canismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem
várias opções, e apresentamos uma tabela com os mais co- Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP
muns, vantagens e desvantagens: Professional.
CD-RW Se você trabalha com o Windows XP Professional, você
dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para
É um CD em que pode guardar/gravar suas informa-
utilizá-la:
ções. Arquivos realmente preciosos que precisam ser guar-
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
dados com 100% de certeza de que não sofrerão danos
mas”. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
com o passar do tempo devem ser becapeados em CDs. A
de Sistema”. 3. Escolha a opção “Backup”.
maioria dos computadores atuais inclui uma unidade para
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
gravar em CD-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
fazer grandes backups. Cada CD armazena até 700 Mb e, em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
por ser uma mídia ótica, onde os dados são gravados de guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
maneira física, é muito mais confiável que mídias magnéti- obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
cas sujeitas a interferências elétricas. Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
DVD-RW bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
A capacidade de armazenamento é muito maior, nor- sistema operacional.
malmente entre 4 e 5 gibabytes.
Para utilizar a ferramenta de backups no Windows
Pen Drive XP Home Edition

São dispositivos bastante pequenos que se conectam a Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre-
uma porta USB do seu equipamento. cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha- original seguindo estes passos:
veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
entre máquinas. equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD.
Você deve escolher um modelo que não seja muito frá- Se a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo
gil. sobre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Compu-
tador”.
HD Externo 2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar
tarefas adicionais”.
O HD externo funciona como um periférico, como se 3. Clique em “Explorar este CD”.
fosse um Pen Drive, só que com uma capacidade infinita- 4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta
mente maior. “ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft
e depois em NtBackup.

227
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.


msi para instalar a ferramenta de backup. 7. ARMAZENAMENTO DE DADOS NA
Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja so- NUVEM.
licitado que você reinicie seu equipamento.
Para utilizar a ferramenta, siga estes passos:
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Progra-
mas”. Computação em nuvem
2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
de Sistema”. Vamos dizer que você é um executivo de uma grande
3. Escolha a opção “backup”. empresa. Suas responsabilidades incluem assegurar que
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, todos os seus empregados tenham o software e o hardwa-
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique re de que precisam para fazer seu trabalho. Comprar com-
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
putadores para todos não é suficiente - você também tem
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode
de comprar software ou licenças de software para dar aos
obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
empregados as ferramentas que eles exigem. Sempre que
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema
você tem um novo contratado, você tem de comprar mais
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so-
software ou assegurar que sua atual licença de software
bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”.
permita outro usuário.  Isso é tão estressante que você tem
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu
dificuldade para dormir todas as noites.
sistema operacional.
Breve, deve haver uma alternativa para executivos
Recomendações para proteger seus backups como você. Em vez de instalar uma suíte de aplicativos em
cada computador, você só teria de carregar uma aplicação.
Fazer backups é uma excelente prática de segurança Essa aplicação permitiria aos trabalhadores logar-se em um
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você serviço baseado na web que hospeda todos os programas
esteja a salvo no dia em que precisar deles: de que o usuário precisa para seu trabalho. Máquinas re-
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, motas de outra empresa rodariam tudo - de e-mail a pro-
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- cessador de textos e a complexos programas de análise de
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e dados. Isso é chamado computação em nuvem e poderia
valores importantes. mudar toda a indústria de computadores.
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man- Em um sistema de computação em nuvem, há uma
tenha em lugares separados. redução significativa da carga de trabalho. Computadores
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é locais não têm mais de fazer todo o trabalho pesado quan-
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos do se trata de rodar aplicações. Em vez disso, a rede de
(quase todos os programas de backup contam com essa computadores que faz as vezes de nuvem lida com elas. A
opção), assim você não desperdiça espaço útil. demanda por hardware e software no lado do usuário cai.
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira A única coisa que o usuário do computador precisa é ser
que sua informação fique criptografada o suficiente para capaz de rodar o software da interface do sistema da com-
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é putação em nuvem, que pode ser tão simples quanto um
importante para seus entes queridos, implemente alguma navegador web, e a rede da nuvem cuida do resto.
forma para que eles possam saber a senha se você não Há uma boa chance de você já ter usado alguma for-
estiver presente. ma de computação em nuvem. Se você tem um conta de
e-mail com um serviço baseado na web, como Hotmail, Ya-
*texto adaptado do material disponivel em: hoo! ou Gmail, então você já teve experiência com compu-
https://www.vivaolinux.com.br/linux/ tação em nuvem. Em vez de rodar um programa de e-mail
www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux no seu computador, você se loga numa conta de e-mail
http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos. remotamente pela web. O software e o armazenamento
pdf da sua conta não existem no seu computador - estão na
nuvem de computadores do serviço. 

Arquitetura da computação em nuvem

Quando falamos sobre um sistema de computação


em nuvem, é de grande ajuda dividi-lo em duas seções: o
front end e o back end. Eles se conectam através de uma
rede, geralmente a Internet. O front end é o lado que o
usuário do computador, ou cliente, vê. O back end é a se-
ção “nuvem” do sistema.

228
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O front end inclui o computador do cliente (ou rede O terminal poderia incluir teclado, mouse e poder de proces-
de computadores) e a aplicação necessária para acessar o samento suficiente apenas para conectar seu computador  à
sistema de computação em nuvem. Nem todos os sistemas nuvem. Você também não precisaria de um disco rígido gran-
de computação em nuvem tem a mesma interface para o de, porque você armazenaria toda a sua informaçãp em um
usuário. Serviços baseados na Web, como programas de computador remoto. Esse tipo de terminal é conhecido como
e-mail, aproveitam navegadores de internet já existentes, “terminal burro”, “thin client” e “zero client”.
como o Internet Explorer e o Firefox. Outros sistemas têm Empresas que dependem de computadores têm que ter
aplicações próprias que fornecem acesso à rede aos clientes. certeza de estar com software certo no lugar para atingir seus
No back end do sistema estão vários computadores, servi- objetivos. Sistemas de computação em nuvem dão a essas
dores e sistemas de armazenamento de dados que criam a empresas acesso às aplicações para toda a corporação. As
“nuvem” de serviços de computação. Na teoria, um sistema companhias não têm de comprar um conjunto de softwares
de computação em nuvem inclui praticamente qualquer ou licenças de software para cada empregado. Em vez disso, 
programa de computador que você possa imaginar, do a companhia pagaria uma taxa a uma empresa de computa-
processamento de dados aos videogames. Cada aplicação ção em nuvem.
tem seu próprio servidor dedicado. Servidores e dispositivos de armazenamento digital ocu-
Um servidor central administra o sistema, monitoran- pam espaço. Algumas empresas alugam espaço físico para
do o tráfego e as demandas do cliente para assegurar que armazenar servidores e bases de dados porque elas não têm
tudo funcione tranquilamente. Ele segue um conjunto de espaço disponível no local. A computação em nuvem dá a
regras chamadas protocolos e usa um tipo especial de essas empresas a opção de armazenar dados no hardware de
software chamado middleware. O middleware permite que terceiros, removendo a necessidade de espaço físico no back
computadores em rede se comuniquem uns com os outros. end.
Se uma empresa de computação em nuvem tem mui- Empresas podem economizar dinheiro com suporte téc-
tos clientes, é provável que haja uma alta demanda por nico. O hardware otimizado poderia, em teoria, ter menos
muito espaço de armazenamento. Algumas companhias problemas que uma rede de máquinas e sistemas operacio-
requerem centenas de dispositivos de armazenamento nais heterogêneos.
digitais. Sistemas de computação em nuvem precisam de Se o back end do sistema de computação em nuvem for
um sistema de computação em grade, então o cliente pode-
pelo menos o dobro do número de dispositivos de arma-
ria tirar vantagem do poder de processamento de uma rede
zenamento exigidos para manter todas as informações dos
inteira. Frequentemente, os cientistas e pesquisadores traba-
clientes armazenadas. Isso porque esses dispositivos, assim
lham com cálculos tão complexos que levaria anos para que
como todos os computadores, ocasionalmente saem do
um computador individual os completasse. Em um sistema
ar. Um sistema de computação em nuvem deve fazer uma
em grade, o cliente poderia  enviar o cálculo para a nuvem
cópia de toda a informação dos clientes e a armazenar em
processar. O sistema de nuvem tiraria vantagem do poder de
outros dispositivos. As cópias habilitam o servidor central
processamento de todos os computadores do back end
a acessar máquinas de backup para reter os dados que, de
que estivessem disponíveis, aumentando significativamen-
outra forma, poderiam ficar inacessáveis. Fazer cópias de
te a velocidade dos cálculos.
dados como um backup é chamado redundância.
Preocupações com a computação em nuvem
Aplicações da computação em nuvem
Talvez as maiores preocupações sobre a computação
em nuvem sejam segurança e privacidade. A idéia de en-
As aplicações da computação em nuvem são praticamen-
tregar dados importantes para outra empresa preocupa
te ilimitadas. Com o middleware certo, um sistema de compu-
algumas pessoas. Executivos corporativos podem hesitar
tação em nuvem poderia executar todos os programas que
em tirar vantagem do sistema de computação em nuvem
um computador normal rodaria. Potencialmente, tudo - do
software genérico de processamento de textos aos programas porque eles não podem manter a informação de sua com-
de computador personalizados para um empresa específica - panhia guardadas a sete chaves.
funcionaria em um sistema de computação em nuvem. O contra-argumento a essa posição é que as empresas
Por que alguém iria querer recorrer a outro sistema de que oferecem serviços de computação em nuvem vivem de
computador para rodar programas e armazenar dados? Aqui suas reputações. É benéfico para essas empresas ter medi-
estão algumas razões: das de segurança confiáveis funcionando. Do contrário, ela
Clientes poderiam acessar suas aplicações e dados de perderia todos os seus clientes. Portanto, é de seu interesse
qualquer lugar e a qualquer hora. Eles poderiam acessar o sis- empregar as técnicas mais avançadas para proteger os da-
tema usando qualquer computador conectado à internet. Os dos de seus clientes.
dados não estariam confinados em um disco rígido no com- Privacidade é um outro assunto. Se um cliente pode lo-
putador do usuário ou mesmo na rede interna da empresa. gar-se de qualquer local para acessar aplicações, é possível
Ela reduziria os custos com hardware. Sistemas de com- que a privacidade do cliente esteja comprometida. Empre-
putação em nuvem reduziriam a necessidade de hardware sas de computação em nuvem vão precisar encontrar for-
avançado do lado do cliente. Você não precisaria comprar o mas de proteger a privacidade do cliente. Uma delas seria
computador mais rápido com a maior memória, porque o sis- usar técnicas de autenticação, como usuário e senha. Outra
tema de nuvem cuidaria dessas necessidades. Em vez disso, forma é empregar um formato de autorização (níveis de
você poderia comprar um terminal de computador baratinho. permissionamento) - cada usuário acessa apenas os dados
e as aplicações que são relevantes para o seu trabalho.

229
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Algumas questões a cerca da computação em nuvem Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
são mais filosóficas. O usuário ou a empresa que contrata bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
o serviços de computação em nuvem é dono dos dados? O mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
sistema de computação em nuvem, que fornece o espaço os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
de armazenamento, é o dono? É possível para uma empre- sistema de armário e gavetas.
sa de computação em nuvem negar a um cliente o acesso Resposta: Letra B
a esses dados? Várias companhias, empresas de advocacia
e universidades estão debatendo essas e outras questões 3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-
sobre a natureza da computação em nuvem. cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
Como a computação em nuvem vai afetar outras in- sionando-se simultaneamente as teclas
dústrias? Há uma preocupação crescente na indústria de (A) Ctrl + Delete.
TI sobre como a computação em nuvem poderia afetar os (B) Shift + End.
negócios de manutenção e reparo de computadores. Se as (C) Shift + Delete.
empresas trocarem para sistemas de computadores sim- (D) Ctrl + End.
plificados, elas terão poucas necessidades de TI. Alguns (E) Ctrl + X.
experts da indústria acreditam que a necessidade por em-
pregos de TI vá migrar de volta para o back end do sistema Comentário: Quando desejamos excluir permanente-
de computação em nuvem. mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun-
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
QUESTÕES GERAIS do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi- deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
nale a opção correta. Resposta: C
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de
relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera- arquivos, sem que haja perda de informação?
cional. (A) Compactação
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e (B) Deleção
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos (C) Criptografia
diretórios de programas instalados na máquina em uso. (D) Minimização
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de (E) Encolhimento adaptativo
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá- Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
rios possivelmente cadastrados nessa máquina. nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint. SolusZip, etc.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo- Resposta: A
tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
máquina e, em seguida, desligar o computador. 5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel:

Comentários: Para desinstalar um programa de forma


segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
remover programas
Resposta – Letra A

2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-


formações estão contidas em arquivos de vários formatos,  
que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co-
mídias removíveis do computador, organizados em: lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:
(A) telas. (A) 7
(B) pastas. (B) 56
(C) janelas. (C) 448
(D) imagens. (D) 511
(E) programas. (E) uma mensagem de erro

230
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando Eudora


copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos Pegasus Mail
em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po- Apple Mail (Apple)
sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser Kmail (Linux)
copiada de D1 para D3: Windows Mail
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL,
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o
gabarito da questão.
Resposta: B.

7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e cor-


reio eletrônico, analise:
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pe-
los navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Goo-
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so- gle Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet
mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam (Exemplo: http://www.google.com.br).
‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten- II. Download significa descarregar ou baixar; é a trans-
do-se o resultado 448. ferência de dados de um servidor ou computador remoto
Resposta: C. para um computador local.
III. Upload é a transferência de dados de um computa-
dor local para um servidor ou computador remoto.
6- “O correio eletrônico é um método que permite IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signifi-
compor, enviar e receber mensagens através de sistemas ca movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a
eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores um destinatário, com endereço eletrônico.
de email, EXCETO: Estão corretas apenas as afirmativas:
A) Mozilla Thunderbird. A) I, II, III, IV
B) Yahoo Messenger.
B) I, II
C) Outlook Express.
C) I, II, III
D) IncrediMail.
E) Microsoft Office Outlook 2003. D) I, II, IV
E) I, III, IV
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur-
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de
memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô- página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
nico podem funcionar por meio de um software instalado conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
em nosso computador local ou por meio de um progra- É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e
Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser III são verdadeiros.
instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;
• Compatibilidade com os servidores de e-mail
(nem sempre são compatíveis).
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne- No item IV encontramos o item falso da questão, o que
grito os mais conhecidos e utilizados atualmente): nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men-
Microsoft Office Outlook sagem de e-mail significa copiar e não mover!
Microsoft Outlook Express; Resposta: C.
Mozilla Thunderbird;
IcrediMail

231
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do Comentários: O modelo cliente/servidor é questiona-


ambiente MS Office, assinale a opção correta. do em termos de internet pois não é tão robusto quanto
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado redes P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda
com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Win- do servidor central impede o acesso aos usuários clientes,
dows ativa o MS Access para a abertura do documento em no segundo mesmo que um servidor “caia” outros servi-
tela. dores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas que o download continue. Ex: programas torrent, Emule,
Limeware, etc.
ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL
Em relação às outras letras:
+ V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
todos os aplicativos da suíte MS Office.
para localizar e identificar conjuntos de computadores na
(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli- Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu- vegador.
mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso, letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
a versão antiga do documento é apagada e só a nova ver- forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
são permanece armazenada no computador. é restrito a uma rede local e não a internet como um todo.
(D) O menu Exibir permite a visualização do documen- letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu-
to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma
Word para ser aberto no MS PowerPoint. forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim
(E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela- acessar redes locais.
boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com-
e imagens de maneira estruturada e organizada. putação que fornece serviços a uma rede de computado-
res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/
Comentários: O menu editar geralmente contém os co- ou restringe acessos.
mandos universais dos programas da Microsoft como é o Resposta: D
caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do 10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
localizar. (A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Inter-
net, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde
Em relação às outras letras:
está localizada tal máquina.
Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários
Excel e não o Access se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente,
Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma como no caso de salas de bate-papo.
cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga. (C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi-
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de mento de arquivos na Internet.
exibição do documento dentro do contexto de cada pro- (D) Quando se digita o endereço de uma página web,
grama e não de um programa para o outro como é o caso o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em
da afirmativa. formato HTML, por exemplo.
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação (E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de
de slides e sim o Ms Power Point. correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para
Resposta: B outro destinatário de correio eletrônico.
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es-
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi- tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os
nale a opção correta. protocolos mais comuns:
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla - HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car-
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre regamento de páginas de Hipertexto –  HTML
na Internet. - IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma
máquina na rede
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen-
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
to de emails direto no PC via gerenciador de emails
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa-
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma drão de envio de emails
rede local, pois sua função é conectar um computador à - IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan-
rede de telefonia fixa. te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa-
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada gens de email direto no servidor.
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet. - FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe-
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar- rência de arquivos
mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de Resposta: D
acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.

232
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor- (C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
reta. tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- lunas.
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão a uma.
Iniciar do Windows. (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “co-
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- ladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela.
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de  
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Comentários: Sempre que se copia células de uma plani-
Modos de Exibição. lha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede uma tabela simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para números são colados.
acesso direto a elas. Resposta: E
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do 13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do
arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo. correio eletrônico, deve considerar as operações de
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu- (A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus- eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de (B) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende-
máquinas ligadas à Internet. reços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende-
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
reços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
ras e Detalhes.
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
Resposta: B
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
 
Atenção: Para responder às questões de números Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo
12 e 13, considere integralmente o texto abaixo: correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos os
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no cam-
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial po “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sabendo
de computadores. quem mais recebeu aquela mensagem, o que atende a se-
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve- gurança solicitada no enunciado.
rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns Resposta: A
artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados 14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va- Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio de
lores e totais. arquivos em lotes, também denominados scripts, o shell
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de- de comando é um programa que fornece comunicação
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e entre o usuário e o sistema operacional de forma direta
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às e independente. Nos sistemas operacionais Windows XP,
informações guardadas. esse programa pode ser acessado por meio de um co-
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas mando da pasta Acessórios denominado
na internet visando o atendimento do nível de qualidade da (A) Prompt de Comando
informação prestada à sociedade, pelo órgão. (B) Comandos de Sistema
O ambiente operacional de computação disponível para (C) Agendador de Tarefas
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do (D) Acesso Independente
MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio (E) Acesso Direto
eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
utilizadas atualmente. Resposta: “A”
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla- Comentários
da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme- Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe-
lhantes. rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros comandos
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha do computador. O mais importante é o fato de que, ao digitar
eletrônica, comandos, você pode executar tarefas no computador sem
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comando
resultados diferentes do original. é normalmente usado apenas por usuários avançados.
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.

233
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário 18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será

Resposta: “C”

Comentários:
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens a) 3, 0 e 7.
d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa b) 5, 0 e 7.
alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras c) 5, 1 e 2.
formatações foi o item c. d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.
16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento Resposta: “C”
de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao Comentário:
cliente, respectivamente, um Expressão =MÉDIA(A1:A3)
(A) download e um upload São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
(B) downgrade e um upgrade dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
(C) downfile e um upfile Expressão =MENOR(B1:B3;2)
(D) upgrade e um downgrade Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
(E) upload e um download que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente.
Resposta: “E”. Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número,
Comentários: que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
 Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar; em ordem decrescente.
Upload – Carregar para cima (enviar).
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”) 19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)

17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)


Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
ao texto em edição.
a) Janela, Ferramentas e Inserir.
b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
c) Formatar, Editar e Janela.
d) Arquivo, Exibir e Formatar.
e) Arquivo, Ferramentas e Tabela. a) 1
Resposta: “B” b) 2
Comentário: c) 3
• Ação numerar - “INSERIR” d) 4
• Ação contar paginas - “FERRAMENTAS” e) 5
• Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
Resposta: “D”

234
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comentário: a) Geral.
Passo 1 b) Inserir.
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1 c) Animações.
d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
Resposta: “E”
Comentário:

21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi-


Passo 2 to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.
que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em
e A3 inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no
exemplo dado acima, é o
a) protocolo.
b) xxx.
c) zzz.
d) yyy.
e) br.

Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio
c) zzz. o tipo de domínio
d) yyy. subdomínios
Click na imagem para melhor visualizar e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio

Passo 3 22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)


Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua
propagação, o resultado configuração padrão, exibida na figura.

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
Resposta: D
Comentário:
20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-
werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
ser feita na guia

235
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do-
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no
seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua
até que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em
seguida, clique na régua no local desejado.
Uma tabulação Direita define a extremidade do texto
à direita. Conforme você digita, o texto é movido para a es-
querda.
Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de
um ponto decimal. Independentemente do numero de dígi-
tos, o ponto decimal ficará na mesma posição.
Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere
uma barra vertical na posição de tabulação.

23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin-
Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so-
padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4, matório) em uma única questão. A função ARRED é para
B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
(B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se- inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento).
guinte resultado: A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas
(A) 2 decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra
(B) 1,66 A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
(C) 2,667 (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
(D) 2,7 entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi-
(E) 2,67 ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
casas decimais.
Resposta: E

Comentário:

236
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Considere a figura que mostra o Windows Explorer 25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao
do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
nal, e responda às questões de números 24 e 25. se clicar em , localizado abaixo do menu Favori-

tos, será fechado


(A) o Meu computador.
(B) o Disco Local (C:).
(C) o painel Pastas.
(D) Meus documentos.
(E) o painel de arquivos.

Resposta: C

Comentário:

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.

Resposta: E

Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
oculta o painel PASTAS.
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

237
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ANOTAÇÕES

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238
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

1- Marketing em empresas de serviços; ......................................................................................................................................................... 01


2 - Satisfação e retenção de clientes; .............................................................................................................................................................. 03
3 - Valor percebido pelo cliente; ....................................................................................................................................................................... 04
4 - Telemarketing; .................................................................................................................................................................................................... 05
5 - Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico; ............................. 07
6 - Interação entre vendedor e cliente; .......................................................................................................................................................... 11
7 - Qualidade no atendimento a clientes; ..................................................................................................................................................... 22
8 - Resolução CMN nº 4.433, de 23/07/15, que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente organi-
zacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil.............................................................................................................................................................................................................................. 36
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

ATENDIMENTO satisfeitos e se tornam leais e voltam a procurar aquele


profissional. “A chave é superar as expectativas dos
Não há como dizer que existe uma receita para um clientes quanto á qualidade do serviço. ... Conservar os
bom atendimento, afinal, ao falar de atendimento está clientes é a melhor medida de qualidade”.(Kotler, 1995 p.
intrínseco o elemento ”pessoa” e, como sabemos, cada 459).
pessoa é única, com seus próprios desejos, anseios, Pesquisas mostram que um profissional gasta bem
necessidades, valores e perfil. menos para manter seus clientes do que obter novos e no
Dito isso, fica claro entender que atendimento é uma setor de serviços esse quesito é muito importante por que
atividade que deve considerar o outro, isto é, levar em a que a maioria da propaganda é feita boca a boca, um
consideração as características individuais de seu cliente, cliente insatisfeito pode propagar sua insatisfação com o
fazendo com que ele sinta-se importante e valorizado. serviço a dezenas de pessoas, com isso os esforços para
Nessa relação entre atendente e cliente, algumas conseguir novos clientes podem ser em vão.
habilidades e alguns fatores são imprescindíveis: O serviço conta com o mesmo mix de marketing de
produtos: Produto /Serviço, Preço, Promoção, e Praça,
Honestidade e sinceridade no entanto, há outras variáveis a ter em consideração:
Transparencia Pessoas; Processos /Procedimentos; e Evidências físicas.
Satisfação e realização Na primeira variável Serviço temos diferentes tipos de
Desenvolvimento de relacionamento design diferenciais do serviço, marca política de garantia;
Empatia o Preço são as formas de pagamento, financiamentos,
prestações, descontos; a Promoção são as propagandas,
Ao sentir tudo isso no atendimento, o cliente passa publicidade, relações públicas e a Praça é o ponto de
a ver aquela organização como sendo a melhor para ele venda do serviço o canal de distribuição; as outras variáveis
não por conveniência e sim por convicção, gerando uma consideradas em serviços são Pessoas que não é somente
relação de longo prazo, que gerará lucros e boas relações o consumidor final, mas qualquer pessoa envolvida na
profissionais, favorecendo a produtividade. entrega do produto, direta ou indiretamente, cada vez é
dada mais importância a um atendimento personalizado,
é necessário que os fornecedores de serviços estejam
1- MARKETING EM EMPRESAS DE SERVIÇOS. preparados para as necessidades gerais e individuais dos
consumidores.
Processos ou Procedimentos refere-se a todos os
Atualmente há uma grande procura pelo setor de procedimentos de entrega de serviços, incluindo todos os
serviços, diferente de produtos os serviços são intangíveis, procedimentos acessórios essenciais a uma entrega eficaz do
ou seja, são idéias, conceitos não é possível que a pessoa produto.
pegue o serviço e o leve consigo. Segundo Kotler (1988, Por último temos Evidências físicas, ou seja, ambiente
p. 191), “Serviço é qualquer atividade ou benefício que onde é entregue o serviço, um local acolhedor, confortável,
uma parte possa oferecer a outra, que seja essencialmente com uma decoração adequada ao serviço e ao público
intangível e não resulte na propriedade de qualquer coisa. que adquire o serviço, são pontos muito importantes.
Sua produção pode estar ou não vinculada a um produto Reunindo todos estes pontos é possível criar uma
físico”. Existem algumas características de serviços como, campanha adequada ao tipo de serviços que são
por exemplo, eles são intangíveis por esse motivo não fornecidos, garantindo a viabilidade das empresas que os
podem ser tocados, também são inseparáveis, pois não fornecem.
podem ser separados de seus fornecedores, são variáveis O treinamento também é essencial para esse
já que um serviço nunca é prestado exatamente igual setor, a personalização do atendimento e o pós-
para mais de uma pessoa e são perecíveis não podem ser serviço para manter uma relação duradoura com
estocados como os produtos. o cliente ter uma boa imagem perante o mercado
Com o crescimento evidente desse setor ocorre uma e poder se destacar entre os concorrentes.
competição entre diversas empresas, daí a importância do
marketing de serviços, uma ferramenta que pode destacar Desafios do setor
uma empresa apresentar seus diferenciais. É consenso afirmar que os serviços diferem dos bens
O marketing de serviços é o conjunto de atividades que (ou produtos). São quatros os atributos que representam
analisam, planejam implementam e controlam medidas os desafios para esse setor. Saber avaliar esses pontos
objetivadas a servir a demanda por serviços, de forma possibilita entender de forma mais ampla a indústria dos
adequada, atendendo desejos e necessidades dos clientes serviços.
e /ou usuários com satisfação, qualidade e lucratividade.
Assim, o marketing de serviços tem características A intangibilidade
diferenciadas do marketing feito para produtos. Sua Os serviços não podem ser vistos, sentidos nem ex-
ênfase se faz no prestador do serviço, com profissionais perimentados da mesma maneira que um bem tangível.
satisfeitos, bem treinados e produtivos; e no cliente, que Quem move um processo legal não poderá saber o resul-
pelo desempenho de alta qualidade dos serviços, ficam tado antes do julgamento, por exemplo.

1
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

A heterogeneidade cliente. A compra de uma geladeira pode ser realizada den-


Os serviços são ações executadas, na maioria das vezes, tro de casa com apenas dois cliques, por exemplo.
por seres humanos. Assim, não podemos garantir que dois O marketing em 8 partes
serviços sejam exatamente idênticos. O melhor advogado O desafio para o setor de serviços é ainda maior quan-
pode cometer um engano, o melhor engenheiro pode es- do é preciso determinar as estratégias para alcançar vanta-
quecer um detalhe essencial e o melhor médico pode estar gens competitivas sobre os concorrentes. A forma ideal é
enfrentando um dia ruim. elaborar uma composição de “mix de marketing para ser-
viços”.
A geração e o consumo simultâneos O mix de serviços é composto por recursos, instrumen-
Os serviços normalmente são vendidos antes de serem tos e técnicas controláveis que podem ser utilizados para
gerados e consumidos. Muitas vezes o cliente testemunha estabelecer estratégias. No marketing de serviços, o mix se
ou mesmo participa ativamente do serviço. Um bom exem- compõe de 8 Ps.
plo são os cursos de graduação, em que alunos e professo-
res desenvolvem as aulas de forma conjunta e colaborativa. • Produto: está relacionado à identificação e à
elaboração das características dos serviços com ênfase nos
A perecibilidade benefícios e nas vantagens relevantes ao atendimento das
Os serviços não podem ser armazenados ou mesmo necessidades do mercado, agregando valor aos clientes.
devolvidos. Alguns médicos cobram consultas de que pa- • Ao serviço base deve associar-se o maior número
cientes se ausentam, pois o valor do serviço existia apenas de serviços suplementares, para transformá-lo em um
naquele momento e desapareceu quando o paciente não produto alargado. Esses serviços devem ser desenhados de
compareceu no horário marcado. acordo com as necessidades dos consumidores.
Avaliando cada atributo é possível entender, de forma • Preço: engloba a mensuração dos esforços da
mais ampla, a indústria de serviços. Estamos na “Era da In- equipe, assim como o tempo necessário para a execução
formação” ou na “Era do Conhecimento”? O que muito se dos serviços, a complexidade de cada projeto e o perfil de
percebe é que estamos em um momento ímpar em que a cada cliente. Também é importante avaliar todos os custos
internet invade nosso cotidiano e muda nossas vidas. Um e despesas gerados na prestação do serviço.
mundo em que informação e conhecimento transformados • Praça (momento e lugar): são os processos de
em inteligência geram diferenciação competitiva por meio distribuição (canais). No entanto, para o segmento de
de serviços. serviços, este tópico se traduz como momento e lugar.
Envolve a forma de entrega dos serviços, desde prazos até
Serviço e tecnologia meios de execução.
Mas afinal o que são serviços? São ações e resultados • Promoção (comunicação integrada): está
produzidos por uma entidade ou pessoa para outra en- relacionada às estratégias de comunicação e divulgação
tidade ou pessoa, na intenção da gerar valor para quem dos serviços, como forma de mostrar ao público-alvo
o recebe, evidenciando sua condição de ser produzido e os diferenciais e benefícios dos serviços. Mostrar a
consumido concomitantemente, tornando o prestador de credibilidade da empresa e a competência técnica é uma
serviço e o consumidor coprodutores dos resultados obti- das melhores maneiras de promover um serviço, obtendo
dos, sejam bons ou ruins. vantagem competitiva.
Ótimos exemplos são serviços de manicure, cursos, • Processo: representa todos os fluxos,
investimentos financeiros, transportes, turismo ou mesmo procedimentos e metodologias de trabalho utilizados
assistência médica. na prestação de um serviço. É um meio importante de
Nesses casos, se o cliente não for participativo, dando assegurar a precisão e a assertividade do resultado final.
informações importantes, tirando dúvidas e executando as • “Palpabilidade” ou evidência física: é a percepção
recomendações sugeridas, o serviço não terá certamente do ambiente onde o serviço é prestado. Relaciona-se a
os resultados desejados. diversos fatores, que vão desde a apresentação pessoal
Mas os serviços não se limitam às empresas de serviços. dos funcionários e cartões de visita até a organização das
Eles podem ser o grande diferencial de qualquer segmento instalações e equipamentos. É a forma como a empresa
da economia. E é a partir desse quadro que a tecnologia da interage com o cliente e o ambiente onde isso ocorre.
informação abraça completamente os serviços, sendo sua • Pessoas: são todos os envolvidos direta ou
grande incentivadora. indiretamente na prestação do serviço. A força de trabalho
A tecnologia da informação molda o setor de serviços é a matéria-prima. Portanto, a preocupação com as pessoas
e exerce influência nunca antes observada no mundo dos é fundamental. O treinamento, a capacitação, a motivação
negócios. Ela cria oportunidades para novos produtos, tor- e a orientação ao cliente devem ser constantes, pois geram
nando viáveis, além de acessíveis, rápidas e lucrativas, for- impacto direto na qualidade do serviço prestado.
mas distintas para a oferta de serviços existentes. • Produtividade e qualidade: são premissas
A tecnologia da informação transforma ações básicas, básicas para organizações de quaisquer ramos de atividade.
como pagamentos, solicitações, agendamentos, vendas e Entretanto, para o segmento de serviços, são fatores
comunicação, mudando completamente a experiência do primordiais para do sucesso ou fracasso de uma empresa.

2
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

A produtividade se refere ao alcance das melhores prá- eles relacionamentos lucrativos e duradouros. E para cons-
ticas na execução dos serviços para maximizar recursos, re- truir esses relacionamentos duradouros é necessário criar
duzir despesas e otimizar o tempo das equipes. valor e satisfazer o cliente de forma superior.
A qualidade é a garantia de entrega nas condições Clientes satisfeitos tem maior probabilidade de se torna-
acordadas e, de preferência, excedendo às expectativas, rem clientes fiéis. E clientes fiéis tem maior probabilidade de
para alcançar a satisfação dos clientes. dar às instituições uma participação maior em sua preferência.

Mix simplificado • Satisfação


A missão de misturar e balancear os 8 Ps não é fácil, Consiste na sensação de prazer ou desaponta-
mas é possível começar por um mix mais reduzido, que mento resultante da comparação do desempenho (ou re-
privilegie o relacionamento com o cliente. sultado) percebido de um produto em relação às expecta-
O objetivo principal passa a ser fortalecer as relações tivas do comprador.
com o público, criando elos mais perenes para fidelizar o - Cliente insatisfeito: desempenho do produto não al-
cliente à marca. Em empresas de serviços, isso é a alma cança expectativas.
do negócio. - Cliente satisfeito: desempenho do produto alcança
Usar a tecnologia correta para gerenciar as informa- expectativas.
ções é um dos ingredientes essenciais para o marketing de - Cliente altamente satisfeito (encantado): supera expectativas.
relacionamento. Satisfazer o cliente é ter conhecimento profundo de
Um bom começo é a utilização do CRM (Customer seus desejos. É conseguir entender o que ele quer e aten-
Relationship Management – Gerenciamento do Relaciona- der suas expectativas.
mento com o Cliente, em português), ferramenta que au- A satisfação dos clientes não é uma opção, é uma
tomatiza as funções de contato com o cliente e armazena, questão de sobrevivência para as empresas.
de forma inteligente, informações sobre atividades e inte- O atendimento é fundamental para o alcance dessa
rações dele com a empresa. satisfação. Os clientes não procuram apenas preços e qua-
É possível, com um só clique, entender o histórico de lidade. Eles esperam mais. Clientes desejam atendimentos
compras do cliente e conseguir propor algo antes que ele personalizados, atenção, serviços de pós-venda e transpa-
demande ou procure o concorrente. rência. E atender bem o cliente, significa antecipar-se às
Tendo evidenciada a relação com cliente por meio do suas necessidades.
CRM, fica mais fácil conhecer suas preferências e oferecer De acordo com o U.S. Office of Consumer Affairs, por
benefícios que façam diferença. cada cliente insatisfeito que reclama, há 16 que não o fa-
A partir dessas informações, o ideal é estruturar cada zem. Cada cliente insatisfeito transmite a sua insatisfação,
“P” separadamente, compondo um pacote para que o em média, a um grupo de 8 a 16 pessoas.
cliente faça uma experimentação inesquecível. Dos clientes insatisfeitos, 91% não voltam à empresa.
Se, por exemplo, em um restaurante os clientes bus- 95% dos clientes insatisfeitos têm a sensação de que não
cam um lugar mais confortável para o almoço durante o vale a pena reclamar porque não são atendidos.
período do trabalho, é possível criar um pacote com os be- É mais provável que o cliente que apresenta reclama-
nefícios abaixo e conquistá-lo de uma vez por todas: ção continue como cliente do que o que não se queixa. Por
• Produto: ambiente com ar-condicionado. isso, um cliente que apresenta queixa deve ser considerado
• Preço: pagamento pode ser feito com cartão de como um elemento favorável.
crédito. Satisfazer um cliente é ouvi-lo, entendê-lo, estreitar o re-
• Praça: horário expandido (das 11h às 15h). lacionamento para que sempre os produtos e serviços sejam
• Promoção: e-mail personalizado avisando que o ofertados à eles de maneira adequada, consciente e efetiva.
prato predileto do cliente estará no restaurante todas as Portanto, para satisfazer o cliente, o atendimento da
quintas-feiras. empresa deve destacar-se das demais. Coisas extras devem
• Processo: algumas mesas que podem ser ser feitas. Também, mostrar preocupação com o problema
reservadas pelo site. e interesse à sua necessidade são fundamentais para que o
• “Palpabilidade” ou evidência física: site cliente queira construir um relacionamento.
atualizado e com informações do cardápio de cada dia.
• Pessoas: atendimento com mais cortesia. Ferramentas para acompanhar e medir a satisfação de
• Produtividade e qualidade: selo de q ualidade da clientes
Anvisa. - Sistemas de reclamações e sugestões: podem ser
feitos em forma de caixa de sugestões, SAC e centrais de
atendimento. Esses sistemas visam melhorar, aperfeiçoar e
2 - SATISFAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES. mudar gestões e serviços que não estejam de acordo com
as necessidades dos clientes.
- Pesquisas de satisfação de clientes: São pesquisas
Hoje além de elaborar estratégias para atrair novos realizadas através de empresas contratadas, ou, pela pró-
clientes e criar transações com eles, as empresas empe- pria empresa interessada. Essas pesquisas têm como intui-
nham-se em reter os clientes existentes e construir com to ouvir, saber e entender a opinião do público.

3
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

- Compras simuladas: É uma técnica de pesquisa de Sabemos, portanto que, atualmente os clientes fazem
compreensão da satisfação dos clientes. É a simulação de sua escolha com base em suas percepções de qualidade,
uma compra, ou, contratação de um serviço, solicitada pela serviço e valor.
própria empresa. E serve para testar a qualidade de atendi- Essa percepção se dá desde o primeiro contato dele
mento de seus funcionários. com a empresa e o atendimento.
- Análise de clientes perdidos: Consiste em analisar os E então ocorre o que chamamos de:
reais motivos que fizeram os clientes perdidos deixarem de
fazer uso de seus produtos ou serviços. MOMENTO DA VERDADE (MVs)
 Encantado
• Valor  Desencantado
Valor para o cliente é a diferença entre o valor total  Apático
para o cliente e o custo total para o cliente.
O valor total é o conjunto de benefícios que os clientes Características de MVs
esperam de um determinado produto ou serviço. O custo • MVs não são apenas os primeiros contatos
total é o conjunto de custos em que os consumidores es- • MVs acontecem por meio de múltiplos canais
peram incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um
produto ou serviço. Ter MVs com os clientes não é exclusividade de nin-
Ou seja, valor total é tudo o que o produto ou servi- guém na empresa, portanto, deve ser meta de toda a or-
ço representa. Os benefícios e qualidades agregam valor ganização:
ao produto ou serviço. E é isso o que os clientes esperam.
Cliente quer valor. Os mandamentos do Encantamento do Cliente são
Custo total é o preço que o cliente desembolsa para classificados em três níveis:
garantir o produto ou serviço. É a quantia em espécie paga.
O valor para o cliente é a diferença entre esses dois. É  1º - não desencantar
quando o cliente tem a percepção que o valor do produto  2º - satisfazer
ou serviço é maior do que o preço.  3º - surpreender
Exemplo: Um cliente que compra um carro. Se ele
chegar a conclusão que o custo do carro compensou e foi O principal objetivo da organização deve ser tirar do
menor do que todos os benefícios garantidos, como: se- cliente a expressão:
gurança, conforto e beleza; pronto! O valor do carro para
ele foi maior. E, portanto, esse cliente saiu satisfeito, e a Os mandamentos do Encantamento do Cliente são
probabilidade de construir um relacionamento duradouro classificados em três níveis:
será muito maior.
1º - Não desencante: Não adianta se fazer um fantásti-
• Retenção co atendimento, se a empresa insiste em cometer erros pri-
Atrair um cliente não é uma tarefa fácil. E reter, se torna mários. Um bom atendimento, nesse caso, funciona como
ainda mais difícil. uma tentativa de “tapar-se o sol com a peneira”.
Hoje muitas empresas se preocupam em apenas atrair
os clientes. E para isso, traçam várias estratégias para cha- 2º Satisfaça: Primeiro satisfaça o Cliente nas necessida-
mar atenção do público. Porém, esquecem-se da impor- des básicas, no trivial.
tância de retê-los. No que foi prometido...
Atrair significa chamar a atenção, seduzir, aproximar. E
isso tem que ser feito através de um diferencial. Algo que 3º Extrapole, encante: ...só depois extrapole, encante.
sobressaia. Faça o que ninguém faz, ou da maneira que outros não
Reter significa manter. Ou seja, mantê-los fiéis. É fazer fazem, ainda.
com que, para esses clientes, a empresa, seus produtos e
serviços virem referenciais de qualidade.
Portanto, atraí-los, significa promover isso à eles. Re- 3 - VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE.
tê-los, é além de atender essas expectativas, superá-las. E
isso, não se faz, apenas através de produtos de qualidade
e bons preços. Reter clientes e fideliza-los é um trabalho Como diferenciar-se no mercado?
de relacionamento, que é feito através do atendimento. E Muita se fala sobre o que leva uma empresa a aumen-
também, através de suprimento de dúvidas, atendimento tar suas vendas e lucratividade.
de sugestões e críticas. Dentre tantas dessas ferramentas poderíamos citar as
O desafio não é deixar os clientes satisfeitos; vários vantagens competitivas.
concorrentes podem fazer isso. O desafio é conquistar Passamos agora a falar de um conceito vital nesse pro-
clientes fiéis. Ou seja, fideliza-los através de atendimentos cesso de compra e venda.
que superem as expectativas.  O que o cliente leva em consideração ao efetiva-
Tornando-o um aliado. mente adquirir um produto ou serviço?

4
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

- Qualidade? Alguns dos principais benefícios analisados em relação


- Preço? às ofertas podem ser descritos como suas características
intrínsecas, a imagem da marca perante o mercado,
Foi realizado uma pesquisa para encontrar a resposta à garantias extras, explicações de funcionamento, o
esse questionamento. atendimento recebido durante o processo de escolha das
Essa pesquisa apontou quesitos para encontrar o IPMC opções e compra, vantagens do local e conquista de status.
(Índice de Prestígio da Marca Corporativa), como vemos Para conseguirmos, então, aumentar o valor percebido
agora: devemos ter como meta aumentar essa série de quesitos,
1. Qualidade dos produtos e serviços porém não chegaremos a um resultado efetivo se não
2. Admiração e Confiança analisarmos também os custos, financeiros ou não, como
3. Responsabilidade Social e Ambiental por exemplo, o preço monetário em si, a carga de impostos
4. Inovação e aplicados, o custo que pode ser gerado no processo de
5. Histórico e Evolução entrega, o tempo que é despendido para realizar a compra,
o risco que é assumido para realizar a escolha e usufruir do
A pesquisa aponta além do grau de identificação e im- produto, as tensões e os problemas emocionais.
portância dada a cada um dos quesitos, mostrando que: Neste contexto o valor percebido ideal é aquele que
“Tornou-se fundamental agregar Valor ao Cliente, po- maximiza os benefícios que os clientes mais valorizam e
dendo este estar presente em qualquer ação que ocorra no simultaneamente busca reduzir os custos inerentes ao
processo de atendimento e venda. processo de compra.
Muitos desses valores são considerados intangíveis, Concluímos, assim, que as atividades para aumentar o
como, boa prestação de serviço, atenção dispensada, ou valor percebido pelo cliente devem estar em consonância
seja, ações que permaneçam na memória do cliente. com o que este espera, e anseia do produto, oferta, serviço
Conhecer quais são esses valores percebidos pelos ou empresa.
clientes, conhecer os valores desenvolvidos pela concor- A equação será positiva, quando conseguirmos
rência, além de adotar estratégias que potencializem esses amplificar os benefícios mais valorizados, assim como,
valores, levam a empresa a alcançar a vantagem competiti- diminuir os custos e riscos que estes consideram como de
va necessária para que os clientes se tornem leais. maior peso.1
Alguns fatores podem melhorar a percepção dos clien-
tes em relação ao produto ou serviço, entre eles citamos:
1. Acessibilidade – facilidade para obter o serviço (no 4 - TELEMARKETING.
caso de bancos: muitos caixas eletrônicos, horários amplos,
diretores presentes...)
2. Comunicação – as vantagens devem ser comuni- Telemarketing é a prática de promoção de vendas ou
cadas para que possam ser avaliadas serviços por meio do  telefone (ativa e passiva) e também
3. 3. Participação do cliente – através de manifesta- pode incluir atendimento ao cliente, SAC e suporte aos
ção de opinião, alternativas... clientes.
4. 4. Incorporar serviços adicionais – acrescentar ao Porém, na verdade, não é disso que falamos quando
serviço básico padrão com serviços adicionais ou comple- nos referimos ao o que é telemarketing, pois esta pode ser
mentares uma excelente ferramenta em sua empresas, desde que
5. 5. Programar ações para melhorar a percepção seja usada corretamente.
dos atributos (ex. limpeza do quarto de hotel) A grande parte dos problemas é organizacional e sim,
6. 6. Colaboradores com orientação ao consumidor - é possível organizar o telemarketing para que ele ajude na
interação dos clientes com os colaboradores. geração de negócios de sua empresa.
Mesmo com a internet em alta e as diversas formas de
Estratégia de Precificação marketing digital fervilhando, grande parte das pessoas
Matéria divulgada na revista HSM Management, apon- ainda precisam de um contato pessoal para se sentir se-
ta que a precificação de produtos e serviços é feita da se- guras o suficiente na decisão de uma compra.
guinte forma: A prova disso é que muitas empresas de e-commerce
• 44% - estratégias orientadas pela concorrência possuem canal de televendas porque muita gente se sente
• 37% - estratégias baseadas em custos mais segura comprando, quando está falando diretamente
• 17% - estratégias orientadas pelo valor percebido com outra pessoa.
pelo cliente e O telemarketing é uma ferramenta de venda e rela-
• 03% outras estratégias cionamento.
Segundo Kotler (1998) o valor percebido pelo cliente Pensando no que é telemarketing de verdade, elabo-
é o resultado da diferença entre o valor total esperado e ramos um pequeno guia de como organizar os processos
o custo total envolvido na transação, desse modo, se o da ferramenta de telemarketing na sua empresa, para
consumidor considerar que o valor recebido foi maior que que ela ajude no desenvolvimento de negócios e clientes.
o esperado, ele ficará satisfeito com a aquisição, porém se o
resultado for negativo ocorrerá o sentimento de frustração. 1 Por João Henrique Rafael Junior

5
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

1. Use o telemarketing para qualificar leads Divulgando a marca, vendendo produtos ou ajudan-
Lead é a pessoa ou organização com potencial para se do as pessoas a resolverem problemas, esse departamento
tornar cliente. tem duas formas fundamentais de trabalho: o telemarke-
A melhor maneira de fazer uma abordagem por telefo- ting ativo e o telemarketing receptivo. Você sabe a diferen-
ne é quando a pessoa já conhece a empresa. Por esse mo- ça entre os dois?
tivo é que eventos, roadshows, e-books, webinar e outras
ferramentas, são excelentes captadores de leads. Telemarketing Ativo
O telemarketing ativo é aquele em que o contato com
O telemarketing de hoje é um desperdício de oportuni- o cliente parte da própria empresa em questão. Muito ne-
dades. cessário para vendas, trabalhar com essa modalidade não é
As pessoas pegam leads totalmente desqualificados uma das tarefas mais fáceis. Ao ligar para alguém oferecen-
para abordar. Assim, a taxa de conversão em compras é do produtos ou serviços, o profissional deve saber como
minúscula. agir em cada situação, as horas certas de falar e de escutar
Não desperdice seus investimentos em ações de te- e como identificar quão próximo o cliente em potencial
lemarketing que não sejam segmentadas ou qualificadas. está de adquirir seu produto ou serviço. E além de uma
Dê preferência aos contatos que a sua empresa captura ligação de vendas, o telemarketing ativo também pode se
através dos processos receptivos. concentrar em realizar pesquisas com seus clientes ou um
O telemarketing pode ser um grande aliado na geração grupo populacional interessante para a empresa.
de leads. Quais características o profissional de telemarketing ati-
vo deve ter?
2. O telemarketing como ferramenta de promoção O profissional que trabalha com telemarketing ativo
Um cliente que compra da sua empresa pode se in- deve conhecer muito bem o produto ou serviço em ques-
teressar pelas promoções que você promove em épocas tão, assim como seu público-alvo e a melhor maneira de se
especiais do ano – seja de queima de estoque, seja devido comunicar com essas pessoas. A organização e preparação
à sazonalidade – e para isso, o telemarketing é uma po- não podem ser deixadas de lado. A cordialidade, bons mo-
derosa ferramenta. dos e boa dicção também são habilidades essenciais para
Diferentemente do disparo de e-mail marketing ou essa área.
de malas diretas, nesse caso, o telefone cria uma conexão
entre a empresa e o cliente. Telemarketing Receptivo
Isso porque as pessoas se sentem lembradas quando Quando um cliente é quem estabelece o contato com
são avisadas pessoalmente que haverá uma promoção da a empresa, a situação em questão é telemarketing recep-
empresa que ela gosta. tivo. E é nesse momento que a empresa deve demonstrar
Organizar o telemarketing da empresa como uma o máximo de preocupação e compromisso com o cliente.
ferramenta de comunicar novidades, boas novas e lança- Para isso, o atendente deve sempre ser cordial e edu-
mentos (além de promoções), é uma excelente maneira de cado e evitar deixar o cliente sem informações durante o
mostrar aos clientes que a sua empresa se importa com ele. processo de atendimento. Quem nunca achou que a liga-
ção caiu simplesmente por que o atendente ficou em com-
3. Aproveite o telemarketing como um canal de co- pleto silêncio durante alguns minutos?
municação com o mercado O telemarketing receptivo se concentra não somente
As pessoas não gostam de pesquisas. no serviço de atendimento ao consumidor (SAC) mas tam-
Uma pesquisa é chata, demora alguns minutos e as bém na área de vendas. Muitas vezes, clientes em potencial
pessoas respondem com má vontade. ligam para a empresa procurando mais informações e é
Como uma alternativa para incentivar a participação, nesse momento que o atendente tem um papel fundamen-
algumas empresas sorteiam produtos ou descontos entre tal. Ele deve identificar as necessidades da pessoa e deixar
os participantes das pesquisas. Isso funciona bem. o mais claro o possível os benefícios da compra.
Com base nisso, o telefone pode ter um importante Quais características o profissional de telemarketing re-
papel na hora de fazer as pesquisas de opinião com os ceptivo deve ter?
clientes. A maior parte das ligações na área de telemarketing
Então use o telefone para fazer pesquisas de mercado receptivo envolvem o serviço de atendimento ao consumi-
com seus clientes e aproveite para se relacionar com eles! dor (SAC), que geralmente envolvem o contato com clien-
Saber como foi a entrega de um produto, se ele che- tes insatisfeitos. E o profissional que vai lidar com essas
gou intacto, ou como está o retorno do serviço, é uma ótima pessoas deve estar bastante preparado, ser calmo, paciente
oportunidade de medir a satisfação do cliente e ao mesmo e sabe distinguir muito bem o lado profissional do lado
tempo, mostrar que você se preocupa com a opinião dele. pessoal. Clientes insatisfeitos normalmente estão irritados
Por não ser um contato tão frio quanto formulários e e lidar com isso da maneira correta é essencial para não
e-mails, o telefone é um ótimo termômetro para captar as prejudicar a empresa.
informações sobre a sua empresa e sobre o mercado.2 Trabalhar a fala, entonação e maneira de se falar com
os clientes são pontos decisivos para o sucesso nos núme-
2 Fonte: www.agendor.com.br ros de vendas de uma empresa. Este é o ponto estratégico

6
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

crucial para quase todo negócio, e os melhores profissio- reuniões e, até mesmo, contornar situações mais graves como
nais do ramo com certeza terão um futuro brilhante pela o assédio sexual. E em tempos de globalização, os empresários
frente. Que tal conferir também nossas dicas sobre como recebem conhecimentos para transitar com desenvoltura em
perder a timidez e falar bem em público e já aumentar seu qualquer parte do mundo, respeitando as diferenças culturais.
leque de habilidades com vendas?3 Mas por que as regras de boa conduta, antes ensinadas
na infância pelos pais ou nos colégios frequentados por
filhos de famílias tradicionais, chegam hoje a um curso
5 - ETIQUETA EMPRESARIAL: voltado para adultos, muitos já até pós-graduados? Para
COMPORTAMENTO, APARÊNCIA, CUIDADOS Cláudio Pelizari, as causas estão na migração das mulheres
NO ATENDIMENTO PESSOAL E TELEFÔNICO. do papel de educadoras integrais dos filhos para o trabalho
fora de casa.
“Desde que as mulheres foram obrigadas a deixar
O saber se comportar e a aparência são questões cada seus lares para buscar posições no mercado de trabalho, a
vez mais exigidas para o executivo moderno. educação chamada de berço passou a ser delegada a outras
Ele chegou com uma hora de atraso ao almoço de pessoas, trazendo como consequência a falta quase total
negócios, na pressa deixou de fazer a barba, foi deselegante de conhecimento das regras mais básicas de boas maneiras
com uma funcionária, subiu pelo elevador falando ao e polidez. As escolas também substituíram as aulas dessa
celular e deu boas tragadas onde se lia “é proibido fumar”. disciplina, muito valorizadas no Brasil até a década de 60,
Detalhe: é formado em Administração, Economia, fala três por conteúdos que julgavam mais importantes», acredita o
línguas e tem MBA. Apesar do currículo, seu negócio foi economista.
por água abaixo após a reunião. Comportamentos como Cláudio e Maria Aparecida contam que muitos
o do jovem executivo em compromissos de trabalho, profissionais, após deixarem as universidades, chegam ao
que, para alguns, podem significar um mero jeito de ser, mundo corporativo e percebem que essas competências
seja por displicência ou desvalorização de delicadezas, fazem falta. “Os erros se tornam visíveis na aparência
impossibilitam uma carreira promissora. Antes restritas pessoal, nos gestos, na entonação e no palavreado,
ao mundo social, as boas maneiras, hoje, são ferramentas passando depois para os modos, apertos de mão, troca de
essenciais à vida profissional. cartões de visita, conduta em elevadores e restaurantes e
Prova disso é a grande procura pelos cursos de uso do telefone e do celular”, diz o consultor, lembrando
etiqueta empresarial, que atraem não só empresários, mas que as pessoas nem se dão conta das gafes que cometem,
executivos, políticos, profissionais liberais e da área de prejudicando sua carreira e arranhando a imagem das
vendas, gerentes, secretárias, administradores, aspirantes empresas onde trabalham.
à carreira diplomática e pessoas em busca de recolocação Cláudio Pelizari relata que há grande procura de
no mercado. Parceira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), profissionais mineiros pelo curso. Na visão dos dois
a empresa Etiqueta Empresarial Executive Manners especialistas, os mineiros em geral tratam com mais cuidado
Consulting, com atuação no eixo Rio/São Paulo, programa o quesito aparência. Muitos os procuram com dúvidas
para este mês (maio) um curso e uma palestra para ensinar quanto à maneira correta de se vestir e se comportar.
bons modos a profissionais mineiros. O primeiro trabalho “Valorizam também o ato de receber pessoas em casa,
da empresa no Estado aconteceu no Hotel Ouro Minas, em decoração de ambientes profissionais e domésticos e
maio de 2002, onde 300 pessoas assistiram ao curso de boas maneiras à mesa”, destaca Cláudio, cuja empresa
Etiqueta Empresarial, definida como o conjunto de normas conta também com dinâmicas de grupo, atividades de
que regem o comportamento no mundo dos negócios. psicomotricidade laboral e oficina de memória.
Há 20 anos treinando profissionais, a professora
Maria Aparecida Araújo diz que pontualidade, aparência Dicas de Etiqueta Empresarial
bem cuidada e saber portar-se bem à mesa, além de ser
elegante ao telefone, são atitudes imprescindíveis. Nas  Expressar-se verbalmente: jamais fale palavrões.
aulas, ela ensina desde formas corretas de cumprimento,  Escrever cartas, cartões, memorandos ou bilhetes:
apresentação, vestuário e comportamento, sem contar dê sempre um cunho elegante e positivo nos textos.
orientações sobre como usufruir de recursos eletrônicos,  Manter amizades: lembre-se de sempre de ser
como telefone, videoconferência e e-mail. “O treinamento gentil com os amigos e familiares nas datas importantes.
também faz com que as pessoas aprimorem a comunicação,  Respeitar os ausentes: pessoas elegantes não perdem
aprendendo a ouvir e falar na hora certa e com a entonação seu tempo com fofocas e comentários sobre a vida alheia.
adequada”, cita o economista Cláudio Pelizari, diretor da  Tratar com pessoas socialmente carentes: não des-
Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting. considerar os menos favorecidos, tratar a todos com res-
Quem faz o curso aprende ainda a criticar com peito independentemente da hierarquia.
resultados positivos, transformar reclamações em vendas  Conduzir os negócios conservando a ética e a ho-
e lidar com colegas e clientes de temperamento difícil, nestidade em suas relações com clientes, empregados for-
apresentar ideias e projetos com eficiência, conduzir necedores.
 Dirigir e estacionar o carro: quem é grosseiro no
3 Fonte: www.sos.com.br trânsito, certamente será grosseiro em outras situações.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

 Ceder espontaneamente o seu lugar para ido- A palavra:


sos, gestantes ou deficientes físicos. Antes de falar sempre reflita sobre, veja se isso não
 Cumprimentar e agradecer os profissionais será considerado como uma ofensa. O bom vocabulário
que o transportaram. também é importante. Para isso, leia, adquira novas ideias,
 Entrar ou sair do táxi: cumprimentando o mo- atualize-se.
torista ao embarcar, agradecendo ao sair e não fazen- Aprenda a falar, calar e tornar a falar num instante pre-
do questão de trocos irrisórios. ciso. Diga a palavra certa, na hora exata e cale-se no mo-
 No elevador: sabendo que em seu interior não mento oportuno.
se fuma, não se conversa nem se fala ao celular. Fun-
damental é cumprimentar o ascensorista ao entrar e É falta de ética ao conversar:
agradecer ao sair. • Elogiar persistentemente;
• Uso de gírias;
Ser bem-educado é: • Empregar sempre a primeira pessoa do singular (EU);
• Usar chavões como “entende”, “compreende”, “eu
 Adotar práticas corretas de conduta e caráter. não disse”.
 Cuidar da linguagem corporal, dos gestos, da • A maledicência: Falar mal das pessoas revela falta
expressão facial, da postura quando em pé ou sentado. de assunto e falta de cultura, não devendo ser tema de
 Saber sentar, levantar-se, comer, apresentar conversação.
corretamente as pessoas, usar cartões de visita, cum- • As interrupções: Quando interromper alguém
primentar, presentear e ser presenteado, pedir licença, volte atrás e desculpe-se. É importante deixar que as
agradecer, dizer não, criticar sem ofender, ser pontual, pessoas concluam seus pensamentos.
conversar de forma agradável, ser um bom ouvinte e,
principalmente, ter autocrítica e perceber quando deve Apresentações:
desculpar-se. O sorriso é fundamental quando nos apresentamos. Cara
fechada fecha as portas para o sucesso. Com bom humor e
A apresentação pessoal diz muito da nossa per- um sorriso, o relacionamento com as pessoas melhora.
sonalidade, daí ser tão precioso vestir-se bem. Sabe- A primeira impressão que temos de uma pessoa,
mos que somos julgados o tempo todo e se não nos é normalmente formada no momento em que você o
apresentamos conforme a situação pede, podemos ser cumprimenta com um aperto de mãos. O aperto de mãos
mal interpretados. Se você gosta de usar roupas que é um gesto simbólico de satisfação, portanto, dar a mão
não dizem muito com sua profissão, por exemplo, sai- mole ou só com a ponta dos dedos significa displicência e
ba que pode estar sendo visto com “maus olhos” pelas pouco caso.
pessoas que convivem no seu ambiente de trabalho. Ao apresentar-se, utilize as palavras: Como vai?/Tudo
bem?/Como está?
Dicas de apresentação pessoal
Aparência Pessoal:
Gestos: A aparência pessoal é de fundamental importância
O gesto é um complemento discreto para ilustrar a para o sucesso social e profissional.
ideia, e não para impor a palavra. Gesticular em exces- • Valorizem a aparência pessoal cuidando com
so não tornará o interlocutor mais atento ao que você carinho de seus cabelos, pele e mãos;
tem a dizer. Todo gesto deve ser comedido e harmo- • Fiquem sempre atentos quanto ao vestuário
nioso. Evite a mímica e o excesso de gesticulação. (meias, sapatos, bolsa, pasta, etc);
• Mantenham o equilíbrio visual, ou seja, sejam
É deselegante ao conversar: distintos e discretos.
• Roer unhas ou morder os lábios;
• Torcer as mãos ou gesticular nervosamente; Noções de Boa Postura
• Segurar o rosto ou o queixo, mexer no cabelo O mais importante para obtermos uma boa postura é
ou fazer cachinhos; manter a coluna reta.
• Colocar as mãos na cabeça ou nos bolsos, Para isso é preciso lembrar o seguinte:
brincar com joias (anel, brinco, colar, etc); • Manter a cabeça levantada com o queixo paralelo ao chão.
• Levantar o tórax sem forçar os ombros, estes
O gesto diz muito da pessoa. Quanto mais educada devem ficar naturalmente relaxados.
e segura de si, menos uso ela faz da gesticulação. • Levantar os quadris, projetando-os um pouco para
frente, evitando assim descansar o corpo sobre as pernas.
A voz: • Braços: Devemos deixá-los relaxados e caídos ao
A voz deve ter clareza e simpatia. Quanto ao tom, lado do corpo com os cotovelos esticados e as mãos em
não pode ser muito alto a ponto de incomodar as pes- perfil. Ao andar, os braços devem se mover como pêndulos,
soas, nem tão baixo a ponto de não ouvirem. tocando o corpo. Só os braços devem se mexer a partir da
junta dos ombros, estes não se movimentam.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

• Pernas: Ao andar não as cruze. Os joelhos devem • Serviços: são intangíveis, isto é, não é possível ver
dar os passos flexionando e esticando as pernas. Não suas características antes dos mesmos serem adquiridos
deixá-los flexionados no final dos passos. e usados pelos usuários. Não podem ser colocados em
• Pés: Devem pisar no chão por inteiro, a ponta e o “estoque” ou seja, devem ser produzidos e usados no
calcanhar, um ao lado do outro e retos. momento da transação.
Obs.: Alguns autores definem produtos como
O conceito de qualidade é amplo e permite várias tudo aquilo que pode ser adquirido. Em função de sua
interpretações. As mais expressivas se referem, por um tangibilidade (características como dimensões físicas ou
lado, à definição de qualidade como busca da satisfação poder de serem discerníveis pelos sentidos), podem ser
do cliente, e, por outro, à busca da excelência para todas as classificados como bens ou serviços.
atividades de um processo, através da transformação no Uma instituição pode existir apenas em função do
modo como a organização se relaciona com seus clientes, serviço que oferece. Mas, a instituição que oferece produto
agregando valor aos serviços a ele destinados, como por não sobrevive sem o serviço agregado.
exemplo a eficiência, a eficácia, a ética profissional, a
agilidade no atendimento, entre outros. Aspectos Essenciais na Prestação de um Serviço
• Equilíbrio oferta-procura
O QUE É ATENDIMENTO? • Gestão do Pessoal
• Relacionamento com os Clientes
Conceitos: • Comunicação
• Atendimento é o ato ou efeito de atender.
• Atendimento é a maneira como habitualmente são Princípios Básicos para o Bom Atendimento Pessoal
atendidos os usuários de determinado serviço.
• Atendimento é prestar assessoria, consultoria, sanar 1. Ser cortês – atender bem a qualquer clientela que se
dúvidas. dirija a empresa. Para isso, o funcionário precisa suplantar
• Atender é acolher. seus próprios preconceitos ou eventual má impressão
• Atender é receber com atenção e cortesia. Atender é inicial que tenha do cliente.
dar ou prestar atenção a algo. 2. Dar boas vindas - Cumprimentar a todos com um
O atendimento pressupõe uma ajuda de uma pessoa sorriso natural e espontâneo, facilitando o contato com
à outra. Sempre que você atende, você está relacionando- o cliente. Sempre que possível chamá-lo pelo nome,
se com outra pessoa. pronunciando corretamente. E nunca diga que o nome do
O atendimento tem por objetivo assistir o cliente em seu cliente é horrível, estranho, engraçado e etc.
suas necessidades que geraram a procura pelo serviço. 3. Atender de imediato – O cliente deve ser priorizado
• Na atualidade, o objetivo principal do atendimento em qualquer atendimento, lembre-se que para quem
é encantar o cliente, permitindo torná-lo um parceiro chega a sua empresa você é o responsável pela primeira
da instituição, capaz de agregar desenvolvimento e impressão e um minuto de espera pode representar uma
aprimoramento. eternidade.
4. Mostre boa vontade - Mesmo fora de sua área
Aspectos necessários para um bom atendimento: de trabalho, o funcionário pode cumprimentar a todos
e tentar ajudar, na medida do possível, a gentileza não
• Preparo: Conhecimento do seu serviço e do precisa ficar restrita ao setor de trabalho ou às pessoas que
funcionamento da instituição em suas partes e no todo. conhece. É sempre gratificante para o cliente ser atendido
• Dedicação: O atendente deve estar sempre ou cumprimentado por um funcionário da empresa que o
atualizado nas informações que possui e que sua função reconheça.
exige. 5. Dispensar atenção ao cliente – Dar tempo para o
• Presença de espírito: Permite que o atendente seja cliente explicar o que deseja. Escutá-lo e não apenas ouvir.
criativo e assertivo em sua conduta, em especial nas Lembre-se de manter uma atitude agradável buscando
situações de conflito e tensão. principalmente respeitar a opinião de seu cliente.
• Intuição: Deve basear-se na observação atenta 6. Agir com rapidez – O tempo é muito importante
das necessidades do cliente, as verbalizadas e as não- tanto para você como para o seu cliente. Ele deseja que
verbalizadas, mas que podem ser percebidas. Por o seu problema seja solucionado o mais rápido possível
exemplo, quando o cliente não compreender com e você, deve atendê-lo com agilidade para que possa
clareza a informação, mas não tem coragem de dizer ao dar andamento ao atendimento dos demais clientes.
atendente; ou quando o cliente chega à instituição e não Mas lembre-se que rapidez não é sinônimo de descaso
tem certeza do que quer. ou irritação. Nunca demonstre ao cliente que está sendo
rápido para se livrar dele.
DIFERENÇA ENTRE PRODUTOS E SERVIÇOS. 7. Não dê ordens - Jamais ordene algo ao cliente. Uma
• Produto: é definido como os bens de consumo com expressão cordial é o necessário para que o cliente faça o
característica tangível, ou seja, podem ser produzidos, que você quiser. “Por favor, o Senhor pode assinar nesta
examinados, como colocados em estoque, transportados; linha?”

9
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

8. Em casos especiais chame o superior – Diante de um Princípios Básicos para o Bom Atendimento
cliente imperioso (e muitas vezes sem razão), o funcionário Telefônico
deve buscar ajuda com habilidade é claro, e sem demonstrar O uso da comunicação telefônica tornou-se
ao cliente insegurança ou pouco conhecimento do assunto. imprescindível em todas as áreas, tanto no campo de
9. Evitar atitudes negativas – expressões negativas tendem a recepção das empresas quanto nos serviços especializados,
criar um clima negativo. Evite: “não deve”, “não pode”, “não dá”. chamado de Telemarketing, que apresenta algumas
10. Falar a verdade – A verdade é extremamente vantagens, tais como:
importante nas informações dadas, mas lembre-se que
nem sempre o nosso superior coopera para que digamos 1. Interatividade: é a mídia mais pessoal e interativa
a verdade, e nesses casos a mentira não é sua, você está que existe;
apenas cumprindo ordens. 2. Flexibilidade: muitas operações são montadas du-
11. Agir como o melhor cartão de visitas – Lembre-se rante um curto período para atender as exigências da em-
de que sua imagem equivale a imagem da empresa, seu presa;
local de trabalho deve estar sempre limpo, organizado, a 3. Replanejamento: a qualquer momento uma estra-
sua linguagem deve ser a mais correta, sem exageros, o seu tégia poder ser modificada, já que as informações de seu
vestuário deve ser o mais sóbrio possível, sem exageros. sucesso chegam rapidamente;
4. Otimização: num mesmo contato muitas informa-
ATENDIMENTO PRESENCIAL ções podem ser repassadas ou cadastradas de um mesmo
cliente;
Princípios para a qualidade ao atendimento presencial: 5. Controle: é razoavelmente fácil controlar uma ope-
• Competência - O usuário espera que cada pessoa ração de telemarketing, já que todas as informações trafe-
que o atenda detenha informações detalhadas sobre o gam em sistema;
funcionamento da organização e do setor que ele procurou. 6. Foco: condições especiais de preço e conteúdo po-
• Legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, dem ser ofertadas para clientes da mesma empresa;
respeito, imparcialidade, sem discriminações, com justiça e 7. Cobertura: pode atingir distâncias continentais em
colaboração. segundos;
• Disponibilidade - O atendente representa, para o 8. Comodidade: tanto para o comprador quanto para
usuário, a imagem da organização. Assim, deve haver o vendedor;
empenho para que o usuário não se sinta abandonado, 9. Custo: é mais barato vender pelo telemarketing, pois
desamparado, sem assistência. O atendimento deve os custos de comissões, estrutura e logística são muito me-
ocorrer de forma personalizada, atingindo-se a satisfação nores do que em uma loja;
do cliente. 10.Velocidade: um operador de telemarketing pode
• Flexibilidade - O atendente deve procurar identificar efetuar 70 contatos com empresas no mesmo dia, já um
claramente as necessidades do usuário e esforçar-se para vendedor de campo pode, em média, visitar 12 clientes.
ajudá-lo, orientá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo Porém, causa restrições por ter natureza intrusiva.
adequadamente.
Para que o cliente ou usuário possa se sentir bem Estilo de Operações de Telemarketing
atendido, existem, também, algumas estratégias verbais, Receptivo (In Bound)
não-verbais e ambientais. • Trata-se do estilo no qual os operadores recebem as
Estratégias verbais chamadas efetuadas pelos clientes ou os possíveis clientes
₋ Reconhecer, o mais breve possível, a presença das da empresa.
pessoas; • Antigamente era conhecido como “Passivo”, mas
₋ pedir desculpas se houver demora no atendimento; como o termo era impróprio para designar atitudes ade-
₋ se possível, tratar o usuário pelo nome; quadas ao atendimento telefônico o nome foi abolido.
₋ Demonstrar que quer identificar e entender as • É chamado In Bound, pois significa salto para dentro,
necessidades do usuário; ou seja, a iniciativa se dá de fora da empresa para dentro.
₋ Escutar atentamente, analisar bem a informação, • O cliente liga para a empresa para receber uma infor-
apresentar questões; mação ou efetuar uma compra.
Estratégias não-verbais • Em casos de venda, as ligações externas são sempre
₋ Olhar para a pessoa diretamente e demonstrar consequências de um estímulo provocado pela ação da
atenção; propaganda de resposta direta.
₋ Prender a atenção do receptor;
₋ Não escrever enquanto estiver falando com o usuário; Ativo (Out Bound)
₋ Prestar atenção à comunicação não-verbal; Trata-se do estilo no qual os operadores ligam para os
Estratégias ambientais clientes ou os possíveis clientes da empresa.
₋ Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo; Podemos dizer que se chama Out Bound, porque a ini-
₋ Assegurar acomodações adequadas para o usuário; ciativa da ação se dá de dentro da empresa para fora. A
₋ Evitar pilhas de papel, processos e documentos empresa vai até o cliente para obter informação ou efetuar
desorganizados sobre a mesa. uma venda.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Indicamos as principais regras básicas para um As interações com quaisquer dos focos poderão ocor-
atendimento excelente, na área de trabalho: rer dentro de um ciclo de vendas ou não. No entanto aque-
las classificadas como sendo orientadas ao relacionamento
• Atenda com rapidez, clareza, simpatia, de forma ocorrem com maior intensidade fora do ciclo de vendas e
atenciosa e educada; as com foco na oportunidade acontecem em maior grau
• Identifique-se e identifique o interlocutor; durante o mesmo.
• Use sempre: Senhor, Senhora, por favor, e muito Interações focalizadas na oportunidade que aconte-
obrigado; cem durante um ciclo de vendas são importantes o sufi-
• Não deixe o interlocutor “pendurado na linha”; ciente para que sejam classificadas como críticas. Essenciais
• Transfira corretamente a ligação e avise ao ramal para a execução do processo de vendas, e parte de sua
transferido quem está na linha; espinha dorsal, são assim chamadas por formar um con-
• Ofereça um retorno de ligação, no caso de o ramal junto de insumos essencial para a execução de estratégias
estar ocupado; vencedoras. Em muito do nosso aprendizado em vendas,
• Tome nota de todos os dados importantes e repita-os escutamos que o processo de vendas é o “melhor grupo de
para o interlocutor estratégias e táticas a serem usadas para ganhar a venda”.
• Nunca fale “comendo” / de boca cheia É verdade. No entanto as táticas – ferramentas da execução
• Não mantenha conversas paralelas. Concentre-se na da estratégia – são executadas através da interação crítica.
ligação que está atendendo Assim, é parte da automação de vendas, que se de-
• Faça suas próprias ligações senvolvam processos de vendas avaliando oportunidades
• Comunique a telefonista quando não estiver na sala. anteriores e agrupando as interações críticas ocorridas que
• Fique disponível quando solicitar uma ligação. foram bem sucedidas e eficazes.
lançar as pontas nem para fora e nem para dentro. É aceitável que processos de vendas variem muito, pois
dependem fortemente da complexidade do produto ou
serviço e do seu valor. Mercados e processos de compra
6 - INTERAÇÃO ENTRE VENDEDOR E têm também a sua influência. Porém, processos de ven-
CLIENTE. da são, de fato, reações à forma essencial de comprar. Em
outras palavras, o processo de vendas evolui como respos-
ta ao processo de compra do cliente. E este é, em geral,
Ao procurar a palavra interagir em um dicionário você guiado por um fluxo linear relativamente simples: definição
encontrará “relacionar-se com”. É o que define a conexão de necessidades, investigação das alternativas de solução
entre interações com clientes e relacionamento com clien- possíveis e negociação do acordo final. O processo de ven-
tes. Não existe relacionamento sem interação. das deve reagir de acordo com o andamento deste fluxo
É comum vermos as interações como vias de duas com os vendedores ajustando suas habilidades conforme a
mãos – uma conversa presencial ou por telefone. No en- necessidade de cada etapa.
tanto elas podem ser de uma única mão. Estas ocorrem Na construção de um processo de vendas bem suce-
sempre que uma parte tenta contatar a outra sem a garan- dido, deve-se não somente especificar o tipo da interação
tia de uma resposta. E-mails ou recados em caixas postais crítica, mas também sua posição no ciclo de vendas e seu
são bons exemplos. Quando acontece a resposta elas pas- tempo em relação àquelas que ocorreram antes e que vi-
sam a ser de duas mãos, mas sabemos que é muito comum rão depois. Supõem-se as interações críticas ocorrendo se-
que não aconteçam. quencialmente, uma após a anterior ser completada. Mas
Algumas formas de interações nem parecem sê-las. A não é sempre assim. Bem cedo, vendedores aprendem que
proposta que enviamos ao cliente em um dado ponto do a vida real não segue modelos ideais e entendem que as
ciclo de vendas ou um pedido de compra por ele enviado interações precisam andar de maneira diferente.
ao término de uma negociação bem sucedida são exem- A automação de vendas aplicada com precisão enten-
plos de interações. Seja como for, é objetivo do vendedor de esta necessidade e sincroniza os eventos da vida real
buscar o maior valor possível em cada interação. com aqueles propostos pelo modelo de vendas e ajuda o
As interações podem ser vistas com duas perspecti- vendedor a se posicionar adequadamente no ciclo de ven-
vas, a primeira focalizada no relacionamento com o cliente das, entender qual a sua situação e tomar o melhor cami-
quando o vendedor busca criar, manter ou elevar a con- nho naquele momento.
fiança do cliente. A outra, com foco na oportunidade, é
o instrumento utilizado pelo vendedor para desenvolver, A evolução da venda pessoal
descobrir oportunidades ou promover e defender o valor Para Weitz et al. (1995) a evolução da venda pessoal
de sua proposta. Esta “dupla personalidade” da interação coincide com as orientações dadas aos vendedores nos
com o cliente sugere uma forma de aproveitar os benefí- diferentes períodos, conforme mostra o QUADRO 1.
cios diretos da automação de vendas mantendo os requi- Essas orientações, não obstante, ainda existem em muitos
sitos do CRM. Determine a essência da interação, se ela negócios hoje em dia.
está com foco no relacionamento ou na oportunidade e ela
estará classificada.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Quadro 1 - A evolução da venda pessoal

Na era da produção, antes de 1930, a demanda pelos produtos excedia a oferta, sem qualquer competição entre as
empresas. Os fabricantes tinham os produtos como foco, sem qualquer preocupação com as necessidades dos compradores.
Ao vendedor cabia o papel de tirar o pedido. Na era de vendas, após o crash da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929,
não existiam compradores suficientes para comprar os produtos e a competição tomou-se intensa entre os fabricantes.
Ao vendedor cabia o papel de criar a demanda pelos produtos com a aplicação de técnicas de vendas persuasivas. Na
era do marketing, com a utilização da filosofia do marketing cuja ênfase era a satisfação das necessidades dos clientes,
os vendedores tomaram-se solucionadores de problemas. Eles procuravam identificar as necessidades dos clientes e
demonstravam como os produtos poderiam atendê-las. Na era da parceria, que se iniciou após 1990, os vendedores e
os compradores reconheceram que poderiam desenvolver estratégias com vantagens sobre os concorrentes por meio de
um trabalho em conjunto. O vendedor tornou-se um criador de valor, aplicando-se no desenvolvimento de soluções que
aumentassem a lucratividade das empresas (WEITZ et al., 1995).

O relacionamento vendedor-comprador no processo de negociação


“O negociador tem dois tipos de interesses: na substância e na relação. Todo negociador quer chegar a um acordo que
satisfaça seus interesses substantivos. É por isso que se negocia. Além disso, o negociador também tem interesses em seu
relacionamento com o outro lado” (FISHER, et al., 1994, p.38)
As melhores negociações acabam com uma resolução satisfatória para todos. É comum as negociações de sucesso
terminarem em trocas. Nessas trocas, cada lado da negociação entrega ou desiste de algo menor em troca de algo maior.
(BAZERMAN, 1998, p.33).
“Cada vez mais pessoas trocam idéias com o intuito de modificar suas relações, cada vez que chegam a um acordo, estão
negociando. A negociação depende da comunicação, e ocorre entre pessoas que representam a si ou grupos organizados”
(NIERENBERG, 1991, p.16).
Uma negociação distributiva envolve apenas a questão do quanto uma pessoa ganha à custa da outra. Por exemplo,
tentar comprar um produto pagando sempre um preço menor que o de marcação. Neste modelo os interesses de um
lado – comprar pelo menor preço são opostos com os interesses da outra parte – vender pelo melhor preço (BAZERMAN,
1998, p.33).
Negociações são mais do que uma simples luta sobre quem fica com quanto. Em uma disputa, os lados têm interesses
opostos e raramente avaliam a importância e prioridades de cada um. Em nossa sociedade, a cultura do ganha ou perde faz
o ponto de vista competitivo dominar o que resulta numa predominância do método distributivo em todas as negociações
(BAZERMAN, 1998, p.35).
Negociação é a busca de soluções criativas para resoluções de problemas. A maioria das pessoas usa habilidades
lógicas de decisão para solucionar problemas. Por exemplo, tentar fazer quatro linhas retas para conectar todos os pontos
do diagrama sem tirar a caneta do papel:

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Figura 1 – Diagrama A
Fonte: Bazerman, 1998, p.35.

As pessoas geralmente tentam as seguintes soluções:

Figura 2 – Diagrama B
Fonte: Bazerman, 1998, p.35.

Segundo Bazerman (1998), a maioria das pessoas tenta usar habilidades lógicas de decisão para solucionar o problema,
criando pressuposições que acabam enquadrando a criatividade e limitando outras possibilidades de solução. Segundo o
autor, esta é a maior barreira imposta à solução criativa de problemas.
Para ter criatividade é importante pensar fora dos padrões comuns e um bom vendedor precisa exercitar este lado
para buscar soluções para seus clientes. Soluções criativas geram mais valor, sendo possível conseguir uma fatia maior do
investimento de um cliente quando se oferece uma solução melhor para seu problema.
Descartada a pressuposição de existir uma barreira ao redor dos nove pontos é possível chegar a uma solução
semelhante a esta:

Figura 3 – Diagrama C
Fonte: Bazerman, 1998, p.36.

Segundo Bazerman (2004), as pessoas fazem avaliações partindo de um valor inicial e ajustando até produzir uma
decisão final. Neste contexto, o papel do vendedor é de extrema relevância, pois a criatividade da solução pode criar um
grande valor para ambas as partes, além da qualidade de seu relacionamento com o comprador facilitar a obtenção do
melhor acordo possível.
O processo de negociação compreende quatro etapas: preparação, criação de valor, distribuição de valor e
implementação. Na negociação as partes lutam pelo poder, conjugando seus interesses no fechamento de um acordo.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Quadro 2 – As quatro etapas do processo de negociação

Durante a etapa de PREPARAÇÃO, os negociadores dedicam tempo para desenvolver aspectos que poderão servir
como diferenciais durante a negociação na qual pretendem se envolver. O objetivo desta fase é elaborar a melhor previsão
possível sobre necessidades, conflitos, moedas de trocas, autonomia, alternativas, interesses comuns que estarão presentes
na rodada de negociação.
O relacionamento entre as partes é assunto central na etapa de CRIAÇÃO DE VALOR. Nesta fase são afirmados valores
e desenvolvidas visões comuns e, é nela que se origina o dilema entre competir e cooperar. Maior será o valor criado na
medida em que haja um compartilhamento pertinente de informações e visões. Algumas atividades comuns desta etapa
são: exploração dos interesses de todas as partes, criação de opções de aumento do valor disputado, suspensão de críticas,
adoção de mediadores neutros para melhoria da comunicação (DUZERT, 2007).
Na etapa de DISTRIBUIÇÃO DE VALOR o dilema entre competir e cooperar assume uma força maior. A declaração de
compromissos toma lugar de grande importância, o uso de padrões surge como uma opção importante no momento da
divisão. Tipicamente são desenvolvidos os seguintes pontos: desenvolvimento de um clima de mútua confiança, discussão
de definições de critérios para distribuição de valor e utilização de elementos neutros na sugestão de alternativas na
distribuição do valor criado (DUZERT, 2007).
As relações de longo prazo surgem da experiência obtida na fase da EXECUÇÃO. Se a experiência for positiva, a
negociação poderá manter-se por longo prazo. A conformidade e o tempo são fatores preponderantes a serem considerados
porque alimentam a mútua confiança entre as partes. Os pontos importantes desta fase são: montagem de acordos sobre
monitoramento e controle das decisões tomadas, desenvolvimento de aspectos que facilitem a sustentação dos acordos
firmados, melhoria de relacionamento, alinhamento de incentivos e controles organizacionais.
“A satisfação das necessidades motiva praticamente a conduta humana.” A partir deste pressuposto, Nierenberg (1991,
p.93-118) propõe uma teoria das necessidades das negociações considerando que para iniciar uma negociação as duas
partes devem estar movidas por necessidades.
Segundo Duzert et al. (2007) e Fisher (1994), uma negociação é composta por dez elementos que são fundamentais em
cada fase da negociação conforme QUADRO 3:

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Quadro 3 – Matriz de negociações complexas

1- Interesses – Interesses são diferentes de posições. As posições podem ser traduzidas como exigências das partes.
Sustentando as posições estão sempre os interesses, que são os motivadores das partes engajadas nas negociações. Os
interesses podem ser: necessidades, preocupações, esperanças, desejos e temores. Melhor será o negócio quanto maior for
a satisfação destes interesses.
Fisher et al. (1994, p.58-70) descrevem que os interesses mais poderosos são as necessidades humanas básicas.
Ao buscar os interesses por trás de uma posição, os autores afirmam que os negociadores devem procurar interesses
fundamentais que motivam as pessoas. A motivação é obter aquilo de que precisam, alcançar o que almejam, suprir o que
lhes falta.
Segundo os autores, “a conciliação de interesses, em vez de posições, funciona por dois motivos. Primeiro porque, para
cada interesse, geralmente existem diversas posições possíveis e capazes de satisfazê-lo. (...) E também porque, por trás das
posições opostas, há muito mais interesses em comum do que conflitantes”.

2- Opções – Opções constituem a totalidade de possibilidades pelas quais as partes podem tecnicamente chegar
a um acordo. Fisher et al. (1994) sugerem criar diversas possibilidades antes de decidir o que fazer. Eles afirmam que as
opções podem ampliar a possibilidade de acordo. Um acordo será melhor se for originário das diversas opções possíveis,
principalmente se explorar todo potencial de ganho mútuo.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

3 – Alternativas - As alternativas são possibilidades de esperar que o outro compreenda. É preciso verificar se após
caminho que cada parte tem em comparação ao acordo ter recebido a informação, a interpretação da realidade é a
em negociação. O acordo negociado sempre poderá ser desejada. Uma boa validação faz a comunicação ficar em
comparado às alternativas possíveis fora da negociação. sintonia com a outra parte. Uma boa comunicação faz a
Portanto, é fundamental responder algumas questões verdade ser entendida na sua melhor ótica, elevando o nível
básicas: qual a alternativa ao problema, qual limite ético das negociações. Elevar o nível ético do processo de
mínimo para um acordo negociado; até que ponto cada negociação permite o estabelecimento de compromissos
parte está disposta a ser flexível; e quais as concessões factíveis e respeitados pelas partes, resultando no melhor
que as partes estão dispostas a fazer. Para a definição acordo (CARVALHAL et al., 2006, p.143-145).
destes fatores utilizam-se os seguintes conceitos: BATNA O corpo também é uma forma de passar informações.
– (Best alternative to a Negotiated Agreement) – é uma Por meio da leitura corporal do interlocutor (expressões
abordagem que assume diversas denominações: MAAN – faciais, alterações do ritmo respiratório, gestos, movimentos
melhor alternativa ao acordo negociado; MAPAN – melhor de cabeça, transpiração, movimento dos olhos, postura,
alternativa para o acordo negociado; MAPUANA – melhor proximidade física ou rubor), o negociador pode obter sinais
alternativa para um acordo não alcançado; MACNA – melhor de maior ou menor adesão a uma determinada proposição.
alternativa em caso de não acordo. Todas estas siglas têm Suas reações podem traduzir emoções (surpresa, raiva,
o mesmo sentido: construir uma ação preventiva buscando tédio, ansiedade, culpa, vergonha, constrangimento
alternativas no caso de não se chegar a um acordo dentro ou alegria), que significam aprovação, desconforto ou
dos limites aceitáveis. Este conceito é importante porque insatisfação com o rumo que as negociações estejam
define se o negociador deve prosseguir com a negociação tomando (DAVIS, 1979).
e fechar o acordo, ou se deve interromper o processo “É claro que certo conhecimento sobre comunicação
(CARVALHAL et al, 2006, p.43). não verbal e a linguagem do corpo é de grande utilidade
ZOOPA – Zone of possible agreement ou zona de na vida profissional. Compreender as motivações, os receios
provável acordo é a área de barganha compreendida entre e os pontos fortes das pessoas que participam de situações
o desejável e o limite aceitável (máximo ou mínimo). É o onde haja negociações é um trunfo considerável no mundo
limite até onde as partes estão dispostas a chegar para ocupacional. A observação dos mais sutis movimentos na
firmar um acordo (CARVALHAL et al, 2006, p.44). linguagem do corpo, enquanto acompanha a fala, pode
Fisher et al. (1994) recomendam construir a área de ser uma das melhores maneiras de se obter vantagem. E o
acordos possíveis (ZOOPA) e conhecer a melhor alternativa conhecimento da linguagem do corpo pode ainda ajudar
para o acordo negociado (BATNA) da outra parte, uma pessoa a melhorar seu desempenho em conferências,
desenvolvendo ao máximo o seu próprio BATNA para avaliações e mesmo nas situações do dia-a-dia” (FURNHAM,
aumentar o poder na negociação. 2001, p.14).

4 - Legitimidade – Legitimidade ou padrões se 7 - Relacionamento – Relacionamento é a forma que


refere à percepção de justiça sobre o acordo negociado, as partes interagem no processo da negociação. Um das
envolvendo conceitos de equidade e justiça sobre o mais importantes descobertas em pesquisas de vendas foi
equilíbrio das negociações. Leis, regulamentos, políticas, o reconhecimento que a chave para um longo contrato
princípios e normas servirão de base para decisões para de sucesso está no relacionamento advindo da interação
ambas as partes envolvidas na negociação. comprador-vendedor (DWYER et al.,1987). A ideia básica
do sucesso da interação vendedor-comprador depende
5 – Compromissos – Os compromissos e concessões do comportamento das características individuais do
são declarações verbais ou escritas que definem o que uma comprador interagindo com as do vendedor (WEITZ, 1981.)
parte fará ou deixará de fazer no processo de negociação. Indivíduos com habilidades de relacionamentos são
Um acordo será mais sólido quando estiver baseado em afáveis, sagazes, simpáticos, sociáveis e até encantadores,
compromissos e concessões bem estruturadas, de maneira ou seja, apresentam um quociente de inteligência
que possa ser implementado, entendido e verificado por emocional (QE) elevado, o qual está relacionado a
ambas as partes. inteligência intrapessoal e interpessoal. O QE é composto
por três habilidades adaptativas: a expressão da emoção, a
6 – Comunicação – A comunicação está relacionada regulação da emoção com relação a si mesmo e aos outros
a capacidade de ser entendido e entender a outra parte. e a utilização das emoções na solução de problemas.
Na comunicação de qualidade, as mensagens não se Indivíduos com elevado QE sabem ouvir críticas e
deturpam, promovendo um mútuo entendimento entre utilizá-las para a melhoria e desenvolvimento, valorizam a
os negociadores mesmo diante de uma discordância ou diversidade e estabelecem eficientemente redes de contatos
impasse. Uma parte fundamental do processo é visualizar relacionais. Aprofundar a percepção, aprimorar a criatividade,
as características pessoais dos negociadores envolvidos fortalecer a comunicação verbal e não verbal contribuem
e testar a qualidade da comunicação na negociação. As para elevar os níveis de inteligência geral (FURNHAM, 2001).
partes interpretam as informações criando idéias e modelos Para alcançar objetivos que envolvam outras pessoas,
mentais advindos de sua capacidade de percepção e de é necessário focar no relacionamento. Nas negociações
sua experiência. Não basta apenas passar a informação e como em qualquer situação competitiva, existe um clima

16
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

de tensão natural decorrente do assunto que será tratado. experiência do cliente, onde a força de vendas tem um
A tarefa de estabelecer um relacionamento propício para papel fundamental na construção de relacionamentos
se negociar será facilitada através da criação de um vínculo sólidos com os clientes. (KELLEY, 1992).
no qual impere o respeito e a confiança entre as partes.
Quanto maior for o relacionamento interpessoal mais A gestão da experiência do cliente
agradável será o clima da negociação. A gestão da experiência do cliente é um modelo que
Porém, se de um lado é sempre mais fácil construir considera as diversas experiências que um cliente pode
vínculos com as pessoas com as quais há identificação, ter com uma marca, produto, serviço ou empresa. É uma
por outro lado é preciso desenvolver a habilidade de não abordagem voltada para o resultado das experiências
permitir perdas relacionais quando não há este tipo de de consumo, analisando como o ato de consumir faz os
afinidade interpessoal. clientes se sentirem, quais associações emocionais os
Grande parte das pessoas tende a formar uma impressão consumidores têm a partir dele e como isto os ajudam no
sobre os outros no primeiro contato. Tal impressão é relacionamento com outras pessoas ou grupos sociais.
decorrente de estereótipos, generalizações e preconceitos. Segundo Schmitt (2004), estas experiências podem ser
A primeira impressão é relevante na formação de opinião vivenciadas de cinco maneiras diferentes. A experiência
e sentimentos sobre os interlocutores. Assim, os primeiros da sensação apela para os cinco sentidos: a beleza do
momentos relacionais devem ser tratados cuidadosamente, que pode ser observado, a qualidade do som, do toque,
pois tenderão a afetar os comportamentos posteriores do gosto e do olfato. A experiência afetiva apela
entre as partes (CARVALHAL et al., 2006). aos sentimentos e emoções mais íntimas do cliente. A
experiência do pensamento apela ao intelecto, criando
8 – Tempo – É o uso do cronograma das etapas valor para os clientes ao envolvê-los criativamente.
da negociação de forma inteligente. O tempo é uma A experiência da ação apela aos comportamentos e
ferramenta muito importante nas negociações porque estilos, criando valor aos clientes ao mostrar estilos de
pode ser utilizado de forma diferente de acordo com as vida alternativos ou atitudes diferentes. A experiência da
situações. Retardar o tempo significa buscar outras opções identificação comporta experiências sociais. Ela cria valor
ou preparar melhores alternativas, enquanto acelerar o para o cliente proporcionando-lhe uma identificação social
tempo significa pressionar a outra parte por uma conclusão. e um sentimento de integração.
A necessidade de maior ou menor tempo nas negociações Os relacionamentos gerados entre vendedores e
dependerá do nível de dificuldade inicial entre as partes compradores influem na retenção porque os intercâmbios
nas trocas de concessões no sentido do acordo. e interações que oferecem determinam se os clientes
O elemento tempo pode ser vantajoso quando consideram seu relacionamento com a empresa satisfatório
propicia uma melhor produtividade das negociações. e, também, se irão ou não comprar seu produto ou serviço.
Em contrapartida, quando mal administrado, resulta em Quando se consegue criar novos valores mediante uma
decisões equivocadas e impasses. interface amistosa, conveniente e agradável para os clientes,
eles certamente voltam a comprar de quem apresentou
9 – Conformidade – Diz respeito à legalidade dos tudo isso em seu benefício. Portanto, há um mundo inteiro
contratos firmados nas negociações. As leis pertinentes de conexões experienciais a ser explorado.
ao ambiente onde a negociação se transcreve devem ser As relações entre os diferentes aspectos da experiência
observadas e respeitadas, de forma que não haja riscos na do cliente são regras fundamentais para conquistar, reter e
implementação dos acordos firmados. vender mais produtos e serviços (SCHMITT, 2004).

10 – Contexto – Cenário político, econômico, social, Relacionamento interpessoal: as interações entre


ambiental, comercial, entre outros, onde se desenvolve compradores e vendedores
negociação. A análise do contexto normalmente é A passagem do marketing transacional para o
desenvolvida no sentido de visualização do todo e de movimento do marketing de relacionamento estimulou
todas as inter-relações dos fatos e situações. os pesquisadores a desenvolverem modelos para as
Considerando-se o contexto, determina-se a estratégia interações comprador-vendedor.
da negociação. O contexto é dinâmico e a capacidade dos Os pioneiros na pesquisa sobre a díade comprador-
negociadores em acompanhar suas mudanças constitui um vendedor foram Willet e Pennington (1966), os primeiros
diferencial importante. a reconhecer que esta interação é dependente tanto das
O processo de negociação tradicionalmente dá ênfase características individuais dos vendedores quanto as dos
ao fechamento da venda, na obtenção do resultado. O compradores.
mercado está cada vez mais competitivo tanto no número De qualquer forma, este conceito não foi
de competidores quanto na qualidade de seus produtos, desenvolvido substancialmente até que Weitz
portanto a ênfase na transação da venda está sendo (1981) começou a explorar rigorosamente a
trocada pelo enfoque relacional. Em mercados altamente natureza da díade comprador-vendedor com seu
competitivos, a habilidade de reter um cliente satisfeito modelo contingencial da efetividade do vendedor.
representa uma grande vantagem. Com isto a teoria O modelo de Weitz (1981) incorporou um grande
da negociação está perdendo espaço para a gestão da número de influências na efetividade de vendas

17
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

e a conseqüência foi um dos modelos mais compreensivos nesta área. Embora, pesquisas subseqüentes
tenham descoberto variáveis adicionais que são cruciais para o entendimento do processo de interação
entre compradores e vendedores.
Um segundo importante esforço nesta área foi o modelo organizacional do comportamento do comprador realizado
por Campbell (1985). A essência deste trabalho é a identificação de parâmetros específicos para os gerentes de marketing
no sentido de escolher uma estratégia de interação apropriada para cada tipo de mercado (mercado doméstico, mercado
de vendas, etc). Infelizmente, embora este modelo de interação incluísse um grande número de variáveis, uma discussão
relativamente pequena foi dada aos mecanismos da interação. Fatores importantes como a troca de informação, resolução
de conflitos, adaptações, compromisso e confiança, embora citadas no modelo, não foram discutidas no artigo.
Dwyer et al. (1987) desenvolveram um modelo do relacionamento entre compradores e vendedores que focava as trocas
relacionais entre as partes. Este modelo foi muito importante porque reconhecia os diversos subprocessos (comunicação,
valores partilhados, compromisso) que ocorrem durante os vários estágios do relacionamento, mas, nenhuma tentativa foi
feita no sentido de incorporar fatores externos relatados no processo de interação comprador-vendedor (características
pessoais, variáveis de comunicação, situação de vendas).
De qualquer forma, este modelo é um dos mais relevantes no entendimento do relacionamento entre compradores e
vendedores.
O modelo desenvolvido por Williams et al. (1990), assim como de Weitz (1981), é um modelo relativamente compreensivo.
A importância desta pesquisa é o reconhecimento que o relacionamento entre clientes e vendedores é interativo e
bidirecional. O artigo é uns dos primeiros a incorporar a comunicação como um elemento chave na interação do processo,
embora, exista apenas uma pequena discussão relatando estes aspectos da comunicação para outros componentes na
interação do processo (comportamento dos vendedores, comportamento dos compradores, características estruturais).
Esta falha na integração limita a aplicabilidade geral do modelo.
Ganesan (1994) contribui de forma importante para explicar o relacionamento entre compradores e vendedores.
Pesquisando os canais de marketing, construiu um modelo que reflete o paradigma entre a exploração e o desenvolvimento
em longo prazo das orientações relacionais. Um aspecto crucial desta pesquisa é o reconhecimento, assim como Anderson
e Weitz (1992), que o entendimento no relacionamento entre compradores e vendedores necessita da percepção de
ambas as partes. Infelizmente, este modelo é limitado no escopo e negligencia muitos outros fatores do sucesso em
relacionamentos de longo prazo.
Wren e Simpson (1996), após realizarem uma profunda análise dos cinco modelos significativos desenvolvidos por
Weitz (1981), Campbell (1985), Dwyer et al. (1987), Williams et al. (1990) e Ganesan (1994), apresentam um modelo da
interação comprador vendedor mais compreensivo que os anteriores, conforme Figura 4.

Figura 4 - Ambiente de interação do relacionamento comprador-vendedor


Fonte: adaptado de Wren e Simpson (1996)

18
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

O modelo apresentado na FIGURA 4 integra quatro A comunicação é um processo complexo (LITTLEJOHN,


dimensões. A primeira – características do vendedor 1998), é a primeira variável presente no início de qualquer
e variáveis de seu comportamento – reconhece que entrevista de vendas, que pode ser provocada por uma
cada vendedor se apresenta com um único conjunto comunicação escrita ou oral. O estilo da redação, a
de habilidades e capacidades que impacta o ambiente tonalidade da voz e o conteúdo da comunicação inicial
relativo às vendas. Colaboram para tal suas características definem, provavelmente, as primeiras impressões de
pessoais, técnicas em venda adaptativa e certo nível de uma ou ambas as partes, e poderá afetar a natureza do
conhecimento sobre o cliente. A segunda dimensão – relacionamento que se inicia.
características do cliente – considera os fatores relativos Conforme fora relatado no item 2.6, a comunicação
às tarefas de compras, estrutura do centro de compras e também pode ser não verbal. Segundo Furnham (2001) na
estratégias de compras. A terceira dimensão – ambiente observação dos movimentos sutis na linguagem corporal
de interação – procura enfatizar o papel das interações pode conhecer os sentimentos e sensações da outra parte.
entre as pessoas na determinação da efetividade na Este processo é fundamental porque grande parte das
interface comprador-vendedor. Ela compõe-se de pessoas tende a formar uma impressão sobre os outros no
duas sub-dimensões: estrutura dos relacionamentos e primeiro contato (CARVALHAL et al., 2006).
clima da comunicação. A quarta dimensão – resultados A comunicação torna-se, assim, o mecanismo para se
da interação – inclui as variáveis que refletem as transmitir informações persuasivas, exercício do poder,
conseqüências baseadas nas atitudes e nos desempenhos coordenar e controlar atividades de marketing entre as
de ambos. partes (WREN; SIMPSON, 1996). As informações entre as
Keillor et al. (2000) fizeram um estudo com objetivo partes são os elos que constituem os relacionamentos,
de medir o efeito das características individuais dos inclusive os comerciais e outros envolvidos nos negócios.
vendedores em suas performances de vendas anuais, Por ser mais intensiva no marketing de relacionamento, em
usando como variáveis independentes três características todos os níveis, a comunicação necessita um gerenciamento
freqüentes em outros estudos: orientação para vendas/ entre as funções no planejamento e monitoramento das
clientes, adaptabilidade, orientação para serviço. mensagens para uma estratégia consistente e inconsistente
No estudo de Keillor et al. (2000) foram levantadas três (DUNCAN; MORIARTY, 1998).
hipóteses: H1 – Vendedores com alto nível de orientação A comunicação é, também, um processo
para clientes terão alto desempenho em vendas. H2 – interdependente e adaptativo, em que os comunicadores
Vendedores com alto nível de adaptabilidade terão alto afetam-se mútua e simultaneamente, envolvendo feedback.
desempenho em vendas. H3 – Vendedores com alto nível Comprador e vendedor, no caso, ajustam-se e adaptam-
de orientação para serviço terão alto desempenho em se continuamente, ao mundo das pessoas e aos objetos
vendas. às suas voltas. Através do feedback, reverso do fluxo da
Após a realização de 400 entrevistas com profissionais mensagem pelo qual cada um pode reagir rapidamente
relevantes no setor de vendas, o resultado deste estudo aos signos resultantes dos próprios signos, ambos se
identificou que os vendedores que mostraram ter ajustam e se regulam constantemente para realização de
orientação para cliente são os que têm os melhores uma interação efetiva (LITTLEJOHN, 1999).
desempenhos. Uma outra importante contribuição desta Anderson e Narus (1990) ressaltam que a comunicação
pesquisa foi mostrar a influência do comportamento representa um papel significativo no desenvolvimento
relacional no desempenho de vendas. da segurança quanto à continuidade do relacionamento,
Segundo Werani (2001), nos relacionamentos entre servindo para reduzir o nível dos conflitos disfuncionais que
as empresas, os compradores e vendedores somam possam ocorrer. Anderson e Weitz (1992), ao examinarem a
competências. Estas competências podem envolver utilização de promessas nos canais de marketing, observaram
diferentes curvas de aprendizagem e níveis de eficiência que uma comunicação aberta representa grandes benefícios
que combinadas permitem a criação de valor superior às partes, como fruto de encorajamento de alto nível no
no mercado. O valor representa o resultado das relações comprometimento entre estas. Adicionalmente, notaram
estimadas entre benefícios e sacrifícios das diferentes que os fabricantes e canais têm compromissos mais
partes, tendo a interação cooperativa comprador- significativos às suas relações quando percebem um alto
vendedor como seu antecedente. nível de comunicação aberta nos relacionamentos. Ocorrem
Assim, na perspectiva de fornecer um melhor mais e melhores comunicações nas relações que envolvem
entendimento sobre a importância deste relacionamento grandes interesses para uma ou ambas as partes e nas
entre vendedores e compradores é apropriado destacar quais as pessoas da direção são percebidas como sendo
e conceituar os principais constructos presentes e competentes (ANDERSON & WEITZ, 1989).
produtos da interação entre esses profissionais quando Na literatura sobre canais de marketing, diversos
em relacionamentos de longo prazo que caracterizam a estudos destacam a confiança como um constructo central
estratégia de marketing de relacionamento. Conforme para o entendimento da constituição e manutenção dos
Lindgreen (2001), os constructos são: comunicação, relacionamentos (DWYER ET AL., 1987).
confiança, compromisso, cooperação, valores partilhados, Segundo Santos (2001), a confiança impacta diretamente
conflito, poder, comportamento sem oportunismo e na lealdade e é fundamental para o desenvolvimento de
interdependência. fortes e longos relacionamentos. Evidências empíricas

19
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

demonstram que a confiança representa uma variável Cooperação representa um fator necessário para o
relacionada à “qualificação do vendedor” e não uma variável sucesso de relacionamentos nos quais os recursos dos
relacionada ao vendedor “vencedor do pedido” (DONEY; participantes são utilizados nos processos decisórios.
CANNON, 1997), promove a cooperação entre comprador- Assim, a interdependência das partes se toma presente
vendedor, aumenta o compromisso com o relacionamento e, na medida em que cresce, aumenta a necessidade de
(MORGAN; HUNT, 1994) e reduz os conflitos (ANDERSON; comunicação (BEEBE; MASTERSON, 1994). Cooperação
NARUS, 1990). dá-se em situações nas quais as partes trabalham juntas
Para Morgan e Hunt (1994, p. 23), confiança é a crença para realizar objetivos mútuos ou resultados singulares
existente em um relacionamento no qual uma parte tem com expectativas de reciprocidade ao longo do tempo
segurança quanto à confiabilidade e integridade da outra (ANDERSON; NARUS, 1990).
parte em uma troca. Valores compartilhados, comunicação De acordo com a teoria de dependência dos recursos
e ausência de comportamento oportunista representam (UIRICH & BARNEY, 1984), o ambiente é visto como
antecedentes da confiança, porém suas afirmações uma fonte de recursos raros, valiosos e essenciais para a
ignoram o poder. Esses autores não negam a importância sobrevivência da organização. As organizações são incapazes
quanto ao entendimento do poder, porém, como na de gerarem internamente todos os recursos ou funções
ciência médica que procura entender doença e saúde, a requeridas para as próprias sustentações. Desta maneira,
ciência de marketing deve entender os relacionamentos elas necessitam realizar transações e relacionamentos com
como funcionais ou disfuncionais. Assim, o sucesso de outras instituições do ambiente que possam supri-las dos
um relacionamento de longo prazo está mais associado à recursos e serviços necessários. Assim, dois problemas
ausência do exercício do poder coercitivo e à presença da potenciais surgem: primeiro, uma falta de auto-suficiência
confiança e compromisso. Para Ganesan (1994), confiança cria dependência potencial de outras partes; e segundo,
é um ingrediente necessário para os relacionamentos surgem incertezas no processos decisórios da empresa
de longo prazo pela provocação da mudança de foco às pelo não controle do fluxo dos recursos por falta de uma
condições futuras. previsão acurada. Para restringir as incertezas, as empresas
Doney e Cannon (1997) afirmam que o comportamento procuram desenvolver relações de trocas cooperadas com
do vendedor no campo é parcialmente atribuído à cultura, vistas a manter negociações quanto à disponibilidade dos
sistema de recompensas e programas de treinamento de recursos e tomar mais previsíveis as ações mercadológicas.
sua empresa. As empresas compradoras assumem que Morgan e Hunt (1994) afirmam que para o sucesso do
esse comportamento reflete os valores e predisposições marketing de relacionamento é necessário comportamento
do fornecedor. Nos casos em que o comprador possui cooperativo dos parceiros em todos os contextos.
experiência limitada com o fornecedor, a confiança nesse Valores partilhados representam um conjunto relativo
fornecedor será inferida com base na percepção da de crenças e atitudes sobre o que é ou não apropriado
confiabilidade no vendedor. Assim, há uma transferência a ser feito. De maneira geral, os valores que moldam os
da confiança no vendedor para sua empresa e vice-versa. comportamentos dos funcionários são derivados de duas
Daí, a confiança do comprador em um fornecedor baseia- fontes: do próprio indivíduo ou da organização. Este sistema
se nos encontros com o vendedor, contribuindo para de valores dá origem à cultura corporativa, que influencia
reduzir a percepção de risco associado a um possível os valores individuais dos funcionários (SCHERMERHOM,
comportamento oportunista do fornecedor (GANESAN, 1984).
1994). Morgan e Hunt (1994) afirmam que, nos casos em
Compromisso representa uma parte integral e central que os parceiros de um relacionamento compartilham
de qualquer relacionamento de negócios (MORGAN; valores, eles demonstram mais comprometimento com
HUNT, 1994). Em muitos estudos ele é descrito como uma esse relacionamento. Os valores compartilhados referem-
espécie de intenção permanente para construir e manter se a comportamentos relacionados à ética, qualidade de
um relacionamento de longo prazo (ANDERSON; WEITZ, produtos, táticas promocionais, serviços etc. Adicionalmente,
1992; DWYER et al., 1987). Quando empresas compradoras têm-se dado atenção aos comportamentos relacionados
e vendedoras usam parceria para realizarem benefícios às normas quanto à flexibilidade, troca de informações,
mútuos, elas necessitam ter consciência da necessidade de investimentos idiossincráticos, contratos e solidariedade
desenvolverem compromissos recíprocos (LANDEROS et entre os parceiros (ANDERSON; WEITZ, 1992).
al., 1995). E este processo é fundamental para o processo Segundo Brunner e Zeltner (2000, p.58), conflito
da negociação conforme visto no item 2.6. A negociação compreende a existência simultânea de interesses totais ou
não tem êxito quando não há compromisso de ambas as parcialmente não conciliáveis entre duas ou mais pessoas.
partes em concretizar um acordo. Ele também ocorre quando metas objetivas de alguma
Empresas mutuamente compromissadas inclinam- estrutura social como as de grupos, de instituições ou de
se à cooperação e ação recíproca no atendimento às organizações, contradizem as necessidades e interesses de
solicitações, tornam-se flexíveis, trocam informações e seus membros.
engajam-se na solução de problemas (NOORDEWIER et Para Morgan (1996, p. 197), a existência de pontos de
al., 1990). Como resultado há melhorias no processo de vista rivais, bem como de diferentes orientações e objetivos,
troca e aumento de lucratividade para ambas as partes pode contribuir muito para melhorar a qualidade de
(ANDERSON; WEITZ, 1992). tomada de decisão das partes. O conflito facilita o processo

20
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

de acomodação mútua através da exploração e resolução Um estudo realizado entre julho de 2001 e julho de
de diferenças, ajudando, assim, a estimular mudanças ou a 2005 (CARVALHAL apud DUZERT, 2007, p.111) classificou
manter a situação. Há cinco estilos diferentes que podem os adjetivos que melhor qualificam o negociador brasileiro
ser adotados pelos parceiros para se chegar a um acordo e separando como:
balanceamento dos interesses: - os que podem favorecer o relacionamento: adaptável,
• Impeditivo - ignora os conflitos, coloca os problemas afável/afetivo, alegre, calmo, cordial, cortês/educado,
em suspenso. Evita confrontação pelo uso de sigilo, usa as extrovertido, flexível, prestativo, sociável.
regras burocráticas para evitar o conflito. - os que podem desfavorecer o relacionamento:
• Negociador - negocia, procura entendimentos e ansioso, arraigado, arrogante, dissimulado, frio/seco,
compromissos, encontra soluções que satisfaçam ambos. grosseiro/rude, impulsivo, indolente/passivo, malandro,
• Competitivo - cria situação perda/ganho, rivalidade, preguiçoso, vaidoso.
utiliza jogos de poder, força submissão. - os que favorecem a assertividade: concentrado/
• Acomodador - cede, submete-se e obedece às objetivo, corajoso, criativo, determinado, dinâmico/ativo,
conformidades. firme/confiante, organizado, prático, racional, trabalhador.
• Colaborador - soluciona problemas, confronta - os que desfavorecem a assertividade: acomodado,
diferenças e divide idéias, procura soluções integrativas, agressivo, alienado, arbitrário, atrasado/obsoleto,
busca o ganha-ganha, vê problemas e conflitos como autocrático, complacente, dispersivo, ingênuo, lento/
desafios. vagaroso, radica/extremista.
No campo das relações sociais, designa-se como Em resumo, os constructos subjacentes às questões
“poder” a capacidade de uma pessoa (A) mudar o comprador-vendedor, quando em relacionamento de
comportamento, a atitude e a convicção de outra pessoa longo prazo, são complexos e interdependentes. Por
(B) (BRUNNER; ZELTNER, 2000). Organizações e indivíduos exemplo, cooperação conduz à confiança que, por seu
buscam o poder para promover seus próprios interesses. turno, leva a grande disposição em cooperar no futuro, que
Quanto maior a capacidade de impor tal aspiração e alcançar daí gera grande confiança e assim por diante (ANDERSON;
a apropriada finalidade, maior o poder da organização ou NARUS, 1990).
do indivíduo (GALBRAITH,1984).
Assim, o poder na relação comprador-vendedor refere- Tipos de relacionamento interpessoal
se à capacidade de um deles para controlar ou influenciar a Geiger e Turley (2003) desenvolveram um estudo
estratégia de marketing do outro membro, tornando possível onde definiram três tipos de relacionamento interpessoal
a mudança de seu comportamento, ou forçá-lo a seguir entre vendedores e clientes: relacionamento baseado em
uma atividade que não cumpriria normalmente. O poder de negócios, relacionamentos cultivados e relacionamentos
cada parte está diretamente ligado à interdependência da sem manchas.
relação entre ambos. Poder desbalanceado está relacionado O primeiro seria o relacionamento baseado apenas
à dependência do outro parceiro, sendo que o acesso a em negócios. Os vendedores com este perfil acreditam
recursos escassos dá a uma organização mais poder do que que ter clientes como amigos significa não conseguir fazer
àquela que depende desses recursos. Aquele que tem mais o melhor negócio. Eles focam seus esforços somente na
poder pode usá-lo para realizar demandas sobre a parte venda, com medo que o elemento humano por de trás de
mais fraca (ROSENBLOOM, 1995). cada negócio possa ser interpretado como fraqueza na
Comportamento sem oportunismo tem sua origem negociação pelo outro jogador, e assim, explorar a situação.
na teoria de custos de transação. Muita amizade e intimidade na interação podem ser
Como comportamentos oportunistas sugere-se consideradas como falta de profissionalismo e prejudicar a
aqueles envolvidos com mentiras e fraudes, bem como credibilidade do vendedor no longo prazo.
formas sutis de desonestidade, como as que violam os Um dos vendedores que responderam a esta pesquisa
acordos (LINDGREEN, 2001). afirmou:
Para Morgan e Hunt (1994), quando uma parte acredita “Não tenho clientes como amigos. Não que eu considere,
que a outra parte se apresenta com comportamento e eu não acredito que eles me considerem um amigo. Se eu
oportunista, ela perde sua confiança sobre o outro, tivesse que comprar algo de alguém, eu preferiria comprar
provocando uma queda no compromisso do relacionamento. algo de um amigo, mas provavelmente eu pensaria que
Os parceiros passam a não se acreditarem mais. não consegui o melhor negócio. Eu sempre pensei que é
Interdependência se dá quando as partes realizam, praticamente impossível tirar o melhor de alguém que é seu
em conjunto, investimentos específicos e compartilham melhor amigo. É o mesmo que comprar algo da sua família,
interesses na manutenção do relacionamento. Porém, as você nunca conseguirá tirar o melhor da outra parte porque
partes são vulneráveis da dependência e precisam proteger não será duro com eles.”
seus investimentos. Ativos em conjunto podem contribuir O tipo dominante entre os entrevistados seria o
positiva ou negativamente, como a interdependência relacionamento cultivado. Neste tipo de interação tanto
assimétrica pode levar ambas à situação de reféns. Muitos a dimensão pessoal quanto os aspectos negociais são
investimentos específicos para o relacionamento são igualmente alimentados pelos participantes. Elementos
prováveis custos invisíveis, próprios a esse e inservíveis relacionais entram neste tipo de relacionamento apenas
para outras atividades (LINDGREEN, 2001). por razões táticas. Certo nível de intimidade e amizade

21
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

está presente nestes tipos de negociações, mas ambas as • Desenvolvimento de confiança, fortalecendo laços
partes sabem que se trata de um contexto estratégico para fortes e duradouros e gerando lealdade.
conseguir seus interesses. Mesmo que os clientes sejam • Desenvolvimento de Inteligência Emocional
tratados como reais amigos o interesse comercial que os
une mantém certa distância. Caso os jogadores consigam Mapeamento da I.E (Inteligência Emocional)
manter o equilíbrio entre o lado pessoal e o econômico, isto A I.E pode ser dividida entre habilidades, entre elas:
pode representar o cenário ideal para parcerias lucrativas Aspectos de inteligência intrapessoal
de longo prazo. 1. Autoconhecimento (reconhece o sentimento
Algumas vezes, clientes hostis podem ser desarmados quando ele se manifesta)
com um bom evento social que ajude a cultivar um bom 2. Controle Emocional (saber lidar com seus senti-
relacionamento com vendedor. Encontros sociais são mentos)
muitos efetivos porque o ambiente formal de um escritório 3. Automotivação (objetivar emoções)
impede a aproximação das pessoas. Nestes eventos,
assuntos informais podem resultar em bons negócios. Aspectos de inteligência interpessoal
O terceiro tipo seria o relacionamento “sem 4. Reconhecimento de emoções alheias
manchas”. Em contraste aos que acreditam somente 5. Habilidades de relações interpessoais.
em relacionamentos baseados em negócios e naqueles
que cultivam um relacionamento amigável baseado em É fundamental que essas inteligências sejam estimu-
interesses, este terceiro tópico afirma que negócio é para ladas em ambas as partes, para que haja um equilíbrio de
ser feito somente com pessoas amigas. O foco não está no comportamento.
resultado da venda, mas na manutenção do relacionamento.
Para isto, existe a confiança mútua no que a outra parte diz.
Uma das características deste tipo de interação é que o 7 - QUALIDADE NO ATENDIMENTO A
vendedor tem um profundo interesse no desenvolvimento
CLIENTES
do comprador para que ele continue sendo seu parceiro
de negócios.
Em produtos tangíveis, com valor de mercado Quando se fala em comunicação interna organizacional,
estabelecido, este tipo de interação vai envolver uma automaticamente relaciona ao profissional de Relações Públi-
grande negociação de preços onde será necessária muita cas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da empresa
influência pessoal. Em produtos intangíveis, onde o valor com os seus diversos públicos (internos, externos e misto).
de mercado não pode ser demarcado com facilidade, um As organizações têm passado por diversas mudanças
alto nível de confiança será necessário para que ambas as buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos
partes estejam asseguradas da lucratividade ideal. negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são:
Os encontros sociais neste tipo de relacionamento são tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder
oportunidades de mostrar o lado real de cada um retirando as exigências do mercado, reduzindo custos operacionais e
os personagens de comprador e vendedor. apresentando produtos competitivos e de qualidade.
Em resumo, os tipos de relacionamento serão utilizados A reestruturação das organizações gerou um público
dependendo da situação, do tipo de indústria, da cultura interno de novo perfil. Hoje, os empregados são muito
organizacional e da predisposição dos participantes. Em mais conscientes, responsáveis, inseridos e atentos às co-
todos os casos, o objetivo é o mesmo: a continuidade da branças das empresas em todos os setores. Diante desse
relação tanto do ponto de vista econômico quanto social.4 novo modelo organizacional, é que se propõe como atri-
buição do profissional de Relações Públicas ser o interme-
Portanto, como vimos no decorrer desse tópico, o su- diador, o administrador dos relacionamentos institucionais
cesso do MKT de Relacionamento depende no grau de in- e de negócios da empresa com os seus públicos. Sendo
teração existente entre vendedor e cliente. assim, fica claro que esse profissional tem seu campo de
ação na política de relacionamento da organização.
Vamos analisar alguns pontos relevantes nessa interação. A comunicação interna, portanto, deve ser entendida
• Depende das características individuais do vende- como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangen-
dor e do cliente tes, coisa significativamente maior que um simples progra-
• Trocas relacionais entre as partes (comunicação, ma de comunicação impressa. Para que se desenvolva em
valores partilhados, compromisso). toda sua plenitude, as empresas estão a exigir profissio-
• Trata-se de um relacionamento interativo e bidi- nais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados, com
recional. visões integradas e em permanente estado de alerta para
• Somatória de competências. as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente.
• Observação de linguagem corporal, identificando Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
sentimentos e sensações da outra parte. Relações Públicas: estratégica, política, institucional, mer-
cadológica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sem-
4 Fonte: www.ibliotecadigital.fgv.br – Por Emanuel Ricardo pre para cumprir os objetivos da organização e definir suas
de Souza Ferreira políticas gerais de relacionamento.

22
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações para o orador. Por outro lado, é bom evitar o outro extremo
Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o pro- e relaxar tanto no uso da linguagem quanto na pronúncia
cesso de comunicação total da empresa, tanto no nível do das palavras. Algumas dessas questões já foram discutidas
entendimento, como no nível de persuasão nos negócios. no estudo “Articulação clara”.
Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir
Pronúncia correta das palavras de um país para outro — até mesmo de uma região para
Proferir as palavras corretamente. Isso envolve: outra no mesmo país. Um estrangeiro talvez fale o idioma
 Usar os sons corretos para vocalizar as palavras; local com sotaque. Os dicionários às vezes admitem mais
 Enfatizar a sílaba certa; de uma pronúncia para determinada palavra. Especialmen-
 Dar a devida atenção aos sinais diacríticos te se a pessoa não teve muito acesso à instrução escolar ou
se a sua língua materna for outra, ela se beneficiará muito
Por que é importante? por ouvir com atenção os que falam bem o idioma local
A pronúncia correta confere dignidade à mensagem e imitar sua pronúncia. Como Testemunhas de Jeová que-
que pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no remos falar de uma maneira que dignifique a mensagem
teor da mensagem sem ser distraídos por erros de pro- que pregamos e que seja prontamente entendida pelas
núncia. pessoas da localidade.
Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se
de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos está bem familiarizado. Normalmente, a pronúncia não
idiomas utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há constitui problema numa conversa, mas ao ler em voz alta
também os alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No você poderá se deparar com palavras que não usa no co-
idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um alfabe- tidiano.
to, mas por meio de caracteres que podem ser compostos
de vários elementos. Esses caracteres geralmente repre- Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm pro-
sentam uma palavra ou parte de uma palavra. Embora os blemas de pronúncia não se dão conta disso.
idiomas japonês e coreano usem caracteres chineses, estes Em primeiro lugar, quando for designado a ler em
podem ser pronunciados de maneiras bem diferentes e público, consulte num dicionário as palavras que não co-
nem sempre ter o mesmo significado. nhece. Se não tiver prática em usar o dicionário, procure
Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige em suas páginas iniciais, ou finais, a explicação sobre as
que se use o som correto para cada letra ou combinação abreviaturas, as siglas e os símbolos fonéticos usados ou,
de letras. Quando o idioma segue regras coerentes, como é se necessário, peça que alguém o ajude a entendê-los. Em
o caso do espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não é tão alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias diferentes,
difícil. Contudo, as palavras estrangeiras incorporadas ao dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam a
idioma às vezes mantêm uma pronúncia parecida à origi- pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a
nal. Assim, determinadas letras, ou combinações de letras, sílaba tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra
podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, às vezes, várias vezes em voz alta.
simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez precise Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler
memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao para alguém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe
conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige a memori- que corrija seus erros.
zação de milhares de caracteres. Em alguns idiomas, o sig- Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar
nificado de uma palavra muda de acordo com a entonação. atenção aos bons oradores.
Se a pessoa não der a devida atenção a esse aspecto do
idioma, poderá transmitir ideias erradas. Pronúncia de números telefonicos
Se as palavras de um idioma forem compostas de síla- O número de telefone deve ser pronunciado algarismo
bas, é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas por algarismo.
que usam esse tipo de estrutura têm regras bem defini- Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
das sobre a posição da sílaba tônica (aquela que soa mais Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres
forte). As palavras que fogem a essas regras geralmente em tres algarismos, com exceção de uma sequencia de
recebem um acento gráfico, o que torna relativamente fácil quatro numeros juntos, onde damos uma pausa a cada
pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se houver mui- dois algarismos.
tas exceções às regras, o problema fica mais complicado. O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o
Nesse caso, exige bastante memorização para se pronun- número “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado
ciar corretamente as palavras. como “onze”.
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante Veja abaixo os exemplos
atenção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um,
de determinadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç. zero – zero, tres
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas ar- 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres,
madilhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de tres – quatro, tres
afetação e até de esnobismo. O mesmo acontece com as 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze
pronúncias em desuso. Tais coisas apenas chamam atenção – nove, oito

23
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Exceções • assumir a responsabilidade pela resposta: a pes-


110 - cento e dez soa que atende ao telefone deve considerar o assunto
111 – cento e onze como seu, ou seja, comprometer-se e, assim, garantir ao in-
211 – duzentos e onze terlocutor uma resposta rápida. Por exemplo: não deve di-
118 – cento e dezoito zer “não sei”, mas “vou imediatamente saber” ou “daremos
511 – quinhentos e onze uma resposta logo que seja possível”. Se não for mesmo
0001 – mil ao contrario possível dar uma resposta ao assunto, o atendente deverá
apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer
Atendimento telefônico o número do telefone direto de alguém capaz de resolver
Na comunicação telefônica, é fundamental que o o problema rapidamente, indicar o e-mail ou numero da
interlocutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo pessoa responsável procurado. A pessoa que ligou deve ter
porque se trata da utilização de um canal de comunicação a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido
a distância. É preciso, portanto, que o processo de ou chamada;
comunicação ocorra da melhor maneira possível para • Não negar informações: nenhuma informação
ambas as partes (emissor e receptor) e que as mensagens deve ser negada, mas há que se identificar o interlocutor
sejam sempre acolhidas e contextualizadas, de modo que antes de a fornecer, para confirmar a seriedade da cha-
todos possam receber bom atendimento ao telefone. mada. Nessa situação, é adequada a seguinte frase: vamos
Alguns autores estabelecem as seguintes anotar esses dados e depois entraremos em contato com
recomendações para o atendimento telefônico: o senhor
• não deixar o cliente esperando por um tempo muito • Não apressar a chamada: é importante dar tempo
longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo ao tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem
e retornar a ligação em seguida; a dizer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado
• o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário com atenção, dando feedback, mas não interrompendo o
tem de se empenhar em explicar corretamente produtos e raciocínio do interlocutor;
serviços; • Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e de-
• atender às necessidades do cliente; se ele desejar monstra que o atendente é uma pessoa amável, solícita e
algo que o atendente não possa fornecer, é importante interessada;
oferecer alternativas; • Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom- catastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamen-
dia” ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa te do que as boas;
ou instituição são atitudes que tornam a conversa mais • Manter o cliente informado: como, nessa forma de
pessoal. Perguntar o nome do cliente e tratá-lo pelo nome comunicação, não se estabele o contato visual, é necessá-
transmitem a ideia de que ele é importante para a empresa rio que o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção
ou instituição. O atendente deve também esperar que o do telefone durante alguns segundos, peça licença para in-
seu interlocutor desligue o telefone. Isso garante que terromper o diálogo e, depois, peça desculpa pela demora.
ele não interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser Essa atitude é importante porque poucos segundos podem
complementar alguma questão, terá tempo de retomar a parecer uma eternidade para quem está do outro lado da
conversa. linha;

No atendimento telefônico, a linguagem é o fator • Ter as informações à mão: um atendente deve
principal para garantir a qualidade da comunicação. conservar a informação importante perto de si e ter sem-
Portanto, é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor pre à mão as informações mais significativas de seu setor.
e responda a suas demandas de maneira cordial, simples, Isso permite aumentar a rapidez de resposta e demonstra
clara e objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a o profissionalismo do atendente;
qualidade da dicção também são fatores importantes para • Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa
assegurar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que liga: quem atende a chamada deve definir quando é
que o atendente transmita a seu interlocutor segurança, que a pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é
compromisso e credibilidade. que a empresa ou instituição vai retornar a chamada.
Além das recomendações anteriores, são citados, a •
seguir, procedimentos para a excelência no atendimento Todas estas recomendações envolvem as seguintes
telefônico: atitudes no atendimento telefônico:
• Receptividade - demonstrar paciência e disposição
• Identificar e utilizar o nome do interlocutor: nin- para servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais
guém gosta de falar com um interlocutor desconhecido, comuns dos usuários como se as estivesse respondendo
por isso, o atendente da chamada deve identificar-se assim pela primeira vez. Da mesma forma é necessário evitar que
que atender ao telefone. Por outro lado, deve perguntar interlocutor espere por respostas;
com quem está falando e passar a tratar o interlocutor pelo • Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrup-
nome. Esse toque pessoal faz com que o interlocutor se ções, dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se
sinta importante; necessário, anotar a mensagem do interlocutor);

24
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

• Empatia - para personalizar o atendimento, po- O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige
de-se pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando
nunca, expressões como “meu bem”, “meu querido, entre sua simpatia. Está relacionada a:
outras); • Presteza – demonstração do desejo de servir, va-
• Concentração – sobretudo no que diz o interlo- lorizando prontamente a solicitação do usuário;
cutor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou • Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e
situações, desviando-se do tema da conversa, bem como de cordialidade;
evitar comer ou beber enquanto se fala); • Flexibilidade – capacidade de lidar com situações
• Comportamento ético na conversação – o que não-previstas.
envolve também evitar promessas que não poderão ser
cumpridas. A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja
• vista, que transmitir uma mensagem para outra pessoa e
Atendimento e tratamento fazê-la compreender a essência da mesma é uma tarefa que
O atendimento está diretamente relacionado aos envolve inúmeras variáveis que transformam a comunicação
negócios de uma organização, suas finalidades, produtos humana em um desafio constante para todos nós.
e serviços, de acordo com suas normas e regras. O E essa complexidade aumenta quando não há uma
atendimento estabelece, dessa forma, uma relação entre comunicação visual, como na comunicação por telefone,
o atendente, a organização e o cliente. onde a voz é o único instrumento capaz de transmitir a
mensagem de um emissor para um receptor. Sendo assim,
A qualidade do atendimento, de modo geral, é inúmeras empresas cometem erros primários no atendimento
determinada por indicadores percebidos pelo próprio telefônico, por se tratar de algo de difícil consecução.
usuário relativamente a: Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento
• competência – recursos humanos capacitados e telefônico, de modo a atingirmos a excelência, confira:
recursos tecnológicos adequados;
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários 1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma
estabelecidos previamente; linguagem formal, privilegiando uma comunicação
• credibilidade – honestidade no serviço proposto; que transmita respeito e seriedade. Evite brincadeiras,
• segurança – sigilo das informações pessoais; gírias, intimidades, etc, pois assim fazendo, você estará
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao gerando uma imagem positiva de si mesmo por conta do
pessoal de contato; profissionalismo demonstrado.
• comunicação – clareza nas instruções de utilização 2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é
dos serviços. extremamente prejudicial ao cliente são as interferências,
ou seja, tudo aquilo que atrapalha a comunicação entre as
Fatores críticos de sucesso ao telefone: partes (chieira, sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.).
 A voz / respiração / ritmo do discurso Sendo assim, é necessário manter a linha “limpa” para que
 A escolha das palavras a comunicação seja eficiente, evitando desvios.
 A educação 3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que
Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está seja minimamente compreensível, evitando desconforto
do outro lado da linha não pode ver as suas expressões para o cliente que por várias vezes é obrigado a “implorar”
faciais e gestos, mas você transmite através da voz o para que o atendente fale mais alto.
sentimento que está alimentando ao conversar com ela. 4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que você
As emoções positivas ou negativas, podem ser reveladas, não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou seja,
tais como: procure encontrar o meio termo (nem lento e nem rápido),
• Interesse ou desinteresse, de forma que o cliente entenda perfeitamente a mensagem,
• Confiança ou desconfiança, que deve ser transmitida com clareza e objetividade.
• Alerta ou cansaço, 5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e
• Calma ou agressividade, coesão para que a mensagem tenha organização, evitando
• Alegria ou tristeza, possíveis erros de interpretação por parte do cliente.
• Descontração ou embaraço, 6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um
• Entusiasmo ou desânimo. cliente sem educação, use a inteligência, ou seja, seja
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 paciente, ouça-o atentamente, jamais seja hostil com o
palavras por minuto; ao telefone deve-se reduzir para mesmo e tente acalmá-lo, pois assim, você estará mantendo
120 palavras por minuto aproximadamente, tornando o sua imagem intacta, haja vista, que esses “dinossauros”
discurso mais claro. não precisam ser atacados, pois, eles se matam sozinhos.
A fala muito rápida dificulta a compreensão da 7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e
mensagem e pode não ser perceptível; a fala muito lenta sorridente para que o cliente se sinta valorizado pela
pode o outro a julgar que não existe entusiasmo da sua empresa, gerando um clima confortável e harmônico. Para
parte. isso, use suas entonações com criatividade, de modo a
transmitir emoções inteligentes e contagiantes.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça Resoluções de situações conflitantes ou problemas


o cliente para aguardar na linha, mas não demore uma quanto ao atendimento de ligações ou transferências
eternidade, pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e O agente de comunicação é o cartão de visita da em-
desligar o telefone. presa.. Por isso é muito importante prestar atenção a todos
9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal os detalhes do seu trabalho. Geralmente você é a primeira
é atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois, pessoa a manter contato com o público. Sua maneira de
é um ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar falar e agir vai contribuir muito para a imagem que irão for-
entregar para o cliente a máxima eficiência. mar sobre sua empresa. Não esqueça: a primeira impressão
10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é dizer é a que fica.
o nome da organização, o nome da própria pessoa seguido Alguns detalhes que podem passar despercebidos na
ainda, das tradicionais saudações (bom dia, boa tarde, etc.). rotina do seu trabalho:
Além disso, quando for encerrar a conversa lembre-se de ser - Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais na-
amistoso, agradecendo e reafirmando o que foi acordado. tural possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém tempo.
que não está presente na sua empresa no momento da - Calma:  Ás vezes pode não ser fácil mas é muito im-
ligação, jamais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é portante que você mantenha a calma e a paciência . A pes-
uma função do atendente, ou seja, a de retornar a ligação soa que esta chamando merece ser atendida com toda a
quando essa pessoa estiver de volta à organização. delicadeza. Não deve  ser apressada ou interrompida. Mes-
12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a mo que ela seja um pouco grosseira, você não deve res-
organização é um dos princípios para um bom atendimento ponder no mesmo tom. Pelo contrário, procure acalmá-la.
telefônico, haja vista, que é necessário anotar o nome da - Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama me-
pessoa e os pontos principais que foram abordados. rece atenção especial. E você, como toda boa telefonista,
13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que deve ser sempre simpática e demonstrar interesse em aju-
não tem responsabilidade de cumprir aquilo que foi acordado dar. 
demonstra desleixo e incompetência, comprometendo - Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de
assim, a imagem da empresa. Sendo assim, se tiver que detalhes  importantes sobre o assunto que será tratado.
dar um recado, ou, retornar uma ligação lembre-se de sua Esses detalhes são confidenciais e pertencem somente às
responsabilidade, evitando esquecimentos. pessoas envolvidas. Você deve ser discreta e manter tudo
14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao em segredo. A quebra de sigilo nas ligações telefônicas é
atender o telefone, você deve demonstrar para o cliente considerada  uma falta grave, sujeita às penalidades legais. 
uma postura de quem realmente busca ajudá-lo, ou seja,
que se importa com os problemas do mesmo. Atitudes O que dizer e como dizer
negativas como um tom de voz desinteressado, melancólico  Aqui seguem algumas sugestões de como atender as
e enfadado contribuem para a desmotivação do cliente, chamadas externas:
sendo assim, é necessário demonstrar interesse e iniciativa - Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o
para que a outra parte se sinta acolhida. nome da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou
15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente boa noite.
atentamente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude - Essa chamada externa vai solicitar um ramal  ou pes-
contribui positivamente para a identificação dos problemas soa. Você deve repetir esse número ou nome, para ter cer-
existentes e consequentemente para as possíveis soluções teza de que entendeu  corretamente. Em seguida diga: “
que os mesmos exigem. Um momento, por favor,” e transfira a ligação.
16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou Ao transferir as ligações, forneça as informações que
ligar para alguma empresa e teve que esperar um longo já possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale so-
período de tempo para que a linha fosse desocupada? Pois mente o necessário e evite assuntos pessoais.
é, é algo extremamente inconveniente e constrangedor. Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar
Por esse motivo, busque não delongar as conversas e evite ao seu interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir a
conversas pessoais, objetivando manter, na medida do ligação, mantenha-o ciente dos passos desse atendimento.
possível, sua linha sempre disponível para que o cliente Não se deve transferir uma ligação apenas para se li-
não tenha que esperar muito tempo para ser atendido. vrar dela. Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor,
Buscar a excelência constantemente na comunicação colocar-se à disposição dele, e se acontecer de não ser
humana é um ato fundamental para todos nós, haja possível, transfira-o para quem realmente possa atendê-lo
vista, que estamos nos comunicando o tempo todo com e resolver sua solicitação. Transferir o cliente de um setor
outras pessoas. Infelizmente algumas pessoas não levam para outro, quando essa ligação já tiver sido transferida vá-
esse importante ato a sério, comprometendo assim, a rias vezes não favorece a imagem da empresa. Nesse caso,
capacidade humana de transmitir uma simples mensagem anote a situação e diga que irá retornar com as informa-
para outra pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos ções solicitadas.
para não repetirmos esses erros e consequentemente - Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a
aumentarmos nossa capacidade de comunicação com transferência, diga à pessoa  que chamou: “O ramal está
nosso semelhante. ocupado. Posso anotar o recado e retornar a ligação.” É

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

importante que você não deixe uma linha ocupada  com - Número-Chave ou Piloto: Número que acessa au-
uma pessoa que está  apenas esperando a liberação de um tomaticamente as linhas que estão  em busca automática,
ramal. Isso pode congestionar as linhas do equipamento, devendo ser o único número divulgado ao público.
gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista - Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações  entre
em falar com o ramal ocupado, você deve interromper a ramais e linhas-tronco.
outra ligação  e dizer: “Desculpe-me interromper  sua liga- - Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede
ção, mas há uma chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a) a realização de ligações interurbanas.
para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pes- - DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano
soa puder atender , complete a ligação, se não, diga que franqueado, cuja cobrança das ligações  é feita no telefone
a outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua chamado.
possibilidade em auxiliar. - DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas exter-
Lembre-se  : nas vão direto  para o ramal desejado, sem passar pela tele-
Você deve ser natural, mas não deve esquecer de cer- fonista . Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo PABX.
tas formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por fa- - Pulso : Critério de medição de uma chamada por
vor” , “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita tempo, distância e horário.
a comunicação e induz a outra pessoa a ter com você o - Consultores: empregados da Telems que dão  orien-
mesmo tipo de tratamento. tação  às empresas quanto ao melhor funcionamento dos
A conversa: existem  expressões que nunca devem ser sistemas de telecomunicações.
usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com co- - Mantenedora: empresa habilitada para prestar servi-
notação de intimidade. A conversa deve ser sempre manti- ço e dar assistência às CPCTs.
da em nível profissional. -  Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas
nos horários fora do expediente para determinados ramais.
Equipamento básico Só é possível em CPCTs do tipo PBX e PABX.
Além da sala, existem outras coisas necessárias para  
assegurar o bom andamento do seu trabalho: Em casos onde você se depara com uma situação que
- Listas telefônicas atualizadas. represente conflito ou problema, é necessário adequar a
- Relação dos ramais por nomes de funcionários (em sua reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
ordem alfabética).
- Relação dos números  de telefones mais chamados. 1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer?
- Tabela de tarifas telefônicas.  Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar
- Lápis e caneta a raiva.
- Bloco para anotações  Acima de tudo, mantenha-se calmo.
- Livro de registro de defeitos.  Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente,
em um estado de nervosismo.
 O que você precisa saber:  Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a)
O seu equipamento telefônico não é apenas parte do está muito nervoso (a), tente acalmar-se”.
seu material de trabalho. É o que há de mais importante.  Use frases adequadas ao momento. Frases que
Por isso você deve saber como ele funciona. Tecnicamente, ajudam acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali
o equipamento que você usa é chamado de CPCT - Central para ajudá-lo
Privada de Comunicação Telefônica, que permite você fazer
ligações internas (de ramal para ramal) e externas. Atual- 2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fa-
mente existem dois tipos: PABX e KS. zer?
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sis-  O tratamento deverá ser sempre positivo, inde-
tema, todas as ligações  internas e a maioria das ligações pendentemente das circunstâncias.
para fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais.  Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a
Todas as ligações que entram, passam pela telefonista. entender que você não é o alvo.
- KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de en-  Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidan-
trada, de saída ou internas, são feitas sem passar pela te- do para não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa
lefonista e age positivamente, coloca uma pressão psicológica no
Informações básicas adicionais Cliente, para que ele reaja de modo positivo.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as
ligações telefônicas. Eles se dividem em: 3ª – Diante de erros ou problemas causados pela
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se po- empresa
dem fazer ligações para fora sem passar pela telefonista  ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido pos-
* Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é neces- sível.
sário o auxilio da telefonista para ligar para fora.  Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que
* Ramais restritos: só fazem ligações internas. estiver ao seu alcance para que o problema seja resolvido.
-Linha - Tronco: linha telefônica que liga  a CPCT à  CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando
central Telefônica Pública. vai corrigir.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

 Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema.


 EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
 Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFIQUE, mas com muita prudência. O Cliente não se interessa por
“justificativas”. Este é um problema da empresa.

4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer?


 Concentre-se para entender o que realmente o Cliente quer ou, exatamente, o que ele não está entendendo e o
porquê.
 Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, até que o Cliente entenda.
 Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o gerente, o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do pos-
sível, que o Cliente saia sem entender ou concordar com a resolução.

5ª – Discussão com o Cliente


Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, você sempre perde!
Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” ou “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre alerta
-, de forma que se evite SINTONIZAR na mesma frequência emocional do Cliente, quando esta for negativa. Exemplos:

O Cliente está... Reaja de forma oposta


Falando alto, gritando. Fale baixo, pausadamente.
Irritado Mantenha a calma.
Desafiando Não aceite. Ignore o desafio.
Ameaçando Diga-lhe que é possível resolver o problema sem
a necessidade de uma ação extrema.
Ofendendo Diga-lhe que o compreende, que gostaria que ele
lhe desse uma oportunidade para ajudá-lo.

6ª – Equilíbrio Emocional
Em uma época em que manter um excelente relacionamento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um
alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos os profissionais, particularmente os que
trabalham diretamente no atendimento a Clientes.

Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à medida que:


 For paciente e compreensivo com o Cliente.
 Tiver uma crescente capacidade de separar as questões pessoais dos problemas da empresa.
 Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você, mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie
de “para-raios”.
 Não fizer pré julgamentos dos clientes.
 Entender que cada cliente é diferente do outro.
 Entender que para você o problema apresentado pelo cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o
problema é único, é o problema dele.
 Entender que seu trabalho é este: atender o melhor possível.
 Entender que você e a empresa dependem do cliente, não ele de vocês.
 Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depender o futuro da relação do cliente com a empresa.

POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom senso/Cordialidade)

A FUGA DOS CLIENTES


As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empresas fogem delas por problemas relacionados à postura de
atendimento.
Numa escala decrescente de importância, podemos observar os seguintes percentuais:
 68% dos clientes fogem das empresas por problemas de postura no atendimento;
 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas;
 9% fogem pelo preço;
 9% fogem por competição, mudança de endereço, morte.

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

A origem dos problemas está nos sistemas implantados próprio negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam
nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas complementares e inter-relacionados, com dependência
não definem uma política clara de serviços, não definem o recíproca para terem peso.
que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, Para conhecermos melhor a postura de atendimento,
existe muita dificuldade em satisfazer plenamente o cliente. faz-se necessário falar do Verdadeiro profissional do
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, atendimento.
não contratam profissionais com características básicas
para atender o público, não treinam estes profissionais na Os três passos do verdadeiro profissional de
postura adequada, não criam um padrão de atendimento e atendimento:
este passa a ser realizado de acordo com as características
individuais e o bom senso de cada um. 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de
A falta de noção clara da causa primária da perda de compreender e atender as necessidades dos clientes,
clientes faz com que as empresas demitam os funcionários fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir
“porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este
que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e profissional é voltado completamente para a interação
que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais com o cliente, estando sempre com as suas antenas ligadas
complexa e recheada de nuances que perpassam pela neste, para perceber constantemente as suas necessidades.
condição individual e por condições sistêmicas. Para este profissional, não basta apenas conhecer o produto
ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse
Estas condições sistêmicas estão relacionadas a: em relação às necessidades dos clientes e atendê-las.
1. Falta de uma política clara de serviços; 02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as
2. Indefinição do conceito de serviços; necessidades dos clientes, aguçando a capacidade de
3. Falta de um perfil adequado para o profissional de perceber o cliente. Para entender o lado humano, é
atendimento; necessário que este profissional tenha uma formação
4. Falta de um padrão de atendimento; voltada para as pessoas e goste de lidar com gente. Se
5. Inexistência do follow up; espera que ele fique feliz em fazer o outro feliz, pois para
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal. este profissional, a felicidade de uma pessoa começa no
mesmo instante em que ela cessa a busca de sua própria
Nas condições individuais, podemos encontrar a felicidade para buscar a felicidade do outro.
contratação de pessoas com características opostas ao 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO
necessário para atender ao público, como: timidez, avareza, DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e
rebeldia... sentimentos positivos, para ter atitudes adequadas no
momento do atendimento. Ele sabe que é fundamental
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO separar os problemas particulares do dia a dia do trabalho
Observando estas duas condições principais que e, para isso, cultiva o estado de espírito antes da chegada
causam a vinculação ou o afastamento do cliente da do cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o
empresa, podemos separar a estrutura de uma empresa de trabalho com a consciência de que o seu principal papel é
serviços em dois itens: o de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades.
os serviços e a postura de atendimento. A postura é de realizar serviços para o cliente.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas
organizações e, como tal, está diretamente relacionado ao Os requisitos para contratação deste profissional
próprio negócio. Para trabalhar com atendimento ao público, alguns
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de requisitos são essenciais ao atendente. São eles:
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também
são tratados os aspectos gerais da organização que dão  Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pintura),  Gostar de lidar com gente.
os jardins. Este item, portanto, depende mais diretamente  Ser extrovertido.
da empresa e está mais relacionado com as condições  Ter humildade.
sistêmicas.  Cultivar um estado de espírito positivo.
 Satisfazer as necessidades do cliente.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento  Cuidar da aparência.
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o
funcionário em si, com as suas atitudes e o seu modo de Com estes requisitos, o sinal fica verde para o
agir com os clientes. Portanto, está ligado às condições atendimento.
individuais.
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas A POSTURA pode ser entendida como a junção de
políticas das empresas, o treinamento, a definição de todos os aspectos relacionados com a nossa expressão
um padrão de atendimento e de um perfil básico para o corporal na sua totalidade e nossa condição emocional.
profissional de atendimento, como forma de avançar no

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ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode
de POSTURA. São eles: transmitir:
01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se 01. Interesse quando:
caracteriza por um posicionamento de humildade,  Brilha;
mostrando-se sempre disponível para atender e interagir  Tem atenção;
prontamente com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA  Vem acompanhado de aceno de cabeça.
do atendente suscita alguns sentimentos positivos nos
clientes, como por exemplo: 02. Desinteresse quando:
a) postura do atendente de manter os ombros abertos  É apático;
e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de  É imóvel, rígido;
receptividade e acolhimento;  Não tem expressão.
b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente; O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o
c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como
respeito e segurança; dissimular com o olhar.
d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de
afetividade e calorosidade. A aproximação - raio de ação.
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao
02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO conceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o
CORPORAL: que se caracteriza pela existência de uma público, independente deste ser cliente ou não.
unidade entre o que dizemos e o que expressamos no Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3
nosso corpo. metros de distância do público e de um tempo imediato,
Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e ou seja, prontamente.
confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os Além do mais, deve ocorrer independentemente do
nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa forma, funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes
nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos medos. requisitos para a interação, a tornam mais eficaz.
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos Esta interação pode se caracterizar por um cumprimento
extrair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas por
emocionais que elas traduzem e a identificação destes um aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o cliente
estados pelas pessoas; e a sua função social que diz em sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a
que condições ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o atenção necessária para satisfazer os seus anseios.
observador e quem a expressa.
Podemos concluir, entendendo que, qualquer Alguns exemplos são:
comportamento inclui posturas e é sempre fruto da 1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o
interação complexa entre o organismo e o seu meio carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela
ambiente. prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom dia!”.
2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
O olhar momento do pagamento;
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
sentimentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado
de espírito. A INVASÃO
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver
prender somente a ele, mas a fisionomia como um todo com INVASÃO DE TERRITÓRIO.
para entendermos o real sentido dos olhos. Vamos entender melhor isso.
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação Todo ser humano sente necessidade de definir um
de acolhimento, de interesse no atendimento das suas TERRITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos.
necessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar Este território não se configura apenas em um espaço
apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a físico demarcado, mas principalmente num espaço pessoal
impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento. e social, o que podemos traduzir como a necessidade de
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este privacidade, de respeito, de manter uma distância ideal
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples: entre si e os outros de acordo com cada situação.
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes
gostar de ajudar o próximo. na privacidade, o que normalmente traz consequências
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e negativas. Podemos exemplificar estas invasões com
gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação algumas situações corriqueiras: uma piada muito picante
agradável para o cliente. Gostar de atender o público contada na presença de pessoas estranhas a um grupo
significa gostar de atender as necessidades dos clientes, social; ficar muito próximo do outro, quase se encostando
querer ver o cliente feliz e satisfeito. nele; dar um tapinha nas costas...

30
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Nas situações de atendimento, são bastante comuns É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta
as invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não
maioria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas teve os seus desejos satisfeitos.
por eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Estes clientes perdem a confiança na empresa e normalmente
Alguns são os exemplos destas atitudes e situações mais os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanismos que
comuns: as empresas adotam são os contatos via telemarketing, mala-
direta, visitas, mas nem sempre são eficazes.
 Insistência para o cliente levar um item ou adquirir A maioria das empresas não têm noção da quantidade
um bem; de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não
 Seguir o cliente por toda a loja; adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou
 O motorista de taxi que não pára de falar com o insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as
cliente passageiro; armas que teriam para reforçar os seus processos internos
 O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerin- e o seu sistema de trabalho.
do pratos sem ser solicitado; Quando as organizações atentam para essa importância,
 O funcionário que cumprimenta o cliente com elas passam a aplicar instrumentos de medição.
dois beijinhos e tapinhas nas costas; Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem
 O funcionário que transfere a ligação ou desliga o a realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas,
telefone sem avisar. subjetivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto.
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não
Estas situações não cabem na postura do verdadeiro colher as informações reais.
profissional do atendimento. A saída seria criar medidores que traduzissem com
fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o
O sorriso serviço e o produto adquiridos da empresa.
O SORRISO abre portas e é considerado uma linguagem
universal. Apresentação pessoal
Imagine que você tem um exame de saúde muito Que imagem você acha que transmitimos ao cliente
importante para receber e está apreensivo com o resultado. quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos
Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista despenteados, as roupas mal cuidadas... ?
que apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se O atendente está na linha de frente e é responsável
sentirá mais seguro e mais confiante, diminuindo um pouco pelo contato, além de representar a empresa neste
a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado como momento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons
um ato de apaziguamento. serviços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa
O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de apresentação pessoal.
espírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas
sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as Alguns cuidados são essenciais para tornar este item
não sorridentes. mais completo. São eles:
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de 01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além
comunicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções da função higiênica, também é revigorante e espanta a
e geralmente informa mais do que a linguagem falada e preguiça;
a escrita. Dessa forma, podemos passar vários tipos de 02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas
sentimentos e acarretar as mais diversas emoções no outro. limpas, cabelos cortados e penteados, dentes cuidados,
hálito agradável, axilas
Ir ao encontro do cliente Asseadas, barba feita;
Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compromisso 03. Roupas limpas e conservadas;
no atendimento, por parte do atendente. Este item traduz a 04. Sapatos limpos;
importância dada ao cliente no momento de atendimento, 05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local
na qual o atendente faz tudo o que é possível para atender visível pelo cliente.
as suas necessidades, pois ele compreende que satisfazê-
las é fundamental. Indo ao encontro do cliente, o atendente Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
demonstra o seu interesse para com ele. cliente se questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da
sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar
A primeira impressão um bom serviço ? “
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto
PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. importante para criar uma relação de proximidade e
Você concorda com ela? confiança entre o cliente e o atendente.
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil
a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a Cumprimento caloroso
impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o O que você sente quando alguém aperta a sua mão
cliente irá voltar. sem firmeza ?

31
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se * os JULGAMENTOS PRÉVIOS;


conhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade * as ANTIPATIAS.
do seu aperto de mão.
O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, Para interagirmos e nos comunicarmos a contento,
passividade, baixa energia, desinteresse, pouca interação, precisamos compreender o TODO, captando os estímulos
falta de compromisso com o contato. que vêm do outro, fazendo uma leitura completa da
Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo situação.
que machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de
positiva, causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, receptividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e
agressividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um uma boca, o que nos sugere que é preciso escutar mais
cumprimento firme, que prenda toda a mão, mas que a do que falar.
deixe livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra Quando não sabemos escutar o cliente -
interesse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, interrompendo-o, falando mais que ele, dividindo a atenção
atividade e compromisso com o contato. com outras situações - tiramos dele, a oportunidade de
É importante lembrar que o cumprimento deve estar expressar os seus verdadeiros anseios e necessidades e
associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros corremos o risco de aborrecê-lo, pois não iremos conseguir
e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e atende-las.
expressão corporal. A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que
Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada vamos conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar
de cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e de fato, os sentimentos por trás do que está sendo dito,
automática. mas, para isso, é preciso que o atendente esteja sintonizado
emocionalmente com o cliente. Esta sintonia se dá através
Tom de voz do despojamento das barreiras que já falamos antes.
A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz
uma onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira Agilidade
como dizemos as palavras, são mais importantes do que as Atender com agilidade significa ter rapidez sem
próprias palavras. perder a qualidade do serviço prestado.
Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair A agilidade no atendimento transmite ao cliente a
hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará idéia de respeito. Sendo ágil, o atendente reconhece a
pronta na próxima semana “. De acordo com a maneira necessidade do cliente em relação à utilização adequada
que dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos, do seu tempo.
vamos perceber reações diferentes do cliente. Quando há agilidade, podemos destacar:
Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos  o atendimento personalizado;
desculpando pela falha e assumindo uma postura de  a atenção ao assunto;
humildade, falando com calma e num tom amistoso e  o saber escutar o cliente;
agradável, percebemos que a reação do cliente será de  cuidar das solicitações e acompanhar o cliente du-
compreensão. rante todo o seu percurso na empresa.
Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma
mecânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, O calor no atendimento
poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando O atendimento caloroso evita dissabores e situações
o gerente, gritando... constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os
As palavras são símbolos com significados próprios. pontos estudados sobre postura.
A forma como elas são utilizadas também traz o seu O atendente escolhe a condição de atender o cliente e
significado e com isso, cada palavra tem a sua vibração para isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se
especial. sentir importante e respeitado. Na situação de atendimento,
o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo calorosidade
Saber escutar nas atitudes, o atendente satisfaz as necessidades do
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCUTAR? cliente de estima e consideração.
Se você respondeu que não, você errou. Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito,
verdadeiro sentido, compreendendo e interpretando a além de retornar ao atendente como um bumerangue. O
essência, o conteúdo da comunicação. EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em situações
O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com a de atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou
nossa capacidade de perceber o outro. E, para percebermos não, do cliente em relação ao atendente. Com este efeito,
o outro, o cliente que está diante de nós, precisamos nos as atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem,
despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem o o cliente se sente bem e trata o atendente com respeito.
processo de comunicação. São elas: Se este atende mal, o cliente reage de forma negativa e
* os nossos PRECONCEITOS; hostil. O cliente não está na esteira da linha de produção,
* as DISTRAÇÕES; merecendo ser tratado com diferenciação e apreço.

32
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraídas, PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO
que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido de A ESTE ATENDENTE?
vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO. * o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER...
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilidade, * o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA
retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas FAZ PELO SENHOR...
atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que * o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS...
este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois * AÍ VEM ELE DE NOVO...
ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando
MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ. a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente.
Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um
As gafes no atendimento círculo vicioso na postura inadequada, pois, o atendente
Depois de conhecermos a postura correta de usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao cliente
atendimento, também é importante sabermos quais e a situação de atendimento ), o cliente se aborrece e
são as formas erradas, para jamais praticá-las. Quem as descarrega no atendente, ou simplesmente não volta mais.
pratica, com certeza não é um verdadeiro profissional de Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança
atendimento. Podemos dividi-las em duas partes, que são: radical no pensamento e postura do atendente.

Postura inadequada Impressões finais do cliente


A postura inadequada é abrangente, indo desde a Toda a postura e comportamento do atendente vai
postura física ao mais sutil comentário negativo sobre a levar o cliente a criar uma impressão sobre o atendimento
empresa na presença do cliente. e, consequentemente, sobre a empresa.
Em relação à postura física, podemos destacar como Duas são as formas de impressões finais mais comuns do cliente:
inadequado, o atendente: 1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato
* se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça direto (pessoal) e/ou telefônico com o atendente;
no seu birô por não estar com o cliente (esta atitude 2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos
impede que ele interaja no raio de ação); conhecê-las com mais detalhes.
* mascar chicletes ou fumar no momento do atendimento;
* cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas Momentos da verdade
coisas só devem ser feitas no banheiro); Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é
* comer na frente do cliente (comum nas empresas que qualquer episódio no qual o cliente entra em contato com
oferecem lanches ou têm cantina); qualquer aspecto da organização e obtem uma impressão
* gritar para pedir alguma coisa; da qualidade do seu serviço.
* se coçar na frente do cliente; O funcionário tem poucos minutos para fixar na
* bocejar (revela falta de interesse no atendimento). mente do cliente a imagem da empresa e do próprio
Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar: serviço prestado. Este é o momento que separa o grande
* se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir carona, profissional dos demais.
por exemplo; Este verdadeiro profissional trabalha em cada momento
* receber presentes do cliente em troca de um bom da verdade, considerando-o único e fundamental para
serviço; definir a satisfação do cliente. Ele se fundamenta na
* fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou chamada TRÍADE DO ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO
serviços na frente do cliente; ATENDIMENTO, que é composto de elementos básicos do
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que processo de interação, que são:
vende, o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem
para o cliente; A ) a pessoa
* falar mau das pessoas na sua ausência e na presença A pessoa mais importante é aquela que está na sua frente.
do cliente; Então, podemos entender que a pessoa mais importante é o
* usar o cliente como desabafo dos problemas pessoais; cliente que está na frente e precisa de atenção.
* reclamar na frente do cliente; No Momento da Verdade, o atendente se relaciona
* lamentar; diretamente com o cliente, tentando atender a todas as
* colocar problemas salariais; suas necessidades. Não existe outra forma de atender, a não
* “ lavar a roupa suja “ na frente do cliente. ser pelo contato direto e, portanto, a pessoa fundamental
neste momento é o cliente.
LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS
OUTROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS. B ) a hora
A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o
Usar chavões presente, pois somente nele podemos atuar.
O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado
forma de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao e o futuro não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o
cliente. Citamos aqui, os mais comuns: presente como fonte de atuação. Nele, podemos agir e

33
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

transformar. O aqui e agora são os únicos momentos Aspectos psicológicos do atendente


nos quais podemos interagir e precisamos fazer isto da Nós falamos sobre a importância da postura de
melhor forma. atendimento. Porém, a base dela está nos aspectos
psicológicos do atendimento. Vamos a eles.
C ) a tarefa
Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais Empatia
importante diante desta pessoa mais importante para nós, O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA,
na hora mais importante que é o aqui e o agora, é FAZER O que significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA
CLIENTE FELIZ, atendendo as suas necessidades. é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro,
Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos procurando sempre entender as suas necessidades,
da Verdade e, para que estes sejam plenos, é necessário que os seus anseios, os seus sentimentos. Dessa forma, é
os funcionários de linha de frente, ou seja, que atendem uma aptidão pessoal fundamental na relação atendente
os clientes, tenham poder de decisão. É necessário que os - cliente. Para conseguirmos ser empáticos, precisamos
chefes concedam autonomia aos seus subordinados para nos despojar dos nossos preconceitos e preferências,
atuarem com precisão nos Momentos da Verdade. evitando julgar o outro a partir de nossas referências
e valores.
Teleimagem A empatia alimenta-se da autoconsciência, que
Através do telefone, o atendente transmite a significa estarmos abertos para conhecermos as nossas
TELEIMAGEM da empresa e dele mesmo. emoções. Quanto mais isto acontece, mais hábeis
TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente forma seremos na leitura dos sentimentos dos outros. Quando
na sua mente ( imagem mental ) sobre quem o está não temos certeza dos nossos próprios sentimentos,
atendendo e , consequentemente, sobre a empresa ( que é dificilmente conseguimos ver os dos outros.
representada por este atendente). E, a chave para perceber os sentimentos dos outros,
Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do está na capacidade de interpretar os canais não verbais
cliente encaminhar os seus negócios é maior, pois ele supõe de comunicação do outro, que são: os gestos, o tom de
que a empresa é comprometida com o cliente. No entanto, voz, as expressões faciais...
se a imagem é negativa, vemos normalmente o cliente Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está
fugindo da empresa. Como no atendimento telefônico, o ligada ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-
único meio de interação com o cliente, é através da palavra se. Isto requer uma atitude muito sublime que se chama
e sendo a palavra o instrumento, faz-se necessário usá- HUMILDADE. Sem ela é impossível ser empático.
la de forma adequada para satisfazer as exigências do Quando não somos humildes, vemos as pessoas de
cliente. Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados maneira deturpada, pois olhamos através dos óculos
a palavra e as atitudes, como fundamentais na formação do orgulho e do egoísmo, com os quais enxergamos
da TELEIMAGEM. apenas o nosso pequenino mundo.
O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam
São eles: a humanidade, impedindo-a de ser feliz.
01. O tom de voz: é através dele que transmitimos Com eles, não conseguimos sair do nosso
interesse e atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio mundinho , criando uma couraça ao nosso redor para
e distante, passamos ao cliente, a ideia de desatenção e nos proteger. Com eles, nós achamos que somos tudo
desinteresse. o que importa e esquecemos de olhar para o outro e
Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma perguntar como ele está, do que ele precisa, em que
decidida e atenciosamente, satisfazemos as necessidades podemos ajudar.
do cliente de sentir-se assistido, valorizado, respeitado, Esquecemos de perceber principalmente os seus
importante. sentimentos e necessidades. Com o orgulho e o
egoísmo, nos tornamos vaidosos e passamos a ver os
02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas outros de acordo com o que estes óculos registram:
o atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica os nossos preconceitos, nossos valores, nossos
expressamente PROIBIDO o uso de termos como: amor, sentimentos...
bem, benzinho, chuchu, mulherzinha, queridinha, Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR,
colega... não sabemos repartir, não sabemos doar.
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós
03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a mesmos, só lembramos de nós. É aqui que a empatia
impressão de educação e respeito. São INCORRETAS as se deteriora, quando os nossos próprios sentimentos
atitudes de transferir a ligação antes do cliente concluir o são tão fortes que não permitem harmonização com o
que iniciou a falar; passar a ligação para a pessoa ou ramal outro e passam por cima de tudo.
errado ( mostrando com isso que não ouviu o que ele disse OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM
); desligar sem cumprimento ou saudação; dividir a atenção TRABALHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM
com outras conversas; deixar o telefone tocar muitas vezes CAPACIDADE DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E
sem atender; dar risadas no telefone. ENTENDER OS SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES.

34
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, positivas frente ao cliente.


pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para Dessa forma, o estado interior está ligado aos
concluir, podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no pensamentos e sentimentos cultivados pelo atendente. E
livro O Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o estes, dão suporte as atitudes frente ao cliente.
essencial é invisível aos olhos“. Isto é empatia. Se o estado de espírito supõe sentimentos e
pensamentos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo
PERCEPÇÃO e vaidade, as atitudes advindas deste estado, sofrerão as
suas influências e serão:
PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de * Atitudes preconceituosas;
compreender e captar as situações, o que exige * Atitudes de exclusão e repulsa;
sintonia e é fundamental no processo de atendimento * Atitudes de fechamento;
ao público. Para percebermos melhor, precisamos passar * Atitudes de rejeição.
pelo “esvaziamento” de nós mesmos, ficando assim, mais É necessário haver um equilíbrio interno, uma
próximos do outro. Mas, como é isso? Vamos ficar vazios? estabilidade, para que o atendente consiga manter uma
É isso mesmo. Vamos ficar vazios dos nossos preconceitos, atitude positiva com os clientes e as situações.
das nossas antipatias, dos nossos medos, dos nossos
bloqueios, vamos observar as situações na sua totalidade, O ENVOLVIMENTO
para entendermos melhor o que o cliente deseja. Vamos A demonstração de interesse, prestando atenção ao
ilustrar com um exemplo real: certa vez, em uma loja de cliente e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o
carros, entra um senhor de aproximadamente 65 anos, caminho para o verdadeiro sentido de atender.
usando um chapéu de palha, camiseta rasgada e calça Na área de serviços, o produto é o próprio serviço
amarrada na cintura por um barbante. Ele entrou na sala prestado, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com
do gerente, que imediatamente se levantou pedindo para o cliente. Um serviço é, então, um resultado psicológico
ele se retirar, pois não era permitido “pedir esmolas ali “. O e pessoal que depende de fatores relacionados com a
senhor com muita paciência, retirou de um saco plástico interação com o outro. Quando o atendente tem um
que carregava, um “bolo“ de dinheiro e disse: “eu quero envolvimento baixo com o cliente, este percebe com
comprar aquele carro ali”. clareza a sua falta de compromisso. As preocupações
Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata excessivas, o trabalho estafante, as pressões exacerbadas,
claramente o que podemos fazer com o outro quando pré- a falta de liderança, o nível de burocracia, são fatores que
julgamos as situações. contribuem para uma interação fraca com o cliente. Esta
Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo fraqueza de envolvimento não permite captar a essência
é muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que dos desejos do cliente, o que se traduz em insatisfação. Um
é e não é harmônico e com ele percebemos a essência dos exemplo simples disso é a divisão de atenção por parte do
fatos e situações. atendente. Quando este divide a atenção no atendimento
Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado entre o cliente e os colegas ou outras situações, o cliente
com a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de sente-se desrespeitado, diminuído e ressentido. A sua
percepção, na qual vemos, escutamos e sentimos apenas impressão sobre a empresa é de fraqueza e o Momento da
aquilo que nos interessa. Esta seleção age como um filtro, Verdade é pobre.
que deixa passar apenas o que convém. Esta filtragem Esta ação traz consequências negativas como:
está diretamente relacionada com a nossa condição física- impossibilidade de escutar o cliente, falta de empatia,
psíquica emocional. Como é isso? Vamos entender: desrespeito com o seu tempo, pouca agilidade, baixo
a)Se estou com medo de passar em rua deserta e escura, a compromisso com o atendimento.
sombra do galho de uma árvore pode me assustar, pois eu posso Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutura
percebê-lo como um braço com uma faca para me apunhalar; adequada para o atendimento ao público, obrigando o
b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de atendente a dividir o seu trabalho entre atendimento pessoal
um cheiro agradável de comida; e telefônico, quando normalmente há um fluxo grande de
c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a ambos no setor. Neste caso, o ideal seria separar os dois
parte mais amena da repreensão e reprimir a mais severa. tipos de atendimento, evitando problemas desta espécie.
Em alguns casos, a percepção seletiva age como Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
mecanismo de defesa. * atender pessoalmente e interromper com o telefone
* atender o telefone e interromper com o contato
O ESTADO INTERIOR direto
* sair para tomar café ou lanchar
O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a * conversar com o colega do lado sobre o final de
condição interna, o estado de espírito diante das situações. semana, férias, namorado, tudo isso no momento de
A atitude de quem atende o público está diretamente atendimento ao cliente.
relacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como
atendente mantém um equilíbrio interno, sem tensões um exibicionismo funcional, o que não agrega valor ao
ou preocupações excessivas, as suas atitudes serão mais trabalho. O cliente deve ser poupado dele.

35
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Os desafios do profissional de atendimento


Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. 8 - RESOLUÇÃO CMN Nº 4.433, DE 23/07/15,
Algumas situações exigem um alto grau de maturidade do QUE DISPÕE SOBRE A CONSTITUIÇÃO E
atendente e é nestes momentos que este profissional tem O FUNCIONAMENTO DE COMPONENTE
a grande oportunidade de mostrar o seu real valor. Aqui
ORGANIZACIONAL DE OUVIDORIA PELAS
estão duas destas situações.
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E DEMAIS
Encantando o cliente INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A FUNCIONAR
Fazer apenas o que está definido pela empresa como PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL.
sendo o seu padrão de atendimento, pode até satisfazer
as necessidades do cliente, mas talvez não ultrapasse o
Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de
normal.
componente organizacional de ouvidoria pelas instituições
Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar
faz a grande diferença no atendimento.
pelo Banco Central do Brasil.
Em 23 de Julho de 2015, o Conselho Monetário Nacional
Atuação extra
– CMN aprovou nova resolução para aperfeiçoamentos
A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o cliente
nos processos de constituição e funcionamento da área
que se caracteriza por atitudes ou ações do atendente, não
de Ouvidoria das instituições financeiras, objetivando
estabelecidas nos procedimentos de trabalho. É produzir
maior efetividade e transparência no cumprimento das
um serviço acima da expectativa do cliente.
atribuições e melhoria na qualidade do atendimento
prestado aos clientes.
Autonomia
E por último, temos a RESOLUÇÃO Nº 4.629, DE 25 DE
Na verdade, a autonomia não deveria estar no
JANEIRO DE 2018 altera a Resolução nº 4.433, de 23 de julho
encantamento do cliente; ela deveria fazer parte da
de 2015, que dispõe sobre a constituição e o funcionamento
estrutura da empresa. Mas, nem sempre a realidade é esta.
de componente organizacional de ouvidoria.
Colocamos aqui porque o consumidor brasileiro ainda se
encanta ao encontrar numa loja, um balconista que pode
Abaixo o texto na íntegra, já com as devidas alterações.
resolver as suas queixas sem se dirigir ao gerente.
A AUTONOMIA está diretamente relacionada
RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE 2015
ao processo de tomada de decisão. Onde existir uma
situação na qual o funcionário precise decidir, deve haver
Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de
autonomia.
componente organizacional de ouvidoria pelas instituições
No atendimento ao público, é fundamental haver
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar
autonomia do pessoal de linha de frente e é uma das
pelo Banco Central do Brasil.
condições básicas para o sucesso deste tipo de trabalho.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei
Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo
nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o
de poder para atuar de acordo com a situação e esse poder
Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 23
deve ser conquistado. O poder aos funcionários serve
de julho de 2015, com base no art. 4º, inciso VIII, da referida
para agilizar o negócio. Às vezes, a falta de autonomia se
Lei, R E S O L V E U :
relaciona com fraca liderança do chefe.
CAPÍTULO I
Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade,
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
desburocratização, respeito, compromisso, organização.
Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o
Art. 1º Esta Resolução disciplina a constituição e
outro , não precisa passear pela empresa, ouvindo dos
o funcionamento de componente organizacional de
atendentes: “Esse assunto eu não resolvo; é só com o
ouvidoria pelas instituições que especifica.
fulano; procure outro setor...”
Art. 2º O componente organizacional de ouvidoria
A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra
deve ser constituído pelas instituições financeiras e demais
que a empresa está totalmente voltada para o cliente, pois
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
todo o sistema funciona para atendê-lo integralmente, e
Brasil que tenham clientes pessoas naturais ou pessoas
essa postura é vital, visto que a imagem transmitida pelo
jurídicas classificadas como microempresas e empresas de
atendente é a imagem que será gerada no cliente em
pequeno porte, conforme a Lei Complementar nº 123, de
relação à organização, dessa forma, ao atender, o atendente
14 de dezembro de 2006.
precisa se lembrar que naquele cargo, ele representa uma
Parágrafo único. Ficam dispensados de constituir
marca, uma instituição, um nome, e que todas as suas
ouvidoria os bancos comerciais sob controle societário
atitudes devem estar em conformidade com a proposta de
de bolsas de valores, de bolsas de mercadorias e futuros
visão que essa organização possui, focando sempre em um
ou de bolsas de valores e de mercadorias e futuros que
atendimento efetivamente eficaz e de qualidade.
desempenhem exclusivamente funções de liquidante e

36
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

custodiante central, prestando serviços às bolsas e aos IV - cooperativa singular de crédito não filiada a
agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas cooperativa central, podendo ser constituída a ouvidoria
cursadas. em cooperativa central, federação de cooperativas de
crédito, confederação de cooperativas de crédito ou
CAPÍTULO II associação de classe da categoria.
DAS ATRIBUIÇÕES § 1º O disposto no inciso II, alínea “b”, não se aplica
a bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas,
Art. 3º São atribuições da ouvidoria: sociedades de crédito, financiamento e investimento,
I - prestar atendimento de última instância às demandas associações de poupança e empréstimo e sociedades
dos clientes e usuários de produtos e serviços que não de arrendamento mercantil que realizem operações de
tiverem sido solucionadas nos canais de atendimento arrendamento mercantil financeiro.
primário da instituição; § 2º O disposto nos incisos II, alínea “b”, e IV somente se
II - atuar como canal de comunicação entre a instituição aplica a associação de classe ou bolsa que possuir código
e os clientes e usuários de produtos e serviços, inclusive na de ética ou de autorregulação efetivamente implantado, ao
mediação de conflitos; e qual a instituição tenha aderido.
III - informar ao conselho de administração ou, na sua
ausência, à diretoria da instituição a respeito das atividades CAPÍTULO IV
de ouvidoria. DO FUNCIONAMENTO
Parágrafo único. Para efeitos desta Resolução,
considera-se primário o atendimento habitual realizado Art. 6º As atribuições da ouvidoria abrangem as
em quaisquer pontos ou canais de atendimento, incluídos seguintes atividades:
os Resolução nº 4.433, de 23 de julho de 2015 Página 2 de I - atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
7 correspondentes no País e o Serviço de Atendimento ao formal e adequado às demandas dos clientes e usuários de
Consumidor (SAC) de que trata o Decreto nº 6.523, de 31 produtos e serviços;
de julho de 2008. II - prestar esclarecimentos aos demandantes acerca
do andamento das demandas, informando o prazo previsto
CAPÍTULO III para resposta;
DA ORGANIZAÇÃO III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda
no prazo previsto;
Art. 4º A estrutura da ouvidoria deve ser compatível IV - manter o conselho de administração ou, na sua
com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, ausência, a diretoria da instituição, informado sobre os
atividades, processos e sistemas de cada instituição. problemas e deficiências detectados no cumprimento de
Parágrafo único. A ouvidoria não pode estar vinculada suas atribuições e sobre o resultado das medidas adotadas
a componente organizacional da instituição que configure pelos administradores da instituição para solucioná-los; e
conflito de interesses ou de atribuições, a exemplo das V - elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao
unidades de negociação de produtos e serviços, da unidade comitê de auditoria, quando existente, e ao conselho
responsável pela gestão de riscos e da unidade executora de administração ou, na sua ausência, à diretoria da
da atividade de auditoria interna. instituição, ao final de cada semestre, relatório quantitativo
Art. 5º É admitido o compartilhamento de ouvidoria e qualitativo acerca das atividades desenvolvidas pela
nos seguintes casos: ouvidoria no cumprimento de suas atribuições.
I - instituição que integre conglomerado composto por § 1º O atendimento prestado pela ouvidoria:
pelo menos duas instituições autorizadas a funcionar pelo I - deve ser identificado por meio de número de
Banco Central do Brasil, podendo ser constituída a ouvidoria protocolo, o qual deve ser fornecido ao demandante;
em qualquer das instituições autorizadas a funcionar; II - deve ser gravado, quando realizado por telefone, e,
II - instituição que não integre conglomerado composto quando realizado por meio de documento escrito ou por
por pelo menos duas instituições autorizadas a funcionar meio eletrônico, arquivada a respectiva documentação; e
pelo Banco Central do Brasil, podendo ser constituída a III - pode abranger:
ouvidoria: a) excepcionalmente, as demandas não recepcionadas
a) em empresa ligada, conforme definição constante inicialmente pelos canais de atendimento primário; e
do art. 1º, § 1º, incisos I e III, da Resolução nº 2.107, de 31 b) as demandas encaminhadas pelo Banco Central
de agosto de 1994; e do Brasil, por órgãos públicos ou por outras entidades
b) na associação de classe a que seja filiada ou na bolsa públicas ou privadas.
de valores ou bolsa de mercadorias e futuros ou bolsa § 2º O prazo de resposta para as demandas não
de valores e de mercadorias e futuros nas quais realize pode ultrapassar dez dias úteis, podendo ser prorrogado,
operações; excepcionalmente e de forma justificada, uma única vez,
III - cooperativa singular de crédito filiada a cooperativa por igual período, limitado o número de prorrogações
central, podendo ser constituída a ouvidoria na respectiva a 10% (dez por cento) do total de demandas no mês,
cooperativa central, confederação de cooperativas de devendo o demandante ser informado sobre os motivos
crédito ou banco do sistema cooperativo; e da prorrogação.

37
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Art. 7º A instituição deve manter sistema de informações II - os critérios de designação e de destituição do


e de controle das demandas recebidas pela ouvidoria, de ouvidor e o tempo de duração de seu mandato; e
forma a: III - o compromisso expresso da instituição no sentido de:
I - registrar o histórico de atendimentos, as informações a) criar condições adequadas para o funcionamento da
utilizadas na análise e as providências adotadas; e ouvidoria, bem como para que sua atuação seja pautada
II - controlar o prazo de resposta. pela transparência, independência, imparcialidade e
Parágrafo único. As informações de que trata este isenção; e
artigo devem permanecer registradas no sistema pelo prazo b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações
mínimo de cinco anos, contados da data da protocolização necessárias para a elaboração de resposta adequada às
da ocorrência. demandas recebidas, com total apoio administrativo,
Art. 8º A instituição deve: podendo requisitar informações e documentos para o
(I - dar ampla divulgação sobre a existência da exercício de suas atividades no cumprimento de suas
ouvidoria, suas atribuições e forma de acesso, inclusive nos atribuições.
canais de comunicação utilizados para difundir os produtos § 1º As exigências previstas no caput devem ser
e serviços) incluídas no estatuto ou contrato social da instituição
I - dar ampla divulgação sobre a existência da na primeira alteração que ocorrer após a constituição da
ouvidoria, suas atribuições e forma de acesso, inclusive ouvidoria ou após o início da vigência desta Resolução.
nos canais de comunicação utilizados para difundir os § 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigidas
produtos e serviços; (Redação dada, a partir de 2/7/2018, por esta Resolução relativas às instituições que optarem
pela Resolução nº 4.629, de 25/1/2018). pela faculdade prevista no art. 5º, incisos I e III, podem
II - garantir o acesso gratuito dos clientes e dos usuários ser promovidas somente pela instituição que constituir a
ao atendimento da ouvidoria, por meio de canais ágeis e ouvidoria.
eficazes, inclusive por telefone, cujo número deve ser: § 3º As instituições que não constituírem ouvidoria
a) divulgado e mantido atualizado em local visível própria em decorrência da faculdade prevista no art.
ao público no recinto das suas dependências e nas 5º, incisos II e IV, devem ratificar a decisão na primeira
dependências dos correspondentes no País, bem como nos assembleia geral ou na primeira reunião de diretoria
respectivos sítios eletrônicos na internet, acessível pela sua realizada após tal decisão.
página inicial; Art. 10. As instituições referidas no art. 2º devem
b) informado nos extratos, comprovantes, inclusive designar perante o Banco Central do Brasil os nomes do
eletrônicos, contratos, materiais de propaganda e de ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria.
publicidade e demais documentos que se destinem aos § 1º O diretor responsável pela ouvidoria pode
clientes e usuários; e desempenhar outras funções na instituição, inclusive a de
c) registrado e mantido permanentemente atualizado ouvidor, exceto a de diretor de administração de recursos
em sistema de informações, na forma estabelecida pelo de terceiros.
Banco Central do Brasil. § 2º Nos casos dos bancos comerciais, bancos
c) registrado e mantido permanentemente atualizado múltiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito,
em sistema de informações, na forma estabelecida pelo financiamento e investimento, associações de poupança e
Banco Central do Brasil; e (Redação dada, a partir de empréstimo e sociedades de arrendamento mercantil que
2/7/2018, pela Resolução nº 4.629, de 25/1/2018). realizem operações de arrendamento mercantil financeiro,
III - implementar instrumento de avaliação direta da que estejam sujeitos à obrigatoriedade de constituição de
qualidade do atendimento prestado pela ouvidoria a comitê de auditoria, na forma da Resolução nº 3.198, de 27
clientes e usuários. (Incluído, a partir de 2/7/2018, pela de maio de 2004, o ouvidor não poderá desempenhar outra
Resolução nº 4.629, de 25/1/2018) função, exceto a de diretor responsável pela ouvidoria.
Parágrafo único. O disposto no inciso III do caput § 3º Nas situações em que o ouvidor desempenhe outra
aplica-se somente aos bancos comerciais, bancos múltiplos, atividade na instituição, essa atividade não pode configurar
bancos de investimento, caixas econômicas e sociedades conflito de interesses ou de atribuições.
de crédito, financiamento e investimento. (Incluído, a partir § 4º Os dados relativos ao diretor responsável pela
de 2/7/2018, pela Resolução nº 4.629, de 25/1/2018) ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseridos e mantidos
atualizados em sistema de informações, na forma
CAPÍTULO V estabelecida pelo Banco Central do Brasil.
DAS EXIGÊNCIAS FORMAIS Art. 11. Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos I, III e
IV, o ouvidor deve:
Art. 9º O estatuto ou o contrato social das instituições I - responder por todas as instituições que
referidas no art. 2º, conforme a natureza jurídica da compartilharem a ouvidoria; e
sociedade, deve dispor, de forma expressa, sobre os II - integrar os quadros da instituição que constituir a
seguintes aspectos: ouvidoria.
I - as atribuições e atividades da ouvidoria; Art. 12. Para cumprimento do disposto no caput
Resolução nº 4.433, de 23 de julho de 2015 Página 5 do art. 10, nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso II, as
de 7 instituições devem:

38
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas § 3º As instituições referidas no art. 2º são responsáveis
o nome do respectivo diretor responsável pela ouvidoria; e pela atualização periódica dos conhecimentos dos
II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do integrantes da ouvidoria.
ouvidor da associação de classe, bolsa de valores, bolsa de § 4º O diretor responsável pela ouvidoria sujeita-se à
mercadorias e futuros ou bolsa de valores e de mercadorias formalidade prevista no caput, caso exerça a função de
e futuros, entidade ou empresa que constituir a ouvidoria. ouvidor.
§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e
CAPÍTULO VI IV, aplica-se o disposto neste artigo aos integrantes da
DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ouvidoria da associação de classe, entidade e empresa que
realize as atividades mencionadas no art. 6º.
Art. 13. O diretor responsável pela ouvidoria deve
elaborar relatório semestral referente às atividades CAPÍTULO VIII
desenvolvidas pela ouvidoria, nas datas-base de 30 de DISPOSIÇÕES FINAIS
junho e 31 de dezembro.
Parágrafo único. O relatório de que trata o caput deve Art. 17. O Banco Central do Brasil poderá adotar
ser encaminhado à auditoria interna, ao comitê de auditoria, medidas complementares necessárias à execução do
quando existente, e ao conselho de administração ou, na disposto nesta Resolução.
sua ausência, à diretoria da instituição. Art. 18. Os relatórios e a documentação relativa aos
Art. 14. As instituições devem divulgar semestralmente, atendimentos realizados, de que tratam os arts. 6º, inciso
nos respectivos sítios eletrônicos na internet, as V e § 1º, 7º e 13, bem como a gravação telefônica do
informações relativas às atividades desenvolvidas pela atendimento, devem permanecer à disposição do Banco
ouvidoria. Central do Brasil na sede da instituição pelo prazo mínimo
Art. 14. As instituições devem divulgar semestralmente, de cinco anos.
nos respectivos sítios eletrônicos na internet, as Art. 19. Fica concedido prazo até 30 de junho de 2016
informações relativas às atividades desenvolvidas pela para as instituições referidas no art. 2º se adaptarem ao
ouvidoria, inclusive os dados relativos à avaliação direta da disposto nesta Resolução.
qualidade do atendimento de que trata o inciso III do art. Art. 20. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
8º. (Redação dada, a partir de 2/7/2018, pela Resolução nº publicação.
4.629, de 25/1/2018). Art. 21. Fica revogada a Resolução nº 3.849, de 25 de
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil poderá março de 2010.
estabelecer o conteúdo mínimo das informações de que Alexandre Antonio Tombini
trata o caput. Presidente do Banco Central do Brasil
Parágrafo único. (Revogado, a partir de 2/7/2018, pela Este texto não substitui o publicado no DOU de
Resolução nº 4.629, de 25/1/2018). 27/7/2015, Seção 1, p. 30/31, e no Sisbacen.
Art. 15. O Banco Central do Brasil estabelecerá o
conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo de remessa Referências: CARVALHO, Irene Mello. Introdução à Psi-
de dados e de informações relativos às atividades da cologia das Relações Humanas; CHIAVENATO, Idalberto.
ouvidoria. Administração de empresas Robbins, Stephen P. Comporta-
Art. 15. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer o mento Organizacional/ http://www.bcb.gov.br/pre/norma-
conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo de remessa tivos/res/2015/pdf/res_4433_v1_O.pdf/ Mercado & Concor-
de dados e de informações relativos às atividades da rência/ http://www2.camara.leg.br/http://jus.com.br/artigos
ouvidoria. (Redação dada, a partir de 2/7/2018, pela
Resolução nº 4.629, de 25/1/2018). Texto adaptado de Bruno Mendonça (Publicitário &
Coach Profissional) / Enio Klein (Business School São Paulo –
CAPÍTULO VII BSP) / Caio Volpe / Daniel Santa Cruz / Guilherme Françolin
DA CERTIFICAÇÃO / Jean Michel Soldatelli / Victor Brunetti / Márcia Queiros /
Maria Aparecida Araújo/ Marcineia de Oliveira – Não aten-
Art. 16. As instituições referidas no art. 2º devem da clientes, atenda pessoas
adotar providências para que os integrantes da ouvidoria
que realizem as atividades mencionadas no art. 6º sejam
considerados aptos em exame de certificação organizado
por entidade de reconhecida capacidade técnica.
§ 1º O exame de certificação deve abranger, no
mínimo, temas relacionados à ética, aos direitos e defesa
do consumidor e à mediação de conflitos.
§ 2º A designação dos integrantes da ouvidoria
referidos no caput fica condicionada à comprovação de
aptidão no exame de certificação, além do atendimento às
demais exigências desta Resolução.

39
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

EXERCÍCIOS III. Sistemas de CRM capturam e integram dados


do cliente provenientes de toda a organização,
01. (FCC/2011 – BANCO DO BRASIL)No processo consolidam e analisam esses dados e depois distribuem
de gestão do marketing de serviços, a técnica de os resultados para vários sistemas e pontos de
pesquisa de compreensão da satisfação dos clientes, contato com o cliente espalhados por toda a empresa. 
em que a empresa contrata pesquisadores para IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm
utilizarem seus serviços, pesquisadores estes que não módulos para gerenciamento com o relacionamento
serão identificados pelos atendentes de marketing, é com o parceiro (PRM) e gerenciamento de
denominada: relacionamento com o funcionário (ERM). 
a) Venda. Está correto o que se afirma APENAS em:
b) Grupos de foco. A. I e II.
c) Compra direta. B. II e III.
d) Compra misteriosa. C. III e IV.
e) Painel de clientes. D. II, III e IV.
E. IV.
2. Os princípios básicos para o bom atendimento
ao público incluem: cortesia, atendimento de imediato, 05. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário)
mostrar boa vontade, agir com rapidez, falar a verdade Dadas as afirmações abaixo:
e evitar atitudes negativas, entre outros. Deve-se, 1ª - A “satisfação” é definida como a avaliação objetiva,
portanto evitar: com respeito a um bem ou serviço, contemplando ou
I. apatia. não as necessidades e expectativas do cliente, PORQUE
II. frieza. 2ª - a satisfação é influenciada pelas contrapartidas
III. robotismo. emocionais dos clientes, pelas causas percebidas para
IV. desdém. o resultado alcançado com o bem ou serviço e por suas
V. jogo de responsabilidades. percepções de ganho ou preço justo.
É correto afirmar que 
a) II, III e IV, apenas. a) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
b) I, II, III, IV e V. justifica a primeira.
c) I, II, IV e V, apenas. b) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
d) II e III, apenas. não justifica a primeira.
e) II e IV apenas. c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é
falsa.
03. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Legislativo de d) A primeira afirmação é falsa e a segunda é
Serviços Técnicos e Administrativos) Parte superior do verdadeira.
formulário e) As duas afirmações são falsas.
Um dos fatores de qualidade no atendimento ao
público é a empatia. Empatia é 06. (FCC - 2011 - BB - Escriturário) No âmbito
a) a capacidade de transmitir sinceridade, competência empresarial, o conjunto de regras cerimoniosas de
e confiança ao público. trato entre as pessoas, por meio do qual se informa
b) a capacidade de cumprir, de modo confiável e exato, aos outros que se está preparado para o convívio
o que foi prometido ao público harmonioso no grupo, e que trata também do
c) o grau de cuidado e atenção individual que o comportamento social, é denominado
atendente demonstra para com o público, colocando-se a) Diretrizes e políticas.
em seu lugar para um melhor entendimento do problema. b) Marketing pessoal.
d) a intimidade que o atendente manifesta ao ajudar c) Dinâmica de grupo.
prontamente o cidadão d) Regimento interno.
e) a habilidade em definir regras consensuais para o e) Etiqueta empresarial.
efetivo atendimento
07. (CESPE - 2008 - BB – Escriturário) Acerca da
04. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia etiqueta empresarial, julgue os itens subsequentes e
da Informação) Sobre CRM, considere:  indique qual é o correto
I. As empresas utilizam o CRM para trocar informações a) A utilização de uma voz alegre, clara e calorosa é
com seus fornecedores sobre disponibilidade de suficiente para gerar empatia e para garantir o êxito em
materiais e componentes, datas de entrega para remessa um contato telefônico profissional.
de suprimentos e requisitos de produção.  b) A etiqueta empresarial trata de aspectos do
II. CRM é uma rede de organizações e processos de planejamento eficiente de uma reunião, como o modo
negócios para selecionar matérias-primas, transformá- de não reter desnecessariamente colaboradores em um
las em produtos intermediários e acabados e distribuir evento quando poderiam estar desenvolvendo outra
os produtos acabados aos clientes.  atividade.

40
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

c) Na eventualidade de se estar em meio a uma 12 . (FCC/2013 - Banco do Brasil) As atividades


conversação, no ambiente de trabalho, que tenha demorado do Telemarketing permitem conduzir campanhas de
mais que o necessário, deve-se mudar abruptamente marketing direto e têm se tornado popular nos últimos
de assunto, de modo a deixar clara a necessidade da anos. Seu uso em pesquisa de mercado, em promoção
finalização da conversa. de vendas e em vendas é crescente, devido a um
d) Etiqueta empresarial está restrita ao modo de se número considerado de vantagens. São vantagens do
portar à mesa em uma reunião de negócios, à postura ao Telemarketing:
sentar-se e à forma de se falar ao telefone com clientes, a) flexibilidade e rapidez.
fornecedores, colegas e superiores no trabalho. b) flexibilidade e custo elevado.
c) rapidez e visibilidade do produto.
08. (FCC - 2011 - BB - Escriturário) A diferença d) custo elevado e eficácia.
entre as percepções do cliente quanto aos benefícios e) inflexibilidade e custo baixo.
e aos custos da compra e uso de produtos e serviços é
denominada: GABARITO
a) mix marketing.
b) valor para o cliente. 1 D
c) benchmarking.
d) publicidade. 2 B
e) brand equity. 3 C

09. (CESGRANRIO/2015 - Banco do Brasil) Uma das 4 C


formas de aumentar a retenção de clientes é reduzir as 5 D
deserções. 6 E
Um banco que não tenha o pessoal treinado de
forma adequada, cujos gerentes não cumpram as 7 B
promessas de serviços feitas e cujos funcionários 8 B
responsáveis pelo atendimento ajam com rudeza, está
estimulando a deserção 9 B
a) de gestão 10 E
b) de serviço 11 A
c) de mercado
d) tecnológica 12 A
e) organizacional

10. (CESGRANRIO/2012 – Caixa) O nível de


satisfação dos correntistas de uma agência bancária
será alto quando o serviço oferecido estiver de acordo
com a(s)
a) atuação da concorrência
b) localização da agência
c) motivação dos bancários
d) exigências da legislação
e) expectativas dos clientes

11. (CESGRANRIO/2015 - Banco do Brasil) Roupas


adequadas para o trabalho demonstram uma postura
profissional no atendimento aos clientes porque o
modo como o escriturário se veste
a) é um elemento da comunicação não verbal com o
cliente.
b) significa um dos fatores da pré-abordagem ao
correntista.
c) amplia as possibilidades de encerramento da venda.
d)  convence o cliente em caso de alguma objeção à
venda.
e) reforça os benefícios do produto para o cliente.

41
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxíto-


na. Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepe-
núltima sílaba é tônica, “mais forte”).
01-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
CESPE/2012) O acento grave, que é sinal indicativo
RESPOSTA: “ERRADO”.
de crase em “acesso à Internet”, justifica-se porque a
regência do termo “acesso” exige complemento ante-
05-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
cedido pela preposição a e a palavra “Internet” está
CESPE/2012)
antecedida por artigo definido feminino.
O riso é tão universal como a seriedade; ele abar-
ca a totalidade do universo, toda a sociedade, a his-
Explicação correta para justificar a ocorrência do acen-
tória, a concepção de mundo. É uma verdade que se
to indicativo de crase na expressão “acesso à Internet”.
diz sobre o mundo, que se estende a todas as coisas
e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspec-
RESPOSTA: “CERTO”.
to festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis,
uma espécie de segunda revelação do mundo.
02-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
CESPE/2012)
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média
A análise dos dados da Pesquisa Nacional de Amos-
e o Renascimento: o contexto de François Rabelais. São
tra por Domicílios relativa ao ano de 2004 traz um re-
Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
sultado surpreendente: em todas as faixas de renda, o
número de domicílios que têm apenas telefone celular
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente
aumentou. O maior salto ocorreu nas faixas entre um
textual “O riso”.
e dois salários mínimos e entre dois e cinco salários
mínimos: mais 7% em cada uma delas. Entretanto, a
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a se-
presença unicamente do celular também expandiu-se
riedade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os ter-
na menor faixa de renda (menos de um salário mí-
mos relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito
nimo), mais 4%, e na maior faixa de renda (mais de
“riso”.
20 salários mínimos), mais 0,32%. Em decorrência do
fenômeno da expansão dos que só têm celular — a
RESPOSTA: “CERTO”.
taxa de penetração passou de 11,20%, em 2003, para
16,47%, em 2004 —, houve uma diminuição dos tele-
06-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
fones fixos. A presença do telefone fixo na casa dos
– CESPE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária”
brasileiros caiu de 50,83% para 48,89%.
e “paciência” recebem acento gráfico com base na
Internet: <www.anatel.gov.br> (com adaptações)
mesma regra de acentuação gráfica.
Em “expandiu-se”, o pronome “se” indica que o sujei-
to do período é indeterminado.
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo;
diária = paroxítona terminada em ditongo; paciência
Voltemos ao texto: Entretanto, a presença unicamente
= paroxítona terminada em ditongo. Os três vocábulos
do celular também expandiu-se na menor faixa de renda =
são acentuados devido à mesma regra.
“a presença unicamente do celular expandiu”. Sujeito sim-
ples.
RESPOSTA: “CERTO”.
RESPOSTA: “ERRADO”.
(ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2010 - ADAPTADA) LEIA O TEXTO PARA RES-
03-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
PONDER ÀS QUESTÕES 07 E 08.
CESPE/2012) A forma verbal “têm” está no plural por-
Vão surgindo novos sinais do crescente otimis-
que concorda com o antecedente do pronome relativo.
mo da indústria com relação ao futuro próximo.
Um deles refere-se às exportações. “O comércio
Recorramos, novamente, ao texto: (...) o número de
mundial já está voltando a se abrir para as empre-
domicílios que têm apenas telefone celular aumentou =
sas”, diz o gerente executivo de pesquisas da Con-
domicílios “que/os quais” (pronome relativo) têm apenas
federação Nacional da Indústria (CNI), Renato da
telefone celular aumentou.
Fonseca, para explicar a melhora das expectativas
dos industriais com relação ao mercado externo.
RESPOSTA: “CERTO”.
Quanto ao mercado interno, as expectativas da
indústria não se modificaram. Mas isso não é um
04-) (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
mau sinal, pois elas já eram francamente otimis-
CESPE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o
tas. Há algum tempo, a pesquisa da CNI, realiza-
emprego do acento gráfico tem justificativas gramati-
da mensalmente a partir de 2010, registra grande
cais diferentes.
otimismo da indústria com relação à demanda in-

42
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

terna. Trata-se de um sentimento generalizado. Em Considerando os sentidos e as estruturas linguís-


todos os setores industriais, a expressiva maioria ticas do texto acima apresentado, julgue os próximos
dos entrevistados acredita no aumento das vendas itens.
internas. A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em
18 estados do país” tem, nesse contexto, valor restriti-
O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adap- vo.
tações).
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
07-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
CESPE/2010) Em relação às estruturas linguísticas do “o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora-
texto acima, julgue os itens a seguir. ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
O emprego do acento grave indicativo de crase em temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação
“refere-se às” justifica-se pela regência do verbo refe- da oração principal. A construção seria: “do apagão, que
rir, que exige complemento com a preposição a, e pela atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”);
presença do artigo definido feminino plural. quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício).
“Um deles refere-se às exportações.” O verbo “referir-
-se” pede preposição, pois quem “se refere”, “refere-se” a RESPOSTA: “CERTO’.
algo ou a alguém. Portanto, a explicação contida no enun-
ciado da questão está correta. 10-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2010) O emprego de vírgula logo após “obsoletos”
RESPOSTA: “CERTO”. justifica-se por isolar expressão com função adverbial.

08-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- Texto: Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e
PE/2010) O nome próprio “Renato da Fonseca” está de investimentos e também erros operacionais (...) = a vír-
entre vírgulas por tratar-se de um vocativo. gula tem a função de enumerar exemplos, justificativas para
a ocorrência do apagão.
Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma coi-
sa no dia do seu concurso!): (...) diz o gerente executivo RESPOSTA: “ERRADO”.
de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Renato da Fonseca, para explicar a melhora das expecta- 11-) (ANTT – TODOS OS CARGOS – NÍVEL INTER-
tivas. O termo em destaque não está exercendo a função MEDIÁRIO – CESPE/2013)
de vocativo, já que não é utilizado para evocar, chamar o Muitos são contra a privatização de rodovias e a co-
interlocutor do diálogo. Sua função é de aposto – explicar brança de pedágio. Realmente, pode-se dizer que é pa-
quem é o gerente executivo da CNI. gar impostos duas vezes; no entanto, no Brasil, grande
parte das rodovias que não são privatizadas não possui
RESPOSTA: “ERRADO”. boas condições de tráfego. Ou seja, pagamos apenas
uma vez, mas não temos rodovias de qualidade. O go-
09-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- verno federal e os governos estaduais nem sempre têm
PE/2010) condições de manter as rodovias em perfeitas condições.
Só agora, quase cinco meses depois do apagão A privatização surge como alternativa para resolver esse
que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados problema. Com o auxílio da iniciativa privada, o governo
do país, surge uma explicação oficial satisfatória para consegue fazer muito mais em pouco tempo.
o corte abrupto e generalizado de energia no final de
2009. Internet: <http://administracaoesucesso.com/> (com
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia adaptações).
Elétrica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a em-
presa estatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam A forma verbal “têm” está no plural porque concor-
os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo. da com “O governo federal e os governos estaduais”,
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de que é sujeito composto.
investimentos e também erros operacionais conspira-
ram para produzir a mais séria falha do sistema de ge- Vamos ao nosso aliado! O governo federal e os go-
ração e distribuição de energia do país desde o traumá- vernos estaduais nem sempre têm condições. Os termos
tico racionamento de 2001. relacionam-se (sujeito composto por dois núcleos: governo
federal, governos estaduais). Justificativa correta.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
ções). RESPOSTA: “CERTO”.

43
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

12-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- 15-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU-
NESP/2011) Assinale a alternativa em que a pontuação NESP/2011) Nós não estamos _______ _______ descon-
está correta. fiar ____ pessoas que pedem ajuda.
(A) A esmola conforme se sabe, nunca foi a solução. (A) habituado … por … em
(B) A esmola, conforme se sabe, nunca foi, a solução. (B) habituados … a … de
(C) A esmola conforme, se sabe, nunca foi a solução. (C) habituados … em … com
(D) A esmola, conforme se sabe nunca foi, a solução. (D) habituado … com … de
(E) A esmola, conforme se sabe, nunca foi a solução. (E) habituado … a … por

Como os itens apresentam o mesmo texto, não indiquei “Habituados a” = regência nominal / “desconfiar de” =
as inadequações nos demais, já que a alternativa correta regência verbal.
acaba identificando-as.
RESPOSTA: “B”.
RESPOSTA: “E”.
16-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRA-
13-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- TIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o acento in- a reescrita da frase – Os bons mecânicos sabiam lidar
dicador da crase está corretamente empregado. com máquinas e construir toda espécie de engenhoca.
(A) Eles não conheciam à artimanha daquele pedinte. – está correta quanto à concordância, de acordo com a
(B) De outubro à dezembro, ele conseguiu muito norma-padrão da língua.
dinheiro. (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas
(C) Ele se dizia preso à cadeira de rodas há 10 anos. por bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(D) Vários mendigos estão nas ruas de segunda à (B) Toda espécie de engenhoca era construída por
domingo. bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(E) Há mulheres que usam à criança para causar (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por
piedade. bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(A) Eles não conheciam à artimanha = a artimanha (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por
(objeto direto) bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(B) De outubro à dezembro, ele conseguiu muito di- (E) Toda espécie de engenhoca era construída por
nheiro. = outubro a dezembro bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(C) Ele se dizia preso à cadeira de rodas há 10 anos.
(D) Vários mendigos estão nas ruas de segunda à do- Fiz as correções entre parênteses:
mingo.= segunda a domingo (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas
(E) Há mulheres que usam à criança para causar pie- (construída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam)
dade. = a criança (objeto direto) lidar com máquinas.
(B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons
RESPOSTA: “C”. mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
(C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída
14-) (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VU- por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
NESP/2011) Considere as frases: (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (cons-
I. O mendigo não interessou-se pelo trabalho. truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro com máquinas.
ontem. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
A colocação pronominal está de acordo com a nor-
ma culta apenas em RESPOSTA: “E”.
(A) I.
(B) II. 17-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINIS-
(C) III. TRATIVO – VUNESP/2014) Considerando as regras de
(D) I e II. concordância verbal, o termo em destaque na frase –
(E) II e III. Segundo alguns historiadores, houve dois sacolejões
maiores na história da humanidade. – pode ser corre-
I. O mendigo não interessou-se = não se interessou tamente substituído por:
(advérbio) (A) ocorreram.
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro on- (B) sucedeu-se.
tem. = (pronome) (C) existiu.
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. = (D) houveram.
Informaram-me (início de período) (E) aconteceu.
RESPOSTA: “B”.

44
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

Vamos por exclusão! Se substituíssemos “houve” por O exercício quer que conjuguemos o verbo no futuro
“existir”, esse deve ir para o plural, já que temos “dois sa- do presente (ação a se realizar). Como o enunciado é espe-
colejões” e é com ele que o verbo concordará (sujeito). O cífico (quer determinado tempo verbal), não fiz as correções
mesmo aconteceria com os verbos: ”sucede” (sucederam- nas demais alternativas, pois, em um concurso, perderíamos
-se) e “aconteceu” (aconteceram). “Houveram” é incorre- tempo consertando os itens que não nos interessam. Vamos
ta, já que no sentido de “existir” ele é invariável (“houve”, à construção: o doutorando enviou (enviará) seu estudo
como no enunciado). para a Sociedade Britânica de Psicologia para apreciação e
não esperava (esperará) que houvesse (haja) tanta publicida-
RESPOSTA: “A”. de. = enviará / esperará / haja.

18-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRA- RESPOSTA: “D”.


TIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta
quanto à concordância das palavras, de acordo com a 20-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/
norma-padrão da língua portuguesa. SP - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) Leia as
(A) Parece haver um descontentamento generaliza- orações a seguir.
do dos empresário em relação aos profissionais recém- I. É proibido o uso de aparelhos celulares em postos
-formados, conforme a constatação de recentes pes- de gasolina.
quisas. II. Bastantes pessoas fazem uso diário de telefones
(B) Parece haver um descontentamento generalizado móveis em nossa sociedade.
dos empresários em relação aos profissionais recém-for- III. Os vigias de banco estão sempre alerta para evi-
mados, conforme a constatação de recente pesquisas. tar o uso de celulares em agências.
(C) Parece haver um descontentamento genera- A concordância nominal está correta em
lizado dos empresários em relação aos profissionais (A) I, apenas.
recém-formados, conforme a constatação de recentes (B) I e II, apenas.
pesquisas. (C) II e III, apenas.
(D) Parece haver um descontentamento generalizado (D) I, II e III.
dos empresários em relação aos profissionais recém-for-
mado, conforme a constatação de recentes pesquisas. I. É proibido o uso de aparelhos celulares em postos de
(E) Parece haver um descontentamento genera- gasolina.
lizado dos empresários em relação aos profissionais II. Bastantes pessoas fazem uso diário de telefones mó-
recém-formados, conforme a constatação de recentes veis em nossa sociedade.
pesquisa. III. Os vigias de banco estão sempre alerta para evitar o
uso de celulares em agências.
Já que os itens apresentam o mesmo texto, ao indicar *Observação:
a alternativa correta, automaticamente encontramos as in-
correções presentes nas demais. Na sua origem italiana, ‘alerta’ é interjeição
(Alerta!) que passa a ser também advérbio em
RESPOSTA: “C”. português. Portanto, como todo advérbio, é pa-
lavra invariável, ou seja, não tem singular nem
19-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP plural, nem flexiona no feminino. Assim consta
- AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - ADAPTA- nos dicionários de Cândido Figueiredo (1949),
DA) Assinale a alternativa que apresenta o trecho – ... o Antenor Nascentes e Francisco Fernandes, e nas
doutorando enviou seu estudo para a Sociedade Britâ- gramáticas de Evanildo Bechara e Luiz Antonio
nica de Psicologia para apreciação e não esperava que Sacconi. Estes autores não mencionam ‘alerta’
houvesse tanta publicidade. – reescrito de acordo com como adjetivo e exemplificam: Estejamos alerta
a norma-padrão, com indicação de ação a se realizar e / São pessoas alerta.
correta correlação verbal. (Fonte:http://www.vestibulandoweb.com.
(A) ... o doutorando enviaria seu estudo para a So- br/portugues/portugues-lerta.asp)
ciedade Britânica de Psicologia para apreciação e não
esperava que haveria tanta publicidade. RESPOSTA: “D”.
(B) ... o doutorando envia seu estudo para a Socieda-
de Britânica de Psicologia para apreciação e não espera- 21-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
rá que houvesse tanta publicidade. - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) Assinale a
(C) ... o doutorando enviara seu estudo para a Socie- alternativa que apresenta concordância verbal de acordo
dade Britânica de Psicologia para apreciação e não espe- com a norma-padrão da língua.
rara que haverá tanta publicidade. (A) Compareceu, segundo a Worcester News e o TG
(D) ... o doutorando enviará seu estudo para a Socie- Daily, cerca de 100 pessoas para a pesquisa.
dade Britânica de Psicologia para apreciação e não espe- (B) Somos nós que conduzimos a pesquisa na Uni-
rará que haja tanta publicidade. versidade de Worcester.

45
ATENDIMENTO (FOCADO EM VENDAS) I

(C) Haviam muitas pesquisas paradas antes da che- I. Me diga se há amor nas ações humanas. = Diga-me
gada de Richard Balding. (início de período)
(D) Fazem vinte anos que não chegam a resultado II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la.
conclusivo sobre o uso de celulares. III. Não procure-me amanhã. = não me procure

(A) Compareceu (compareceram), segundo a Worcester RESPOSTA: “B”.


News e o TG Daily, cerca de 100 pessoas para a pesquisa.
(B) Somos nós que conduzimos a pesquisa na Universi- 24-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
dade de Worcester. - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) O uso do
(C) Haviam (havia) muitas pesquisas paradas antes da acento indicativo da ocorrência de crase está de acordo
chegada de Richard Balding. com a norma-padrão em:
(D) Fazem (faz) vinte anos que não chegam a resultado (A) Naquele curso, os alunos assistem às aulas pela
conclusivo sobre o uso de celulares. internet e começaram a estudar poesia.
(B) Enviaremos a editora e à vossa senhoria os poe-
RESPOSTA: “B”. mas reunidos para análise.
(C) O escritor não dá ouvidos à reclamações que
22-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP não tratem de seus textos.
- AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - adaptada) (D) No que se refere à esquema da métrica, os poe-
Assinale a alternativa que apresenta o termo em desta- tas clássicos são mais cuidadosos.
que no trecho – Se tão contrário a si é o mesmo amor? –
com a mesma função que aparece no poema. Fiz as correções entre parênteses:
(A) Vendem-se casas. (A) Naquele curso, os alunos assistem às aulas pela in-
(B) Ela se arrependeu do que fez. ternet e começaram a estudar poesia.
(C) Você sairá só se for possível. (B) Enviaremos a (à) editora e à (a) vossa senhoria os
(D) Vá-se para bem longe de seus inimigos. poemas reunidos para análise.
(C) O escritor não dá ouvidos à (a) reclamações que
Se tão contrário a si é o mesmo amor? = conjunção não tratem de seus textos.
condicional (D) No que se refere à (a) esquema da métrica, os poe-
(A) Vendem-se casas.= pronome apassivador (casa são tas clássicos são mais cuidadosos.
vendidas)
(B) Ela se arrependeu do que fez.= pronome reflexivo RESPOSTA: “A”.
(C) Você sairá só se for possível. = conjunção condi-
cional
(D) Vá-se para bem longe de seus inimigos. = partícula
de realce

*Observação:

partícula de realce - o SE servirá neste


caso para realçar aquilo que está sendo dito,
e portanto poderá ser retirado da frase sem
prejudicar a sua estrutura sintática e coesão.
(fonte: http://www.infoescola.com/portu-
gues/funcoes-do-se/)

RESPOSTA: “C”.

23-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/


SP - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) Leia as
orações a seguir.
I. Me diga se há amor nas ações humanas.
II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la.
III. Não procure-me amanhã.
A colocação pronominal está de acordo com a nor-
ma-padrão apenas em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional............................................................................................................................................... 01


1.1 - Conselho Monetário Nacional............................................................................................................................................................. 01
1.2 - Banco Central do Brasil.......................................................................................................................................................................... 01
1.3 - Comissão de Valores Mobiliários........................................................................................................................................................ 01
1.4 - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional........................................................................................................... 01
1.5 - Bancos comerciais.................................................................................................................................................................................... 01
1.6 - Caixa Econômica Federal....................................................................................................................................................................... 01
1.7 - Cooperativas de crédito. ....................................................................................................................................................................... 01
1.8 - Bancos de investimento......................................................................................................................................................................... 01
1.9 - Bancos de desenvolvimento................................................................................................................................................................. 01
1.10 - Sociedades de crédito, financiamento e investimento (Financeiras)................................................................................. 01
1.11 - Sociedades de arrendamento mercantil....................................................................................................................................... 01
1.12 - Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários........................................................................................................... 01
1.13 - Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários.................................................................................................... 01
1.14 - BM&FBOVESPA....................................................................................................................................................................................... 01
1.15 - Sistema especial de liquidação e custódia (SELIC).................................................................................................................... 01
1.16 - CETIP S.A.................................................................................................................................................................................................... 01
1.17 - Sociedades de crédito imobiliário................................................................................................................................................... 01
1.18 - Associações de poupança e empréstimo..................................................................................................................................... 01
2 - Sociedades de fomento mercantil (factoring) e sociedades administradoras de cartões de crédito.............................. 16
3 - Produtos e serviços financeiros.................................................................................................................................................................... 22
3.1 - Depósitos à vista, depósitos a prazo (CDB e RDB) e letras de câmbio................................................................................ 22
3.2 - Cobrança e pagamento de títulos e carnês.................................................................................................................................... 24
3.3 - Transferências automáticas de fundos............................................................................................................................................. 25
3.4 – Commercialpapers................................................................................................................................................................................... 25
3.5 - Arrecadação de tributos e tarifas públicas..................................................................................................................................... 26
3.6 - Home/office banking, remote banking............................................................................................................................................ 26
3.7 - Corporate finance..................................................................................................................................................................................... 26
3.8 - Fundos mútuos de investimento........................................................................................................................................................ 27
3.9 - Hot money................................................................................................................................................................................................... 27
3.10 - Contas garantidas.................................................................................................................................................................................. 30
3.11 - Crédito rotativo....................................................................................................................................................................................... 31
3.12 Descontos de títulos................................................................................................................................................................................ 32
3.13 - Financiamento de capital de giro.................................................................................................................................................... 32
3.14 - Vendorfinance/comprorfinance........................................................................................................................................................ 34
3.15 - Leasing (tipos, funcionamento, bens)............................................................................................................................................ 36
3.16 - Financiamento de capital fixo............................................................................................................................................................ 38
3.17 - Crédito direto ao consumidor........................................................................................................................................................... 39
3.18 - Crédito rural............................................................................................................................................................................................. 39
3.19 - Cadernetas de poupança.................................................................................................................................................................... 39
3.20 - Financiamento à importação e à exportação: repasses de recursos do BNDES........................................................... 40
3.21 - Cartões de crédito.................................................................................................................................................................................. 41
3.22 - Títulos de capitalização........................................................................................................................................................................ 42
3.23 - Planos de aposentadoria e pensão privados............................................................................................................................... 44
3.24 -Planos de seguros................................................................................................................................................................................... 45
4 - Mercado de capitais......................................................................................................................................................................................... 45
4.1 - Ações: características e direitos........................................................................................................................................................... 47
4.2 - Debêntures.................................................................................................................................................................................................. 48
4.3 - Diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas.............................................................................................. 48
4.4 - Operações de underwriting.................................................................................................................................................................. 49
4.5 - Funcionamento do mercado à vista de ações............................................................................................................................... 50
4.6 - Mercado de balcão.................................................................................................................................................................................. 51
4.7 - Operações com ouro............................................................................................................................................................................... 52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

5 - Mercado de câmbio.......................................................................................................................................................................................... 53
5.1 - Instituições autorizadas a operar........................................................................................................................................................ 53
5.2 - Operações básicas.................................................................................................................................................................................... 53
5.3 - Contratos de câmbio: características................................................................................................................................................ 53
5.4 - Taxas de câmbio........................................................................................................................................................................................ 53
5.5 - Remessas...................................................................................................................................................................................................... 53
5.6 - SISCOMEX.................................................................................................................................................................................................... 53
6 - Operações com derivativos: características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções,
do mercado futuro e das operações de swap............................................................................................................................................... 56
7 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval, fiança, penhor mercantil, alienação fiduciária, hipoteca, fianças ban-
cárias, fundo garantidor de crédito (FGC)....................................................................................................................................................... 57
8 - Crime de lavagem de dinheiro..................................................................................................................................................................... 65
8.1 - Conceito e etapas..................................................................................................................................................................................... 65
8.2 - Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro. ........................................................................................................ 65
8.2.1. Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações................................................................................................................................................ 65
8.2.2 - Carta Circular Bacen 3.409/2009..................................................................................................................................................... 74
8.2.3 - Circular Bacen 3.461/2009................................................................................................................................................................. 74
8.2.4 - Carta Circular Bacen 3.542/2012..................................................................................................................................................... 74
9 - Técnicas de vendas:........................................................................................................................................................................................... 75
9.1 - Noções de administração de vendas: planejamento, estratégias, objetivos;.................................................................... 75
9.2 - análise do mercado, metas................................................................................................................................................................... 75
9.3 - Técnicas de vendas de Produtos e Serviços financeiros o setor bancário: planejamento, técnicas;........................ 75
9.4 - motivação para vendas;.......................................................................................................................................................................... 75
9.5 - Produto, Preço, Praça, Promoção;...................................................................................................................................................... 84
9.6 - Vantagem competitiva;........................................................................................................................................................................... 85
9.7 - Como lidar com a concorrência;......................................................................................................................................................... 86
9.8 - Noções de Imaterialidade ou intangibilidade, Inseparabilidade e Variabilidade dos produtos bancários........... 90
9.9 - Manejo de carteira de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica........................................................................................................ 90
9.10 - Noções de Marketing de Relacionamento................................................................................................................................... 91
9.11 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada).............................................. 92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

A atuação das instituições que integram o subsistema


operativo é caracterizada pela sua relação de subordinação
1 - ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO à regulamentação estabelecida pelo CMN e pelo Bacen. As
NACIONAL. instituições podem sofrer penalidades caso não cumpram as
1.1 - CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. normas editadas pelo CMN. As multas vão desde as pecu-
1.2 - BANCO CENTRAL DO BRASIL. niárias até a própria suspensão da autorização de funciona-
1.3 - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. mento dessas instituições e seus dirigentes.1
1.4 - CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA
O Sistema Financeiro Nacional
FINANCEIRO NACIONAL.
Conjunto de instituições financeiras e instrumentos fi-
1.5 - BANCOS COMERCIAIS. nanceiros que visam transferir recursos dos agentes econô-
1.6 - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. micos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os
1.7 - COOPERATIVAS DE CRÉDITO. deficitários.
1.8 - BANCOS DE INVESTIMENTO. Sistemas financeiros são definidos pelo conjunto de
1.9 - BANCOS DE DESENVOLVIMENTO. mercados financeiros existentes numa dada economia, pelas
1.10 - SOCIEDADES DE CRÉDITO, instituições financeiras participantes e suas inter-relações e
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO pelas regras de participação e intervenção do poder público
nesta atividade. Uma conceituação mais abrangente de sis-
(FINANCEIRAS).
tema financeiro poderia ser a de um conjunto de instituições
1.11 - SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO dedicado ao trabalho de propiciar condições satisfatórias
MERCANTIL. para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupado-
1.12 - SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E res e investidores. O mercado financeiro, onde se processam
VALORES MOBILIÁRIOS. essas transações, permite que um agente econômico (um
1.13 - SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE indivíduo ou uma empresa, por exemplo), sem perspectivas
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS. de aplicação em algum empreendimento próprio, da pou-
pança que é capaz de gerar (denominado agente econô-
1.14 - BM&FBOVESPA.
mico superavitário), seja colocado em contato com outro,
1.15 - SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E cujas perspectivas de investimento superem as respectivas
CUSTÓDIA (SELIC). disponibilidades de poupança (denominado agente econô-
1.16 - CETIP S.A. mico deficitário).
1.17 - SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO. Para que possamos entender por que sistemas financei-
1.18 - ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E ros são organizados de forma tão diferenciada nos diversos
EMPRÉSTIMO. países, as qualidades e limitações de cada tipo de sistema
financeiro, e sua evolução, é preciso conhecer as razões ma-
teriais que levaram à criação de cada tipo de sistema, mas
também, e principalmente, sua história e a da sociedade em
Depois de uma breve síntese, faremos uma abordagem que se insere.
mais detalhada sobre o sistema financeiro nacional. Com este propósito, seguem-se alguns tópicos sobre a
A função do Sistema Financeiro Nacional-SFN é a de formação do Sistema Financeiro Nacional, a sua evolução re-
ser um conjunto de órgãos que regulamenta, fiscaliza e cente e a sua estrutura atual.
executa as operações necessárias à circulação da moeda
e do crédito na economia. É composto por diversas ins- A Evoluçäo do Sistema Financeiro Nacional (SFN) até
1964/65
tituições. Se o dividirmos, teremos dois subsistemas. O
Do Império aos Primeiros Anos da República
primeiro é o normativo, formado por instituições que es-
O surgimento da intermediaçäo financeira no Brasil
tabelecem as regras e diretrizes de funcionamento, além
coincide com o término do período colonial, no decurso do
de definir os parâmetros para a intermediação financeira qual prevaleceram idEias e procedimentos de política eco-
e fiscalizar a atuação das instituições operativas. Tem em nômica mercantilista, que bloqueavam quaisquer iniciativas
sua composição: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o que promovessem o desenvolvimento da colônia, conforme
Banco Central do Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mo- os interesses da Coroa portuguesa. As grandes companhias
biliários (CVM) e as Instituições Especiais (Banco do Brasil, de comércio dominavam o cenário econômico do Brasil co-
BNDES e Caixa Econômica Federal). lonial, exercendo grande influência, não só na distribuição
O segundo subsistema é o operativo. Em sua compo- como no próprio financiamento da produção interna.
sição estão as instituições que atuam na intermediação fi- Com a transferência da família real para o Brasil, em
nanceira e tem como função operacionalizar a transferên- 1808, criaram-se as pré-condiçöes necessárias para o sur-
cia de recursos entre fornecedores de fundos e os tomado- gimento da intermediaçäo financeira no país, mediante a
res de recursos, a partir das regras, diretrizes e parâmetros constituição de bancos comerciais. Com a abertura dos
definidos pelo subsistema normativo. Estão nessa catego- portos, com a celebração de novos acordos comerciais e
ria as instituições financeiras bancárias e não-bancárias, o com a articulação de relações econômicas e financeiras
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), além 1 Fonte: https://www.febraban.org.br
das instituições não financeiras e auxiliares.

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

com a Europa, as colônias africanas e asiáticas e diversos denominação de Banco do Brasil (o quarto estabelecimen-
países sul-americanos, tornou-se necessária a implantação to sob esta denominação e o terceiro a funcionar efetiva-
de um mercado financeiro capaz de dar assistência às ativi- mente). Surgiram, na mesma época, novas casas bancárias,
dades de importação e exportação. também com autorização para emissão de notas bancárias,
Estabelecidas estas pré-condições, foi então criada, em como o Banco Comercial e Agrícola e o Banco Rural e Hi-
outubro de 1808, a primeira instituiçäo financeira do país, potecário (ambos no Rio de Janeiro), o Banco da Província
o Banco do Brasil, cujas operaçöes seriam iniciadas só um do Rio Grande do Sul e o Banco Comercial do Pará.
ano depois, em 1809, devido, principalmente, às dificuldades A partir do início da década de 1860, as atividades de
de subscrição do capital mínimo requerido para o início de intermediaçäo financeira no país seriam ampliadas, com a
suas atividades. As operaçöes permitidas abrangiam, privile- chegada dos primeiros bancos estrangeiros. Os dois pri-
giadamente, o desconto de letras de câmbio, o depósito de meiros (ambos em 1863) foram o London & Brazilian Bank
metais preciosos, papel-moeda e diamantes, a emissäo de e o The Brazilian and Portuguese Bank. À mesma época
notas bancárias, a captaçäo de depósitos a prazo, o mono- (1866), capitalistas alemães fundaram o Deutsche Brasilia-
pólio da venda de diamantes, pau-brasil e marfim e o direito nische Bank, cujas atividades foram encerradas em 1875,
exclusivo das operaçöes financeiras do governo. após acirrada concorrência com os bancos ingleses que
Devido ao fraco desempenho da economia de exporta- operavam no país.
ção no início do Império e ainda ao fato do Banco do Bra- No final do Império, a libertação dos escravos (1888)
sil converter-se em fornecedor de recursos não lastreados alterou substancialmente a ordem econômica e financei-
para o governo, a continuidade de suas operaçöes tornou-se ra do país. A liberdade concedida a 800.000 escravos ani-
insustentável com a volta de Dom Joäo VI a Portugal em quilou fortunas rurais, motivou perdas de 40% a 50% das
1821. Esse monarca teria recambiado para Portugal boa colheitas, provocou a escassez e a inflação e motivou um
parte do lastro metálico depositado no banco, com o que primeiro surto de industrialização. Ainda no Império, para
se enfraqueceu a já abalada confiança nessa primeira insti- atender às pressões por maior volume de crédito, em vir-
tuição financeira no país. Oito anos depois, em 1829, após tude da expansão da massa salarial e das necessidades de
insustentável período crítico, seria autorizada a liquidaçäo financiamento dos novos empreendimentos, o poder emis-
do primeiro Banco do Brasil, cujas operaçöes se encerraram sor, que se encontrava a cargo do Tesouro, foi estendido
definitivamente em 1835, a despeito das muitas tentativas aos bancos.
empreendidas para evitar sua extinçäo. Este clima econômico e financeiro prosseguiu nos pri-
Em vez de cumprir funções básicas de intermediação meiros anos do governo republicano. Embora a criação de
para o crescimento das atividades produtivas internas, este
meios de pagamento tenha sido redisciplinada, a expansão
banco converteu-se em fornecedor de recursos para pagar
imoderada de crédito não foi interrompida. No entanto, em
as despesas governamentais, basicamente decorrentes das
seguida a um curto período de crescimento acelerado, não
compensaçöes devidas a Portugal em funçäo do reconhe-
tardaram a aparecer focos de especulaçäo. Houve o enci-
cimento da independência do Brasil, das despesas militares
lhamento (1889/91), período caracterizado pela galopante
com a guerra no sul do país (anexação da Província Cispla-
tina) e dos gastos com a criaçäo de um exército e de uma expansão dos meios de pagamento, pela excitação das ati-
marinha de guerra (Lopes & Rossetti, p.308). vidades de intermediação financeira e por decorrente surto
Em 1833, foi aprovada a criaçäo de um segundo Banco inflacionário.
do Brasil. Mas, em virtude dos traumas decorrentes do insu- Após o Encilhamento, o país foi conduzido a uma fase
cesso da experiência pioneira, näo se conseguiu a subscriçäo de contra-reforma (1892-1906), caracterizada, nos três pri-
do capital mínimo exigido para sua instalaçäo. meiros anos, por um esforço de estabilização e, nos dois
Em 1836 foi estabelecido o primeiro banco comercial anos subseqüentes, por breve relaxamento da austeridade
privado do país, o Banco do Ceará, que, entretanto, encerrou implantada e, finalmente, já então na virada do século, por
suas atividades em 1839, basicamente em função da conces- generalizada recessão.
säo de créditos a longo prazo, sem que houvesse captaçöes Os esforços de estabilizaçäo pós-encilhamento leva-
de recursos também resgatáveis a longo prazo. ram o sistema bancário do país, inclusive o Banco do Brasil,
Havia, entretanto, condiçöes para que se implantassem a enfrentar dificuldades operacionais. Resultaram daí novas
no país atividades de intermediaçäo financeira, sobretudo se fusöes bancárias, envolvendo o próprio Banco do Brasil,
ligadas ao setor cafeeiro e aos projetos financeiramente viá- que em 1892 se incorporou ao Banco da República dos Es-
veis no setor de infra-estrutura econômica. Assim, em 1838, tados Unidos do Brasil, resultando no Banco da Repúbli-
um grupo privado criou e estabeleceu o Banco Comercial do ca do Brasil. Verificaram-se outras fusöes e incorporaçöes,
Rio de Janeiro. A solidez e o crescimento dessa instituição notadamente nos cinco primeiros anos do século, quando,
ensejaram o surgimento, em outras praças, de outras insti- entäo, näo resistindo à recessäo econômica do período,
tuições congêneres, como o Banco da Bahia (1845), o Banco muitas casas bancárias foram liquidadas. O próprio Banco
do Maranhão (1847) e o Banco de Pernanbuco (1851). da República do Brasil (o quarto a funcionar) foi também
Também em 1851 foi constituído o terceiro Banco do liquidado em 1905.
Brasil (o segundo a funcionar com este nome), por iniciativa A partir de 1906, ao final da crise financeira do início
do Baräo de Mauá. Dois anos depois, em 1853, verificar- do século, a intermediaçäo financeira no país voltou gra-
se-ia no país a primeira experiência de fusäo bancária: os dativamente à normalidade. Nesse ano foram reativadas as
Bancos Comercial do Rio de Janeiro e do Brasil fundiam-se operaçöes do Banco do Brasil, o quinto a funcionar sob
com o objetivo de criar um novo estabelecimento, sob a esta denominaçäo (Lopes & Rossetti, p.310).

2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

O Período das Guerras e da Depressäo Arrecadação de Tributos e Pagamento de Benefícios


O período que se estende de 1914 a 1945 apresentou Até a década de 60, quase todo o relacionamento en-
considerável importância no quadro da intermediaçäo finan- tre população e órgãos públicos era feito diretamente entre
ceira no Brasil. Entre os principais, são destacados os seguintes: as partes. Cada entidade mantinha a própria estrutura para
• expansäo do sistema de intermediaçäo financeira de arrecadação de impostos e taxas de serviços, ou para o paga-
curto e médio prazos no país; mento de benefícios. Assim, na maioria dos municípios, eram
• disciplinamento, integração e ampliaçäo do nível de mantidas as Coletorias Federais e Estaduais. As empresas de
segurança da intermediaçäo financeira no país, mediante a serviços públicos (luz, água, gás e telefone), por sua vez, man-
criaçäo da Inspetoria Geral dos Bancos (1920), posteriormente tinham órgãos específicos para a arrecadação das taxas que
substituída pela Caixa de Mobilizaçäo e Fiscalizaçäo Bancária lhes eram devidas. Por outro lado, os bancos constituíam-se
(1942), a instalaçäo da Câmara de Compensaçäo (1921) e a em pequenas redes de agências, voltadas basicamente para
implantaçäo da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil os serviços de depósitos e descontos. As funções de caixa e
(1921); empréstimo a clientes eram os objetivos únicos da empre-
• elaboraçäo de projetos com vista à criaçäo de insti- sa bancária. Com o desenvolvimento da sociedade brasileira,
tuiçöes especializadas no financiamento de longo prazo. Mas a crescente complexidade das relações econômicas e o au-
a vigência da Lei da Usura, de 1933, que estabelecia um teto mento na execução de serviços públicos e na concessão de
máximo de 12% ao ano para a taxa nominal de juros, teria benefícios, os sistemas de arrecadação próprios passaram a
retardado o surgimento espontâneo de intermediários finan- consumir recursos crescentes. Por outro lado, para os bancos,
ceiros bancários ou näo bancários dispostos a operar a longos o desenvolvimento da economia possibilitou a disseminação
prazos em um contexto de inflaçäo crescente (a criação do de sua rede de agências por todo o território nacional, para
Banespa, em São Paulo, e do Banrisul (então BERGS), no Rio atender à crescente necessidade de transferência de ativos fi-
Grande do Sul, ocorreu nessa época); nanceiros entre as entidades econômicas. Estruturados para
• início de estudos e esforços convergentes para a processar com rapidez as transferências de numerário, os
criaçäo de um Banco Central no país. bancos passaram a substituir as coletorias e postos de rece-
A captação de recursos e os empréstimos concedidos bimento de taxas de serviços públicos e pagamentos de be-
pelos bancos comerciais elevaram-se de forma consistente nefícios, servindo de intermediários entre os órgãos públicos
durante todo o período, não obstante a interrupção (não e o contribuinte.
muito acentuada) nos anos da Grande Depressão.
As Reformas de 1964-65 e a Evolução Posterior do SFN
Do Pós-Guerra às Reformas de 1964-65 A próxima fase da evolução da intermediação financei-
O período que se estende de 1945 a 1964 é geralmente ra no país inicia-se no biênio 1964-65, com quatro leis, que
considerado como de transição entre a estrutura ainda simples introduziram profundas alteraçöes na estrutura do sistema
de intermediação financeira que se firmou ao longo da primeira financeiro nacional:
metade do século e a complexa estrutura montada a partir das • Lei n. 4.357, de 1964 (Lei da Correção Monetária),
reformas institucionais de 1964-65. Nesses vinte anos de tran- que instituiu normas para a indexação de débitos fiscais, criou
siçäo, em paralelo às mudanças que se observaram em toda a títulos públicos federais com cláusula de correção monetária
estrutura da economia do país, o sistema financeiro nacional foi (ORTN), destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público
objeto de marcantes transformaçöes. As principais foram: e promover investimentos. Esta foi a solução buscada para
• a consolidaçäo e penetraçäo no espaço geográfico o problema da limitação da taxa de juros em 12% ao ano,
da rede de intermediaçäo financeira de curto e médio prazos, imposta pela Lei da Usura, ao lado da persistência de infla-
com a expansäo do número de agências bancárias nas dife- ção anual acima desse patamar, o que limitava a capacidade
rentes regiöes do país; do poder público financiar-se mediante a emissão de títulos
• a implantaçäo de órgäo normativo, de assessoria e próprios, restando-lhe apenas a emissão primária de moeda.
de fiscalizaçäo do sistema financeiro, como primeiro passo • Lei n. 4.380, de 21.08.64 (Lei do Plano Nacional da
para a criaçäo de um banco central no país, a Superintendên- Habitação), que instituiu a correçäo monetária nos contra-
cia da Moeda e do Crédito - SUMOC; tos imobiliários, criou o Banco Nacional da Habitaçäo-BNH e
• a criaçäo de uma instituiçäo de fomento, o Banco institucionalizou o Sistema Financeiro da Habitaçäo, criou as
Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDE, para a cen- Sociedades de Crédito Imobiliário e as Letras Imobiliárias. O
tralizaçäo e a canalizaçäo de recursos de longo prazo, inicial- BNH tornou-se o órgão gestor do Sistema Brasileiro de Habi-
mente destinados à implantaçäo de infra-estrutura no país; tação (também denominado Sistema Brasileiro de Poupança
• a criaçäo de instituiçöes financeiras de apoio a re- e Empréstimo-SBPE), destinado a fomentar a construção de
giöes carentes, como o Banco do Nordeste do Brasil - BNB, casas populares e obras de saneamento e infraestrutura ur-
o Banco de Crédito da Amazônia e, já no final do período, o bana, com moeda própria (UPC-Unidade Padrão de Capital)
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE; e seus próprios instrumentos de captação de recursos: Letras
• desenvolvimento espontâneo de companhias de Hipotecárias, Letras Imobiliárias e Cadernetas de Poupança.
crédito, financiamento e investimento, para a captaçäo e Posteriormente, a esses recursos foram adicionados os do
aplicaçäo de recursos em prazos compatíveis com a cres- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço-FGTS. Esta lei
cente demanda de crédito para o consumo de bens durá- buscou incentivar a criação de empregos na construção
veis e bens de capital, em decorrência da implantaçäo de civil, como solução para o emprego de mão-de-obra não
novos setores industriais no país, produtores desses bens qualificada, no cenário econômico de recessão que carac-
(Lopes; Rossetti, p.315). terizou os anos 1960.

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

• Lei n. 4.595, de 31.12.64 (Lei da Reforma do Sis- • Lei n. 6.404, de 1976 (Lei das Sociedades Anôni-
tema Financeiro Nacional), que dispôs sobre a política e mas), que estabeleceu regras quanto às características,
as instituiçöes monetárias, bancárias e creditícias, criou o forma de constituição, composição acionária, estrutura de
Conselho Monetário Nacional-CMN e o Banco Central do demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos
Brasil e foi a base da reforma bancária, reestruturando o e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais.
sistema financeiro nacional, mediante o estabelecimento de Esta lei veio ao encontro da necessidade de atualização da
normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedi- legislação sobre as sociedades anônimas brasileiras, espe-
mentos de qualificação aos quais as entidades do sistema cialmente quanto aos aspectos de composição acionária,
deveriam se subordinar, bem como definiu as característi- negociação de valores mobiliários (ações, debêntures etc.) e
cas e as áreas específicas de atuaçäo das instituiçöes finan- modernização do fluxo de informação.
ceiras. Esta lei reordenou os órgãos de aconselhamento e • Lei n. 10.303, de 2001 (Nova Lei das S.A.), Decreto
de gestão da política monetária, do crédito e das finanças 3.995 e MP 8 (estes de 2002), que consolidam os dispositi-
públicas, até então concentrados no Ministério da Fazenda, vos da Lei da CVM e da Lei das S.A., melhorando a proteção
na Superintendëncia da Moeda e do Crédito-SUMOC e no aos minoritários e dando força à ação da CVM como órgão
Banco do Brasil, estrutura esta que não mais suporava os regulador e fiscalizador do mercado de capitais, incluindo
crescentes encargos e responsabilidades da condução da os fundos de investimento e os mercados de derivativos. A
política econômica. quesão associada a esta legislação é que o mercado de ca-
• Lei n. 4.728, de 14.07.65 (Lei do Mercado de Ca- pitais cada vez mais perdia espaço para o exterior pela au-
pitais), que disciplinou e reformou o mercado de capitais, sência de proteção ao acionista minoritário e insegurança
bem como estabeleceu medidas para seu desenvolvimento. quanto às aplicações financeiras.
Estabeleceu normas e regulamentos básicos para a estrutu- O elenco de normas e a disciplina operacional säo im-
ração de um sistema de investimentos destinado a apoiar o postos ao sistema por meio de resoluçöes, circulares, instru-
desenvolvimento nacional e atender à crescente demanda çöes e atos declaratórios, direta ou indiretamente decorren-
por crédito. O problema de popularização do investimento tes de decisöes do CMN. O conjunto destes atos normativos
estava contido na nítida preferência dos investidores por compõe o MNI - Manual de Normas e Instruções do Banco
imóveis de renda e de reserva de valor. Ao governo inte- Central do Brasil.
ressava a evolução dos níveis de poupança internos e o seu A estrutura do SFN emergente da reforma de 1964/65
direcionamento para investimentos produtivos. foi a seguinte:
A partir desses institutos legais, o sistema financei- Sistema Financeiro Nacional:
ro brasileiro passou a contar com maior e mais diversifi-  Autoridades Monetárias
cado número de intermediários financeiros näo bancários,  Autoridades de Apoio
com áreas específicas e bem determinadas de atuaçäo. Ao  Instituições Financeiras
mesmo tempo, foi significativamente ampliada a pauta de
Autoridades Monetárias:
ativos financeiros, abrindo-se novo leque de opçöes para
 Conselho Monetário Nacional: Comissöes Consultivas
captaçäo e aplicaçäo de poupanças e criando-se, assim,
 Banco Central do Brasil
condiçöes mais efetivas para a ativaçäo do processo de in-
termediaçäo.
Autoridades de Apoio:
As reformas bancária e do mercado de capitais foram
 Comissäo de Valores Mobiliários
inspiradas no sistema norte-americano de organização do  Banco do Brasil S/A
sistema financeiro, voltando-se para a especialização das  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
instituições. Apesar desta opção, em virtude de condicio- Social
namentos econômicos e, em especial, da necessidade de
buscar economia de escala e melhor racionalização do sis- Instituições Financeiras:
tema, os bancos comerciais passaram a assumir o papel de  Bancos Comerciais Públicos e Privados
líderes de grandes conglomerados, no âmbito do qual atua-  Bancos Estaduais de Desenvolvimento
vam coordenadamente diversas instituições especializadas  Bancos Regionais de Desenvolvimento
nas diferentes modalidades financeiras que, embora com  Banco Nacional da Habitaçäo (BNH)
grande número de pequenos bancos regionais, passaram a  Caixa Econômica Federal (CEF)
deter o maior volume de negócios de intermediação finan-  Caixas Econômicas Estaduais
ceira e prestação de serviços.  Sociedades de Crédito Imobiliário
Nos anos subsequentes foram instituídas outras leis im-  Associaçöes de Poupança e Empréstimo
portantes para o reordenamento institucional do Sistema  Cooperativas Habitacionais
Financeiro Nacional, quais sejam:  Soc. de Créd. Financ. e Investimento
• Lei n. 6385, de 1976 (Lei da CVM), que criou a Co-  Bancos de Investimento
missão de Valores Mobiliários-CVM, transferindo do Banco  Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC)
Central a responsabilidade pela regulamentação e fiscaliza-  Cooperativas de Crédito
ção das atividades relacionadas ao mercado de valores mo-  Bolsas de Valores
biliários (ações, debêntures etc.). Esta lei deu solução à falta  Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
de uma entidade que absorvesse a regulação e fiscalização  Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
do mercado de capitais, especialmente no que se referia às  Seguradoras
sociedades de capital aberto.  Outras Instituiçöes

4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Na cúpula do subsistema normativo encontra-se, des- Outros Intermediários Financeiros e Administradores de


de então, o Conselho Monetário Nacional. Abaixo, encon- Recursos de Terceiros
tram-se o Banco Central do Brasil e a Comissäo de Valores Administradores de Consórcio
Mobiliários (criada pela Lei n. 6.385, de 07.12.76). Esses Sociedades de Arrendamento Mercantil
órgäos normativos regulam, controlam e fiscalizam as ins- Sociedades Corretoras de Câmbio
tituiçöes de intermediaçäo, disciplinando todas as moda- Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
lidades de operaçöes de crédito, ativas e passivas, assim Sociedades de Crédito Imobiliário
como a emissäo e distribuiçäo de valores mobiliários. Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobi-
Cabe ainda assinalar que se estabeleceram relaçöes es- liários
treitas entre o subsistema normativo e os agentes especiais Operadores (Supervisionados pela CVM)
do subsistema de intermediaçäo, porque a regulaçäo e o Bolsas de Mercadorias e de Futuros
controle do subsistema de intermediaçäo näo se realizam Bolsas de Valores
apenas por meio das normas legais expedidas pelas auto- Operadores (Supervisionados pela Susep e IRB)
ridades monetárias, mas também “pela oferta seletiva de Sociedades Seguradoras
crédito, levada a efeito pelo Banco do Brasil e pelo Banco Sociedades de Capitalização
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social” (Barbo- Entidades Abertas de Previdência Complementar
sa, op.cit. Lopes e Rossetti). Operadores (Supervisionados pela SPC)
As demais instituiçöes de intermediaçäo, bancárias, Entidades Fechadas de Previdência Complementar
näo bancárias e auxiliares, passaram a operar em segmen- (Fundos de Pensão)
tos específicos dos mercados monetário, de crédito, de Sistemas de Liquidação e Custódia
capitais e cambial, subordinando-se às normas emanadas Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC
dos órgäos superiores. Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Tí-
Atualmente, a estrutura institucional do Sistema Finan- tulos – CETIP
ceiro Nacional está composta na forma apresentada a se- Caixas de Liquidação e Custódia
guir, conforme o site do Banco Central do Brasil na internet.
No que tange às instituições financeiras, a Lei da Refor-
Órgãos Normativos ma Bancária (4.595/64), art. 17, caracteriza-as da seguinte
Conselho Monetário Nacional - CMN forma: “Consideram-se instituições financeiras, para os efei-
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP tos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas e
Conselho de Gestão de Previdência Complementar – privadas, que tenham como atividade principal ou acessória
CGPC a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos finan-
Entidades Supervisoras ceiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou es-
Banco Central do Brasil – Bacen e Comissão de Valores trangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros”.
Mobiliários – CVM (vinculados ao CMN) Em complemento, no seu parágrafo único, estabelece:
Superintendência de Seguros Privados – Susep e IRB – “Para os efeitos desta Lei e da legislação em vigor, equipa-
Brasil Resseguros (vinculados ao CNSP) ram-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exer-
Secretaria de Previdência Complementar – SPC (vincu- çam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma
lada ao CGPC) permanente ou eventual”.
Operadores (Supervisionados pelo Bacen)
Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vis- Os Órgãos Normativos (autoridades monetárias) do
ta SFN
Bancos Múltiplos (inclusive o Banco do Brasil) O Conselho Monetário Nacional
Bancos Comerciais Como órgão normativo, por excelência, não lhe cabem
Caixa Econômica Federal funções executivas, sendo o responsável pela fixação das
Cooperativas de Crédito (e Bancos Cooperativos) diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do País.
Pelo envolvimento destas políticas no cenário econômico
Demais Instituições Financeiras nacional, o CMN acaba transformando-se num conselho de
Agências de Fomento política econômica.
Associações de Poupança e Empréstimo Ao longo da sua existência, o CMN teve diferentes
Bancos de Desenvolvimento constituições de membros, de acordo com as exigências
Bancos de Investimento políticas e econômicas de cada momento, desde quatro
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So- membros, no governo Costa e Silva, até 15 membros, no
cial (BNDES) governo Sarney. A Medida Provisória no. 542, de 30.06.94,
Companhias Hipotecárias que editou o Plano Real, simplificou a composição do CMN,
Cooperativas Centrais de Crédito caracterizando seu perfil monetário, que passou a ser inte-
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento grado pelos seguintes membros:
Sociedades de Crédito Imobiliário • Ministro da Fazenda (Presidente),
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor • Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão,
• Presidente do Banco Central.

5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

O CMN é a entidade superior do sistema financeiro, sen- • banco dos bancos;


do sua competência:  depósitos compulsórios;
• adaptar o volume dos meios de pagamento às reais  redescontos de liquidez;
necessidades da economia nacional e ao seu processo de de- • gestor do Sistema Financeiro Nacional;
senvolvimento;  normas, autorizações, fiscalização, intervenção;
• regular o valor interno da moeda, prevenindo ou • executor da política monetária;
corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de ori-  determinação da taxa Selic;
gem interna ou externa;  controle dos meios de pagamento (liquidez do
• regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do mercado);
balanço de pagamentos do país;  orçamento monetário, instrumentos de política
• orientar a aplicação dos recursos das instituições fi- monetária;
nanceiras públicas ou privadas, de forma a garantir condições • banco emissor de moeda;
favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacio-
 emissão do meio circulante;
nal;
 saneamento do meio circulante;
• propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos
• banqueiro do governo;
instrumentos financeiros, de forma a tornar mais eficiente o
sistema de pagamento e mobilização de recursos;  financiamento ao Tesouro Nacional (via compra e
• zelar pela liquidez e pela solvência das instituições venda de títulos públicos);
financeiras;  administração da dívida pública interna e externa;
• coordenar as políticas monetária, creditícia, orça-  gestor e fiel depositário das reservas internacio-
mentária, fiscal e da dívida pública interna e externa; e nais do país;
• estabelecer a meta de inflação.  representante, junto às intituições financeiras in-
ternacionais, do Sistema Financeiro Nacional;
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) • centralizador do fluxo cambial;
É o órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da  normas, autorizações, registros, fiscalização, inter-
política de seguros privados. É composto pelo Ministro da venção.
Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça,
representante do Ministério da Previdência Social, Superin- Em resumo, é por meio do BC que o estado intervém
tendente da Superintendência de Seguros Privados, represen- diretamente no sistema financeiro e, indiretamente, na
tante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão economia.
de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: Para poder atuar como autoridade monetária plena, o
• regular a constituição, organização, funcionamento e fis- Banco Central exigiu cerca de 25 anos de aprimoramento.
calização dos agentes que exercem atividades subordinadas ao Sis- As dificuldades residiam no fato de, até a sua criação, as
tema Nacional de Seguros Privados, inclusive aplicar penalidades; funções de banco central estarem sendo exercidas pela
• fixar itens gerais dos contratos de seguro, previdên- Superintendência da Moeda e do Crédito, pelo Banco do
cia privada aberta, capitalização e resseguro; Brasil e pelo Tesouro Nacional. A Sumoc tinha a finalidade
• prescrever os critérios de constituição das Socieda- de exercer o controle monetário, a fiscalização dos bancos
des Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência comerciais e a orientação da política cambial. O Banco
Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites le- do Brasil era o executor das normas estabelecidas pela
gais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corre- Sumoc e exercia as funções de Banco do Governo Federal,
tagem de seguros e a profissão de corretor.
controlador das operações de comércio exterior, recebe-
dor dos depósitos compulsórios e voluntários dos bancos
O Conselho de Gestão de Previdência Complementar
comerciais e, ainda, Banco de crédito agrícola, comercial
(CGPC)
É um órgão colegiado que integra a estrutura do Minis- e industrial. O Tesouro Nacional era o órgão emissor de
tério da Previdência Social e cuja competência é regular, nor- papel-moeda.
matizar e coordenar as atividades das Entidades Fechadas de Assim, o Banco Central do Brasil era o banco emissor,
Previdência Complementar (fundos de pensão). Também cabe mas realizava as emissões em função das necessidades do
ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos Banco do Brasil. Era também o banco dos bancos, mas não
contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar. detinha com exclusividade os depósitos das instituições
financeiras. Era agente financeiro do Governo, pois fora
As Entidades Supervisoras do SFN encarregado de administrar a dívida pública federal, mas
O Banco Central do Brasil não era o caixa do Tesouro Nacional, tendo em vista que
A Superintendência da Moeda e do Crédito, através da esta função era atribuída ao Banco do Brasil. Também era
Lei n. 4.595, de 31.12.64, foi transformada em autarquia fe- o órgão formulador e executor da política de crédito, mas
deral, tendo sede e fôro na Capital da República, sob a deno- não tinha o pleno controle do crédito, porque outros orga-
minaçäo de Banco Central do Brasil. Além da sua sede em nismos governamentais tinham idêntico poder.
Brasília, o BC (ou Bacen) possui representações regionais Operacionalmente, os recursos do Banco Central eram
em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, acessados automaticamente pelo Banco do Brasil, através
Rio de Janeiro e São Paulo. O Bacen pode ser considerado da “Conta Movimento”, para expansão do crédito e para o
como: custeio do Governo. Até 1988, as funções de autoridade

6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

monetária exercidas pelo Banco do Brasil foram progressi- • certificados de depósito de valores mobiliários;
vamente transferidas ao Banco Central, e as atividades de • cédulas de debêntures;
administração da dívida pública federal, que vinham sendo • cotas de fundos de investimento em valores mo-
exercidas pelo Banco Central, foram transferidas ao Tesou- biliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos;
ro Nacional. • notas comerciais;
• contratos futuros, de opções e outros derivativos,
A Comissão de Valores Mobiliários cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
A Comissão de Valores Mobiliários-CVM foi criada pela • outros contratos derivativos, independentemente
Lei 6.385, em 07/12/1976, e ficou conhecida como a Lei dos ativos subjacentes; e,
da CVM, pois, até aquela data, faltava uma entidade que • quando ofertados publicamente, quaisquer outros
absorvesse a regulação e a fiscalização do mercado de ca- títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem
pitais, especialmente no que se referia às sociedades de direito de participação, de parceria ou de remuneração,
capital aberto. A CVM fixou-se, portanto, como um órgão inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendi-
normativo do sistema financeiro, especificamente voltado mentos advêm do esforço do empreendedor ou de tercei-
para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do ros.
mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema
financeiro e pelo Tesouro Nacional - basicamente, o mer- Foram textualmente excluídos do regime da nova Lei:
cado de ações e debêntures, cupões desses títulos e bônus • os títulos da dívida pública federal, estadual ou
de subscrição. É uma entidade auxiliar, autônoma e des- municipal;
centralizada, mas vinculada, como autarquia, ao Governo • os títulos cambiais de responsabilidade de institui-
Federal. ção financeira, exceto as debêntures.
A Lei 10.303, mais popularmente conhecida como a Em resumo, sob a ótica da Bovespa e da SOMA (So-
Nova Lei das S.A., editada em 30/01/2001 consolidou e al- ciedade Operadora do Mercado de Ativos), a CVM tem
terou os dispositivos da Lei 6.404, de 15/12/1976, Lei das por objetivos fundamentais: a) estimular a aplicação de
Sociedades Anônimas, da Lei da CVM e das pequenas mo- poupança no mercado acionário; b) assegurar o funciona-
dificações em ambas introduzidas, anteriormente, pela Lei mento eficiente e regular das bolsas de valores e de outras
9.457, de 15/05/1997. instituições auxiliares que operam nesse mercado; c) pro-
Os poderes fiscalizatório e disciplinador da CVM foram
teger os titulares de valores mobiliários (notadamente os
ampliados para incluir as Bolsas de Mercadorias e Futuros,
pequenos e minoritários) contra emissões irregulares e ou-
as entidades do mercado de balcão organizado e as en-
tros tipos de atos ilegais, que manipulem preços de valores
tidades de compensação e liquidação de operações com
mobiliários nos mercados primário e secundário de ações;
valores mobiliários que, da mesma forma que a Bolsa de
d) fiscalização da emissão, do registro, da distribuição e da
Valores, funcionam como órgãos auxiliares da Comissão de
negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas
Valores Mobiliários.
de capital aberto.
Elas operam com autonomia administrativa, financei-
ra e patrimonial e responsabilidade de fiscalização direta
de seus respectivos membros e das operações com valores Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio-
mobiliários que nelas realizadas, mas, sempre, sob a super- nal
visão da CVM.
Sob a disciplina e a fiscalização da CVM foram consoli- O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacio-
dadas as seguintes atividades: nal (CRSFN) é um conselho que julga em segunda e última
• emissão e distribuição de valores mobiliários no instância administrativa os recursos interpostos contra Ba-
mercado; Cen, CVM e Secretaria de Comércio Exterior (do Ministério
• negociação e intermediação no mercado de valo- de Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
res mobiliários; O - CRSFN foi criado pelo Decreto n° 91.152, de
• negociação e intermediação no mercado de deri- 15.03.85. Transferiu-se do Conselho Monetário Nacional -
vativos; CMN para o CRSFN a competência para julgar, em segunda
• organização, funcionamento e operações das Bol- e última instância administrativa, os recursos interpostos
sas de Valores; das decisões relativas à aplicação das penalidades adminis-
• organização, funcionamento e operações das Bol- trativas referidas nos itens I a IV do art. 1° do referido De-
sas de Mercadorias e Futuros; creto. Permanece com o CMN a competência residual para
• auditoria das companhias abertas; julgar os demais casos ali previstos, por força do disposto
• serviços de consultor e analista de valores mobi- no artigo 44, § 5°, da Lei 4.595/64.
liários. Com o advento da Lei n° 9.069, de 29.06.95, mais espe-
cificamente em razão do seu artigo 81 e parágrafo único,
Redefiniram-se os valores mobiliários sujeitos ao regi- ampliou-se a competência do CRSFN, que recebeu igual-
me da nova Lei, como sendo: mente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos
• ações, debêntures e bônus de subscrição; interpostos contra as decisões do Banco Central do Brasil
• cupons, direitos, recibos de subscrição e certifica- relativas a aplicação de penalidades por infração à legis-
dos de desdobramento de valores mobiliários; lação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e

7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

industrial. O CRSFN tem o seu Regimento Interno aprova- • fiscalizar a constituição, organização, funciona-
do pelo Decreto n° 1.935, de 20.06.96, com a nova redação mento e operação das sociedades seguradoras, de capita-
dada pelo Decreto nº 2.277, de 17.07.97, dispondo sobre as lização, entidades de previdência privada aberta e ressegu-
competências, prazos e demais atos processuais vinculados radores, na qualidade de executora da política traçada pelo
às suas atividades. CNSP;
Atribuições • atuar no sentido de proteger a captação de poupan-
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em ça popular que se efetua através das operações de seguro,
segunda e última instância administrativa os recursos inter- previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
postos das decisões relativas às penalidades administrativas • zelar pela liquidez e solvência das sociedades que
aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Va- integram o mercado;
lores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior; nas • disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas
infrações previstas na legislação. entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de
O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recur- provisões técnicas;
sos de ofício, interpostos pelos órgãos de primeira instância, • cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e
das decisões que concluírem pela não aplicação das penali- exercer as atividades por este lhe delegadas;
dades previstas no item anterior. • prover os serviços de secretaria executiva do CNSP.
A atual composição do CRSFN é a seguinte:
• 2 representantes do Ministério da Fazenda; O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)
• 1 representante do BaCen; É sociedade de economia mista, com controle acio-
• 1 representante da CVM; nário da União, jurisdicionada ao Ministério da Fazenda, que
• 4 representantes das entidades privadas represen- conta com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e a
tativas de classe; retrocessão, além de promover o desenvolvimento das ope-
Fique atento porque a composição mudou há poucos rações de seguros no país.
anos. Na composição antiga havia 1 representante do Minis-
tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e apenas 1 A Secretaria de Previdência Complementar (SPC)
representante do Ministério da Fazenda. É um órgão do Ministério da Previdência Social, responsá-
As entidades representativas de classe são divididas em vel por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de pre-
2 grupos: as titulares e as suplentes. A idéia é bem óbvia, vidência complementar (fundos de pensão). A SPC se relaciona
caso um representante de uma entidade titular não puder com os órgãos normativos do sistema financeiro na observa-
participar da reunião, vai um suplente. São elas: ção das exigências legais de aplicação das reservas técnicas,
Titulares: fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdi-
• Associação Brasileira das Empresas de Capital Aber- ção são obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabeleci-
to (ABRASCA); das pelo Conselho Monetário Nacional. À SPC compete:
• Associação Brasileira das Entidades dos Mercados • propor as diretrizes básicas para o Sistema de Previ-
Financeiro e de Capitais (ANBIMA); dência Complementar;
• Comissão Nacional de Bolsas (CNB); • harmonizar as atividades das entidades fechadas de
• Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN); previdência privada com as políticas de desenvolvimento so-
Suplentes: cial e econômico-financeira do Governo;
• Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imo- • fiscalizar, supervisionar, coordenar, orientar e contro-
biliário e Poupança - ABECIP; lar as atividades relacionadas com a previdência complemen-
• Associação Nacional das Corretoras e Distribuido- tar fechada;
ras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias • analisar e aprovar os pedidos de autorização para
– ANCORD; constituição, funcionamento, fusão, incorporação, grupamen-
• Conselho Consultivo do Ramo Crédito da Organiza- to, transferência de controle das entidades fechadas de previ-
ção das Cooperativas Brasileiras – OCB/CECO; dência complementar, bem como examinar e aprovar os esta-
• Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – tutos das referidas entidades, os regulamentos dos planos de
IBRACON; benefícios e suas alterações;
Os representantes são indicados em lista tríplice e esco- • examinar e aprovar os convênios de adesão cele-
lhidos pelo Ministro da Fazenda (dão 3 opções de represen- brados por patrocinadores e por instituidores, em como
tante e o Ministro decide quem é o “melhor”). Eles têm man- autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração
dato de 2 anos e podem ser reconduzidos por mais 2 anos.2 especial em planos de benefícios operados pelas entidades
fechadas de previdência complementar, bem como propor ao
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) Ministro a decretação de intervenção ou liquidação das refe-
É autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, res- ridas entidades.
ponsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro,
previdência aberta e capitalização. Dentre suas atribuições Alguns Operadores do SFN
estão: Os Bancos Múltiplos
Após as reformas do início dos anos 1960, a mais signi-
2 Fonte: www.conhecimentosbancarios.blogspot.com. ficativa mudança introduzida no Sistema Financeiro Nacio-
br/ nal foi a instituiçäo dos Bancos Múltiplos, pela Resoluçäo n.
1.524, de 21.09.1988, do Banco Central do Brasil. Por esta

8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

resoluçäo, foi facultado aos bancos comerciais, bancos de • o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, das
desenvolvimento, bancos de investimento, sociedades de importâncias provenientes da arrecadação de tributos ou
crédito imobiliário e sociedades de crédito, financiamento e rendas federais; e,
investimento a organizaçäo opcional em uma única institui- • como principal executor dos serviços bancários
çäo financeira, através de processos de fusäo, incorporaçäo, de interesse do Governo Federal, inclusive suas autarquias,
cisäo e transformaçäo - ou ainda por constituiçäo direta. Os receber em depósito, com exclusividade, as disponibilida-
bancos múltiplos passaram a operar em todos os segmentos des de quaisquer entidades federais, compreendendo as
do sistema de intermediaçäo financeira, mediante as seguin- repartições de todos os ministérios civis e militares, institui-
tes carteiras especiais, sem vinculação entre as fontes de re- ções de previdência e outras autarquias, comissões, depar-
cursos captados e as suas aplicaçöes: tamentos, entidades em regime especial de administração
• carteira comercial; e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por
• carteira de desenvolvimento (no caso de bancos adiantamentos.
múltiplos públicos);
• carteira de investimentos (no caso de bancos múlti- Os Bancos Comerciais
plos privados);
Os bancos comerciais se dedicam à captação e aplica-
• carteira de crédito imobiliário;
ção de recursos financeiros em operações de curto e médio
• carteira de crédito, financiamento e investimento;
prazos, normalmente de até um ano, bem como prestam
• carteira de arrendamento mercantil.
serviços de pagamentos e recebimentos ao público em ge-
O Banco do Brasil ral, a partir de uma estrutura descentralizada que é propor-
O Banco do Brasil (BB) teve uma função típica de autori- cionada por sua capacidade de abrir agências bancárias.
dade monetária até janeiro de 1986, quando, por decisão do No Brasil, atualmente, os bancos comerciais geralmente
CMN, foi suprimida a conta movimento, que colocava o BB na estão integrados em uma estrutura de banco múltiplo, a
posição privilegiada de banco co-responsável pela emissão partir da qual exercem, total ou parcialmente, uma diversi-
de moeda, via ajustamento das contas das autoridades mo- ficada gama de operações monetárias e financeiras.
netárias e do Tesouro Nacional. Para atender aos seus objetivos, os bancos comerciais
No período do pós-guerra até as reformas de 1964-65, podem: a) descontar títulos; b) realizar operações de aber-
a despeito da criaçäo da SUMOC, o Banco do Brasil conti- tura de crédito simples ou em conta corrente (contas ga-
nuou exercendo funçöes executivas de autoridade monetária, rantidas); c) realizar operações especiais, inclusive de cré-
atuando como banco dos bancos, agente financeiro do go- dito rural, de câmbio e comércio internacional; d) captar
verno, depositário e administrador das reservas internacionais depósitos à vista e a prazo e recursos nas instituições ofi-
do país e emprestador de última instância do sistema finan- ciais, para repasse aos clientes; e) obter recursos externos
ceiro. para repasse; e f) efetuar a prestação de serviços, inclusive
Após as reformas de 1964-65, o Banco do Brasil perdeu a mediante convênio com outras instituições.
maior parte das atribuiçöes típicas de um banco central, como É importante frisar que a captação de depósitos à vista,
a Carteira de Redescontos, a Caixa de Mobilizaçäo Bancária, a que nada mais são do que as contas correntes livremente
concessäo de créditos ao Tesouro Nacional. Com a reforma de movimentáveis, é a atividade básica dos bancos comerciais,
1986, e as conseqüentes redefiniçöes de papéis do Bacen e do configurando-os como instituições financeiras monetárias.
Banco do Brasil, este passou a operar sob padröes bem pró- Tal captação de recursos, junto com a captação via CDB e
ximos de um banco comercial qualquer. Hoje, o BB é um con- RDB, cobrança de títulos e arrecadação de tributos e tari-
glomerado financeiro de ponta, que, aos poucos, se ajustou fas públicas, permite aos bancos repassar tais recursos aos
à estrutura de um banco múltiplo tradicional, embora ainda seus clientes, em especial às empresas, sob a forma de em-
opere, em muitos casos, como agente financeiro do Gover-
préstimos que vão girar a atividade produtiva (estoques,
no Federal. É o principal executor da política oficial de crédito
salários etc.).
rural. Conserva, ainda, funções que não são próprias de um
banco comercial comum, mas típicas do parceiro principal do
governo federal na prestação de serviços bancários, como: A Caixa Econômica Federal
• administrar a Câmara de Compensação de cheques As caixas econômicas são instituições de cunho emi-
e outros papéis; nentemente social, concedendo empréstimos e finan-
• efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à ciamentos a programas e projetos de assistência social,
execução do Orçamento Geral da União; saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte,
• a aquisição e o financiamento dos estoques de pro- sendo seu único representante, hoje, a Caixa Econômica
dução exportável; Federal, resultado da unificação, pelo Decreto-Lei 759, de
• agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora 12/08/1969, das 23 Caixas Econômicas Federais até então
do país; existentes.
• a execução da política de preços mínimos dos pro- Suas origens confundem-se com as dos primeiros ban-
dutos agropastoris; cos comerciais. Estes, pela falta de interesse em captar pe-
• a execução do serviço da dívida pública consolidada; quenos valores e pelos altos riscos dos empreendimentos
• a realização, por conta própria, de operações de em que se envolviam, afastavam os pequenos depositantes.
compra e venda de moeda estrangeira e, por conta do BC, Assim, surgida da iniciativa particular, a primeira caixa eco-
nas condições estabelecidas pelo CMN; nômica que se constituiu no país (Rio de Janeiro) remonta

9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

a 1831, que näo obteve êxito. Em 1860, o Governo Imperial Através da Resolução 2.788, de 30/11/2000, o BC
criou outra instituiçäo do gênero, que começou a operar renovou as regras para a constituição de bancos coopera-
em 1861 (que corresponde hoje à Caixa Econômica Federal tivos, cuja atuação deve observar no cálculo do patrimônio
do Rio de Janeiro). Em 1955, o Parlamento rejeitou projeto líquido exigido os mesmos fatores e parâmetros estabe-
de lei para autorizar a caixa a conceder financiamentos para lecidos pela regulamentação em vigor para os bancos co-
a casa própria, permanecendo suas operaçöes limitadas merciais e múltiplos.
ao atendimento de necessidades populares de curto pra-
zo. Atendendo a essa faixa de crédito, a caixa federal abriu As Cooperativas de Crédito
agências em todos os Estados da Uniäo. Ao mesmo tempo, A Lei 5.764, de 16/12/1971, definiu a Política Nacio-
devido a sua reduzida flexibilidade operacional, ensejou o nal de Cooperativismo como sendo a atividade decorrente
aparecimento de caixas estaduais, inicialmente em Säo Pau- das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias
lo, Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás. Mas só de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre
a partir de 1964, com a instituiçäo do mecanismo da corre-
si, desde que reconhecido o seu interesse público, e insti-
çäo monetária, com a criaçäo das cadernetas de poupança e
tuiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. Na lei
com a integraçäo das caixas econômicas no SFH e no SBPE,
ficou estabelecido que celebram o contrato de sociedade
é que as atividades dessas instituiçöes foram dinamizadas.
Hoje encontram-se todas extintas, exceto a CEF. A CEF cooperativa as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a
é uma instituição financeira responsável pela operacionali- contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma
zação das políticas do Governo Federal para habitação po- atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de
pular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais lucro, e classificou as sociedades cooperativas como:
como o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. • singulares, as constituídas pelo número mínimo de
À CEF é permitido atuar nas áreas de atividades 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permiti-
relativas a bancos comerciais, sociedades de crédito imo- da a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto
biliário e de saneamento e infra-estrutura urbana, além de as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pes-
prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Go- soas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos;
verno Federal. • centrais de cooperativas ou federações de coope-
Suas principais atividades estão relacionadas com rativas, as constituídas de, no mínimo, 3 (três) singulares,
a captação de recursos em cadernetas de poupança, em podendo, excepcionalmente, admitir associados indivi-
depósitos judiciais e a prazo, e sua aplicação em emprésti- duais.
mos vinculados, preferencialmente à habitação. Os recursos Quanto aos tipos de operações a que estão autoriza-
obtidos junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Servi- das, as cooperativas de crédito podem:
ço-FGTS são direcionados, quase na sua totalidade, para as • na ponta da captação: a) captar depósitos, somen-
áreas de saneamento e infra-estrutura urbana. te de associados, sem emissão de certificado; b) obter em-
A CEF exerce a administração de loterias, de fundos préstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais
e de programas, entre os quais destacavam-se o FGTS, o ou estrangeiras; c) receber recursos oriundos de fundos
Fundo de Compensação de Variações Salariais-FCVS, o Pro- oficiais e recursos, em caráter eventual, isentos de remu-
grama de Integração Social-PIS, o Fundo de Apoio ao De- neração, ou a taxas favorecidas, de qualquer entidade, na
senvolvimento Social-FAS e o Fundo de Desenvolvimento forma de doações, empréstimos ou repasses;
Social-FDS. • na ponta de empréstimos: a) conceder créditos
e prestar garantias, inclusive em operações realizadas ao
Os Bancos Cooperativos
amparo da regulamentação do crédito rural, em favor de
O Banco Central, através da Resolução 2.193, de
produtores rurais, somente a associados; b) aplicar recursos
31/08/1995, autorizou a constituição de bancos comerciais
no mercado financeiro, inclusive em depósitos à vista e a
na forma de sociedades anônimas de capital fechado, com
participação exclusiva de cooperativas de crédito singulares, prazo, com ou sem a emissão de certificado, observadas
exceto as do tipo Luzzati (as que admitem a participação eventuais restrições legais e regulamentares específicas de
de não-cooperados) e centrais de cooperativas, bem como cada aplicação;
de federações e confederações de cooperativas de crédito, • na ponta de serviços: a) prestar serviços de co-
com atuação restrita à Unidade da Federação de sua sede, brança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por
cujo Patrimônio de Referência-PR deverá estar enquadrado conta de terceiros, sob convênio com instituições públicas
nas regras do Acordo de Basiléia. Não podem participar no e privadas; b) prestar serviços de correspondente no país,
capital social de instituições financeiras autorizadas a fun- nos termos da regulamentação em vigor.
cionar pelo BC, nem realizar operações de swap por conta
de terceiros. Bancos de Investimento
O Banco Central deu autorização para que as coo- As bases para a criação de bancos de investimento no
perativas de crédito abrissem seus próprios bancos comer- Brasil foram estabelecidas pela Lei n. 4.728/65, que dis-
ciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco co- ciplinou o mercado de capitais, fixou diretrizes para seu
mercial faz: ter talão de cheques, emitir cartão de crédito, desenvolvimento, instituiu as condições de acesso a esse
fazer a compensação de documentos e, principalmente, mercado e estruturou o sistema de distribuição de títulos
passar a administrar a carteira de crédito antes sob respon- ou valores mobiliários. Criados para canalizar recursos de
sabilidade das cooperativas. médio e longo prazo para o suprimento de capital fixo ou

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

de giro das empresas privadas, os bancos de investimento Agências de Fomento


operam em um segmento bem específico do sistema de in- A Resolução nº 2.828, de 30/03/2001, do Banco
termediação financeira, viabilizando operações diferencia- Central, estabeleceu as regras atuais que dispõem sobre a
das, quanto aos prazos e montantes, das praticadas pelos constituição e o funcionamento das agências de fomento.
bancos comerciais. A expressão “Agência de Fomento”, acrescida da indicação
Em síntese, são as seguintes as operações ativas que da unidade da federação que a controla, deve constar, obri-
podem ser praticadas pelos BIs: a) empréstimos, a prazo gatoriamente, da denominação social dessas sociedades.
mínimo de um ano, para financiamento de capital fixo; b) As agências de fomento somente podem praticar ope-
empréstimos, a prazo mínimo de um ano, para financia-
rações de repasse de recursos captados no país e no exte-
mento de capital de giro; c) aquisição de ações, obrigações
e quaisquer outros títulos e valores mobiliários, para in- rior, orginários de: a) fundos constitucionais; b) orçamentos
vestimento ou revenda no mercado de capitais (operações federal, estaduais e municipais; c) organismos e instituições
de underwriting); d) repasses de empréstimos obtidos no financeiras nacionais e internacionais de desenvolvimento.
exterior; e) prestação de garantia em empréstimos no país Às agências de fomento são facultadas: a) a reali-
ou provenientes do exterior; f) gestão de fundos de inves- zação de operações de financiamento de capitais fixo e de
timentos. giro associados a projetos na unidade da federação onde
Para atender a esse conjunto de operações, os ban- tenham sede; b) a prestação de garantias, na forma da re-
cos de investimentos podem captar recursos no país e no gulamentação em vigor; c) a prestação de serviços de con-
exterior. A captação interna é feita mediante depósitos a sultoria e de agente financeiro; d) a prestação de adminis-
prazo fixo. Além disso, esses bancos repassam recursos trador de fundos de desenvolvimento, observado o dispos-
de instituições oficiais do país, notadamente do BNDES. to no artigo 35 da Lei Complementar 101, de 04/05/2000.
Contam ainda com recursos decorrentes da colocação, no Às agências de fomento são vedados: a) o acesso a li-
mercado de capitais, de títulos e debêntures, assim como
nhas de assistência financeira e de redesconto do Banco
de venda de quotas de fundos de investimento por eles
Central; b) o acesso à conta Reservas Bancárias no Banco
administrados.
Central; c) a captação de recursos junto ao público, inclu-
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e sive o de recursos externos; d) a contratação de depósi-
Social tos interfinanceiros – DI – na qualidade de depositante ou
O BNDES é a instituição responsável pela política de depositária; e) a participação societária, direta ou indireta,
investimentos de longo prazo do Governo Federal. É a prin- no país ou no exterior, em outras instituições financeiras
cipal instituição financeira de fomento do país e tem como e em outras empresas coligadas ou controladas, direta ou
objetivos: a) impulsionar o desenvolvimento econômico e indiretamente, pela unidade da federação que detenha seu
social do país; b) fortalecer o setor empresarial nacional; c) controle.
atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de As agência de fomento devem observar limites míni-
produção; d) promover o desenvolvimento integrado das mos de capital realizado e patrimônio de referência – PR
atividades agrícolas, industriais e de serviços; e) promover – de R$4 milhões e o seu patrimônio líquido exigido – PLE
o crescimento e a diversificação das exportações. – deve seguir as regras do Acordo de Basiléia com um fator
Para a consecução desses objetivos, conta com um
de alavancagem de recursos equivalente a 3,3 vezes o PLE.
conjunto de fundos e programas especiais de fomento. Foi
também da responsabilidade do BNDES, durante os gover-
nos Collor, Itamar e FHC, o encargo de gerir todo o proces- Sociedades de arrendamento mercantil.
so de privatização das empresas estatais. São sociedades constituídas sob a forma de sociedade
anônima cuja atividade principal é o leasing.
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investi- Leasing ou locação financeira ou arrendamento mer-
mento cantil, é um contrato através do qual a arrendadora ou lo-
As sociedades de crédito, financiamento e investimen- cadora (a empresa que se dedica à exploração de leasing)
to surgiram espontaneamente no país, nos primeiros anos adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário,
do pós-guerra, para atender à demanda de crédito a pra- ou locatário) para, em seguida, alugá-lo a este último, por
zos médio e longo, gerada pela implantaçäo de novos se- um prazo determinado.
tores industriais, produtores de bens de capital e de bens Características:
duráveis de consumo. Atualmente, as sociedades de cré-
dito, financiamento e investimento estäo, em sua maioria,
- O lucro da atividade está associado ao uso do equi-
integradas em bancos múltiplos.
pamento e não a atividade;
Bancos de Desenvolvimento - Operações semelhantes à locação, tendo o cliente ao
Os bancos estaduais de desenvolvimento, ainda exis- final do contrato renovar, devolver ou adquirir o bem;
tentes, são instituições financeiras controladas pelos go- - Constituída sob a forma de sociedade anônima;
vernos estaduais e destinadas ao fornecimento de crédi- - Denominação social: “Arrendamento Mercantil”;
to de médio e longo prazo às empresas localizadas nos - São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Re-
respectivos estados. Normalmente operam como órgãos solução CMN 2.309, de 1996).
financeiros repassadores de recursos do BNDES.

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Operações passivas: Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mo-


 Emissão de debêntures, biliários
 Dívida externa, São instituições financeiras também autorizadas a fun-
 Empréstimos e cionar pelo Banco Central do Brasil e pela CVM, atuando na
 Financiamentos de instituições financeiras. intermediação de títulos e valores mobiliários.
Até o início de março de 2009, as Sociedades Distribui-
Operações ativas: doras de Títulos e Valores Mobiliários não estavam auto-
 Títulos da dívida pública, rizadas a operar em bolsas de valores e, quando o faziam,
 Cessão de direitos creditórios e, operavam por meio de uma Corretora de Valores. Contudo,
 Operações de arrendamento mercantil de bens mó- em 02.03.2009, a Decisão-Conjunta BACEN/CVM Nº 17 esta-
veis, de produção nacional ou estrangeira, beleceu que as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valo-
 Operações de arrendamento mercantil bens imóveis res Mobiliários ficariam autorizadas a operar diretamente nos
adquiridos pela entidade arrendadora para fins de ambientes e sistemas de negociação dos mercados organiza-
uso próprio do arrendatário.3 dos de bolsa de valores.
Da mesma forma que as Corretoras, as Distribuidoras de
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários Valores cobram taxas e comissões por seus serviços.
As corretoras são instituições típicas do mercado finan-
ceiro que atuam na bolsa de valores e de mercadorias, com- Características
prando, vendendo e administrando esses valores como re- - São constituídas sob a forma de sociedade anônima
presentante dos investidores. (S.A.) ou por quotas de responsabilidade limitada (LTDA);
Características - Em sua denominação social deve constar a expressão
• Operam com compra, venda e distribuição de títulos “Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”.
e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros; - São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Re-
• Constituídas sob a forma de sociedade anônima solução CMN 1.120, de 1986).
(S.A.) ou por quotas de responsabilidade limitada (LTDA);
• A constituição e o funcionamento dependem de au- Atividades
torização do BACEN; - Intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos
• O exercício de sua atividade depende de aprovação e valores mobiliários no mercado;
da CVM; - Administram e custodiam as carteiras de títulos e valo-
res mobiliários;
Atividades - Instituem, organizam e administram fundos e clubes
• Operar em bolsas de valores, subscrever emissões de investimento;
de títulos e valores mobiliários no mercado; - Operam no mercado acionário, comprando, vendendo
• Comprar e vender títulos e valores mobiliários por e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro
conta própria e de terceiros; financeiro, por conta de terceiros;
• Encarregar-se da administração de carteiras e da - Fazem a intermediação com as bolsas de valores e de
custódia de títulos e valores mobiliários; mercadorias;
• Exercer funções de agente fiduciário; instituir, orga- - Efetuam lançamentos públicos de ações;
nizar e administrar fundos e clubes de investimento; - Operam no mercado aberto e intermedeiam opera-
• Emitir certificados de depósito de ações e cédulas
pignoratícias de debêntures; ções de câmbio
• Intermediar operações de câmbio;
• Praticar operações no mercado de câmbio de taxas O Plano Real e o Ajuste do Sistema Financeiro Na-
flutuantes; cional
• Praticar operações de conta margem; Desde o início do Plano Real, em julho de 1994, sabia-se
• Realizar operações compromissadas; que o novo ambiente de estabilização macroeconômica não
• Praticar operações de compra e venda de metais seria condizente com a dimensão que o sistema bancário ha-
preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; via alcançado, fruto de vários anos de inflação alta e desequi-
• Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por líbrios macroeconômicos. Esses anos levaram à constituição
conta própria e de terceiros. de instituições financeiras que, para se beneficiar das receitas
São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Reso- inflacionárias (float), faziam uso de um grande número de
lução CMN 1.655, de 1989). Os FUNDOS DE INVESTIMENTO, agências para captação de depósitos e aplicações, com cus-
administrados por corretoras ou outros intermediários finan- tos elevados. A grosso modo, pode-se dividir em três fases,
ceiros, são constituídos sob forma de condomínio e repre- que se sobrepõem, em parte, as mudanças que ocorreriam
sentam a reunião de recursos para a aplicação em carteira no sistema financeiro desde o início do Plano Real.
diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo A primeira destas fases caracteriza-se pela diminuição do
de propiciar aos condôminos valorização de quotas, a um número de bancos na economia brasileira em decorrên-
custo global mais baixo. A normatização, concessão de au- cia de liquidação, incorporação, fusão e transferência de
torização, registro e a supervisão dos fundos de investimen- controle acionário de várias instituições bancárias, em con-
to são de competência da Comissão de Valores Mobiliários. junto com as modificações adotadas pelo Banco Central
3 Fonte: www.jlpsmatos.blogspot.com.br referentes à legislação e à supervisão bancárias.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

A segunda fase do processo de ajuste do Sistema Financeiro Nacional foi caracterizada pela entrada de bancos estran-
geiros e pelos ajustes dos sistemas financeiros público e privado, mediante, respectivamente, o Proer (Programa de Estímu-
lo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) e o Proes (Programa de Incentivo à Redução do
Setor Público Estadual na Atividade Bancária).
Por fim, a terceira e última fase refletiu uma profunda modificação no modelo operacional seguido pelos bancos antes
do Plano Real. A receita inflacionária foi substituída pelo crescimento da receita proveniente da intermediação e pela receita
de serviços, via cobrança de tarifas.
Assim, desde o início do Plano Real, os bancos perderam uma importante fonte de receita, representada pelas trans-
ferências inflacionárias: o float, que era propiciado: (i) pela perda de valor dos depósitos a vista e/ou (ii) pela correção dos
depósitos bancários em valores abaixo da inflação.

Tabela sobre Receita Inflacionária

Receita Inflacionária /
Ano Receita Inflacionária / PIB
Valor da Produção das Instituições Bancárias
1990 4,0 35,7
1991 3,9 41,3
1992 4,0 41,9
1993 4,2 35,3
1994 2,0 20,4
Fonte: Barros e Almeida Jr., p.5.

Uma das formas encontradas pelo sistema bancário para compensar a perda da receita inflacionária, antes de fechar
agências e efetuar os ajustes que se faziam necessários no modelo operacional, foi expandir as operações de crédito, las-
treadas pelo crescimento abrupto dos depósitos bancários trazidos com o Plano Real. Os depósitos à vista, por exemplo,
cresceram 165,4% nos seis primeiros meses do Plano Real, e os depósitos a prazo cresceram quase 40% no mesmo período.
Antecipando-se ao possível crescimento das operações de créditos que decorreria do quadro de estabilidade ma-
croeconômica, o Banco Central elevou, no início do Plano Real, as alíquotas de recolhimento compulsório dos depósitos
bancários. O recolhimento compulsório sobre depósitos à vista passou de 48% para 100%, sobre os depósitos de poupança
passou de 10% para 30%, e foi instituído um recolhimento de 30% sobre o saldo de depósitos a prazo. Apesar disso, os
empréstimos totais do sistema financeiro para o setor privado, segundo dados do Banco Central, mostraram crescimento
de 58,7% durante o primeiro ano de vigência do Plano.
Apesar do crescimento das operações de crédito compensarem, em parte, a perda do float, esse crescimento ocorreu
sem os devidos cuidados quanto à capacidade de pagamento dos novos e antigos devedores. Assim, a “solução” de ex-
pandir rapidamente o crédito como forma de compensar a perda do float ocasionou novos problemas. O resultado desse
processo foi um crescimento dos empréstimos de liquidação duvidosa. A diminuição no ritmo de crescimento da economia
brasileira, no segundo trimestre de 1995, e o aumento da taxa de juros doméstica confirmaram o aumento substancial nos
créditos em atraso e em liquidação no sistema financeiro. O passo seguinte foi a necessidade do Proer e do Proes, antes
já referidos.

Bancos Nacionais
Nas primeiras décadas deste século (período da Primeira República), constata-se a quase inexistência de atividade de
bancos nacionais no mercado do Rio Grande do Sul, na medida que neste operaram apenas o Banco do Brasil, banco oficial,
com sede no Distrito Federal, e o banco privado paulista, Banco Popular italiano, este por pouco tempo.

Bancos Estrangeiros
No período da Primeira República (1889-1930), os bancos estrangeiros nunca representaram um peso significativo
dentro do setor financeiro estadual. A economia gaúcha estava mais ligada e voltada ao mercado nacional, não atraindo,
dessa forma, a presença do capital internacional de maneira tão intensa como o fazia, por exemplo, a economia cafeeira
paulista. A presença inicial do “London & Brazilian Bank” e do “Brasilianische Bank für Deutschland” entende-se, o primeiro,
pelo predomínio mundial do capitalismo inglês no fim do século dezenove, enquanto o segundo evidencia a expansão da
economia alemã, unificada a partir de 1871, buscando a aproximação comercial com regiões de colonização teuta. No final
da primeira guerra, ocorre o afluxo de novos bancos estrangeiros, sendo dois de origem inglesa - “British Bank of South
America” e o “Bank of London & South America” - e um de capital americano - “National City Bank of New York”. Sua insta-
lação relaciona-se à penetração do capital internacional na frigorificação da carne e aponta, regionalmente, para a reversão
do predomínio inglês para o americano, na economia mundial.

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Outras Organizações de Crédito Agente de custódia


Além das instituições organizadas basicamente como É responsável pela manutenção da conta de custódia do
bancos comerciais, estiveram presentes no meio financeiro investidor (podem ser as corretoras).
estadual pré-1930 outras organizações de crédito, destacan-
do-se a “Caixa Econômica” (Federal), atuante no Estado des- Sistema especial de liquidação e custodia (SELIC)
de 1875, dedicando-se à captação de depósitos populares e O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic),
aos empréstimos de mesma natureza, a atividade do grande do Banco Central do Brasil, é um sistema informatizado que
número de “casas bancárias”, instaladas, principalmente, no in- se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Te-
terior, bem como as “caixas rurais”, inspiradas na idéia coopera- souro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de ope-
tivista, principalmente nas regiões de imigração européia. rações com esses títulos.
Também o Tesouro do Estado, por algum tempo, man- As liquidações no âmbito do Selic ocorrem por meio do
tinha a captação de depósitos populares. O Presidente do mecanismo de entrega contra pagamento (Delivery versus
Estado, Borges de Medeiros, institui, pelo Decreto no. 2.096, Payment — DVP), que opera no conceito de Liquidação Bruta
de 16 de julho de 1914, as caixas oficiais de depósitos po- em Tempo Real (LBTR), sendo as operações liquidadas uma a
pulares, cujos depósitos e retiradas obedeciam ao mesmo uma por seus valores brutos em tempo real.
processo seguido nas caixas econômicas federais e nas caixas O SELIC é o depositário central dos títulos emitidos pelo
de depósitos populares dos bancos. As atividades iniciaram Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa
no arquivo do Tesouro. Porém, através do preparo e instrução condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão,
dos coletores estaduais (depois exatores, depois auditores de o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema
finanças públicas e hoje agentes fiscais do tesouro do estado), processa também a liquidação das operações definitivas e
foi possibilitada a rápida multiplicação de seções no interior. compromissadas registradas em seu ambiente, observando
Parte desses recursos era transferida para a rede bancária pri- o modelo 1 de entrega contrapagamento. Todos os títulos
vada gaúcha, mormente ao “banco financeiro” do governo. são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma ele-
Esse papel foi protagonizado, até 1921, pelo Banco da Provín- trônica. A liquidação da ponta financeira de cada operação
cia. A partir de então, pelo Banco Pelotense, que é substituído, é realizada por intermédio do Sistema de Transferência de
em 1928, pelo Banco do Estado. Reservas (STR), ao qual o SELIC é interligado.
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil
A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVES- e é por ele operado em parceria com a Anbima, tem seus
PA) foi criada em maio de 2008 com a integração da Bolsa de centros operacionais (centro principal e centro de contingên-
Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Bovespa Holding. Jun- cia) localizados na cidade do Rio de Janeiro. Para comandar
tas, essas companhias originaram uma das maiores bolsas do operações, os participantes liquidantes e os participantes
mundo em valor de mercado. responsáveis por sistemas de compensação e de liquidação
Negociações encaminham mensagens por intermédio da Rede do Sistema
• Compra e venda de ações (empresas de sociedade Financeiro Nacional (RSFN), observando padrões e procedi-
aberta: Petrobrás); mentos previstos em manuais específicos da rede. Os demais
• Ouro; participantes utilizam outras redes, conforme procedimentos
• Câmbio (mercado de dólar a vista - dólar pronto); previstos no regulamento do sistema.
• Ativos (títulos públicos federais); Participam do sistema, na qualidade de titular de conta
• Fundos (imobiliários); de custódia, além do Tesouro Nacional e do Banco Central do
• Carbono (créditos de carbono – MDL – Mecanismo Brasil, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de inves-
de Desenvolvimento Limpo); timento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de tí-
• Contratos futuros, de opções, a termo e de swaps tulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços
(mercadoria ou ativo financeiro); de compensação e de liquidação, fundos de investimento e
• Mercadorias: commodities agropecuárias (soja, mi- diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro
lho); Nacional.
São considerados liquidantes, respondendo diretamente
Clearings e Central Depositária pela liquidação financeira de operações, além do Banco Cen-
É a responsável pela compensação e liquidação das ope- tral do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas
rações realizadas nos mercados a vista e de liquidação futura, bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os
bem como pelo registro e pelo controle das operações de bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comer-
empréstimo de títulos (BTC). cial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de
investimento.
Central Depositária s não liquidantes pagam suas operações por intermédio
Local onde ficam guardadas as ações, em contas de cus- de participantes liquidantes, conforme acordo entre as par-
tódia (semelhantes a contas correntes). tes, e operam dentro de limites fixados por eles. Cada partici-
pante não liquidante pode utilizar os serviços de mais de um
Agentes de compensação participante liquidante, exceto no caso de operações espe-
São instituições responsáveis por receber ações e di- cíficas, previstas no regulamento do sistema, tais como pa-
nheiro, das corretoras que intermediaram as operações, e gamento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoria-
repassá-los para a central depositária da Bolsa (podem ser mente liquidadas por intermédio de um liquidante-padrão
as corretoras). previamente indicado pelo participante não liquidante.

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Os participantes não liquidantes são classificados O módulo Lastro tem por finalidade auxiliar a especi-
como autônomos ou como subordinados, conforme regis- ficação dos títulos objeto das operações compromissadas
trem suas operações diretamente ou o façam por intermédio (venda ou compra de títulos com o compromisso de re-
de seu liquidante-padrão. Os fundos de investimento são nor- compra ou revenda).
malmente subordinados e as corretoras e distribuidoras, nor- O módulo Negociação consiste em uma plataforma
malmente autônomas. eletrônica de negociação de títulos públicos federais aces-
As entidades responsáveis por sistemas de compensação sível aos participantes do Selic. O módulo dispõe de duas
e de liquidação são obrigatoriamente participantes autôno- funções: Negociação, para o cadastramento de ordens de
mos. Também, obrigatoriamente, são participantes subordina- compra e de venda e o fechamento dos negócios; e Espe-
dos as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização, cificação, para a definição das contas e dos percentuais de
as entidades abertas de previdência, as entidades fechadas de distribuição, entre essas contas, da quantidade negociada
previdência e as resseguradoras locais. em cada ordem. As duas funções são exclusivas dos dealers.
Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real,
Os demais participantes têm acesso apenas para fins de
a liquidação de operações é sempre condicionada à disponibi-
consulta de ordens e taxas. É permitido, contudo, que os
lidade do título negociado na conta de custódia do vendedor
dealers especifiquem ordens para terceiros, por meio da
e à disponibilidade de recursos por parte do comprador. Se a
conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficien- utilização de sua conta de corretagem (intermediação). O
te de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo funcionamento do módulo Negociação encontra-se disci-
máximo de 60 minutos ou até 18h30, o que ocorrer primeiro plinado na Carta-Circular 3.568, de 19/10/2012.
(não se enquadram nessa restrição as operações de venda de A administração do Selic e de seus módulos comple-
títulos adquiridos em leilão primário realizado no dia). mentares é de competência exclusiva do Demab e o siste-
A operação só é encaminhada ao STR para liquidação da ma é operado em parceria com a Associação Brasileira das
ponta financeira após o bloqueio dos títulos negociados, sen- Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
do que a não liquidação por insuficiência de fundos implica sua
rejeição pelo STR e, em seguida, pelo SELIC. Na forma do re- BASE REGULAMENTAR
gulamento do sistema, são admitidas algumas associações de A implantação do Selic ocorreu em 14/11/1979, sob a
operações. Nesses casos, embora ao final a liquidação seja feita égide da Circular 466, de 11/10/1979, do Banco Central do
operação por operação, são considerados, na verificação da dis- Brasil, que aprovou o Regulamento do Sistema Especial de
ponibilidade de títulos e de recursos financeiros, os resultados Liquidação e de Custódia de Letras do Tesouro Nacional.
líquidos relacionados com o conjunto de operações associadas. A Circular 3.587, de 26/3/2012, com alterações da Cir-
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do cular 3.610, de 26/9/2012, normativo atualmente em vigor,
Banco Central do Brasil, é um sistema informatizado que se aprovou algumas alterações; dentre elas, as principais fo-
destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro ram: implantação das operações compromissadas longas,
Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações permitindo três novos tipos de compromisso (de revenda
com esses títulos. conjugado com o de recompra para liquidação a qualquer
As liquidações no âmbito do Selic ocorrem por meio do tempo, durante determinado prazo, a critério de qualquer
mecanismo de entrega contra pagamento (Delivery versus das partes; de recompra liquidável, a critério exclusivo do
Payment — DVP), que opera no conceito de Liquidação Bruta comprador, em data determinada ou dentro de prazo es-
em Tempo Real (LBTR), sendo as operações liquidadas uma a tabelecido; e de revenda liquidável, a critério exclusivo do
uma por seus valores brutos em tempo real. vendedor, em data determinada ou dentro de prazo esta-
Além do sistema de custódia de títulos e de registro e li-
belecido); módulo de negociação eletrônica e registro de
quidação de operações, integram o Selic os seguintes módu-
promessa de compra ou de venda, que permite o registro
los complementares:
a) Oferta Pública (Ofpub); antecipado de negócios com investidores estrangeiros com
b) Oferta a Dealers (Ofdealers); a liquidação ocorrendo dois ou três dias depois.
c) Lastro de Operações Compromissadas (Lastro); e A Circular 3.610, de 26/9/2012 trouxe alterações à Cir-
d) Negociação Eletrônica de Títulos (Negociação). cular 3587, como, por exemplo, a inclusão da hipótese de
Os módulos Ofpub e Ofdealers são sistemas eletrônicos transmissão automática de comandos no Selic oriundos do
que têm por finalidade acolher propostas e apurar resultados módulo Negociação.
de ofertas públicas (leilões) de venda ou de compra definitiva A íntegra das circulares pode ser obtida por meio da
de títulos; de venda de títulos com compromisso de recompra ferramenta de “Busca de Normas”, disponível no site do
ou de compra de títulos com compromisso de revenda; e de Banco Central do Brasil.
outras operações, a critério do Administrador do Selic. Podem
participar do Ofpub todas as instituições financeiras e demais DOCUMENTAÇÃO
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do O Manual do Usuário do Selic (MUS) descreve os prin-
Brasil, desde que participantes do Selic. Já do Ofdealers cipais recursos e os diferentes controles e comandos utili-
participam apenas as instituições credenciadas a operar zados no sistema. Foi elaborado com o intuito de auxiliar
com o Departamento de Operações do Mercado Aberto o usuário do Selic a entender as suas funcionalidades bási-
(Demab) do Banco Central do Brasil e com a Coordenação- cas, explicando os procedimentos necessários ao perfeito e
Geral de Operações da Dívida Pública (Codip) da Secretaria adequado uso do sistema.
do Tesouro Nacional.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Cetip Associações de poupança e empréstimo (APE)


Cetip é a integradora do mercado financeiro. É uma As associações de poupança e empréstimo são consti-
companhia de capital aberto que oferece produtos e servi- tuídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade
ços de registro, custódia, negociação e liquidação de ativos comum de seus associados.
e títulos. Por meio de soluções de tecnologia e infraestru- Características:
tura, proporciona liquidez, segurança e transparência para  Sem finalidade de lucro;
as operações financeiras, contribuindo para o desenvolvi-  Sociedade civil (os poupadores são proprietários da
mento sustentável do mercado e da sociedade brasileira. A associação);
empresa é, também, a maior depositária de títulos privados  A remuneração da poupança funciona com dividen-
de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos dos;
privados do país.
Operações ativas
Participantes  Financiamento imobiliário (Sistema Financeiro da Ha-
Fundos de investimento; bancos comerciais, múltiplos bitação);
e de investimento; corretoras e distribuidoras; financeiras,
consórcios, empresas de leasing e crédito imobiliário; coo- Operações passivas
perativas de crédito e investidores estrangeiros; e empresas  Emissão de letras e cédulas hipotecárias,
não financeiras, como fundações, concessionárias de veícu-  Depósitos de cadernetas de poupança,
los e seguradoras.  Depósitos interfinanceiros e
 Empréstimos externos.
Organização
A Cetip S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos Exemplo: POUPEX, poupança do exército administrada
é uma sociedade anônima de capital aberto, cuja instância pelo BB.
máxima de decisões é a Assembleia de Acionistas.

Custódia
A custódia de todos os ativos registrados na Cetip é feita 2 - SOCIEDADES DE FOMENTO
de forma escritural, desmaterializada e segregada, por meio MERCANTIL (FACTORING) E SOCIEDADES
de registro eletrônico, em conta aberta em nome do titular. ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO.

Liquidação Financeira
Compensação multilateral entre todas as instituições
participantes; Preliminarmente cabe-nos fazer uma fundamental distinção
Compensação bilateral (entre dois participantes); entre uma instituição financeira e uma empresa de factoring.
Valor bruto de cada operação realizada, lançada direta- Factoring não é banco, nem instituição financeira. Banco
mente nas contas dos bancos no STR; capta recursos, empresta dinheiro e necessita de autorização
Book transfer, transferência entre contas, quando estive- do Banco Central para funcionar. Factoring presta serviços e
rem sob um mesmo banco liquidante. compra créditos. Empresa que capta recursos no mercado,
empresta dinheiro com juros, faz crédito direto ao consumi-
Sociedades de crédito imobiliário (SCI) dor ou crédito pessoal ou, ainda, administra consórcios, em-
As sociedades de crédito imobiliário são instituições fi- bora se rotule de factoring, é uma empresa conhecida como
nanceiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, marginal de mercado, porque está à margem da lei. Quem
para atuar no financiamento habitacional. não estiver autorizado a funcionar pelo BACEN, exercendo as
Características: atividades acima mencionadas, está sujeito às penalidades
 Entidade com fins lucrativos; previstas no art. 44, § 7º, da Lei nº 4.595/64, e no art. 16 da Lei
 Constituídas sob a forma de sociedade anônima (S.A.); nº 7.492/86. Neste caso, o BACEN tem competência legal para
 Denominação social a expressão “Crédito Imobiliário”; punir todos quantos praticam operações com características
daquelas privativas das instituições financeiras.
Operações passivas Diferentemente das instituições financeiras, que são tutela-
 Depósitos de poupança, das pela Lei nº 4.595/64, sendo fiscalizadas pelo BACEN, a em-
 Emissão de letras e cédulas hipotecárias presa de factoring é uma sociedade mercantil, limitada ou anô-
 Depósitos interfinanceiros. nima, cuja existência legal nasce com o arquivamento de seus
atos constitutivos na Junta Comercial. O funcionamento de uma-
Operações ativas sociedade de fomento mercantil, que se propõe efetivamente a
praticar o factoring, não necessita de autorização do BACEN.
 Financiamento para construção de habitações, Com a fundação da Associação Nacional de Factoring- AN-
 Abertura de crédito para compra ou construção de FAC, em 1982, sediada em São Paulo, as empresas de factoring
casa própria, passaram a contar com um rigoroso programa de treinamen-
 Financiamento de capital de giro a empresas incor- to para operadores, além da transmissão de “know-how”, que
poradoras, produtoras e distribuidoras de material envolve elaboração de contratos, definição de mercado-alvo,
de construção estrutura organizacional, dentre outros itens importantes.

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Convém esclarecer ainda que, como empresa, a factoring presa de factoring faz a compra definitiva dos ativos repre-
tem diretores, gerentes, operadores e funcionários, contabi- sentados por títulos de crédito (sendo que, no Brasil, 90%
liza seus negócios regularmente e paga impostos. A receita desses títulos são duplicatas) a preço certo. Bancos prestam
operacional das empresas de factoring tem dois componen- serviços creditícios ou não. É fundamental a empresa de fac-
tes: a comissão cobrada dos serviços que tem de prestar (de toring colocar à disposição do cliente uma série de serviços
0,5% a 3% “ad valorem”) e o diferencial na compra dos crédi- não-creditícios.
tos mercantis oriundos das vendas de seus clientes. Sobre a A empresa de factoring se organiza sob a forma de so-
nota fiscal de serviços emitida em cada operação, a empresa ciedade mercantil e trabalha com poucos clientes. Há quem
de factoring recolhe o ISS à Prefeitura local. Em relação ao im- entenda as empresas de factoring como filtros seletores dos
posto de renda, ele incide sobre toda a receita bruta auferida. riscos do sistema econômico, pois o factoring atende um ni-
Finalmente, vale insistir na diferenciação das atividades de cho de empresas que não é normalmente cliente dos bancos
factoring, que não devem se confundir com um simples em- e presta serviços que os bancos não têm interesse em fazê-lo.
préstimo, desconto de duplicatas, adiantamento de recursos, Enquanto os bancos têm por atividade básica e es-
compra de duplicatas ou de faturamento, crédito pessoal ou sencial fazer a intermediação de recursos no mercado,
crédito direto ao consumidor, captação de recursos em real ou cobrando um “spread” (que é a diferença entre o cus-
dólar, administração de consórcios, etc. Todas essas atividades to de captação e o de aplicação de recursos feita pelos
são desempenhadas ora por instituições financeiras, ora por bancos); o factoring como atividade comercial cobra um
administradoras de consórcio, sendo que estão sob a égide preço certo pela compra de sua mercadoria (créditos).
da Lei nº 4.595/64 e da Lei nº 8.177/91, respectivamente, e se
subordinam à fiscalização e controle do Banco Central.
Na verdade, o factoring é uma atividade comercial mista Factoring, Agiotagem e Direito de Regresso
atípica, resumindo-se na equação de prestação de serviços + A diferença fundamental entre Factoring e Desconto
compra de créditos (direitos creditórios) resultantes de vendas Bancário está no direito de regresso, na hipótese de inadim-
mercantis. plemento pelo terceiro devedor. Tal direito não existe na fa-
Factoring é, pois, fomento mercantil, porque expande os turização, mas está presente no desconto. Assim, a empresa
ativos de seus clientes, aumenta-lhes as vendas, elimina seu de factoring, ou seja, o factor, assume os riscos da cobrança
endividamento e transforma as suas vendas a prazo em ven- e, eventualmente, da insolvência do devedor, recebendo uma
das à vista. remuneração ou comissão, ou fazendo a compra dos crédi-
tos com redução em relação ao valor dos mesmos. Tal precei-
O que fazem as empresas de factoring? to é consagrado também por nossos tribunais:
Compreendida a clássica distinção entre as empresas de  
factoring e os bancos, fica mais fácil entender a operaciona- “Tratando-se de contrato de factoring, incabível o direito
lidade de suas atividades. Por sua definição e filosofia ope- de regresso contra o faturizado, uma vez que, operada a trans-
racional, as empresas de factoring não podem fazer a inter- ferência definitiva do crédito, exonera-se de responder pela
mediação de dinheiro no mercado financeiro. São empresas satisfação da dívida, sendo da essência da avença a respon-
comerciais de atividade complexa que conjugam prestação sabilidade do faturizador pelos riscos da impontualidade e da
de serviços com compra de direitos. Dependem fundamental- insolvência do sacado” (6ª Câm. do TAMG, Apel. 1882104/95).
mente de seus recursos próprios e o segredo de seu sucesso  Convém lembrar que o Factoring não é uma atividade fi-
reside na administração eficiente do seu passivo. O factoring nanceira. A empresa de Factoring não pode fazer captação de
é uma atividade complexa, cujo fundamento é a prestação de recursos de terceiros, nem intermediar para emprestar estes
serviços, ampla e abrangente, que pressupõe sólidos conhe- recursos, como os bancos. À sociedade de fomento mercantil
cimentos de mercado, de gerência financeira, de matemática é proibido, por lei, fazer captação de recursos de terceiros
financeira, de estratégia operacional e de contabilidade, para no mercado e emprestar dinheiro, pois esta é uma atribuição
exercer suas funções de parceiros dos clientes. dos bancos, que dependem de autorização do Banco Central
A filosofia operacional do factoring pode produzir pro- para operarem livremente.
fundas mudanças na estrutura organizacional, financeira e  Deve-se ressaltar que, ocorrendo descaracterização da
produtiva do cliente: essência e finalidade do Factoring, há a possibilidade de se
a) elimina o endividamento; responder por processo admnistrativo e criminal.
b) melhora a competitividade de seu produto;  O Factoring não desconta títulos e não faz financiamen-
c) provoca uma redução de custos e otimiza o tempo tos. Portanto, factoring não é banco. Assim, operações onde
do administrador da empresa, que diminui a necessidade de o contratante não seja pessoa jurídica, empréstimo via cartão
buscar recursos junto aos bancos, num processo desgastante de crédito, alienação de bens móveis e imóveis e operações
de negociação. privativas de instituições financeiras não constituem factoring.
Consagrado o princípio de que banco capta e empresta O fomento mercantil deve ser encarado como mecanis-
dinheiro e a empresa de factoring presta serviços e compra mo de suporte ao segmento da pequena e média empresa
direitos, não resta dúvida de que estão bem demarcadas as e não como alternativa para mascarar negócios legalmente
fronteiras de atuação de ambas instituições. Bancos em- privativos de instituição financeira ou para justificar sofisti-
prestam dinheiro que é antecipado ou adiantado. Há o di- cados planejamentos tributários ou outros tipos de negó-
reito de regresso permitido através do endosso que é feito cios pouco lícitos acobertados com a “placa” de factoring.
pelo sacador ao banco. O pagamento pelo uso do dinheiro Agiotagem é caso de polícia. Factoring é um instituto lega-
é feito através da cobrança de juros a seus clientes. A em- lizado em nosso país.

17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Dessa forma, empresas que não têm rigorosamente ques pré-datados ou duplicatas), com recursos próprios,
nada a ver com o factoring, e que praticam um “negócio” ile- mediante preço certo e ajustado com o faturizado. Poderá,
gal (agiotagem), têm se apresentado como sendo “escritórios ainda, antecipar recursos não-financeiros, adquirindo, para o
de factoring”, manchando o nome da atividade de fomento cliente faturizado, matéria-prima, insumos e estoques.
mercantil, que fica no imaginário das pessoas, como se fosse O fato de o factoring não possuir legislação específica
algo “suspeito”. não quer dizer que essa atividade – amplamente praticada
É preciso acabar de vez com esta confusão. A atividade no mercado nacional – possa ser considerada ilegal. Entre-
de fomento mercantil desempenha um papel fundamental tanto, o ideal seria a plena regularização da situação do fac-
no fortalecimento da economia nacional, especialmente no toring em nosso ordenamento jurídico. Assim, poderiam ser
apoio à pequena e média empresa, que são as que mais em- criados instrumentos mais eficazes de controle, fiscalização e
pregos geram neste país e que, muitas vezes, como mais aci- punição para aquelas empresas que deturpam o menciona-
ma do Globo, não conseguem apoio das instituições financei- do instituto.
ras, sobretudo em épocas de aperto como as atuais. Portanto, pode-se afirmar que o factoring é uma tênue
O fomento mercantil se desenvolve pela compra (pela linha reta traçada. Ao seu lado esquerdo temos o mercado
empresa de factoring) de direitos creditórios resultantes de marginal e ao seu lado direito, temos contravenções penais.
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços, con- Assim, essa atividade, já consagrada no Brasil, mas ainda ca-
jugado com assessoria creditícia, de seleção de riscos e de rente de uma legislação específica, deve estar sob atenta vi-
administração de contas a pagar, prestando às pequenas e gilância, caso contrário, cairá no veneno ilegal da agiotagem.
médias empresas serviço fundamental para que possam se
dedicar à sua finalidade. A legislação que regula as empresas de Factoring
Trata-se de atividade absolutamente legal (muito bem tri- O Brasil ainda não possui uma legislação específica so-
butada), fonte de orgulho para aqueles que a praticam e de bre as operações de factoring. Em razão isso, entende-se que
satisfação para os clientes. Existe inclusive, projeto de lei no essas empresas utilizam as regras da cessão de crédito do
Senado Federal para que sua regulação passe a ser feita em Código Civil, utilizando o artigo 286 e seguintes.
lei específica (como ocorreu em 1994 com a Lei de franquia). No entanto, a legislação apresenta uma lei, a Lei Com-
Ocorre que, como em todas as áreas, existem os bons e
plementar n° 123/06, que estabelece um conceito para as
os maus profissionais, os bem e os mal-intencionados, tam-
operações de factoring em seu artigo 17:
bém temos esse quadro com o factoring. Existem empresas
• Não poderão recolher os impostos e contribuições
sérias e compromissadas, que agem dentro da lei e existem
na forma do Simples Nacional a microempresa ou empre-
aquelas que praticam, na verdade, uma agiotagem disfarçada.
sa de pequeno porte que explorem atividades de prestação
Portanto, deve-se ter cuidado.
cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
Agiotagem é a especulação fundada nos empréstimos
de dinheiro a juros extorsivos. Seu principal objetivo é obter gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
lucros excessivos. Emprestar dinheiro, mediante cobrança de pagar e a receber, gerenciamento de ativos (assets manage-
juros, sem o aval do Banco Central, é prática criminosa previs- ment), compras de direitos creditórios resultantes de vendas
ta na legislação pátria. Agiotagem é crime e deve ser denun- mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
ciada. O agiota profissional é perigoso. É um lobo em pele de Através desse artigo, é estabelecida uma base para as
cordeiro. Pode ser pessoa jurídica, sob fachada de factoring, empresas de factoring, entendendo que um contrato dessa
mas não se confunde com este instituto, que visa ao fomento natureza é perfeitamente legal e que está dentro do que es-
mercantil, ajudando às pequenas e médias empresas. tabelece a legislação para seu funcionamento.
Não se pode esquecer também que as factorings não po-
dem cobrar juros superiores ao limite da Lei da Usura (12% ao A história do factoring no Brasil
ano) enquanto não se considerarem instituições financeiras. É fácil perceber porque não existe ainda uma legislação
Já os agiotas, freqüentemente incorrem em crime de usura, de factoring no Brasil. A atividade surgiu apenas em 1982,
extorquindo a tudo e a todos. quando houve a fundação da Associação Nacional de Facto-
Enfim, é considerado agiota aquele que emprestar di- ring, a Anfac.
nheiro, estipulando ou cobrando juros, comissões ou cor- Nessa época, logo no início, as empresas de factoring
reção monetária acima do índice oficial (IGP, IPC são índices encontraram grande resistência das instituições financeiras e
aceitáveis para correção monetária e 0,5% e 1,0% são juros dos órgãos públicos fiscalizadores, principalmente do Banco
legais permitidos). Portanto, não há que se falar em agiota- Central do Brasil.
gem na prática de factoring, pela singela razão que factoring O Banco Central, por não conhecer a fundo as preten-
não faz empréstimo, apenas presta serviços, compra créditos sões da Anfac, entendeu que o fomento mercantil era uma
e antecipa recursos não-financeiros (estoque, insumo e ma- operação que iria invadir a área privativa das instituições fi-
téria-prima). nanceiras, chegando mesmo a proibir indiretamente as ope-
Também deve ser ressaltado que a empresa de factoring rações de factoring através da Circular n° 703, de 1982, colo-
não capta recursos populares, não faz empréstimos, interme- cando essa atividade como crime.
diação ou aplicação de recursos financeiros, apenas presta Depois de muitas discussões administrativas e judiciais, o
serviços, compra créditos (cheques ou duplicatas) vencíveis Banco Central eliminou os obstáculos que impediam as ope-
de empresas oriundos de operações mercantis desta (ven- rações de factoring por empresas que não fossem institui-
da e compra de produto e prestação de serviços, com pa- ções financeiras, como os bancos, embora isso só tenha
gamento a prazo, que poderá estar representado por che- ocorrido em 1988.

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Alguns anos depois, o factoring se tornou regulamen- Receitas das Administradoras de Cartão de Crédito
tado pelo Código Civil, nos artigos 1065 a 1078, e no Códi- • Anuidade: cobrada ao portador para se associar a sis-
go Comercial, nos artigos 191 a 220, com respaldo das leis tema de cartão de crédito.
8891/1995 e 9065/1995, além da Resolução 2144/1995 do • Algumas administradoras já estão deixando de co-
Banco Central. brar essa tarifa;
• Comissão: percentual pago pelo estabelecimento a
O crescimento das operações de factoring administradora pela utilização por parte do usuário;
As operações de factoring tiveram grande crescimento • Remuneração de Garantia e Taxa de Administração: cobra-
a partir de 1988, quando a cifra de negociações chegou das ao portador quando este efetua compra parceladas pelo cartão.
ao patamar de US$ 2,5 milhões. Em 1996, os valores ne-
gociados pelas empresas de factoring chegaram a US$ 11 Administradoras de cartões de crédito em sentido
bilhões. estrito: conceito e fiscalização pelos entes reguladores do
Com base na legislação existente até então, as opera- Sistema Financeiro Nacional
ções de factoring tornaram-se legalizadas, muito embora Quando não há o pagamento integral da fatura, as admi-
diversas empresas e pessoas continuassem julgando que nistradoras de cartão de crédito em sentido estrito que atuam
a atividade era mais ligada à agiotagem, ou seja, um crime como emissoras representam o portador do cartão perante
perante a legislação federal. uma instituição financeira, que assume a posição de credora
A Anfac, em 1995, encaminhou um projeto de lei atra- na relação jurídica do contrato de mútuo.
vés de deputados ao Congresso Nacional, buscando criar O art. 17 da Lei nº 4.595/64 determina que só podem ser
uma legislação específica para as empresas de factoring. O consideradas instituições financeiras as pessoas que tenham
Projeto de Lei n° 230/95, de autoria do então senador José como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação
Fogaça, ainda se encontra em tramitação no Congresso, in- ou aplicação de recursos financeiros.
clusive com diversas alterações e retificações. Em outras palavras, para os efeitos da legislação em vigor, só
é instituição financeira a entidade que pratica reiteradamente um
Como o projeto de lei ainda não está aprovado, as
conjunto de atos tendentes à finalidade de intermediação econô-
empresas de factoring continuam tomando como base o
mica, consistente na aproximação entre poupadores e tomadores
que estabelece a legislação, com destaque para a Lei n°
de recurso. Confira-se o ensinamento da doutrina a esse respeito:
9.613/98 e a Medida Provisória n° 1820/99, que tratam do
Outra forma tão ou mais importante de intermediação
assunto em alguns de seus artigos.
financeira consiste na transferência de fundos dos agentes
A importância dos Códigos Civil e Comercial para
econômicos superavitários para os deficitários. Indivíduos e
o factoring empresas trabalham e produzem, gerando renda, ao mesmo
As operações de factoring praticadas pelas empresas tempo em que consomem e investem. Tipicamente, ao longo
voltadas para essa atividade, mesmo não possuindo uma da vida há fases em que se gera mais renda do que é necessário
legislação específica, encontram respaldo, portanto, nos para financiar os gastos, e outras em que se observa o opos-
Códigos Civil e Comercial, sendo uma atividade perfeita- to. No primeiro caso, há um excedente líquido, que pode ser
mente legal, uma vez que trabalham no sentido de oferecer poupado para financiar gastos acima da renda em outras fases.
capital de giro para as empresas que oferecem produtos e Um dos principais papeis do sistema financeiro é in-
serviços a prazo. termediar recursos entre as unidades econômicas que, em
De acordo com o Professor Luiz Lemos Leite, o enqua- determinado momento, estão superavitárias e as que, na
dramento legal do factoring está respaldado no Direito mesma época, estão deficitárias.
brasileiro através do Código Civil, em sua parte que esta- (...)
belece regras para a prestação de serviços, e no Código De um lado, as instituições financeiras tipicamente aceitam
Comercial, na parte que se refere à compra de direitos co- pequenas aplicações financeiras, como muitas realizadas com o
merciais regidos pela compra e venda mercantil. uso da popular caderneta de poupança, juntando-as depois em
A legislação brasileira, portanto, embora não tenha empréstimos de elevado valor, como costuma ser o caso de cré-
ainda uma lei específica para tratar das regras de factoring, ditos imobiliários ou às empresas. Ao fazerem essa transmutação
oferece total respaldo para as empresas que trabalham de tamanho, as instituições financeiras permitem que os pequenos
com fomento comercial, principalmente por atuarem num poupadores invistam, indiretamente, em grandes operações, sem
mercado em que se facilitam as operações mercantis feitas que seja necessário as partes incorrerem nos elevados custos de
a prazo. transação que seriam inevitáveis no caso de uma operação direta.
No bojo do plexo de operações envolvidas no sistema de
As Sociedades Administradoras de Cartões de Cré- cartões de crédito, as administradoras são tidas como emissoras,
dito ou seja, como entidades que emitem e gerenciam os cartões de
São empresas prestadoras de serviços, que fazem a in- crédito, mantendo relacionamento com o portador para qual-
termediação entre os portadores de cartões, os estabeleci- quer questão decorrente da posse e do uso de seus cartões.
mentos afiliados, as bandeiras (Visa, MasterCard etc.) e as Assim, cabe a tais administradoras a relação com o
instituições financeiras. portador do cartão de pagamento quanto à: (a) habilitação,
(b) identificação, (c) autorização, (d) liberação de limite de
Características crédito ou saldo em conta corrente, (e) fixação de encargos
• São empresas NÃO financeiras; financeiros, (f) cobrança de fatura e (g) definição de pro-
• Constituídas sobre a forma de uma S.A; gramas de benefícios.

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Atualmente, no Brasil, dois tipos de instituição podem Ora, as administradoras de cartões de crédito em sen-
emitir cartões de crédito, quais sejam: 1) instituições finan- tido estrito não realizam operações passivas de captação de
ceiras, que emitem e administram cartões próprios ou de recursos no mercado (poupança, conta corrente etc.), nem
terceiros e concedem financiamento direto aos portadores; operações ativas. Isso porque, na qualidade de mandatárias
2) administradoras em sentido estrito, que são empresas de seus clientes, elas não figuram como credoras ou deve-
não financeiras que emitem e administram cartões próprios doras dos financiamentos obtidos junto a bancos.
ou de terceiros, mas não financiam os seus clientes. Na relação jurídica atinente a tais contratos de mútuo,
Em caso de pagamento inferior ao valor total da fatura figuram, como credora, a instituição financeira (que não se
mensal, o saldo restante passa, automaticamente, ao crédito confunde com a administradora em sentido estrito), e, como
rotativo e é corrigido até que ocorra o pagamento integral. devedor, o portador do cartão, representado pela adminis-
Esse pagamento parcial dá ensejo à celebração de um tradora. Há, ressalte-se, mera representação, decorrente do
contrato de mútuo e, nas hipóteses em que as instituições fi- mandato embutido na operação com cartão de crédito, mas
nanceiras são as emissoras do cartão, elas próprias assumem não intermediação financeira propriamente dita.
a posição de mutuante. Note-se que o fato de a administradora ser intermediá-
Situação diversa ocorre nos casos em que as administra- ria de operação financeira (entre portador de cartão de cré-
doras em sentido estrito figuram como emissoras, porquan- dito e instituição financeira), nesses termos, não significa que
to, nessas hipóteses, por não captarem recursos junto aos ela própria realize intermediação financeira. Mesmo porque,
poupadores e não atuarem como intermediadoras financei- como dito, não faz parte de sua atividade a captação de re-
ras, elas não podem ser mutuantes. Então, para financiar as cursos de poupadores e sua transmissão a tomadores.
dívidas de seus clientes, elas representam os portadores pe- A esse propósito, são bastante elucidativas as palavras
rante instituições financeiras, obtendo financiamentos cujos de Eduardo Fortuna, expostas na clássica obra Mercado Fi-
encargos são suportados pelos clientes. Atuam, pois, como nanceiro: produtos e serviços:
simples mandatárias desses. As administradoras de Cartões de Crédito não são
A permissão para a administradora obter o financiamen- empresas financeiras e sim empresas prestadoras de
to é dada pela chamada cláusula-mandato, por meio da qual serviço, que fazem a intermediação entre os portadores
o titular outorga mandato especial para ela representá-lo
de cartões, os estabelecimentos afiliados, as bandeiras
junto a qualquer instituição financeira e obter financiamento
(Visa, Mastercard etc.) e as instituições financeiras. Even-
no valor do saldo devedor.
tualmente, para, entre outras razões, contornar as dificulda-
Isso porque, como dito, independentemente da natu-
des legais e fiscais envolvidas na cobrança das taxas de juros
reza da entidade emissora, os financiamentos são feitos por
do parcelamento das vendas a prazo através do cartão, as
bancos, haja vista que as administradoras de cartões de cré-
dito não financeiras são proibidas de financiar seus clien- administradoras estão se transformando em instituições fi-
tes. Se o fizerem, atuando indevidamente como instituições nanceiras (...). (Ressaltou-se)
financeiras, serão submetidas a sanções administrativas e Ainda, são oportunas as lições do professor Alcio Ma-
penais, previstas nas Leis nº 4.595/64 e 7.492/86, respecti- noel de Sousa Figueiredo:
vamente. Da interpretação conjunta dos arts. 17 e 18, da Lei
Resta evidente, por conseguinte, que, nos casos em que 4.595/64, art. 1º da Lei 7.492/86, somente são consideradas
não há o pagamento integral da fatura e as administradoras instituições financeiras as empresas públicas ou privadas que
de cartão de crédito em sentido estrito figuram como emis- efetuem captação de recursos financeiros em moeda corrente,
soras, essas realizam mera representação do portador do o que não ocorre no contrato de cartão de crédito entre a ad-
cartão (seu cliente) perante uma instituição financeira, que ministradora e o consumidor, haja vista que a relação jurídica
assume a posição de credora na relação jurídica do contrato entre consumidor e emissora do cartão de crédito consiste na
de mútuo. prestação de serviços, para a aquisição de produtos e serviços
Tal representação decorre do mandato conferido pelo no mercado de consumo.
titular do cartão e não se confunde, de forma alguma, com o (...)
conceito técnico de intermediação financeira. Da simples análise das operações econômicas entre a
Como mencionado alhures, o art. 17 da Lei nº 4.595/64 emissora do cartão de crédito e o titular do cartão (consu-
evidencia que a atividade de intermediação financeira só midor), não se verifica qualquer atividade de captação ou in-
pode estar caracterizada quando presentes alguns pressu- termediação de recursos no mercado financeiro. A busca de
postos indispensáveis, consistentes na demonstração de recursos para o pagamento das notas de compras em poder
que determinado ente atua de forma profissional no sentido dos fornecedores credenciados não possui qualquer relação
de captar recursos junto aos agentes superavitários da eco- jurídica com o contrato de adesão e prestação de serviços que
nomia (poupadores), por meio de um plexo de operações originou as notas de compras efetuadas pelo consumidor (...).
passivas, para transmiti-los aos agentes deficitários (toma- Convém destacar, ademais, que os ensinamentos dou-
dores), por intermédio de um conjunto de operações ativas. trinários de Waldirio Bulgarelli corroboram a argumentação
De forma bastante simplificada, essa é a tarefa principal aqui desenvolvida, porquanto evidenciam que o cartão de
desempenhada por instituições financeiras. E é o descasa- crédito envolve um complexo de operações e que a ora de-
mento entre os prazos dos dois tipos de operação (passiva nominada administradora em sentido estrito, quando atua
e ativa), combinado ao risco das atividades envolvidas, um como mandatária de seus clientes, firma, em nome deles,
dos fatores que justificam a fiscalização das instituições fi- contratos de abertura de crédito com instituições financei-
nanceiras por parte das entidades reguladoras. ras.

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Assim, afirma o autor que “o cartão de crédito é um valor determinado pela própria administradora. Destarte,
negócio jurídico complexo, verdadeira ‘operação polifacética”, o interesse do mandante é patente, haja vista que, segun-
que envolve contrato de adesão entre o titular por si, ou pela so- do jurisprudência do STJ, esse “tem o direito de saber como
ciedade emissora como sua mandatária, e a instituição financei- a mandatária está cumprindo com a sua obrigação, que deve
ra, um contrato de abertura de crédito (ou de financiamento em ser a de preservar o interesse da mandante e celebrar contratos
geral, quais sejam as condições, como por exemplo o chamado mais favoráveis à pessoa que representa.” (RESP 457.391/RS,
credit revolving); (...). Desta forma, é difícil de aceitar o papel da Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ de 16.12.2002).
sociedade emissora, senão como um providencial intermediário Cumpre salientar que o art. 1º, § 1º, inciso VI, da Lei Com-
em favor do fornecedor e da instituição financeira. plementar nº 105/01 não justifica a classificação das adminis-
No trecho, o doutrinador não diz que a emissora realiza tradoras de cartões de crédito como instituições financeiras,
intermediação financeira; apenas menciona que ela faz (mera) porquanto nesse dispositivo está dito, de forma peremptória,
intermediação de operação, que beneficia a instituição finan- que aquelas empresas são consideradas instituições financei-
ceira (pessoa jurídica distinta). Em outra passagem da mesma ras tão somente para os efeitos da referida Lei Complemen-
obra, ele deixa clara a distinção entre a sociedade emissora tar. É o que demonstra o pronunciamento do saudoso Min.
do cartão (em sentido estrito) e a instituição financeira, verbis: Carlos Alberto Menezes Direito no julgamento do Recurso
A sociedade emite o cartão em favor do titular, que dele po- Especial nº 466.784/RS (Terceira Turma, DJ de 25/8/2003), in
derá utilizar-se junto à rede de fornecedores, presa por um con- verbis:
trato com a sociedade emissora; o titular autoriza ainda a so- Entendo, tal e qual o Acórdão recorrido, que as adminis-
ciedade emissora a contrair financiamento com os bancos, tradoras de cartão de crédito não são instituições financei-
em seu nome, o que lhe permitirá saldar as contas, em prazo ras, como destaquei em voto no REsp nº 399.353/RS, antes
e condições determinados pelos mesmos bancos. (Ressaltou-se) mencionado, pedindo vênia para reproduzir o trecho que se
No mesmo sentido, Waldo Fazzio Júnior esclarece que “a segue, verbis:
diferença entre os cartões de crédito bancários e não bancá- “(...)
rios reside na natureza da instituição emissora” e que Mas, de todos os modos, até o momento não encontro ra-
a distinção adquire relevância quando se contemplam as zão suficiente para alterar meu convencimento. Nem mesmo
relações entre usuários e as sociedades administradoras de com a Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, que
cartões. Quando a empresa emissora do cartão não é uma dispõe sobre o sigilo nas operações de instituições financeiras,
instituição bancária, e em caso de parcelamento do saldo entende que as administradoras são instituições financeiras. O
devedor pelo usuário, o contrato já contém estipulação au- que a Lei Complementar estabeleceu foi a equiparação
torizando à administradora valer-se da cláusula-mandato. delas às instituições financeiras para efeito do sigilo ‘em
(Ressaltou-se) suas operações ativas e passivas e serviços prestados’.
Saliente-se que o Superior Tribunal de Justiça, em vários Mas, não teve ela o condão de modificar a natureza ju-
julgados, reconhece a distinção entre as atividades desempe- rídica do contrato decorrente da utilização de cartão de
nhadas por administradoras de cartões de crédito em sentido crédito, que, a meu sentir, não é financeira, mas, como as-
estrito e aquelas desenvolvidas por instituições financeiras. sinalou Nelson Eizerik, ‘contrato misto, de prestação de serviços
Nessa linha, cumpre trazer à baila trechos do voto condu- e de garantia do pagamento dos bens e serviços adquiridos por
tor do acórdão prolatado no julgamento do Recurso Especial parte do titular’”. (sem destaque no original).
nº 473.627/RS, em que se discutiu a viabilidade de ajuizamen- Ressalte-se, finalmente, a existência de precedente do
to de ação de prestação de contas com o objetivo de verificar Superior Tribunal de Justiça no qual os Ministros, por una-
a exatidão e a legitimidade dos valores cobrados por adminis- nimidade, reconheceram que, no mercado de cartões de
tradora de cartão de crédito: crédito, existe uma ampla cadeia de serviços, na qual atuam
(...) Os contratos que disciplinam o financiamento parcial as administradoras de cartões de crédito e as instituições fi-
das compras do consumidor através de cartão de crédito con- nanceiras, entidades distintas. O voto da Eminente Relatora,
têm cláusula segundo a qual a administradora deverá obter, no Ministra Nancy Andrighi, é elucidativo a esse respeito:
mercado financeiro, recursos para o parcelamento das compras, Na hipótese concreta, há uma verdadeira cadeia de forne-
o que faz em nome do consumidor, como sua procuradora. cimento de serviços. Há clara colaboração entre a institui-
(...) ção financeira, a administradora do cartão de crédito e a
A natureza jurídica desta cláusula é a de contrato (aces- ‘bandeira’ Visa, que fornecem serviços conjuntamente e de
sório) de mandato, inserido no contrato (principal) de cartão forma coordenada.
de crédito firmado entre recorrente e recorrida. Por meio desse Independente de manter relação contratual com o autor,
mandato, a administradora de cartões de crédito é constituída não administrar cartões de crédito e não proceder ao bloqueio
mandatária para praticar ato no interesse do titular do cartão do cartão, as ‘bandeiras’, de que são exemplos Visa, Mastercard
de crédito, qual seja, o de saldar o seu débito no vencimento com e American Express , concedem o uso de sua marca para a efe-
recursos captados em seu nome. tivação de serviços, em razão da credibilidade no mercado em
(...) que atuam, o que atrai consumidores e gera lucro.
Ademais, não é crível que a administradora não consiga Por onde quer que se veja a questão, deve-se concluir que
comprovar o valor das despesas efetuadas junto a institui- há estreita cooperação entre a instituição financeira, a
ções financeiras e que são repassadas ao titular, depois de administradora do cartão de crédito e a ‘bandeira’, pois
serem somadas à remuneração cobrada por ela, a título de só assim a prestação do serviço se torna viável.(Ressal-
custo de financiamento e demais encargos, se os respecti- tou-se)
vos débitos são lançados à conta do usuário do cartão em

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Conclusão As fichas de depósitos devem ser preenchidas pelo


Assim, como demonstrado, as administradoras de car- cliente ou por funcionário do Banco, normalmente por fun-
tão de crédito em sentido estrito não exploram dinheiro cionários do Banco, constando, especificamente, os valores
como mercadoria, haja vista que o objeto principal de sua em cheque e em dinheiro, sendo que uma das vias da ficha
atividade é a prestação remunerada de serviços, consisten- será entregue ao cliente e a outra será o documento contábil
tes na concessão de autorizações de compras, na resolução do caixa.
de questões decorrentes da posse e do uso do cartão e no O depósito tanto pode ser feito em dinheiro corrente,
pagamento das transações procedidas pelo portador, entre como em cheques, que serão resgatados pelo Banco deposi-
outros. tário junto ao serviço de compensação de cheques, ou pelo
Destarte, sendo apenas empresas comerciais e prestado- serviço de cobrança.
ras de serviços, elas não se inserem na definição contida no Os depósitos em dinheiro produzem o imediato crédito
art. 17 da Lei nº 4.595/64. Por isso, não precisam de autoriza- na conta corrente em que foi depositado, mas os depósitos
ção do Banco Central do Brasil para funcionar e não sofrem em cheque só terão o crédito liberado após sua compensa-
a ingerência direta dessa autarquia e do Conselho Monetário ção.
Nacional.
Destaque-se, ao ensejo, que, no caso das administrado- RDB
ras de cartão de crédito que, a um só tempo, são instituições Recibo de Depósito Bancário. Ativo de Renda Fixa
financeiras, recaem sobre elas a referida regulação e a su- destinado às aplicações de pessoas físicas e jurídicas.
pervisão, nos termos do art. 10, inciso IX, da Lei nº 4.595/64. Com prazo de vencimento predefinido, o RDB conta com
rentabilidade fixada no ato de sua emissão, pré ou pós-fixa-
da. Assim, no final do prazo contratado, o investidor recebe o
valor aplicado (principal), acrescido da remuneração prevista.
3 - PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS. O RDB pode ser emitido por bancos comerciais, múl-
3.1 - DEPÓSITOS À VISTA, DEPÓSITOS A PRAZO tiplos, de desenvolvimento e de investimento, e por socie-
(CDB E RDB) E LETRAS DE CÂMBIO. dades de crédito, financiamento e investimento. Por ser um
título nominativo, intransferível, não é admitida negociação
em mercado secundário. Mas pode ser resgatado junto à ins-
tituição emissora antes do prazo contratado, desde que de-
Existem diversos produtos financeiros: empréstimos em corrido o prazo mínimo de aplicação. Antes do prazo mínimo
conta-corrente, credito pessoal, desconto de títulos, opera- não são auferidos rendimentos.
ções de cambio, adiantamento a depositantes, cheque es-
pecial, hotmoney, capital de giro, repasses de BNDES, opera- CDB
ções de factoring e credito rural, etc. Certificado de Depósito Bancário . Um dos investimen-
Os produtos financeiros atuam realizando o rendimento tos mais populares do mercado, instrumento tem como atra-
de valores investidos, ou seja, proporcionando um ganho so- tivos liquidez e cobertura do Fundo Garantidor de Crédito*
bre o valor que a pessoa ou instituição já possui. O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos ins-
Os produtos financeiros são comercializados por insti- trumentos financeiros mais tradicionais do mercado brasilei-
tuições financeiras como bancos, cooperativas e corretoras ro e o título de Renda Fixa mais adquirido pelo investidor
de valores, cada uma delas oferecendo produtos específicos. pessoa física. Instituído pela Lei Nº 4.728, de 14 de julho de
1965, o papel é também uma importante fonte de captação
de recursos para as instituições financeiras.
Depósitos à vista, depósitos a prazo (CDB e RDB) e Para os investidores, os principais atrativos do CDB estão
letras de câmbio. na possibilidade de contratação do ativo com liquidez diária
O  depósito  nada mais é que a entrega de um nume- e o fato do instrumento ser elegível à cobertura do Fundo
rário (dinheiro)  ao Banco, para que este o guarde (ou apli- Garantidor de Crédito (FGC)*. O risco de quem adquire um
que) para o cliente, e lhe restitua, total ou parcialmente, ou CDB está diretamente associado à solidez de seu emissor,
na época combinada, ou quando este pedir. Os depósitos são uma instituição financeira.
classificados em “depósito a vista” e “depósito a prazo”. As características do CDB são determinadas no momento
Os depósitos a vista são aqueles que o cliente quer dei- de sua contratação. Na ocasião, prazo e forma de rendimen-
xar o dinheiro à sua disposição, para sacar tudo ou uma par- to são previamente definidos. Sua remuneração, que pode
cela, a qualquer hora que lhe seja necessário. Normalmente ser prefixada ou pós-fixada, é baseada em diversos indexa-
os depósitos a vista são feitos em conta corrente. dores. O mais utilizado é a Taxa-DI Cetip.
Já os depósitos a prazo são  investimentos que não es- As aplicações em CDBs acima de R$ 5 mil devem ser re-
tão à imediata disposição e liberação ao cliente. Este deve ou gistradas em uma câmara de ativos e contar com a identifi-
aguardar um prazo de vencimento, para resgatá-los, ou dar cação do nome do investidor. Essa obrigatoriedade é válida
um aviso antecipado, a instituição financeira de que pretende quando o CDB for emitido por uma mesma instituição finan-
seu numerário. ceira, em um mesmo dia, em favor de um mesmo investi-
Normalmente os depósitos são feitos no Caixa do Ban- dor. A Circular 3709, que de passou a vigorar em março de
co, que recebe o dinheiro e autentica a ficha de depósito 2015 para novos CDBs e valerá em agosto para CDBs os
que vale como prova de que foi feito o depósito e que o antigos, é que determina essa regra. A Cetip faz registro de
cliente entregou o dinheiro ao Banco. CDBs desde 1986 e é líder nesse mercado.

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

*Até os limites estabelecidos pelo fundo para depósitos Letra de Cambio


ou créditos por CPF/CNPJ e por instituição financeira de um Ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, a
mesmo conglomerado. Letra de Câmbio (LC) não é um investimento em renda variável
e muito menos possui relação com negócios feitos em moeda
Rentabilidade estrangeira.
A taxa paga pelos bancos pode ser pré-fixada, pós-fi- Essa informação é uma surpresa para você?
xada ou flutuante, essa última atrelada a um percentual da Pois você se espantará ainda mais ao descobrir, ao final
variação de um índice, que pode ser a TR, TJLP, CDI, ou um deste post, que os investimentos em LCs (caso sejam feitos
índice de inflação, como o IGP-DI ou IGP-M. Nos CDBs pré- com a estratégia adequada), são muito interessantes quando
fixados, como o próprio nome já sugere, você sabe na hora o assunto é renda fixa!
da compra quanto irá receber em juros, enquanto nos pós- Não tire os olhos das próximas linhas, pois muitos inves-
fixados a remuneração que você receberá só será definida tidores estão perdendo a oportunidade de investir nessa apli-
depois do vencimento do título. cação de baixo risco e alta rentabilidade por puro desconhe-
Normalmente, as aplicações têm prazos que variam en- cimento! 
tre 30 dias e 180 dias. Em geral os bancos concedem taxas
melhores de acordo com o volume investido, isto é, quanto O que é Letra de Câmbio (LC)?
maior o investimento, melhor deve ser a taxa que você rece- Se você sabe alguma coisa sobre o investimento em CDB
berá do banco. ou no Tesouro Direto, vai ser bem fácil entender o que é uma
Letra de Câmbio - na sigla: LC.
Riscos de investimento Assim como os CDBs são títulos privados emitidos pelos
Ao aplicar seu dinheiro em um CDB, o maior risco é de bancos para financiar suas atividades e o papéis do Tesouro Di-
que o banco que emitiu o CDB fique inadimplente, ou seja, reto são títulos públicos lançados pelo governo pela mesma ra-
que o banco quebre antes de pagar seus clientes. Nesse zão, as Letras de Câmbio são papéis emitidos para capitalizar as
caso, a aplicação é garantida pelo Fundo Garantidor de Cré- financeiras (como Fininvest, BV Financeira, Cacique, Crefisa, etc.).
dito (FGC), vinculado ao Governo Federal, até um valor máxi- O nome Letra de Câmbio vem do sentido de troca. Câm-
mo de R$ 20.000,00 por CPF. Vale lembrar que os fundos de bio no sentido de trocar o investimento feito agora pela ren-
investimento não se beneficiam com recursos do FGC. tabilidade que será recebida no futuro. Não tem nada a ver
Assim como grande parte dos fundos de renda fixa, os com dólar.
CDBs pré-fixados se beneficiam de liquidez diária, isto é, você Essas financeiras (sociedades de crédito, financiamento e
pode sacar seu dinheiro a qualquer momento, mas assim investimento) são muito menores do que os bancos e emitem
como acontece com os fundos, se o saque acontecer antes esses títulos que ainda são pouco conhecidos dos investido-
de 30 dias terá de pagar IOF regressivo, isto é, quanto mais res. São por essas duas razões que as LCs costumam ter boa
tempo deixar o dinheiro investido menos paga em IOF. No remuneração, o que as tornam um investimento bastante in-
vencimento do CDB, você recebe um crédito automático em teressante.
sua conta corrente, já descontado o pagamento de imposto Vale a pena destacar que, assim como o crédito da Letra
de renda sobre o rendimento bruto do CDB no período. de Crédito Imobiliário (LCI) só pode ser lastreado em projetos
do ramo imobiliário (e a Letra de Crédito do Agronegócio -
DPGE LCA, nos do agronegócio), os recursos da LC apenas podem
Depósito a Prazo com Garantia Especial. Instrumen- ser direcionados a operações de compra de bens e serviços
to de captação de instituições financeiras (financiamentos).
O DPGE é um título de renda fixa representativo de
depósito à prazo criado para auxiliar instituições financei- Letra de Câmbio: vantagens e desvantagens
ras – bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento, de Vantagens
investimento, além de sociedades de crédito, financiamento • baixo risco;
e investimentos e caixas econômicas – de porte pequeno e • ​proteção do Fundo Garantidor de Créditos (será ex-
médio a captar recursos. Assim, confere ao seu detentor um plicado abaixo);
direito de crédito contra o emissor. • ​podem ser pré ou pós-fixadas;
Criado em abril de 2009, quando o Conselho Monetário • ​rentabilidade, em geral, bem maior do que a poupança.
Nacional - CMN emitiu a Resolução no. 3692, é destinado Desvantagens 
a investidores pessoa física e jurídica. Em 2012, o CMN, por • sofre incidência de Imposto de Renda (IR);
intermédio da Resolução no. 4415, criou uma nova moda- • pode ter carência (o que exige do investidor a aplica-
lidade do ativo, conhecida como DPGE II. Esta versão tem ção de recursos que ele não necessite no curto prazo).
como diferencial ser elegível ao Fundo Garantidor de Cré-
dito (FGC).  Além disso, os prazos devem se ajustar aos em- Letras de Câmbio são tão seguras quanto a poupança?
préstimos que os bancos usarão como lastro. As demais ca- Certamente. Todo mundo diz que a caderneta de poupança
racterísticas são iguais às da primeira modalidade de DPGE. é segura. Mas você já parou para se perguntar por qual razão?
Os DGPEs podem remunerar a taxas pré ou pós-fixa- O baixo risco de crédito (calote) da poupança se dá
das. O prazo de resgate é determinado no momento da pela proteção assegurada pelo Fundo Garantidor de Cré-
contratação, mas não pode ser inferior a 12 meses nem ditos (FGC) que, em caso da falência de uma instituição fi-
superior a 36. Uma característica importante é a não poder nanceira, garante ressarcimento aos seus investidores de
resgatar antecipadamente nem parcialmente. até R$ 250 mil, por CPF e por instituição.

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Todas as instituições financeiras são associadas obrigatoriamente ao FGC, contribuindo com uma porcentagem dos
depósitos (2%) para a manutenção do fundo.
A questão é que o FGC não ampara apenas os investimentos em poupança. CDB, LCI/LCA e, é claro, as Letras de Câm-
bio (LC), também possuem a mesma proteção da caderneta. Apesar de terem a mesma proteção, a Letra de Câmbio tem
rentabilidade superior à da poupança. 

Como funciona o rendimento das Letras de Câmbio?


Assim como o CDB e o Tesouro Direto, as Letras de Câmbio podem ser remuneradas de forma pré ou pós-fixada.
É mais comum encontrar Letra de Câmbio pós-fixada, com rendimento atrelado a um percentual do CDI. Mas, em teo-
ria, elas podem ser de 3 tipos distintos de cálculo do retorno:
Letra de Câmbio pós-fixada
Nessa forma de remuneração, você não conhece previamente qual rendimento sua aplicação terá, mas sabe qual índice
vai norteá-la. Em geral, a LC pós-fixada é atrelada ao CDI, um índice que está sempre próximo à Selic.
Nessas LCs, paga-se um percentual do CDI (por exemplo, 120%). Entretanto, existem também Letras de Câmbio vincu-
ladas a outros referenciais, como IPCA ou IGPM.
Letra de Câmbio prefixada
Na LC prefixada, você sabe exatamente qual rendimento terá já no momento da aplicação. Por exemplo: Letra de Câm-
bio que renda 11% ao ano.
Letra de Câmbio híbrida
Está atrelada a mais de um indicador. Por exemplo, Letras de Câmbio vinculadas ao CDI e ao IPCA (como, por exemplo,
CDI + 2% ou IPCA + 6% ao ano).

Como investir em LC?


Antes de investir em LC, é preciso pesquisar os diversos títulos disponíveis no mercado financeiro, uma vez que, como
dissemos acima, as instituições menores costumam pagar mais para atrair investidores.
Para o sucesso dessa tarefa, o ideal é recorrer a uma corretora de valores independente (que trabalha com diversas
instituições, diferentemente de um banco, que só comercializa os produtos de sua própria instituição).

3.2 - COBRANÇA E PAGAMENTO DE TÍTULOS E


CARNÊS.

A cobrança bancária tem por finalidade processar mediante registro a cobrança de títulos entregues ao Banco através
de borderaux de cobrança, referentes ao faturamento das empresas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Para tal são emitidos bloquetes e entregues aos sa-


cados, ficando o Banco incumbido do controle, acatando 3.4 – COMMERCIALPAPERS.
sempre que solicitado pelo cedente instruções para altera-
ções de cobrança necessárias. Os boletos são emitidos em
substituição às duplicatas, notas promissórias, de câmbio,
recibos ou cheques e têm o poder de circular pela câmara Assim como as debêntures, os commercial papers são
de compensação. títulos de dívida emitidos por empresas, que podem, ou não,
Pelo motivo  da grande  concorrência e à necessidade ser financeiras. Contudo, ao contrário das debêntures, têm
de qualificar cada vez mais o produto, foram criados dife- um prazo mais curto de duração, e são indicados para inves-
rentes e sofisticados tipos de cobrança baseados na tecno- tidores interessados em aplicações de curto prazo.
logia dos recursos da informática. O prazo mínimo dos commercial papers é de 30 dias e o
O fluxo de cobrança bancária se resume: em quem máximo de 360 dias. Os recursos obtidos com a emissão dos
vende (cedente) e quem compra (sacado) e no banco, que commercial papers em geral são usados para financiar as
atividades de curto prazo da empresa, ou necessidades de
faz a intermediação da operação, recebendo o valor do sa-
capital de giro, como a compra de estoques, o pagamento
cado e repassando ao cedente.
de fornecedores, etc.
Os Bancos oferecem diversas formas de procedimen-
tos, os quais tem custos valores diferenciados se guindo as Rentabilidade
modalidades apresentadas a  seguir: A rentabilidade dos commercial papers é definida pelos
a)  convencional; juros pagos pela empresa ao investidor, juros estes que po-
b)  cobrança pré-impressa sem registro; dem ser pré-fixados (maioria dos casos), pós-fixados, neste
c)  cobrança pré impressa com registro; caso baseado no desempenho de um indexador definido no
d)  cobrança escritural; contrato. Também existe a possibilidade de emissão de com-
e)  cobrança por teleprocessamento. mercial papers em dólares, que são uma boa alternativa para
A cobrança de títulos é de extrema importância aos quem está buscando aplicar em dólar.
bancos comerciais, pois estreitam relações entre o banco e Por se tratar de emissões de curto prazo, a garantia
seus clientes podendo assim ofertar outros tipos de produ- da operação em geral está vinculada à situação financeira
tos de seu portifólio. da empresa. Da mesma forma que com as debêntures, há
a necessidade de registrar a emissão junto à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) e contratação de uma instituição
financeira para a intermediação.
3.3 - TRANSFERÊNCIAS AUTOMÁTICAS DE Se desejar é possível vender um commercial paper antes
FUNDOS. do vencimento para outro investidor, para isso basta trans-
ferir a sua titularidade através de endosso. Por outro lado, a
empresa também pode resgatar antecipadamente um com-
mercial paper, mas para isso é preciso que tenha decorrido o
Transferências Automáticas De Fundos prazo mínimo de 30 dias.
As transferências legais são regulamentadas em leis
específicas. Essas leis determinam a forma de habilitação, Agora que você já sabe um pouco mais sobre outras
transferência, aplicação de recursos e prestação de contas. aplicações em renda fixa além do CDB, fica a dúvida sobre
onde comprar, ou o que fazer para investir o seu dinheiro.
Há duas formas de transferências legais:
No caso dos títulos emitidos pelas instituições financeiras,
como os CDBs e as letras hipotecárias, a resposta é bastante
 Transferências automáticas;
simples. Basta entrar em contato com o banco onde você
Transferências fundo a fundo: repasse por tem conta ou qualquer outra instituição financeira para sa-
meio da descentralização de recursos diretamen- ber das oportunidades de investimento.
te de fundos da esfera federal para fundos  da  esfera Já no caso das debêntures, apesar de poderem ser ne-
estadual, municipal e do Distrito Federal, utilizadas nas gociadas em Bolsa de Valores, na maioria das vezes as de-
áreas de saúde e de assistência social. bêntures são negociadas em mercado de balcão. O mercado
Ambas as modalidades de transferências legais dispen- de balcão define a compra e venda de títulos fora do am-
sam a celebração de convênio, ajuste, acordo ou contrato. biente das bolsas, através de contato direto com os bancos
de investimentos, bancos múltiplos com carteira de inves-
Público-alvo: timento, sociedades corretoras e sociedades distribuidoras.
As transferências automáticas e fundo a fundo são rea- Em junho de 1998 a negociação de debêntures foi sim-
lizadas, regular e automaticamente, da União para os esta- plificada com a criação do SND - Sistema Nacional de De-
dos e municípios, para o financiamento de ações e/ou pro- bêntures. O SND tem como objetivo de registrar, permitir a
gramas de interesse do governo federal, mediante emissão negociação, custódia e a liquidação financeira de operações
de Ordem Bancária do Tesouro para crédito automático nas realizadas com debêntures no mercado de balcão brasilei-
contas correntes dos favorecidos (estados, municípios, or- ro, facilitando a negociação destes papéis. Exatamente por
ganizações não-governamentais etc). isso a maioria das emissões públicas de debêntures é re-
gistrada no SND.

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

De modo geral podemos ainda afirmar que as insti-


3.5 - ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS tuições bancárias, disponibilizam aos seus clientes, a quase
PÚBLICAS. totalidade das suas operações de prestação de serviços e in-
vestimentos para o acesso e o conforto dos seus clientes, das
suas próprias residências, como Verdadeiros bancos virtuais.

A arrecadação de Tributos e Tarifas Públicas é um serviço Remote Banking (Banco Virtual)


prestado às instituições públicas, em regra por força de acor- Para que houvesse uma redução de custos de interme-
dos e convênios específicos, que estabelecem as condições diação financeira, os bancos concluíram que havia necessida-
de arrecadação e repasse desses tributos/tarifas. de de reduzir o trânsito e a fila de clientes nas agências.
Para os entes estatais a vantagem é a facilitação da arre- Esse o motivo para o aprimoramento dos Bancos 24 ho-
cadação, à medida que oterá maior facilidade para o paga- ras, onde se dá o atendimento remoto (fora das agências) da
mento, o que contribui, decisivamente, para o adimplemento clientela.
pontual dos débitos. Esse tipo de atendimento se utiliza da rede banco 24 ho-
Acresça-se, ainda, que a centralização da arrecadação em ras (saques, depósitos, pagamento de contas, solicitação de
determinados Bancos facilita o controle de caixa e dos débitos entrega de talões de cheques, etc), empresas tipo balcão ele-
dos contribuintes.   trônico,cartões magnéticos em redes de postos de gasolina,
Para os bancos também há vantagens: se de um lado redes de lojas e etc.
despende com a estrutura de sua máquina para um serviço
em favor da Entidade Pública, de outro lado recebe um fluxo
maior de recursos, que permanecem em seu caixa ¨C além, é
claro, de ser um fato de aproximação, senão até de expansão, 3.7 - CORPORATE FINANCE.
de sua clientela.

Corporate Finance, ou traduzindo, Finanças Corpora-


3.6 - HOME/OFFICE BANKING, REMOTE tivas ou Finanças Societárias é uma area de finanças en-
BANKING. volvendo as decisões financeiras tomadas pelos negócios e
as ferramentas e analises também usadas para tomar estas
decisões. O objetivo principal da finança corporativa é a si-
multanea maximização da valorização da sociedade e a ad-
Internet Banking - Home/Ofice Banking ministração dos riscos financeiros da empresa.
Dos serviços disponíveis no mercado, se destaca o Inter- No serviço de Corporate Finance são realizadas ope-
net/Home-Ofice Banking, que disponibiliza para o cliente, a ob- rações com o objetivo de fundamentar análises e decisões
tenção da quase totalidade dos serviços obtidos nas redes de financeiras estratégicas voltadas para o benefício do seu
Agências, os quais passam a ser tratados pelo próprio cliente, negócio. O principal objetivo é a administração dos riscos fi-
que mediante senha específica, efetua transferências de valores, nanceiros, e ao mesmo tempo, a valorização da empresa.
obtém extratos, saldos, movimenta suas aplicações nas mais di- Em um ambiente marcado pela facilidade do fluxo de
versas modalidades, efetua o pagamento de suas contas, trans- capitais entre organizações e instituições financeiras de di-
mite dados para o processamento de cobrança bancária e suas versos países e pela necessidade de novas oportunidades, as
instruções, acessando ainda toda a movimentação da mesma. soluções de Coporate Finance podem aumentar a geração
O Home Banking conecta o computador do cliente ao de valor para as empresas. Por isso, listamos aqui 5 motivos
do banco com o intuito de trocarem informações a respeito para se contratar o serviço de Corporate Finance:
de saldo e movimentação em conta corrente, de cobrança, 1. A intermediação de fusões, cisões, aquisições e incor-
aplicações, resgates, operações de empréstimos, cotação de porações de empresas, ou seja, são utilizados conhecimen-
moedas, índices e bolsas de valores, saldo de poupança. tos do mundo das operações financeiras e de investimentos
A comunicação é constituída de duas vias, tanto o banco de forma a tornar possível essas operações, seja com recur-
pode obter informações do que o cliente necessita quanto o sos nacionais ou recorrendo a recursos do exterior;
cliente pode obter informações sobre o banco. 2. A intermediação de processos de reorganização, avalia-
Pode ser feita por linha telefônica ou através de comu- ções econômico-financeiras e assessoria em litígios, também
nicação do próprio banco, via satélite, com garantia total de auxiliando e avaliando o melhor retorno para o seu negócio;
conexão, proporcionando segurança, velocidade e qualidade. 3. O suporte à reestruturação do capital financeiro ou de
As condições de segurança oferecida pelo banco dizem dívida, visando sanar problemas financeiros e permitir a con-
respeito principalmente ao acesso, ao home banking, através tinuidade dos negócios, através de fundos de investimento
de senha com absoluto sigilo e limita o acesso às informações. disponíveis no mercado;
Para garantir a segurança da transmissão os dados são 4. As estratégias de inversões, desinvestimentos, e de-
criptografados(codificação secreta e segura). finição de alianças estratégicas, referindo-se e seguindo as
O Home Banking tem sido mais utilizado ultimamente tendências de evolução dos investimentos empresariais;
através da Internet passando a ser chamado de Internet 5. E o auxílio na prevenção e no gerenciamento de cri-
Home Banking ¨Cmas os serviços oferecidos são exata- ses financeiras, e em sua reestruturação. Desta forma, já se
mente os mesmos do Home Banking sem a Internet. identifica, planeja e previne qualquer crise futura.

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Gestão profissional. Os fundos mútuos oferecem aos


3.8 - FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO. investidores acesso a gestores financeiros profissionais, em
horário integral, que têm a habilidade, experiência, e recursos
para comprar, vender e monitorar os investimentos ativamen-
te.
Fundos mútuos oferecem oportunidades para diversos Viabilidade Financeira. Os investimentos iniciais na
investidores, que compartilham objetivos de investimento maioria dos fundos são razoáveis para o investidor em geral,
semelhantes, de associarem seu dinheiro e tê-lo investido e e a exigência de investimentos adicionais são menores do que
gerido por gestores de investimento profissionais. Um fundo as de investimento inicial.
pode estar investido em ações, títulos e instrumentos finan- Diversificação. Um investimento num fundo mútuo ge-
ceiros com alta liquidez. Os gestores de carteira selecionam e ralmente inclui um número de diferentes ativos. Por exemplo,
administram os ativos nos quais o fundo esteja posicionado, carteiras de fundos de ações diversificadas normalmente pos-
e os investidores partilham dos rendimentos, despesas, e de suem uma série de ações que representam diferentes empre-
qualquer ganho ou perda que o fundo incorra nesses investi- sas, diferentes indústrias e muitas vezes até diferentes países.
mentos, na proporção das suas cotas. A diversificação pode ajudar a reduzir o risco financeiro ine-
Como os fundos mútuos podem atender às minhas ne- rente ao investimento. Enquanto um dos ativos diminui em
cessidades? valor, outro investimento na carteira pode aumentar de valor.
Existem diversos tipos de fundos mútuos com objetivos Flexibilidade. Muitos fundos mútuos fazem parte de
diferentes para atender às necessidades do investidor. Em uma “família de fundos”, e o investidor pode trocar suas cotas
geral, existem três tipos básicos: fundos de ações, fundos de de um fundo para outro na mesma família quando seu obje-
renda fixa e fundos balanceados. tivo de investimento muda. Por exemplo, Franklin Templeton
Investments oferece fundos da Franklin, Templeton e Franklin
Tipos de Fundos Mútuos Mutual Series.
• Fundos de ações investem em ações ordinárias de Liquidez. Isto significa que é fácil resgatar algum ou todo
empresas de capital aberto, geralmente tendo valorização do o valor que foi investido. Com a devida notificação por escrito
capital como objetivo. pode-se normalmente resgatar o valor solicitado em 7 dias
• Fundos de renda fixa investem em títulos de empre- úteis. Certamente, o valor das cotas a ser resgatado pode ser
sas, de governos e municípios, geralmente tendo rendimen- maior ou menor do que o custo original.
tos correntes como objetivo. Como são avaliados os Fundos Mútuos?
• Fundos balanceados variam seus ativos entre ações, O valor de um fundo mútuo é igual ao valor total do mer-
títulos e instrumentos financeiros de alta liquidez dependen- cado de todos os ativos e moeda(s) em que o fundo esteja
do das atuais condições do mercado, tendo como objetivo alocado. Conhecido como valor do ativo líquido (NAV - Net
uma combinação tanto de rendimento corrente quanto de Asset Value, em inglês), este valor é calculado diariamente e
aumento do capital. modifica-se com a elevação ou queda no valor de mercado
Existem outras distinções entre os fundos mútuos que en- dos ativos em carteira, o que oferece ao investidor maior
volvem diferentes estilos e focos de investimento. Essas distin- transparência.
ções criaram uma ampla seleção de fundos mútuos, de forma a
atender a necessidade de cada investidor e incluem o seguinte:

Estilos de Investimento 3.9 - HOT MONEY.


• Valor - investem em ações de empresas que estejam
sendo negociadas abaixo de seu valor intrínseco ou oportuni-
dades que tenham sido ignoradas pelo mercado.
• Crescimento - investem em ações de empresas com Imagine a seguinte situação: sua empresa precisa realizar
crescimento de receita e lucros acima da média ou em empre- um pagamento de alto valor de um fornecedor e não tem
sas que estejam bem posicionadas para se capitalizarem com Capital de Giro para isso.
a tendência de crescimento de longo prazo. Como a tesouraria precisa do dinheiro para ontem, o que
mais quer é evitar burocracias que atrasem o processo. Hot
Foco de Investimento Money foi uma das alternativas cogitadas.
• Fundos globais investem em qualquer parte do mundo.
• Fundos de Países ou Regionais investem em um país O que é Hot Money?
ou região específica. Apesar de ter um nome um tanto quanto diferente (para
• Fundos Setoriais investem apenas em empresas de não dizer peculiar), Hot Money é um empréstimo de di-
uma indústria específica. nheiro. A diferença é que ele trata de empréstimos em
Uma série de opções elaboradas para atender aos obje- curto prazo (ou curtíssimo), entre 1 a 29 dias.
tivos específicos dos investidores são apenas um dos muitos Lembra daquela brincadeira chamada “batata quente”?
benefícios do investimento em fundos mútuos. Pois bem, traduzindo, Hot Money significa dinheiro quente.
Imagine que seja como na brincadeira: você pega o objeto
Por que investir em Fundos Mútuos? e passa correndo para outra pessoa (no caso, a empresa
Fundos mútuos oferecem muitos benefícios para aju- recebe o empréstimo e vai correndo cumprir suas obriga-
dar você a atingir seus objetivos de investimento. ções).

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Observe que a definição de Hot Money deixa claro que ele é uma alternativa para empresas que precisam realizar um
pagamento e não têm Capital de Giro. Serve como um ajuste do deslocamento de dinheiro do caixa de uma forma
muito mais rápida, para cobrir despesas imediatas sem burocracia.

Resumindo: o objetivo do Hot Money é resolver problemas pontuais da tesouraria. Exatamente por isso ele é con-
siderado como um crédito de curto prazo.

Claro que o ideal é não ter que recorrer ao Hot Money e, por isso, administrar o capital de giro da empresa signi-
fica avaliar se falta ou sobra recursos financeiros e analisar os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a
compras e vendas.

Todavia, o primeiro passo para a empresa evitar correr atrás de Hot Money é ela planejar e estimar os ganhos, despesas
e investimentos que terá em um período futuro, geralmente de 1 a 3 anos. Isso é possível por meio do Orçamento Empre-
sarial.

Quando usar o Hot Money?

A principal finalidade do Hot Money, e também sua principal importância, é ser uma ferramenta utilizada por pessoas
jurídicas exclusivamente para cobrir necessidades imediatas de recursos de curtíssimo prazo.

Importante ressaltar que essas obrigações entram no Balanço Patrimonial (BP) da empresa como passivos (contas onde
são registrados os deveres e obrigações da organização, como por exemplo, fornecedores, empréstimos e financiamentos,
obrigações fiscais e sociais etc.).

O Balanço Patrimonial é essencial para manter um controle de custos e também para acompanhamento do patrimônio
da empresa. Além disso, com ele é possível ter a visão consolidada da evolução da empresa em um determinado intervalo
de tempo. Preparamos um modelo de planilha, no qual você conseguirá ter essa visão melhor.

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

E já que o BP demonstra todos os ativos (bens e direitos) e passivos (dívidas e deveres) da empresa, bem como se o
patrimônio acumulado está em ascensão ou declínio, é fundamental utilizá-lo para controlar o dinheiro que entra e sai da
empresa (e, por consequência, avaliar tomadas de decisão que dizem respeito à necessidade de empréstimos).

Vantagens e desvantagens do empréstimo de curto prazo


O Hot Money é uma ferramenta emergencial e serve para apagar incêndios da área de tesouraria. Sua principal van-
tagem é permitir organizações resolverem, de maneira bem pontual, as necessidades da tesouraria com financia-
mentos de curtíssimo prazo.  
Por ter menos burocracia (o que é outro ponto positivo) o Hot Money permite que os fundos necessários para apoiar
o capital da empresa sejam disponibilizados rapidamente.
Se a utilização do Hot Money é uma vantagem quando a empresa precisa resolver casos emergenciais ou pontuais,
dependendo do ponto de vista, esse crédito de curto prazo pode sinalizar uma desvantagem. Isso porque se a empresa re-
correr a essa ferramenta com muita frequência pode estar com um problema sério que poderá acarretar em consequências
negativas no futuro.
Como as taxas de juros do Hot Money são altas e os prazos para pagamento da dívida são mais estreitos, dependendo
do caso, a solução é procurar por uma linha de crédito com taxas de juro menores e prazos alargados. Recorrer a Capital
de Terceiros pode ser uma alternativa nesse caso.

Dica Extra: Capital Próprio ou Capital de Terceiros?


Entendemos que Hot Money é utilizado em casos de emergência. Todavia, se a utilização do crédito de curto prazo
é algo frequente, sugerimos que o controller avalie se não está na hora de buscar por Capital de Terceiros ou investir em
Capital Próprio:
• Capital Próprio tem a ver com o patrimônio líquido (PL), ou seja, sua origem está na própria atividade econômica
e pode ser avaliado pelos lucros, por exemplo. Em outras palavras: são os recursos que provém dos proprietários (ou de
sócios e acionistas).
• Capital de Terceiros está relacionado com o passivo real ou passivo exigível (obrigações da empresa com tercei-
ros) e representa todos os investimentos feitos por meio de recursos de entidades externas. Um dos exemplos mais comuns
nesse caso são os financiamentos e empréstimos, sejam de curto, médio ou longo prazo. O fluxo de caixa neste caso é
contratual, representado pela obrigatoriedade do pagamento de encargos contratuais.

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Hot Money ou outra alternativa de injeção de capital? Contabilizando os valores, chegamos à conclusão que:
Existem várias maneiras de a empresa conseguir inje- Empréstimos: R$ 150.000,00
ção de capital. No caso do Hot Money, ele é uma alterna- (-) IOF: R$ 74,00
tiva emergencial, ou seja, somente deve ser usado para Líquido em Conta Corrente: R$ 149.926,00
cobrir necessidades imediatas de recursos de curtíssimo Entendendo melhor: no caso do nosso exemplo a empre-
prazo. Caso a empresa comece a fazer uso frequente desta sa efetuou uma operação de R$ 150.000,00 e recebeu, líquido
opção de crédito, é porque algo pode estar errado e sua na conta corrente, o valor de R$ 149.926,00.
empresa vai pagar caro por isso.
O controller é o profissional indicado para fazer esta O Hot Money é um tipo de empréstimo de curto
avaliação. Quando a empresa precisa constantemente in- prazo, sendo uma alternativa para empresas que preci-
jetar capital de forma emergencial é porque, talvez, esteja sam realizar um pagamento e não têm Capital de Giro.
na hora de pensar em um investimento que traga maior Dizemos ainda que seu objetivo é o de resolver problemas
retorno financeiro e evite que o Hot Money seja utilizado pontuais da tesouraria. Por isso, operações de Hot Money são
consideradas como um crédito de curto prazo.
para apagar incêndios.
Ressaltamos que assim como qualquer empréstimo, é pre-
Além disso, é necessário também investigar a raiz do
ciso ter cautela ao optar pelo Hot Money e avaliar todas as alter-
problema, analisando as divergência do orçamento. Conve- nativas da empresa. Os Indicadores Financeiros para Análise
nhamos que, se a empresa não possui métricas suficientes de Investimentos permitem ao controller fazer uma análise
para identificar o que está acontecendo com suas vendas mais completa das opções que possui para injetar capital.
e despesas, fica quase impossível resolver os problemas, Além disso, é necessário verificar a Necessidade de Ca-
certo? pital de Giro e, avaliar os prazos médios de pagamento e
No entanto, antes mesmo de pensar em quem poderá recebimento.
ajudar a injetar capital na empresa (ou como isso será feito)
é preciso fazer uma análise bem completa sobre a viabi-
lidade do investimento. Para essa tarefa, profissionais da
área de finanças fazem uso de um arsenal de ferramentas 3.10 - CONTAS GARANTIDAS.
conhecidas como Indicadores Financeiros para Análise
de Investimentos.

Contratando Hot Money Modalidade de Capital de Giro, onde a instituição finan-


O crédito de curto prazo Hot Money é contratado via ceira disponibiliza um limite de crédito, mediante abertura de
banco ou qualquer outra instituição financeira. Geralmente, uma conta corrente, com garantia de recebíveis ou até mes-
a agência bancária recebe a proposta do cliente, avalia e, se mo garantia real.
aprovada, cria um contrato de Hot. A conta garantida é uma conta empréstimo separada da
No contrato são estabelecidas regras, prazos de paga- conta corrente, com limite de crédito de utilização rotativa
mento (até 29 dias) e taxas de juros. Como cada banco pos- destinado a suprir eventuais necessidades de capital de giro
sui suas tarifas, a recomendação é que a empresa procure a de pessoas jurídicas em geral.
instituição financeira que possui conta bancária. Mas para O limite de crédito é definido pela instituição financeira
você ter uma ideia, a taxa do hot money é definida pela conforme capacidade de pagamento da empresa.
taxa do CDI do dia da operação acrescida do custo do PIS e O prazo é definido pela instituição financeira - em média
os contratos são formalizados em 120 dias -.
da Cofins sobre o faturamento da operação.
Por solicitação do cliente, a instituição financeira trans-
fere o valor desejado, até o limite contratado, para a conta
Simulação Hot Money: como calcular?
corrente.
Quando a operação de Hot Money é efetuada, o banco Para cálculo dos juros devidos, as instituições financeiras
cobrará o IOF. No momento da contratação, a instituição fi- somam os valores utilizados em um determinado período
nanceira cobrará, então, os juros. Para exemplificar, analise (mês cheio ou 30 dias corridos) e, sobre o somatório, aplicam
a situação abaixo: a taxa mensal de juros convertida para um dia.
Vamos imaginar um operação de Hot Money efetuada Além do IOF incidente sobre os prazos e valores utiliza-
junto ao banco X no valor de R$ 150.000,00 com um prazo dos, conforme legislação em vigor .
de 12 dias. O Banco irá reter o IOF creditando o líquido em Nessa modalidade, o IOF é cobrado somente após a utili-
Conta Corrente. zação do crédito e para calcular o valor devido as instituições
Como primeiro passo, temos o cálculo da taxa de IOF financeiras somam os valores utilizados em um determinado
de 0,0041% ao dia. Fazendo o cálculo para 12 dias temos: período (mês cheio ou 30 dias corridos).
0,0041 x 12 = 0,0492% Sobre o somatório, aplicam a alíquota para um dia.
Sendo assim, entendemos que a taxa para o período A forma de pagamento dos encargos ocorre ao final de
de 12 dias de empréstimo é de 0,0492%. Continuando, te- cada mês ou na data de aniversário do contrato.
mos que: O principal poderá se amortizado total ou parcialmente a
Valor do IOF = R$ 150.000,00 x Taxa do Período qualquer tempo, durante a vigência do contrato, por solicita-
(0,0492%) ção à instituição financeira, que transferirá o valor solicitado
IOF = R$ 73,80 para amortização, da conta corrente para a conta garantida.

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

As garantias são nota Promissória com aval dos sócios • Crédito pode ser usado repetidamente;
ou terceiros que possam apresentar algum bem; penhor de • Tomador faz pagamentos com base apenas no valor
títulos de crédito (caução de duplicatas ou cheques pré-data- que ele realmente utilizou e apenas esse valor será acrescido
dos); alienação fiduciária; hipoteca; por exemplo. de juros e eventuais impostos;
O percentual da garantia será definido pela instituição • Tomador pode pagar parceladamente (sujeito a exi-
financeira. gências de pagamento mínimo), ou integralmente, a qualquer
momento.
Vantagens
Pode-se utilizar o limite de crédito para cumprir as obri- Como funciona o crédito rotativo?
gações por período curto, com isso, pagando menos juros e, O crédito disponível diminui na medida em que o cliente
consequentemente, diminuir os custos financeiros. (tomador) utiliza o crédito e aumenta na medida em que é
Como as duplicatas estão em garantia, a empresa pagará feito o pagamento do principal que já foi utilizado. Ou seja,
uma tarifa menor pela cobrança da mesma, fato este que, seu limite de crédito é recuperado com o pagamento dos ju-
geralmente, não ocorre no desconto de duplicata. ros + extras do principal. Neste tipo de crédito o cliente paga
encargos e impostos somente pelos recursos usados e pelo
Desvantagens tempo que os utilizou.
Um dos grandes vilões desta operação é o IOF, pois cada
vez que o cliente realiza um saque na conta garantida, está Como tenho acesso ao crédito rotativo?
tomando um empréstimo, e será tributado com uma alíquota Após análise de crédito, seu banco irá determinar os limi-
de IOF de 0,38% sobre o valor da operação. tes de seu cartão, incluindo o crédito rotativo. Você precisará
Assim, se o cliente necessita utilizar a conta garanti- também de obter um cartão de crédito, que tem uma anuida-
da por um curto período, por exemplo, 03 (três) dias, e de para ser paga dando direito ao seu uso.
paga a conta garantida após este período, e 02 (dois) dias Cuidado, pois o crédito rotativo pode ser o início de uma
depois pretende usá-la novamente, deve fazer as con- grande armadilha financeira, mesmo com todo planejamento
tas, pois pagará IOF pelas duas utilizações, 038% por cada. possível. (Foto: www.bradesco.com.br)
Se a empresa não tomar cuidado, o IOF da operação pode
ficar mais caro que os juros cobrados. Os perigos do crédito rotativo
Ao optar optar por pagar apenas um mínimo ou um valor
entre o mínimo e o total da fatura do cartão de crédito, você
está optando pelas taxas de juros mais altas do mercado, e
3.11 - CRÉDITO ROTATIVO. no mês seguinte lhe serão cobrados mais juros e encargos
acumulados. Resumindo bem, uma dívida pode ser pequena,
mas aumentar muito com o decorrer do tempo e acúmulo de
gastos no cartão.
O crédito rotativo do cartão de crédito é usado pela pes- Além disso, os brasileiros geralmente tem uma má edu-
soa que não quer ou não pode pagar o valor total da sua cação financeira e o acesso ao crédito rotativo utiliza deste
fatura no vencimento, mas pretende pagar o saldo em bre- pequeno conhecimento como forma de explorar o povo a
ve. Para usar o crédito rotativo no vencimento da fatura, a pensar que as parcelas com juros altos do crédito rotativo são
pessoa deve fazer o pagamento de qualquer valor entre o as melhores opções que eles tem para parcelar uma fatura.
mínimo e total. O restante é automaticamente financiado e Mesmo quando o crédito rotativo é a única opção, brasi-
lançado no mês seguinte, com juros. Financiar a fatura ge- leiros acabam não planejando o pagamento total da fatura nos
ralmente é melhor do que pagar multa e juros de mora. Mas próximos meses e pagam muito mais do que inicialmente devia.
vamos entender melhor o que é o crédito rotativo antes de
assumir qualquer conselho financeiro para nossos leitores. Os cuidados com o crédito rotativo
O crédito rotativo deve ser apenas um empréstimo emergen-
O que é exatamente o crédito rotativo? cial, quando você não tem mais nenhuma opção em vista. O melhor
É uma linha de crédito aberto para uma pessoa física ou a ser feito é utilizar um empréstimo bancário como alternativa para
jurídica com limite pré-estabelecido e que pode ser utiliza- escapar das dívidas com cartão de crédito, pagando a fatura por
do de forma automática pelo tomador, de acordo com suas inteiro e parcelando com juros menores do empréstimo pessoal.
necessidades. No caso, podemos considerar este crédito ro-
tativo como um “empréstimo emergencial”, equivalente ao Como incidem os juros no crédito rotativo?
cheque especial, que vem perdendo espaço nos últimos anos No financiamento da fatura pelo crédito rotativo, os juros
como fonte emergencial de renda. Algumas características somente incidem sobre o saldo verificado entre o valor da
do crédito rotativo são: fatura e o valor pago. Como exemplo:
• É realizada uma análise prévia de crédito, para saber Pagamento total até o dia 30:R$ 400,00
se o tomador tem condições financeiras de pagar os limites Pagamento mínimo:R$ 80,00
que utilizar; Saldo:R$ 320,00
• Tomador pode utilizar ou retirar fundos até um limi- Neste caso, somente ao saldo de R$320,00 é que serão
te de crédito pré-aprovado; acrescidos os juros do crédito rotativo. Na fatura do cartão
• Quantidade de crédito disponível aumenta e dimi- de crédito deverão estar expressas a taxa de juros que in-
nui na medida em que o dinheiro é utilizado ou pago; cidirá no período da fatura e, ainda, a do próximo período.

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Queremos enfatizar que utilizar o crédito rotativo deve Chama-se taxa de desconto a porcentagem de redução
ser a última opção em qualquer hipótese, esgotadas todas aplicada a uma série de fluxos de caixa futuros, de forma a ob-
as outras possibilidades. O mais correto é você sempre se ter o valor presente desses fluxos. Reduz-se do valor a ser ob-
planejar par apagar o total da fatura. Mas caso isso não seja tido no futuro, a fim de torná-lo comparável ao valor presente.
possível, além das várias dicas que demos em nossos artigos, A taxa de desconto pode ser considerada como similar à taxa de
você deve optar por empréstimos pessoais de juros baixos juros e reflete o grau de preferência pela liquidez (preferência tempo-
para realmente pagar sua dívida sem grandes prejuízos. ral por dinheiro) dos agentes econômicos. Assim, uma alta preferên-
cia temporal por dinheiro implica uma alta taxa de desconto.
O que mudou no crédito rotativo? Diferentemente de uma operação de factoring, o desconto
Nas novas regras de uso do rotativo, os clientes podem de títulos não é uma operação de compra e venda, e o banco
pagar o mínimo por apenas um mês. tem direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título
É necessário que as instituições financeiras ofereçam, não seja pago pelo sacado (o devedor), o cedente (a empre-
posteriormente a isso, outra forma de empréstimo ao cliente, sa que descontou a duplicata) assume a responsabilidade pelo
a juros bem menores. pagamento, incluindo juros de mora e multa pelo eventual pa-
A intenção é incentivar os consumidores a quitarem suas gamento em atraso. Portanto, enquanto a duplicata não for qui-
dívidas sem serem devorados por essa bola de neve do juros tada, a empresa cedente mantém uma obrigação para com o
do rotativo. banco, devendo reembolsá-lo, se o título vencido não for pago.
Como o cliente só pode pagar o mínimo por um mês, na
fatura seguinte, o banco precisa garantir crédito para o con-
sumidor parcelas a dívida do cartão com taxas menores que 3.13 - FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO.
os atuais juros do cartão.
Apesar dessas mudanças, a dica mais eficiente para o
usuário de cartão de crédito é fazer com que o uso desse mé-
Qualquer tipo de empreendimento econômico exige uma
todo de pagamento seja feito de maneira consciente.
aplicação de capital. O volume de capital empregado normal-
Apesar de ter um limite aprovado no cartão, o cliente pre-
mente é decomposto em duas porções básicas: uma destina-
cisa se lembrar que aquele valor não é real, não é um dinheiro
da à aplicação em ativos fixos e outra destinada ao giro.
que ele já tem, que lhe pertence, mas funciona como um em-
Neste texto pretendemos apresentar as noções básicas a
préstimo a juros altíssimos.
respeito do capital de giro, principalmente no que tange a sua
Em outras palavras, é necessário colocar na balança e ava-
composição, dimensionamento e financiamento.
liar se é necessário comprar no cartão de crédito ou se outras
formas de pagamentos são mais viáveis. Definição de Capital de Giro
Essa consciência de usar o cartão em casos extremamente Uma vez caracterizado, podemos definir capital de giro
necessários, optando por comprar à vista ou no débito, sem- como o montante de recursos necessários para o funciona-
pre que possível, faz com que o usuário do cartão de crédito mento da empresa.
esteja de certa forma blindado contra os juros do rotativo. Embora seja uma definição bastante simples, ela explicita
claramente a destinação que se dá a essa porção do capital, em
contraposição à outra porção, destinada à instalação da empresa.
Em resumo, portanto, temos:
3.12 DESCONTOS DE TÍTULOS. Capital fixo - montante de recursos necessários à instala-
ção da empresa;
Capital de giro - montante de recursos necessários ao fun-
cionamento da empresa.
Em contabilidade, chama-se desconto a operação bancá-
ria de entrega do valor de um título ao seu detentor, antes do Conforme o próprio nome indica, o capital de giro está
prazo do vencimento, e mediante o pagamento de determi- relacionado com todas as contas financeiras que giram ou
nada quantia por parte deste. movimentam o dia a dia da empresa.
O desconto de títulos ou duplicatas é um adiantamento Se o capital de giro está relacionado com as contas finan-
de recursos, feito pelo banco, sobre os valores dos respectivos ceiras que giram ou movimentam o dia a dia da empresa, po-
títulos (duplicatas ou notas promissórias). Neste tipo de ope- demos concluir que:
ração, o cliente recebe antecipadamente valor corresponden- • Toda empresa que vende a prazo precisa de recursos
te às suas vendas a prazo, transferindo para o banco o risco para financiar seus clientes;
de suas vendas a prazo. • Toda empresa que mantém estoque de matéria-pri-
Ao apresentar um título de vencimento futuro para des- ma ou de mercadorias precisa de recursos para financiá-lo;
conto no presente o cliente não recebe seu valor total. Sobre • Quando a empresa compra a prazo (matéria-pri-
esse valor o banco deduz a chamada taxa de desconto, além ma ou mercadorias) significa que os fornecedores finan-
de impostos (como o IOF) e encargos administrativos. ciam parte ou todo o estoque;
Normalmente, as empresas negociam suas duplicatas a • Quando a empresa tem prazos para pagar as des-
receber com instituições financeiras, visando obter capital pesas (impostos, energia, salários e outros gastos) significa
de giro, isto é, recursos financeiros a serem utilizados em que parte ou o total dessas despesas é financiada pelos
suas atividades operacionais. fornecedores de serviços.

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

A interpretação das situações acima nos leva a determinar em quais contas a empresa precisa aplicar recursos e de que
contas a empresa obtém recursos para financiar o capital de giro.
Um conceito importante para entendimento do capital de giro está relacionado à necessidade desse dinheiro. Essa ne-
cessidade indica o montante de recursos que a empresa precisa para financiar suas operações, ou seja, o valor dos recursos
que a empresa precisa para que seus compromissos sejam pagos nos prazos de vencimento.
A necessidade de capital de giro representa a diferença entre o montante de recursos aplicados (I) menos o total dos
recursos que a empresa consegue para financiar o capital de giro (II).

Fonte: www.sebrae.com.br

Modalidades de financiamento
Os empréstimos para capital de giro podem ser liberados de duas formas:
 - Isoladamente (capital de giro puro) – na maioria das vezes, este tipo de empréstimo não necessita da compro-
vação de sua destinação.
 - Associado a investimentos fixo (capital de giro associado) – destinado à compra de insumos e/ou mercadorias.
Características:
• Taxa de juros pré-fixada;
• Financiamentos de curto prazo e sem carência;
• Possibilidade de garantia por meio do próprio sócio.
 
 
Investimento Fixo
Operações de crédito de longo prazo destinadas a financiar implantação, expansão e modernização empresas, e, ainda,
reposição de máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e veículos; obras civis e instalações.
Essas operações financiam os ativos imobilizados das empresas: itens de permanência duradoura, destinados ao fun-
cionamento das atividades da empresa.
 
Investimento Misto
 Trata-se do capital de giro associado ao investimento. Por exemplo, a empresa financiou uma máquina e poderá ne-
cessitar de capital de giro para a matéria-prima.

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Características:
• Taxa de juros pré-fixada;
• Financiamento de longo prazo e com carência;
• Exigência de garantias reais, como bens e imóveis;
• Exigência de recursos próprios.
 
Antecipação de Receita
Os recebíveis de sua empresa, ou seja, os valores a receber das vendas a prazo podem se transformar em garantias ou
recursos à vista, por meio das seguintes formas de financiamento:
• desconto de duplicatas e promissórias: a empresa cede esses títulos ao banco e obtém capital de giro para alavan-
car seus negócios, antecipando os recebimentos de suas vendas a prazo;
• desconto de cheques: os cheques pré-datados são entregues e descontados antecipadamente no banco, que for-
nece à empresa recursos para cobrir eventuais necessidades de caixa;
• faturas de cartões de crédito: a empresa cede seus créditos futuros ao banco e obtém capital de giro para alavancar
seus negócios, colocando as faturas de cartão como garantia da operação.
Venda
A empresa pode obter um empréstimo direto do banco para os seus compradores e, assim, receber suas vendas à vista.
 
Compra
Permite que a empresa compre à vista de seus fornecedores com redução de custos. O banco deposita o valor da com-
pra na conta do fornecedor e a empresa paga ao banco a prazo.
 
Conta Garantida
Linha de crédito rotativo vinculada à conta corrente da empresa. Os recursos são disponibilizados a qualquer momento,
por solicitação do cliente. A garantia pode ser constituída com caução de cheques pré-datados, duplicatas ou notas pro-
missórias. As taxas são, geralmente, maiores que das modalidades anteriores.

3.14 - VENDORFINANCE/COMPRORFINANCE.

Vendor Finance

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

É uma operação de financiamento de vendas com base na cessão de crédito, permitindo que uma empresa venda seu
produto a prazo e receba o pagamento à vista.
Envolve transações de compra e venda entre pessoas jurídicas.
Supõe que a empresa compradora seja cliente tradicional da vendedora, pois será a vendedora quem assumirá o risco
do negócio, como intermediadora.
A empresa vendedora transfere o crédito decorrente da venda ao banco que em troca de uma taxa de intermediação
paga à vista ao próprio vendedor e financia o comprador.
Como a venda não é financiada diretamente pela empresa vendedora, a base de cálculo para a cobrança de tributos,
comissões e royalties, torna-se menor.
Reduz também a carga de IPI, ICM, PIS e Cofins que incide sobre o preço da Nota Fiscal da empresa vendedora.
Se a própria vendedora financiasse a venda, iria embutir no preço os custos financeiros, aumentando mais ainda os
impostos a pagar.
Com o vendor é possível vender por um preço mais competitivo, além do que ao receber a vista tem imediato reforço
no seu caixa.
O cliente comprador beneficia-se com taxas menores que as do mercado para o financiamento isolado de uma empre-
sa, pois estará obtendo uma taxa que leva em conta o risco do vendedor.
Em resumo, é uma modalidade de financiamento de vendas na qual quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas
quem paga o crédito é o comprador.
A operação é formalizada com a assinatura de um contrato, com direito de regresso entre o banco e a empresa vende-
dora (fornecedora) e um contrato de abertura de crédito entre as partes:
 empresa vendedora,
 banco, e
 empresa compradora.

Compror Finance

É a operação inversa do vendor.


É uma operação de financiamento de compras com base na cessão de crédito, permitindo que uma empresa compre o
seu produto a prazo e o vendedor receba o pagamento à vista.
Ocorre quando pequenas indústrias, fabricantes de componentes, vendem para grandes montadoras, indústrias de
veículos e eletrodomésticos.
Nesse caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o fiador do contrato, o próprio comprador é que funciona como tal.
É um instrumento de crédito que dilata o prazo de pagamento de compra sem envolver o vendedor (fornecedor).
O título a pagar funciona como um “lastro” para o banco financiar o cliente que irá lhe pagar em data futura pré com-
binada, acrescido de juros e IOF.
Como no vendor, este produto exige um contrato-mãe definindo as condições básicas da operação, que será efetivada
quando do envio ao banco dos contratos-filhos, com as planilhas dos dados dos pagamentos que serão financiados.

35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Todavia, nota-se também que a complexidade do contrato


3.15 - LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO, de leasing é mais ampla do que a explanação do referido autor.
BENS). Conforme demonstraremos posteriormente, uma das obriga-
ções do arrendador, é adquiri-lo sob as indicações do arrenda-
tário, mediante um contrato de compra e venda, e posterior-
mente, o arrendatário poderá comprar o bem sob o preço resi-
O contrato de leasing, denominado no Brasil como ar- dual, resultando, portanto, em uma possível relação de compra
rendamento mercantil, é resultante do processo de desen- e venda entre as partes. Desta forma, trata-se de um contrato
volvimento, oriundo dos interesses dos comerciantes em com características bastante distintas em virtude da sua finalida-
aperfeiçoar as suas relações profissionais, visando adquirir de de atender determinadas necessidades específicas.
produtos necessários sem os recursos suficientes para a sua
devida obtenção. Partes contratantes
Arnold Wald conceitua o contrato de arrendamento Como estipulado acima, as partes são denominadas de ar-
mercantil ou leasing da seguinte forma: rendador e arrendatário. O arrendador, o qual é aquele que ar-
“trata-se de um contrato de origem norte-americana, renda o bem, deve necessariamente ser uma empresa, inclusive
em que um comerciante ou industrial, necessitando de certos ser constituída como sociedade anônima, conforme regula-
equipamentos, que não lhe convém adquirir, obtém de uma mentação do Banco Central por meio da Resolução nº 351/75.
instituição financiadora que os cumpre e os alugue, permitin- O arrendatário é a pessoa física ou jurídica, que, em vez
do à locatária no fim do período da locação a aquisição por de comprar o bem que necessita, utilizará o leasing para suprir
preço que leve em conta os aluguéis”. as suas necessidades, indicando as especificações do bem ao
Vale salientar que, segundo o art. 1º da lei nº 6.099 de arrendador.
12 de setembro de 1974, o contrato será exercido por ape- Entretanto, além destes, há também o vendedor do bem.
nas pessoas jurídicas, limitando, portanto, os sujeitos do Conforme o conceito mencionado no parágrafo único da lei
referido contrato. nº 6.099 de 12/09/74, o arrendador irá adquirir bens. Desta
Entretanto, diante do elevado índice de aceitação das forma, reconhece a participação deste, tendo em vista que o
pessoas físicas, os dispositivos legais autorizaram a sua par- objeto contratual será obtido mediante contrato de compra e
ticipação, conforme o parágrafo único do art. 1º da referida venda entre o vendedor do bem com o arrendador.
lei com a nova redação dada lei nº 7.132, de 26 de outubro
de 1983: Obrigações das partes
“considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos Para uma melhor compreensão sobre o contrato de lea-
desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, sing, torna-se necessária uma análise acerca das obrigações
na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na do arrendador e arrendatário, notadamente para comprovar
qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arren- as características distintas do referido contrato.
damento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo São deveres do arrendador: a) adquirir de um terceiro o
especificações da arrendatária e para uso desta”. bem sob as indicações do arrendatário; b) entregar o direito
Portanto, compreende-se de que se trata de um contra- de uso e gozo do bem ao arrendatário; c) concluído o prazo
to misto em que uma pessoa jurídica, o arrendante, compra contratual, submeter-se à vontade do arrendatário, que deci-
um bem, móvel ou imóvel e o arrenda a uma pessoa física dirá pela compra do bem pelo preço residual, restituição do
ou jurídica, o arrendatário, por um determinado tempo, sob bem ou renovação do contrato.
as indicações deste, ficando este com o direito de, no final São deveres do arrendatário: a) o pagamento das con-
do contrato, adquirir o referido bem, mediante o pagamen- traprestações, inclusive em caso da interrupção contratual de
to residual, cujo valor poderá ser determinado anteriormen- sua responsabilidade; b) zelar pela devida conservação do
te. bem, e, se preciso, responder pelos prejuízos causados pelo
seu descumprimento; c) devolver o bem ao arrendador, findo
Natureza jurídica o contrato, caso não queira comprar o bem pelo preço resi-
Em face das suas características complexas, há diver- dual ou renovar o contrato.
sos posicionamentos doutrinários acerca da sua natureza
jurídica, pois inclusive há o entendimento de que se trata Classificação
somente de uma espécie de locação. Em face das exposições acima, e em atendimento à clas-
Fran Martins, por sua vez, o considera como um negó- sificação doutrinária sobre os tipos de contrato, nota-se que
cio jurídico compreendendo uma locação, uma promessa se trata de um contrato:
unilateral de venda e em alguns casos, um mandato. - consensual – para gerar direitos e obrigações é necessá-
Seguindo o entendimento do autor, o leasing é resul- rio apenas o consentimento das partes;
tante da complexidade dos contratos acima mencionados, - bilateral – há obrigações para ambas as partes;
pois há entrega de um bem, em contrapartida ao pagamen- - oneroso – assim como os demais contratos mercantis,
to das prestações; além da obrigação unilateral do arren- possui característica lucrativa;
dador no cumprimento posterior, em vender o bem, findo - nominado – a lei nº 6.099/74 estabelece a denomina-
o contrato, pelo preço residual, momento em que o arren- ção do contrato, assim como as suas regras jurídicas;
datário decidirá se irá comprar o bem, renovar o contrato, - formal – é necessário que seja de forma escrita, em-
restituir o bem; e, por fim, pela responsabilidade do arren- bora haja posicionamento doutrinário acerca da possibili-
dador pelos atos praticados pelo arrendatário. dade de ser realizado verbalmente;

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

- por tempo determinado e de execução sucessiva – Entretanto, não é conveniente considerar a locação
a execução do contrato ocorre sucessivamente, mediante o como o gênero e o arrendamento mercantil como espécie.
cumprimento das obrigações, por um prazo determinado; Entre as distinções existentes, algumas decorrem como
- intuitu personae – há uma peculiaridade entre as partes, conseqüência das contraprestações do leasing serem mais
em face das suas características, cujas obrigações decorren- elevados que o pagamento do aluguel da locação, cabendo
tes do contrato não poderão ser cumpridas por outra pessoa ao arrendador garantir a amortização e os custos do finan-
senão a quem foi feito o contrato. ciamento. O locador, além de lhe pertencer os riscos da coisa,
tem por obrigação garantir o uso pacífico do bem, enquanto
Espécies que no leasing, tais deveres pertencem ao arrendatário.
Visando suprir as necessidades existentes, surgiram di- Outra distinção entre tais contratos é referente à ob-
versos contratos com algumas características específicas, tenção da coisa. No arrendamento mercantil, o arrendador
mas considerados como modalidades do arrendamento adquire o bem visando entregar ao arrendatário, sob suas
mercantil. indicações, enquanto que na locação o bem em questão já
Tais acontecimentos ocasionam divergências doutriná- pertence ao locador.
rias sobre este tema, tendo em vista a diversidade deste con- E provavelmente, a principal diferença ocorre no final do
trato nos ordenamentos jurídicos. contrato. No leasing, cabe ao arrendatário o direito de renovar
Em face disto, analisaremos apenas os mais utilizados o contrato, adquirir o bem mediante o pagamento do preço
pela doutrina brasileira. residual ou restituí-lo. Na locação, o locatário deverá restituir
O leasing financeiro é basicamente o leasing puro. O bem, o bem.
que inicialmente não pertence ao arrendador, será comprado
por este, sob as indicações do arrendatário. As contrapresta- Leasing na legislação brasileira
ções deverão ser cumpridas pelo arrendatário, mesmo que A lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974, introduziu este
este queira devolver o bem antes do pactuado. Concluído o contrato no ordenamento jurídico, dispondo sobre o trata-
contrato, caberá ao arrendatário o direito de comprar o bem mento tributário.
pelo preço residual, geralmente pré-fixado. Posteriormente, foi parcialmente alterada pela lei nº
O leasing operacional é aquele em que a empresa ar- 7.132, de 26 de outubro de 1983. Todavia estes dispositivos
rendadora é a fabricante ou fornecedora do bem, onde esta limitavam-se ao tratamento tributário do leasing, uma área
também se responsabilizará pela prestação de assistência ao bastante utilizada, mas sem a devida importância nos precei-
arrendatário no período em que o arrendamento mercantil tos normativos.
estiver em vigor. Semelhante a este é o contato de renting, Entretanto, o art. 9º da lei do Mercado de Capitais, nº
em que os arrendatários pactuam, por prazos curtos, visando 4.595, de 31 de dezembro de 1964, estabelece a competên-
apenas a locação do bem. cia do Banco Central do Brasil a por em prática as normas
O leasing de retorno, ou lease back, consiste aquele em do Conselho Monetário Nacional, inclusive as referentes ao
que uma empresa aliena um bem, móvel ou imóvel, a outra leasing.
empresa. Posteriormente, está irá arrendar o bem à primeira. Um ano depois da lei nº 6.099/74, foi criada a Resolução
Desta forma, esta, além de ampliar o seu capital de giro, pos- nº 351, de 17 de novembro de 1975, com um Regulamento
sui o uso e gozo do bem e, findo o contato, poderá readqui- anexo, na sessão deste conselho, no dia 12 do referido mês,
ri-lo, mediante a compra pelo preço residual. veio estabelecer os dispositivos referentes às operações deste
O leasing de intermediação trata-se daquele em que o contrato, inclusive a participação somente de pessoas jurí-
arrendador é intermediário do fabricante do bem e do ar- dicas, seguindo o mesmo entendimento da lei nº 6.099/74.
rendatário. O leasing simples, por sua vez, se caracteriza pela Visando a ampliação prática deste contrato, o arredamento
participação do arrendador em apenas adquirir e alugar o mercantil de bens importados foi posteriormente regulado
bem, enquanto que no leasing de manutenção também se pela Resolução nº 666, de 17 de dezembro de 1980.
responsabilizará pela prestação técnica do bem. Entretanto, o mercado ainda não estava reagindo como
se esperava, tendo em vista que a utilização do leasing con-
Leasing e locação forme estes dispositivos era bastante reduzida. Jorge Pereira
Alguns doutrinadores consideram o leasing como uma Andrade justifica tal ocorrência:
espécie de locação, em face das características semelhantes “Verifica-se que há uma alteração constante, no que se re-
entre estes dois contratos. fere às pessoas que podem participar da operação do leasing,
Silvio Rodrigues, embora reconhecendo a complexidade o que certamente leva-nos a crer que isto decorre do interesse
do arrendamento mercantil, segue este entendimento.3 monetário brasileiro detectado pelo Conselho Monetário Na-
Há, sem dúvida, semelhanças entre o leasing e a locação. cional, para incrementar ou diminuir a incidência desse tipo
O locatário, além de pagar o aluguel, deverá restituir a coi- contratual. Fácil verificar, pelas pesquisas feitas pela ABEL (As-
sa em bom estado. O mesmo ocorre com o arrendamento, sociação Brasileira das Empresas de Leasing), que quando só se
em que o arrendatário paga a remuneração, como também permite a operação com pessoas jurídicas, o número de contra-
deverá restituir o bem. Na locação, há faculdade de purga- tos diminui substancialmente e aumenta consideravelmente
ção da mora pelo locatário, e no leasing, pelo arrendatário. quando há a participação de pessoas físicas”.4
Da mesma forma, em ambos os contratos, há presunção de Diante da necessidade em suprir tal fato, a lei nº
como ocorrerá a utilização da coisa, a inversão do ônus tri- 6.099/74 e o Regulamento foram alteradas pela lei nº
butário, ações para a defesa do locatário e do arrendatário, 7.132, de 26 de outubro de 1983, permitindo a participação
além das prestações estarem sujeitas a correção monetária. de pessoas físicas como arrendatárias.

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Posteriormente, depois de vários dispositivos referen- No Brasil, o leasing foi bastante aceito para a aquisição
tes a participação ou não de pessoas físicas no arrendamento de bens importados, em face da conduta governamental,
mercantil, a Resolução nº 2.309, de 28 de agosto de 1996, e há alguns anos, em incentivar o referido comércio, median-
seu Regulamento anexo, do Banco Central do Brasil, veio fi- te a redução dos tributos de importação.
nalmente disciplinar as operações do arrendamento mercantil. Por ser um contrato moderno, acompanhando as ne-
cessidades oriundas da atual atividade mercantil, em uma
Extinção economia a nível global, a utilização do leasing permanece-
Sendo um contato por tempo determinado, como vimos rá crescente, principalmente pelo avanço tecnológico, invia-
na sua classificação, decorrido o prazo contratual, o arrenda- bilizando a aquisição de produtos por meio diverso.
mento mercantil será extinto.
Todavia, há várias outras formas de extinção, como o con-
sentimento mútuo dos contratantes, ou seja, a resilição bilate-
ral ou distrato. 3.16 - FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO.
Havendo prejuízo para uma das partes, esta pode extin-
guir o contrato, cabendo-lhe o ressarcimento dos prejuízos. Da
mesma forma, a substituição de uma das partes, por tratar-se
de um contrato intuitu personae, como também da falência da Quem possui empresa sabe da necessidade constante
empresa contratante, resultam na extinção do contrato. de movimentação financeira, e que uma vez ou outra preci-
Os demais modos de inadimplemento resultam na extin- sa de dinheiro para capitalizar, nessa hora é bom pegar um
ção contratual, como o decorrente por motivos alheios à von- Capital de giro, tipo de financiamento para empresas   de
tade das partes, como caso fortuito ou força maior. curto, médio ou longo prazo destinado a suprir necessi-
dades de caixa, normalmente utilizado para reorganizar o
Leasing: Vantagens e desvantagens fluxo financeiro ou, mas também muito usado para desen-
Diante da intensa evolução tecnológica, em que produtos volvimento de novos projetos e empreendimentos.
considerados de última geração em poucos meses tornam-se No Financiamento para Capital de giro  as modalidades
praticamente obsoletos e ultrapassados, torna-se inviável o de pagamentos são diversas, o tomador do crédito pode
emprego do capital de giro de uma empresa na compra de optar em pagar em 1, 2, 6, 12 ou mais parcelas, tudo depen-
equipamentos. de da necessidade do empresário e do fluxo de caixa.
O leasing é um dos meios empregados para atender
aqueles que não tenham recursos suficientes para a obtenção Garantias do Financiamento do Capital de giro
de instalações atualizadas ou pela inviabilidade de compras O empresário ou empresa pode oferecer como garantia,
constantes de equipamentos avançados para não se tornarem máquinas, equipamentos e veículos através de Alienação Fi-
inferiores às suas concorrentes. duciária, Hipoteca, Penhor de Recebíveis, Penhor Mercantil,
Desta forma, permite a renovação de equipamentos e de Cessão de Crédito, Penhor de Quotas de Sociedade Limita-
instalações sem prejuízo no capital de giro, além de desenvol- da, Penhor de Ações, Penhor de Títulos/Penhor de Direitos
ver a economia sob diversos aspectos. Creditórios, Duplicatas, Cheques pré-datados entre outros.
Todavia, assim como nos demais negócios jurídicos, há a
necessidade das partes em antes de pactuarem, verificarem a Vantagens do Capital de Giro
possibilidade de riscos. É o que leciona Jorge Pereira Andrade: Não precisa comprovar a destinação dos recursos; a
“No leasing, o empresário deve considerar com atenção o contratação do empréstimo é totalmente descomplicado;
tipo de equipamento a ser arrendado, pois que alguns ofere- os prazos para pagamento podem ser negociados de acor-
cem maior risco que outros, durante e no final do contrato. É o do com a necessidade.
caso dos bens eletrônicos em geral, pois, como se sabe, o que A movimentação dos recursos é realizada por meio de
se compra hoje como última novidade em pouco tempo será transferências para a conta corrente do cliente.
superado. Num contrato de prazo longo, já estariam suplan- O limite do financiamento de Capital de giro é definido
tados, e se substituídos por novos, para evitar a diminuição de acordo com a capacidade de pagamento da sua empre-
tecnológica, acarretariam grave prejuízo”.5 sa.
Outra questão relevante se refere à desvantagem para A maioria dos bancos comerciais disponibiliza um leque
alguém optar pelo leasing para adquirir o uso e gozo de de- enorme produtos e serviços destinados ao financiamento
terminado equipamento caso não haja interesse na compra de capital de giro das empresas, entre existem algumas di-
do referido bem arrendado findo o contrato de arrendamento ferenças principais na liberação do crédito como: prazos;
mercantil, posto que as suas contraprestações são mais eleva- taxas e juros (custo); tributação de impostos; garantias;
das que os aluguéis nos contratos de locações. critérios e regras bancárias operacionais de cada um: con-
Para finalizar, concluímos que o arrendamento mercantil centração de crédito com clientes, garantias exigidas, etc.; e
é um dos contratos que obtiveram atualmente uma intensa ainda restrições impostas pelo Banco Central do Brasil.
aceitação, tanto nos países avançados economicamente Em geral o empréstimo de capital de giro tem taxas de
como também nos subdesenvolvidos. juros mais baixas quando é dado como garantia as duplica-
Embora seja também bastante empregado nas empre- tas em uma relação de 120 a 150% do principal empresta-
sas, o crescente mercado de lazer pessoal é sem dúvida do. Quando a garantia do crédito para Capital de giro en-
uma das causas para os elevados índices de aceitação des- volve outras garantias, como avalista, hipotecas de imóveis
te contrato. e notas promissórias, os juros são mais altos.

38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Para conseguir o crédito, o tomador deve ser idôneo,


3.17 - CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR. apresentar um projeto, plano ou orçamento que justifique o
valor pedido são também beneficiárias do crédito rural em-
presas agropecuárias de pesquisa  ou produção de mudas,
sementes e de sêmem para inseminação artificial, de pres-
O CDC – Crédito Direto ao Consumidor é um financia- tação de serviços mecanizados e inseminação artificial e ou-
mento destinado a aquisição de bens duráveis e serviços ou tras companhias com finalidade comercial no ramo da pesca,
mesmo sem propósito específico. São os valores empresta- aquicultura, medição de lavouras e atividades florestais.
dos por bancos ou financeiras destinados a itens sem finan-
ciamentos específicos como eletrodomésticos ou veículos. Onde obter:
O bem adquirido serve de garantia da operadora, fi- Nos bancos e cooperativas integrantes do Sistema Na-
cando a ela vinculado pela figura da alienação fiduciária (a cional de Crédito Rural.
propriedade do bem adquirido fica com a financeira até a
quitação do empréstimo). Prazos:
Para exemplificar, temos o financiamento de veículos Variam conforme a  fonte de recursos, a finalidade  e o
onde o bem (automóvel) fica alienado ao banco até o paga- plano de produção apresentado.
mento total da dívida.
Para obter um CDC é necessário que não hajam restri- Juros e encargos:
ções no cadastro e os dados financeiros do cliente. Após a Dependem das fonte de recursos que darão suporte ao
aprovação do crédito é possível retirar o valor diretamente no financiamento. Para recursos controlados, relativos a apli-
caixa eletrônico no caso de bancos ou a retirada do eletrodo- cações obrigatórias dos bancos ao amparo da exigibilidade
méstico a exemplo das grandes redes de varejistas. dos depósitos à vista, os juros  estão fixados à taxa efetiva de
juros de 6,75 % ao ano, de modo geral, sendo que se con-
Características do CDC – Crédito Direto ao Consumidor cedidos no âmbito do Pronaf podem variar de 1,0 % a 5,5%
• CDC (Crédito Direto ao Consumidor) gera IOF (Im- ao ano. Nas operações de crédito rural a alíquota de Imposto
posto sobre Operações Financeiras); sobre Operações Financeiras (IOF) é zero.
• O Prazo Máximo é de 60 meses;
• As taxas são livremente acordadas entre a institui- Garantias:
ção financeira e o cliente, porém a taxa padrão do CDC de Podem ser acertadas entre o financiado e o financiador,
cada banco pode ser consultada no site do Banco Central; de acordo com a natureza e o prazo do crédito. As garantias
podem ser o penhor (agrícola, pecuário ou mercantil); a aliena-
Vantagens do CDC – Crédito Direto ao Consumidor ção fiduciária; a hipoteca comum ou cedular; o aval ou fiança
• As prestações podem ser antecipadas e o plano qui- e outras que o Conselho Monetário Nacional (CMN) permitir.
tado a qualquer momento;
• O cliente escolhe quanto vai dar de entrada e quan-
to vai financiar;
• Nos contratos prefixados, que já têm os juros em- 3.19 - CADERNETAS DE POUPANÇA.
butidos na prestação, é possível saber quanto vai se pagar ao
longo do período;
• Na opção prefixada, as prestações são fixas em reais
e não sofrem correção. A poupança é uma conta de depósitos remunerados pela
TR – Taxa Referencial – acrescida de juros mensais para pes-
soas físicas e trimestrais para pessoas jurídicas. A poupança
Desvantagens do CDC – Crédito Direto ao Consumidor é o investimento mais popular e tradicional do país devido,
•  As taxas de juros são mais baixas nos prazos de principalmente, a sua simplicidade de aplicação e de resgate.
financiamentos curtos e mais elevadas no caso de financia- É uma aplicação segura e suas regras de funcionamento são
mentos mais longos. estipuladas pelo Banco Central, por isso existe uma padro-
• Em períodos longos, o consumidor acaba pagando nização de taxas e de funcionamento em todas as institui-
uma pesada parcela de juros. ções financeiras. Para abrir uma conta poupança basta ter em
mãos os seguintes documentos: CPF, documento de identi-
dade; e comprovante de residência.TR (Taxa Referencial)
A TR serve como referência para o juro praticado no mer-
3.18 - CRÉDITO RURAL. cado financeiro. Inicialmente foi criada para ser uma taxa bá-
sica dos juros praticada no mês. Atualmente, a TR é utilizada
no cálculo do rendimento de vários investimentos, caderneta
de poupança, empréstimos do SFH, pagamentos a prazo e
O crédito rural é um financiamento destinado a produ- seguros em geral.
tores rurais  e cooperativas ou associações de produtores ru- A poupança é um investimento seguro para os pou-
rais. Seu objetivo é estimular os investimentos e ajudar no padores e um dos motivos é que ela conta com a garantia
custeio da produção e comercialização de produtos agro- do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até a quantia de R$
pecuários. 60.000,00 por instituição financeira.

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Fundo Garantidor de Crédito – FGC Serviços essenciais que não podem ser cobrados
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que admi- nas Cadernetas de Poupança
nistra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupado- • fornecimento de cartão com função movimentação;
res e investidores, contra instituições financeiras em caso de • fornecimento de segunda via do cartão, exceto nos ca-
intervenção, liquidação ou falência. sos de pedidos de reposição formulados pelo correntista, de-
correntes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos
Reajuste Monetário não imputáveis à instituição emitente;
Os valores depositados na poupança são atualizados com • realização de até dois saques, por mês, em guichê de
base na TR – taxa referencial - do dia do depósito. O cálculo da TR caixa ou em terminal de autoatendimento;
é feito a partir da média das taxas de CDB, prefixado, de 30 dias e • realização de até duas transferências, por mês, para con-
sobre ela aplica-se um redutor definido pelo Banco Central. ta de depósitos de mesma titularidade;
• fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a
Juros movimentação dos últimos trinta dias;
Para pessoas físicas, além do reajuste monetário, os va- • realização de consultas mediante utilização da internet;
lores depositados na poupança são atualizados por juros de • fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extra-
0,5% ao mês (6,17% ao ano). Só recebem remuneração os de- to consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobra-
pósitos mantidos por prazo superior a 30 dias. dos no ano anterior relativos a tarifas; e
• prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos,
Imposto de renda no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusiva-
As pessoas físicas não pagam imposto de renda em suas mente meios eletrônicos.
aplicações em poupança.
Manutenção e Tarifação
Valor mínimo Segundo o site do BACEN (FAQ – Aplicações Financeiras),
Não existe valor mínimo estipulado para depósito e nem o banco não pode cobrar manutenção em conta de poupan-
para resgate/retirada. Só que nas contas de poupança com ça e, também, deve disponibilizar gratuitamente os seguintes
resgate automático o saldo mínimo é de R$ 5,00. serviços ditos “essenciais” (Resolução 3919/2010).
• fornecimento de cartão com função movimentação;
• fornecimento de segunda via do cartão, exceto nos ca-
Aniversário da poupança
sos de pedidos de reposição formulados pelo correntista, de-
Para cada depósito efetuado em data diferente, é criada
correntes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos
automaticamente uma nova data base. Essas datas são referên-
não imputáveis à instituição emitente;
cia para a remuneração mensal do investimento. A abertura de
• realização de até dois saques, por mês, em guichê de
apenas uma conta poupança permite ao cliente ter diferentes caixa ou em terminal de autoatendimento;
datas base, o que possibilita movimentações em qualquer dia. • realização de até duas transferências, por mês, para con-
ta de depósitos de mesma titularidade;
Aniversário da poupança aos sábados, domingos e • fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a
feriados movimentação dos últimos trinta dias;
Quando a data base cai em dia não útil, a remuneração • realização de consultas mediante utilização da internet;
da poupança acontecerá no primeiro dia útil subseqüente e o • fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extra-
valor incorporado ao saldo da data base. to consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobra-
dos no ano anterior relativos a tarifas; e
Depósitos no final de mês • prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos,
Quando os depósitos de poupança acontecem nos dias no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusiva-
29, 30, 31 - o próprio sistema define como data base o dia mente meios eletrônicos.
primeiro do mês seguinte.

Resgate antes do aniversário


Como é possível sacar da poupança a qualquer momento 3.20 - FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO E À
e a sua rentabilidade é calculada mensalmente (na data base), EXPORTAÇÃO: REPASSES DE RECURSOS DO
não há rendimento para os resgates feitos antes do aniver- BNDES.
sário.
Caso o cliente saque um valor maior que o saldo de uma
determinada data base, o débito ocorrerá nas datas anteriores
mais próximas, preservando a rentabilidade das datas base Financiamentos à importação - são linhas de crédito cap-
que não fizeram aniversário. tadas no exterior para financiamento aos importadores por um
prazo negociado com o banco. Podem ser obtidas pelo impor-
Depósito em cheque tador com o banqueiro no exterior ou com o banco brasileiro.
Quando se faz um depósito em cheque, desde que o Financiamentos à exportação - são linhas de crédito que
mesmo não seja devolvido, a remuneração passa a ser feita podem ser com recursos do BNDES (Banco Nacional de De-
a partir da data do depósito, independentemente do prazo senvolvimento Econômico e Social), dos bancos nacionais e
de liberação. Portanto será criada nova data base no dia do do Tesouro Nacional, já que é de interesse do país que ocor-
depósito e não quando este for liberado. ra a exportação para que ocorra a entrada de divisas no país.

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Entre as linhas de financiamento, podemos citar: A entidade financeira é denominada “emissor“, en-
1. ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio - quanto o comerciante (ou prestador de serviços), que o acei-
Forma de antecipação de receita para exportadores que já tará, se chama “fornecedor”, e o usuário é o “titular do cartão”.
tenha fechado o contrato de venda e que, portanto, já te- Ao emissor cabe a tarefa de dar lastro ao crédito, pois sua
nham uma data prevista para o embarque das mercadorias e obrigação será pagar o fornecedor, ainda que não receba do
posterior ingresso das divisas. “titular do cartão”: é dele o maior risco da operação, razão por
2. O contrato de câmbio será negociado com um banco que lhe caberá o zelo de não conceder o crédito a quem o
local, que adianta ao exportador os reais equivalentes ao va- não mereça. Naturalmente, será remunerado não só pelo titu-
lor da exportação. O contrato de câmbio pode ser encerrado, lar do cartão, como também pelo fornecedor, já que concede
também, sem liquidação financeira. É quando o ACC vira um crédito ao primeiro e facilita a venda para o segundo.
ACE. O titular do cartão é o beneficiário do crédito concedi-
3. ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues - Com do pelo emissor, e haverá de ser pessoa maior e capaz, para
o embarque das mercadorias e a entrega dos documentos, o poder assumir as obrigações financeiras conexas ao uso do
ACC poderá ser contabilmente transformado em ACE ou, no cartão, desde o pagamento das despesas, que fizer, até o pa-
caso do exportador não ter feito ACC, o ACE pode ser solici- gamento do custo do crédito, que lhe foi dado pelo emissor.
tado em até 60 dias após o embarque. É oportuna a consideração de que no contrato entre o
4. ACE é, portanto, um financiamento após o embarque titular e o emissor há previsão da possibilidade de o débito ser
das mercadorias com a entrega de documentos e depende parcelado, porém, respondendo o devedor por pesados juros.
da necessidade do exportador em estender o prazo de paga- Finalmente, o fornecedor (vendedor ou prestador de ser-
mento para seus compradores (importadores). viço) assume perante o emissor a obrigação de aceitar o va-
5. ACCI – Adiantamento Contrato de Câmbio Insumos - lor do preço da mercadoria vendida ou do serviço prestado,
Conhecido como exportação indireta. Tem a função de con- mediante a apresentação do cartão de crédito pelo usuário:
ceder recursos aos fornecedores de insumos que integrem o será preenchido um documento, devidamente assinado pelo
processo produtivo, montagem e embalagem de mercado- titular do cartão, que produzirá o crédito do fornecedor junto
rias para exportação. ao emissor (desse crédito será descontada uma comissão de
6. FINAMEX - Financiamento exclusivo por agentes cre- remuneração do emissor por ter intermediado o negócio).
denciados pelo BNDES. Para estimular a indústria brasileira a Embora os fornecedores – de regra – obriguem-se a aceitar os
exportar máquinas e equipamentos novos fabricados no país, cartões e não lançarem no preço da mercadoria/serviço qualquer
tornando o preço competitivo com o mercado internacional. acréscimo, a realidade do mercado tem mostrado uma distorção
7. Existe o Finamex pré-embarque, que financia a produ- contratual, pois àqueles que pagam em cash (dinheiro) ou em che-
ção de máquinas e equipamentos a serem exportados, e o que, alguns comerciantes concedem desconto (não raro em valor
Finamex pós-embarque, que financia a comercialização, no superior ao da comissão, que pagarão a financeiras emissoras de
exterior, dessas mesmas máquinas e equipamentos, refinan- cartão): é que só receberão do emissor algum tempo depois, e
ciando o exportador, mediante desconto de títulos ou cessão muitas vezes têm necessidades de caixa (pagamento de duplicatas,
de direitos de carta de crédito. funcionários, etc.), que antecedem àquela data do recebimento.
8. PROEX - linha de crédito com recursos do Tesouro Na-
cional ou de bancos nacionais, objetiva financiar as exporta- Natureza Jurídica dos Cartões de Crédito
ções brasileiras, tanto manufaturadas quanto serviços. Finan- O cartão concede crédito ao titular e facilita o negócio
ciamento que pode ter prazo até 10 anos. (venda ou serviço) para o fornecedor: é, pois, uma contrata-
ção acessória, que constitui relevantíssima prestação de servi-
ço ao negócio principal, entre o usuário e o comerciante (ou
prestador de serviços).
3.21 - CARTÕES DE CRÉDITO. Dessa natureza de prestação de serviços decorre que o
emissor se sujeitará à incidência do I.S.S. sobre suas operações
todas, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal (deci-
são em Recurso Extraordinário nº 75.952-SP).
A modernidade fez da pecúnia uma coisa obsoleta. Os
cartões de crédito têm hoje maior poder liberatório que Limite do cartão de crédito
qualquer moeda, sendo mesmo o preferido nas transações Ele é uma quantia fixada que – como diz o nome – limita
comerciais, pela maior facilidade e segurança, que propicia seu gasto a um determinado valor. Esse valor vai ser definido
aos contratantes. no momento de contratação do cartão, onde sua renda será
analisada, juntamente com uma estimativa de quanto você
Há por trás de um cartão de crédito vários contratos, im- pode gastar por mês, de acordo com seu salário. Ou seja,
prescindíveis à sua utilização: ele é definido pelo banco e apenas ele pode alterar.
1 Primeiramente, um contrato de crédito entre a entida- Ex: Uma pessoa possui um cartão com limite de 800
de financeira e o usuário; reais, e gasta 300 desse limite em uma compra parcelada por
2 Depois, outro contrato de crédito entre o comerciante 3 vezes sem juros. Seu limite agora irá baixar para 500 reais
e a entidade financeira; (R$ 800,00 – R$ 300,00). A cada mês, conforme for pagando
3 E, finalmente, o contrato entre o usuário e o comer- as parcelas, seu limite irá subir – considerando que, nesse
ciante, em que o pagamento será feito com o débito no caso, pagaria 100 reais por mês, no primeiro mês o limite
cartão de crédito. de compra subiria de 500 para 600 reais, e assim por diante.

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Lembrando que, se você gastar 300 reais do seu limite Esse resgate pode envolver a totalidade do valor pago,
– dado no exemplo, você não poderá comprar nada de 800 parte do valor pago ou até mesmo o valor pago acrescido
reais até quitar a dívida, pois o único limite que terá disponível de uma mísera taxa de juros (muito inferior às taxas que você
no primeiro mês será de 500 reais, com acréscimo de 100 reais conseguiria investindo seu dinheiro).
cada mês.
E como eu faço para aumentar meu limite do cartão de Por que escolher um título de capitalização para “in-
crédito? vestir”?
É comum uma pessoa começar a ganhar mais e querer Se muitas vezes você não conseguirá resgatar a totalida-
aumentar o limite do seu cartão de crédito. Mas nem só de de do valor pago e, em outras, receberá o valor pago acres-
renda se faz o teto do cartão. Fatores como inadimplência ou cido de uma pequena taxa de juros, por que optar por um
atrasos em pagamentos podem ser uma barreira na hora de título de capitalização?
aumentar o seu crédito. Então, nada de deixar de pagar sua Aqui entra o maior atrativo para aqueles que optam por
fatura ou esquecer de fazer o pagamento das contas! essa modalidade de poupança: os sorteios.
Os fatores, no entanto, variam muito entre as instituições Ao pagar um título de capitalização, você passa a con-
financeiras que oferecem o serviço de crédito. É sempre bom correr a um – ou alguns – sorteios.
conversar com o gerente e ficar atento aos detalhes e prazos O valor dos prêmios distribuídos nesses sorteios pode
estipulados em contrato. variar bastante.
Alguns contratos preveem o pagamento de quantias pe-
Limite de crédito x limite de saque quenas.
Há diferenças entre esses dois diferentes tipos de limite do Outros, entretanto, podem sortear valores que chegam a
seu cartão de crédito. O limite de crédito pessoal, como já dito milhares ou até milhões de reais.
acima, é o valor total que a instituição que gere o cartão dispo- Tudo isso, é claro, está embutido dentro do seu paga-
nibiliza para o cliente. É definido no momento em que o cartão mento.
é adquirido, e leva como base sua renda e perfil de compras.
Já o limite de saque é o serviço que alguns cartões dis- Quem emite um título de capitalização?
ponibilizam, funcionando como um saque emergencial. Não Mas afinal, quem são os responsáveis por emitir os Tí-
costuma estar vinculado ao limite de crédito, portanto o clien- tulos de Capitalização?
te pode fazer o saque emergencial sem modificações no valor Geralmente estamos falando de grandes instituições fi-
do limite para compras. Essa forma de saque, no entanto, está nanceiras, como os bancos.
sujeita a juros e taxas, fazendo com que se torne necessário Se você já foi abordado com alguma oferta de capitaliza-
somente em uma ocasião de verdadeira necessidade. ção, é muito provável que tenha ouvido algum dos seguintes
Há ainda o limite disponível que, como indica o próprio nomes:
nome, mostra o valor que está a disposição do cliente no mo- • Banco do Brasil: Ourocap Único 36, Ourocap Men-
mento da consulta. Ao comprar um produto de 400 reais em sal 36, Ourocap Mensal 48, Ourocap Mensal 60, Ourocap Flex
um limite de 1000, o limite do cartão de crédito disponível e Ourocap Multi Sorte;
será de 600 reais, por exemplo. • Bradesco: Pé Quente Max Prêmios Bradesco Capi-
talização (Pagamento Mensal ou Único), Pé Quente Brades-
co SOS Mata Atlântica, Pé Quente Bradesco Cem, Pé Quente
Bradesco Mil, Pé Quente Bradesco Nikkei, Pé Quente Brades-
3.22 - TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO. co Empresarial, Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica Em-
presarial e Pé Quente;
• Caixa Econômica Federal: Cap Torcedor, Ideal Cap,
Caixacap Sucesso, SuperXcap e Caixa Cap Aluguel;
Começamos dizendo que o Título de Capitalização não • Itaú: PIC (R$ 20), PIC (R$ 30), PIC (R$ 70), PIC (R$
é um investimento. 100), SUPER PIC 500 (R$ 500) e Super PIC (R$ 1.000);
Diferente do que muitos acreditam, essa modalidade não • Santander: CapSorte do Milhão, CapSorte Total e
pode ser considerada um investimento. CapSorte Universitário.
Na verdade, a sua classificação está mais para um seguro É claro que pode haver algumas variações.
do qualquer outra coisa. A Caixa, por exemplo, oferece alguns títulos focados em
Uma prova disso é o fato de o mercado de capitalização aposentados, servidores públicos e empresários.
ser controlado e fiscalizado pela SUSEP, ou Superintendência Porém, o funcionamento do título é basicamente o mes-
de Seguros Privados. mo para todos os casos.
Em palavras simples, poderíamos dizer que o Título de O que varia é:
Capitalização é uma forma de economia programada com • A forma de pagamento: (única, mensal ou periódica);
um prazo definido. • O resgate (total ou parcial);
Isso porque seu funcionamento depende de pagamentos • O tamanho da série;
que você faz para o “emissor” do título. • A carência;
Esse pagamento pode acontecer de forma única, por • E alguns outros fatores.
meio de parcelas mensais (o mais comum) ou periódicas. Em resumo, temos a seguinte definição:
Ao final do prazo, você poderá resgatar os pagamentos O Título de Capitalização é uma forma de guardar di-
realizados. nheiro e, ao mesmo tempo, participar de sorteios.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Vantagens dos títulos de capitalização #3 – Sorteios


Vamos começar com a vantagem mais “divulgada” pe- É aqui que está a “cereja do bolo” para quem compra
los principais emissores de títulos de capitalização: um Título de Capitalização.
#1 – Forma forçada de poupar É nesse ponto que os bancos e outras instituições finan-
Agora que já entendemos o que é um Título de Capi- ceiras acabam ganhando os consumidores.
talização, é fácil concluir que essa é uma forma forçada de Afinal, é bem fácil ceder à tentação de sonhar com a pos-
poupar. sibilidade de ganhar uma grande bolada.
E por que isso é uma vantagem? Ainda mais se você é brasileiro e vive a nossa “cultura da
Simples: porque há pessoas que simplesmente não pos- loteria”.
suem disciplina para guardar dinheiro. Às vezes os prêmios realmente são bem convidativos.
Por meio de um contrato de capitalização, o indivíduo Quer ver só?
fica “obrigado” a pagar o título sob pena de multa e atuali- Vamos usar o Banco do Brasil como exemplo.
zação monetária em caso de atrasos. A modalidade Ourocap Mensal 36 pede aportes que va-
Além disso, o contratante perde o direito de participar riam de R$ 200 a R$ 1.000 mensais durante 36 meses para
dos sorteios. concorrer a:
E esse acaba sendo o motivo mais forte que força muitas • Prêmios mensais de R$ 10 mil;
pessoas a se manterem fiéis ao Título de Capitalização. • Prêmios mensais especiais de até R$ 100 mil;
Para quem tem controle zero sobre os gastos, essa pode • Prêmios semestrais de até R$ 10 milhões.
até ser uma opção a ser considerada. Parece tentador, não é mesmo?
Entretanto, eu nunca recomendo esse caminho. São mais de 36 vezes a chance de ganhar uma bolada
Afinal, há outras formas de se forçar a fazer aportes fi- gigantesca.
nanceiros que podem ser considerados investimentos. Só o prêmio mais baixo (R$ 10 mil) seria o suficiente para
O fato de você desenvolver um planejamento financeiro superar o montante que você estaria pagamento pelo título,
formal, por exemplo, é uma delas. que soma o valor de R$ 7.200,00.
À medida que se estuda e se conhece outros produtos finan- Com base nessa perspectiva, é bem fácil entender porque
ceiros, mais opções (muito mais interessantes) começam a surgir. tantos clientes acabam comprando Títulos de Capitalização.
Ser sorteado transformaria o título em uma verdadeira
#2 – Comodidade mina de ouro.
Quem vai com frequência ao banco para conversar com Aqui, um parênteses muito importante precisa ser feito:
o gerente sabe como é “fácil” dizer um “sim” para uma oferta não existe almoço grátis.
que parece tentadora. Os prêmios distribuídos nos sorteios já estão “embutidos”
O profissional do banco, alegando que precisa de uma na sua mensalidade do título.
ajudinha para fechar a meta do mês, acaba floreando o Título Ou seja: a probabilidade de você realmente mudar de
de Capitalização. vida com um desses sorteios é realmente baixa e a relação
Como resultado, os aportes para essa modalidade aca- entre “custo x benefício” de um título de capitalização jamais
baram se transformando em algo extremamente “indolor” é positiva.
para o consumidor.
Basta apenas dizer um “sim” ou um “ok”. Desvantagens dos títulos de capitalização
No final das contas, o cliente não faz nada. A grande verdade, aqui, é que as desvantagens são muito
Só precisa acompanhar os aportes financeiros e torcer mais importantes do que as aparentes vantagens.
para ser sorteado. Portanto, sugiro especial atenção nos tópicos seguintes
Além dessa comodidade, outro aspecto que acaba refor- deste artigo.
çando essa vantagem são exatamente os valores dos apor- Vamos lá!
tes (no caso dos pagamentos mensais).
Em alguns contratos, os preços começam em apenas R$ 30. #1 – Baixa rentabilidade
Para muitos, esse é um valor bem baixo a ser pago para Para atrair mais clientes, as empresas oferecem devolu-
concorrer a 1.000 vezes esse mesmo valor. ção de 100% do valor pago durante a vigência do Título de
O raciocínio é simples: Capitalização.
“Eu pago R$ 30 por mês e concorro a R$ 300 mil. Existe Essa parece uma coisa boa, não é?
coisa melhor?” Mas não se engane!
Realmente não há como negar que as instituições finan- Se você está cedendo o seu dinheiro, o mínimo esperado
ceiras facilitam o acesso ao Título de Capitalização e o trans- é que ele seja de alguma forma corrigido na hora da devo-
formam em uma alternativa aparentemente interessante. lução.
Afinal, eles são “mestre” nisso. Isso é o que boa parte das instituições financeiras fazem.
O importante aqui é que você não confunda a “como- Porém, a rentabilidade é tão baixa que não chega a su-
didade”, que de fato não deixa de ser uma vantagem, com perar nem mesmo a inflação, o que significa que o dinheiro
“qualidade”. desvalorizou.
Afinal, como eu já comentei, os títulos de capitalização Ou seja: houve perda financeira por causa da des-
não estão nem perto de serem considerados como boas valorização.
opções de investimento. A remuneração é baixa porque somente uma parte do
Portanto, tenha muito cuidado com a comodidade. valor pago é corrigido pelos juros.

43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Essa quantidade é chamada de cota de capitalização. Por isso é sempre bom anotar muito bem todos os nú-
Dependendo do tipo de pagamento (único, mensal ou meros passados para poder se defender posteriormente.
periódico), esse valor pode variar de 10% a 70%. Há casos em que essa imposição acontece de forma tão
Isso significa que, na pior das hipóteses, somente 10% do valor veemente que pode acabar sendo caracterizada de forma ile-
pago estaria sendo corrigido pelos juros da Taxa Referencial (TR). gal.
Dessa forma, podemos dizer que o Título de Capitaliza- Portanto, não caia na pegadinha de quem diz que o Título
ção é uma modalidade pior que a Caderneta de Poupança, de Capitalização é um investimento.
que também considera a TR para compor seu rendimento. Enfim, como os títulos de capitalização se prestam, teo-
Lembrando apenas que a capitalização não pode ser ricamente, a disciplinar as pessoas a guardarem dinheiro,
considerada um tipo de investimento, diferente do que acon- eles acabam sendo a primeira aquisição de muita gente, que
tece com a tradicional Poupança, embora ela também possa do contrário iria gastar esse dinheiro e não o guardar.
apresentar uma remuneração bem baixa. Portanto, poderíamos dizer, também, que ele pode servir
Portanto, tenha bem isso em mente: como uma “porta de entrada” para uma vida financeira mais
Capitalização não é investimento. regrada.
Na melhor das hipóteses, é uma forma de poupar di-
nheiro com um bônus de eventualmente (e com muita sorte)
você ser premiado com um sorteio.
Feita essa consideração, vamos ao segundo ponto: 3.23 - PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO
PRIVADOS.
#2 – Baixa liquidez
Nem todos os Títulos de Capitalização permitem um res-
gate antecipado.
Alguns contratos dispõem do chamado prazo de carên- Fundo de aposentadoria programada individual – FAPI
cia, que é o tempo mínimo por meio do qual o dinheiro pre- É constituído sob a forma de um condomínio aberto e
cisa ficar guardado. administrado por instituições financeiras credenciadas no SIS-
Somente depois desse período você poderá resgatar o BACEN, ou seguradoras autorizadas pela SUSEP.
valor pago. Trata-se de um fundo de investimento como os FIF, cujo
Na hipótese de ser permitido o resgate antecipado (to- objetivo é constituir para o aplicador um plano de comple-
tal ou parcial), o cliente pode estar sujeito ao pagamento de mentação da aposentadoria básica da Previdência Social na
multa para a emissora do título. forma de um condomínio capitalizado.
O dinheiro fica literalmente “preso” ao banco. Qualquer pessoa física poderá aplicar no Fapi mediante a
Caso o consumidor decida não pagar o Título de Capita- abertura de uma conta específica em banco múltiplo, comer-
lização, ele pode ter o seu título suspenso, o que tira o direito cial, de investimento, caixa econômica ou seguradora.
de participar dos sorteios. O público-alvo são as pessoas físicas que não dispõem de
Se o atraso no pagamento superar quatro meses, o título fundos de pensão, tais como profissionais liberais, empresá-
é cancelado. rios e funcionários de pequenas e médias empresas.
Nesse caso, parte do valor é devolvido, funcionando
como uma espécie de resgate antecipado. PGBL - PLANO GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE - Os pla-
nos denominados (sob a sigla) PGBL, durante o período de
#3 – Não é investimento diferimento, terão como critério de remuneração da provisão
Caso você ainda não tenha entendido, eu volto a refor- matemática de benefícios a conceder, a rentabilidade da car-
çar: o Título de Capitalização não é um investimento. teira de investimentos do FIE instituído para o plano, ou seja,
Essa modalidade funciona mais como um seguro com durante o período de diferimento não há garantia de remune-
direito à premiação, que acaba sendo o seu maior apelo. ração mínima. As contribuições pagas permitem a dedução do
Além de não garantir o retorno do valor aplicado ao longo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual.
período de vigência, as chances de ser sorteado são bem remotas. O Plano PGBL poderá ter sua carteira de investimentos
Isso sem falar sobre o imposto de renda sobre os prê- estruturada sob as seguintes modalidades: SOBERANO, REN-
mios, que pode chegar a até 30%. DA FIXA OU COMPOSTO.
Apesar disso, várias instituições acabam vendendo a ca- O objetivo do Plano é a concessão de benefícios de pre-
pitalização como uma forma de fazer o dinheiro crescer. vidência aberta complementar (não confundir com fundos
Algumas até a chamam de uma “boa opção de investimen- de investimento de mercado financeiro). O valor do benefício
to” para quem quer guardar dinheiro e concorrer a prêmios. será calculado em função da provisão matemática de benefí-
Pura falácia, ao menos no que se refere a parte de ser cios a conceder na data da concessão do benefício e do tipo
uma opção de investimento. de benefício contratado, de acordo com os fatores de renda
Pelo menos algumas mudanças recentes na regulamen- apresentados na Proposta de Inscrição.
tação ajudam a aumentar a transparência nas condições É uma aplicação oferecida pelos bancos, seguradoras e
de comercialização dos Títulos de Capitalização. empresas de previdência privada como mais uma alternativa
Porém, muitos ainda acabam sendo “enganados” por de complementação de aposentadoria.
gerentes de bancos que usam os títulos como moeda de Ao invés de garantir uma rentabilidade mínima, corno
troca para oferecer outros benefícios, como uma taxa mais na previdência privada aberta, oferece ao investidor três mo-
baixa na contratação de crédito. dalidades distintas de investimentos, com riscos distintos:

44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

 Plano soberano: aplica os recursos em títulos públi-


cos federais; 3.24 -PLANOS DE SEGUROS.
 Plano renda fixa: aplica os recursos em títulos públi-
cos federais e outros títulos com características de renda fixa;
 Plano composto: aplica os recursos em títulos públi-
cos federais, outros títulos com característica de renda fixa e A apólice de seguro é um contrato bilateral, oneroso,
até 49% dos valores em renda variável. aleatório, solene. Gera direitos e obrigações, em que são de-
A rentabilidade vai depender do plano escolhido, da ca- finidos: o bem coberto; a importância segurada; a localização
pacidade do administrador e das tendências da economia. do bem; o período de vigência; os riscos assumidos pela se-
As principais características do PGBL são: flexibilidade na guradora e demais condições contratuais.
contribuição ao fundo, liberdade na escolha de aplicar os re- O contrato de seguro – necessariamente escrito (art.1.433
cursos financeiros e liberdade de resgate. do Código Civil) – é aquele em que uma seguradora se obriga
a indenizar todos os prejuízos do segurado, caso ocorra o ris-
VGBL – VIDA GERADO DE BENEFICIO LIVRE - é uma das co previsto na apólice (termo de resumo do contrato), desde
modalidades de plano previdenciário privado (previdência que o segurado pague um prêmio (preço do seguro).
privada) adotada no Brasil. Define o art. 1432 do Código Civil que “Considera-se con-
É um plano de seguro de pessoas com cobertura por so- trato de seguro aquele pelo qual uma das partes se obriga para
brevivência, cuja principal característica é a ausência de renta- com a outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do
bilidade mínima garantida durante a fase de acumulação dos prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato”.
recursos, sendo a rentabilidade da provisão idêntica à rentabi- Martins (1984, p. 409) define que:
lidade do fundo onde os recursos estão aplicados. Entende-se por contrato de seguro aquele em que uma
O VGBL é ideal para quem declara Imposto de Renda no for- empresa assume a obrigação de ressarcir prejuízo sofrido por
mulário simplificado ou para quem excedeu o limite de dedução outrem, em virtude de evento incerto, mediante o pagamento
do Imposto de Renda (12% da renda bruta anual) com contribui- de determinada importância. A empresa que assume a obriga-
ções a outros planos de previdência, como por exemplo, o PGBL. ção de ressarcir o prejuízo tem o nome de seguradora; pessoa
Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa por que pagará a importância para que haja o ressarcimento do
duas fases: o período de investimento e o período de bene- prejuízo chame-se segurado. Beneficiário é quem efetivamente
fício. O primeiro normalmente ocorre quando estamos tra- receberá da seguradora a importância relativa ao prejuízo; tan-
balhando e/ou gerando renda. Esta é a fase de formação de to pode ser beneficiário o próprio segurado como uma terceira
patrimônio. Já o período de benefício começa a partir da ida- pessoa, dependendo sua indicação de cláusula contratual. Só
de que você escolhe para começar a desfrutar do dinheiro são partes no contrato de seguro o segurador e o segurado; só
acumulado durante anos de trabalho. esses acordam e assumem obrigações em virtude do contrato.
A maneira de recebimento dos recursos fica a critério de
escolha do comprador do plano. É possível resgatar o patri-
mônio acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (renda)
para passar a receber, mensalmente, da empresa seguradora. 4 - MERCADO DE CAPITAIS.
A grande diferença entre os VGBL e os PGBL é que o im-
posto de renda no resgate do VGBL incide sobre os lucros do
investimento, enquanto que no PGBL incide sobre o patrimô-
nio total do investimento. O mercado de capitais é um sistema de distribuição de
valores mobiliários, que tem o objetivo de proporcionar liqui-
Previdência privada aberta – PPA dez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu pro-
É uma opção de aposentadoria complementar oferecida cesso de capitalização.
pelos bancos e seguradoras. Há duas opções de acordo com
o plano adquirido: Estrutura do mercado de capitais
 Benefício definido: o participante determina a futura O Mercado de Capitais é constituído pelas bolsas de va-
renda mensal, mas suas contribuições não são fixas. lores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras
 Contribuição definida: o valor do benefício vai depen- autorizadas. O mesmo é subdividido em Mercado Primário e
der do saldo ao final do prazo de contribuição, determinado o Mercado Secundário.
pelo contribuinte. A contribuição é fixa, mas o benefício não. No Mercado Primário é onde se negocia a subscrição de no-
Na PPA, o participante contribui com a aposentadoria por vas ações ao público, isto é, onde os valores mobiliários circulam
sobrevivência, e poderá garantir, desde que contribua com as pela primeira vez e onde a empresa obtém o capital para seus
parcelas: aposentadoria por invalidez, renda vitalícia por mor- empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para a empresa.
te e pecúlio por morte. Já o Mercado Secundário são as demais negociações
com esses títulos, como simples trocas de possuidores, pois
PREVIDENCIA PRIVADA FECHADA (FUNDO DE PENSÃO) a empresa emissora já não terá mais contato com o di-
É uma aposentadoria complementar oferecida pelas nheiro proveniente dessas trocas. Esse último mercado se
empresas aos empregados. Um fundo de pensão para o caracteriza também pelas negociações realizadas fora das
qual contribuem a empresa e os funcionários. Portanto, bolsas, em negociações que denominamos como mercado
não é aberto à participação de outras pessoas e tem carac- de balcão, trazendo dessa forma mais liquidez para esses
terísticas diferentes de uma empresa para outra. ativos financeiros.

45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Segundo Fortuna (2005) “Mercado de Balcão é um mer- • Possibilita que os recursos poupados se tornem in-
cado sem local físico determinado para a realização das transa- vestimentos, proporcionando crescimento econômico e
ções. Elas são realizadas por telefone, entre as instituições finan- crescimento de produtividade com a inserção das poupan-
ceiras. Neste mercado, normalmente, são negociadas ações de ças no setor produtivos;
empresas não registradas na BOVESPA, além de outras espécies • Constitui uma forma de crescimento das companhias,
de títulos. O mercado de balcão é dito organizado quando se que podem aumentar sua participação no mercado através
estrutura como um sistema de negociações de títulos e valores da distribuição de ações, além de possibilitar a elas aumen-
mobiliários administrados por entidade autorizada pela CVM.” tar seus ativos e valor de mercado;
• Auxilia a redistribuição de renda, à medida que pode
Por que investir no Mercado de Capitais? proporcionar a seus investidores ganhos decorrentes de
À medida que cresce o nível de poupança individual e a valorizações do valor da ação e distribuição de dividendos,
poupança das empresas (entende-se por poupança o lucro compartilhando assim o lucros das empresas;
das mesmas) constituem a fonte principal do financiamento • Aprimoramento dos princípios da Governança Cor-
dos investimentos de um país. Tais investimentos são o motor
porativa, através de melhorias na administração e eficiên-
do crescimento econômico e este, por sua vez, gera aumento
cia, visto que as companhias abertas precisam cumprir a
de renda, com conseqüente aumento da poupança e do in-
regras cada vez mais rígidas propostas pelo governo e
vestimento, assim por diante.
As empresas, à medida que se expandem, carecem de pelas Bolsas de Valores, além de deixar o mercado mais
mais e mais recursos, que podem ser obtidos por meio de transparente;
 Empréstimos. • Possibilita a inserção de pequenos investidores, já
 Reinvestimentos de lucros que para investir em ações não há a necessidade de gran-
 Participação de acionistas. des somas de capital como outros tipos de investimentos;
As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Ge- • O Mercado de Ações atua como indicador econômi-
ralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua atividade co, uma vez que é extremamente sensível e a cotação das
operacional. ações pode refletir as forças do mercado, como momentos
Mas é pela participação de novos sócios – nesse caso os acio- de recessão, estabilidade, crescimento, etc.
nistas – que uma empresa ganha condição de obter novos recursos
não exigíveis, como contrapartida à participação no seu capital. Investimentos em Títulos
Com esses novos recursos, as empresas têm condições • Renda: Divido em fixa e variável. A renda é fixa quan-
de investir em novos equipamentos ou no desenvolvimento do se conhece previamente a forma do rendimento que
de pesquisas melhorando seu processo produtivo, tornando será conferida ao título. Nesse caso, o rendimento pode
-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade. O inves- ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o
tidor em ações contribui assim para a produção de bens, dos certificado de depósito bancário. A renda variável será de-
quais ele também é consumidor. Como acionista, ele é sócio finida de acordo com os resultados obtidos pela empresa
da empresa e se beneficia da distribuição de dividendos sem- ou instituição emissora do respectivo título.
pre que a empresa obtiver lucros. • Prazo: Há títulos com prazo de emissão variável ou in-
Essa é a mecânica da democratização do capital de uma determinado, isto é, não têm data definida para resgate ou
empresa e da participação em seus lucros. vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita
Antes de investir no mercado de capitais deve-se também a qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresen-
analisar o tipo de investidor que você é, pois no mercado de tam data estipulada para vencimento ou resgate, quando
capitais você possui diversas formas de obter retorno buscando seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplica-
equilibrar os três aspectos básicos em um investimento: retor-
ção, acrescido da respectiva remuneração.
no, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua
• Emissão: Os títulos podem ser particulares ou públi-
rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre
diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o cos. Particulares, quando lançados por sociedades anôni-
nível de risco que está disposto a correr, em função de obter mas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou
uma maior ou menor lucratividade. Tornando-se desta forma pelo Banco Central do Brasil, respectivamente; público, se
uma ótima forma de investir seu dinheiro com diversas formas emitidos pelo governo federal, estadual ou municipal.
de rentabilidade de pequeno, médio e grande risco, sendo de
pequena, media e grande rentabilidade respectivamente. Como investir e operar no mercado de capitais?
Para operar no mercado secundário de ações é ne-
Principais Benefícios do Mercado Acionário cessário que o investidor se dirija a uma sociedade cor-
Para que o Mercado Acionário se desenvolva, consiga retora membro de uma bolsa de valores, na qual funcio-
cumprir com sua função e traga benefícios para as partes en- nários especializados poderão fornecer os mais diversos
volvidas, o ambiente de negócios no país de atuação deve ter esclarecimentos e orientação na seleção do investimento,
total liberdade e possuir regras claras e definidas. de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se
Eis abaixo alguns dos principais benefícios que um Mer- pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja, no mer-
cado de Ações desenvolvido pode propiciar a uma nação: cado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma
• Financia a produção e os negócios, pois através da venda corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que
de ações as empresas obtêm recursos para expandir seu participem do lançamento das ações pretendidas.
capital, com obrigações apenas no longo prazo;

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Classificação das Ações: 


4.1 - AÇÕES: CARACTERÍSTICAS E DIREITOS. Ações ordinárias: caracterizam-se, principalmente,
pelo direito de voto que dão aos seus possuidores (além,
naturalmente, da participação nos lucros da sociedade). 
Normalmente, a cada ação corresponde um voto e,
Mercado de capitais portanto, quando a diretoria é eleita, os indivíduos que de-
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de tém o maior número de ações podem eleger os diretores.
valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar No Brasil, na maioria dos casos, os dirigentes da em-
liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu presa são os próprios acionistas majoritários. Na medida
processode capitalização. em que a sociedade se desenvolve, cada vez mais proprie-
É constituído pelas bolsas de valores, sociedades correto- dade e administração vão se dissociando. 
ras e outras instituições financeiras autorizadas. Isto é, as empresas tendem a ser administradas por
No mercado de capitais, os principais títulos negociados profissionais especializados e não por aqueles que detém
são os representativos do capital de empresas - as ações - ou
o maior número de ações. 
de empréstimos tomados, via mercado, por empresas - de-
O acionista, possuidor dessas ações, tem responsabi-
bêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição e “com-
lidades e obrigações correspondentes ao montante das
mercial papers” -,que permitem acirculação de capital para
custear o desenvolvimento econômico. ações possuídas. 
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações O fato de poder votar permite ao seu titular tomar par-
com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, te ativa na administração da sociedade: influir na modifica-
certificados de depósitos de ações e demais derivativos auto- ção de estatutos, na eleição da diretoria, na autorização de
rizados à negociação. venda de bens fixos, etc.

Ações- características e direitos Ações preferenciais: geralmente garantem ao acionis-


O empresário para a realização de investimentos conta ta a prioridade no recebimento dos dividendos e, em caso
com fontes internas e externas de financiamento.  de dissolução da empresa, têm também prioridade (em re-
As empresas à medida que se expandem carecem de lação aos acionistas possuidores de ações ordinárias) no
mais recursos que podemser obtidos basicamente através de: reembolso do capital, mas, normalmente, não dão direito
 empréstimos de terceiros,  a voto.
 reinvestimentos dos lucros e  Existem três casos em que os acionistas preferenciais
 participação dos acionistas passam a ter direito ao voto: quando a empresa passa três
anos consecutivos sem pagar dividendos; quando são títu-
As duas primeiras geralmente são utilizadas para manter los conversíveis; e quando as ações preferenciais tem direi-
sua atividade operacional. Através da participação de acionis- to a voto, conforme os estatutos.
tas (venda de ações) uma empresa ganha condição de obter Pode ser assegurado um dividendo mínimo às ações
novos recursos,não exigíveis, como contrapartida à participa- preferenciais. Entretanto, após o pagamento desse divi-
ção no seu capital. dendo e ao das ordinárias, aquelas participam, , dos lucros
remanescentes. 
Mercado Primário de Ações Em alguns casos as ações preferenciais têm assegurado
O mercado primário de ações é onde se negocia a subs- odireito a um dividendo fixo.
crição (venda) de novas ações ao público, ou seja, onde a em-
presa obtém recursos para seus empreendimentos.
TIPOS DE AÇÕES
É a primeira negociação da ação e o dinheiro da venda
 Quanto à espécie:
vai para a empresa.
Os lançamentos de ações novas no mercado de uma for- - Ordinárias (ON): ações que concedem àqueles
ma ampla e não restrita à subscrição pelos atuais acionistas, que as possuem o poder de voto nas assembléias delibera-
chamam-se lançamentos públicos de ações ou  operações de tivas da companhia.
UNDERWRITING. - Preferenciais (PN): ações que oferecem preferên-
cia na distribuição de resultados ou no reembolso do capi-
Mercado Secundário de Ações tal em caso de liquidação da companhia, não concedendo
O mercado secundário de ações é onde se transferem tí- o direito de voto.
tulos entre investidores e/ou instituições (Bolsas de Valores e
Mercado de Balcão). O acionista preferencial recebe 10% a mais de dividen-
O Mercado de Balcão é simplesmente um mercado organi- dos do que os acionistas ordinários, caso o estatuto social
zado de títulos, mas cuja  negociação não faz em local determi- da Cia. não estabeleça um dividendo mínimo.
nado e sim por telefone ou por meio eletrônico, através do qual  Quanto à forma:
os operadores promovem entre si ofertas de compra e venda de - Nominativas registradas: quando a empresa
títulos, cumprindo ordens de seus clientes ou por conta própria. mantém um registro do controle de propriedade das ações.
Um mercado secundário organizado e eficiente é ex- Este controle também pode ser efetuado por terceiros.
tremamente importante. É condição para a existência do
Mercado Primário.

47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Pode ocorrer ou não a emissão de certificados que apre- Debêntures com garantia real são garantidas por bens
sentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a dados em hipoteca, penhor ou anticrese, pela companhia
entrega de cautela e a averbação de termo, em livro próprio emissora, por empresas de seu conglomerado ou por ter-
da empresa emitente, identificando o novo acionista. ceiros. Já as debêntures com garantia flutuante são aquelas
O termo denominado para a guarda destes títulos se cha- com privilégio geral sobre o ativo da empresa, o que não
ma custódia infungível, onde os títulos são mantidos discri- impede, entretanto, a negociação dos bens que compõem
minadamente por depositante. esse ativo. Elas possuem, porém, preferência de pagamento
- Escriturais nominativas: neste caso não há emissão sobre outros créditos.
de cautelas ou movimentação física dos documentos. As quirográficas são aquelas sem as vantagens dos dois
Hoje em dia, quase a totalidade das ações é do tipo escri- tipos citados acima. Por fim, as subordinadas são debêntures
tural, controlada por meio eletrônico e custodiadas na CBLC, sem garantia, que preferem apenas aos acionistas no ativo
empresa responsável pelo serviço de custódia fungível das remanescente, em caso de liquidação da companhia.
ações. Como é feita a remuneração?
O termo custódia fungível, é quando as ações ou os As formas de remuneração podem variar muito de de-
valores mobiliários quando depositados podem ser substituí- bênture para debênture. Elas podem ser representadas por
dos, na retirada, por outros iguais (mesma espécie, qualidade juros fixos ou variáveis, participação e/ou prêmios.
e quantidade). Em suma, a remuneração dependerá do contrato pac-
tuado na escritura de emissão da debênture. Essa heteroge-
neidade na remuneração é apontada por alguns especialistas
como um dos fatores que limita a expansão desse mercado.
4.2 - DEBÊNTURES. Atualmente, a maioria das debêntures emitidas para co-
locação junto a investidores em mercado de capitais é efe-
tuada utilizando como indexador o IGP-M (Índice Geral de
Preços - Mercado) ou a variação do CDI (Certificado de De-
Pouco conhecidas, ao menos por enquanto, pela maioria pósito Interfinanceiro).
dos investidores, as debêntures aparecem como a principal Debêntures ou ações?
forma de captação de recursos por parte das empresas. Dada Você pode se perguntar também se vale mais a pena
sua versatilidade, elas se ajustam às necessidades de finan- comprar a ação de uma empresa ao invés de debêntures emi-
ciamento das companhias, combinando custos competitivos tidas por ela. A principal diferença entre os dois investimentos
com prazos longos. é que quem adquire uma debênture vira credor da empresa.
Para se ter uma idéia, em 2005, as empresas brasileiras Já quem compra ações dela vira acionista, ou seja, sócio da
captaram cerca de R$ 43,5 bilhões em debêntures, de acordo empresa, com direito à participação nos lucros, mas também
com dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), dez sujeito às oscilações diárias do valor do papel no mercado.
vezes mais do que em ações. O que isso implica? Em termos de garantia para o in-
Boa parte destes títulos foi parar nas mãos de investido- vestidor, a debênture é mais segura do que a ação, pois o
res institucionais, como administradores de recursos e fundos debenturista recebe antes dos acionistas no caso de falência
de pensão. No entanto, existem estudos avançados para po- da empresa, por ser classificado como credor.
pularizar esta aplicação. Assim, vale a pena saber um pouco Como vantagens, o ganho do investidor é mais certo no caso
mais sobre estes títulos, que prometem estar cada vez mais da debênture, pois o principal risco de não receber o que investiu
presentes nas carteiras dos pequenos investidores. é se a empresa não honrara seus compromissos. Mas a existência
O que são debêntures? de garantias e de um agente fiduciário, que tem como obrigação
As debêntures são títulos de dívida de médio e longo emitir relatórios periódicos sobre a empresa, reduz esse risco.
prazo emitidos por empresas, que conferem ao detentor do Como desvantagem na comparação com as ações, um
título, o debenturista, um direito de crédito contra a emissora. ponto é que seu mercado secundário ainda é bem menos
Assim, ao comprar uma debênture, você passa a ser credor desenvolvido. Ou seja, as debêntures apresentam maior difi-
da empresa. culdade para serem vendidas e compradas.
As debêntures podem ser conversíveis em ações, sim-
ples ou permutáveis. As primeiras podem ser convertidas em
ações de emissão da empresa, nas condições estabelecidas
pela escritura de emissão. As segundas são aquelas que são 4.3 - DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS
resgatáveis exclusivamente em moeda local. ABERTAS E COMPANHIAS FECHADAS.
Já as terceiras podem ser transformadas em ações de
emissão de outra companhia que não a emissora de papéis,
ou ainda, menos freqüente, em outros tipos de bens, tais
como títulos de crédito. Sociedade anônima (normalmente abreviado por S.A., SA
Quais são as garantias? ou S/A) é uma forma de constituição de empresas na qual o
Uma pergunta importante que as pessoas que investem capital social não se encontra atribuído a um nome em es-
devem fazer diz respeito ao risco. Vale detalhar aqui as ga- pecífico, mas está dividido em ações que podem ser transa-
rantias que podem ser dadas à emissão. Com respeito a isso, cionadas livremente, sem necessidade de escritura pública
existem basicamente quatro tipos de debêntures: com garan- ou outro ato notarial. Por ser uma sociedade de capital, pre-
tia real, com garantia flutuante, quirográfica e subordinada. vê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Há duas espécies de sociedades anônimas: O fato de uma emissão ser colocada por meio de Un-
derwriting Firme oferece uma garantia adicional ao inves-
1. a companhia aberta (também chamada de empresa de tidor, porque, se as instituições financeiras do consórcio
capital aberto), serão assim consideradas se os valores imobi- estão dispostas a assumir o risco da operação, é porque
liários de sua emissão estiverem sendo negociados em Bolsas confiam no êxito do lançamento, uma vez que não há inte-
ou n mercado de Balcão que capta recursos junto ao público resse de sua parte em imobilizar recursos por muito tempo.
e é fiscalizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Melhor esforço ou best-effort underwriting – É a mo-
dalidade de lançamento de ações, no qual a instituição fi-
2. a companhia fechada (também chamada de empresa nanceira assume apenas o compromisso de fazer o melhor
de capital fechado), que obtém seus recursos dos próprios esforço para colocar o máximo de uma emissão junto à sua
acionistas. Não possuem registro na CVM; são, na sua maior clientela, nas melhores condições possíveis e num deter-
parte, empresas familiares; o controle é interno, dos seus só- minado período de tempo. As dificuldades de colocação
cios majoritários. das ações irão se refletir diretamente na empresa emissora.
Neste caso o investidor deve proceder a uma avaliação mais
No Brasil, as sociedades anônimas ou companhias são cuidadosa, tanto das perspectivas da empresa quanto das
reguladas pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei instituições financeiras encarregadas do lançamento.
das SA), com as alterações dadas pelas Leis 9.457, de maio Residual ou stand-by underwriting – nessa forma de
de 1997, 10.303, de 31 de outubro de 2001, 11.638, de 28 de subscrição pública, a instituição financeira não se responsa-
dezembro de 2007 e 11.941, de 27 de maio de 2009. biliza, no momento do lançamento, pela integralização total
Não houve alteração em decorrência da entrada em vi- das ações emitidas. Há um comprometimento, entre a ins-
gor do novo Código Civil (art.1089). De acordo com o artigo tituição e a empresa emitente, de negociar as novas ações
1º (primeiro) deste diploma legal “A companhia ou sociedade junto ao mercado durante certo tempo, findo no qual, po-
anônima terá o capital dividido em ações e a responsabilida- derá ocorrer à subscrição total, por parte da instituição, ou a
de dos sócios ou acionistas será limitada ao preço da emissão devolução, à sociedade emitente, das ações que não foram
das ações subscritas ou adquiridas”. absorvidas pelos investidores individuais e institucionais.
Aspectos Operacionais do Underwriting: a decisão de
emitir ações, seja pela oferta pública tanto para abertura
ou aumento do capital, pressupõe que a sociedade ofere-
4.4 - OPERAÇÕES DE UNDERWRITING. ça certas condições de atratividade econômica, bem como
supõe um estudo da conjuntura econômica global a fim de
evitar que não obtenha êxito por falta de senso de oportu-
nidade. É preciso que se avaliem, pelo menos, os seguintes
Underwriting ou subscrição ocorre quando uma com- aspectos: existência de um clima de confiança nos resulta-
panhia contrata um intermediário financeiro, que será o res- dos da economia, estudo setorial, estabilidade política, in-
ponsável pela colocação de uma subscrição pública de ações flação controlada, mercado secundário e motivações para
ou obrigações no mercado. Geralmente a operação é organi- oferta dos novos títulos.
zada por um consórcio (pool) de instituições sob coordena-
ção de uma ou mais instituição líder (coordenador). É a compra ou venda de uma determinada quantidade
Underwriter é a denominação da instituição financeira de ações, a um preço estabelecido em pregão. Assim, quan-
que realiza operações de lançamento de ações no mercado do há a realização de um negócio, ao comprador cabe arcar
primário, que podem ser bancos múltiplos, bancos de inves- com o valor financeiro envolvido na operação, sendo que o
timentos, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e vendedor deve fazer a entrega dos títulos-objeto da transa-
valores mobiliários. ção, nos prazos estabelecidos pela Bolsa de Valores de São
As operações de underwriting são ofertas públicas de Paulo - BOVESPA e pela Companhia Brasileira de Liquidação
títulos em geral (ações por exemplo), e de títulos de crédito e Custódia - CBLC.
representativo de empréstimo (debênture por exemplo), em
particular, por meio de subscrição, cuja prática é permitida Título-objeto
somente pela instituição financeira autorizada pelo Banco Todas as ações de emissão de empresas admitidas à ne-
Central do Brasil (BACEN) para esse tipo de intermediação. gociação na BOVESPA.

Os lançamentos públicos de ações podem ser basica- Formação de Preços


mente de três tipos: Os preços são formados em pregão, pela dinâmica das
Underwriting puro ou firme – É a modalidade de lança- forças de oferta e demanda de cada papel, o que torna a co-
mento no qual a instituição financeira, ou consórcio de insti- tação praticada um indicador confiável do valor que o mer-
tuições subscreve a emissão total, encarregando-se, por sua cado atribui às diferentes ações. A maior ou menor oferta
conta e risco, de colocá-la no mercado junto aos investido- e procura por determinado papel está diretamente relacio-
res individuais (público) e institucionais. Neste tipo de ope- nada ao comportamento histórico dos preços e, sobretudo,
ração, no caso de um eventual fracasso, a empresa já rece- às perspectivas futuras da empresa emissora, aí se incluindo
beu integralmente o valor correspondente às ações emiti- sua política de dividendos, prognósticos de expansão de
das. O risco é inteiramente do underwriter (intermediário seu mercado e dos seus lucros, influência da política eco-
financeiro que executa uma operação de underwriting). nômica sobre as atividades da empresa etc.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Negociação Liquidação Física


A realização de negócios no mercado a vista requer a inter- É a entrega dos títulos à CBLC (Companhia Brasileira
mediação de uma Sociedade Corretora que poderá executar, em de Liquidação e Custódia), pela corretora que representa o
pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, por meio de «vendedor». Ocorre no segundo dia útil após a realização
um de seus representantes (operadores), ou ainda autorizar seu do negócio em pregão (D+2). As ações só ficam disponí-
cliente a registrar suas ordens no sistema eletrônico de negociação veis ao «comprador» após a liquidação financeira.
do MEGA BOLSA, utilizando para isso o Home Broker da Corretora.
É possível acompanhar o andamento das operações a vista, Liquidação Financeira
durante todo o pregão, por meio da rede de terminais da BO- Compreende o pagamento do valor total da operação,
VESPA, dos terminais de um “Vendor” de informações, do servi- pela corretora intermediária do “comprador”, e o respecti-
ço de videotexto da Telefônica e da rede nacional ou internacio- vo recebimento pelo “vendedor”. Ocorre no terceiro dia útil
nal de telex, bem como por telefone, pelo serviço Disque Boves- após a realização do negócio em pregão (D+3). No caso de
pa. Além disso, também é possível acompanhar as informações operações o pagamento ocorre em (D+1).
relevantes sobre os negócios a vista no site da BOVESPA e, após
o encerramento das negociações, no BDI - Boletim Diário de
Custos de Transação
Informações da BOVESPA e nos jornais de grande circulação.
Sobre as operações realizadas no mercado à vista, inci-
Formas de Negociação dem a taxa de corretagem pela intermediação – livremente
a) Sistema Eletrônico de Negociação - é um sistema que pactuada entre o cliente e a Corretora e incidente sobre
permite às corretoras cumprir as ordens de clientes direta- o movimento financeiro total (compras mais vendas) das
mente de seus escritórios. Pelo S.E.N., a oferta de compra ou ordens realizadas em nome do investidor, por uma mesma
venda é feita por meio de terminais de computador. O encon- Corretora e em um mesmo pregão – os emolumentos e
tro das ofertas e o fechamento de negócios realizados auto- o Aviso de Negociações com Ações - ANA, cobrado por
maticamente pelos computadores. pregão em que tenham ocorrido negócios por ordem do
b) After market - É o pregão eletrônico que acontece dia- investidor, independentemente do número de transações
riamente após o fechamento do mercado. No After Market, só em seu nome (esse aviso, no momento, está isento de cus-
podem ser feitas operações no mercado à vista. to por tempo indeterminado).
Desde 29/03/99, também entrou em operação um novo
conceito de atendimento e de realização de negócios no Tributação
mercado acionário: o Home Broker. O Home Broker é um O nível atual de tributação no mercado de ações é
moderno canal de relacionamento entre os investidores e as composto de Imposto de renda pela de 15% aplicada so-
Sociedades Corretoras, que torna ainda mais ágil e simples bre os ganhos de capital (diferença entre o preço médio de
as negociações no mercado acionário, permitindo o envio de aquisição da ação e o que você recebeu pela venda). Essa
ordens de compra e venda de ações pela Internet, e possibili- alíquota vale para todos os tipos de operações nos vários
tando o acesso às cotações, o acompanhamento de carteiras mercados de ações, com exceção das operações de day
de ações, entre vários outros recursos. trade em que a alíquota é de 20%.
Liquidação
Após a execução da ordem, é feita a liquidação física e
financeira, processo pelo qual se dá a transferência da pro-
4.5 FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA
priedade dos títulos e o pagamento e/ou recebimento do
montante financeiro envolvido, dentro do calendário específi- DE AÇÕES.
co estabelecido pela bolsa para cada mercado.

No mercado à vista, vigora o seguinte calendário de li-


quidação: É a compra ou venda de uma determinada quantidade
• D+0 – dia da operação; de ações, a um preço estabelecido em pregão. Assim,
• D+1 – prazo para os intermediários financeiros especifi- quando há a realização de um negócio, ao comprador cabe
carem as operações por eles executadas junto à bolsa; arcar com o valor financeiro envolvido na operação, sendo
• D+2 – entrega e bloqueio dos títulos para a liquidação fí- que o vendedor deve fazer a entrega dos títulos-objeto da
sica da operação, caso ainda não estejam na custódia da CBLC; transação, nos prazos estabelecidos pela Bolsa de Valores
• D+3 – liquidação física e financeira da operação. de São Paulo - BOVESPA e pela Companhia Brasileira de
Liquidação e Custódia - CBLC.
A liquidação é realizada por meio de empresas de compen- Título-objeto
sação e liquidação de negócios, que podem ser ligadas à bolsa Todas as ações de emissão de empresas admitidas à
ou independentes. A BM&FBOVESPA utiliza a CBLC – Compa- negociação na BOVESPA.
nhia Brasileira de Liquidação e Custódia para liquidar as ope- Formação de Preços
rações realizadas em seus mercados. As corretoras da BM&- Os preços são formados em pregão, pela dinâmica das
FBOVESPA e outras instituições financeiras são os agentes de forças de oferta e demanda de cada papel, o que torna
compensação da CBLC, responsáveis pela boa liquidação das a cotação praticada um indicador confiável do valor que
operações que executam para si ou para seus clientes. o mercado atribui às diferentes ações. A maior ou menor

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

oferta e procura por determinado papel está diretamen- A liquidação é realizada por meio de empresas de
te relacionada ao comportamento histórico dos preços e, compensação e liquidação de negócios, que podem ser li-
sobretudo, às perspectivas futuras da empresa emissora, gadas à bolsa ou independentes. A BM&FBOVESPA utiliza a
aí se incluindo sua política de dividendos, prognósticos de CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia para
expansão de seu mercado e dos seus lucros, influência da liquidar as operações realizadas em seus mercados. As corre-
política econômica sobre as atividades da empresa etc. toras da BM&FBOVESPA e outras instituições financeiras são
Negociação os agentes de compensação da CBLC, responsáveis pela boa
A realização de negócios no mercado a vista requer a liquidação das operações que executam para si ou para seus
intermediação de uma Sociedade Corretora que poderá clientes.
executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu Liquidação Física
É a entrega dos títulos à CBLC (Companhia Brasileira
cliente, por meio de um de seus representantes (operado-
de Liquidação e Custódia), pela corretora que representa o
res), ou ainda autorizar seu cliente a registrar suas ordens
«vendedor». Ocorre no segundo dia útil após a realização do
no sistema eletrônico de negociação do MEGA BOLSA, uti- negócio em pregão (D+2). As ações só ficam disponíveis ao
lizando para isso o Home Broker da Corretora. «comprador» após a liquidação financeira.
É possível acompanhar o andamento das operações a Liquidação Financeira
vista, durante todo o pregão, por meio da rede de terminais Compreende o pagamento do valor total da operação,
da BOVESPA, dos terminais de um “Vendor” de informações, pela corretora intermediária do “comprador”, e o respectivo
do serviço de videotexto da Telefônica e da rede nacional recebimento pelo “vendedor”. Ocorre no terceiro dia útil após
ou internacional de telex, bem como por telefone, pelo a realização do negócio em pregão (D+3). No caso de opera-
serviço Disque Bovespa. Além disso, também é possível ções o pagamento ocorre em (D+1).
acompanhar as informações relevantes sobre os negócios Custos de Transação
a vista no site da BOVESPA e, após o encerramento das Sobre as operações realizadas no mercado à vista, incidem
negociações, no BDI - Boletim Diário de Informações da a taxa de corretagem pela intermediação – livremente pactua-
BOVESPA e nos jornais de grande circulação. da entre o cliente e a Corretora e incidente sobre o movimento
Formas de Negociação financeiro total (compras mais vendas) das ordens realizadas
a) Sistema Eletrônico de Negociação - é um sistema em nome do investidor, por uma mesma Corretora e em um
que permite às corretoras cumprir as ordens de clientes di- mesmo pregão – os emolumentos e o Aviso de Negociações
retamente de seus escritórios. Pelo S.E.N., a oferta de com- com Ações - ANA, cobrado por pregão em que tenham ocorri-
do negócios por ordem do investidor, independentemente do
pra ou venda é feita por meio de terminais de computador.
número de transações em seu nome (esse aviso, no momento,
O encontro das ofertas e o fechamento de negócios reali-
está isento de custo por tempo indeterminado).
zados automaticamente pelos computadores. Tributação
b) After market - É o pregão eletrônico que acontece O nível atual de tributação no mercado de ações é compos-
diariamente após o fechamento do mercado. No After Ma- to de Imposto de renda pela de 15% aplicada sobre os ganhos
rket, só podem ser feitas operações no mercado à vista. de capital (diferença entre o preço médio de aquisição da ação e
Desde 29/03/99, também entrou em operação um o que você recebeu pela venda). Essa alíquota vale para todos os
novo conceito de atendimento e de realização de negócios tipos de operações nos vários mercados de ações, com exceção
no mercado acionário: o Home Broker. O Home Broker é das operações de day trade em que a alíquota é de 20%.
um moderno canal de relacionamento entre os investido- Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/
res e as Sociedades Corretoras, que torna ainda mais ágil e artigos/concursos/funcionamento-do-mercado-a-vista-de-
simples as negociações no mercado acionário, permitindo -acoes/44928
o envio de ordens de compra e venda de ações pela Inter-
net, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanha-
mento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.
Liquidação 4.6 - MERCADO DE BALCÃO.
Após a execução da ordem, é feita a liquidação física e
financeira, processo pelo qual se dá a transferência da pro-
priedade dos títulos e o pagamento e/ou recebimento do
O mercado de balcão nada mais é que mais um segmento
montante financeiro envolvido, dentro do calendário espe-
do mercado de capitais, no qual são negociados títulos autor-
cífico estabelecido pela bolsa para cada mercado. regulados sob fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários
No mercado à vista, vigora o seguinte calendário de (CVM). Neste segmento, não existe um local físico determinado
liquidação: para as operações de compra e venda de ativos – que costu-
• D+0 – dia da operação; mam acontecer por telefone ou através de sistemas eletrônicos.
• D+1 – prazo para os intermediários financeiros espe- Enquanto a Bolsa de Valores é um mercado organizado
cificarem as operações por eles executadas junto à bolsa; onde ativos financeiros são negociados, o mercado de bal-
• D+2 – entrega e bloqueio dos títulos para a liquida- cão –  também conhecido como OTC – é um mercado onde
ção física da operação, caso ainda não estejam na custódia são negociados os mais diversos títulos de valores mobiliá-
da CBLC; rios que não possuem autorização para serem negociados
• D+3 – liquidação física e financeira da operação. na Bolsa de Valores.

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Apesar disso, todas  as negociações no mercado de No Brasil,   valores mobiliários como debêntures, fun-
balcão devem respeitar determinadas regras – que têm dos de investimento, ações, fundos fechados, certificados
como objetivo prezar pela manutenção da transparência de recebíveis imobiliários (CRIs), entre outros, são negocia-
das negociações. dos na SOMA FIX, no mercado paulista.
Para muitas empresas, o mercado de balcão é de vital
importância. Isso porque existe uma série de condições que Como operar no mercado de balcão?
devem ser preenchidas pelas companhias para que ações e Os investidores que desejam realizar negociações no
outros ativos sejam negociados em bolsa de valores. E mui- mercado de balcão organizado devem buscar orientação
tas destas empresas que não conseguem preencher todos das corretoras ou bancos dos quais são clientes sobre as
estes requisitos. regras de operação sobre os negócios que podem ser exe-
Já no mercado de balcão, as exigências são menores cutados neste ambiente.
e mais flexíveis, permitindo que mais empresas possam Em geral, as operações são realizadas de modo simples
participar deste mercado e se aproximar dos investidores. e sem burocracia. É importante, no entanto, escolher uma
Sem o mercado de balcão, portanto, muitas empresas – es- instituição devidamente habilitada para realizar estas ne-
pecialmente as menores – não teriam como ter acesso ao gociações no mercado com maior segurança.
mercado de capitais.

Mercado de balcão SOMA


O primeiro mercado de balcão organizado destina-
do às negociações de ativos no Brasil foi a SOMA – So- 4.7 - OPERAÇÕES COM OURO.
ciedade Operadora de Mercados Ativos, que foi adquirida
pela BM&FBovespa (atual B3) em 2002.  Após o negócio, a
SOMA passou a se chamar de SOMA FIX – atual mercado
de balcão organizado de títulos de renda fixa da bolsa de Mercado de ouro bruto
São Paulo. É o ouro negociado nas regiões de garimpo pelos pró-
A maior parte das negociações eletrônicas envolvendo prios garimpeiros ou por cooperativas legalmente habilita-
ativos, títulos e derivativos que acontece no mercado de das que vendem o metal nos Postos de Compra de Ouro
balcão brasileiro é registrada pela Cetip (Central de Custó- (PCO) para as instituições credenciadas pelo BACEN.
dia e Liquidação Financeira de Títulos Privados).
É a companhia que oferece a este mercado suporte Ouro fino
ao registro eletrônico, depósito, negociação e liquidação É o metal beneficiado por fundidoras devidamente au-
financeira das negociações – garantindo maior transparên- torizadas pelas Bolsas de Mercadorias e de Futuros.
cia e segurança nas transações.
Operações no mercado de balcão
Mercado de balcão organizado Trata-se do mercado de ouro mais ativo. Nessa mo-
O mercado de balcão organizado é aquele que possui dalidade as negociações com o metal não transitam pelas
uma estrutura – como já diz o nome – organizada para ne- Bolas, elas são realizadas por telefone entre as instituições
gociação de títulos e valores mobiliários. autorizadas a funcionar pelo BACEN e seus clientes.
Neste caso, existe um sistema que permite que as ope-
rações de compra e venda sejam realizadas – como o sis- Operações nas Bolas de Mercadorias e de Futuros
tema eletrônico, permitindo que instituições e investidores As negociações são efetuadas nos seguintes mercados:
processem suas ordens e fechem seus negócios eletronica- • Mercado à Vista – modalidade de negociação com
mente e remotamente. ouro físico (Spot) para entrega imediata;
• Mercado Futuro – onde são negociados contratos de
Mercado de balcão “desorganizado”
ouro físico para entrega em uma data futura pelo preço
O mercado de balcão “desorganizado” nos dias de hoje
apregoado;
é representado pelos intermediários que atuam neste am-
• Mercado de Opções – são negociados direitos de
biente. Entre estes agentes estão as instituições financei-
compra ou de vendas em uma data futura por “preço de
ras, bancos de investimento, sociedades que compram e
revendem valores imobiliários e corretores de valores mo- exercício” previamente estipulado, mediante o pagamento
biliários. de um “prêmio”; e
• Mercado a Termo – onde são negociados contratos
Ativos negociados no mercado de balcão de ouro físico para entrega futura por preço diretamente
São negociados, no mercado de balcão organizado, acertado entre o comprador e o vendedor.
ativos e títulos, como debêntures, índices representativos
de carteira de ações, ações de companhias abertas, opções Sistema de liquidação e custódia
de compra e venda de valores mobiliários, quotas de fun- Da mesma forma que existe sistema de custódia para
dos fechados de investimento, quotas de Fundos Imobiliá- os títulos no mercado de capitais, também existe sistema
rios, etc. de custódia para o ouro enquanto ativo financeiro.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

O ouro como ativo financeiro, sempre fica custodiado MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL
em instituição financeira credencia pela Bolsa de Mercado- O mercado de câmbio negocia moedas estrangeiras
rias e Futuros, onde é negociado por corretoras de títulos conversíveis. Existem duas formas de se negociar moedas
e valores mobiliários credenciada. Após a custódia, é emi- estrangeiras. A primeira é a negociação direta com o Exte-
tido para o adquirente, o certificado de custódia que é o rior. A segunda é internamente no Brasil.
documento utilizado para a transferência de propriedade A primeira é formalmente restrita a bancos comerciais
do metal. e de investimento, licenciados pelo Banco Central , pois
Caso o proprietário do certificado de custódia resolva este mercado é essencial para equilibrar a Balança de Pa-
retirar o metal físico da custódia, quando resolver vendê-lo gamentos, e nela incluem a Balança Comercial, Balança de
por intermédio do pregão da Bolsa, deverá solicitar à corre- Serviços, Balança de Capitais e Transferências.
tora interveniente a sua custódia, caso em que será neces- No mercado interno existe a negociação de câmbio en-
sária a realização de nova aferição do grau de pureza e do tre vários participantes, como corretoras e casas de câmbio
peso padrão do lingote, o que resultará em custo adicional e investidores em geral.
para o proprietário do metal. A principal moeda negociada é o dólar . São quatro as
taxas atuais de cotação do dólar:
Contrato de Mútuo de Ouro •  Comercial : formada pelas operações oficiais de com-
A operação de Mútuos de Ouro foi autorizada pelo BA- pra e venda de moedas entre bancos e empresas como ex-
CEN como forma de permitir que as distribuidoras e corre- portações, importações, captações ou empréstimos.
toras de títulos e valores mobiliários pudessem obter capi- •  Interbancário : formada pela negociação entre ban-
tal de giro para suas operações nos garimpos e nas Bolsas cos, com prazo de liquidação financeira D+2.
de Mercadorias e de Futuros. •  Paralelo : formada pelas operações informais de ne-
O BACEN por meio da Circular BCB n° 2.350/93 permitiu gociação de moeda realizadas em casas de câmbio ou do-
a arbitragem internacional de ouro sem a sua interveniência. leiros.
•  Turismo : formada pela negociação de dólares entre
pessoas que irão viajar para o Exterior e casas de câmbio
autorizadas.
5 - MERCADO DE CÂMBIO.
5.1 - INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR. TAXAS DE CÂMBIO ––NÃO ESQUEÇA:
 Exportação - COMPRA de câmbio.
5.2 - OPERAÇÕES BÁSICAS.
 Importação -VENDA de câmbio.
5.3 - CONTRATOS DE CÂMBIO:
CARACTERÍSTICAS. No Brasil, as taxas de câmbio são livremente pactuadas
5.4 - TAXAS DE CÂMBIO. entre as partes contratantes, ou seja, entre o comprador ou
5.5 - REMESSAS. vendedor da moeda estrangeira e o agente autorizado pelo
5.6 - SISCOMEX. Banco Central a operar no mercado de câmbio.

QUANTO AOS CONTRATOS DE CÂMBIO:


•De Compra: Quando os bancos compram moedas es-
No mercado de câmbio são negociados ativos finan- trangeiras.
ceiros (não todos da mesma moeda) com vencimento •De Venda: Quando os bancos vendem moedas estran-
determinado, cujos papéis em uma determinada moeda geiras.
podem ser negociados contra papéis em outra moeda.
Esse mercado existe porque as nações querem manter seu A formação da taxa de câmbio é determinada direta-
direito soberano de ter e controlar suas moedas próprias. mente pela oferta e procura da moeda (dólar). Constante-
Caso todos os países do mundo usassem a mesma moeda, mente o Banco Central interfere na oferta e/ou procura em
o mercado de câmbio não existiria. função de fatores como: conjuntura socioeconômica inter-
O início de uma operação no mercado de câmbio ocor- na e externa, política monetária e nível de reservas cam-
re quando, por exemplo, uma empresa dos EUA exporta biais. Em 1998 certamente foi o ano que a comunidade em-
produtos para o Japão. O fabricante dos EUA precisa ser presarial brasileira começou a se preocupar com medidas
pago em dólares americanos, já o comprador no Japão mais concretas para aumentar o volume de exportações,
possui yen, com o qual pagará o fabricante nos EUA. Assim, principalmente em função das desvalorizações das moedas
existem duas possibilidades dessa operação entre os EUA e dos países do sudeste asiático (alguns economistas até fa-
o Japão, pois o exportador americano fatura o importador lavam em dumping cambial). A maioria das nossas médias
japonês em dólares ou em yens: e pequenas empresas têm pouco know-how para expor-
•  Se o exportador americano faturar em dólares, o im- tar, sem mencionar a carência de linhas de financiamen-
portador japonês venderá yens para comprar dólares ame- to e instrumentos financeiros adequados para alavancar a
ricanos no mercado de câmbio; participação do Brasil no mercado global. Nesse contexto,
•  Se o exportador americano faturar em yens, o expor- é muito importante que principalmente os profissionais da
tador deve vender os yens para comprar dólares. área de tesouraria, vendas e suprimentos entendam corre-
Qualquer que seja a moeda da fatura, alguém irá ao tamente a formação e as nuanças acerca do mercado de
mercado de câmbio vender yens para comprar dólares. câmbio

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Exemplo:
Uma empresa A exportou bens e tem de receber dólar do importador estrangeiro. Para isso ela deve encontrar um ban-
co que receba esses dólares no Exterior e os converta em reais. Após fechar uma taxa comercial com o Banco X , a empresa
receberá os reais em dois dias úteis e pagará uma taxa de fechamento de câmbio para o banco.
O Banco X acabou comprando dólares da empresa A e no mercado interbancário (entre bancos) esses dólares serão
provavelmente revendidos a uma taxa mais alta, garantindo um pequeno lucro na transação.
Quando ocorre uma crise ou um descontrole na cotação do dólar, o Banco Central intervém no mercado interbancário
vendendo ou comprando grandes lotes de dólares com o objetivo de equilibrar a cotação e tranquilizar o mercado.

OPERAÇÕES DE ARBITRAGEM
Operações realizadas pelos operadores de câmbio. Consiste na compra de uma moeda estrangeira e na venda de outra
moeda noutro mercado, conseguindo com isso uma diferença de taxas.

FORMAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO


Brasil opera num sistema de câmbio flutuante, no qual as taxas são estabelecidas em mercado e flutua em função da
oferta e demanda de divisas.
As taxas de fechamento do dia (PTAX) são calculadas pelo BC a partir de informações de mercado.
Taxas PTAX são calculadas com base em dados obtidos mediante consultas feitas pelo Banco Central do Brasil, de forma
automática e eletrônica, em todos os dias úteis, às instituições credenciadas para realizar operações de compra e venda de
moeda estrangeira com o Banco Central do Brasil, denominados Dealers de câmbio.
Os preços à vista informados refletem os preços observados para o dólar à vista naquele momento. Os preços são for-
mados com base no mercado de contratos de câmbio futuro da BVM&F, onde participantes de todo o mercado financeiro
negociam taxas para compra e venda, definindo bandas muito estreitas de preço, considerados os “preços de mercado” e
utilizados como base para a formação do preço do dólar à vista.

São realizadas quatro consultas diárias, com escolha aleatória do início de cada consulta dentro dos seguintes
intervalos:

Para cada consulta, cada Dealer, obrigatoriamente, necessita fornecerem até dois minutos uma cotação de compra e
uma de venda para a taxa de câmbio no mercado interbancário à vista, com liquidação em D+2, que melhor representem
as condições de mercado no preciso instante do início da consulta.
Nos dias úteis em que houver horário de funcionamento diferenciado no mercado interbancário de câmbio, a definição
do número de consultas e do horário de sua realização será informada aos Dealers mediante prévio Comunicado do Banco
Central do Brasil

As taxas de câmbio de compra e de venda referentes a cada consulta corresponderão, respectivamente, às médias das
cotações de compra e de venda efetivamente fornecidas pelos Dealers, excluídas, em cada caso, as duas maiores e as duas
menores.
O resultado da consulta será imediatamente divulgado após os procedimentos de apuração e validação pelo BACEN.
As taxas PTAX de compra e de venda do dia corresponderão, respectivamente, às médias aritméticas das taxas de com-
pra e das taxas de venda obtidas na forma explicita da acima, sendo divulgadas pelo Banco Central do Brasil conjuntamente
como resultado da última consulta do dia.
As taxas PTAX de compra e de venda do dia, bem como os boletins de abertura e intermediários, serão divulgados nas
páginas do Banco Central do Brasil na internet, sem prejuízo da divulgação através de outros canais de comunicação que
forem considerados relevantes pelo Banco Central do Brasil

54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Atualmente existem 14 Dealers de câmbio credenciados pelo Banco Central do Brasil.


O período de validade de cada credenciamento de Dealers é de 12 (doze) meses. A cada novo período são substituí-
dos até 2 (dois) Dealers, mediante avaliação de desempenho realizada com base na apuração de média ponderada dos
seguintes itens:
•relacionamento com a mesa de câmbio do Banco Central do Brasil;
•participação nos leilões de câmbio e swaps cambiais;
•participação nas consultas para formação da PTAX;
•volume negociado no mercado interbancário de câmbio; e
•volume negociado no mercado primário de câmbio.
Constitui fator de descredenciamento de uma instituição, entre outros, a utilização da condição de Dealer para domi-
nar, manipular ou impor condições que ensejem a formação artificial de preços, bem como o emprego de outros métodos
que, na avaliação do Banco Central do Brasil, contrariem as práticas regulares e saudáveis de mercado.

Enquadramento das regras de PLD


Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro
O processo é com posto por um conjunto de ações de controle que deve ser adotado de forma organizada e integrada,
para melhor eficácia:
I. Conheça seu Cliente (KYC –“KnowYourCustomer”)
II. Conheça seu Funcionário (KYE –“KnowYourEmployee”)
III. Conheça seu Fornecedor (KYS –“KnowYourSupplier”)
IV. Conheça seu Parceiro (KYP –“KnowYourPartner”)
V. Conheça seu Correspondente
VI. Avaliação de Novos Produtos e Serviços
VII. Monitoramento de Operações
VIII. Comunicação de Operações Suspeitas; e
IX. Treinamento
Essas regras devem ser adotadas em âmbito nacional e também pelas dependências e subsidiárias no exterior, exceto
no caso de existência de legislação ou regulamentação local que impeça ou limite tal ato, caso em que o diretor responsável
pelo setor de compliance reportará a situação por escrito ao Banco Central do Brasil.

TIPOS DE TAXA DE CÂMBIO:


 Taxa Comercial: Uso em operações comerciais de im/exportação.
 Taxa Flutuante: Uso em operações financeiras não comerciais (turismo, manutenção de residente).
Obs.: Na prática, há uma generalização no nome, passando ambas a se chamar apenas Câmbio Oficial, não se falando
mais em taxas flutuantes.
 Taxa Interbancária: Uso em operações financeiras entre os bancos.
 Taxa de Repasse e Cobertura: Uso em operações do BACEN com os bancos.
 Taxa de Mercado Paralelo: É o mercado não oficial (câmbio negro), via doleiros. Esse mercado existe justamente
por não existir um mercado de câmbio inteiramente livre.

Sistema de controle

SISCOMEX-É o Sistema Integrado de Comércio Exterior,que interliga importadores, exportadores, despachantes adua-
neiros, Receita Federal, portos e aeroportos alfandegados, agentes de carga internacional, depositários de cargas, entre
outros.Destina-se ao registro de entrada e saída de mercadorias (im/exportação), além de controle de licenças de im/
exportação.

SISBACEN–Registra a movimentação financeira (compras e vendas de moedas estrangeiras), provenientes de impor-


tações e exportações de mercadorias, além de outras operações de remessas de moeda estrangeira do ou para o exterior.

No link a seguir terá acesso Instituições habilitadas a intermediar operações de câmbio:


https://www.bcb.gov.br/rex/IAMC/Port/Instituicoes/inst_intermediarias.asp

55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

As posições especulativas com derivativos, principal-


mente aquelas que apresentam baixa liquidez, devem ser
6 - OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS: muito bem geridas por seus administradores.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO
FUNCIONAMENTO DO MERCADO A TERMO, A importância dos derivativos
DO MERCADO DE OPÇÕES, DO MERCADO Não se conhece bem a dimensão exata desse mercado.
FUTURO E DAS OPERAÇÕES DE SWAP. O Bank for International Settlements (BIS), com sede na Suíça,
divulga trimestralmente os valores referenciais dos contratos
negociados em bolsa ou no mercado de balcão (fora da bolsa).
O boletim disponível em março de 2007 indica o valor
Você já deve ter percebido que a palavra “derivativo” é referencial de US$57,80 trilhões em bolsas (base setembro de
utilizada em várias situações, para descrever, às vezes, coi- 2006) e US$369 trilhões no balcão (base junho de 2006).
sas diferentes. Isso provoca confusão para as pessoas me- Se esses mercados parassem de ser negociados, a econo-
nos acostumadas ou mais distantes do jargão do mercado mia mundial sofreria bastante, pois todo processo de nego-
financeiro. Um dos significados dessa palavra é “relativo à ciação mundial está ancorado em coberturas (hedge) contra
riscos de preços e taxas por meio de derivativos.
derivação”. Antes de ingressar na discussão sobre o tema,
Isso quer dizer que o valor de um simples empréstimo
vejamos outras definições:
negociado junto a um banco pode ter sido anteriormente ob-
jeto de uma operação em derivativos.
Derivativos Esses instrumentos fazem parte de uma cadeia de ope-
Instrumentos financeiros cujo preço de mercado deriva rações que podem estar amparando contratos comerciais em
(daí o nome) do preço de mercado de um bem ou de ou- diferentes partes do mundo.
tro instrumento financeiro. (Dicionário de Derivativos, José
Evaristo dos Santos. Editora Atlas, 1998). Quando surgiram as primeiras operações com deriva-
tivos
Instrumento ou produto derivativo É no Japão feudal do século XVII que está a origem da
Contrato ou título conversível cujo valor depende in- primeira modalidade de derivativo: o contrato a termo (como
tegral ou parcialmente do valor de outro instrumento fi- será visto adiante). Trata-se do primeiro registro de comércio
nanceiro. (Dicionário de Administração de Risco Financeiro, organizado para entrega de bens no futuro.
Gary L. Gastineau e Mark P. Kritzman. BM&F, 1999). Os grandes proprietários rurais e os senhores feudais en-
Das definições acima, você tira a seguinte conclusão: contravam-se espremidos entre uma economia monetária em
Os derivativos são instrumentos financeiros cujos pre- expansão, nas cidades, e sua fonte de recursos, a agricultura
ços estão ligados a outro instrumento que lhes serve de primária. Os pagamentos que recebiam dos arrendatários eram
referência. Por exemplo: o mercado futuro de petróleo é feitos na forma de participação na colheita anual de arroz.
uma modalidade de derivativo cujo preço depende dos Essa renda era irregular e sujeita a fatores incontroláveis,
negócios realizados no mercado a vista de petróleo, seu como clima e outros fatores sazonais.
instrumento de referência. Uma vez que a economia monetária exigia que a nobreza
O contrato futuro de dólar deriva do dólar a vista; o tivesse caixa disponível todo o tempo, a instabilidade nas recei-
futuro de café, do café a vista, e assim por diante. tas estimulou a prática do embarque marítimo do arroz exce-
Observe, a seguir, citação do The Bankers sobre o tema, dente para os centros principais, Osaka e Tóquio, onde a mer-
encontradas em publicações sobre o mercado financeiro. cadoria podia ser armazenada e vendida quando conveniente.
Não se pode dizer que uma operação com derivativos é Para levantar dinheiro com rapidez, os senhores das ter-
ras começaram a vender recibos de armazenagem de bens
um investimento. Na realidade, representa uma expectativa
estocados em armazéns urbanos ou rurais.
da direção, dimensão, duração e velocidade das mudanças
Os comerciantes, por sua vez, compravam esses recibos
do valor de outro bem que lhe serve de referência. (Martin
como meio de antecipar suas necessidades, pois estes tam-
Mayer, em seu artigo “The Next Generation”, publicado na bém sofriam com a flutuação de safras incertas. Finalmente,
revista The Bankers, 1997.) para facilitar as transações, os recibos de arroz tornaram-se
Assim sendo chegamos às seguintes conclusões: amplamente aceitos como moeda corrente. Algumas vezes,
– se a formação de preços no mercado de derivativos as reservas de arroz eram insuficientes para suprir as neces-
está sujeita à variação de preços de outros ativos no mer- sidades da nobreza – situação em que os comerciantes em-
cado a vista, os derivativos não são causa, mas efeito, pois prestavam dinheiro a juros aos senhores de terras, antes da
derivam desses mercados; venda efetiva dos recibos de arroz.
– os derivativos representam a forma de negociar a os- Ao final do século XVII, o mercado de Dojima caracteriza-
cilação de preços dos ativos, sem haver, necessariamente, a va-se pelo fato de ser permitido negociar apenas para liquida-
negociação física do bem ou da mercadoria. ção futura. Por volta de 1730, o xogunato Tokugawa (governo
Embora haja muita discussão sobre a questão da es- imperial) designou e reconheceu oficialmente o mercado
peculação com derivativos, o que se pode afirmar é que como cho-ai-mai, literalmente arroz comercializado no li-
sua utilização aumenta a velocidade com que os agentes vro, ou seja, arroz escritural. Várias normas desse mercado
de mercado trocam de posição, ou seja, migram do ativo A eram surpreendentemente similares às operações atuais a
para o ativo B, sem ter de se desfazer do ativo A. termo.

56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Tipos de mercados derivativos


São quatro: a termo, futuro, de opções e de swap. Al-
guns analistas não consideram os swaps uma modalidade
7 - GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO
de derivativo devido a sua semelhança com o mercado a NACIONAL: AVAL, FIANÇA, PENHOR
termo. MERCANTIL, ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA,
HIPOTECA, FIANÇAS BANCÁRIAS, FUNDO
Mercado a termo GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC).
Como comprador ou vendedor do contrato a termo,
você se compromete a comprar ou vender certa quanti-
dade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um
preço fixado, ainda na data de realização do negócio, para GARANTIAS PESSOAIS
Baseiam-se na confiança, isto é, se o devedor não pagar,
liquidação em data futura. Os contratos a termo somente
uma terceira pessoa (que prestou a garantia pessoal) será
são liquidados integralmente no vencimento. Podem ser
obrigada a pagar no lugar dele. Nesta modalidade de garan-
negociados em bolsa e no mercado de balcão.
tia temos o aval e a fiança.
Mercado futuro Aval
Deve-se entender o mercado futuro como uma evolu- O aval é a garantia de pagamento formal e solidária fir-
ção do mercado a termo. mada por terceiro em um título de crédito, onde os interve-
Você se compromete a comprar ou vender certa quan- nientes são: o avalista (aquele que presta o aval), o avalizado
tidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um (aquele que recebe o aval) e o credor. Para tanto, basta que
preço estipulado para a liquidação em data futura. se lance o aval no próprio título ou na folha de alongamento.
A definição é semelhante, tendo como principal dife- A simples assinatura no anverso do título é suficiente para
rença a liquidação de seus compromissos somente na data configurar o aval.
de vencimento, no caso do mercado a termo. Já no merca- Considera-se não escrito o aval cancelado. Tratando-se
do futuro, os compromissos são ajustados financeiramen- de garantia solidária, implica que o avalista é coobrigado, isto
te às expectativas do mercado referentes ao preço futuro é, é co-devedor principal.
daquele bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que
apura perdas e ganhos). Além disso, os contratos futuros Fiança
são negociados somente em bolsas. Dá-se a fiança quando uma pessoa se obriga a satisfa-
zer determinada obrigação, caso o respectivo devedor não a
Mercado de opções cumpra. A fiança é um contrato acessório; pode ser gratuito
No mercado de opções, negocia-se o direito de com- ou oneroso. Os intervenientes são: o devedor (afiançado), o
prar ou de vender um bem (mercadoria ou ativo financeiro) fiador (pessoa física ou pessoa jurídica) e o credor. Caso o
por um preço fixo numa data futura. devedor principal não cumpra a obrigação e o fiador venha
Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao ven- a ser acionado para responder pela dívida, sem que antes
dedor tal como num acordo de seguro. tenha sido acionado aquele, poderá alegar o benefício de
ordem para que os bens do devedor sejam excutidos em pri-
Mercado de swap meiro lugar, salvo se foi estipulada solidariedade no contrato
de fiança. O fiador tem a prerrogativa de renunciar a este
No mercado de swap, negocia-se a troca de rentabili-
direito.
dade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros).
A fiança só pode ser concedida pelo cônjuge quando o
Pode-se definir o contrato de swap como um acordo, entre outro der seu consentimento. A este requisito se dá o nome
duas partes, que estabelecem a troca de fluxo de caixa ten- de outorga uxória. A falta da autorização torna o ato anulável.
do como base a comparação da rentabilidade entre dois
bens. Por exemplo: swap de ouro x taxa prefixada. Se, no Fiança bancária
vencimento do contrato, a valorização do ouro for inferior É um compromisso contratual pelo qual uma instituição
à taxa prefixada negociada entre as partes, receberá a dife- financeira garante o cumprimento de obrigações de seus
rença a parte que comprou taxa prefixada e vendeu ouro. clientes. O público alvo são as pessoas físicas e jurídicas. A
Se a rentabilidade do ouro for superior à taxa prefixada, fiança bancária é uma obrigação por escrito (carta de fiança)
receberá a diferença a parte que comprou ouro e vendeu assumida pelo banco, responsabilizando-se por dívida total
taxa prefixada. Você deve observar que a operação de swap ou parcial de cliente que queira assumir uma obrigação pe-
é muito semelhante à operação a termo, uma vez que sua rante terceiros.
liquidação ocorre integralmente no vencimento. Regulamentação do CMN estipula o limite máximo de
exposição por cliente a ser observado pelas instituições fi-
nanceiras na prestação de garantia de fiança bancária. A
vantagem se trabalhar com fiança bancária é que a garantia
oferecida pelos bancos goza de grande respeitabilidade no
mundo dos negócios. A fiança bancária está sujeita a co-
brança de tarifas, mas não se sujeita a cobrança de IOF, por
tratar-se de um contrato.

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

GARANTIAS REAIS A lei faculta a venda da coisa independentemente de


Vinculam patrimônio ao cumprimento da obrigação as- leilão, avaliação prévia ou interpelação do devedor. O cre-
sumida pelo devedor. Recaem sobre bens móveis ou imóveis dor deve aplicar o preço da venda no pagamento de seu
do patrimônio do devedor ou de terceiro; se ele não pagar, crédito e das despesas decorrentes, entregando ao deve-
haverá um processo de execução em que será requerida a dor o saldo apurado, se houver.
venda judicial do bem, pagando-se preferencialmente o cre-
dor. Legislação sobre garantias do SFN
Penhor AVAL – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)
É um direito real que consiste na tradição de coisa mó-
Art. 897 O pagamento de título de crédito, que conte-
vel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por
nha obrigação de pagar soma determinada, pode ser ga-
terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do débito.
Tem como sujeitos o devedor pignoratício (pode ser tanto rantido por aval.
o sujeito passivo da obrigação principal como terceiro que Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
ofereça o ônus real) e o credor pignoratício (o que empresta Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anverso
o dinheiro). do próprio título.
§ 1° Para a validade do aval, dado no anverso do título,
Penhor mercantil é suficiente a simples assinatura do avalista.
É caracterizando-se pela dispensa da tradição da coisa § 2° Considera-se não escrito o aval cancelado.
onerada, ou seja, o devedor continua na sua posse, equipa- Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome in-
rando-se ao depositário para todos os efeitos. Visa garantir dicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final.
obrigação comercial. § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso
Penhor mercantil é a garantia na qual o bem empenha- contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores.
do faz parte integrante do negócio comercial. Pode abran- § 2° Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que
ger tanto estoques de matérias-primas quanto estoques de nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que
produtos acabados. Os estoques objeto de penhor mercantil a nulidade decorra de vício de forma.
são confiados a fiel depositário, que se torna responsável pela Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz os
guarda, existência e conservação dos bens dados em garantia. mesmos efeitos do anteriormente dado.
Art. 1.647..., nenhum dos cônjuges pode, sem autori-
Hipoteca
A hipoteca é um direito real sobre um bem imóvel ou aos zação do outro, exceto no regime da separação absoluta:
que forem a ele equiparados, que tem por objetivo assegurar ...
o pagamento de uma dívida. A posse do bem gravado não III - prestar fiança ou aval.
se transfere ao credor. A hipoteca abrange todas as acessões,
melhoramentos ou construções no imóvel e deve ser regis- FIANÇA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)
trada no Cartório de Registro de Imóveis.
Podem ser objeto de hipoteca os imóveis, seus acessó- Art. 818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante
rios, as estradas de ferro (linhas, estações, locomotivas e va- satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor,
gões), as minas e pedreiras, os navios e os aviões. caso este não a cumpra.
Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não admite in-
Alienação fiduciária terpretação extensiva.
Pelo contrato de alienação fiduciária, o devedor transfere Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que sem con-
ao credor a propriedade de uma coisa móvel ou imóvel, até sentimento do devedor ou contra a sua vontade.
que a dívida daquele seja inteiramente paga. O devedor é Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de fian-
chamado fiduciante e o credor denomina-se fiduciário. Uma ça; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão
vez completado o pagamento, a propriedade do bem aliena- depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal
do volta ao fiduciante.
devedor.
A alienação fiduciária de coisas móveis rege-se pelo De-
Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreenderá
creto-Lei 911/1969. Até a entrada em vigor do novo Código
Civil os contratos de empréstimos com garantia de alienação todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despe-
fiduciária de coisa móvel só podiam ser pactuados entre ins- sas judiciais, desde a citação do fiador.
tituições financeiras e o financiado, pessoa física ou jurídica. Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da obri-
A partir de da entrada em vigor da Lei 9.514/97, passou a gação principal e contraída em condições menos onerosas,
existir também a alienação fiduciária da coisa imóvel. e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa
A mora ou o inadimplemento do fiduciante possibilita que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afian-
ao fiduciário requerer em juízo a busca e apreensão do bem çada.
móvel objeto do contrato, para vendê-lo a terceiros e tornar Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis de
efetiva a sua garantia. Se o bem móvel não for encontrado fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacida-
na posse do fiduciante, a busca e apreensão podem trans- de pessoal do devedor.
formar-se em ação de depósito; se ele não entregar a coisa, Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo
poderá ser considerado depositário infiel. não abrange o caso de mútuo feito a menor.

58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar ami-
credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa gavelmente do devedor objeto diverso do que este era
idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por
fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obri- evicção*.
gação. Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o adquirente
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, po- duma coisa em conseqüência da reivindicação judicial pro-
derá o credor exigir que seja substituído. movida pelo verdadeiro dono ou possuidor.
Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da dívida Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão e o
tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam pri- devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência, fi-
meiro executados os bens do devedor. cará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de or- bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, sufi-
dem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do de- cientes para a solução da dívida afiançada.
vedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, Art. 1.647... , nenhum dos cônjuges pode, sem autori-
quantos bastem para solver o débito. zação do outro, exceto no regime da separação absoluta:
Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador: III - prestar fiança ou aval.
I - se ele o renunciou expressamente;
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor PENHOR – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)
solidário; Art. 1.431 Constitui-se o penhor pela transferência efe-
III - se o devedor for insolvente, ou falido. tiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a
Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um só débito quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de
por mais de uma pessoa importa o compromisso de solida- uma coisa móvel, suscetível de alienação.
riedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil
benefício de divisão. e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador do devedor, que as deve guardar e conservar.
responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe cou- Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser levado
ber no pagamento. a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor co-
Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a parte da mum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos.
dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que não
Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito:
será por mais obrigado.
I - à posse da coisa empenhada;
Art. 831 O fiador que pagar integralmente a dívida fica
II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas
sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá demandar
devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasio-
a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota.
nadas por culpa sua;
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido
se-á pelos outros.
Art. 832 O devedor responde também perante o fiador por vício da coisa empenhada;
por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que so- IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigá-
frer em razão da fiança. vel, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe auto-
Art. 833 O fiador tem direito aos juros do desembolso rizar o devedor mediante procuração;
pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não havendo V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que
taxa convencionada, aos juros legais da mora. se encontra em seu poder;
Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, demorar a VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia
execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador promo- autorização judicial, sempre que haja receio fundado de
ver-lhe o andamento. que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o
Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode
assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo
ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante ses- outra garantia real idônea.
senta dias após a notificação do credor. Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a de-
Art. 836 A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a volver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de
responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento
morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma
Art. 837 O fiador pode opor ao credor as exceções que das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o
lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que compe- pagamento do credor.
tem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado:
incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir
menor. ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, po-
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: dendo ser compensada na dívida, até a concorrente quan-
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder mora- tia, a importância da responsabilidade;
tória ao devedor; II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciên-
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação cia, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem neces-
nos seus direitos e preferências; sário o exercício de ação possessória;

59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre colheita
(art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamen-
nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessiva- te seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que
mente; se deu em garantia.
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova sa-
uma vez paga a dívida; fra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor,
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo
for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433. penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo este
Art. 1.436 Extingue-se o penhor: apenas o excesso apurado na colheita seguinte.
I - extinguindo-se a obrigação; Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os animais que
II - perecendo a coisa; integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.
III - renunciando o credor; Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os animais em-
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades penhados sem prévio consentimento, por escrito, do credor.
de credor e de dono da coisa; Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a gado empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar o
credor, poderá este requerer se depositem os animais sob
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele
a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a dívida de
autorizada.
imediato.
§ 1o Presume-se a renúncia do credor quando consen- Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, comprados
tir na venda particular do penhor sem reserva de preço, para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor.
quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista
à sua substituição por outra garantia. neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não
§ 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual
a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor deverá ser averbada.
quanto ao resto. Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, apa-
Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor depois relhos, materiais, instrumentos, instalados e em funciona-
de averbado o cancelamento do registro, à vista da respec- mento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados
tiva prova. na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas;
Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante ins- produtos de suinocultura, animais destinados à industria-
trumento público ou particular, registrado no Cartório de lização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos
Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem si- industrializados.
tuadas as coisas empenhadas. Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívi- aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles de-
da, que garante com penhor rural, o devedor poderá emitir, positadas.
em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma de- Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o mer-
terminada em lei especial. cantil, mediante instrumento público ou particular, regis-
Art. 1.439 O penhor agrícola e o penhor pecuário so- trado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição
mente podem ser convencionados, respectivamente, pelos onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
prazos máximos de três e quatro anos, prorrogáveis, uma Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívi-
só vez, até o limite de igual tempo. da, que garante com penhor industrial ou mercantil, o deve-
§ 1o Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, dor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo
enquanto subsistirem os bens que a constituem. crédito, na forma e para os fins que a lei especial determinar.
Art. 1.449 O devedor não pode, sem o consentimento
§ 2o A prorrogação deve ser averbada à margem do
por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mu-
registro respectivo, mediante requerimento do credor e do
dar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anu-
devedor.
indo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá repor
Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o penhor ru- outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados
ral poderá constituir-se independentemente da anuência no penhor.
do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o estado das
preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem,
executada. por si ou por pessoa que credenciar.
Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o estado das
coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, HIPOTECA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)
por si ou por pessoa que credenciar. Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca:
Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor: I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamen-
I - máquinas e instrumentos de agricultura; te com eles;
II - colheitas pendentes, ou em via de formação; II - o domínio direto (diz respeito ao direito de dispor
III - frutos acondicionados ou armazenados; do imóvel);
IV - lenha cortada e carvão vegetal; III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar ou
V - animais do serviço ordinário de estabelecimento usufruir do imóvel);
agrícola. IV - as estradas de ferro;

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

V - os recursos naturais (as jazidas, minas e demais Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do registro
recursos minerais) independentemente do solo onde se título de hipoteca que mencione a constituição de anterior,
acham; não registrada, sobrestará ele na inscrição da nova, depois
VI - os navios; de a prenotar, até trinta dias, aguardando que o interessa-
VII - as aeronaves. do inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se re-
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; queira a inscrição desta, a hipoteca ulterior será registrada
IX - o direito real de uso; e obterá preferência.
X - a propriedade superficiária (o domínio da construção Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer natureza,
ou da plantação separado do solo). deverão ser registradas e especializadas.
Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, melho- Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto a obri-
ramentos ou construções do imóvel. Subsistem os ônus reais gação perdurar; mas a especialização, em completando
constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o vinte anos, deve ser renovada.
mesmo imóvel. Art. 1.499 A hipoteca extingue-se:
Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao proprietário I - pela extinção da obrigação principal;
alienar imóvel hipotecado. II - pelo perecimento da coisa;
Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode constituir III - pela resolução da propriedade;
outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do IV - pela renúncia do credor;
mesmo ou de outro credor. V - pela remição;
Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do devedor, o cre- VI - pela arrematação ou adjudicação.
dor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá execu- Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a averba-
tar o imóvel antes de vencida a primeira. ção, no Registro de Imóveis, do cancelamento do registro,
Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor à vista da respectiva prova.
por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por hipo-
tecas posteriores à primeira. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS
Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, desde que
não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívidas aos DECRETO-LEI 911/69
credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, aban- Art 1º A alienação fiduciária em garantia transfere ao
donando-lhes o imóvel. credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa mó-
Art. 1.485 Mediante simples averbação, requerida por vel alienada, independentemente da tradição efetiva do
ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30 (trin-
bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor
ta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo,
direto e depositário com todas as responsabilidades e en-
só poderá subsistir o contrato de hipoteca reconstituindo-se
cargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal.
por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida
§ 1º A alienação fiduciária somente se prova por escrito
a precedência, que então lhe competir.
e seu instrumento, público ou particular, qualquer que seja
Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato constituti-
vo da hipoteca, autorizar a emissão da correspondente cédula o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou
hipotecária, na forma e para os fins previstos em lei especial. microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do do-
Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para garantia micílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros, e
de dívida futura ou condicionada, desde que determinado o conterá, além de outros dados, os seguintes:
valor máximo do crédito a ser garantido. a) o total da divida ou sua estimativa;
§ 1o Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca de- b) o local e a data do pagamento;
penderá de prévia e expressa concordância do devedor quan- c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for per-
to à verificação da condição, ou ao montante da dívida. mitida e, eventualmente, a cláusula penal e a estipulação de
§ 2o Havendo divergência entre o credor e o devedor, ca- correção monetária, com indicação dos índices aplicáveis;
berá àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido este, o d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e
devedor responderá, inclusive, por perdas e danos, em razão os elementos indispensáveis à sua identificação.
da superveniente desvalorização do imóvel. § 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária,
Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no cartório do o devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do
lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se referir contrato, o domínio fiduciário desta se transferirá ao credor
a mais de um. no momento da aquisição da propriedade pelo devedor,
Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o tí- independentemente de qualquer formalidade posterior.
tulo, requerer o registro da hipoteca. § 3º Se a coisa alienada em garantia não se identifica
Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a ordem em por números, marcas e sinais indicados no instrumento de
que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua numera- alienação fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus
ção sucessiva no protocolo. da prova, contra terceiros, da identidade dos bens do seu
Parágrafo único. O número de ordem determina a priori- domínio que se encontram em poder do devedor.
dade, e esta a preferência entre as hipotecas. §  No caso de inadimplemento da obrigação garantida,
Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas hipo- o proprietário fiduciário pode vender a coisa a terceiros e
tecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo aplicar preço da venda no pagamento do seu crédito e das
imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, despesas decorrentes da cobrança, entregando ao devedor
do mesmo dia, indicarem a hora em que foram lavradas. o saldo porventura apurado, se houver.

61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

§ 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pa- § 6o Na sentença que decretar a improcedência da ação
gar o crédito do proprietário fiduciário e despesas, na forma de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário
do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante,
obrigado a pagar o saldo devedor apurado. equivalente a cinqüenta por cento do valor originalmente
§ 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciá- financiado, devidamente atualizado, caso o bem já tenha
rio a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não sido alienado.
for paga no seu vencimento. § 7o A multa mencionada no § 6o não exclui a respon-
§ 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a tercei- sabilidade do credor fiduciário por perdas e danos.
ros, coisa que já alienara fiduciàriamente em garantia, ficará § 8o A busca e apreensão prevista no presente artigo
sujeito à pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código constitui processo autônomo e independente de qualquer
Penal. procedimento posterior.
§ 10. A alienação fiduciária em garantia do veículo auto- Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não for en-
motor deverá, para fins probatórios, constar do certificado contrado ou não se achar na posse do devedor, o credor
de Registro, a que se refere o artigo 52 do Código Nacional poderá requerer a conversão do pedido de busca e apreen-
de Trânsito. são, nos mesmos autos, em ação de depósito, na forma
Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obri- prevista no Capítulo II, do Título I, do Livro IV, do Código
gações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, de Processo Civil.
o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação executiva
terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avalia- ou, se for o caso ao executivo fiscal, serão penhorados, a
ção prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, critério do autor da ação, bens do devedor quantos bastem
salvo disposição expressa em contrário prevista no contra- para assegurar a execução.
to, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS
saldo apurado, se houver.
§ 1º O crédito a que se refere o presente artigo abrange o LEI 9.514/97
principal, juros e comissões, além das taxas, cláusula penal e Art. 23º Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa
correção monetária, quando expressamente convencionados imóvel mediante registro, no competente Registro de Imó-
pelas partes. veis, do contrato que lhe serve de título.
§ 2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fi-
para pagamento e poderá ser comprovada por carta registra- duciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o
da expedida por intermédio de Cartório de Títulos e Docu- fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto
mentos ou pelo protesto do título, a critério do credor. da coisa imóvel.
§ 3º A mora e o inadimplemento de obrigações contra- Art. 24º O contrato que serve de título ao negócio fi-
tuais garantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência legal duciário conterá:
ou convencional de algum dos casos de antecipação de ven- I - o valor do principal da dívida;
cimento da dívida facultarão ao credor considerar, de pleno II - o prazo e as condições de reposição do empréstimo
direito, vencidas todas as obrigações contratuais, indepen- ou do crédito do fiduciário;
dentemente de aviso ou notificação judicial ou extrajudicial. III - a taxa de juros e os encargos incidentes;
Art. 3º O Proprietário Fiduciário ou credor poderá reque- IV - a cláusula de constituição da propriedade fiduciá-
rer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem ria, com a descrição do imóvel objeto da alienação fiduciá-
alienado fiduciàriamente, a qual será concedida liminarmen- ria e a indicação do título e modo de aquisição;
te, desde que comprovada a mora ou o inadimplemento do V - a cláusula assegurando ao fiduciante, enquanto
devedor. adimplente, a livre utilização, por sua conta e risco, do imó-
§ 1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no vel objeto da alienação fiduciária;
caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e ex- VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão,
clusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo do valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;
às repartições competentes, quando for o caso, expedir novo Art. 25º Com o pagamento da dívida e seus encargos
certificado de registro de propriedade em nome do credor, resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciá-
ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade ria do imóvel.
fiduciária. Art. 26º Vencida e não paga, no todo ou em parte, a
§ 2o No prazo do § 1o, o devedor fiduciante poderá pa- dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se
gar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores -á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na nome do fiduciário.
qual o bem lhe será restituído livre do ônus. Art. 27º Uma vez consolidada a propriedade em seu
§ 3o O devedor fiduciante apresentará resposta no prazo nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da
de quinze dias da execução da liminar. data do registro de que trata o § 7º do artigo anterior, pro-
§ 4o A resposta poderá ser apresentada ainda que o de- moverá público leilão para a alienação do imóvel.
vedor tenha se utilizado da faculdade do § 2o, caso entenda § 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance ofe-
ter havido pagamento a maior e desejar restituição. recido for inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma
§ 5o Da sentença cabe apelação apenas no efeito de- do inciso VI do art. 24, será realizado o segundo leilão, nos
volutivo. quinze dias seguintes.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

§ 2º No segundo leilão será aceito o maior lance ofere- • Letras de câmbio


cido desde que igual ou superior ao valor da dívida, das des- • Letras imobiliárias
pesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, inclusive • Letras hipotecárias
tributos, e das contribuições condominiais. • Letras de crédito imobiliário
Art. 31º O fiador ou terceiro interessado que pagar a dí- • Letras de crédito do agronegócio
vida ficará sub-rogado, de pleno direito, no crédito e na pro- • Operações compromissadas que têm como objeto
priedade fiduciária. títulos emitidos após 08 de março de 2012 por empresa ligada.
Vamos entender melhor quais são os principais investi-
FCG - Fundo Garantidor de Créditos mentos cobertos pelo FGC?
FGC é a sigla que designa o Fundo Garantidor de Cré-
ditos. Ela é uma entidade que administra uma proteção aos Poupança
correntistas e investidores, que permite recuperar até R$ 250 A poupança é o investimento preferido do brasileiro, em-
mil em depósitos ou créditos em instituições financeiras em bora não seja recomendado por especialistas. Ela tem um re-
caso de falência, intervenção ou liquidação. torno pequeno e compete apenas com a inflação.
Essa entidade é uma instituição privada, sem fins lucrati- Com a taxa de juros básicos da economia, a Selic, no pa-
vos. Os associados são a Caixa Econômica Federal, os bancos, tamar atual, a poupança paga 0,5% de juros ao mês mais uma
sociedades de crédito, financiamento, investimento e crédito Taxa Referencial (TR), que representa um valor bem pequeno.
imobiliário, companhias hipotecárias e associações de pou- Em 2015, por exemplo, quem deixou dinheiro na caderne-
pança. ta teve seu poder de compra corroído em 2,28%.
Para o investidor, o FGC representa a segurança de que Em 2016, o ganho real, depois do desconto da inflação, foi
suas aplicações estão seguras mesmo em eventos extremos, de 1,9%, o melhor rendimento desde 2009 (acredite!).
como a falência de uma instituição financeira. Um detalhe pouco comentado é que a remuneração da cader-
O que muita gente não sabe é que essa é uma associação neta ocorre apenas uma vez por mês, no aniversário do depósito.
civil, que depende dos aportes mensais de seus associados, Isso significa que, se você decidir sacar o valor de uma hora
que são bancos, outras instituições financeiras. para a outra, pode perder muitos dias de rendimentos. Ou seja, não
Eles participam com essas contribuições para garantir um se trata de um investimento tão líquido quanto a maioria pensa.
sistema financeiro mais saudável para o país e para todos os Pelo menos, quem investe na poupança tem, dependendo
investidores. do valor investido, até o montante de R$ 250 mil assegurados
Mesmo assim, há diversas regras que limitam a atuação pelo Fundo Garantidor de Créditos.
do FGC. A seguir, você vai conhecer algumas delas, vai desco-
brir quais aplicações se beneficiam do fundo e se é preciso se CDB
preocupar com investimentos que não estão cobertos. O CDB é o Certificado de Depósito Bancário. Ele é um tí-
O Fundo Garantidor de Créditos funciona assim: os asso- tulo emitido por bancos e corretoras para captar dinheiro de
ciados repassam mensalmente um percentual de suas contas pessoas físicas e o emprestar para terceiros.
para o FGC. Em caso de falência ou intervenção em uma ins- O rendimento do CDB pode ser pós-fixado ou prefixado.
tituição financeira, esse montante é usado para quitar o valor O pós-fixado normalmente é associado ao CDI, que é uma
devido a correntistas e investidores. taxa de referência bem próxima da Selic.
Bancos e financeiras são algumas das instituições asso- Trata-se de um investimento com liquidez menor do que
ciadas. outros títulos, como o Tesouro Direto.
Mas não apenas eles. Também compõem o quadro do Além disso, paga Imposto de Renda, de 22,5% a 15%, de-
FGC: pendendo do tempo de permanência da aplicação. Pode, no
• Bancos de desenvolvimento entanto, ter rentabilidade que seja competitiva e mais vantajo-
• Sociedades de crédito, financiamento e investimento sa quando comparada a outros títulos.
• Sociedades de crédito imobiliário Para consultar as opções disponíveis no BTG Pactual digi-
• Companhias hipotecárias tal, consulte o nosso catálogo de produtos.
• Associações de poupança e empréstimo. Também é assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos.

Quais os investimentos são garantidos pelo FGC? LCI e LCA


A garantia do FGC não abrange todos os investimentos. LCI e LCA são as Letras de Crédito Imobiliário e do Agro-
Ela se restringe aos seguintes saldos, de acordo com o Banco negócio. Para o investidor, funcionam de maneira bastante
Central: semelhante ao CDB e também têm rendimento atraente, nor-
• Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio malmente atrelado ao CDI.
• Depósitos de poupança Uma vantagem desses investimentos é que sobre eles não
• Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certi- incide o Imposto de Renda. É um benefício interessante, já que
ficado (CDB/RDB) o IR leva no mínimo 15% dos rendimentos de boa parte das
• Depósitos mantidos em contas não movimentá- outras aplicações.
veis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo Elas podem ter carência para retirada maior do que o
de recursos referentes à prestação de serviços de paga- CDB, e muitos desses títulos exigem investimento de pelo
mento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões menos R$ 10.000,00.
e similares Para consultar os títulos disponíveis no BTG Pactual di-
gital consulte o nosso catálogo de produtos.

63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

LC Esses investimentos acima, não cobertos pelo fundo,


As Letras de Câmbio (LC) também são títulos semelhan- não são necessariamente arriscados, mas devem ser anali-
tes ao CDB (pelo menos, na visão do investidor). sados com cautela, de preferência com algum conhecimento
Muitas pessoas as confundem com fundos de ações ou mais aprofundado sobre o ativo e a instituição financeira que
investimentos atrelados a moedas por causa do nome. Na o oferece.
verdade, “câmbio” aqui se refere a uma “troca”, e não a moe- Se você estiver estudando a alocação de recursos em
das. Letras Financeiras, Debêntures e Certificados de Recebíveis,
A diferença para um CDB é que as LCs são emitidas por verifique o histórico e solidez do banco ou da corretora antes
uma financeira, e não por um banco ou corretora. de tomar qualquer decisão.
Eles contam com a proteção do Fundo Garantidor de Cré- Para fundos de investimentos, a preocupação não deve
dito para o mesmo valor de CDB, poupança, LCI e LCA: até R$ ser tanto com a chance de a instituição financeira quebrar, e
250 mil, dependendo do montante investido. sim com as condições e o regulamento, já que o patrimônio
Aqui há incidência do Imposto de Renda (22,5% a 15% do banco ou corretora não se confunde com o dos fundos.
dos rendimentos, dependendo do período de aplicação) e Em caso de falência, por exemplo, os cotistas podem se re-
carência mínima para o resgate, que varia muito conforme a unir em assembleia e transferir a gestão para outra instituição.
corretora ou banco de investimentos. Na bolsa de valores, a preocupação com quebra ou fa-
lência das corretoras ou dos bancos também não deve ser
Como os investimentos são protegidos tão grande, já que os papéis em nome do investidor são ga-
O total de créditos garantidos pelo Fundo Garantidor de rantidos pela Câmara de Ações, administrada pela BM&FBO-
Créditos é de até R$ 250 mil por pessoa para o mesmo con- VESPA. Nesse caso, basta transferir a custódia dos papéis para
glomerado financeiro. Ou seja, se um investidor possui um outra instituição financeira.
CDB de R$ 200.000,00, ele é protegido pelo FGC. Além disso, na conta da corretora ou do banco de inves-
Se o montante chega a, digamos, R$ 300.000,00, apenas timentos, até R$ 120 mil de saldo podem ser restituídos com
R$ 250.000,00 desse valor estão protegidos em caso de falên- base no Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos da BM&F
cia da instituição financeira. Bovespa.
É recomendado, portanto, que qualquer investidor que Para o Tesouro Direto, não faz sentido a preocupação
tenha recursos superiores a R$ 250 mil dividida o montante com o risco de calote, a menos que o país quebre, já que os
em ativos oferecidos por diferentes conglomerados financei- títulos são dívidas do Tesouro Nacional.
ros. Como o governo pode imprimir mais dinheiro para pa-
Se você está em dúvida sobre o que são conglomerados gar suas contas, o principal risco é o que se chama de calote
financeiros e quer ter certeza de que está deixando todo o branco, que seria a inflação provocada por esse fluxo maior
seu dinheiro coberto pelo FGC, consulte este link do Banco de valores no mercado decorrente das dificuldades financei-
Central. ras do país.
E na hora de definir essas divisões e garantir que seu di-
nheiro fique bem protegido, lembre de um detalhe importan- Qual o valor máximo garantido pelo FGC?
te: o valor assegurado é de R$ 250 mil por pessoa em cada O valor máximo garantido pelo FGC é de R$ 250 mil por
conglomerado financeiro considerando o total do investi- CPF por instituição financeira (ou instituições financeiras do
mento original mais o rendimento acordado equivalente até a mesmo conglomerado financeiro).
decretação do Regime Especial. Já uma conta conjunta em um banco tem limite máxi-
Para ficar mais fácil de entender, você receberá de volta, mo de R$ 250 mil, que serão divididos pelo número de titu-
nesse caso extremo, no máximo R$ 250 mil por CPF por insti- lares. Dessa forma, caso o saldo investido em títulos garan-
tuição financeira. tidos pelo FGC em uma conta conjunta de 2 titulares fosse
Pode fazer sentido, portanto, que um montante de R$ R$ 300.000,00, o valor garantido seria o de R$ 250.000,00, ou
300 mil seja destinado a três instituições diferentes, para que seja, R$ 125.000,00 por titular.
todos os rendimentos fiquem cobertos pelo FGC. Esse limite não impede que um investidor com fundos
superiores a essa quantia invista em diferentes instituições fi-
O que o FGC não garante nanceiras.
O FGC não garante o crédito de qualquer investimento que Exemplo: se você tem R$ 300 mil, é mais seguro dividir
não conste na relação acima e de qualquer crédito que ultrapas- esse valor em diferentes aplicações em duas ou três correto-
se o limite de R$ 250 mil por pessoa por instituição financeira. ras ou bancos de investimento.
Alguns investimentos que não são protegidos pelo FGC:
• Letras Financeiras (semelhante ao CDB) Por que aplicações em Fundos de Investimentos não têm
• Debêntures (títulos de crédito de empresas privadas) garantia do FGC?
• Fundos de investimento (de todos os tipos) Fundos de investimento não têm garantia do GFC devido
• Certificados de Recebíveis Imobiliários (emitidos por a uma divisão entre o patrimônio da instituição financeira e
companhias securitizadoras) o dos cotistas que formam o fundo. Ou seja, os valores do
• Certificados de Recebíveis do Agronegócio (emiti- fundo funcionam de forma independente.
dos por companhias securitizadoras) Na prática, os fundos são entidades constituídas sob
• Tesouro Direto (títulos do Tesouro Nacional) a forma de condomínios abertos. Eles ficam sujeitos à su-
• Aplicações na bolsa de valores (ações, opções e pervisão e acompanhamento da Comissão de Valores Mo-
quaisquer derivativos). biliários.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Assim, se ocorrer a falência do administrador do fundo, 4. Valor total deve incluir os juros
uma assembleia poderá ser convocada para e optar por outra Muita gente não se dá conta ao investir em aplicações
instituição financeira, sem prejuízo de seus investimentos. protegidas pelo FGC que os rendimentos obtidos pelo inves-
timento devem ser somados ao valor original no caso da que-
História do FGC bra da instituição financeira que oferece o título.
A estabilidade do sistema financeiro é uma das principais Se, por exemplo, você investir R$ 250 mil em um CDB e a
preocupações de qualquer governo. corretora ou o banco quebrar depois de dois anos, você não
Desde a década de 1990, começou a surgir uma série conseguirá recuperar esses dois anos de valorização e será
de sistemas de proteção a investidores em todo o mundo. O restituído apenas do valor original.
Brasil entrou nessa lista em 1995, com a Resolução 2.197, de 5. Limite garantido era de R$ 60 mil
31.08.1995. O limite bancado pelo FGC já foi alterado três vezes. Em 2006,
Nela, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou ele era de apenas R$ 60 mil. Em 2010, foi ampliado para R$ 70 mil.
a “constituição de entidade privada, sem fins lucrativos, des- Finalmente, em 2013, o valor chegou aos atuais R$ 250 mil.
tinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de É preciso lembrar que o fundo surgiu apenas em 1995 e
créditos contra instituições financeiras”. ele é construído a partir de aportes mensais dos associados.
O estatuto e o regulamento da nova entidade, o Fundo Quanto mais o tempo passa, mais forte se torna essa proteção.
Garantidor de Créditos, foram aprovados em novembro da- Como vimos, o Fundo Garantidor de Créditos é uma
quele ano. proteção muito interessante para o investidor. Com ele, você
O objetivo dessa entidade, desde sua criação, é prestar pode ficar tranquilo de que seu dinheiro vai render sem so-
garantia de créditos contra as instituições associadas nas se- bressaltos, mesmo em casos extremos, como a falência da sua
guintes situações: instituição financeira.
• Decretação da intervenção ou da liquidação extraju- É importante lembrar que o FGC da poupança é o mesmo
dicial de instituição associada que banca os créditos do CDB, das LCIs, das LCAs e das LCs.
• Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do Agora que você tem essa informação, não vale mais usar o
estado de insolvência de instituição associada que, nos ter- argumento de que a caderneta é o destino mais seguro para
mos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes o seu dinheiro.
referidos no item anterior. O que dizer de um investimento que representou perda
Além da garantia de créditos, o FGC se preocupa com a de poder de compra de 2,28% em 2015 e ganho real de 1,9%
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e a prevenção de em 2016?
crises sistêmicas do sistema bancário. É hora de dar o primeiro passo para fora da poupança
Por isso, tem a atribuição de contratar, em casos de necessi- e para dentro de um universo bem mais rentável de investi-
dade, diferentes operações de assistência ou suporte financeiro, mentos. Nessa jornada de busca de conhecimento, você vai
incluindo operações de liquidez com as instituições associadas. perceber que uma organização de suas finanças vai levá-lo
mais longe e vai lhe permitir planejar as aplicações com maior
5 curiosidades sobre o FGC consciência.
Já está um pouco mais informado sobre a utilidade do Primeiro, anote todos os seus gastos mensais, todas as
FGC e quer conhecer algumas das curiosidades de sua atua- despesas normais e extraordinárias que estiverem à vista nos
ção? Confira abaixo seis peculiaridades desse fundo não go- próximos meses. Depois defina um percentual para economi-
vernamental, sem fins lucrativos: zar de seu salário.
1. O saldo do FGC é superior a R$ 57 bilhões Então, com uma organização melhor, estabeleça um va-
De acordo com o último balanço patrimonial divulgado, lor mínimo de suas reservas para aplicações de alta liquidez
em novembro de 2016, o Fundo Garantidor de Créditos tem para cumprir suas obrigações e separe o restante para investi-
aproximadamente R$ 57,8 bilhões em ativos, dos quais pode- mentos que, potencialmente, farão seu dinheiro crescer mais
ria se valer para proteger investimentos. rapidamente.
O regulamento do fundo prevê que sua captação segui-
rá até a obtenção de 2% do saldo das contas cobertas pela
garantia.
2. Contas conjuntas têm limite único 8 - CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO.
Normalmente, o saldo garantido é de R$ 250 mil por pes- 8.1 - CONCEITO E ETAPAS.
soa por CPF. Mas esse não é o caso em contas conjuntas, cujo 8.2 - PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE
crédito protegido vale para a conta toda, dividida por todos LAVAGEM DE DINHEIRO.
os seus titulares. 8.2.1. LEI N.º 9.613/1998 E SUAS ALTERAÇÕES.
Assim, se um casal possui R$ 300 mil em uma conta con-
junta em um banco, cada cônjuge terá direito a R$ 125.000,00
em caso de falência da instituição financeira.
3. Pagamentos podem levar mais de três meses Certo é que o crime organizado disponibiliza fundos in-
Mesmo que você esteja seguro em uma aplicação que calculáveis e envolve milhares de pessoas, com sistema fun-
conte com o aval do Fundo Garantidor de Créditos, pode cional implantado e bem estruturado. Entretanto, apesar
levar um tempinho até você receber o dinheiro de volta. de se tratar de uma atividade altamente lucrativa, para se-
Conforme o histórico recente do fundo, espera-se em rem utilizados seus rendimentos é imprescindível a oculta-
média pouco mais de três meses. ção de sua origem.

65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Desta necessidade de uso, movimentação, ocultação e a) A primeira delas é a fase da ocultação, na qual há
disposição de ativos oriundos das mais variadas espécies do uma tentativa dos agentes de conseguir menor visibilida-
comércio criminoso surge a lavagem de dinheiro, com a fina- de do dinheiro oriundo da prática de atividade ilícitas. Para
lidade de evitar que se descubra a cadeia criminal, bem como tanto, costuma-se utilizar o sistema financeiro, negócios de
a identificação de seus agentes. condições variadas, enfim, emprega “intermediários” que
Sendo pacífico que as organizações criminosas, de modo trocarão os valores ilicitamente recebidos.
geral, têm sua atuação no eixo dinheiro/poder e que o seu b) Com a posse do dinheiro, tem início a segunda
êxito está intimamente vinculado ao sucesso da lavagem de fase: a cobertura, fase de controle, ou ainda, mascaramento.
dinheiro, há um forte impulso para que estas organizações Consistente em desligar os fundos de sua origem, em outras
pratiquem o referido processo de reciclagem. palavras, fazer desaparecer o vínculo entre o agente e o bem
Ocorrida a reciclagem do dinheiro, este pode ser investi- precedente de sua atuação. São comuns múltiplas transfe-
do sem levantar suspeitas e contribuir para que os seus de- rências de dinheiro, compensações financeiras, remessas
tentores eliminem empreendimentos legítimos sob a cober- aos paraísos fiscais, super faturação de exportações, dentre
tura de atividades honráveis, gerando o inegável risco de que outros.
economias inteiras se submetam ao seu controle, provocando c) Finalmente, o dinheiro deve retornar ao circuito
alterações nos mercados financeiros. econômico, transparecendo a imagem de produto normal
Neste contexto, vários países fomentam seus aparelhos de de uma atividade comercial, é a chamada fase de integração. 
cooperação internacional para a persecução de crimes de lava- Neste momento, há a conversão de dinheiro sujo em capital
gem de capitais e outros praticados por organizações criminosas. lícito, adquirindo propriedades e bens, constituindo estabe-
O CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO lecimentos lícitos, financiando atividades de terceiros, além
O crime de “lavagem de dinheiro”, cuja expressão remonta de investir parte deste dinheiro na prática de novos delitos.
às organizações mafiosas norte-americanas, que, na década de
1920, aplicavam em lavanderias o capital proveniente das mui- CRIMINALIZAÇÃO DA LAVAGEM DE DINHEIRO
tas espécies do comércio criminoso, é uma forma genérica de Cumpre ressaltar que o início das preocupações mun-
referir-se ao processo ou conjunto de operações de ocultar a diais com a lavagem de dinheiro data da Convenção de Vie-
origem do dinheiro ou dos bens resultantes das atividades deli- na de 1988, ocasião em que os membros da Organização
tivas e integrá-los no sistema econômico ou financeiro, em ope-
das Nações Unidas aprovaram a Resolução que os obrigava
rações capazes de converter o dinheiro sujo em dinheiro limpo.
a penalizar a lavagem de capitais oriundos do tráfico de en-
Nas palavras de André Luís Callegari é a atividade de in-
torpecentes.
vestir, ocultar, substituir ou transformar e restituir o dinheiro
Desde então, várias nações passaram a inserir no seu
de origem sempre ilícita aos circuitos econômico-financeiros
corpo de normas, dispositivos legais reservados a reprimir
legais, incorporando-o a qualquer tipo de negócio como se
a utilização de bens, direitos ou valores provenientes, direta
fosse obtido de forma lícita.
Faz-se necessário esclarecer que o crime de lavagem de ou indiretamente, de crimes.
capitais é um delito parasitário ou derivado, dependendo, ne- Neste sentido, Roberto Podval, ao discorrer sobre o bem
cessariamente, da existência de um delito antecedente para jurídico do delito de lavagem de dinheiro, assevera que:
que se configure. Por assim ser, no delito de lavagem de dinhei- “O que se nota é que a criminalização da lavagem de
ro a punição volta-se, exclusivamente, para a utilização que se dinheiro surge como forma de coibir o tráfico ilícito de en-
faz do dinheiro sujo, ou seja, às formas de movimentar, ocultar, torpecentes, já que não obstante a intervenção do Direito
dispor ou se apropriar dos ativos oriundos de atividades ilícitas.  Penal nessa matéria (através de leis cada vez mais severas e
Diante da importância deste assunto, e dos efeitos de- com penas menos brandas), tal criminalidade não só persis-
vastadores provocados por este delito, Vladimir Aras defen- te como aumenta. Assim, uma vez evidenciada a impossibili-
de que os Estados nacionais não podem ignorar, diante da dade de o Direito Penal evitar o tráfico de drogas, houveram
complexa problemática que envolve a questão, o fenômeno por bem os Estados punir suas consequências”.
da lavagem de dinheiro, uma vez que não se restringe a uma Observa-se, portanto, que frente à fracassada e inope-
abstração que se cinja a números, pois, ao contrário disto: rante estratégia de atacar as antecedentes atividades ilícitas,
“São concretos e às vezes dolorosos, os danos causados à há um redirecionamento do Direito Penal em controlar os
sociedade pela lavagem de dinheiro. De um lado, desempre- efeitos destas, quais sejam, os fluxos financeiros oriundos
go, vultosos prejuízos econômicos para empresários e inves- das primeiras atuações ilegais.
tidores, diminuição dos índices de desenvolvimento humano, Seguindo, portanto, a mesma tendência mundial e dian-
corrupção, insegurança pública e redução da arrecadação de te dos índices de ocorrências envolvendo crime organizado,
impostos e de investimentos em educação e saúde. De outro desvio e lavagem de dinheiro, provenientes de variadas tran-
lado, o enriquecimento ilícito e a utilização indevida de valo- sações ilícitas, e da inserção destes temas no rol de destaque
res oriundos de graves crimes.” da construção dogmática e da política criminal, houve nítido
interesse do Direito Penal Brasileiro em atingir um efetivo
FASES OU TÉCNICAS DE LAVAGEM DE DINHEIRO controle da circulação de capitais e suas origens, por meio
Considerando que a lavagem de capitais é um procedi- da criminalização desta multimencionada conduta. Ademais,
mento complexo, pode-se afirmar que a conduta do agen- a base ética à criminalização consistiu em evitar que a cir-
te passa por um modus operandi bastante linear e multifa- culação do dinheiro sujo em circulação no mercado, bem
cetado. Vários são os métodos ou fases utilizados com a como impedir que o dinheiro lavado proporcione outros
finalidade de lavar o dinheiro: ilícitos.

66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

UNIDADES DE INTELIGENCIA FINANCEIRA • inclusão de novos sujeitos obrigados tais como car-
As unidades de inteligência são responsáveis por receber, tórios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou
além de requisitar, informações sobre operações financeiras consultoria financeira, representantes de atletas e artistas,
atípicas ou suspeitas, analisar e informar às autoridades com- feiras, dentre outros;
petentes aquelas que constituem indícios do crime de lava- • aumento do valor máximo da multa para R$ 20 milhões.
gem.
Essas unidades apresentam diferentes estruturas a de- Com base na análise de operações suspeitas ou atípicas,
pender de sua vocação institucional e das tradições jurídicas o COAF prepara um relatório que é enviado ao Ministério
de cada país. Existem basicamente três espécies de Unidades Público e à Polícia, para que seja averiguado o cometimento
de Inteligência Financeira: (i) judiciais, (ii) coercitivas, (iii) admi- ou não de algum delito.
nistrativas, sem considerar as híbridas que mesclam elemen- O COAF faz parte do GAFI e do Grupo de Egmont, cons-
tos de cada uma delas. tituído por algumas unidades financeiras de inteligência, que
As unidades judiciais são previstas, em geral, nos países se reuniram pela primeira vez no Palácio de Egmont-Aren-
em que o Ministério Público é parte integrante do Judiciário. berg, em Bruxelas, com o intuito de promover um fórum ob-
Nesses países as unidades tem natureza persecutória penal jetivando impulsionar o apoio aos programas nacionais de
porque o próprio órgão responsável pela acusação possui combate à Lavagem de Dinheiro dos países que o integram.
instrumentos de acompanhamento ou recebimento de infor- Referido apoio engloba a ampliação de cooperações en-
mações sobre operações suspeitas. tre os países e a sistematização do intercâmbio de experiên-
As unidades coercitivas são exclusivamente adminis- cias e de informações de inteligência financeira, aperfeiçoan-
trativas, mas podem determinar medidas preventivas como do a capacidade e a perícia dos funcionários das unidades e
suspensão de transações, congelamento e sequestro de bens. proporcionando uma efetiva comunicação por meio de apli-
As unidades administrativas tem atribuição exclusiva de cação de tecnologia específica.
sistematização de informações e produção de análises sobre Os organismos internacionais indicam uma série de re-
possíveis operações ilegais ou atípicas. Não tem poder de de- gras para a persecução penal referente ao crime em questão,
terminar medidas de coerção ou de iniciar processos judiciais. que, em resumo, se traduzem na cooperação das instituições
Apenas colhem a informação e enviam para os órgãos com- e empresas que possam ser utilizadas para lavagem, sujeitas
petentes para a persecução penal ou investigação, como o a deveres de identificação dos clientes, conservação dos re-
Ministério Público e a Polícia. O Brasil segue esse modelo. gistros e comunicação de operações consideradas suspeitas.
Desse modo, o COAF é o principal órgão brasileiro de
CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINAN- inteligência ao combate ao crime em comento, além de ser
CEIRAS - COAF responsável por elaborar autoavaliações, cujos relatórios são
O COAF é um órgão administrativo, no âmbito do Mi- enviados anualmente ao GAFI. 
nistério da Fazenda, com sede no Distrito Federal, e funciona
como agência de inteligência brasileira no combate ao crime Composição do COAF
de lavagem de dinheiro.  É a unidade de inteligência financei- O Conselho é composto de servidores públicos de re-
ra do Brasil. putação ilibada e reconhecida competência, designados em
É responsável pela prevenção e fiscalização da prática do ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes
delito de lavagem, foi instituído pela Lei no 9.613/98. Tem por do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da
finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Se-
examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades guros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de ou- da Secretaria da Receita Federal, de órgão de inteligência do
tros órgãos e entidades. Poder Executivo, do Departamento de Polícia Federal, do Mi-
Essa lei atribuiu às pessoas físicas e jurídicas de diversos nistério das Relações Exteriores e da Controladoria-Geral da
setores econômico-financeiros maior responsabilidade na União, atendendo, nesses quatro últimos casos, à indicação
identificação de clientes e manutenção de registros de todas dos respectivos Ministros de Estado.
as operações e na comunicação de operações suspeitas, sujei- O presidente do Conselho é nomeado pelo Presidente da
tando-as ainda às penalidades administrativas pelo descum- República, cuja indicação é do Ministro de Estado da Fazenda.
primento das obrigações.
Para efeitos de regulamentação e aplicação das penas, o Das pessoas sujeitas à lei
legislador preservou a competência dos órgãos reguladores O art. 9º da Lei de Lavagem apresenta o rol das pessoas
já existentes, cabendo ao COAF a regulamentação e supervi- obrigadas a comunicar o COAF, em razão das atividades que
são dos demais setores. exercem, a respeito de qualquer atividade atípica ou opera-
Em 2012, a Lei nº 9.613, de 1998, foi alterada pela Lei nº ções consideradas suspeitas.
12.683, de 2012, que trouxe importantes avanços para a pre- Dentre essas atividades estão a captação, a interme-
venção e combate à lavagem de dinheiro, tais como: diação e aplicação de recursos financeiros de terceiros,
• a extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, em moeda nacional ou estrangeira; a compra e venda de
admitindo-se agora como crime antecedente da lavagem de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou ins-
dinheiro qualquer infração penal; trumento cambial; a custódia, emissão, distribuição, liqui-
• a inclusão das hipóteses de alienação antecipada dação, negociação, intermediação ou administração de
e outras medidas assecuratórias que garantam que os bens títulos ou valores mobiliários; entre outras previstas no pa-
não sofram desvalorização ou deterioração; rágrafo único do artigo retro mencionado.

67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

As obrigações a que essas pessoas estão sujeitas se Diante da necessidade de promover esse intercambio
traduzem em identificar seus clientes e manter registros, bem de informações entre o COAF e outros organismos, nacio-
como comunicar as operações suspeitas aos órgãos de inte- nais e internacionais, foi desenvolvido um sistema informa-
ligência financeira, conforme dispõe os arts. 10 e 11 da Lei. tizado que permite ao Conselho desempenhar suas funções
Descrever essas operações consideradas suspeitas ou atí- com maior agilidade e segurança, o SISCOAF – Sistema de
picas é uma atribuição da autoridade competente, que por Informações COAF, que auxilia nos processos internos de to-
meio da elaboração de uma lista que, a depender das pessoas mada de decisão, representa um veículo rápido e eficaz de
envolvidas, dos valores, das formas de realização, dos instru- captação, tratamento, disponibilização e guarda de dados.
mentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou O COAF não é dotado de poderes de investigação, tem
legal, possam demonstrar ilicitude. competência para realizar a troca de informações e solicitar a
Se houver descumprimento das obrigações elencadas no abertura de investigações às autoridades, caso verifique, nas
art. 9º, caberá aplicação de sanções administrativas pela au- informações recebidas, solicitadas ou em decorrência de suas
toridade competente, conforme previsto no art. 12 da Lei, a análises, forte indício de operações consideradas suspeitas.
saber: advertência, multa pecuniária, inabilitação temporária Além disso, também tem o poder de requisitar informa-
para o exercício do cargo de administrador, e até cassação ou ções cadastrais bancárias e financeiras aos Órgãos da Admi-
suspensão da autorização para operação ou funcionamento. nistração Pública de pessoas envolvidas em atividades suspei-
O procedimento para aplicação das sanções será regula- tas (art. 14, §3º. da Lei 9.613/98).
do por decreto, sendo assegurado o contraditório e a ampla
defesa, cabendo recurso ao Ministro de Estado da Fazenda. O PAPEL DO COAF NO COMBATE À LAVAGEM DE DI-
NHEIRO
A atuação do Coaf O COAF, além do seu papel como Unidade de Inteligência
O COAF atua de forma integrada com órgãos superviso- Financeira, é também um órgão de regulação e repressão dos
res e entidades representativas de diversos segmentos, tais setores econômicos que não possuem instituição supervisora
como: Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Secretaria de própria, tais como as empresas de factoring, de comércio de
Previdência Complementar – SPC, Superintendência de segu- joias e metais preciosos, pedras, objetos de arte e antiguida-
ros privados – SUSEP, Conselho Federal de Corretores de Imó- des.
veis – COFECI, Associação Brasileira das Empresas de Cartões No campo regulatório cabe ao COAF elaborar regras vol-
de Crédito e Serviços – ABECS, Associação Brasileira das Enti- tadas a estes setores sobre a forma e método de registro de
dades Fechadas de Previdência Privada – ABRAPP, Federação informações de clientes e sobre os atos suspeitos de lavagem
Brasileira de Bancos – FEBRABAN. que devem ser comunicados, além dos previsto em Lei.  Por
Esta integração tem por finalidade evitar que esses se- fim, a função de regulação consiste em o Órgão editar normas
tores sejam utilizados para a prática de lavagem de dinheiro. que orientem os setores obrigados no art. 9º da Lei 9.613/98.
Desta forma, os órgãos supervisores e as entidades represen- A atividade repressiva decorre da competência do COAF
tativas que se depararem com operações atípicas praticadas para instaurar processo administrativo e aplicar sanções as
por seus clientes, tem o dever de informar o COAF. entidades e pessoas que descumprirem as regras previstas
O Banco Central do Brasil, visando auxiliar na interpre- nos arts. 10 e 11 da Lei de Lavagem.
tação do que seriam essas operações consideradas atípicas As empresas que contam com órgão de controle especí-
ou suspeitas, apresentou a Carta-Circular nº. 2.826/1998, que fico, como bancos (regulados pelo Banco Central do Brasil) ou
foi posteriormente complementada pela Carta-Circular nº. agentes de custódia, emissão, distribuição, liquidação de títu-
3.098/2003, contendo um extenso rol dessas operações. los ou valores imobiliários (regulados pela CVM), empresas de
Ressalte-se que referido rol de hipóteses é apenas exem- seguro, capitalização ou previdência privada (regulados pela
plificativo, com intuito de orientar as entidades na identifica- Susep) devem observar as regras estabelecidas pelo órgão re-
ção de operações suspeitas, sendo possível a ocorrência de gulatório correspondente (art. 11, §1º. da Lei de Lavagem) e
outras operações que não estejam nele previstas. perante estes processados administrativamente. É do órgão
Além disso, as entidades também deverão manter cadas- regulador o papel de normatizador e repressor. 
tros que possibilitem a identificação do cliente. Da mesma No entanto, todas as entidades responsáveis pelos seto-
forma, os órgãos verificarão se há compatibilidade financeira res sensíveis (art. 9º. da Lei), tenham ou não órgão regulador
entre as movimentações efetuadas pelo cliente e a sua capa- próprio, devem atender as requisições de informações formu-
cidade econômica. Este controle deve abranger não só a tota- ladas pelo COAF.
lidade das operações de um indivíduo, mas também aquelas É função do COAF a organização de estudos e diagnós-
feitas por grupos e conglomerados, conforme recomendação ticos sobre lavagem de dinheiro e formulação de estratégias
contida na Circular nº. 2.852/1999 do Banco Central do Brasil. de combate à prática. Para tanto, o órgão tem participado
O COAF, após receber a comunicação, avaliará as ope- de fóruns nacionais e internacionais para o desenvolvimen-
rações suspeitas e, se existirem evidencias de ocorrência to de boas práticas para o enfrentamento do delito, como,
do crime de lavagem, efetuará um intercâmbio de informa- por exemplo, da ENCLLA (Estratégia Nacional de Combate
ções com as autoridades competentes, conforme preconiza à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro) e do Grupo de Eg-
o art. 15 da Lei. mont,  que reúne as Unidades de Inteligência Financeira
Cumpre esclarecer que são consideradas autoridades de diversos países para apoio mútuo, formação conjunta e
competentes, a Polícia Federal e o Ministério Público Fede- assistência técnica para prevenção e repressão a lavagem
ral que, de posse dessas de informações, tomarão as me- de dinheiro.
didas necessárias.

68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

O crime de lavagem de dinheiro é um fenômeno mun- § 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo úni-
dial, de amplitude internacional, que não atinge apenas as co do art. 14 do Código Penal.
esferas econômicas e financeiras, mas também as sociais, § 4o  A pena será aumentada de um a dois terços, se
uma vez que fomenta a prática de outros delitos, fazendo-se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de for-
necessária a união de esforços, bem como a cooperação mú- ma reiterada ou por intermédio de organização crimino-
tua entre os países para combatê-lo e o COAF, na qualidade sa.                        (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
de unidade de inteligência financeira, tem desempenhado § 5o  A pena poderá ser reduzida de um a dois terços
um importante papel neste certame.   e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultan-
do-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer
A LEI 9.613/98 E SEUS ASPECTOS PENAIS tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor
A Lei nº 12.683/12 alterou a Lei nº 9.613/98 para tornar ou partícipe colaborar espontaneamente com as autorida-
mais eficiente o combate e a prevenção de lavagem de di- des, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração
nheiro. Foram diversas as alterações realizadas, e dentre elas das infrações penais, à identificação dos autores, coautores
podem ser destacadas a exclusão do rol de crimes antece- e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores
dentes à lavagem de dinheiro, manutenção da pena de três a objeto do crime.                    (Redação dada pela Lei nº 12.683,
dez anos de reclusão para os praticantes do crime, elevação de 2012)
do valor máximo da multa a ser aplicada para 20 milhões
de Reais, e aumento do número de profissionais que devem CAPÍTULO II
reportar-se ao COAF, alcançando empresários que negociam Disposições Processuais Especiais
direitos de atletas, comerciantes de artigos de luxo, e presta-
dores de serviços como por exemplo os contadores. Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos
nesta Lei:
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998. I – obedecem às disposições relativas ao procedimento
comum dos crimes punidos com reclusão, da competência
Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de do juiz singular;
bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema II - independem do processo e julgamento das infrações
financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho penais antecedentes, ainda que praticados em outro país,
de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nes-
providências. ta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julgamento;                    
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- III - são da competência da Justiça Federal:
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: a) quando praticados contra o sistema financeiro e a
ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens,
CAPÍTULO I serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autár-
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos quicas ou empresas públicas;
e Valores b) quando a infração penal antecedente for de compe-
tência da Justiça Federal.                         (Redação dada pela
Art. 1o  Ocultar ou dissimular a natureza, origem, locali- Lei nº 12.683, de 2012)
zação, disposição, movimentação ou propriedade de bens, § 1o  A denúncia será instruída com indícios suficientes
direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de da existência da infração penal antecedente, sendo puní-
infração penal.                     (Redação dada pela Lei nº 12.683, veis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou
de 2012) isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e mul- penal antecedente.                       (Redação dada pela Lei nº
ta.                  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 12.683, de 2012)
§ 1o  Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dis- § 2o  No processo por crime previsto nesta Lei, não se
simular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3
de infração penal:                    (Redação dada pela Lei nº de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo
12.683, de 2012) o acusado que não comparecer nem constituir advogado
I - os converte em ativos lícitos; ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento,
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em com a nomeação de defensor dativo.                        (Redação
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
III - importa ou exporta bens com valores não correspon- Art. 4o  O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
dentes aos verdadeiros. Público ou mediante representação do delegado de polícia,
§ 2o  Incorre, ainda, na mesma pena quem:                     (Re- ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas,
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) havendo indícios suficientes de infração penal, poderá de-
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, di- cretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores
reitos ou valores provenientes de infração penal;                     (Re- do investigado ou acusado, ou existentes em nome de in-
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) terpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou pro-
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo veito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações penais
conhecimento de que sua atividade principal ou secundária antecedentes.                       (Redação dada pela Lei nº
é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei. 12.683, de 2012)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

§ 1o  Proceder-se-á à alienação antecipada para preser- c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Fede-
vação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a ral ou por instituição financeira pública serão debitados à
qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando Conta Única do Tesouro Nacional, em subconta de restitui-
houver dificuldade para sua manutenção.                  (Reda- ção;                    (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
ção dada pela Lei nº 12.683, de 2012) II - nos processos de competência da Justiça dos Esta-
§ 2o  O juiz determinará a liberação total ou parcial dos dos:                    (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de a) os depósitos serão efetuados em instituição finan-
sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e ceira designada em lei, preferencialmente pública, de cada
valores necessários e suficientes à reparação dos danos e Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira públi-
ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas ca da União;                  (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
decorrentes da infração penal.                     (Redação dada b) os depósitos serão repassados para a con-
pela Lei nº 12.683, de 2012) ta única de cada Estado, na forma da respectiva legisla-
§ 3o  Nenhum pedido de liberação será conhecido sem ção.                    (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
o comparecimento pessoal do acusado ou de interposta § 5o  Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do
pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida
juiz determinar a prática de atos necessários à conservação na ação penal, será:                      (Incluído pela Lei nº 12.683,
de bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no § de 2012)
1o.                    (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) I - em caso de sentença condenatória, nos processos
§ 4o  Poderão ser decretadas medidas assecuratórias de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distri-
sobre bens, direitos ou valores para reparação do dano de- to Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio
corrente da infração penal antecedente ou da prevista nes- da União, e, nos processos de competência da Justiça
ta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária, multa Estadual, incorporado ao patrimônio do Estado respecti-
e custas.                        (Redação dada pela Lei nº 12.683, vo;                    (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
de 2012) II - em caso de sentença absolutória extintiva de pu-
nibilidade, colocado à disposição do réu pela institui-
Art. 4o-A.  A alienação antecipada para preservação de
ção financeira, acrescido da remuneração da conta judi-
valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de
cial.                  (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
ofício, a requerimento do Ministério Público ou por soli-
§ 6o  A instituição financeira depositária manterá con-
citação da parte interessada, mediante petição autônoma,
trole dos valores depositados ou devolvidos.                   (In-
que será autuada em apartado e cujos autos terão tra-
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
mitação em separado em relação ao processo principal.                       
§ 7o  Serão deduzidos da quantia apurada no leilão to-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) dos os tributos e multas incidentes sobre o bem alienado,
§ 1o  O requerimento de alienação deverá conter a re- sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência
lação de todos os demais bens, com a descrição e a es- de cada ente da Federação, venham a desonerar bens sob
pecificação de cada um deles, e informações sobre quem constrição judicial daqueles ônus.                         (Incluído
os detém e local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 12.683, de 2012)
12.683, de 2012) § 8o  Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo,
§ 2o  O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos os autos da alienação serão apensados aos do processo
apartados, e intimará o Ministério Público.  (Incluído pela principal.                       (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Lei nº 12.683, de 2012) § 9o  Terão apenas efeito devolutivo os recursos inter-
§ 3o  Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergên- postos contra as decisões proferidas no curso do procedi-
cias sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homo- mento previsto neste artigo.                      (Incluído pela Lei
logará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alie- nº 12.683, de 2012)
nados em leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, § 10.  Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença
por valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da penal condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o
avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) caso, da União ou do Estado:                   (Incluído pela Lei
§ 4o  Realizado o leilão, a quantia apurada será deposi- nº 12.683, de 2012)
tada em conta judicial remunerada, adotando-se a seguin- I - a perda dos valores depositados na conta remune-
te disciplina:  (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) rada e da fiança;                     (Incluído pela Lei nº 12.683,
I - nos processos de competência da Justiça Federal e de 2012)
da Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, II - a perda dos bens não alienados antecipadamen-
de 2012) te e daqueles aos quais não foi dada destinação prévia; e                        
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Federal ou em instituição financeira pública, mediante do- III - a perda dos bens não reclamados no prazo de
cumento adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença
nº 12.683, de 2012) condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica boa-fé.                        (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Federal ou por outra instituição financeira pública para a § 11.  Os bens a que se referem os incisos II e III do §
Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de 10 deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão, de-
qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) ho- positando-se o saldo na conta única do respectivo ente.                     
ras; e  (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

§ 12.  O juiz determinará ao registro público competente competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos
que emita documento de habilitação à circulação e utilização locais com idêntica função.                      (Incluído pela Lei
dos bens colocados sob o uso e custódia das entidades a que nº 12.683, de 2012)
se refere o caput deste artigo.                   (Incluído pela Lei § 2o  Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja
nº 12.683, de 2012) perda em favor da União ou do Estado for decretada serão
§ 13.  Os recursos decorrentes da alienação antecipada inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade públi-
de bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilí- ca, se houver interesse na sua conservação. (Incluído pela Lei
cito de drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e nº 12.683, de 2012)
ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos à CAPÍTULO IV
disciplina definida em lei específica.                         (Incluído Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Prati-
pela Lei nº 12.683, de 2012)  cados no Estrangeiro
Art. 4o-B.  A ordem de prisão de pessoas ou as medi- Art. 8o  O juiz determinará, na hipótese de existência de
das assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser tratado ou convenção internacional e por solicitação de auto-
suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a ridade estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre
sua execução imediata puder comprometer as investigações.                       bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos no art.
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 1o praticados no estrangeiro.                       (Redação dada pela
Art. 5o  Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, Lei nº 12.683, de 2012)
ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurí- § 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemen-
dica qualificada para a administração dos bens, direitos ou te de tratado ou convenção internacional, quando o governo
valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante termo de do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao
compromisso.                   (Redação dada pela Lei nº 12.683, Brasil.
de 2012) § 2o  Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos
Art. 6o  A pessoa responsável pela administração dos ou valores privados sujeitos a medidas assecuratórias por soli-
bens:                           (Redação dada pela Lei nº 12.683, de citação de autoridade estrangeira competente ou os recursos
2012) provenientes da sua alienação serão repartidos entre o Estado
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o
satisfeita com o produto dos bens objeto da administração; direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.                     (Redação
II - prestará, por determinação judicial, informações pe- dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
riódicas da situação dos bens sob sua administração, bem
como explicações e detalhamentos sobre investimentos e CAPÍTULO V
reinvestimentos realizados. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Parágrafo único.  Os atos relativos à administração dos DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
bens sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao co- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
nhecimento do Ministério Público, que requererá o que en-
tender cabível.                       (Redação dada pela Lei nº 12.683, Art. 9o  Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e
de 2012) 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter per-
manente ou eventual, como atividade principal ou acessória,
CAPÍTULO III cumulativamente ou não:                    (Redação dada pela Lei
Dos Efeitos da Condenação nº 12.683, de 2012)
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos fi-
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no nanceiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
Código Penal: II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos como ativo financeiro ou instrumento cambial;
de competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direi- III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, nego-
tos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática ciação, intermediação ou administração de títulos ou valores
dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados mobiliários.
para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
terceiro de boa-fé;                         (Redação dada pela Lei nº I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou fu-
12.683, de 2012) turos e os sistemas de negociação do mercado de balcão or-
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública ganizado;                          (Redação dada pela Lei nº 12.683,
de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de 2012)
de administração ou de gerência das pessoas jurídicas refe- II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entida-
ridas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de des de previdência complementar ou de capitalização;
liberdade aplicada. III - as administradoras de cartões de credenciamento ou
§ 1o  A União e os Estados, no âmbito de suas compe- cartões de crédito, bem como as administradoras de consór-
tências, regulamentarão a forma de destinação dos bens, cios para aquisição de bens ou serviços;
direitos e valores cuja perda houver sido declarada, assegu- IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de
rada, quanto aos processos de competência da Justiça Fe- cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou
deral, a sua utilização pelos órgãos federais encarregados equivalente, que permita a transferência de fundos;
da prevenção, do combate, da ação penal e do julgamento V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e
dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de as de fomento comercial (factoring);

71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro XVIII - as dependências no exterior das entidades men-
ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, cionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, rela-
ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante tivamente a residentes no País.                    (Incluído pela Lei
sorteio ou método assemelhado; nº 12.683, de 2012)
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros
que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste CAPÍTULO VI
artigo, ainda que de forma eventual; Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Regis-
VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa tros
de autorização de órgão regulador dos mercados financeiro,
de câmbio, de capitais e de seguros; Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estran- I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atua-
geiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, pro- lizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades
curadoras, comissionárias ou por qualquer forma represen- competentes;
tem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das II - manterão registro de toda transação em moeda na-
atividades referidas neste artigo; cional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam ativida- crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido
des de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;                       em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) competente e nos termos de instruções por esta expedidas;
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem III - deverão adotar políticas, procedimentos e contro-
jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüi- les internos, compatíveis com seu porte e volume de opera-
dades. ções, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos competentes;                    
bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercia- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
lização ou exerçam atividades que envolvam grande volume IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atua-
de recursos em espécie;                     (Redação dada pela Lei lizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste,
nº 12.683, de 2012) no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;                     forma e condições por eles estabelecidas; (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) nº 12.683, de 2012)
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf
que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, con- na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas,
tadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qual- cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das infor-
quer natureza, em operações                : (Incluído pela Lei nº mações prestadas.                      (Incluído pela Lei nº 12.683,
12.683, de 2012) de 2012)
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos co- § 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa ju-
merciais ou industriais ou participações societárias de qual- rídica, a identificação referida no inciso I deste artigo deverá
quer natureza;                        (Incluída pela Lei nº 12.683, de abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem
2012) como seus proprietários.
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II
ativos;                     (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) deste artigo deverão ser conservados durante o período mí-
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupan- nimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da
ça, investimento ou de valores mobiliários;                    (In- conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012) pela autoridade competente.
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de § 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efe-
qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estrutu- tuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes
ras análogas;                    (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário,
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou gru-
e                       (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) po que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos autoridade competente.
relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissio- Art. 10A. O Banco Central manterá registro centraliza-
nais;                       (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) do formando o cadastro geral de correntistas e clientes de
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promo- instituições financeiras, bem como de seus procuradores.                    
ção, intermediação, comercialização, agenciamento ou ne- (Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003)
gociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou
feiras, exposições ou eventos similares; (Incluído pela Lei nº CAPÍTULO VII
12.683, de 2012) Da Comunicação de Operações Financeiras
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (In-
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem I - dispensarão especial atenção às operações que, nos
bens de alto valor de origem rural ou animal ou interme- termos de instruções emanadas das autoridades compe-
deiem a sua comercialização; e                        (Incluído pela tentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
Lei nº 12.683, de 2012) previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;

72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar § 1º A pena de advertência será aplicada por irregulari-
ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual dade no cumprimento das instruções referidas nos incisos
se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) ho- I e II do art. 10.
ras, a proposta ou realização:                   (Redação dada pela § 2o  A multa será aplicada sempre que as pessoas referi-
Lei nº 12.683, de 2012) das no art. 9o, por culpa ou dolo:                     (Redação dada
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. pela Lei nº 12.683, de 2012)
10, acompanhadas da identificação de que trata o inciso I I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de ad-
do mencionado artigo; e                      (Redação dada pela vertência, no prazo assinalado pela autoridade competente;
Lei nº 12.683, de 2012) II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;                     
b) das operações referidas no inciso I;                   (Re- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a re-
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fisca- quisição formulada nos termos do inciso V do art. 10;                     
lizador da sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na pe- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
riodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a co-
não ocorrência de propostas, transações ou operações municação a que se refere o art. 11.
passíveis de serem comunicadas nos termos do inciso II.                    § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando fo-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) rem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções refe- obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reinci-
ridas no inciso I deste artigo, elaborarão relação de ope- dência específica, devidamente caracterizada em transgres-
rações que, por suas características, no que se refere às sões anteriormente punidas com multa.
partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumen- § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos
tos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou de reincidência específica de infrações anteriormente puni-
legal, possam configurar a hipótese nele prevista. das com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma pre- Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções
vista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou previstas neste Capítulo será regulado por decreto, assegura-
administrativa. dos o contraditório e a ampla defesa.
§ 3o  O Coaf disponibilizará as comunicações recebi-
das com base no inciso II do caput aos respectivos órgãos CAPÍTULO IX
responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
que se refere o art. 9o.                   (Redação dada pela Lei
nº 12.683, de 2012) Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o
Art. 11-A.  As transferências internacionais e os saques Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com
em espécie deverão ser previamente comunicados à insti- a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, rece-
tuição financeira, nos termos, limites, prazos e condições ber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de ativida-
fixados pelo Banco Central do Brasil.                    (Incluído des ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência
pela Lei nº 12.683, de 2012) de outros órgãos e entidades.
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pes-
CAPÍTULO VIII soas mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão
Da Responsabilidade Administrativa próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF,
competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art. 12.
administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cum- § 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanis-
prir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplica- mos de cooperação e de troca de informações que viabilizem
das, cumulativamente ou não, pelas autoridades compe- ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissi-
tentes, as seguintes sanções: mulação de bens, direitos e valores.
I - advertência; § 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administra-
II - multa pecuniária variável não superior:                      (Re- ção Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) de pessoas envolvidas em atividades suspeitas.                   (In-
a) ao dobro do valor da operação;                    (Incluída cluído pela Lei nº 10.701, de 2003)
pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumi- para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando con-
velmente seria obtido pela realização da operação; ou                       cluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de funda-
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) dos indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);                     Art. 16.  O Coaf será composto por servidores públicos
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) de reputação ilibada e reconhecida competência, designados
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os inte-
para o exercício do cargo de administrador das pessoas ju- grantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do
rídicas referidas no art. 9º; Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superinten-
IV - cassação ou suspensão da autorização para dência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fa-
o exercício de atividade, operação ou funcionamento.                      zenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do Brasil,
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério das Re-

73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

lações Exteriores, do Ministério da Justiça, do Departamen- A fim de garantir o uso, movimentação, ocultação e
to de Polícia Federal, do Ministério da Previdência Social e disposição de ativos oriundos das mais variadas espécies
da Controladoria-Geral da União, atendendo à indicação do comércio criminoso, surge a lavagem de dinheiro, com
dos respectivos Ministros de Estado.                  (Redação o intuito de evitar que se descubra a cadeia criminal, bem
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) como a identificação de seus agentes.
§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Pre- A lavagem de capitais é uma forma genérica de refe-
sidente da República, por indicação do Ministro de Estado rir-se ao processo ou conjunto de operações de ocultar a
da Fazenda. origem do dinheiro ou dos bens resultantes das atividades
§ 2o  Caberá recurso das decisões do Coaf relativas às delitivas e integrá-los no sistema econômico ou financeiro,
aplicações de penas administrativas ao Conselho de Recur- em operações capazes de converter o dinheiro sujo em di-
sos do Sistema Financeiro Nacional.   (Redação dada pela nheiro limpo.
Lei nº 13.506, de 2017) Considerando que a lavagem de capitais é um procedi-
Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento de- mento complexo, vários são os métodos ou fases utilizados
finidos em estatuto aprovado por decreto do Poder Exe- com a finalidade de lavar o dinheiro: ocultação, mascara-
cutivo. mento e integração.
Seguindo a mesma tendência mundial e diante dos ín-
CAPÍTULO X dices de ocorrências envolvendo crime organizado, desvio
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) e lavagem de dinheiro, e da inserção destes temas no rol
DISPOSIÇÕES GERAIS  de destaque da construção dogmática e da política crimi-
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) nal, houve nítido interesse do Direito Penal Brasileiro em
atingir um efetivo controle da circulação de capitais e suas
Art. 17-A.  Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições origens, por meio da criminalização desta multimenciona-
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código da conduta.
de Processo Penal), no que não forem incompatíveis com A exemplo e por imposição das comunidades inter-
esta Lei.               (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) nacionais, bem como em razão da globalização do mun-
Art. 17-B.  A autoridade policial e o Ministério Público do moderno, em 1998 foi editada Lei Especial nº. 9.613,
terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do in- destinada a coibir as ações dos chamados “lavadores de
vestigado que informam qualificação pessoal, filiação e en- dinheiro”.
dereço, independentemente de autorização judicial, manti- Ocorre que há alguns pontos controvertidos que, al-
dos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas mejando asseverar a pena, suprimiram direitos fundamen-
instituições financeiras, pelos provedores de internet e pe- tais, tais como proibição de fiança e inversão do Ônus da
las administradoras de cartão de crédito.                  (Incluí- Prova em relação à ilicitude dos bens que foram objeto de
do pela Lei nº 12.683, de 2012) apreensão e ao seqüestro.
Art. 17-C.  Os encaminhamentos das instituições fi- Respeitar a ordem constitucional, neste caso específico,
nanceiras e tributárias em resposta às ordens judiciais de revela  enorme dificuldade no efetivo combate à lavagem
quebra ou transferência de sigilo deverão ser, sempre que de dinheiro, isto porque enquanto os agentes criminosos
determinado, em meio informático, e apresentados em ar- não têm limitações na realização de suas condutas, o Esta-
quivos que possibilitem a migração de informações para os do tem de respeitar os direitos fundamentais.
autos do processo sem redigitação.               (Incluído pela Por tudo quanto exposto, concluímos que para o êxito
Lei nº 12.683, de 2012) nas operações de combate à lavagem de dinheiro, e, por
Art. 17-D.  Em caso de indiciamento de servidor pú- conseguinte, na recuperação de ativos, é necessária refor-
blico, este será afastado, sem prejuízo de remuneração ma legislativa que atinja as normas-chave, aprofundamen-
e demais direitos previstos em lei, até que o juiz compe- to de programas de capacitação de autoridades e servido-
tente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno.               res, bem como da especialização de juízos e unidades do
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) Ministério Público e da Polícia.
Art. 17-E.  A Secretaria da Receita Federal do Brasil
conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo
mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do
exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou 8.2.2 - CARTA CIRCULAR BACEN 3.409/2009.
ao do pagamento do tributo.                      (Incluído pela Lei 8.2.3 - CIRCULAR BACEN 3.461/2009.
nº 12.683, de 2012) 8.2.4 - CARTA CIRCULAR BACEN 3.542/2012.
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
cação.
Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e
110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Carta-Circular nº 3.409, de 2009 - Divulga instruções
Iris Rezende para as comunicações previstas nos artigos 12 e 13 da Cir-
Luiz Felipe Lampreia cular nº 3.461, de 24 de julho de 2009.
Pedro Malan Acesse o link a seguir e veja na íntegra:
Este texto não substitui o publicado no DOU de http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normati-
4.3.1998 vo.asp?tipo=c_circ&ano=2009&numero=3409

74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Circular nº 3461, de 2009 - Consolida as regras sobre Tipos de produtos e serviços


os procedimentos a serem adotados na prevenção e com- • Cartões
bate às atividades relacionadas com os crimes previstos na • Seguros
Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. • Previdência
Acesse o link a seguir e veja na íntegra: • Investimentos
http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normati- • Consórcios
vo.asp?tipo=circ&ano=2009&numero=3461
Diferenciais no atendimento e venda
Carta-Circular nº 3.542, de 2012 - Divulga relação de • Taxas diferenciadas
operações e situações que podem configurar indícios de • Agências especiais
ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de • Consultoria Financeira
março de 1998, passíveis de comunicação ao Conselho de • Brindes
Controle de Atividades Financeiras (Coaf). • Descontos em eventos
Acesse o link a seguir e veja na íntegra: • Aconselhamentos segmentados
http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normati-
Ao lidar com os seus clientes, deve-se observar e levar
vo.asp?tipo=c_circ&ano=2012&numero=3542
em considerações algumas informações, tais como:

Se o cliente for PJ (Pessoa Jurídica)


• Em que ramo atua
9 TÉCNICAS DE VENDAS: • Quanto tempo está no mercado
• Quantos empregados tem
9.1 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS:
• Possui filiais ou é franquia
PLANEJAMENTO, ESTRATÉGIAS, OBJETIVOS. • Qual é a capacidade de pagamento
9.2 ANÁLISE DO MERCADO, METAS. • Como é a sua imagem no mercado
9.3 TÉCNICAS DE VENDAS DE PRODUTOS E
SERVIÇOS FINANCEIROS O SETOR BANCÁRIO: Se o cliente for PF (Pessoa Física)
PLANEJAMENTO, TÉCNICAS; • Faixa etária
9.4 MOTIVAÇÃO PARA VENDAS; • Sexo
• Renda familiar
• Tipo de trabalho do cliente
• Qual o tamanho da sua família
Durante toda a história da humanidade podemos per- • Onde mora
ceber que no íntimo, na essência dos relacionamentos, está • Escolaridade
sempre um desejo de negociar.
Quando falamos do setor bancário é muito, falamos
TÉCNICAS DE VENDAS de um mercado extremamente competitivo, porém, todos
São fórmulas adotadas para desenvolver o processo com disponibilidade de serviços e produtos muito seme-
de negociação, de maneira que esse atenda o interesse, lhantes, fazendo com que o marketing de relacionamento
necessidade ou desejo do cliente e corresponda aos resul- seja o grande diferencial entre eles.
tados almejados no planejamento das vendas. Nesse contexto, podemos dividir a venda em três mo-
Alguns pressupostos dessas técnicas: mentos e, em cada um, identificar qual a melhor ferramen-
• Conhecimento do produto (características/funcio- ta e a mais indicada forma de se relacionar.
namento/garantia...)
 Pré-Venda
• Clientela (identificar perfil/nicho)
Na fase de pré-venda se desenvolve uma série de ati-
• Abordagem
vidades que auxiliarão a sequência do processo de venda.
• Descobrir o fato gerador da venda
Aqui devemos analisar:
• Comunicação 1. Quem são os clientes de maior potencial
• Fechamento da venda 2. Quais são as suas necessidades
• Acompanhamento 3. O que motiva a comprar?
4. Como é o seu comportamento de compra?
O setor bancário tem como característica a prestação 5. O que de fato ele deseja?
de serviço. É um setor de vital importância, tendo em vis- 6. Qual é a melhor forma de abordá-lo
ta o seu desempenho na economia nacional. Mas somen- 7. Existe algum concorrente atuando?
te pouco tempo atrás os bancos brasileiros colocaram os
clientes como centro das atenções na demarcação do foco A Pré-Venda inclui a etapa da Prospecção de Mercado:
de seus produtos e serviços. identificação da clientela sobre a qual compensa mais diri-
gir os esforços e recursos de vendas.

75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Formas de identificar novos clientes: • Organização: monte um script com anotações de-
Indicação dos atuais clientes talhadas sobre o cliente antes de visitá-lo
• aquisição de listagens • Pesquise
• cadastros de clientes • Elabore e estude antecipadamente objeções e so-
• visita porta a porta luções
• feiras e exposições • Crie quadros mentais de sucesso e visualize um
• anúncios bom negócio
• Treine com colegas através de dinâmicas
 Venda • Encontre sua própria estratégia de apresentação,
É o momento de apresentação e demonstração. mas pode seguir alguns modelos até identificar o próprio.
Durante a apresentação de vendas é importante des- Ex.: CVBA
cobrir os aspectos que mais motiva o cliente, levando-o a C – Característica: algo que esteja presente no
fechar o pedido ou contrato. produto. Ex.: Tamanho.
Entre esses aspectos estimuladores, podemos citar: V – Vantagem: a diferença que faz o produto ter ou
• Custo não a característica citada. Ex.: é portátil
• Serviço B – Benefício: o que representa para o comprador
• Resultado aquela vantagem, em que o afeta. Ex.: praticidade
• Tecnologia A – Atração: crie uma atração para o produto. Faça
• Segurança uma pergunta ao cliente fazendo-o concordar com o be-
• Meio ambiente, etc nefício. Ex.: O senhor concorda que é bem mais pratico na
nossa rotina maluca um produto mais fácil de se carregar e
 Pós-Venda mais seguro, por chamar menos atenção?
• Momento de cumprir o que foi prometido para o
cliente. Motivadores para a venda
• É o acompanhamento da venda. Um vendedor sem motivação perde o poder de per-
• Saber se o cliente está satisfeito com o produto/
suasão e não consegue mostrar para o cliente, com entu-
serviço.
siasmo, as vantagens e os benefícios que o seu produto
oferece.
Algumas técnicas que podem ser utilizadas:
O que move a empresa e seus colaboradores, não é
apenas o retorno financeiro. É preciso levar em conside-
• SOLICITAR
ração outros motivadores, tais como:
Uma venda só é fechada quando o cliente diz SIM.
 Objetivos
• OU...OU...
 Metas
Basta tu colocar duas opções para o cliente, seja qual
for a que ele escolher, estará dizendo SIM.  Desejos de progredir na carreira
• CHAVE DE BRAÇO  Ser empresa referência no mercado
Consiste em responder a pergunta do cliente com ou-  E também, os clientes, esses últimos precisam ser
tra pergunta, fazendo com que ele se comprometa com a motivação, razão pela qual tudo na empresa gira.
resposta que conduzirá ao SIM.
• ESTÓRIA INTIMIDANTE Análise do mercado, metas.
Mostre o que pode acontecer de ruim em caso de não
aquisição do produto. Falar de mercado e concorrência nos remete à uma fra-
• PROCESSO DE ELIMINAÇÃO se bem pertinente de Kotler (2000, p.181):
Consiste em induzir o cliente a dizer NÃO, quando o “O mais importante é prever para onde os clientes es-
não dele quer dizer SIM. tão indo e chegar lá primeiro.”
• PERGUNTANDO CERTO E VENDENDO MAIS Partamos do inicio, definindo mercado, e para isso va-
Descobrir as reais necessidades dos clientes é funda- mos ver algumas definições:
mental para conseguir vender mais e melhor. • Mercado é o arranjo de vendedores e potenciais
compradores e suas interações. A grosso modo, diz-se
Independente da técnica utilizada, é necessário estar mercado o conjunto que envolva consumidores, fornece-
atento a maneira como se faz a apresentação do produto dores e canais de distribuição.
e/ou serviço, para isso levamos algumas sugestões podem • É um local de venda de produtos.
ser úteis: • Segmento de pessoas, empresas ou área geográ-
fica onde estão os consumidores e prospects de uma em-
• Planejamento/preparo/conhecimento presa ou marca.
• Tenha um script memorizado para diminuir a ten- • São os consumidores reais e potenciais de um
são e a ansiedade produto/serviço.
• Vendas é uma ciência: pode ser estudada e absor- • Compradores que tem o potencial de comprar o
vida produto.

76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Estudamos o mercado com o intuito de obter infor- Ao analisarmos o mercado, precisamos também ficar
mações que auxiliem o enfrentamento das condições de atentos ao comportamento do consumidor, que é bastante
mercado, o processo decisório e a antecipação da evolução determinado pelos instintos, mas também condicionado
desse mercado. pelo ambiente e pelas interações sociais. Como principais
A análise do mercado pode ser feito através da com- fatores influenciadores temos:
preensão e avaliação apontada no modelo dos 7 O’s: • Culturais
• Quem constitui o Mercado? Ocupantes • Sociais
• O que o mercado compra? Objetos • Idade
• Por que o mercado compra? Objetivos (Motiva- • Condições Econômicas
ções) • Psicográficos
• Quem participa da compra? Organizações
• Como o mercado compra? Operações Temos também os fatores que compõe o processo típi-
• Quando o mercado compra? Ocasiões co de compra (KOTLER):
• Onde o compra? Outlets (PDV) • Reconhecimento do problema
• Busca de informações
Essa análise se faz através de pesquisa(estudo) de mer- • Avaliação de alternativas
cado, que deve conter • Decisão de compra
• Comportamento pós-compra
1.Descrição
Mostraaevoluçãodamarcadiantedomercado.Éimpor-
E ainda os níveis de envolvimento (YANAZE):
tanteverseomercadoestáemcrescimento,retração.
• Iniciador
• Influenciador
2.Dimensão
• Decisor
É necessário estimar o tamanho do mercado, ou seja, • Pagador
seu valor em moeda(pela quantidade de consumo físico). • Comprador
Por isso é preciso ver o quede fato é adquirido. • Usuário

3.Potencial Tipos de mercado:


São características do mercado que podem ser apro- • Monopólio puro
veitadas. É necessário identificar o potencial de crescimen- Há ausência de concorrência e existência de um
to do mercado, as possibilidades de retorno sobre o in- único fornecedor.
vestimento. E com isso decidir se compensa participar de
alguma oportunidade e em que nível seria recomendável • Oligopólio
participar . “O mercado potencial é o conjunto de consu- Empresas que se juntam e tem a grande concentração
midores que demonstram um nível de interesse suficiente de mercado.
para um oferta ao mercado.[...] Consumidores potenciais
devem possuir renda suficiente e devem ter acesso à ofer- • Concorrência monopolista
ta.” (KOTLER, 2000, p.141) Produtos do mesmo segmento, mas não são subs-
tituíveis. (ex: Coca e Guaraná)
4.Sazonalidade
Permite verificar quando se dá a concentração de venda • Concorrência perfeita
de um produto ou serviço. Existe uma oscilação de vendas Nenhuma empresa e nenhum consumidor têm poder
em qualquer segmento que é necessário reconhecer, para suficiente para influenciar o preço de mercado.
direcionar também a melhor gerencia do mix de marketing.
Falamos do comportamento do consumidor acima, e
5.Tendência esse cenário nos leva a analisar outro perfil, o do compor-
tamento de compra, com aspectos que podem ser:
Deve-se conhecer o ritmo das novidades e mudanças.
• Comportamento complexo: consumidor altamen-
Quando o mercado determina uma tendência, as em-
te envolvido na compra e consciente das diferenças signifi-
presas precisam adaptar-se rapidamente. Muitas vezes não
cativas entre as marcas;
há tempo, seja pelo tamanho da adaptação e tudo o que
• Comportamento de dissonância reduzida: consu-
isto implica, seja pela morosidade da empresa em tomar
midor envolvido, mas não vê grandes diferenças entre as
decisões e colocá-las em prática. marcas;
De qualquer maneira, o impacto da adaptação é enor- • Compra habitual: consumidor pouco envolvido e
me: queda nas ações, perda de marketshare, insatisfação pouca diferenciação;
do cliente; tudo isso tem efeito na satisfação do cliente que • Consumidor que busca variedade: baixo envolvi-
impacta a experiência da marca. mento, grande diferenciação entre marcas

77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Falar de mercado exige que falemos de concorrência e 1) Vendas


sua interferência. 2) Participação de mercado
Como definição de concorrência temos: 3) Margem de lucro
• Disputa ou rivalidade entre produtores, negocian- 4) Retorno sobre investimento
tes, industriais, etc. , pela oferta de mercadorias ou serviços 5) Fluxo de caixa
iguais ou semelhantes. 6) Novos investimentos
• Situação de um mercado em que os diferentes 7) Capacidade de produção
produtores/vendedores de um determinado bem ou ser- 8) Analisar market share, share of mind e participação
viço atuam de forma independente face aos compradores/ de preferência.
consumidores, com vista a alcançar um objetivo para o seu 9) Os padrões de reação dos concorrentes
negócio –lucros, vendas e/ou quota de mercado.  Concorrente Cauteloso
 Concorrente Seletivo
Para analisarmos a concorrência, devemos levantar al-  Concorrente Arrojado
guns questionamentos como vemos abaixo.  Concorrente Imprevisível

• O que precisamos saber sobre os concorrentes? Uma das ferramentas que se pode usar para analisar o
• Quem são nossos concorrentes? mercado e a concorrência é o SIC (Sistema de Inteligência
• Quais são suas estratégias? Competitiva), que é uma análise ambiental (economia, po-
• Quais são seus objetivos? lítica, tendências tecnológicas...)
• Quais são seus pontos fortes e fracos? É um processo que envolve a coleta, avaliação e
• Quais são seus padrões de reação? análise dos dados obtidos para que com base nesses
possa se chegar a processos decisórios mais acertados.
Tipos de concorrência O SIC possibilita a identificação de tendências e mu-
danças de mercado além de oportunidades e ameaças.
Concorrência de Marcas: uma empresa vê suas con- Outra ferramenta, que é uma ferramenta de marketing
correntes como outras empresas que oferecem produtos mas que podemos utilizar também na análise de mercado
e de concorrência é o Mapa Perceptual.
e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços
Ele mostra a participação no mercado de uma empresa
similares.
ou marca, comparando com os demais concorrentes. Ele
Concorrência setorial ou industrial: uma empresa vê to-
indica a maneira como as pessoas estruturam um mercado
das as empresas que fabricam o mesmo tipo de produto ou
e posicionam os produtos e não as posições que são dese-
classe de produto como suas concorrentes, um exemplo é
jáveis: um mapa perceptual é uma ferramenta de análise e
uma empresa de automóveis que não distingue o nível de
não uma estratégia.
qualificação dos produtos concorrentes;
Concorrência de forma: uma empresa vê todas as em-
Metas
presas fabricantes de produtos que oferecem o mesmo Cada vez mais as instituições oferecem produtos e
serviço como suas concorrentes, como exemplo a empresa serviços parecidos em qualidade e preço.
de automóveis passa a considerar concorrentes os fabri- Para atender aos clientes de maneira diferente esse
cantes de motocicletas, bicicletas e caminhões; meio acabou criando o seu próprio marketing, o qual co-
Concorrência genérica: uma empresa vê como suas nhecemos hoje como “marketing bancário”.
concorrentes todas as empresas que competem pelo di- O que diferencia o marketing bancário dos demais é a
nheiro dos mesmos consumidores, assim a empresa de forma como as instituições comercializam seus produtos
automóveis enxerga a concorrência como empresas que e como os clientes são atraídos para as agencias, fazendo
possam vender viagens ao exterior e residências. de uma simples venda uma interação humana entre ven-
dedor e comprador.
Identificação das estratégias dos concorrentes Outro fator responsável pelo marketing diferencial
“Quanto mais a estratégia de uma empresa parecer dos bancos é a imaterialidade de seus produtos. Imagine
com a de outras, mais elas concorrem entre si”.(KOTLER, vender um seguro de vida que pode ser a solução para
1998) muitos problemas no futuro sem mostrar algo concreto
A empresa deve coletar informações sobre cada con- aos olhos do cliente?
corrente e a partir da interpretação dessas, chegar as estra- É por meio do contato pessoal e também de recursos
tégias dos mesmos. físicos como decoração, arquitetura, layout, entre outros,
Aspectos que devemos analisar: que este serviço pode ser completado.
• Nível de sofisticação tecnológica Esta é a essência da particularidade do marketing
• Alcance geográfico bancário.
• Métodos de fabricação Outro aspecto muito relevante e positivo no marke-
• Qualidade do produto ou serviço ting bancário é a qualificação, treinamento preparo dos
• Avaliação de forças e fraquezas dos concorrentes colaboradores.
• Dados-chave dos concorrentes dos últimos anos:

78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Cada vez mais os bancos investem em novas tecnolo- Ademais, neste período, ocorreu uma série de fusões,
gias, treinamentos e profissionais altamente escolarizados incorporações e privatizações de bancos, além da permissi-
com o objetivo de aumentar o relacionamento com os vidade da entrada de bancos estrangeiros no Brasil (Vilhe-
clientes e vencer a concorrência. na & Sicsú, 2004).
Nesse aspecto surge outro termo importante nesse Netz (2005) transcreve, omitindo o nome do banco em
setor, o marketing de relacionamento, aquele que tornará questão, parte de uma pesquisa realizada pelo Sindicato
compradores e vendedores parceiros, componentes de dos Bancários de Porto Alegre, que demonstra as conse-
uma união de confiança. qüências desta reestruturação dos Bancos Brasileiros:
Um relacionamento a longo prazo pode se tornar uma O avanço tecnológico trouxe uma conseqüência per-
parceria que renderá ótimos frutos, resultado de uma ven- versa para os bancários [do Banco A]. Desde dezembro de
da efetuada de maneira correta, deixando o comprador 1990, até maio [1991], já aconteceram nove mil demissões.
satisfeito e principalmente atendendo suas necessidades. Na época, o banco tinha 56 mil funcionários, hoje tem 45
(GARCIA, 1998). mil.
Essa filosofia de marketing atua fortemente nas ins- A primeira fase da automação atingiu os caixas. A ra-
tituições bancárias, porem, nem todas as empresas que pidez dos saques e depósitos fez com que um grande nú-
aplicam esse conceito parecem atingir seus objetivos de mero destes bancários perdessem o emprego. O segundo
rentabilidade, a razão de ser do marketing. momento foram os caixas eletrônicos que levaram para a
rua boa parte dos clientes que queriam consultar saldo e
Metas e suas influencias sacar. A terceira fase, em implantação, vai atingir a reta-
Vivemos em tempo de novos desafios e em busca do guarda, os bancários responsáveis pelos serviços burocráti-
inalcançável. cos. Isto significa dizer que, se não tomarmos providências,
Assim é a vida profissional daqueles que correm con- mais demissões virão por ai.
tra o tempo com o objetivo de alcançar metas e resulta- Assim como não podemos ignorar as conquistas da
dos impostos pela empresa. automação, não podemos deixar de enfrentar o fato de
As metas podem causar algumas consequências in- que este avanço está prejudicando a categoria. Assim, o
desejáveis aos administradores de vendas, e isso também grande desafio para nós, bancários [do Banco A], e a cate-
acontece no ambiente bancário, onde as metas acabam, goria em geral, é fazer com que os benefícios resultantes
as vezes, influenciando diretamente na qualidade dos pro- da informatização se traduzam em melhores condições de
dutos e serviços vendidos. trabalho, sem demissões. (banco privado de capital nacio-
Muitas vezes o motivo maior de ser, o cliente, pagan- nal, citado por Netz, 2005, p. 4).
do por algo que não precisa. Esta reestruturação, portanto, modificou a forma de
trabalho do bancário. Merlo e Barbarini (2002) descrevem
que o bancário teve que se tornar melhor qualificado para
Motivação para vendas realizar as novas funções, tendo domínio das novas tec-
nologias, maior conhecimento sobre o mercado financei-
Há tempos que a profissão bancária reflete a idéia de ro, habilidade de relacionamento com os clientes e com a
atividades repetitivas e carga excessiva de trabalho, dispên- equipe de vendas, sabendo, inclusive, como lidar com tare-
dio de massivo esforço e tempo disponível. Em que pese fas não prescritas. Houve um aumento da carga de trabalho
as mudanças ocorridas ao longo do tempo, com o novo e das pressões para resultados, enquanto os treinamentos
sistema econômico e avanço tecnológico, os trabalhado- passaram a ser realizados fora do horário de expediente
res bancários ainda possuem elevados índices de doenças destes empregados, tornando-se responsabilidade deles e
ocupacionais. pré-requisitos para promoções e até mesmo manutenção
Na década de 80, o setor bancário era dependente da do emprego. Além disso, as atividades passaram a ser frag-
rentabilidade de títulos financeiros, que, além de possuí- mentadas, rotineiras e com altas taxas de rotatividade.
rem elevados custos operacionais, nem sempre seus prazos Com relação às doenças ocupacionais dos trabalhado-
eram cumpridos. res bancários, Nehme (2005) esclarece que esses casos vêm
Neste momento, a inflação permeava o sistema econô- aumentando nos bancos, tendo como principais causas: in-
mico da época, com uma tentativa de contenção por meio fraestrutura inadequada, aumento da carga de trabalho e
do congelamento de preços e salários, realizada pelo Plano pressão por resultados. Atualmente, observa-se nas agên-
Cruzado, colocando fim à correção monetária, reduzindo o cias bancárias reduzido número de empregados, filas e de-
lucro dos bancos (Netz, 2005). mora no atendimento.
O autor ressalta ainda que, a partir da estabilização da Portanto, o presente estudo se justifica no fato de
economia, ocorrida com o advento do Plano Real, em 1994, os trabalhadores bancários trabalharem em um contexto
foram adotadas várias medidas de redução de custos nos onde há uma deficiência de pessoal, excesso de trabalho e
Bancos, fechando várias agências, demitindo milhares de aumento das doenças ocupacionais, o que pode ser con-
trabalhadores bancários e investindo em tecnologias da seqüência de condições organizacionais desfavoráveis á
informação, automação das retaguardas e compra de com- execução de tarefas, o que pode influenciar, inclusive, na
putadores e softwares. motivação destes trabalhadores.

79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

O estudo da motivação destes trabalhadores torna-se tos acreditam existirem pessoas possuidoras de motivação
relevante, pois, a partir dele, é possível elaborar estratégias e outras que não a possuem. Essa idéia pode prejudicar
de melhoria dessa motivação, minimizando a possibilidade diversos empregados, fazendo muitos executivos, confor-
de doenças ocupacionais, além de aumentar o desempe- me explica o autor, rotularem funcionários desmotivados,
nho dos empregados. Empregados mais motivados pos- de preguiçosos, por exemplo.
suem um maior desempenho, e, com isso, torna-se mais Para evitar esse tipo de erro, faz-se necessário com-
fácil o alcance dos objetivos organizacionais. preender melhor o assunto. A palavra ‘motivação’ tem sua
origem etimológica no latim ‘movere’, significando mover,
Objetivo Geral: ou seja, relaciona-se com movimento. Diante disso, fica
 Identificar possíveis fatores de influência na mo- mais claro compreender a definição de Robbins (2002)
tivação dos trabalhadores bancários de ponto de venda e como sendo um processo responsável pela intensidade,
retaguarda no atual contexto. direção e persistência de esforços de uma pessoa para o
alcance de uma determinada meta, ou seja, dá uma idéia
Objetivos Específicos: de um conjunto de fatores que impulsionam um indivíduo
 Elaborar roteiro de entrevistas. em direção a determinado objetivo.
 Conduzir e analisar dados qualitativos. Chiavenato (2005) também utiliza as palavras intensi-
 Adaptar e aplicar o IMST (Inventário de Motivação dade, direção e persistência em seu conceito. Ele explica
e Significado do Trabalho). cada um desses itens, quais sejam: (a) Direção: está relacio-
 Verificar, dentre os fatores Auto-Expressão, Des- nado com o foco do objetivo. Deve-se direcionar esforço
gaste e Desumanização das para alcançar um objetivo, podendo ser um objetivo orga-
 Expectativas, Responsabilidade, Independência nizacional ou individual; (b) Intensidade: é o esforço utili-
Econômica, Segurança e Dignidade, Envolvimento e Reco- zado por uma pessoa na direção definida; (c) Persistência:
nhecimento, Condições Materiais de Trabalho, é o tempo em que a pessoa consegue manter o esforço.
 Desgaste e Desumanização das Instrumentalida- Quanto mais motivação, mais tendência de persistir até o
des, Recompensa e Independência alcance do objetivo.
 Econômica e Responsabilidade os que possuem Ademais, Chiavento (2005) esclarece que a motivação
maior média. resulta da interação da pessoa com a situação que a en-
 Verificar a Força Motivacional dos trabalhadores volve, podendo variar de pessoa para pessoa, ou mesmo
bancários. numa mesma pessoa, em diferentes momentos. O autor
O trabalho está dividido em quatro partes: Fundamen- fala ainda de três elementos embasadores das teorias de
tação Teórica, Resultados, Discussão, e Conclusão. Na pri- motivação. Esses elementos, segundo ele, envolvem a mo-
meira parte, há uma tentativa de conceituação do tema, tivação, sendo interagentes e interdependentes, a saber:
e, em seguida, um breve histórico sobre o estudo da mo-  Necessidades – Surgem a partir de uma carência
tivação no ambiente organizacional. Após, as teorias da interna, seja ela de origem fisiológica, como fome e sede,
motivação antigas e contemporâneas são revistas, sendo por exemplo, ou psicológica, como insegurança, solidão,
destacada a Teoria da Expectativa, que será a teoria utiliza- dentre outras. O organismo é caracterizado por um estado
da na elaboração do estudo, concluindo com as pesquisas de equilíbrio que, quando rompido, surge uma necessida-
mais recentes sobre motivação. Em seguida, é apresentada de, o que acontece com freqüência. Quando essa necessi-
a metodologia das pesquisas qualitativa e quantitativa rea- dade não é satisfeita, surge uma tensão estimulando o in-
lizadas. Após, os resultados obtidos demonstram os prin- divíduo, através de um impulso, na busca de redução dessa
cipais fatores que influenciam a motivação dos referidos necessidade.
trabalhadores, fazendo uma comparação entre os empre-  Impulsos – É por meio deles que as necessidades
gados de ponto de venda e retaguarda. E, por fim, há uma são aliviadas. O impulso provoca um comportamento em
conclusão de todo o trabalho realizado, demonstrando os busca da satisfação das necessidades, a fim de reduzir a
pontos principais a serem analisados para possibilitar uma tensão. Quanto maior a tensão, maior o esforço. Para al-
melhoria nas condições de trabalho, melhorando a moti- cançar um incentivo, surgem impulsos fisiológicos. Por
vação dos trabalhadores bancários e, consequentemente, exemplo, uma necessidade de alimento ou água pode ser
de seu desempenho e produtividade, com menores riscos transformada em fome ou sede, assim como a necessidade
de adoecimento. Nos anexos há o instrumento utilizado de se ter amigos tem impulso para afiliação.
para consulta, bem como o roteiro e a transcrição das en-  Incentivos – Localizados no fim do ciclo motivacio-
trevistas realizadas Inexiste um consenso acerca do con- nal, podem aliviar uma necessidade ou reduzir um impulso.
ceito de motivação. Em que pese a importância do tema, Ao alcançar um incentivo, restaura-se o estado de equilí-
vários autores não têm uma definição para ele, verifican- brio do indivíduo.
do-se diversas linhas/tentativas de conceituação. Robbins Também discorrem sobre o tema Godim e Silva (2004).
(2002) prefere explicar, inicialmente, o que não é motiva- Em sua tentativa de conceituação, esclarecem que motiva-
ção: segundo ele, motivação não é um traço pessoal. Mui- ção, além de estar relacionada com ‘tudo aquilo que pode

80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

fazer mover’, também está associada a outros conceitos,  Tentativas de estabelecer claras relações e fortes
como satisfação, desejo, energia, recompensas intrínsecas ligações entre esforço e desempenho, e entre desempenho
e extrínsecas, comprometimento, envolvimento, ajusta- e gratificações.
mento no trabalho, reforço, direção, necessidade, desenho  Rever a adequação de gratificações, priorizando o
de cargo, crenças, valores, metas, expectativa, criatividade, desempenho individual.
cultura, afeto e trabalho em equipes. Os autores afirmam Os resultados de alta valência para o indivíduo devem
que os conceitos que mais se destacam, dentre os citados ser utilizados como incentivo para a melhoria do desem-
anteriormente, são os de satisfação, envolvimento e com- penho.
prometimento. Apesar de eles estarem relacionados com
 Garantir que os subordinados tenham a com-
o tema motivação, cada um tem sua especificidade, sendo
preensão necessária, o conhecimento e a habilidade para
que a satisfação no trabalho está relacionada com o nível
atingir um alto nível de desempenho.
de contentamento das relações com a equipe de trabalho,
com o sistema de recompensas e remuneração e trabalho  Avaliar com atenção variáveis como políticas em-
realizado. O envolvimento, segundo ele, está relacionado presariais e procedimentos organizacionais, e prover vanta-
com o nível de identificação e de afinidade com o trabalho gens que, embora não sejam fatores motivacionais diretos,
realizado. Já o comprometimento organizacional, refere- podem ainda se refletir no desempenho.
se aos afetos relacionados à organização, ao trabalho ou  Minimizar resultados indesejáveis que podem ser
à carreira. percebidos a partir de um alto nível de desempenho, por
Já Bergamini (1986, citada por Bueno, 2002), explica exemplo, acidentes, sanções de colegas ou imposições de
que, quando a origem é interna, a motivação existe, porém metas mais rigorosas. Também minimizar os resultados in-
quando é externa, ocorre apenas um movimento em dire- desejáveis que acontecem apesar do alto nível de desem-
ção à satisfação. penho, tais como uma redução no pagamento do bônus
Isso devido ao fato de que, quando uma pessoa de- (Mullins, 2004, p. 185).
seja algo devido a uma recompensa ou para evitar uma Ainda em relação a desempenho, Herzberg (1982)
punição, o fator que influencia o movimento é externo, Mausner Snyderman (1959) citados por Borges e Alves-
pois essa pessoa não iria buscar esse objetivo, se não fosse Filho (2001) consideram que, sob a perspectiva da Teoria
a punição ou recompensa. Quando a pessoa deseja algo Bifatorial, as condições de trabalho e as recompensas eco-
por uma necessidade interior, segundo Bueno (2002) , ela nômicas, embora não gerem maior motivação nos empre-
possui vontade própria de alcance da meta, então existe a
gados, auxiliam na melhoria do desempenho.
motivação.
O alcance das metas organizacionais depende do de-
Para esse autor, quando o objetivo proposto é alcan-
çado, há um sentimento de estima e auto-realização, que sempenho dos empregados e, esse desempenho está rela-
predispõe o indivíduo a buscar objetivos mais ousados. cionado com sua motivação. Ao estudar a motivação dos
trabalhadores bancários, observa-se estar relacionada com
Relação entre Motivação e Desempenho as expectativas que possuem em relação à remuneração,
Acredita-se haver uma relação entre motivação e de- reconhecimento, condições de trabalho adequadas, estabi-
sempenho, no sentido de que a motivação pode melhorar lidade no emprego, dentre outras, as quais se apresentam
o desempenho, a produtividade, a eficiência na busca de elevadas no estudo realizado.
resultados. Entretanto, tais trabalhadores têm esperado, modera-
Fleury e cols (2002) falam, inclusive, que a motivação damente, que esse trabalho lhes proporcionem um sen-
pode servir como melhoria da saúde no trabalho e da sa- timento de desumanização e esgotamento, contribuindo
tisfação dos trabalhadores, o que também pode ser consi- para redução da Força Motivacional, mantendo-a mediana.
derado como relevante para o desempenho. Considerando que essa Força Motivacional é o fator im-
Godim e Silva (2004) esclarecem que a relação entre pulsionante do trabalhador na realização de suas tarefas,
motivação e desempenho ocorre de acordo com os diver- então quanto maior, melhor a eficiência e o desempenho.
sos fatores que servem como fonte de mediação no traba- Portanto, para aumentar a motivação desses empre-
lho. Dessa forma, para se compreender melhor essa rela- gados, sugere-se a promoção de ações visando a melhoria
ção, é necessário, primeiramente, identificar esses fatores.
das condições de trabalho, reduzindo a sensação de es-
A partir da análise da interação entre motivação e
gotamento, realizando tarefas rotineiras, com sobrecarga
desempenho e da identificação desses fatores, pode-se
de trabalho. Uma das ações indicadas é a contratação de
chegar a níveis relevantes de satisfação, qualidade e pro-
dutividade no trabalho. Ou seja, o alcance dos objetivos pessoas, além de realização de um estudo do dimensiona-
organizacionais depende de um desempenho satisfatório mento de pessoal das unidades, possibilitando uma ade-
nos níveis individual, grupal e organizacional. quação de cada agência às demandas apresentadas pelos
Em relação à teoria de motivação proposta para o estu- clientes.
do em questão, Teoria da Expectativa, Mullins (2004) desta- Com empregados suficientes na agência, reduz-se o
ca que o gerente da equipe deve levar em consideração os risco de erros operacionais geradores de inconformidade
seguintes fatores para melhorar a motivação e o desempe- com as normas da empresa, evitando que os empregados
nho de seus colaboradores: respondam pelos seus atos, mediante processos adminis-

81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

trativos, os quais muitas vezes resultam em multas pecu- zadas no próprio local de trabalho, ao final do expediente,
niárias, perda de função, advertências, podendo chegar até porém em locais reservados. Dessa forma, as respostas fo-
a demissão por justa causa. Isso sem contar o pagamento ram rápidas, pois os empregados precisavam concluir al-
de diferenças de caixa, que independem de processo admi- gumas atividades antes de cumprirem sua jornada diária
nistrativo, devendo ser acertadas em um prazo exíguo, sob de trabalho, não sendo possível explorar melhor o roteiro
pena de ônus ao empregado. de entrevista.
Ademais, uma quantidade de empregados adequada à Em pesquisas futuras, os bancários poderão ser entre-
necessidade de atendimento diminui a espera dos clientes, vistados fora de seu local de trabalho, com maior dispo-
evitando filas numerosas nos caixas ou dentro da agência, nibilidade, o que trará mais informações sobre o tema em
esperando atendimento. O excesso de clientes, além de apreço. Ademais, poderá ser estudada a motivação me-
prejudicar a imagem do banco, afeta o ambiente da agên- diante escalas baseadas em outras teorias da motivação,
cia, tornando-o mais quente e mais barulhento. a verificação de fatores de motivação intrínsecos, além da
A adequação do ambiente de trabalho, infraestrutura e comparação da Motivação com Significado, Comprometi-
equipamentos também se faz indispensável, considerando mento do Trabalho e Clima Organizacional, buscando no-
o sentimento desses trabalhadores de que cabe, em maior vas visões sobre as variáveis que influenciam o trabalhador
parte, à empresa prover essas condições. Por realizarem bancário no ambiente organizacional, assim, contribuindo,
atividades repetitivas, faz-se mister um mobiliário ergo- como essa pesquisa, para melhorias nas condições de tra-
balho e, consequentemente, na produtividade.
nomicamente adaptado que minimize o mal-estar desses
trabalhadores, afastando fatores prejudiciais à motivação e
Motivação nas vendas: premie resultados, motive,
reduzindo o risco de doenças ocupacionais. Um ambiente
venda mais, premie novamente e não pare de vender
agradável também auxilia, sobremaneira, os trabalhadores
Motivação nas vendas pode se tornar um ciclo virtuoso
a manterem-se motivados.
de bons resultados. Se você premia seus vendedores por
Outra possibilidade de aumento da motivação dos tra- venderem mais, eles vão ficar motivados, vender mais, ser
balhadores é a adoção de políticas de remuneração variá- premiados novamente e assim continuamente.
vel, com promoções por merecimento e/ou gratificações É claro que às vezes a conjuntura econômica ou pro-
proporcionais ao desempenho individual. Para isso, suge- blemas internos, como falta de estoque ou capacidade de
re-se a participação dos empregados no estabelecimento entrega de um serviço; ou até problemas com o cliente,
de metas da organização, levando em consideração o ca- que cancela a compra ou não paga em dia, podem inter-
ráter social do banco, que, além da competição com outras romper esse ciclo.
instituições financeiras na venda de produtos e serviços, Mas é importante que o gestor e o empreendedor sai-
trabalha atendendo a população com bolsas sociais, pa- bam fazer com que os integrantes de sua força de vendas
gamento de PIS, FGTS, políticas de habitação, entre outros. percebam que você notou que esta interrupção não foi
Por outro lado, a motivação dos trabalhadores do banco uma falha ou desatenção deles, mas uma questão momen-
estudado pode ter sido diminuída não somente por fatores tânea.
de desgaste e desumanização presentes na organização. É claro que se sua empresa contar com um bom sis-
Por tratar-se de empresa pública, sendo necessário o in- tema de auxílio e controle de vendas, como um CRM, será
gresso por meio de realização de concurso público, muitos muito mais fácil de avaliar a performance de seus vendedo-
desses trabalhadores podem ter tido, como motivação ini- res, além de poder escolher outros critérios de premiação
cial, o ingresso em uma organização pública, não estando e motivação nas vendas. Baixe nosso KIT para sucesso no
preocupados com a função que iriam exercer. Dessa forma, CRM, com e-book, diversos artigos, vídeo inspiracional e
ao executarem tarefas para as quais não estava preparados até uma apresentação para sua equipe.
ou dispostos a realizar, podem ficar menos motivados. Premiar, dar o exemplo e inspirar para motivar vendas!
Para avaliar isto, cabe a realização de estudos sobre os
fatores internos que influenciam na motivação desses tra- Como transformar a motivação nas vendas em um
balhadores ciclo constante
O presente estudo possui limitações, devido ao tama-
Usualmente as equipes de vendas são recompensadas
nho da amostra e ao tempo de realização das entrevistas.
com comissões, prêmios por atingir metas (mensais, tri-
Para resposta ao inventário utilizado, IMST, foram conta-
mestrais ou semestrais, dependendo da empresa) e bônus
tados aproximadamente 300 trabalhadores bancários da
anuais. Muitos dos especialistas em motivação para vendas
instituição, através de correio eletrônico e visita às agên-
revelam que a recompensa monetária é, realmente, muito
cias, porém apenas 50 pessoas responderam até o prazo importante e uma das mais efetivas. Mas nesta postagem
final à elaboração dos resultados da pesquisa. No tocante queremos ir além daquilo que, possivelmente, você já sabe:
ao tempo das entrevistas, este foi curto, devido à falta de dinheiro é um excelente motivador!
disponibilidade desses trabalhadores para responderem a Por isso, selecionamos algumas formas menos usuais
entrevistas, considerando a quantidade de atividades que de motivação nas vendas, para que você possa também
realizam durante o expediente. As entrevistas foram reali- surpreender sua equipe.

82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Existe inclusive um tipo de vendedor, geralmente de podem ser treinamentos de capacitação em vendas, ainda
alta performance, que acaba incorporando comissões e mais motivadores porque vão auxiliar os colaboradores em
bônus em sua remuneração esperada, pois sabe que sem- suas carreiras e vida profissional, principalmente, se ofere-
pre atingirá esse patamar mínimo. Ele fecha suas metas cerem certificados e forem ministrados por instituições ou
antes do final do mês e “tira o pé do acelerador”. Ao criar palestrantes reconhecidos pelo mercado.
outras formas de motivação nas vendas, esse vendedor de
alta performance pode vender ainda mais! 4. Premiações diferenciadas
Já pensou em premiar seus vendedores com uma via-
1. Reconhecimento gem de navio com direito a levar acompanhante ou ele-
Reconhecer a performance do funcionário em uma trodomésticos “desejados”, como TVs de última geração,
conversa pessoal já é uma ótima ideia. Fazer isso em públi- tablets e smartphones? Esse é o tipo de prêmio comple-
co pode ser complicado e trazer uma reação de “ciúmes” mentar ao monetário que leva o time a correr atrás do
de outros vendedores, mas isso não pode impedir você de resultado e você pode entregar junto com o diploma ou
fazer elogios a quem merece recebê-los. troféu durante a convenção de vendas.
Outra dica é aproveitar recursos da empresa disponibi-
Defina critérios objetivos para então fazer o reconhe-
lizados aos vendedores e escolher os de melhor desempe-
cimento.
nho para receber um modelo melhor. Por exemplo: se seus
Uma maneira de contornar esta situação é definir cri-
vendedores recebem carro da empresa para fazer visitas,
térios objetivos para entregar diplomas, pequenos troféus
os melhores podem ter um modelo mais bacana que o dos
e placas (nada muito espalhafatoso, hoje se usa muito acrí- outros; se recebem celular da empresa, alguns vendedores
lico para isso, no lugar de metais) e até pins e broches, de alta performance podem receber também um tablet.
quando são equipes grandes e competitivas. A premiação adequada pode fazer toda diferença nas
Mas fique atento: em um primeiro momento todos vendas
gostam de receber diplomas e pins, mas se isso não for
acompanhado de uma recompensa monetária, pode virar 5. Promoções e carreira em Y
motivo de piada. Concilie as duas premiações para a moti- Para terminar uma importante dica de motivação para
vação nas vendas. vendas: alguns vendedores são excelentes em campo e
vendem muito, mas não têm perfil de liderança, o que im-
2. Comemorações, festa de final de ano e conven- pede que sejam promovidos para coordenadores, gerentes
ções ou diretores.
Aqui podemos falar em dois tipos de comemora- Nesse caso, promova a carreira em Y, isto é, o profis-
ções. Uma mais pontual e simples, em que você reúne toda sional é promovido não para liderar equipes, mas para um
equipe em um restaurante (ou mesmo os convida para nível superior de vendedor, com salário melhor e um nome
uma visita ao teatro/outro local que seja do interesse de diferenciado, como Consultor Sênior de Vendas. Caso con-
todos) para celebrar um resultado do grupo referente à trário, você vai perder um vendedor de alta performance
uma ação pontual, promoção ou atingimento de uma meta para a concorrência. Aproveite para empregar seu talento
muito além da esperada. Isso ajuda a construir um clima de como mentor de outros vendedores e coach para ministrar
entrosamento e vontade de superar resultados. treinamentos.
Outra comemoração muito usada e que pode agregar
outras ações importantes de um gestor de vendas é o in-
vestimento em convenções. Em uma convenção são apre-
sentados os objetivos para o ano seguinte, quais recursos
que a empresa disponibilizará para auxiliar a equipe a ven-
der mais (campanhas de publicidade, materiais, softwares
de CRM e gestão, treinamentos etc.) e os resultados do ano
que está terminando.
Ao integrar a comemoração com a convenção de ven-
das e a festa de final de ano, além de economizar no custo
dos eventos, você pode aproveitar para entregar os diplo-
mas e troféus que citamos no item anterior de uma forma
muito mais integrada ao contexto.

3. Treinamentos
Esse é outro ponto importante, que une o útil ao agra-
dável e motiva as vendas da equipe. Os treinamentos po-
dem ser técnicos, para que os vendedores conheçam os
detalhes dos produtos e serviços que oferecem aos clientes
e, assim, consigam vender com mais propriedade; ou eles

83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

9.5 PRODUTO, PREÇO, PRAÇA, PROMOÇÃO

Quando falamos em vendas, em mercado, precisamos nos ater ao mix de marketing que gira esse processo. Estamos
falando do tão conhecido 4 P´s.

PRODUTO
Tudo aquilo que possa ser oferecido e que atenda a necessidade ou interesse de um mercado. Aqui entra não só bens
ou serviços, mas a marca, embalagens, ideias, locais, enfim, tudo aquilo que possa gerar desejo ou ser necessário para al-
guém, ou seja, é a somatória e atributos, funções e benefícios que os clientes compram.
Níveis observados na criação do produto
- Produto básico – aquele que o consumidor compra, definindo os benefícios básicos.
- Produto real ou esperado – apresenta algumas particularidades como: nível de qualidade, características, design,
marca e embalagem.
- Produto ampliado – serviços e benefícios adicionais.
- Produto potencial – ampliações e modificações que esses produtos possam sofrer no futuro

PREÇO
É o volume de dinheiro cobrado para a aquisição ou direito de uso de um produto e/ou serviço. Esse preço deve
ser elevado o suficiente para proporcionar lucro a quem o oferece, mas não tão elevado a ponto de não despertar
o interesse em alguém de pagá-lo.
O preço exerce algumas funções:
1. Em a negociação ocorrendo, quanto os consumidores comprarão?
2. Essa negociação gerará lucro?
3. Existe flexibilidade nesse preço, a ponto de gerar mudança no comportamento dos negócios?
4. O preço é quem gera a demanda, e não o contrário. (preço baixo/demanda alta)

PRAÇA
Aqui abordamos a questão da distribuição desse produto ou serviço, ou seja, a estratégia de MKT deverá atentar aos
cuidados no momento de disponibilizar esse produto.
É necessário que esse produto esteja disponibilizado de maneira que o cliente o encontre facilmente, que esse
acesso seja facilitado, podendo efetivar a negociação com agilidade e no momento em que desejar ou precisar.
Essa distribuição pode ser direta ou indireta, de acordo com o produto ou serviço.

84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

PROMOÇÃO
Primeiramente devemos distinguir Propaganda de Marketing.
A Propaganda é uma das ferramentas que o MKT utiliza para projetar o produto/serviço.
O MKT utiliza de ferramentas diversas nessa projeção, conforme características peculiares ao momento, ao interesse, ao
produto e/ou serviço, enfim, conforme o objetivo.
Ferramentas da Promoção
1. Propaganda – através dela os clientes são informados sobre os produtos e/ou serviços, além de passar informações sobre
a empresa, instigando a necessidade ou desejo de comprá-los.
2. Promoção de Vendas – é uma ferramenta que comunica, atrai, incentiva, convida à negociação.
3. Relações Públicas – são apelos que mostram o histórico da empresa, além dos produtos que desenvolvem, além de ações sociais.

9.6 VANTAGEM COMPETITIVA

Vamos analisar o conceito vantagem competitiva a partir da visão de Michael Porter, visto que foi ele quem desenvolveu esse
conceito.
A vantagem competitiva surge do valor que uma determinada empresa consegue criar para os Seus clientes e que ultrapassa
os custos de produção.
A busca dessa vantagem está essencialmente na forma de como lidar com a competição. Na luta por participação no merca-
do, a competição é percebida em toda a cadeia de relações da empresa e não apenas em relação aos concorrentes.
Nesse sentido, surgiu o conceito CINCO FORÇAS (teoria defendida por Porter), que regem a competição em um setor.

As cinco forças que regem a competição são:


• Clientes – o poder de barganha do cliente interfere no equilíbrio entre esses e o mercado.
• Fornecedores – seu poder de barganha pode alterar o mercado ao aumentarem os preços ou diminuírem a qualidade
do produto ou serviço.
• Novos participantes em potencial – são aqueles que trazem novas capacidades e chegam com desejo de ganhar parti-
cipação no mercado.
• Produtos substitutos - não somente limitam os lucros, mas também reduzem a prosperidade pretendida de um setor.
• Rivalidade entre os concorrentes – trata-se do uso de táticas de competição de preços, lançamento de produtos e pro-
paganda.

Uma vez analisadas as forças que afetam a competição em um setor e suas causas básicas, a empresa tem a oportunidade
de identificar as condições dentro de uma estratégia.

Para isso, podemos utilizar a técnica FOFA.

85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Essa análise proporciona uma eficácia operacional, que compreensão de possibilidades serem operacionalizadas e
permite a contribuição de melhores práticas, redução de cus- sustentadas por tais recursos (Teoria defendida por Praha-
tos, determinando-se o que fazer e, principalmente, o que lad & Hamel / Krog & Ross)
não fazer. • As vantagens competitivas partem da hipótese de
Na cadeia de valor empresarial, o custo e a qualidade dos que os recursos empresariais que as gerarão devem ser he-
produtos são responsáveis pelas vantagens competitivas que a terogêneos e imóveis, além de apresentar atributos como se-
organização dispõe, sendo estas para os setores do mercado, a rem valiosos, raros, de difícil imitação e insubstituíveis. (Teoria
razão pela qual os clientes escolhem a sua marca, seu produto defendida por Dosi & Coriat)
ou serviço, sua oferta, e não a de seu concorrente, sendo essa • O sucesso competitivo requer a união de múltiplas
vantagem única ou melhor do que a ofertado por eles. capacidades como: inovação, produtividade, qualidade, res-
Vale ressaltar que a vantagem competitiva é sempre re- posta a cliente, sendo que os centros estratégicos combinam
lativa. capacidade especializada e integração em larga escala. (Teoria
Seja qual for a vantagem apresentada por sua empresa, a defendida por Lorenzoni G. / Baden Fuller)
partir do momento que um concorrente apresentá-la na mes- • Em países emergentes, um impulsionador dinâmico
ma proporção, essa deixará de ser vantagem e passará a ser da Vantagem Competitiva é a estratégia entre os setores pú-
obrigação. blico e privado. (Faria e Imasato)
• E ainda, por Mintzbert, valores gerenciais da organi-
Características das vantagens competitivas zação e sua responsabilidade social, além das forças políticas
1. A vantagem competitiva precisa ter valor para os clien- internas e o impacto das ações do governo no ambiente de
tes. Não basta ser diferente ou único, essa diferença ou uni- atuação da empresa.
cidade precisa ser desejada, buscada, almejada pelos seus
clientes. Uma vantagem competitiva que não agregue valor
para os clientes, que eles não tenham interesse, não é vanta-
gem competitiva, é desperdício! 9.7 - COMO LIDAR COM A CONCORRÊNCIA;
2. A vantagem competitiva não pode ter outras vantagens
competitivas substitutas disponíveis prontamente aos con-
correntes. Se os concorrentes não podem copiar a vantagem
competitiva, mas podem substituí-la, então o impacto dessa De acordo com o décimo segundo Relatório Mundial so-
vantagem é neutralizado. bre Bancos de Varejo (World Retail Banking Report – WRBR),
3. A empresa precisa ter os recursos e a capacidade para ameaçam o setor o crescente número de clientes que dese-
fornecer a vantagem competitiva para os clientes de forma jam trocar de instituição e os novos concorrentes não bancá-
constante e consistente. Se a empresa não possui os recursos, rios, como redes de varejo renomadas, empresas de tecnolo-
ou não tem algumas capacidades necessárias, a vantagem gia financeira, sites de financiamento coletivo (crowdfunding),
competitiva terá vida curta. Fará com que a empresa invista e empréstimos peer-to-peer, provedores de serviço de Internet
perca os recursos na tentativa de desenvolver essa vantagem e sistemas de pagamento baseados em NFC da Apple.
competitiva. A análise aponta, ainda, que o nível de melhoria da expe-
4. A vantagem competitiva precisa ser sustentável. Se a riência dos clientes dos bancos de varejo permanece inaltera-
vantagem competitiva não puder ser sustentada ao longo do do, comparado com o ano anterior, com queda de menos de
tempo, se ela puder facilmente ser copiada pela concorrência, 1%, o que desafia os bancos a incrementarem suas receitas.
então a vantagem competitiva não dura e a empresa não ob- Com essas conclusões, o relatório alerta que os bancos de
tém vantagens no seu mercado de atuação. varejo precisam investir na melhoria da experiência do usuá-
rio, principalmente no middle e back-office², investimentos
Quatro passos devem ser praticados de forma contínua que quase sempre foram ignorados e são essenciais para o
para quem trabalha com essas vantagens: fornecimento de serviços digitais mais atraentes, com pro-
• 1. Fique de olho na concorrência cessamento mais rápido e redução dos erros. O declínio na
• 2. Faça a diferença (copiar X inovar e revolucionar) experiência do cliente constatado globalmente também foi
• 3. Quem não é visto não é lembrado. detectado nos resultados do Brasil. O País apresentou uma
• 4. Cumpra o prometido queda de 1% no Índice de Experiência do Cliente em 2015,
em comparação com os resultados de 2013, e um aumento
Outro aspecto a analisarmos são os 5 R´s das Vantagens marginal de apenas 0.6 % no número de experiências positi-
Competitivas vas em 2015, em comparação a 2014.
• Relevância
• Reconhecimento Mudanças problemáticas no comportamento dos clientes
• Receptividade Além de apontar uma deterioração no nível de experiên-
• Responsividade cia, o WRBR revelou que grande parte da clientela está mais
• Relacionamento propensa a trocar o seu banco principal³ (principalmente a
composta pela Geração Y), enquanto o desejo de fazer reco-
Posturas contrárias à Porter mendações ou comprar produtos adicionais está caindo de
A empresa deve basear-se nos recursos físicos, finan- forma significativa. A porcentagem de clientes que devem
ceiros, intangíveis, organizacionais e humanos, onde a trocar seu banco principal nos próximos seis meses aumen-
definição das estratégias competitivas deve partir de uma tou para dois dígitos em todas as regiões, exceto na Europa

86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Ocidental. No Brasil, a pesquisa mostra que a probabilida- concorrência de instituições não bancárias. Os investimen-
de de permanecer com o banco principal diminuiu 20.9%, e a tos feitos com esta finalidade no front-office ajudaram os
de adquirir outro produto caiu 8.8%, na edição 2015. bancos a expandir seus serviços e produtos, mas a transfor-
Globalmente, menos de 50% dos correntistas da Geração mação do middle e do back-office, comprometida pela falta
Y devem continuar usando seu banco principal nos próximos de investimentos, será essencial para corrigir as discrepâncias
seis meses. A América Latina registrou que 17% de seus clien- e melhorar as taxas de fidelidade em longo prazo”, afirma.
tes pretendem trocar de banco. Este comportamento pode Para superar esses desafios, os bancos precisam desen-
ser justificado pelo aumento da concorrência com instituições volver um mapa que delineie uma abordagem gradual para
não bancárias, a entrada de novas empresas no setor bancá- realizar a transformação digital, que abranja digitalização,
rio, que oferecem produtos digitais atraentes, e a facilidade simplificação, agilidade e análise de dados. A simplificação
logística da troca de bancos. Esse resultado também pode ser aumenta a agilidade, por meio da redução dos múltiplos sis-
visto nos números do Brasil: 19.3% estão propensos a deixar temas, possibilitando o lançamento de produtos no mercado
seu banco principal em 2015; em 2014, essa taxa era de 3.7%. mais rapidamente. A análise de dados contribui para a capta-
Outro fator preocupante para os bancos é em relação aos ção, gestão e criação de insights sobre os dados dos clientes
entrevistados que disseram que não recomendarão ou não de forma eficaz.
comprarão serviços adicionais de seu banco principal. O nú- O plano para a conquista da maturidade digital com-
mero dos que dizem não ter a intenção de recomendar seus pleta deve priorizar o middle e o back-office, já que a maior
bancos cresceu mais de 9.5 pontos percentuais em algumas parte da insatisfação dos clientes com o front-office decorre
regiões, enquanto o dos que dizem que não comprariam um de problemas nestes setores, levando ao aumento dos ní-
segundo produto dos mesmos bancos aumentou 25 pontos veis negativos de experiência dos clientes. “Com um plano
percentuais na Europa Ocidental. A América Latina foi a região bem estruturado e metódico para a transformação digital,
que registrou o menor número de clientes que afirmaram que os bancos podem começar a melhorar a experiência de seus
não recomendarão ou não comprarão serviços adicionais de clientes e sua posição para competir com os concorrentes
seu banco principal. mais ágeis, não tradicionais”, disse secretário- geral da Efma,
Os bancos também parecem não estar conseguindo fa- Patrick Desmarès. 
zer com que os correntistas troquem a agência por outros
canais mais econômicos. Apesar do aumento significativo das
O Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo
taxas de uso da Internet e canais móveis, o impacto no uso
O Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo 2015 se ba-
das agências foi mínimo, apresentando aumento modesto na
seia em informações adquiridas em 32 mercados, Incluindo
América do Norte e na Europa, em 2014, com leve queda na
o seu Índice de Experiência do Cliente anual, apresenta os
América Latina e pouquíssima queda na região da Ásia-Pací-
resultados da pesquisa Voice of the Customer, que contém
fico.
dados globais de mais de 16.000 clientes de bancos de varejo
O palco está montado para concorrentes não bancários e entrevistas com executivos de seis regiões.  Foram analisa-
se posicionarem dos oitenta pontos de contato com o cliente para apresentar
Todos esses fatores dão às instituições não bancárias a uma análise dos fatores mais importantes para os clientes
chance de afastar os clientes de seus bancos principais. As bancários, medidos em toda a sua jornada bancária.4
empresas de Internet e tecnologia, em especial, com seus
produtos simples, ágeis e intuitivos e independentes de siste- Bancos x fintechs ou bancos & fintechs?
mas legados são os principais concorrentes, sendo que 83% A pressão pela concorrência entre os bancos, associada
dos executivos das instituições consideram que o nível de ao fenômeno das fintechs, tem obrigado as instituições fi-
conforto dos clientes com essas entidades é o mesmo que o nanceiras a buscar diferenciar-se por meio da Experiência do
oferecido pelas agências. Até o momento, algumas empresas Cliente. A concorrência com as fintechs exige cada vez mais
conquistaram uma presença significativa na área de paga- urgência dos bancos, avalia Richard Hechenbichler, diretor de
mentos e cartões de crédito, principalmente na América do experiência digital & inovação da consultoria Capgemini no
Norte e Europa Ocidental. Brasil. A empresa analisou pela primeira vez o comportamen-
to dos consumidores no uso dessas empresas, em relatório
Middle-office e back-office precisam de atenção mundial de 2016 (veja quadro ao final da matéria).
Os executivos do setor bancário não hesitaram em inves- Sete em cada dez brasileiros clientes de bancos entrevis-
tir no front-office, sendo que quase 93% citaram a experiência tados (74%) já usam produtos financeiros ou serviços prove-
dos clientes como o principal propulsor de seus investimen- nientes de fintechs. Entre os entrevistados, 69% dizem que
tos. No entanto, a falta de investimento no middle e back-of- indicariam essas empresas aos conhecidos, enquanto 48%
fice ofuscou esses investimentos no front-office, devido à len- recomendariam os serviços de seu banco.
tidão no processamento, erros e exceções que comprometem Os índices no Brasil estão acima da média mundial cons-
o atendimento ao cliente. tatada no relatório, em que foram consultados 16 mil clientes
“Clientes desapontados, assim como a agilidade e inova- em 32 países. Quase dois terços deles (63%) afirmam usar
ção dos concorrentes não bancários, estão deixando a por- produtos de fintechs e 55% indicariam seus serviços ante
ta aberta para a conquista dessa participação de mercado”, 38% que recomendariam os de bancos.
comenta Jean Lassignardie, diretor de Vendas e Marketing
da Capgemini Global Financial Services. “Melhorar a expe- 4 Fonte:www.capgemini.com
riência dos clientes é a melhor estratégia para bloquear a

87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Nuno Lopes, da Accenture, diz que bancos têm preocupação crescente em desenvolver uma boa experiência do usuá-
rio, mas quase sempre com foco em produtos, canais ou processos
Os bancos aprimoraram a experiência de seus clientes em relação ao que foi constatado no relatório de 2015, segundo
o Índice de Experiência do Cliente. Na média mundial, houve melhora em 2,9 pontos em 85% dos países pesquisados. No
Brasil, o acréscimo foi ainda maior – de 4,2 pontos.
“O que está em jogo no momento é a oportunidade que os bancos têm em criar experiências cada vez melhores e tão
boas quanto àquelas que seus clientes têm quando interagem, no dia a dia, com serviços de outras naturezas por meio de
dispositivos móveis”, diz Hechenbichler.
Transformações também ocorrem na parte física - parte das agências deixa de ter serviços só operacionais (caixas) e se
torna um espaço como um café – e na forma de oferecer serviços - por meio do Messenger do Facebook, SMS ou What-
sApp.

Bancos x Fintechs

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

Experiência dos clientes com seus bancos

Fonte: Relatório Mundial sobre Bancos de Varejo de 2016, da consultoria Capgemini e da Efma (www.worldretailban-
kingreport.com e www.efma.com/WRBR2016)

Apesar dos avanços no setor, ainda falta maior integração e foco no cliente. É o que pensa Nuno Lopes, diretor-execu-
tivo de serviços financeiros da Accenture: “Temos visto uma preocupação crescente dos bancos em desenvolver uma boa
experiência do usuário, mas quase sempre com foco em produtos, canais ou processos. A experiência ainda é muito desin-
tegrada e inclusive inconsistente. Pode ser excelente no mobile banking e terrível na agência, além do fato de algo que o
cliente faz num canal não ser visível em outro.”
A UX está em diferentes estágios em cada banco, dentro e fora do país. No estágio primário é tratada como um proble-
ma de usabilidade. No intermediário, considera-se o modo como o produto serve ao usuário. No mais avançado, trata-se
de como o banco serve à vida do usuário.
Exemplos dessa “maturidade bancária” existem em várias regiões do mundo. Na Austrália, parcerias entre bancos e
fintechs rendem bons serviços. Ao caminhar por uma rua, um usuário que procura um imóvel (e tem um app do Common
Wealth Bank) pode apontar a câmera do celular para uma casa à venda e receber informações da planta, ofertas na região
até simular um crédito imobiliário.
Para Fernanda Benhami, gerente de customer intelligence do SAS América Latina, os bancos ainda se preocupam
demais com usabilidade dos canais e dão menos atenção à fase de inteligência analítica das informações coletadas dos
clientes.
“Até pela origem dessas instituições, vindas de um mundo mais tradicional, há uma preocupação em fazer com que o
usuário migre para o mobile, aprenda a usar o app e só depois avalie os dados da experiência do consumidor”, afirma a
executiva.
Ao deixar de ir à agência e migrar para o digital, as questões que devem ser repensadas com prioridade, segundo ela,
são as relativas ao que é mais adequado a esse cliente sem depender, como antes, de um gerente.
“O que pensa na hora de contratar um serviço? O mobile app é que tem de ser legal? A fila que não vai pegar na agên-
cia ou no ATM é o que importa? Ou a velocidade que fará numa transação na web?”, questiona. “Quem não entender o que
ele quer e não tiver uma oferta pronta em tempo real vai perder o cliente.”
Cassius Schymura, diretor de canais do Santander, concorda: a empresa tem de agir antes do pedido do cliente. “Trata-
se de uma antecipação de etapas. Por isso, os bancos têm cada vez mais se utilizado das novidades de startups e fintechs,
que, unidas ao expertise que temos do mercado financeiro, podem melhorar a relação e a oferta de produtos”, diz. “Nem
sempre a UX tem que ser revolucionária; muitas vezes, pequenos detalhes mudam a experiência do cliente.”
Para o Banco do Brasil, uma das vantagens das parcerias é que a agilidade da estrutura das fintechs permite adequar os
produtos à realidade. “Enxergamos as fintechs como parceiras e não como concorrentes”, diz Roberto Zorrón, gerente-exe-
cutivo da diretoria de tecnologia do BB.
“Trabalhar em conjunto significa encontrar alternativas mais rapidamente”, diz Antranik Haroutiounian, superintenden-
te-executivo de canais digitais do Bradesco. “Não há uma fórmula pronta nessa parceria; varia em cada produto.” Há dois
anos, o banco criou o InovaBra, programa de inovação aberta, para acelerar projetos de startups com soluções para o setor
financeiro.5

5 http://www.ciab.org.br

89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

9.8 - NOÇÕES DE IMATERIALIDADE OU 9.9 - MANEJO DE CARTEIRA DE PESSOA FÍSICA


INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE E E DE PESSOA JURÍDICA.
VARIABILIDADE DOS PRODUTOS BANCÁRIOS.

É de extrema importância que as instituições man-


Intangibilidade: Quando falamos em algo intangível, tenham o foco nos clientes levando em consideração
nos referimos a algo que não conseguimos perceber fisi- aqueles que geram mais rentabilidade e ao mesmo
camente, ou seja, não vemos, não pegamos, não sentimos. tempo, tenham um controle dos riscos aos quais os ne-
Essa característica deixa o indivíduo fora de sua zona de gócios financeiros estão sujeitos, por isso, o controle
conforto, isto porque ele adquire algo que não pode de da carteira de clientes é fundamental para o monitora-
pronto perceber, a subjetividade desses serviços gera uma mento desses clientes, da evolução dessas negociações,
insegurança ao cliente quanto à qualidade daquele servi- de forma que as instituições possam identificar tanto
ço. Diante disso, as instituições devem estar atentas àquilo as oportunidades de gerar mais negócios com maior lu-
que o cliente no momento da prestação do serviço pode cratividade e também se prevenir dos riscos, ajustando
usar de referência em suas avaliações, como por exemplo, linhas de crédito, oferecendo produtos que melhor se
a estrutura do lugar, a agilidade do serviço, a qualidade encaixem na necessidade e situação financeira daquele
no atendimento, a presteza nas informações prestadas, os cliente, e também administrar melhor seu departamen-
canais de comunicação, custo dos serviços, enfim, todos os to de cobrança.
meios que na avaliação do cliente o deixe mais tranquilo e
positivo quanto a aquisição do serviço. PESSOA FÍSICA
• Crédito Pessoa Física – como reflexo de ações com
Inseparabilidade: Quando falamos em serviços, fala- foco nos clientes, novo reposicionamento estratégico, na
mos de algo que seu consumo ocorre ao mesmo tempo em sustentabilidade dos negócios, o BB consolidou a lideran-
que é produzido, ou seja, não é possível separar o serviço ça, dando continuidade ao Programa de Transformação do
de quem o presta ou realiza, um é inerente ao outro. Essa Varejo, que contempla ações estratégicas como a rentabi-
é razão pela qual falamos em interação entre vendedor e lização da base de clientes, com base no atendimento de
cliente, porque ambos afetam diretamente o resultado do excelência, conhecimento do cliente e aumento da oferta
processo. Diante disso, vale destacar a importância da pre- de conveniência adequada aos canais de atendimento.
paração tanto técnica quanto comportamental dos profis- • Crédito consignado – o foco em linhas de menor
sionais que desenvolverão esse tipo de serviço, afinal, seu risco e a estratégia de qualificação da base de clientes for-
desempenho está intimamente ligado à qualidade e eficá- taleceu o crescimento dessa modalidade, permitindo a li-
cia final do processo de venda de serviços. derança do BB no segmento.
• Veículos – mais uma modalidade que obtém cres-
Variabilidade: Aqui nos referimos à dificuldade exis- cimento no BB, que investe em medidas que visem pre-
tente nas instituições de padronizar suas prestações de servação do meio ambiente e sustentabilidade do plane-
serviço, até porque estamos aqui falando em situações que ta. Nessa linha são oferecidas condições diferenciadas aos
são desenvolvidas por pessoas, sendo que, por mais que clientes no financiamento de veículos que se enquadrem
haja um modelo ou padrão a ser seguido na tentativa de no ranking “Nota Verde”.
minimizar percepções diferenciadas aos clientes, de manei- • Crédito Imobiliário – essa linha manteve o cresci-
ra que todos tenham o mesmo tratamento, vários fatores mento, com previsão de continuidade nos próximos anos,
interferem aqui, temos como já citamos o comportamento e nesse contexto, o BB, investindo em sustentabilidade,
do prestador de serviço, mas temos também a colocação vem priorizando financiamentos à produção que atenda
que cada cliente faz em relação às suas necessidades, sen- conceitos de preservação.
do que cada um tem uma forma de expor essas necessi-
dades, outro fator são diferenças que podem existir entre PESSOA JURÍDICA
estruturas, cidades, culturas, enfim, compete à instituição • Microcrédito – diante da positividade do cenário
implantar estratégias e cultura organizacional que incen- econômico brasileiro (queda no desemprego/integração
tive os colaboradores a prestarem serviços de qualidade no mercado de consumo/mobilidade social/ampliação
que atenda aquela tida como meta, além de acompanhar de crédito...) o BB passou atuar no Microcrédito Produtivo
aquele que melhor lhe dirá se o que tem sido oferecido é Orientado (MPO) – dentre os objetivos citamos a promo-
o melhor, ou seja, o cliente. Necessário se faz um acompa- ção de inclusão bancária e a geração de trabalho e renda
nhamento das percepções e avaliações que o cliente con- para empreendedores de pequeno porte.
sumidor desse serviço tem apontado. • Crédito Pessoa Jurídica – o BB busca estimular a
inovação e a produção nacional para aumentar a compe-
titividade das indústrias e estimular o crescimento do país.
Isso explica o crescimento dessa carteira, onde linhas de
capital de giro e investimentos representam mais de 70%.

90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

• Crédito para Empresas Médias, Grandes e Corpo-


rate – nessa linha (clientes Atacado), o BB atende empresas 9.10 - NOÇÕES DE MARKETING DE
com faturamento anual bruto superior a 25 milhões, e as RELACIONAMENTO.
ações estarão centradas no aprimoramento de processos e
estruturas de atendimento, estratégias de rentabilização e
desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.
• Micro e Pequenas Empresas – aqui destacamos a Quando falamos em marketing de relacionamento, ou
linha de crédito BB Giro Empresa Flex, além do Cartão BN- CRM (Customer Relationship Management), estamos fa-
DES. lando em uma ferramenta que propõe ações de comuni-
• Operações de Investimento e Repasses – nessa cação e relacionamento de forma individualizada entre a
modalidade podemos citar o Fundo da Marinha Mercante, organização e o consumidor, visando gerar entre ambos
Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, um relacionamento de longo prazo. Essa comunicação in-
além de recursos do FINAME, que movimentaram bilhões dividualizada é de extrema eficácia visto que, ao estreitar
em investimentos na geração de emprego e no desenvolvi- essas relações as organizações identificam o perfil de cada
mento do país. cliente e detectam mais facilmente suas necessidades, in-
• Agronegócios – nessa modalidade podemos citar
teresses, particularidades, de tal forma que, as ações ado-
medidas adotadas que destacam o BB no segmento:
tadas junto a esses clientes geram uma maior valorização
 Mitigação do risco;
 Programa Agricultura de Baixo Carbono a eles e, por consequência o nível de fidelização é poten-
 Letra de Crédito do Agronegócio cializado, onde vários fatores, além de custo, passam a ser
 Novo modelo de atendimento ao produtor rural levados em consideração por esse cliente, mantendo-o na
 PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da instituição não apenas por conveniência, mas também por
Agricultura Familiar) convicção.
 PRONAMP (Programa Nacional de Apoio ao Médio Marketing de Relacionamento está relacionado ao pro-
Produtor Rural) cesso de construção e sustentação da infraestrutura dos
 Negócios com cooperativas e atendimento espe- relacionamentos com os clientes, gerando assim uma in-
cializado. tegração dos clientes no desenvolvimento dos processos.
Essa ferramenta consiste em uma estratégia de negó-
Políticas de Crédito e Risco de Crédito – essas políticas cios que visa construir de forma pró ativa relacionamentos
visam: duradouros e sólidos, que contribuem para o aumento do
• Assegurar uniformidade de decisões desempenho das empresas, atingindo resultados susten-
• Aperfeiçoar a administração do risco de crédito táveis, facilitando inclusive mensurar o nível de satisfação
• Garantir a integridade dos ativos de crédito dos clientes, antecipando-se às futuras mudanças e ade-
• Elevar os padrões de qualidade quações que se façam necessárias,
• Tratam do retorno ajustado ao risco, dos limites
Investir e administrar essa ferramenta traz para a em-
máximos de concentração e percentuais de comprometi-
presa uma vantagem competitiva, pois isso a destaca frente
mento do patrimônio.
à concorrência.
Processo de Crédito – constitui 4 etapas: Outra vantagem obtida através do MKT de relaciona-
1. Concessão – abrange a análise do cliente e da ope- mento é que, por meio das informações colhidas, é possí-
ração; vel melhor analisar e desenvolver estratégias de marketing,
2. Condução – acompanhamento da aplicação dos re- pois, conhecendo o gosto e avaliação que os clientes têm, é
cursos liberados, previnindo a inadimplência. possível mantê-los ativos e fazer com eles se tornem divul-
3. Cobrança - utilização de mecanismos que assegurem gadores de produtos e/ou serviços das instituições.
o retorno de recursos emprestados;
4. Recuperação – busca reduzir perdas de crédito, mi- Método para implementação de MKT relacional = IDIC
nimizar custos de recuperação e aumentar taxa de recupe- • I – Identificar
ração • D – Diferenciar
• I – Interagir
Gestão do Risco de Crédito – Modelos de Concessão • C - Customizar
• O BB utiliza modelos de credit scoring (analisa con-
ceitos de inadimplência, pontualidade, definição de bom É sabido de todos que o custo para conquistar no-
ou mau pagador) e credit rating e probabilidade de defaut vos clientes é muito superior ao de manter aqueles que
(classifica as empresas em categoria de risco de crédito)
já o são, visto que, a confiança dos antigos clientes per-
• O BB desenvolveu algumas metodologias próprias
mite que eles não troquem a organização sem que haja
para a apuração dos componentes de risco.
• Entre elas citamos: uma razão muito forte, e também o volume de negó-
 FEI – Frequência Esperada de Inadimplência cios por eles gerados é superior ao de novos clientes,
 PDI – Perda Dada a Inadimplência que ainda terão que passar por todo esse processo de
 Exposição a risco de crédito, mensurando Capital construção de valores e relação.
Econômico (CE) e Perda Esperada (PE)

91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

O CRM demonstra que todo relacionamento é um apren-         Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica
dizado. Quando a organização usa dessa ferramenta ela está se que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatá-
propondo a aprender com seu cliente, ou seja, ela se propõe a rio final.
ouvir, a atender as observações e sugestões por eles colocadas,         Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a co-
unindo esforços e interesses, direciona suas ações para um bem letividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
comum, onde um se torna suporte do outro, gerando assim um intervindo nas relações de consumo.
relacionamento além de lucrativo, sólido e sustentável.         Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídi-
ca, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação,
9.11 - CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO importação, exportação, distribuição ou comercialização de
CONSUMIDOR: LEI Nº 8.078/1990 (VERSÃO produtos ou prestação de serviços.
ATUALIZADA).         § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,
material ou imaterial.
        § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mer-
cado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
As denominadas relações de consumo estão estritamente re- natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
lacionadas às relações de cunho comercial. Com o passar do tem- as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
po, essas práticas foram acompanhando o crescimento do comér-
cio, o avanço das tecnologias, até que se o Estado, regulamentou CAPÍTULO II
essas práticas e garantiu mecanismos de defesa dos direitos dos Da Política Nacional de Relações de Consumo
envolvidos, através da Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consu-
midor), que passou a tutelar essa relação, revestindo-a de caráter         Art. 4° A Política Nacional de Relações de Consumo
público, afim de resguardar os interesses da coletividade. tem por objetivo o atendimento das necessidades dos con-
Tendo em vista que essas relações envolvem duas ou mais sumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a
pessoas, faz-se necessário a presença de dois elementos para proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua
caracterizar tal relação, sejam eles Consumidor e Fornecedor. qualidade de vida, bem como a transferência e harmonia
De acordo com o artigo 2º da lei 8078/90, Consumidor é toda das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou         Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consu-
serviços como destinatário final, entenda-se aqui destinatário mo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
final como aquela pessoa, física ou jurídica que adquire ou se consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segu-
utiliza de produtos ou serviços em benefício próprio, ou seja, rança, a proteção de seus interesses econômicos, a melho-
é aquele que busca a satisfação de suas necessidades através ria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
de um produto ou serviço, sem ter o interesse de repassar harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
este serviço ou esse produto a terceiros (Caso este produto princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
ou serviço seja repassado a terceiros, mediante remuneração,         I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumi-
inexiste a figura do consumidor e surge imediatamente a do dor no mercado de consumo;
fornecedor). Já, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pú-         II - ação governamental no sentido de proteger
blica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes efetivamente o consumidor:
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,         a) por iniciativa direta;
montagem, criação, construção, transformação, importação,         b) por incentivos à criação e desenvolvimento de
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou associações representativas;
prestação de serviços, conforme o art. 4º da lei 8078/90.         c) pela presença do Estado no mercado de con-
sumo;
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.         d) pela garantia dos produtos e serviços com pa-
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras pro- drões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e
vidências desempenho.
        III - harmonização dos interesses dos participantes
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con- das relações de consumo e compatibilização da proteção
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: do consumidor com a necessidade de desenvolvimento
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios
TÍTULO I nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Consti-
Dos Direitos do Consumidor tuição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas
CAPÍTULO I relações entre consumidores e fornecedores;
Disposições Gerais         IV - educação e informação de fornecedores e con-
sumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à
        Art. 1° O presente código estabelece normas melhoria do mercado de consumo;
de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e         V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios
interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, eficientes de controle de qualidade e segurança de produ-
inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposi- tos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de
ções Transitórias. solução de conflitos de consumo;

92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        VI - coibição e repressão eficientes de todos         VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, in-
os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive clusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as re-
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; gras ordinárias de experiências;
        VII - racionalização e melhoria dos serviços públi-         IX - (Vetado);
cos;         X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
        VIII - estudo constante das modificações do mer- públicos em geral.
cado de consumo.         Parágrafo único.   A informação de que trata o
        Art. 5° Para a execução da Política Nacional das inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pes-
Relações de Consumo, contará o poder público com os se- soa com deficiência, observado o disposto em regulamen-
guintes instrumentos, entre outros: to.  (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)    (Vigência)
        I - manutenção de assistência jurídica, integral e         Art. 7° Os direitos previstos neste código não
gratuita para o consumidor carente; excluem outros decorrentes de tratados ou convenções in-
        II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa ternacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação
do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas auto-
        III - criação de delegacias de polícia especializadas
ridades administrativas competentes, bem como dos que
no atendimento de consumidores vítimas de infrações pe-
derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costu-
nais de consumo;
        IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas mes e eqüidade.
Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de         Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa,
consumo; todos responderão solidariamente pela reparação dos da-
        V - concessão de estímulos à criação e desenvolvi- nos previstos nas normas de consumo.
mento das Associações de Defesa do Consumidor.
        § 1° (Vetado). CAPÍTULO IV
        § 2º (Vetado). Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da
Reparação dos Danos
CAPÍTULO III SEÇÃO I
Dos Direitos Básicos do Consumidor Da Proteção à Saúde e Segurança

        Art. 6º São direitos básicos do consumidor:         Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mer-
        I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os cado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segu-
riscos provocados por práticas no fornecimento de produ- rança dos consumidores, exceto os considerados normais e
tos e serviços considerados perigosos ou nocivos; previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obri-
        II - a educação e divulgação sobre o consumo ade- gando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as
quado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de informações necessárias e adequadas a seu respeito.
escolha e a igualdade nas contratações;         Parágrafo único. Em se tratando de produto in-
        III - a informação adequada e clara sobre os di- dustrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que
ferentes produtos e serviços, com especificação correta de se refere este artigo, através de impressos apropriados que
quantidade, características, composição, qualidade e preço, devam acompanhar o produto.
bem como sobre os riscos que apresentem;         § 1º  Em se tratando de produto industrial, ao
       III - a informação adequada e clara sobre os di- fabricante cabe prestar as informações a que se refere este
ferentes produtos e serviços, com especificação correta de artigo, através de impressos apropriados que devam acom-
quantidade, características, composição, qualidade, tributos
panhar o produto.   (Redação dada pela Lei nº 13.486, de
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresen-
2017)
tem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012)   Vigência
        § 2º  O fornecedor deverá higienizar os equipa-
       IV - a proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem mentos e utensílios utilizados no fornecimento de produ-
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no tos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor,
fornecimento de produtos e serviços; e informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o
        V - a modificação das cláusulas contratuais que caso, sobre o risco de contaminação.   (Incluído pela Lei nº
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão 13.486, de 2017)
em razão de fatos supervenientes que as tornem excessi-         Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços po-
vamente onerosas; tencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança
        VI - a efetiva prevenção e reparação de danos pa- deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a res-
trimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; peito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da
        VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrati- adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
vos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimo-         Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mer-
niais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada cado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria
a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessita- saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade
dos; à saúde ou segurança.

93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        § 1° O fornecedor de produtos e serviços que,         § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-
tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, de- se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
verá comunicar o fato imediatamente às autoridades com- quais:
petentes e aos consumidores, mediante anúncios publici-         I - o modo de seu fornecimento;
tários.         II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele
        § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o pa- se esperam;
rágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e te-         III - a época em que foi fornecido.
levisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.         § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela
        § 3° Sempre que tiverem conhecimento de peri- adoção de novas técnicas.
culosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança         § 3° O fornecedor de serviços só não será respon-
dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e sabilizado quando provar:
os Municípios deverão informá-los a respeito.         I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
        Art. 11. (Vetado).         II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
        § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais
SEÇÃO II
liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Servi-
        Art. 15. (Vetado).
ço
        Art. 16. (Vetado).
        Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,         Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, inde- aos consumidores todas as vítimas do evento.
pendentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos decorren- SEÇÃO III
tes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmu- Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
las, manipulação, apresentação ou acondicionamento de
seus produtos, bem como por informações insuficientes ou         Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo
inadequadas sobre sua utilização e riscos. duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos
        § 1° O produto é defeituoso quando não oferece vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impró-
a segurança que dele legitimamente se espera, levando- prios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou
se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes
quais: da disparidade, com a indicações constantes do recipiente,
        I - sua apresentação; da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, res-
        II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se peitadas as variações decorrentes de sua natureza, poden-
esperam; do o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
        III - a época em que foi colocado em circulação.         § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo
        § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e
fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no à sua escolha:
mercado.         I - a substituição do produto por outro da mesma
        § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou espécie, em perfeitas condições de uso;
importador só não será responsabilizado quando provar:         II - a restituição imediata da quantia paga, mone-
        I - que não colocou o produto no mercado; tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
        II - que, embora haja colocado o produto no mer- danos;
cado, o defeito inexiste;         III - o abatimento proporcional do preço.
        III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
        § 2° Poderão as partes convencionar a redução
        Art. 13. O comerciante é igualmente responsável,
ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não
nos termos do artigo anterior, quando:
podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta
        I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o im-
portador não puderem ser identificados; dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá
        II - o produto for fornecido sem identificação clara ser convencionada em separado, por meio de manifestação
do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; expressa do consumidor.
        III - não conservar adequadamente os produtos         § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das
perecíveis. alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da
        Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra comprometer a qualidade ou características do produto, di-
os demais responsáveis, segundo sua participação na cau- minuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
sação do evento danoso.         § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa
        Art. 14. O fornecedor de serviços responde, inde- do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a subs-
pendentemente da existência de culpa, pela reparação dos tituição do bem, poderá haver substituição por outro de
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à espécie, marca ou modelo diversos, mediante complemen-
prestação dos serviços, bem como por informações insufi- tação ou restituição de eventual diferença de preço, sem
cientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.

94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        § 5° No caso de fornecimento de produtos in natu-         Parágrafo único. Nos casos de descumprimento,
ra, será responsável perante o consumidor o fornecedor ime- total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão
diato, exceto quando identificado claramente seu produtor. as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
        § 6° São impróprios ao uso e consumo: danos causados, na forma prevista neste código.
        I - os produtos cujos prazos de validade estejam         Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios
vencidos; de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não
        II - os produtos deteriorados, alterados, adultera- o exime de responsabilidade.
dos, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à         Art. 24. A garantia legal de adequação do produto
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo ou serviço independe de termo expresso, vedada a exonera-
com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou ção contratual do fornecedor.
apresentação;         Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláu-
        III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem sula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de in-
inadequados ao fim a que se destinam. denizar prevista nesta e nas seções anteriores.
        Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente         § 1° Havendo mais de um responsável pela causação
pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeita- do dano, todos responderão solidariamente pela reparação
das as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo prevista nesta e nas seções anteriores.
líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da         § 2° Sendo o dano causado por componente ou
embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, poden- peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis
do o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que
        I - o abatimento proporcional do preço; realizou a incorporação.
        II - complementação do peso ou medida;
        III - a substituição do produto por outro da mesma SEÇÃO IV
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; Da Decadência e da Prescrição
        IV - a restituição imediata da quantia paga, mo-
netariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e         Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes
ou de fácil constatação caduca em:
danos.
        I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de ser-
        § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do
viço e de produtos não duráveis;
artigo anterior.
        II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
        § 2° O fornecedor imediato será responsável quando
serviço e de produtos duráveis.
fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não
        § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a
estiver aferido segundo os padrões oficiais.
partir da entrega efetiva do produto ou do término da exe-
        Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos cução dos serviços.
vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo         § 2° Obstam a decadência:
ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorren-         I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
tes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alter- a resposta negativa correspondente, que deve ser transmiti-
nativamente e à sua escolha: da de forma inequívoca;
        I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e         II - (Vetado).
quando cabível;         III - a instauração de inquérito civil, até seu encer-
        II - a restituição imediata da quantia paga, monetaria- ramento.
mente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;         § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
        III - o abatimento proporcional do preço. inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
        § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confia-         Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à
da a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do reparação pelos danos causados por fato do produto ou do
fornecedor. serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a
        § 2° São impróprios os serviços que se mostrem ina- contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de
dequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, sua autoria.
bem como aqueles que não atendam as normas regulamen-         Parágrafo único. (Vetado).
tares de prestabilidade.
        Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham SEÇÃO V
por objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á Da Desconsideração da Personalidade Jurídica
implícita a obrigação do fornecedor de empregar componen-
tes de reposição originais adequados e novos, ou que mante-         Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade
nham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumi-
a estes últimos, autorização em contrário do     consumidor. dor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da
        Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas em- lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato
presas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer social. A desconsideração também será efetivada quando
outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer houver falência, estado de insolvência, encerramento ou
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos es- inatividade da pessoa jurídica provocados por má admi-
senciais, contínuos. nistração.

95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        § 1° (Vetado).         Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços


        § 2° As sociedades integrantes dos grupos so- recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicida-
cietários e as sociedades controladas, são subsidiariamente de, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. escolha:
        § 3° As sociedades consorciadas são solidariamen-         I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos
te responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. termos da oferta, apresentação ou publicidade;
        § 4° As sociedades coligadas só responderão por         II - aceitar outro produto ou prestação de serviço
culpa. equivalente;
        § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa         III - rescindir o contrato, com direito à restituição
jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma for- de quantia eventualmente antecipada, monetariamente
ma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos atualizada, e a perdas e danos.
consumidores.
SEÇÃO III
CAPÍTULO V Da Publicidade
Das Práticas Comerciais
SEÇÃO I         Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
Das Disposições Gerais forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifi-
que como tal.
        Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte,         Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determi- seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para
náveis ou não, expostas às práticas nele previstas. informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
SEÇÃO II         Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou
Da Oferta abusiva.
        § 1° É enganosa qualquer modalidade de infor-
        Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficien- mação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo
temente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de
por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a res-
comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos
peito da natureza, características, qualidade, quantidade,
ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados so-
ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser cele-
bre produtos e serviços.
brado.
        § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discri-
         Art. 31. A oferta e apresentação de produtos
minatória de qualquer natureza, a que incite à violência, ex-
ou serviços devem assegurar informações corretas, claras,
plore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência
precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas ca- de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores
racterísticas, qualidades, quantidade, composição, preço, ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segu- ou segurança.
rança dos consumidores.         § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade
        Parágrafo único.  As informações de que trata este é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre
artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumi- dado essencial do produto ou serviço.
dor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei         § 4° (Vetado).
nº 11.989, de 2009)         Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção
        Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão as- da informação ou comunicação publicitária cabe a quem
segurar a oferta de componentes e peças de reposição en- as patrocina.
quanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
        Parágrafo único. Cessadas a produção ou impor- SEÇÃO IV
tação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de Das Práticas Abusivas
tempo, na forma da lei.
        Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone         Art 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e serviços:
endereço na embalagem, publicidade e em todos os im-         Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
pressos utilizados na transação comercial. serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada
        Parágrafo único.  É proibida a publicidade de bens pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao         I - condicionar o fornecimento de produto ou de
consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem
2008). como, sem justa causa, a limites quantitativos;
        Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é so-         II - recusar atendimento às demandas dos consu-
lidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou midores, na exata medida de suas disponibilidades de es-
representantes autônomos. toque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;

96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicita-         § 3° O consumidor não responde por quaisquer
ção prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de servi-
        IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do ços de terceiros não previstos no orçamento prévio.
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimen-         Art. 41. No caso de fornecimento de produtos
to ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou ou de serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabe-
serviços; lamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os
        V - exigir do consumidor vantagem manifestamen- limites oficiais sob pena de não o fazendo, responderem
te excessiva; pela restituição da quantia recebida em excesso, moneta-
        VI - executar serviços sem a prévia elaboração de riamente atualizada, podendo o consumidor exigir à sua
orçamento e autorização expressa do consumidor, ressal-
escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de ou-
vadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
tras sanções cabíveis.
        VII - repassar informação depreciativa, referente
a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus di-
reitos; SEÇÃO V
        VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer Da Cobrança de Dívidas
produto ou serviço em desacordo com as normas expedi-
das pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas espe-         Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor ina-
cíficas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas dimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Na- a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
cional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial         Parágrafo único. O consumidor cobrado em quan-
(Conmetro); tia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
        IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a correção monetária e juros legais, salvo hipótese de enga-
seu exclusivo critério; no justificável.
        IX - recusar a venda de bens ou a prestação
        Art. 42-A.  Em todos os documentos de cobrança
de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de in- de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o
termediação regulados em leis especiais;                  (Redação nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de
dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa
        X - (Vetado). Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou serviço cor-
        X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou respondente.             (Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009)
serviços.                (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
        XI -  Dispositivo  incluído pela MPV  nº 1.890-67, de SEÇÃO VI
22.10.1999, transformado em inciso  XIII, quando da con- Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores
versão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
        XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento         Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros,
a seu exclusivo critério.              (Incluído pela Lei nº 9.008, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados
de 21.3.1995)
sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
        XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso
do legal ou contratualmente estabelecido.            (Incluído         § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem
pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
        XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos compreensão, não podendo conter informações negativas
comerciais ou de serviços de um número maior de consu- referentes a período superior a cinco anos.
midores que o fixado pela autoridade administrativa como         § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
máximo.                   (Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017) pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito
        Parágrafo único. Os serviços prestados e os pro- ao consumidor, quando não solicitada por ele.
dutos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese         § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexati-
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, ine- dão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imedia-
xistindo obrigação de pagamento. ta correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias
        Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários
entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o das informações incorretas.
valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a se-
        § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
rem empregados, as condições de pagamento, bem como
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congê-
as datas de início e término dos serviços.
        § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado neres são considerados entidades de caráter público.
terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu rece-         § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança
bimento pelo consumidor. de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos res-
        § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orça- pectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer infor-
mento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao
mediante livre negociação das partes. crédito junto aos fornecedores.

97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

         § 6o  Todas as informações de que trata o caput SEÇÃO II


deste artigo devem ser disponibilizadas em formatos aces- Das Cláusulas Abusivas
síveis, inclusive para a pessoa com deficiência, mediante
solicitação do consumidor.            (Incluído pela Lei nº         Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as
13.146, de 2015)    (Vigência) cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produ-
        Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consu- tos e serviços que:
midor manterão cadastros atualizados de reclamações fun-         I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a respon-
damentadas contra fornecedores de produtos e serviços, sabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza
devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação in- dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposi-
dicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor. ção de direitos. Nas relações de consumo entre o fornece-
        § 1° É facultado o acesso às informações lá cons- dor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá
ser limitada, em situações justificáveis;
tantes para orientação e consulta por qualquer interessado.
        II - subtraiam ao consumidor a opção de reem-
        § 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as
bolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do pará-
        III - transfiram responsabilidades a terceiros;
grafo único do art. 22 deste código.         IV - estabeleçam obrigações consideradas iní-
        Art. 45. (Vetado). quas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvanta-
gem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou
CAPÍTULO VI a eqüidade;
Da Proteção Contratual         V - (Vetado);
SEÇÃO I         VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em
Disposições Gerais prejuízo do consumidor;
        VII - determinem a utilização compulsória de ar-
        Art. 46. Os contratos que regulam as relações bitragem;
de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes         VIII - imponham representante para concluir ou
for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem         IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sen- não o contrato, embora obrigando o consumidor;
tido e alcance.         X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamen-
        Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpreta- te, variação do preço de maneira unilateral;
        XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contra-
das de maneira mais favorável ao consumidor.
to unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao
        Art. 48. As declarações de vontade constantes
consumidor;
de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos
        XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos
às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejan- de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe
do inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e seja conferido contra o fornecedor;
parágrafos.         XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilate-
        Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, ralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua
no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de celebração;
recebimento do produto ou serviço, sempre que a contra-         XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de nor-
tação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora mas ambientais;
do estabelecimento comercial, especialmente por telefone         XV - estejam em desacordo com o sistema de
ou a domicílio. proteção ao consumidor;
        Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o di-         XVI - possibilitem a renúncia do direito de indeni-
reito de arrependimento previsto neste artigo, os valores zação por benfeitorias necessárias.
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo         § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a
de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamen- vantagem que:
te atualizados.         I - ofende os princípios fundamentais do sistema
        Art. 50. A garantia contratual é complementar à jurídico a que pertence;
        II - restringe direitos ou obrigações fundamentais
legal e será conferida mediante termo escrito.
inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar
        Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalen-
seu objeto ou equilíbrio contratual;
te deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada
        III - se mostra excessivamente onerosa para o
em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do
prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias pe-
cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devida- culiares ao caso.
mente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimen-         § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva
to, acompanhado de manual de instrução, de instalação e não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência,
uso do produto em linguagem didática, com ilustrações. apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo
a qualquer das partes.

98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        § 3° (Vetado).         § 3° Os contratos de adesão escritos serão redigidos


        § 4° É facultado a qualquer consumidor ou enti- em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de
dade que o represente requerer ao Ministério Público que modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de         § 3o  Os contratos de adesão escritos serão redi-
cláusula contratual que contrarie o disposto neste código gidos em termos claros e com caracteres ostensivos e le-
ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre gíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo
direitos e obrigações das partes. doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumi-
        Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços dor.            (Redação dada pela nº 11.785, de 2008)
que envolva outorga de crédito ou concessão de financia-         § 4° As cláusulas que implicarem limitação de di-
mento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros reito do consumidor deverão ser redigidas com destaque,
requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre: permitindo sua imediata e fácil compreensão.
        I - preço do produto ou serviço em moeda cor-        § 5° (Vetado)
rente nacional;
        II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva  CAPÍTULO VII
anual de juros; Das Sanções Administrativas
        III - acréscimos legalmente previstos; (Vide Lei nº 8.656, de 1993)
        IV - número e periodicidade das prestações;
        V - soma total a pagar, com e sem financiamento.         Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Fede-
        § 1° As multas de mora decorrentes do inadimple- ral, em caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de
mento de obrigação no seu termo não poderão ser supe- atuação administrativa, baixarão normas relativas à produ-
riores a dez por cento do valor da prestação. ção, industrialização, distribuição e consumo de produtos
        § 1° As multas de mora decorrentes do inadimple- e serviços.
mento de obrigações no seu termo não poderão ser supe-         § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os
riores a dois por cento do valor da prestação.           (Reda- Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, industria-
ção dada pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996) lização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços
        § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação e o mercado de consumo, no interesse da preservação da
antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante re- vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-es-
dução proporcional dos juros e demais acréscimos. tar do consumidor, baixando as normas que se fizerem ne-
        § 3º (Vetado). cessárias.
        Art. 53. Nos contratos de compra e venda de mó-         § 2° (Vetado).
veis ou imóveis mediante pagamento em prestações, bem         § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Fede-
como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram- ral e municipais com atribuições para fiscalizar e controlar
se nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a o mercado de consumo manterão comissões permanentes
perda total das prestações pagas em benefício do credor para elaboração, revisão e atualização das normas referidas
que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores
contrato e a retomada do produto alienado. e fornecedores.
        § 1° (Vetado).         § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notifica-
        § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de pro- ções aos fornecedores para que, sob pena de desobediên-
dutos duráveis, a compensação ou a restituição das parce- cia, prestem informações sobre questões de interesse do
las quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além consumidor, resguardado o segredo industrial.
da vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuí-         Art. 56. As infrações das normas de defesa do
zos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo. consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes
        § 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil,
serão expressos em moeda corrente nacional. penal e das definidas em normas específicas:
        I - multa;
SEÇÃO III         II - apreensão do produto;
Dos Contratos de Adesão         III - inutilização do produto;
        IV - cassação do registro do produto junto ao
        Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusu- órgão competente;
las tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou         V - proibição de fabricação do produto;
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos         VI - suspensão de fornecimento de produtos ou
ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modi- serviço;
ficar substancialmente seu conteúdo.          VII - suspensão temporária de atividade;
        § 1° A inserção de cláusula no formulário não des-         VIII - revogação de concessão ou permissão de
figura a natureza de adesão do contrato. uso;
        § 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula         IX - cassação de licença do estabelecimento ou
resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao de atividade;
consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo         X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento,
anterior. de obra ou de atividade;

99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        XI - intervenção administrativa;         Art. 60. A imposição de contrapropaganda será co-
        XII - imposição de contrapropaganda. minada quando o fornecedor incorrer na prática de publi-
        Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo cidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus
serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito parágrafos, sempre às expensas do infrator.
de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente,         § 1º A contrapropaganda será divulgada pelo
inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e,
procedimento administrativo. preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horá-
        Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo rio, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade
com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a enganosa ou abusiva.
condição econômica do fornecedor será aplicada me-         § 2° (Vetado)
diante procedimento administrativo nos termos da lei,         § 3° (Vetado).
revertendo para o fundo de que trata a Lei n° 7.347, de
24 de julho de 1985, sendo a infração ou dano de âmbito TÍTULO II
nacional, ou para os fundos estaduais de proteção ao con- Das Infrações Penais
sumidor nos demais casos.          (Vide Decreto nº 407, de
1991)         Art. 61. Constituem crimes contra as relações de
        Parágrafo único. A multa será em montante nunca consumo previstas neste código, sem prejuízo do dispos-
inferior a trezentas e não superior a três milhões de vezes to no Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas
o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice nos artigos seguintes.
equivalente que venha substituí-lo.         Art. 62. (Vetado).
        Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com         Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embala-
econômica do fornecedor, será aplicada mediante proce- gens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
dimento administrativo, revertendo para o Fundo de que         Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabí-         § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de
veis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de alertar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre
proteção ao consumidor nos demais casos.             (Redação a periculosidade do serviço a ser prestado.
dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993)         § 2° Se o crime é culposo:
        Parágrafo único. A multa será em montante não         Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o         Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade compe-
valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equi- tente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade
valente que venha a substituí-lo.          (Parágrafo acrescen- de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colo-
tado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993) cação no mercado:
        Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização         Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
de produtos, de proibição de fabricação de produtos, de         Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas
suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cas- quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quan-
sação do registro do produto e revogação da concessão do determinado pela autoridade competente, os produtos
ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla         Art. 65. Executar serviço de alto grau de pericu-
defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou losidade, contrariando determinação de autoridade com-
de qualidade por inadequação ou insegurança do produto petente:
ou serviço.         Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.
        Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença,         Parágrafo único. As penas deste artigo são apli-
de interdição e de suspensão temporária da atividade, bem cáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal
como a de intervenção administrativa, serão aplicadas me- e à morte.
diante procedimento administrativo, assegurada ampla de-         § 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem
fesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.                        
de maior gravidade previstas neste código e na legislação (Redação dada pela Lei nº 13.425, de 2017)
de consumo.         § 2º A prática do disposto no inciso XIV do art.
        § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada 39 desta Lei também caracteriza o crime previsto no caput
à concessionária de serviço público, quando violar obriga- deste artigo.                         (Incluído pela Lei nº 13.425, de
ção legal ou contratual. 2017)
        § 2° A pena de intervenção administrativa será         Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou
aplicada sempre que as circunstâncias de fato desaconse- omitir informação relevante sobre a natureza, característi-
lharem a cassação de licença, a interdição ou suspensão da ca, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, dura-
atividade. bilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
        § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a         Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
imposição de penalidade administrativa, não haverá reinci-         § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar
dência até o trânsito em julgado da sentença. a oferta.

100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        § 2º Se o crime é culposo;         b) em detrimento de operário ou rurícola; de me-


        Pena Detenção de um a seis meses ou multa. nor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas
        Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe portadoras de deficiência mental interditadas ou não;
ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:         V - serem praticados em operações que envolvam
        Pena Detenção de três meses a um ano e multa. alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou
        Parágrafo único. (Vetado). serviços essenciais .
        Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe         Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção
ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se será fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde máximo de dias de duração da pena privativa da liberdade
ou segurança: cominada ao crime. Na individualização desta multa, o juiz
        Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa: observará o disposto no art. 60, §1° do Código Penal.
        Parágrafo único. (Vetado).         Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de
        Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente,
e científicos que dão base à publicidade: observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:
        Pena Detenção de um a seis meses ou multa.         I - a interdição temporária de direitos;
        II - a publicação em órgãos de comunicação de
        Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça
grande circulação ou audiência, às expensas do condena-
ou componentes de reposição usados, sem autorização do
do, de notícia sobre os fatos e a condenação;
consumidor:
        III - a prestação de serviços à comunidade.
        Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
        Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata
        Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que
coação, constrangimento físico ou moral, afirmações fal- presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor
sas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro proce- do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente
dimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a que venha a substituí-lo.
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:         Parágrafo único. Se assim recomendar a situação
        Pena Detenção de três meses a um ano e multa. econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
        Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consu-         a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
midor às informações que sobre ele constem em cadastros,         b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
banco de dados, fichas e registros:         Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
        Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. previstos neste código, bem como a outros crimes e con-
        Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente infor- travenções que envolvam relações de consumo, poderão
mação sobre consumidor constante de cadastro, banco de intervir, como assistentes do Ministério Público, os legiti-
dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser mados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais tam-
inexata: bém é facultado propor ação penal subsidiária, se a denún-
        Pena Detenção de um a seis meses ou multa. cia não for oferecida no prazo legal.
        Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo
de garantia adequadamente preenchido e com especifica- TÍTULO III
ção clara de seu conteúdo; Da Defesa do Consumidor em Juízo
        Pena Detenção de um a seis meses ou multa. CAPÍTULO I
        Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para Disposições Gerais
os crimes referidos neste código, incide as penas a esses
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o         Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o for- individualmente, ou a título coletivo.
        Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida
necimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em
quando se tratar de:
depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços
        I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos,
nas condições por ele proibidas.
para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
        Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e
tipificados neste código: ligadas por circunstâncias de fato;
        I - serem cometidos em época de grave crise eco-         II - interesses ou direitos coletivos, assim en-
nômica ou por ocasião de calamidade; tendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de
        II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo; natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou
        III - dissimular-se a natureza ilícita do procedi- classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
mento; por uma relação jurídica base;
        IV - quando cometidos:         III - interesses ou direitos individuais homogêneos,
        a) por servidor público, ou por pessoa cuja con- assim entendidos os decorrentes de origem comum.
dição econômico-social seja manifestamente superior à da         Art 82. Para os fins do art. 100, parágrafo único,
vítima; são legitimados concorrentemente:

101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,         Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
são legitimados concorrentemente:              (Redação dada associação autora e os diretores responsáveis pela proposi-
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)          (Vide Lei nº 13.105, de tura da ação serão solidariamente condenados em honorá-
2015)        (Vigência) rios advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da
        I - o Ministério Público, responsabilidade por perdas e danos.
        II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito         Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único
Federal; deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em
        III - as entidades e órgãos da Administração Públi- processo autônomo, facultada a possibilidade de prosse-
ca, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,     guir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.
especificamente destinados à defesa dos interesses e direi-         Art. 89. (Vetado)
tos protegidos por este código;         Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título
        IV - as associações legalmente constituídas há pelo as normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de
menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito
a defesa dos interesses e direitos protegidos por este códi- civil, naquilo que não contrariar suas disposições.
go, dispensada a autorização assemblear.
        § 1° O requisito da pré-constituição pode ser CAPÍTULO II
dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e se- Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Indivi-
guintes, quando haja manifesto interesse social evidencia- duais Homogêneos
do pela dimensão ou característica do dano, ou pela rele-
vância do bem jurídico a ser protegido.         Art 91. Os legitimados de que trata o art. 81 po-
        § 2° (Vetado). derão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas
        § 3° (Vetado). ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilida-
        Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses de pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o
protegidos por este código são admissíveis todas as espé- disposto nos artigos seguintes.
cies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva         Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 po-
tutela. derão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas
        Parágrafo único. (Vetado).
ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilida-
        Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumpri-
de pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o
mento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá
disposto nos artigos seguintes.            (Redação dada pela
a tutela específica da obrigação ou determinará providên-
Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
cias que assegurem o resultado prático equivalente ao do
        Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação,
adimplemento.
atuará sempre como fiscal da lei.
        § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos
        Parágrafo único. (Vetado).
somente será admissível se por elas optar o autor ou se
impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado         Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Fede-
prático correspondente. ral, é competente para a causa a justiça local:
        § 2° A indenização por perdas e danos se fará sem         I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer
prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil). o dano, quando de âmbito local;
        § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda         II - no foro da Capital do Estado ou no do Distri-
e havendo justificado receio de ineficácia do provimento to Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional,
final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos ca-
justificação prévia, citado o réu. sos de competência concorrente.
        § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na         Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no
sentença, impor multa diária ao réu, independentemente órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir
de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla di-
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do vulgação pelos meios de comunicação social por parte dos
preceito. órgãos de defesa do consumidor.
        § 5° Para a tutela específica ou para a obtenção         Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a con-
do resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar denação será genérica, fixando a responsabilidade do réu
as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, re- pelos danos causados.
moção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impe-         Art. 96. (Vetado).
dimento de atividade nociva, além de requisição de força         Art. 97. A liquidação e a execução de sentença po-
policial. derão ser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim
       Art. 85. (Vetado). como pelos legitimados de que trata o art. 82.
        Art. 86. (Vetado).         Parágrafo único. (Vetado).
        Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este códi-         Art 98. A execução poderá ser coletiva, sen-
go não haverá adiantamento de custas, emolumentos, ho- do promovida pelos legitimados de que trata o art. 81,
norários periciais e quaisquer outras despesas, nem conde- abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiverem sido
nação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajui-
honorários de advogados, custas e despesas processuais. zamento de outras execuções.

102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo nal, a produção, divulgação distribuição ou venda, ou a
promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abran- determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula
gendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo
em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à
de outras execuções.            (Redação dada pela Lei nº 9.008, incolumidade pessoal.
de 21.3.1995)         § 1° (Vetado).
        § 1° A execução coletiva far-se-á com base em cer-         § 2° (Vetado)
tidão das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a
ocorrência ou não do trânsito em julgado. CAPÍTULO IV
        § 2° É competente para a execução o juízo: Da Coisa Julgada
        I - da liquidação da sentença ou da ação condena-
tória, no caso de execução individual;         Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este
        II - da ação condenatória, quando coletiva a exe- código, a sentença fará coisa julgada:
cução.         I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado
        Art. 99. Em caso de concurso de créditos decor- improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que
rentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idên-
julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais tico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do
resultantes do mesmo evento danoso, estas terão prefe- inciso I do parágrafo único do art. 81;
rência no pagamento.          (Vide Decreto nº 407, de 1991)         II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, ca-
        Parágrafo único. Para efeito do disposto neste arti- tegoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de
go, a destinação da importância recolhida ao fundo criado provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da
pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada en- hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
quanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de         III - erga omnes, apenas no caso de procedência do
indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores,
patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
responder pela integralidade das dívidas.         § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos
        Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habili- incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos indivi-
tação de interessados em número compatível com a gravi- duais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria
dade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover ou classe.
a liquidação e execução da indenização devida.          (Vide         § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de
Decreto nº 407, de 1991) improcedência do pedido, os interessados que não tiverem
        Parágrafo único. O produto da indenização devida intervindo no processo como litisconsortes poderão pro-
reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de por ação de indenização a título individual.
julho de 1985.          (Vide Decreto nº 407, de 1991)         § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art.
16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de ju-
CAPÍTULO III lho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por
Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produ- danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente
tos e Serviços ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o
pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que po-
        Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do derão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do dis- arts. 96 a 99.
posto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as         § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à
seguintes normas: sentença penal condenatória.
        I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;         Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e
        II - o réu que houver contratado seguro de respon- II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendên-
sabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada cia para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julga-
a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros da erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e
do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo
de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento
o síndico será intimado a informar a existência de seguro da ação coletiva.
de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o
ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o TÍTULO IV
segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obriga-
tório com este.         Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa
        Art. 102. Os legitimados a agir na forma des- do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do
te código poderão propor ação visando compelir o Poder Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de de-
Público competente a proibir, em todo o território nacio- fesa do consumidor.

103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do         § 3° Não se exime de cumprir a convenção o for-
Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico necedor que se desligar da entidade em data posterior ao
(MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo registro do instrumento.
de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa         Art. 108. (Vetado).
do Consumidor, cabendo-lhe:
        I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar TÍTULO VI
a política nacional de proteção ao consumidor; Disposições Finais
        II - receber, analisar, avaliar e encaminhar con-
sultas, denúncias ou sugestões apresentadas por entidades         Art. 109. (Vetado).
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou         Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art.
privado; 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
        III - prestar aos consumidores orientação perma- “IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo”.
nente sobre seus direitos e garantias;         Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24
        IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
através dos diferentes meios de comunicação; “II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a pro-
        V - solicitar à polícia judiciária a instauração de teção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio
inquérito policial para a apreciação de delito contra os con- artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a
sumidores, nos termos da legislação vigente; qualquer outro interesse difuso ou coletivo”.
        VI - representar ao Ministério Público competente         Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de
para fins de adoção de medidas processuais no âmbito de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
suas atribuições; “§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono
        VII - levar ao conhecimento dos órgãos compe- da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou
tentes as infrações de ordem administrativa que violarem outro legitimado assumirá a titularidade ativa”.
os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos consu-         Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6°
midores; ao art. 5º. da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985:
        VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da “§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dis-
União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como pensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social
auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantida- evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou
de e segurança de bens e serviços; pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
        IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os
e outros programas especiais, a formação de entidades de Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Es-
defesa do consumidor pela população e pelos órgãos pú- tados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta
blicos estaduais e municipais; lei.  
        X - (Vetado). § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar
        XI - (Vetado). dos interessados compromisso de ajustamento de sua con-
        XII - (Vetado) duta às exigências legais, mediante combinações, que terá
        XIII - desenvolver outras atividades compatíveis eficácia de título executivo extrajudicial”.  
com suas finalidades.         Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho
        Parágrafo único. Para a consecução de seus obje- de 1985, passa a ter a seguinte redação:
tivos, o Departamento Nacional de Defesa do Consumidor “Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julga-
poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notó- do da sentença condenatória, sem que a associação autora
ria especialização técnico-científica. lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Públi-
co, facultada igual iniciativa aos demais legitimados”.
TÍTULO V         Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n°
Da Convenção Coletiva de Consumo 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo único
a constituir o caput, com a seguinte redação:
        Art. 107. As entidades civis de consumidores e “Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a asso-
as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria ciação autora e os diretores responsáveis pela propositura
econômica podem regular, por convenção escrita, relações da ação serão solidariamente condenados em honorários
de consumo que tenham por objeto estabelecer condições advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da res-
relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e ponsabilidade por perdas e danos”.
características de produtos e serviços, bem como à recla-         Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei
mação e composição do conflito de consumo. n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
        § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir “Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá
do registro do instrumento no cartório de títulos e docu- adiantamento de custas, emolumentos, honorários peri-
mentos. ciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da as-
        § 2° A convenção somente obrigará os filiados às sociação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários
entidades signatárias. de advogado, custas e despesas processuais”.

104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

        Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de 02. (CAIXA 2012 - CESGRANRIO - Técnico Bancário
julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os Novo) A política monetária enfatiza sua atuação sobre
seguintes: os meios de pagamento, os títulos públicos e as taxas
“Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses de juros. A política monetária é considerada expansio-
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dis- nista quando
positivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defe- a) Reduz os meios de pagamento, retraindo o consu-
sa do Consumidor”. mo e a atividade econômica.
        Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de b) Mantém todas as condições macroeconômicas es-
cento e oitenta dias a contar de sua publicação. táveis por longo período.
        Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário. c) Estabelece diretrizes de expansão da produção do
        Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da Indepen- mercado interno para o exterior.
dência e 102° da República. d) Realiza operações de crédito no exterior, aumen-
FERNANDO COLLOR tando a captação de recursos e, por consequência, os
Bernardo Cabral meios de recebimento.
Zélia M. Cardoso de Mello
e) Eleva a liquidez da economia, injetando maior vo-
Ozires Silva
lume de recursos nos mercados, elevando, em consequên-
Este texto não substitui o publicado no DOU de
cia, os meios de pagamentos.
12.9.1990 - Edição extra e retificado em 10.1.2007

Fonte: Marcineia de Oliveira – Não atenda clientes, 03. (CAIXA 2012 - CESGRANRIO - Técnico Bancá-
atenda pessoas/ http://www2.camara.leg.br/http://jus.com. rio Novo) O Sistema Financeiro Nacional é composto
br/artigos por diversas entidades, dentre as quais os órgãos nor-
Referências: CARVALHO, Irene Mello. Introdução à Psi- mativos, os operadores e as entidades supervisoras.
cologia das Relações Humanas; CHIAVENATO, Idalberto. Ad- A entidade responsável pela fiscalização das institui-
ministração de empresas Robbins, Stephen P. Comportamen- ções financeiras e pela autorização do seu funciona-
to Organizacional/ http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/ mento é o
res/2015/pdf/res_4433_v1_O.pdf/ Mercado & Concorrência a) Banco Central do Brasil.
Texto adaptado de Bruno Mendonça (Publicitário & b) Conselho Monetário Nacional.
Coach Profissional) / Enio Klein (Business School São Paulo c) Fundo Monetário Internacional.
– BSP)/Caio Volpe / Daniel Santa Cruz / Guilherme Françolin d) Conselho Nacional de Seguros Privados.
/ Jean Michel Soldatelli / Victor Brunetti e) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).

EXERCICIOS 04. (Banco do Brasil 2012 - CESGRANRIO - Escritu-


rário - BB) O Sistema Financeiro Nacional é formado
01. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia por um conjunto de instituições voltadas para a gestão
da Informação) Sobre CRM, considere:  da política monetária do Governo Federal, cujo órgão
I. As empresas utilizam o CRM para trocar informa- deliberativo máximo é o Conselho Monetário Nacional.
ções com seus fornecedores sobre disponibilidade de As funções do Conselho Monetário Nacional são
materiais e componentes, datas de entrega para remes- a) Assessorar o Ministério da Fazenda na criação de
sa de suprimentos e requisitos de produção.  políticas orçamentárias de longo prazo e verificar os níveis
II. CRM é uma rede de organizações e processos de de moedas estrangeiras em circulação no país.
negócios para selecionar matérias-primas, transformá
b) Definir a estratégia da Casa da Moeda, estabele-
-las em produtos intermediários e acabados e distribuir
cer o equilíbrio das contas públicas e fiscalizar as entidades
os produtos acabados aos clientes. 
políticas.
III. Sistemas de CRM capturam e integram dados
do cliente provenientes de toda a organização, con- c) Estabelecer as diretrizes gerais das políticas mone-
solidam e analisam esses dados e depois distribuem tária, cambial e creditícia; regular as condições de consti-
os resultados para vários sistemas e pontos de con- tuição, funcionamento e fiscalização das instituições finan-
tato com o cliente espalhados por toda a empresa.  ceiras e disciplinar os instrumentos das políticas monetária
IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm e cambial.
módulos para gerenciamento com o relacionamento d) Fornecer crédito a pequenas, médias e grandes
com o parceiro (PRM) e gerenciamento de relaciona- empresas do país, e fomentar o crescimento da economia
mento com o funcionário (ERM).  interna a fim de gerar um equilíbrio nas contas públicas, na
Está correto o que se afirma APENAS em: balança comercial e, consequentemente, na política cam-
A. I e II. bial.
B. II e III. e) Secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Na-
C. III e IV. cional, organizando as sessões deliberativas de crédito e
D. II, III e IV. mantendo seu arquivo histórico.
E. IV.

105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

05. (CAIXA 2012 - CESGRANRIO - Técnico Bancário c) privativos de instituições financeiras de capital es-
Novo) A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital trangeiro.
brasileiro, formada em 2008, a partir da integração das d) utilizados por bancos de investimento.
operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa
de Mercadorias & Futuros. Por meio de suas platafor- 09. (CESGRANRIO/2013 - Banco da Amazônia) Os
mas de negociação, a BM&FBOVESPA, dentre outras títulos de renda fixa emitidos pelos bancos comerciais
atividades, realiza o[a] e pelos bancos de investimento destinados a lastrear
a) Registro, a compensação e a liquidação de ativos operações de capital de giro são os
e valores mobiliários. a) registros e títulos públicos federais
b) Registro e a compensação de transferências inter- b) certificados e letras do tesouro nacional
nacionais de recursos. c) recibos e letras de câmbio
c) Seguro de bens e ativos mobiliários, negociados d) títulos federais e debêntures
no mercado. e) certificados e recibos de depósito bancário
d) Compensação nacional de cheques e a liquidação
de outros ativos bancários. 10. (CESGRANRIO/2010 - Banco do Brasil) Atual-
e) Intermediação, o registro e a liquidação de trans- mente os grandes bancos do mercado financeiro rea-
ferências interbancárias. lizam desde as atividades mais simples, como o paga-
mento de um título, até as mais complexas, como as
06. (Banco do Brasil 2012 - CESGRANRIO - Escritu- operações de Corporate Finance, que envolvem a
rário – BB) Dentre os principais papéis privados nego- a) intermediação de fusões, cisões, aquisições e incor-
ciados no mercado financeiro estão as letras de câmbio, porações de empresas.
que são emitidas pelos financiados dos contratos de b) realização de atividades corporativas no exterior.
crédito e aceitas pelas instituições financeiras partici- c) realização de um contrato de câmbio para viabilizar
pantes da operação. Posteriormente, elas são vendidas as exportações e as importações.
a investidores, por meio dos mecanismos de interme- d) manutenção de contas-correntes de expatriados no
diação do mercado financeiro. Nesse sentido, as letras exterior.
de câmbio se caracterizam como títulos e) gestão de ativos financeiros no segmento corpora-
a) Emitidos por instituições que atuam com crédito tivo.
imobiliário.
11. (FVG/2017 – IBGE) Na versão relativa da parida-
b) Transferíveis por meio de endosso, que podem ser
de do poder de compra: 
pré-fixados ou pós-fixados.
a) os custos de transação no mercado cambial são limi-
c) Lastreados em ações ordinárias, podendo ser lan-
tados ao país local; 
çados no exterior.
b) a taxa de câmbio é definida pela razão de preços em
d) Nominativos, com renda fixa e prazo determinado
moeda local em relação ao dólar; 
de vencimento.
c) são consideradas apenas as cestas de consumo co-
e) Ao portador e com limite de valor definido pelo
mercializadas em comum nos dois países de comparação;
proprietário. d) para uma taxa de câmbio real de equilíbrio, a taxa de
câmbio nominal é corrigida pela diferença entre a inflação
07. (Banco do Brasil 2012 - CESGRANRIO - Escritu- doméstica e estrangeira; 
rário – BB) No mercado de capitais, as operações de dis- e) um aumento do custo de vida nos EUA é compensa-
tribuição pública de ações (underwriting) acontecem do pelo mesmo aumento no país local. 
a) Com a intermediação de qualquer instituição par-
ticipante do Sistema Financeiro Nacional. 12. (CESGRANRIO/2014 - Banco do Brasil) O supe-
b) Por meio de esforços de venda direta da emissora rintendente de vendas do Banco A, submetido a regime
junto a investidores institucionais. de metas, determina a suas equipes que, em todos os
c) Sem obrigatoriedade do registro na Comissão de contratos de empréstimos, vinculem o fechamento da
Valores Mobiliários. operação à realização de contrato de seguro. Com tal
d) De acordo com os termos e condições previstos determinação, as metas impostas são realizadas, com
no respectivo prospecto. reflexo financeiro positivo na remuneração dos empre-
e) Desde que a companhia já tenha ações negocia- gados.
das em bolsa de valores. Nos termos do Código de Defesa e Proteção ao
Consumidor, tal operação é:
08. (FCC/2011 - Banco do Brasil) As notas promissó- a) admitida, por ser inerente às relações de mercado.
rias comerciais (commercial papers) são instrumentos b) permitida, por ser integrante de regime de remune-
de captação de recursos por prazo máximo de 360 dias ração por metas.
para companhias abertas. c) vedada, por caracterizar prática abusiva.
a) emitidos no mercado interfinanceiro. d) vedada, por não ser possível a conjugação prática
b) que se destinam à aplicação exclusiva de fundos de das operações.
investimento. e) permitida, por configurar habitualidade das relações.

106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

13 . (INAZ do Pará/2014 – BANPARÁ) Quais dos Com base nesse pressuposto, os bancos, para avaliar se
créditos não são garantidos pelo Fundo Garantidor de valeria a pena ou não investir na criação desses novos
Créditos: produtos, em seu planejamento de vendas, iniciaram
a) Depósitos de poupança seu processo de planejamento de vendas, analisando
b) Letras de Câmbio o(a).
c) Letras de Crédito Imobiliário a) Potencial de mercado, que é um processo em que
d) Debêntures e Ações é estimada a capacidade do mercado brasileiro no ramo da
e) Operações compromissadas que têm como objeto atuação da empresa – estimativa que vai refletir a situação
títulos emitidos após 08.03.2012 por empresa ligada. econômica do momento.
b) Potencial de vendas, que é um processo em que
14. (CESPE/2011 – BRB) A conta garantida é moda- é calculado, a partir da análise da empresa e de seu am-
lidade de linha de crédito adequada para cobrir even- biente, da concorrência e de outros fatores pertinentes ao
tuais deficiências do fluxo de caixa dessa empresa. processo, o mercado existente.
( ) Certo c) Mix de marketing, que pode ser utilizado pela em-
( ) Errado presa para influenciar a resposta dos consumidores.
d) Campanha de marketing, procurando entender o
15. (FUNRIO/2016 – IF/PA) Considerando-se que as comportamento do consumidor visando a estabelecer os
debêntures podem ou não ser conversíveis em ações, o objetivos e as metas de cada produto para que a campanha
tipo de debênture em que a opção de conversão está atinja o público-alvo.
relacionada a uma empresa distinta da emissora da de- e) Previsão de vendas, que é um processo em que a
bênture é o  capacidade de vendas da empresa e do mercado parte da
a) indireto. análise da demanda total do mercado para definir o públi-
b) permutável. co-alvo em que vai atuar.
c) direto.
d) realizável.  18. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário) Até
e) simples.  que o cliente receba e aceite a mercadoria constante
em seu pedido, a venda é um compromisso de com-
16. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Escri- pra e venda. Por isso, as empresas têm investido em
Administração de Vendas, tratando, principalmente, de
turário) Um funcionário de um banco, preocupado em
três temas centrais: o planejamento do que deverá ser
atingir as metas estabelecidas pela sua gerência, preci-
feito; a coordenação daquilo que está sendo feito; e o
sava vender alguns produtos bancários em pouco tem-
controle daquilo que já foi feito. Deve fazer parte do
po. Tentando atingir a meta estabelecida, ele procurou
planejamento: 
algumas informações sobre como melhorar seu desem-
a) Conferir se o pedido de venda foi preenchido de
penho no processo de vendas.
forma correta.
A informação de como proceder no processo de
b) Verificar se as informações constantes no relatório
vendas, que contribuirá positivamente para a melhoria de visita a um cliente são satisfatórias. 
de seu desempenho, é: c) Apresentar o relatório de despesas oriundas de vi-
a) Minimizar as informações passadas aos clientes sitas a clientes. 
sobre os riscos envolvidos em cada um dos produtos ofe- d) Prever as vendas para o próximo período. 
recidos. e) Avaliar o desempenho dos vendedores e da equi-
b) Oferecer os produtos aos clientes, independen- pe de vendas. 
temente de seus perfis já que, ao categorizar os clientes,
estaria discriminando-os. 19. (FCC - 2013 - Banco do Brasil - Escriturário -
c) Falar mais do que ouvir, durante a abordagem ini- 2013) As técnicas de vendas podem ampliar a penetra-
cial, exaltando os benefícios de cada um dos produtos. ção de mercado de determinados produtos financeiros.
d) Mostrar conhecimento em relação aos produtos, Sabe-se que caminham, em paralelo com o processo
porém não mencionar a política do banco e as formas de de  marketing  de relacionamento, o planejamento e a
cobrança referentes aos produtos, já que esses detalhes to- fidelização. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:
mam o tempo do cliente. a) O especialista em vendas tem a função de apre-
e) Buscar informações essenciais sobre os clientes sentar o produto, preocupando-se com a imagem e a cre-
com perspectiva de negócios, antes e durante a interação dibilidade da instituição perante os clientes finais.
no processo de compra e venda. b) O especialista em vendas se preocupa com a buro-
cracia dos serviços para fidelização dos clientes.
17. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Es- c) As vendas visam prioritariamente ao crescimento
criturário) O setor bancário, de maneira geral, tem da instituição, sem preocupação com os clientes.
investido na criação de novos produtos para aten- d) As instituições não focam apenas os aspectos hu-
der a um mercado emergente nos últimos anos, em manos e nem sempre se preocupam com sua imagem.
função do aumento da renda per capita no país – as e) As instituições focam a impessoalidade através do
camadas mais populares da população brasileira.  sistema hierarquizado.

107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

20. (CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - Es- Está correto o que se afirma APENAS em:
criturário) A motivação da força de vendas é um fator a) I e II.
fundamental para o sucesso na área comercial, sendo b) II e III.
então necessário respeitar a seguinte premissa: c) III e IV.
a) A motivação financeira sempre será o aspecto mo- d) II, III e IV.
tivacional mais importante em um time comercial. e) IV.
b) Uma equipe motivada sempre conseguirá alcançar
e superar as metas da área comercial.
c) O gasto financeiro da empresa em motivação é 23. (MPE/SP 2010 - VUNESP - ANALISTA DE PRO-
um fator essencial para manter a equipe de vendas cons-
MOTORIA I) Consideram-se produtos essenciais os in-
tantemente motivada. 
dispensáveis para satisfazer as necessidades imediatas
d) A motivação está diretamente ligada à valorização
do consumidor. Logo, na hipótese de falta de qualidade
do funcionário. 
e) A questão motivacional não tem relação com um ou quantidade, não sendo o vício sanado pelo forne-
ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e profissio- cedor:
nal de seu colaborador É direito de o consumidor exigir a substituição do pro-
duto por outro de mesma espécie, em perfeitas condições
21. (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Ges- de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição imediata
tão Administrativa) O preço é considerado uma variável da quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e danos,
que, junto aos demais elementos do composto de mar- ou, ainda, o abatimento proporcional do preço.
keting, determina a percepção que os consumidores O consumidor tem apenas o direito de exigir a substi-
criam sobre a oferta de produtos ou serviços. Analise tuição do produto por outro de mesma espécie, em perfei-
as frases a seguir.  tas condições de uso.
I.   O preço pode variar de acordo com o amadureci- a) Abre-se, para o consumidor, o direito de, alternati-
mento do produto no mercado.  vamente, solicitar, dentro do prazo de 7 (sete) dias, a subs-
II.  Necessidades de geração de caixa podem interferir tituição do produto durável ou não durável por outro de
na política de preço dos produtos.  mesma espécie, em perfeitas condições de uso, ou a resti-
III. A redução de preço pode ser associada à redu- tuição imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais
ção da qualidade percebida pelo cliente.  perdas e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do
Marque a alternativa CORRETA: preço.
a) Apenas as frases I e II são verdadeiras. b) É direito de o consumidor exigir apenas a substi-
b) Apenas as frases I e III são verdadeiras. tuição do produto durável por outro de mesma espécie, em
c) Apenas as frases II e III são falsas. perfeitas condições de uso, ou, sendo não durável, a resti-
d) As frases I, II e III são verdadeiras. tuição imediata da quantia paga, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos, ou, ainda, o abatimento proporcional do
preço.
22. (FCC - 2010 - MPE-RN - Analista de Tecnologia c) É direito de o consumidor exigir a substituição
da Informação) Sobre CRM, considere:  do produto durável ou não durável, dentro do prazo de
I. As empresas utilizam o CRM para trocar informa- 180 (cento e oitenta) dias, por outro de mesma espécie,
em perfeitas condições de uso, ou, a seu critério exclusi-
ções com seus fornecedores sobre disponibilidade de
vo, a restituição imediata da quantia paga, sem prejuízo de
materiais e componentes, datas de entrega para remes-
eventuais perdas e danos, ou, ainda, o abatimento propor-
sa de suprimentos e requisitos de produção.  cional do preço.
II. CRM é uma rede de organizações e processos de
negócios para selecionar matérias-primas, transformá
-las em produtos intermediários e acabados e distribuir
os produtos acabados aos clientes. 
III. Sistemas de CRM capturam e integram dados
do cliente provenientes de toda a organização, con-
solidam e analisam esses dados e depois distribuem
os resultados para vários sistemas e pontos de con-
tato com o cliente espalhados por toda a empresa. 
IV. Pacotes de software CRM mais abrangentes contêm
módulos para gerenciamento com o relacionamento
com o parceiro (PRM) e gerenciamento de relaciona-
mento com o funcionário (ERM). 

108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

GABARITO
ANOTAÇÕES
1 C
2 E __________________________________________________
3 A
___________________________________________________
4 C
5 A ___________________________________________________

6 D ___________________________________________________
7 D ___________________________________________________
8 A
___________________________________________________
9 E
___________________________________________________
10 A
11 D ___________________________________________________
12 C ___________________________________________________
13 D
___________________________________________________
14 CERTO
___________________________________________________
15 B
16 E ___________________________________________________
17 A ___________________________________________________
18 D
___________________________________________________
19 A
___________________________________________________
20 D
21 D ___________________________________________________
22 C ___________________________________________________
23 A
___________________________________________________

___________________________________________________

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109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Bancário

ANOTAÇÕES

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