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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

CAMPUS URUGUAIANA

FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS

ANÁLISE DE PRODUÇÕES ESCRITAS

COMPREENDENDO A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

Claudia da Camara Canto Vasconcellos

Karina da Silva Morais

Uruguaiana, Outubro de 2006.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 01

2 ANÁLISE DE PRODUÇÃO ESCRITA 01 ....................................................................02

3 ANÁLISE DE PRODUÇÃO ESCRITA 02 ....................................................................06

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 09


1 INTRODUÇÃO:

O início da interação entre a criança e o mundo letrado é um evento marcante que


trará influências significativas ao longo do seu percurso escolar e no tipo de relacionamento
que esta desenvolverá com a leitura.

Dada essa significação, é de suma importância que o educador esteja preparado para
mediar seguramente este encontro, propondo reflexões e situações de aprendizagem segundo
o estágio de maturação e construção cognitiva de cada criança e dosando, adequadamente, a
apresentação de hipóteses que coloquem em conflito seus conceitos já construídos com vistas
a fazê-la avançar.

Mantendo presente a importância deste dimensionamento para a alfabetização,


buscamos, a seguir, analisar a produção escrita de duas crianças procurando categorizá-las,
em termos de construção cognitiva, segundo a psicogênese da escrita proposta por Emilia
Ferreiro e situar cada aprendizagem segundo o que é proposto para a hipótese em questão.

Como metodologia para a obtenção deste intento, foram desenvolvidas duas


situações de escrita, sendo que a primeira vincula a escrita à habilidade de análise e síntese à
interpretação de uma situação expressa em desenho e a segunda trabalha com o signo gráfico
e sua representação sonora.

Foram determinadas as conclusões que seguem:


2 ANÁLISE DA PRODUÇÃO ESCRITA 01:

A dinâmica foi proposta, primeiramente, à criança Wedrejo Pilar, de 5 anos, que


freqüenta a escolinha Saci Pererê e que já possui alguma aproximação com o mundo letrado,
pois, além de freqüentar a educação infantil , sua mãe é professora.

Podemos dizer, pelo resultado apresentado nas situações de testagem, que Wedrejo já
foi estimulado para o processo de alfabetização e construiu estruturas cognitivas compatíveis
com a hipótese do nível silábico-alfabético chegando a apresentar algumas características do
nível alfabético.

Demonstra a habilidade de análise e síntese e a leitura de mundo já em


desenvolvimento, pois consegue perceber a situação e as emoções expressas pelo desenho.

A forma de construção da frase apresentada por Wedrejo na atividade de ditado, que


relaciona abstratamente o signo gráfico à sua representação sonora, informa que ele, apesar de
ainda não separar corretamente as palavras, já adquiriu competência lingüística para
identificar e combinar corretamente consoantes e vogais com o intuito de representar
graficamente de maneira global o som da palavra.

Identifica, ainda, a frase como uma unidade de sentido que visa comunicar algo,
produzindo uma leitura termo a termo e uma escrita passível de socialização.

Em ambas as atividades, porém, Wedrejo apresenta uma vinculação e/ou preferência


muito grande com pelo desenho, sendo que, na atividade de interpretação da cena, mesmo
tendo sido estimulado à escrever, prescindiu da escrita para comunicar-se apenas pelo método
do desenho e na atividade de ditado precisou primeiro representar a frase em desenho para
depois grafá-la.
Acreditamos que essa necessidade do concreto visual aponta para a imaturidade
própria da idade já que, segundo Piaget, Wedrejo ainda está no estágio de representações
concretas e, embora consiga, pelo trabalho de letramento realizado pela mãe e pela escola, um
bom nível de compreensão abstrata da relação entre som e signo, esta ainda não é sua forma
preferida de expressão.

Percebe-se, inclusive que outras características associadas à maturidade das


estruturas cognitivas tais como a percepção corporal e a atenção ainda não estão
completamente desenvolvidas, pois os desenhos realizados estão sem a totalidade do corpo e
sem contextualização ao redor.

Achamos possível que o conflito essencial apresentado por Wedrejo, esteja antes
entre a sua maturidade e o nível de abstração cognitiva já construída, do que propriamente
entre uma ou outra hipótese de escrita e que para chegar a hipótese silábico-alfabética precisa
apenas desenvolver suficiente maturação interna que responda aos estímulos externos
fornecidos pela escola e/ou pela mãe, voltando, dessa forma, seu interesse e motivação
pessoal para a escrita e a leitura.
3 ANÁLISE DA PRODUÇÃO 2:

As atividades realizadas por Mônica Arielli Mendes de Oliveira, 7 anos, que cursa a
1º série na Escola CIEP, informaram que seu processo de alfabetização está solidificado e
compatível com as estruturas cognitivas da hipótese alfabética, podendo-se portanto,
considerá-la alfabetizada.

Sua habilidade de análise e síntese e a leitura de mundo feita, já alcançam bom


desenvolvimento, pois Mônica conseguiu apreender e interpretar a situação e as emoções
contidas no desenho da primeira atividade, descrevendo-o com alguns detalhes e
representando a frase da atividade de ditado com contextualização rica.

Grafa corretamente as palavras e apresenta uma leitura com fluência dentro do


esperado para a hipótese em que se encontra.

As atividades propostas para Mônica devem priorizar o desenvolvimento e


aperfeiçoamento da capacidade criativa, de produção textual, letramento e leitura, já que
mesmo tendo nomeado os personagens do desenho e inferido a interpretação da situação não
chegou a traduzi-la em uma produção textual, por pequena que fosse. Ex: Uma frase sobre a
menina.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1999.

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