Vous êtes sur la page 1sur 26

I – Regras de segurança

Em todos laboratórios existem regras gerais de utilização que se devem complementar com
outras de carácter pessoal, de modo a evitar a possibilidade de ocorrência de acidentes. Entre os
riscos mais comuns, num laboratório químico, destacam-se os seguintes:

• Uso de substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas, …;


• Manuseamento de material de vidro
• Trabalho à temperaturas elevadas;
• Trabalho à pressões diferentes da atmosférica;
• Uso de fogo;
• Uso de electricidade.

1.1 – Regras gerais de segurança


a) Deve-se ter sempre presente que o laboratório é um lugar de trabalho sério;
b) Antes de se iniciar qualquer experiência, deve-se ter o cuidado de se fazer uma
preparação correcta, lendo os protocolos e anotando todas as precauções a tomar;
c) Verificar, periodicamente, o estado de conservação do equipamento eléctrico, das
condutas e das tubagens;
d) É estritamente proibido trabalhar em laboratório sem bata, devendo esta ser de material
que não apresente perigo quando exposto ao calor;
e) Usar, quando for necessário, protecção individual (avental, óculos, luvas, protectores
faciais e máscaras para gases);
f) Não é permitido comer, beber ou fumar em qualquer das áreas laboratoriais;
g) Todos acidentes devem ser imediatamente comunicados e objecto de relatório;
h) Todas as operações que envolvam a produção de gases ou vapores devem ser realizadas
dentro do nicho.

1.2 – Protecção pessoal


a) Usar sempre uma bata limpa e justa;
b) Usar calçado fechado (evitar sapatos abertos, sandálias, …);
c) Em situações de risco não se pode dispensar o uso de óculos de protecção;
d) Usar luvas apropriadas durante a manipulação de objectos quentes e de substâncias que
possam ser absorvidas pela pele (corrosivas, irritante, cancerígenas, tóxicas ou nocivas);
e) Antes de utilizar qualquer substância deve-se tomar conhecimento dos riscos que ela
comporta;
f) Não pipetar com boca. Utilizar um pipetador (pompetes, macrocontroladores de pipetas);
g) Não comer, não beber, nem fumar no laboratório;
h) Nunca provar ou cheirar, directamente soluções nem produtos químicos;
i) Lavar com frequência as mãos durante e no fim do trabalho laboratorial;

1
j) Todas as feridas expostas devem estar devidamente protegidas;
k) Não é aconselhável usar os cabelos compridos e soltos;
l) Usar máscaras de protecção sempre que manusear produtos que libertem gases tóxicos;
m) Não manusear equipamento eléctrico com as mãos húmidas;
n) Nunca trabalhar sozinho no laboratório.

1.3 – Acidentes mais comuns em laboratório e primeiros socorros


Sendo o laboratório de química um local de risco controlado, o conhecimento e cumprimento de
normas de segurança de carácter geral pode, no entanto, não evitar a ocorrência de acidentes.

A maioria destes podem incluir-se na seguinte classificação:


• Golpes ligeiros;
• Salpicos e queimaduras químicas superficiais;
• Salpicos nos olhos;
• Inalação de substâncias tóxicas (gases, vapores ou pós);
• Ingestão de reagentes (sólidos ou líquidos);
• Queimaduras térmicas ou com fogo;
• Contactos com circuitos eléctricos expostos.

Convém conhecer os procedimentos a seguir nestas situações (tabela 1) não esquecendo que
todos os acidentes que venham a ocorrer e que resultem em incêndios, ferimentos ou prejuízos,
por menos graves que sejam, devem ser cuidadosamente investigados e objecto de relatório de
modo a contribuírem para a aprendizagem e prevenção futuras.

Existem alguns tratamentos-padrão a aplicar em cada tipo de acidente, sendo, no entanto,


essencial a máxima presença de espírito e rapidez de actuação, pelo que as pessoas vitimadas ou
os presentes devem imediatamente comunicar a ocorrência ao professor ou encarregado de
laboratório.

2
Sempre que necessário ou em caso de dúvida, deve-se transportar os acidentados para o Hospital
mais próximo.

Tabela 1 – Acidentes: Modo de proceder


Acidente Procedimento
Fazer sangrar o golpe alguns segundos.
Golpes ligeiros Remover estilhaços. Lavar com água corrente.
Desinfectar e proteger com um penso.
Salpicos e Lavar abundantemente a área afectada com água corrente – o uso de
queimaduras sabão facilita a remoção.
químicas superficiais Remover o vestuário contaminado. É aconselhável a consulta médica.
Por ácidos – Lavar imediatamente o local com água em abundância.
Queimaduras Em seguida, lavar com solução de bicarbonato de sódio a 1% e ,
químicas graves novamente com água.
(causadas por ácidos, Por álcalis – Lavar a região atingida imediatamente com água. Tratar
álcalis, fenol, etc) com solução de ácido acético a 1% e, novamente com água.
Por fenol – Lavar com álcool absoluto e, depois com água e sabão.
Lavar com soro fisiológico ou água, de esguicho próprio (frasco
Salpicos químicos nos lavador), mantendo as pálpebras afastadas com a ajuda de dois dedos,
olhos de forma que o jacto de água seja preferencialmente dirigido na
tangencial ao globo ocular. Consultar um médico.
Afastar o acidentado do local contaminado, aliviando-lhe o vestuário
no pescoço e no peito.
Inalação de Se ocorrer inconsciência, deitá-lo de face virada para baixo,
substâncias tóxicas mantendo-o aquecido e eventualmente tentar a reanimação boca a boca
(excepção para contaminação por venenos). Transportar para o
Hospital.
Ingestão de reagentes Bochechar com água, sem ingerir, se a contaminação for apenas bucal.
(sólidos/líquidos) Caso tenha havido ingestão, beber água ou leite em abundância e
deslocar rapidamente para o Hospital mais próximo.
Queimaduras Não usar água!
térmicas ou com fogo Térmicas – Aplicar pomada própria ou linimento e proteger com gaze
esterilizada.
Fogo – Abafar as chamas, fazendo, eventualmente, rolar o acidentado
pelo chão.
Circuitos eléctricos Desligar a corrente/quadro de electricidade antes de socorrer o
acidentado.

Observação: Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas
existentes. Não toque com as mãos a áreas atingida. Procure um médico.

3
1.4 – Relatório do acidente
Conforme se disse, mesmo que um acidente pareça insignificante, deve-se elaborar um relatório,
que deve conter as seguintes informações:
• Identificação das pessoas envolvidas;
• Data, hora e local da ocorrência;
• Causas do acidente;
• Medidas tomadas;
• Natureza dos ferimentos, tipo de primeiros socorros e quem os ministrou;
• Se foi ou não chamada a ambulância;
• Se houve ou não incêndio e como foi extinto;
• Se foi ou não dado o alarme;
• Se foram ou não chamados os bombeiros;
• Tempo decorrido entre a chamada e actuação;
• Registo de danos materiais.

1.5 – Armazenamento de reagentes


Para armazenar os reagentes correctamente deve-se ter em conta os seguintes aspectos:
1) O armazenamento dos produtos químicos deve ficar localizado em áreas próprias;
2) Fazer um planeamento de armazenagem de reagentes usados no laboratório, dividindo-os,
por exemplo, nas seguintes categorias:

Reagentes inflamáveis Substâncias corrosivas


Reagentes tóxicos Reagentes sensíveis a água
Reagentes explosivos Gases comprimidos
Agentes oxidantes Substâncias radioactivas

3) Não armazenar nenhum produto no chão ou atrás das portas;


4) Não empilhar os reagentes;
5) Conhecer a simbologia nacional e internacional usada na rotulagem;
6) Não armazenar, conjuntamente, os reagentes incompatíveis (tabela 2);

Reagentes incompatíveis são aqueles que podem reagir:


• Violentamente;
• Com evolução do calor;
• Produzindo vapores tóxicos;
• Produzindo vapores inflamáveis.

4
Tabela 2 – Classes de reagentes incompatíveis
Reagentes Incompatíveis com:
Ácidos Bases e metais reactivos
Ácidos oxidantes Ácidos orgânicos, Cianeto de sódio e Sulfureto
de ferro
Agentes oxidantes Agentes inflamáveis, combustíveis e redutores
Agentes tóxicos Agentes inflamáveis
Agentes halogenantes Carbono
Cloratos Compostos orgânicos
Halogéneos Fósforo
Nitratos Hidretos de metais
Percloratos Metais
Permanganatos Nitritos
Peróxido de halogéneo Silício

7) Armazenar todos os reagentes devidamente identificados;


8) Colocar os recipientes com ácidos concentrados em prateleiras baixas;
9) Situar os reagentes inflamáveis longe de qualquer fonte de ignição;
10) Armazenar os reagentes sensíveis à água em locais secos e desprovidos de pontos de
água;
11) Guardar as soluções de hidróxidos inorgânicos em recipientes de polietileno;
12) Armazenar os reagentes peroxidáveis (alteráveis pela luz e pelo ar) em local escuro, seco
e fresco e em recipientes escuros e à prova de ar;
13) Manter os reagentes explosivos segregados e nunca em recipientes de vidro.

1.6 – Destruição e despejo de resíduos


Os resíduos químicos de laboratório não devem ser despejados directamente no esgoto.

Todos os desperdícios devem ser devidamente acondicionados, identificados e eliminados.

Dependendo das características dos produtos, deverão ser feitos tratamentos prévios ao despejo
que poderão envolver operações tais como:
• Diluição;
• Neutralização;
• Combustão;
• Arrefecimento;
• Filtração.

Quando o resíduo for gasoso, o tratamento usando frascos lavadores é bastante eficiente.

5
A eliminação dos resíduos, depois de devidamente tratados, poderá ser efectuada de diversas
maneiras, entre as quais:
• Recuperação;
• Enterro;
• Incineração (ao ar livre ou utilizando incineradores especiais);
• Lançamento no esgoto.

6
II – Relatórios

2.1 – Normas gerais para a elaboração do relatório


O relatório pretende traduzir a compreensão global de alunos sobre um determinado trabalho,
para isso, na sua elaboração, dever-se-á seguir o plano que se apresenta em 7 partes:

1 – Capa
Esta deve conter o nome da instituição, título do trabalho, nome do professor, nome dos autores e
a data de realização do trabalho.
Laboratório de Química Orgânica
Título do trabalho
Autor
Data

2 – Resumo:
Desta parte deve constar: Objectivo do trabalho; Método utilizado; Resultados obtidos.

3 – Introdução teórica
De forma concisa, devem apresentar-se os aspectos essenciais da teoria directamente
relacionados com as experiências realizadas.

4 – Parte experimental
Nesta secção, mencionam-se os pormenores da realização experimental, nomeadamente:
• Reagentes, indicando as respectivas marcas e graus de pureza;
• Técnica, indicar apenas fonte bibliográfica consultada;
• Resultados, apresentar na forma de tabelas de valores e de gráficos.

5 – Resultados e discussões
É uma das partes mais importantes do relatório. Nela se discutem os resultados obtidos, fazendo-
se a sua comparação com os dados já existentes. A interpretação dos resultados é
importantíssima. Podem fazer-se sugestões para o trabalho futuro.

6 – Conclusões
Reafirmar de maneira sintética a ideia principal, respondendo ao problema inicial (objectivo).
Relatar as principais contribuições proporcionadas pelo trabalho.

7 – Referências Bibliográficas
É um conjunto de indicações que possibilitam a identificação de documentos, publicações, no
todo ou em parte, que foram utilizadas para a redacção do relatório. A literatura consultada deve
ser enumerada a fim de que ao longo do trabalho, se possa fazer uma referência fácil.

7
2.2 – Ficha de Laboratório
A ficha de laboratório é o resumo da aula laboratorial, ou seja, é a preparação que cada estudante
deve fazer, usando o guião antes da aula laboratorial respectiva.

Objectivo da ficha de laboratório: O estudante vai a aula laboratorial sabendo o que vai fazer e
já tem uma ideia dos resultados que vai obter. Assim poderá comparar os resultados teóricos com
os obtidos (práticos) e facilmente chegar a uma conclusão.

Esta ficha deve conter:

• Título;

• Objectivos;

• Fundamentos teóricos;

• Reacções;

• Mecanismos:

• Cálculo do reagente limitante;

• Cálculo do rendimento teórico.

8
III – Aulas Laboratoriais

3.1 – Aula Laboratorial 1

Propriedades das aminas. Síntese da Acetanilida

Parte A - Propriedades das aminas

Experiência 1 – Basicidade das aminas


Em um tubo de ensaio a, coloque 1 gota de Anilina e adicione 6 gotas de água. Forma-se uma
emulsão de Anilina em água. Adicione parte da emulsão num tubo de ensaio b e conserve para a
obtenção do Bissulfato de fenilamônio. Deite uma gota das soluções aquosas de Anilina e
Metilamina sobre papel indicador universal. Compare o pH da amina aromática com o da amina
alifática. Junte ao tubo de ensaio a 1 gota de HCl (2N). O que ocorre? Escreva a reacção.

Observação: Conserve a solução para a experiência 2.

Adicione ao tubo de ensaio b 1 gota de H2SO4 (2N). O que se forma? Escreva a equação da
reacção.

Experiência 2 – Reacção de cor de sais de anilina com Bicromato de potássio


Coloque 1 gota de Cloreto de fenilamônio (ou cloridrato de anilina, experiência 1, tubo de ensaio
a) no vidro de relógio e adicione 1 gota de K2Cr2O7 (0.5N). Aparece uma coloração azul
carregada.

Experiência 3 – Formação da Tribromoanilina


Coloque num tubo de ensaio, 1 gota de anilina e 5 – 6 gotas de água, agite energicamente e
adicione algumas gotas de Água de bromo até aparecer um precipitado branco de 2,4,6-
tribomoanilina.

Escreva a reacção de bromação da anilina. Explique a influência activante e o efeito de


orientação do aminogrupo na molécula de Anilina.

A reacção de bromação da Anilina ocorre quantitativamente e é usada na análise farmacêutica


para descoberta de Anilina e seus derivados.

9
Experiência 4 – Formação e hidrólise de Bissulfato de difenilamónio
Coloque num vidro de relógio (figura a) alguns cristais de Difenilamina e 1 gota de H 2SO4
concentrado. Agite os cristais com uma vareta de vidro fina até a dissolução. Escreva a reacção
de formação de Bissulfito de difenilamônio.

Figura a – Formação e hidrólise de bissulfato de difenilamina; reacção com HNO3


a – Coloração azul com HNO3;
b – Precipitação de difenilamina por adição de água.

Empurre com uma vareta de vidro uma pequena parte dos cristais formados para uma
extremidade do vidro de relógio e adicione ao lado uma pequena gota de água. Os cristais
hidrolisam-se imediatamente no contacto com a água e forma-se um precipitado branco de
Difenilamina livre.

Observação: Conserve o vidro de relógio com a solução de Bissulfato de difenilamónio para a


experiência 5.

Que se pode dizer sobre a basicidade da Difenilamina comparando-a com a anilina?

Experiência 5 – Reacção de cor de Difenilamina com Ácido cítrico


Prepare uma solução diluída de Ácido nítrico (para isso, dissolve-se 1 gota de HNO3 concentrado
num tubo de ensaio com água). Ponha 1 gota da solução diluída de Ácido nítrico ao lado da gota
de Bissulfato de difenilamônio (figura a). Em contacto com a água aparece uma coloração azul
carregada. A reacção resulta da formação de produtos corados da Difenilamina.

Parte B – Síntese da Acetanilida

Observação: A Anilina é uma substância muito tóxica. Evite o contacto com a pele!!!

1. Pese uma proveta graduada de 5 ou 10mL. Acrescente 4mL de Anilina e pese mais uma
vez;
2. Deite a Anilina num erlenmeyer (250mL) e pese mais uma vez a proveta graduada sem
Anilina;

10
3. Acrescente 30mL de água (destilada) e depois, ao agitar o erlenmeyer, 5mL do Anidrido
acético em porções pequenas. Observações?
4. Acrescente 100mL de água e umas pedrinhas de ebulição. Aqueça por meio dum bico e
tripé até uma solução homogénea;
5. Deite uns mililitros (não mais do que 3mL) da solução quente num béquer pequeno;
6. Acrescente mais ou menos 1g (meia colher pequena) de Carbono activado ao líquido
principal, agite o erlenmeyer e aqueça por alguns minutos;
7. Filtre a solução sem arrefecer por meio de um funil com papel (use mais um erlenmeyer
de 250mL). Aqueça a solução se for necessário. Evite a recristalização prematura com
água quente (100ºC). Use mais ou menos 50mL de água quente (100ºC) para enxaguar;
8. Arrefeça o filtrado no ar (10minutos), depois com água da torneira e finalmente numa
mistura de água e gelo;
9. Filtre a solução com os cristais por meio dum funil de Buchner e uma trompa de água.
Observação: Antes de começar, molhe o papel de filtro com água destilada;
10. Meça por meio de uma proveta graduada grande (250 ou 500mL) o volume total do
filtrado;
11. Deite a solução com os cristais (eventualmente arrefecer!!!) sob 5 num papel de filtro e
compare estes cristais com os cristais obtidos em 9. Observação?
12. Deixe a secar os cristais obtidos em 9 sobre um (outro) papel de filtro até a próxima aula
laboratorial. Nessa aula, pese a quantidade de Acetanilida e determine o ponto de fusão.

Tarefas práticas
a) Dê os resultados das medições de 1, 2, 10 e 12.
b) Quais são as observações de 3 e 11?
c) Calcule a densidade da Anilina e compare com o valor teórico.
d) Calcule, a partir das quantidades reais da equação da formação da Acetanilida, qual a
substância limitante na experiência (densidade do Anidrido acético: 1,08g/mL).
e) Com base nesta substância limitante e a equação da reacção, calcule a massa máxima de
Acetanilida que se pode obter.
f) Calcule o rendimento da reacção. Conclusão?

g) Calcule a quantidade de Acetanilida no filtrado medido em 10 e compare o resultado com


o rendimento calculado. Conclusão?

11
3.2 – Aula Laboratorial 2

Preparação da p-nitroanilina

Reagente Peso Massa (g) Volume Quantidade Densidade


molecular (mL) em mol
Acetanilida 135 0.0223
HNO3 2
H2SO4 5+5

Parte 1 – Síntese da p-nitroacetanilida

Em um erlenmeyer, colocar a Acetanilida e 5 mL de H2SO4 concentrado. Resfriar a mistura em


banho de gelo e adicionar uma mistura de 2 mL de HNO3 + 5 mL de H2SO4 previamente
gelados. A mistura de ácidos deve ser adicionada lentamente e em pequenas porções de 0.5 mL.
O tempo de adição varia de 5-10 min, mantendo a temperatura no meio reaccional abaixo de
10 ºC. Deixar a mistura em repouso durante 10 min e adicionar 20 mL de água gelada. Observa-
se a formação de uma suspensão de isómeros de p-nitroacetanilida e o-nitroacetanilida. Filtrar o
sólido em funil de Buchner e lavar com pequenas porções de água gelada. Recristalizar usando
EtOH. (Observação: Na recristalização, a o-nitroacetanilida obtida ficará na fase líquida,
enquanto que a p-nitroacetanilida ficará em forma de crsitais). Rendimento médio = 80%.

Parte 2 – Hidrólise

Em um balão de fundo redondo, provido de condensador de refluxo e agitação magnética,


adicionar 2 g de p-nitroacetanilida e 10 mL de solução aquosa de H2SO4 50%. Aquecer a refluxo
por 20 min. Adicionar ainda quente a mistura reaccional sobre 50 mL de água fria, e neutralizar
com solução de NaOH 20%. Resfriar o precipitado, filtrar em funil de Buchner lavando com
água gelada. Recristalizar em Etanol aquoso 1:1. Rendimento médio = 90%.

12
3.3 – Aula Laboratorial 3

Preparação do corante azóico “Heliantina”

Parte 1 – Preparação de p-sulfonbenzeno-diazónio.

Dissolver num copo 1.7 g (0.01 moles) de Ácido sulfanílico em 5 mL de Ácido clorídrico diluído
1:1. Mantendo a mistura em agitação e arrefecendo-a por meio de uma mistura de gelo e sal
(NaCl) a uma temperatura inferior a 5 ºC, juntar lentamente 5 mL duma solução aquosa de
Nitrito de sódio, que contêm 5 g deste composto. Nunca se devendo exceder a temperatura de
5 ºC. Rapidamente se desprende o precipitado de p-sulfonbenzeno-diazónio que será utilizado
para a experiência seguinte.

Parte 2 – Preparação de 4-(p-N,N-dimetilaminofenilazo)-benzeno-sulfonato de sódio


(“Heliantina”)

Uma solução de 1.7 mL (0.01 moles, 1,2 g) de N,N-dimetilanilina em 5 mL de Ácido clorídrico a


concentração de 1:1, junta-se a temperatura de 5-10 ºC, uma solução de sal de diazónio
preparado na experiência anterior. Deve-se manter a mistura fria e agitada. A partir da solução
ácida, o corante precipita-se sob forma de sal por neutralização com Carbonato de sódio.
Conforme a solubilidade, pode recistalizar-se este sal numa pequena quantidade de água. Depois
filtrar o produto final por sucção, secar num papel de filtro, determinar o peso, a temperatura de
fusão. Verificar a cor desse corante no meio ácido (vermelha) e no meio alcalino (amarela).
Rendimento de 80%.

Escrever as fórmulas deste corante em meio ácido e em meio básico.

13
3.4 – Aula Laboratorial 4

Síntese de 1-Fenilazo-2-Naftol

Juntar 0.9 mL de Anilina, 1.4 mL de água e 2.1 mL de HCl concentrado num copo de 50 mL.
Arrefecer a solução até 0-5 ºC e adicionar 1 g de gelo, agitando constantemente, adicionar gota a
gota a solução de NaNO2 (0.75 g) em 3 mL de água até a solução conter excesso de Ácido
nitroso.

Observação: Testar o excesso de Ácido nitroso na solução colocando 1 gota de solução num
papel de iodeto de amido “starch iodide”. A coloração azul indica o excesso de Ácido nitroso. A
temperatura da mistura deve manter-se abaixo de 5 ºC.

Dissolver 1.4 g de β-naftol em 3mL de NaOH(aq) 3N quente. Deixar arrefecer esta solução a 5 ºC
e adicionar lentamente e agitando à solução de Fenil-diazónio. Deixar a mistura reaccional em
repouso à temperatura entre 0-5 ºC durante 15minutos.

Recuperar o produto por filtração por sucção e lavá-lo com muitas porções de água fria. 1-
fenilazo-2-naftol forma (precipitado) folheto vermelho escuro com p.f.=134 ºC. Recristalizar o
produto bruto em etanol ou etanol aquoso. Deixar secar ao ar livre.

Questionário
1. Porque o 4-fenilazo-1-naftol é muito mais solúvel em alcali diluído do que 1-
fenilazo-2-naftol?
2. Porque a velocidade de acoplamento do ião fenildiazónio com β-naftol depende do pH do
meio reaccional?

14
3.5 – Aula Laboratorial 5

Preparação de sulfonamidas

Parte 1: Preparação de Benzenossulfonamidas

Num balão de 100 mL, deitar 25 mL de Amónia concentrada e juntar gota a gota ou em
pequenas porções 0.05 mol de Cloreto de benzenossulfonilo. Em seguida, colocar um
refrigerante de refluxo e aquecer o balão num banho de água, mantendo-se a mistura bem agitada
até que uma amostra retirada do balão reactor se dissolva em Soda cáustica diluída, dando
origem a uma solução límpida, e até que o cheiro característico do Cloreto de sulfonilo tenha
desaparecido. Depois de a mistura ter arrefecido, separar a Sulfonamida por filtração por sucção
e purificar a mesma por recristalização em Água ou Álcool diluído (rendimento cerca de 80%).

Parte 2: Separação de misturas de aminas através das respectivas sulfonamidas (separação de


Heinsberg).

Dissolver 0.5 g da mistura de aminas (amina primária + amina secundária + amina terciária) em
10 mL de Soda cáustica a 10% e juntar em porções, 1 g de Cloreto de sulfonilo. Seguidamente
aquecer durante alguns minutos num banho de água até o cheiro do Cloreto de sulfonilo já não
ser perceptível. A solução alcalina é acidificada com o Ácido clorídrico diluído, o precipitado é
separado por filtração e lavado com um pouco de água fria. A amina terciária encontra-se no
filtrado sob forma de cloridrato. Para conseguir a transformação das sulfonamidas formadas nas
respectivas monossulfonamidas, levar o resíduo seco da filtração à ebulição durante 30 minutos
com uma solução de Alcoolato de sódio, preparada a partir de 0.5 g de Sódio e 10 mL de Álcool
absoluto. Seguidamente diluir com um pouco de água e destilar o Álcool. A sulfonamida da
amina secundária é separada por filtração por sucção, o filtrado é acidificado com Ácido
clorídrico diluído e a sulfonamida da amina primária é separada por uma filtração por sucção. Os
derivados obtidos são recristalizados em Álcool diluído. A amina terciária no primeiro filtrado
ácido é libertada por adição de Hidróxido de sódio, extraída com éter e identificada de
preferência sob forma de picrato.

Observação:
• Cloreto de sulfonilo = Cloreto de benzenossulfonilo
• Amina primária = Anilina
• Amina secundária = Difenilamina
• Amina terciária = N,N-dimetilanilina

15
3.6 – Aula Laboratorial 6

Extracção e Oxidação da cafeína das folhas de chá

Parte 1 – Extracção da Cafeína das folhas de chá

Ferver a mistura de 5 g de folhas de chá com 125 mL de água num copo durante 15minutos,
usando o bico de Búnsen (fazer a montagem com tripé, triângulo, tela de amianto). Adicionar 20
mL de solução aquosa de Acetato de chumbo 10 % ao chá quente.

Agitar a mistura resultante com uma vareta de vidro e filtrar a mistura quente por sucção num
funil de Buchner. Transferir o filtrado num copo, concentrá-lo fervendo até um volume de
aproximadamente 25 mL, deixar arrefecer até 25 ºC, e adicionar 12 mL de Clorofórmio. Agitar a
solução resultante e filtrar por sucção, e separar as duas fases do filtrado numa ampola de
decantação de 50 mL.

Extrair a fase aquosa com 2 fracções adicionais de 12 mL de Clorofórmio. Filtrar os extractos


clorofórmicos (filtração por gravidade) e destilar o Clorofórmio do filtrado. Raspar o resíduo
seco do frasco com uma espátula. Pesar o produto bruto e determinar o ponto de fusão. (o
produto pode ser purificado por sublimação; o p.f. encontrado na literatura = 238 ºC)

Parte 2 – Oxidação da Cafeína

Colocar a solução de 1 g de Cafeína, 3 mL de água e 1.3 mL de HCl concentrado num tubo de


ensaio 25/150 mm. Aquecer a solução a 50-55 ºC num banho-maria e adicionar cuidadosamente
em pequenas porções 0.4 g de Clorato de potássio. Durante a adição, agitar a mistura de reacção
e determinar a temperatura da solução (com termómetro).

Quando aproximadamente a metade está já adicionada, o precipitado aparece na mistura de


reacção. Não adicionar mais clorato de potássio até que todo precipitado reaja e reforme a
solução. No fim da adição, continuar a aquecer a mistura da reacção a 50-55 ºC por mais outros
10 minutos. Deixar arrefecer a solução, diluir com 3 mL de solução saturada de Bissulfito de
potássio e arrefecer a mistura durante 10-15 min num banho de gelo. Separa-se os cristais.
Recristalizar o material bruto no mínimo de água quente (a ferver). Determinar o rendimento.

16
Equações:

H3C C O
N C
KClO 3
C8H10N4O2
HCl, H2O C C
Cafeina O N O

CH3
Dimetilaloxano

KHSO 3

O
OH
H3C C
N C
SO2OK
C C
O N O

CH3
Produtos de adição de bissulfito

17
3.7 – Aula Laboratorial 7

Síntese de 1,2,3,4-Tetrahidro-carbazole (Reacção de indolização de Fischer)

Dissolver 8.8 g (9 mL) de Ciclohexanona em 50 mL de Ácido acético glacial, adicionar 8 mL de


Fenilhidrazina, e aquecer a refluxo a solução durante cerca de 5 min. Depois deixar arrefecer e o
Tetracarbazole cristaliza.

Filtrar sob pressão de trompa de água e recristalizar o resíduo aquoso ou Ácido acético aquoso.
A recristalização deve ser rápida porque o Tetracarbazole sofre oxidação atmosférica em
soluções quentes: Depois da recristalização, o produto é colocado num excicador sob vácuo para
secagem. Deve-se evitar as recristalizações repetidas.

O Tetracarbazole depois da secagem é obtido sob forma de cristais incolores (p. f. = 118ºC; o
rendimento do produto recristalizado = 11g).

Quando as soluções etanólicas saturadas frias do Tetrahidrocarbazole são misturadas e agitadas


com o Ácido pícrico forma-se progressivamente cristais de Picrato de carbazole de cor
chocolate-castanha.

Filtrar sob pressão e lavar o produto com pequenas quantidades de Etanol e secá-lo.
(P.f. 145-146 ºC).

18
3.8 – Aula Laboratorial 8

Formação dos derivados amoniacais quaternários de Piridina e de Quinolina

Parte 1 – Reacções de Piridina

Preparar uma mistura de 1 mL de Piridina e 5 mL de água.


a) Determinar as propriedades alcalinas da solução de Piridina com ajuda de papel indicador
universal. Depois misturar 0.5 mL de solução de Piridina e 2 mL de solução de Cloreto
de ferro III. Precipita-se o Hidróxido férrico.
b) Misturar 1 mL da solução de Piridina com 1 mL da solução de Carbonato de sódio e 1mL
da solução de Permanganato de potássio. O Permanganato de potássio não oxida a
Piridina, e a solução não se descolora à temperatura ambiente e sob aquecimento.
c) À solução de Ácido pícrico, deita-se 0.5 mL da solução de Piridina. Dentro de 5-10min
precipitam-se os cristais de Picrato de piridina. Separar estes cristais e determinar (depois
da secagem) o ponto de fusão.

Parte 2 – Reacções da Quinolina

Preparar 20 mL de solução saturada de Quinolina em água (mistura de 20 mL da


Quinolina e 18 mL de água)
a) Em 3 mL desta mistura, deitar o Ácido clorídrico concentrado gota a gota e agitar. A
Quinolina dissolve-se. Depois deitar nesta solução saturada Hidróxido de sódio.
Desprende-se gotas de Quinolina.
b) Verificar com ajuda das reacções entre a solução saturada da Quinolina e papel indicador
universal e solução de Cloreto de ferro III, que as propriedades da Quinolina são muito
baixas.
c) Na reacção da solução saturada da Quinolina com Permanganato de potássio em meio
alcalino e sob aquecimento (com bico de Bunsen) observa-se descoloração rápida desta
solução e precipitação do Dióxido de manganês.
d) Por acção da solução saturada da Quinolina com solução de Ácido pícrico forma-se
imediatamente, um precipitado abundante do Picrato de quinolina. Filtrar este
precipitado, secá-lo e determinar o ponto de fusão.

19
Parte 3 – Preparação dos Cicloalquilatos de Piridina e da Quinolina

Deitar num tubo de ensaio 5 mL de Piridina e 5 mL de Iodeto de metil. Num outro tubo de
ensaio deitar 5 mL de Piridina e 5 mL de Iodeto de etil. Aquecer um pouco a mistura. Observa-se
uma mudança de cor até amarelo que depois turva-se desprendendo um óleo pesado o qual se
solidifica rapidamente. Filtrar a mistura por sucção e secar os cristais. Determinar o ponto de
fusão. Repetir estas experiências com Quinolina.

Observação: Escrever todas as reacções das experiências realizadas nas alíneas anteriores.

20
3.9 – Aula Laboratorial 9

Polimerização por condensação

Parte 1 – Síntese da resina de Ureia-formol

Esta resina é usada em folheados de Madeira, nas juntas de fórmica com o folheado ou nas juntas
de tábuas para os assoalhados.

1. Medir para o erlenmeyer 10 mL de Formol (Aldeído fórmico a 37%) e ajustar o pH


(superior a 7) com adição de solução aquosa de Amoníaco;
2. Adicionar 5g de Ureia e aquecer a mistura cuidadosamente à ebulição, até o volume
reduzir a cerca de um terço do inicial. Manter o pH > 7;
3. Arrefecer a mistura;
4. Adicionar algumas gotas de HCl até pH < 7;
5. Aquecer durante 10 minutos, em banho-maria fervente para completar a polimerização.

Parte 2 – Síntese da resina fenol-formaldeído

Colocar num tubo de ensaio 2.5 g de Fenol e 5 mL de solução de Formaldeído 35-40%. Colocar
no mesmo tubo de ensaio alguns pedaços de porcelana. Aquecer a mistura até a formação de um
líquido homogéneo e ferver durante 1-2 min. Com uma pipeta e agitando sempre, deitar no tubo
de ensaio 0.2-0.3 mL de Ácido clorídrico concentrado. Depois de 1-2 min a mistura turva-se,
descama-se óleo pesado opaco, que se espessa gradualmente.

Se a mistura não formar óleo então, é preciso aquecê-la com a chama do bico de gás durante 1-2
min. Retirar do tubo a camada superior de água turva e adicionar um volume igual de água e
ferver novamente durante 1-2 min. Retirar a água e verter a resina Fenol-formaldeído no vidro de
relógio, deixar secar num papel de filtro. Determinar o peso da resina e calcular o rendimento de
reacção de condensação.

Num tubo de ensaio seco, em posição horizontal, aquecer cuidadosamente a parte da resina
obtida. Neste caso, elimina-se o excesso de água e a resina funde-se. Arrefecer o tubo de ensaio.
A continuação do aquecimento da resina Fenol-formaldeído dá incineração da resina que se
solidifica depois na forma porosa. Um aquecimento posterior não pode fundir o produto formado
que só pode carbonizar. Arrefecer o tubo de ensaio e examinar a solubilidade do produto obtido
em álcool etílico e em solução alcalina diluída por ebulição.

21
Polimerização por adição

Parte 1 – Síntese de Polimetacrilato de metil

Num tubo de ensaio, colocar 2-3 mL de Metacrilato de metil e alguns cristais de Peróxido de
benzoíla e agitar até a sua dissolução. Colocar um tubo de ensaio num banho-maria e aquecer
durante 40-50 min à temperatura entre 80-90 ºC. Retirar o tubo de ensaio do banho-maria, secar
com ajuda de papel de filtro e aquecer um pouco com a chama de bico de gás para apartar os
resíduos de monómero. Determinar o peso do polímero e calcular o rendimento da reacção.
Provar a combustibilidade do Polimetacrilato de metil levando um pedacinho deste à chama de
bico de gás com ajuda da espátula.

22
3.10 – Aula Laboratorial 10

Oxidação das metil cetonas ( Reacção do Iodofórmio)

Reagentes Peso Massa (g) Volume Quantidade Densidade


molecular (mL) em mol
Iodeto de potássio 6
Acetona 2
Hipoclorito de sódio ~ 65
Álcool metílico ~ 50

Procedimento experimental
Colocar uma solução de Iodeto de potássio em 100 mL de água em um balão de 500 mL e
adicionar Acetona. Adicionar lentamente e com adição frequente uma solução de Hipoclorito de
sódio de 5% (1) enquanto se formar algum precipitado de Iodofórmio. Deixar a mistura em
repouso durante cerca de 10min. Filtrar à vácuo, lavar os cristais 2 ou 3 vezes com água e secar
totalmente.

Recristalizar o Iodofórmio impuro com Álcool metílico da seguinte maneira: colocar o material
impuro em um balão de fundo redondo de 100 ou 150mL, equipado com condensador de refluxo
de água, adicione um pequeno volume de álcool metílico e aqueça até a ebulição em banho-
maria. Continuar a adição de álcool metílico, em pequenas quantidades, até que todo o
Iodofórmio tenha sido dissolvido. Filtrar a solução aquecida através de um papel de filtro
pregueado em um erlenmeyer ou béquer pequeno e resfrie inteiramente. O Iodofórmio se
cristaliza rapidamente. Filtrar à vácuo, secar completamente e deixar secar. O Iodofórmio puro
funde a 119ºC. O rendimento é de 3.5g.

(1): A solução de Hipoclorito de sódio comercial de 10-14%, deve ser diluída com um volume
igual de água.

23
3.11 – Aula Laboratorial 11

Oxidação da Acetofenona com Hipoclorito de sódio


(Reacção do Halofórmio)

Reagentes Peso Massa (g) Volume Quantidade Densidade


molecular (mL) em mol
Acetofenona 1.235 0.010 1.030
Hipoclorito de sódio 40
(5%)
Sulfito de sódio 0.3

Procedimento experimental

Em um balão de 100 mL contendo agitação magnética e condensador de refluxo, adicionar


Acetofenona e Hipoclorito de sódio (5%). Agitar a mistura reaccional por 30 min à temperatura
ambiente. Após adicionar Sulfito de sódio para destruir os restos de Hipoclorito que
possivelmente não reagiu. Agitar a mistura por aproximadamente 10 min. A mistura resultante é
extraída (em funil de extracção) duas vezes com porções de 30 mL de Éter etílico. O Éter
removerá o Clorofórmio originado e a Acetofenona que não reagiu.

A parte aquosa é acidificada com HCl 3M com pipeta de Pasteur (verificar com papel indicador).
Um sólido branco (Ácido benzóico) deverá aparecer. O sólido branco é filtrado em funil de
Buchner e lavado 3 vezes com 20 mL de água. O produto é secado sob papel de filtro. Verificar
o ponto de fusão e comparar com a literatura.

24
3.12 – Aula Laboratorial 12

Compostos aromáticos polianelares: Sulfonação e Nitração do Naftaleno

Parte 1 – Preparação do ácido α-naftaleno-sulfónico

Num copo de 110-150 mL de capacidade, deita-se 3 g de Naftaleno e 12 mL de Ácido sulfúrico


concentrado. Mantendo-se a mistura bem agitada, aquece-se num banho durante 5-10 min a 80-
100 ºC até dissolução completa do Naftaleno. A solução límpida é arrefecida e depois deita-se
30-40 mL de água com gelo. Precipita-se o Ácido α-naftaleno-sulfónico na forma de cristais
monohidratados. Separa-se o produto de reacção por sucção, seca-se na estufa à temperatura 60-
70 ºC. Determina-se o peso, o ponto de fusão e calcula-se o rendimento da reacção.

Parte 2 – Preparação do Ácido β-naftaleno-sulfónico

Deita-se num tubo de ensaio 1 g de Naftaleno e aquecer numa manta de aquecimento até fusão.
Arrefecer o tubo de ensaio até solidificação do Naftaleno e depois deitar 1 mL de Ácido sulfúrico
concentrado. Com agitação, aquecer muito cuidadosamente a mistura na manta de aquecimento à
temperatura de 160 ºC durante 5-10 min até a produção de um líquido escuro. Arrefecer a
mistura e depois deitar 2 mL de água e aquecer um pouco. Com o arrefecimento até 15-20 ºC,
precipitam-se cristais na forma de trihidratos do Ácido β-naftaleno-sulfónico. Secar o produto de
reacção num papel de filtro e depois com ajuda de estufa à temperatura de 80-90ºC. Determinar o
peso, o ponto de fusão e o rendimento.

Parte 3 – Preparação do 1-Nitronaftaleno

Colocar num tubo de ensaio 1 g de Naftaleno, deitar 4mL de Ácido nítrico concentrado (não é
preciso, neste caso, preparar a mistura de Ácido nítrico e sulfúrico). Agitando, aquecer no banho-
maria à temperatura de 100 ºC durante 5 min. Depois verter a mistura reaccional num copo,
deitar 16 mL de água fria. 1-Nitronaftaleno desprende-se na forma de óleo, de cor laranja, que
solidifica rapidamente com agitação. Recristalizar o produto final com a mistura de álcool etílico
e água (1:10. Separar os cristais do 1-Nitronaftaleno por sucção, secar, pesar, determinar o ponto
de fusão e calcular o rendimento da reacção.

25
V – Bibliografia recomendada

1. Becker, H. G. O. et al.(1997). Organikum, Química Orgânica Experimental, Fundação


Calouste Gulbenkian, 2ª edição.

2. Brewster-Vanderwert-Ecwen, Curso Prático de Química Orgânica.

3. Morrison R. & Boyd R. (1996). Química Orgânica, Fundação Calouste Gulbenkian, 13ª
edição.

4. Vogel, A. I. (1971). Química Orgânica, Vol.1-3, 3ª Ed. Ao Livro Técnico S. A: Rio de


Janeiro

5. Solomons, T.W.G. (1996). Química Orgânica, Vol. 1-2, 6ª Ed., LTC Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro.

26

Vous aimerez peut-être aussi