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Q1005
1º Ciclo em Física
2017/2018
OBJETIVO DESTE DOCUMENTO
medição de um volume
• balança analítica (incerteza 0,2 mg),
• balança semianalítica (incerteza 1 mg)
• pipetas volumétricas • balança de precisão (incerteza 0,01 g)
→ para medir volumes conhecidos
rigorosamente Preparação de
• pipetas graduadas ou provetas soluções padrão dependente da quantidade
(dependendo do volume a medir) de substância que se
→ para medir volumes não rigorosamente. pretende medir
1 – Algarismos significativos
• Todos os valores devem ser expressos de modo a que apenas o último algarismo venha
afetado da incerteza inerente a esse valor
• Num número decimal, os zeros à esquerda do primeiro algarismo diferente de zero não
são significativos
• Todos os números resultantes de contagens (p.ex. coeficientes estequiométricos) têm um
número infinito de algarismos significativos
Arredondamentos:
• Se o algarismo a desprezar for maior que 5, arredonda-se por excesso
• Se o algarismo a deprezar for menor do que 5, arredonda-se por defeito
• Se o algarismo a desprezar for igual a 5:
• Arredonda-se por defeito se o algarismo anterior for par
• Arredonda-se por excesso se o algarismo anterior for ímpar
Exatidão: proximidade entre o resultado de uma medida e o valor tido como verdadeiro ou o
mais provável (erro).
Precisão: grau de dispersão de um conjunto de valores medidos em torno de um valor médio
(incerteza da medida).
Erros sistemáticos: afetam o valor medido sempre no mesmo sentido (excesso ou defeito)
afetam a exatidão do valor medido.
Resultam de:
• erros experimentais (má calibração ou deficiência de funcionamento de um aparelho de
medição)
• erros de operação (deficiente leitura de uma escala, solubilização incompleta de um
composto…)
Erros fortuitos: afetam o valor medido de forma aleatória afetam a precisão da medição.
Não podem ser eliminados.
Erro absoluto
eabsoluto = |valor obtido-valor verdadeiro|
Erro relativo
erelativo = valor obtido-valor verdadeiro
valor verdadeiro
Avaliação da precisão
Desvio padrão
s
- Adição (e subtração)
𝛾 = λ + λ𝑎𝑎 + λ𝑏𝑏 + λ𝑐𝑐 a, b e c – quantidades medidas de forma independente,
afetadas por uma incerteza e → (𝑎 ± 𝑒𝑎; 𝑏 ± 𝑒𝑏; 𝑐 ± 𝑒𝑐)
A incerteza da grandeza y é dada por:
- Multiplicação (e divisão)
𝑎𝑏
𝑦=λ
𝑐𝑑
𝑒𝑦 𝑒𝑎 𝑒𝑏 𝑒𝑐 𝑒𝑑
= ( )2 + ( )2 + ( )2 + ( )2
𝑦 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
Exemplo:
Determinar a composição em percentagem por volume de 500 mL de uma solução de
glicerina que contém 100 mL de glicerina líquida.
100 mL glicerina / 500 mL solução x 100 = 20% (% v/v)
Exemplo:
Determinar a composição em percentagem em peso por volume de 500 mL de uma
solução de NaCl que contém 20 g de sal.
20 g NaCl / 500 mL solução x 100 = 4% (% p/v)
Exemplo:
Qual a molaridade de uma solução obtida por dissolução de 11 g de CaCl2 em água para
obter 100 mL de solução?
Exemplo:
Exemplo:
Na preparação de uma solução rigorosa um aluno pesou 0,1025±0,002 g de NaCl para um
volume de solução total de 100,00±0,08 cm3. Qual a concentração da solução e a sua
imprecisão [M (NaCl) = 58,4425±0,0009 g/mol]?
desprezável
= 0,0003 mol.dm-3
Exemplo:
Que volume, em mL, de NaCl 6,000 M é necessário para preparar 100 mL de NaCl 1,2 M?
6,000 M x Vi = 1,2 M x 0,100 L
Vi = 1,2 M x 0,100 L / 6,000 M = 0,020 L = 20 mL
Assim, para preparar a solução de NaCl 1,2 M, deve medir-se (com uma pipeta volumétrica)
20,00 mL de NaCl 6,000 M para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume até
ao traço com água destilada.
Diluição: Mi Vi = Mf Vf
No laboratório:
Bacia com gelo
Colocar ca. de 700 mL de água no gobelé → gelo
Medir o ácido com uma proveta
Juntar lentamente à água e homogeneizar
Perfazer o volume até aos 1000 mL com água
1. Suponha que pretende preparar 0,500 cm3 de uma solução de ácido nítrico [M(HNO3) =
63,0129 g.mol-1] aproximadamente 2 mol.dm-3, a partir de uma solução de ácido nítrico
comercial (65 % p/p; d = 1,406).
2. Suponha que pretende preparar 1 dm3 de uma solução de ácido sulfúrico [M(H2SO4) =
98,079 g.mol-1] aproximadamente 0,2 mol.dm-3, a partir de uma solução de ácido sulfúrico
comercial (96 % p/p; d = 1,84).
• Calcule a concentração da solução comercial?
• Qual o volume de solução concentrada necessário para a preparação da solução
pretendida?
pH = -log [H+]
Para
• ácido e base monopróticos: HX (aq) + MHO(aq) → MX(aq) + H2O(l)
Proporção 1:1
n(H3O+) = n(HO-) nácido = nbase Va x ca = Vb x cb
• Uma das espécies diprótica: 2HX (aq) + M(HO)2 (aq) → MX2 (aq) + 2H2O(l)
n(H3O+) = nácido , mas, n(HO-) = 2 x nbase
n(H3O+) = n(HO-) Va x ca = 2 x Vb x cb
1
H+ (aq) + HO- (aq) → H2O (l) 𝐾= = 1014 (25ºC)
𝐾𝑊
1 14 +
𝐾𝑎 = + − = 10 ⟹ [𝐻 ] = 10−7 ⟹ 𝒑𝑯 = 𝟕
𝐻 × [𝐻𝑂 ]
2. Para determinar a concentração de uma solução aquosa de NaHO um aluno efetuou uma
titulação ácido-base. Utilizou 25,00 mL de uma solução
aquosa de HCl 0,2204 mol.dm-3, tendo gasto 18,32 mL
de sol. de NaHO.
a) Qual a concentração da solução de NaHO?
b) Qual a concentração de H+ no ponto de equivalência?
c) Qual o pH da solução no ponto de equivalência?
uma variação suave, quase horizontal, uma variação brusca, de novo, uma
na zona ácida da escala de pH (sobe quase vertical, passando pequena variação
pouco devido à capacidade de tampão da zona ácida para a zona na zona alcalina
da solução de ácido forte) alcalina
Ponto de Equivalência
ponto de inflexão da curva de titulação
definido por 2 coordenadas: o volume equivalente
lido nas abcissas e o pH equivalente lido no eixo
das ordenadas.
laboratório de química geral 43
Ácido forte-base forte NaOH (aq) + HCl (aq) H2O (l) + NaCl (aq)
Fenolftaleína Fenolftaleína
pH < 8.5, incolor pH > 9, magenta
Mudança de cor do
indicador tem que ocorrer
na zona de variação brusca
do pH
A actividade do adsorvente é determinada pela sua área superficial, a sua natureza química e o
arranjo geométrico dos átomos superficiais
Propriedades de um adsorvente:
☺ não deve dissolver na fase móvel
☺ não deve reagir com a fase móvel nem com os solutos a analisar
☺ deve dar resultados reprodutíveis
☺ o processo de adsorção deve ser reversível
☺ o adsorvente não deve ser muito caro
Métodos de revelação
• Compostos corados
• Irradiação com luz UV – Placa impreganda
com substância fluorescente que quando
irradiada mostra os analitos como manchas
escuras sobre fundo brilhante
• Visualização das manchas por exposição a
vapor de iodo
• Visualização das manchas por reação com
um reagente cromogénico seletivo (p. ex.
dicarboxidina, vanilina)
http://en.wikipedia.org/wiki/File:TLC-Essential-Oils.jpg
4. Duas substâncias que na mesma placa de CCF apresentem o mesmo valor de Rf:
a) São o mesmo composto
b) Não são o mesmo composto
c) Podem ser o mesmo composto
d) Não podem ser o mesmo composto
− Destilação simples
− Destilação fracionada
• Como?
→ vaporização da fase líquida seguida da condensação da fase vapor
Pressão (ou pressão parcial) do vapor em equilíbrio com o líquido ou com o sólido,
a uma determinada temperatura, T.
Gráfico:
Dependência da pressão de vapor, Pi,
com a temperatura, T
De notar que:
Para qualquer temperatura, a pressão de
vapor do ciclo-hexano é sempre superior à
pressão de vapor do tolueno
𝑃𝐴 = 𝑥𝐴,𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝐴,𝑝𝑢𝑟𝑜
𝑃𝐵 = 𝑥𝐵,𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝐵,𝑝𝑢𝑟𝑜 Lei de Raoult
→ E se continuássemos?
Recebedor / alonga
Cabeça de destilação, de Claisen
Coluna de fracionamento
Balão de fundo redondo
de Vigreux
Termómetro
Matráses
Condensador
Manta de aquecimento
1. O líquido em ebulição num balão de destilação é composto por hexano (80 mol
%) e propilbenzeno (20 mol %). A 79ºC é recolhida uma pequena quantidade de
destilado. A essa temperatura, as pressões de vapor do hexano puro e do
propilbenzeno puro são, respetivamente, 812 mm Hg e 560 mm Hg. Calcule a % de
cada um dos dois componentes nessa fração de destilado.
2. Diga como procederia para preparar 250 mL de uma solução 0,0200 mol.dm-3
em Al3+, a partir de Al2(SO4)3? Qual a molaridade dessa solução em SO42-?
b
c
a–
b–
c–
Solução saturada de A
Arrefecimento
Solúveis Insolúveis
Eliminadas por filtração Eliminadas por filtração da
após a cristalização de A solução antes da cristalização de A
2
Solubilidade
Temperatura
Temperatura Dissolve
ambiente
Não dissolve
…
.. Aquecimento
Amostra
Cristais
laboratório de química geral 109
Solventes que devem ser evitados
• Solventes com pontos de ebulição elevados / baixa volatilidade (p. ex.
dimetilsulfóxido)
Exceção: água (barata, não tóxica nem inflamável)
Devem usar-se solventes que possuam uma maior faixa de temperatura entre a
temperatura ambiente e seu ponto de ebulição;
Não devem ser utilizados solventes cujos pontos de ebulição sejam mais altos do
que o ponto de fusão do sólido a ser purificado.
Procedimento: Amostra
Substância + impurezas solúveis e insolúveis
Filtrado Resíduo
impurezas solúveis Impurezas insolúveis
3. Arrefecimento
4. Filtração sob pressão reduzida X
Filtrado (águas-mãe)
Cristais Impurezas solúveis
% de substância
Todo o material (funil de vidro e papel de filtro) a ser utilizado durante o processo de
filtração deve ser previamente aquecido.
Rápido: Lento:
Cristais demasiado pequenos Cristais demasiado grandes
→ adsorção de impurezas → incorporação de impurezas
Colocar papel de filtro com diâmetro ligeiramente menor que diâmetro do funil
Lavar o papel com o solvente utilizado na cristalização melhor aderência
Utilizar as águas-mãe (filtrado) para tirar todo o sólido do matrás
Lavar os cristais com solvente arrefecido
• Deixar secar no funil de Buchner durante alguns minutos sob pressão reduzida
(bomba de vácuo, trompa de água)
• Secagem em estufa → controlar a temperatura da estufa de modo a evitar a fusão
dos cristais
No final
Determinação da % de recuperação
Verificação da pureza do composto para determinar a eficácia do procedimento
Determinação do ponto de fusão
CCF
Critério de pureza
Ex.: Amostra X • Estreitamento do intervalo de fusão
P. f. 175-185 ºC
• Aumento do ponto de fusão
Purificação
P. f. 179-186 ºC • Intervalo de fusão constante
Purificação
P. f. 184-187 ºC
Purificação Valores equivalentes
P. f. 184-187 ºC
Grau de pureza máximo conseguido pelo processo utilizado
• Aplicações
• Separar um composto orgânico de uma mistura reacional
• Isolar uma substância da sua fonte natural
Metodologias
- Extração simples (uma única extração)
- Extração múltipla (corresponde a várias extrações simples)
- Extração contínua
K > 100 → basta efetuar uma K < 100 – extração simples não é suficiente
extração simples → extração múltipla ou extração contínua
Exemplificando…
No final duma reação temos os seguintes
produtos
→ A – solúvel em solvente orgânico
→ B e C – solúveis em água
Eficácia da extração
A extração múltipla, executada com várias porções menores de solvente, permite
obter maiores rendimentos do que uma única extração com o volume total de
solvente
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 é𝑡𝑒𝑟(𝑔Τ𝑚𝐿)
𝐾 = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑎 á𝑔𝑢𝑎(𝑔Τ𝑚𝐿) = 1,3
𝑥 𝑔Τ200 𝑚𝐿
1,3 = 𝑥 = 5,7 𝑔
10−𝑥 𝑔Τ200 𝑚𝐿
𝑥 𝑔Τ100 𝑚𝐿 2𝑥 𝑔
1ª extração (1 x 100 mL) 1,3 = 1,3 = 𝑥 = 3,9 𝑔
10−𝑥 𝑔Τ200 𝑚𝐿 10−𝑥 𝑔
6,3 g
𝑥 𝑔Τ100 𝑚𝐿 2𝑥 𝑔
2ª extração (1 x 100 mL) 1,3 = 6,1−𝑥 𝑔Τ200 𝑚𝐿
1,3 = 6,1−𝑥 𝑔
𝑥 = 2,4 𝑔
Insolúvel em Solúvel
meio aquoso em água
no final
Insolúvel
em água
Insolúvel em Solúvel
Insolúvel em
meio aquoso meio aquoso
em água
no final
Ácido recuperado
(precipita)
Insolúvel em Solúvel
meio aquoso em água