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LIVRO QUESTÕES

Prof. Silvana Guimarães Ferreira 322. (VUNESP/2014 – PC/SP) O homem delinquen-


te, publicada em 1876, foi escrita por
Bacharel em Direito Especialização em Gestão Empre- a) Cesare Lombroso.
sarial e Gestão de Projetos; Consultora Empresarial e Coor- b) Enrico Ferri.
denadora de Projetos Empresária; Palestrante (área De- c) Rafael Garófalo.
senvolvimento Pessoal / Atendimento e Vendas / Relações d) Cesare Bonesana.
Comportamentais) e) Adolphe Quetelet.

Comentários:
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA A principal obra dos autores citados pela questão:
 Cesare Lombroso:  “O Homem Delinquente” (1876) 
 Enrico Ferri: “Sociologia Criminal” (1884) 
 Raffaele Garófalo: “Criminologia” (1885)
321. (VUNESP/2014 – PC/SP) A autonomia da Cri-
 Cesare Bonesana: “Dos Delitos e das Penas” (1764)
minologia frente ao Direito Penal
 Adolphe Quetelet: ‘Ensaio de Física Social” (1835)
a) é almejada pelos estudiosos da primeira, mas nega-
Gabarito: A
da pelos estudiosos do segundo.
b) não se concretiza, uma vez que a primeira não é
considerada ciência, ao contrário do segundo. 323. (VUNESP/2014 – PC/SP) Um dos primeiros au-
c) comprova-se, por exemplo, pelo caráter crítico que a tores a classificar as vítimas de um crime foi Benjamin
primeira desenvolve em relação ao segundo. Mendelsohn, que levou em conta a participação das
d) não se vislumbra na prática, uma vez que todos os vítimas no delito. Segundo esse autor, as vítimas clas-
conceitos da primeira são emprestados do segundo. sificam-se em __________; vítimas menos culpadas que os
e) não se efetiva, uma vez que ambos têm o mesmo criminosos; __________; vítimas mais culpadas que os cri-
objeto e são concretizados pelo mesmo método de estudo, minosos e __________.
qual seja, o empírico. Assinale a alternativa que preenche, correta e res-
pectivamente, as lacunas do texto.
Comentários: a) vítimas inocentes … vítimas inimputáveis … vítimas
A autonomia da Criminologia como ciência reside no culpadas
fato de que apesar de outras ciências , como a sociologia, a b) vítimas primárias … vítimas secundárias … vítimas
antropologia, a medicina legal, a psicologia, terem também terciárias
o ato humano delituoso por objeto, mas o têm acidental- c) vítimas ideais … vítimas tão culpadas quanto os cri-
mente, enquanto a criminologia o tem como escopo prin- minosos … vítimas como únicas culpadas
cipal de suas atividades investigatórias científicas. d) vítimas tão participativas quanto os criminosos …
E Roque de Brito Alves é de extrema felicidade ao mos- vítimas passivas … vítimas colaborativas quanto aos crimi-
trar essa abordagem ao crime, ao criminoso, à criminalida- nosos
de e à vítima, de peculiaridade extrema que torna a Crimi- e) vítimas passivas em relação ao criminoso … vítimas
nologia verdadeiramente autônoma quanto a seu objetivo prestativas … vítimas ativas em relação aos criminosos
de estudo:
“Não ficando restrita a Criminologia unicamente ao Comentários:
estudo das condutas típicas, puníveis por lei, legalmen- Segundo Nestor Sampaio Penteado Filho (2012, p. 68),
te definidas como criminosas desde que tem como seu
uma primeira classificação importante das vítimas é atri-
objeto também as condutas desviadas culturalmente,
buída a Benjamim Mendelsohn, que leva em conta a parti-
anti-sociais, algumas destas podem ser consideradas
cipação ou provocação da vítima:
como verdadeiros ‘estados criminógenos’ que embora
a) vítimas ideais: completamente inocente;
não tipificados como crime são comportamentos ou
modos de ser em um estilo de vida que podem con- b) vítimas menos culpadas que os criminosos: ex ig-
duzir o indivíduo a delinqüir como, p. ex., na vagabun- norantia;
dagem, na prostituição, vício da droga, etc. O que faz c) vítimas tão culpadas quantos os criminosos: du-
com que, obviamente, o estudo criminológico possa pla suicida, aborto consentido, eutanásia;
adquirir maior horizonte ou extensão ao não limitar-se d) vítimas mais culpadas que os criminosos: vítimas
ou partir exclusivamente da noção jurídica do delito, por provocação que dão causa ao delito;
compreendendo outras condutas de grande importân- e) vítimas como únicas culpadas: vítimas agressoras,
cia tanto para uma sua apreciação individual, pessoal, simuladas e imaginárias.
como social”.( ALVES, Roque de Brito. Op. Cit.  P. 59). (Por (Por Anne Graziele)
Bruno Silva) Gabarito: C
Gabarito: C

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324. (VUNESP/2014 – PC/SP) A moderna Sociologia 326. (VUNESP/2014 – PC/SP) A prevenção crimi-
Criminal possui visão bipartida do pensamento crimi- nal que está voltada à segurança e qualidade de vida,
nológico atual, sendo uma de cunho funcionalista e ou- atuando na área da educação, emprego, saúde e mo-
tra de cunho argumentativo. Trata-se das teorias radia, conhecida universalmente como direitos sociais
a) indutiva e dedutiva. e que se manifesta a médio e longo prazos, é chamada
b) do consenso e do conflito. pela Criminologia de prevenção
c) absoluta e relativa. a) primária.
d) moderna e contemporânea. b) individual.
c) secundária.
e) abstrata e concreta.
d) estrutural.
e) terciária.
Comentários: O pensamento criminológico moderno é
influenciado por duas visões. Comentários:
1) uma de cunho funcionalista, denominada teoria de A prevenção primária é, sem dúvida nenhuma,
integração, mais conhecida por teorias de consenso; a mais eficaz, a genuína prevenção, posto que opera
2) uma de cunho argumentativo, chamada de teorias etiologicamente. Mas ela atua a médio e longo prazo
de conflito. e reclama prestações sociais, intervenção comunitá-
Trecho de: Nestor Sampaio Penteado Filho. “Direito Pe- ria e não mera dissuasão. Disso advêm suas limitações
nal - Manual Esquematico de Criminologia - Nestor Sam- práticas. Porque a sociedade sempre procura e reclama
paio Penteado Filho - 2 Ed - 2012.” iBooks. (Por Klyvellan por soluções a curto prazo e costuma lamentavelmen-
Abdala) te identificá-las com fórmulas drásticas e repressivas.
Gabarito: B E os governantes tampouco demonstram paciência ou
altruísmo, ainda mais quando oprimidos pela periódica
325. (VUNESP/2014 – PC/SP) Assinale a alternativa demanda eleitoral e o interessado bombardeio propa-
que completa, correta e respectivamente, a frase: A Cri- gandístico dos forjadores da opinião pública. Poucos
minologia__________ ; o Direito Penal __________. estão dispostos a envidar esforços e solidariedade para
a) não é considerada uma ciência, por tratar do “dever que outros, no futuro, desfrutem de uma sociedade
melhor ou usufruam daquelas iniciativas assistenciais.
ser” … é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do
A chamada prevenção secundária, por sua parte, atua
“ser”
mais tarde em termos etiológicos: não quando - nem onde
b) é uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever
- o conflito criminal se produz ou é gerado, senão quando
ser” … é uma ciência empírica e fática, do “ser” e onde se manifesta ou se exterioriza. Opera a curto e mé-
c) não é considerada uma ciência, por tratar do “ser” … dio prazos e se orienta seletivamente a concretos (particu-
é uma ciência jurídica, pois encara o delito como um fenô- lares) setores da sociedade: àqueles grupos e subgrupos
meno real, do “dever ser” que ostentam maior risco de padecer ou protagonizar o
d) é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do problema criminal. A prevenção secundária conecta-se
“ser” … é uma ciência jurídica, cultural e normativa, do “de- com a política legislativa penal, assim como com a ação
ver ser” policial, fortemente polarizada pelos interesses de pre-
e) é considerada uma ciência jurídica, por tratar o de- venção geral. Programas de prevenção policial, de con-
lito como um conceito formal, normativo, do “dever ser” … trole dos meios de comunicação, de ordenação urbana e
não é considerado uma ciência, pois encara o delito como utilização do desenho arquitetônico como instrumento de
um fenômeno social, do “ser” auto-proteção, desenvolvidos em bairros de classes menos
favorecidas, são exemplos de prevenção “secundária”.[6]
Comentários: A prevenção terciária, por último, tem um destina-
Pode-se conceituar criminologia como a ciência em- tário perfeitamente identificável: é o recluso (população
pírica (baseada na observação e na experiência) e interdis- presa), o condenado; e um objetivo certo: evitar a rein-
ciplinar que tem por objeto de análise o crime, a persona- cidência. Das três modalidades de prevenção é a que
possui o mais acentuado caráter punitivo. E os programas
lidade do autor do comportamento delitivo, da vítima e o
“reabilitadores”, “ressocializadores”, nos quais se concreti-
controle social das condutas criminosas. 
za - etiológica, cronológica e espacialmente distante das
A criminologia é uma ciência do “ser”, empírica, na me- raízes últimas do problema criminal -, operam no próprio
dida em que seu objeto (crime, criminoso, vítima e controle âmbito penitenciário. A plena determinação e seletividade
social) é visível no mundo real e não no mundo dos valores, da população destinatária de tais programas, assim como
como ocorre com o direito, que é uma ciência do “dever- os elevados índices de reincidência, não compensam o dé-
ser”, portanto normativa e valorativa. (Manual Esquemático ficit etiológico da prevenção terciária, suas insuperáveis
de Criminologia - Nestor Sampaio Penteado Filho) carências, pois trata-se de uma intervenção tardia (depois
(Por Fernanda Prugner) do cometimento do delito), parcial (só no condenado) e
Gabarito: D insuficiente (não neutraliza as causas do problema criminal)
(Por Janaina Andrade)
Gabarito: A

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327. (VUNESP/2014 – PC/SP) São objetos de es- (Escola de Chicago, Teoria da associação diferencial,
tudo da Criminologia moderna __________, o crimino- Teoria da anomia, Subcultura delinquente.)
so,_________e o controle social.  Teoria do Conflito – A coesão e a ordem na socie-
Assinale a alternativa que completa, correta e res- dade são fundadas na força e na coerção, na dominação
pectiva- mente, as lacunas do texto. por alguns e sujeição de outros; ignora-se a existência de
a) a desigualdade social ... o Estado acordos.
b) a conduta ... o castigo (Labelling Aprouch (etiquetamento/rotulação), Teoria
c) o direito ... a ressocialização crítica (Marx / radical).
d) a sociedade ... o bem jurídico Gabarito: E
e) o crime ... a vítima
330. (VUNESP/2014 – PC/SP) A criminologia mo-
Comentários: derna estuda o fenômeno da criminalidade por meio
Diante da criminologia moderna, ocorreu a ampliação da estatística criminal. Nessa seara, a expressão “cifra
dos objetos de estudo: Delito, Criminoso, Vítima e o Con- dourada” designa.
trole Social a fim de criar estratégias para a prevenção dos a) o total de delitos registrados e de conhecimento do
delitos. (Por Roberto Dias) poder público que são elucidados.
Raphael Andrade usou uma “estorinha” que facilita a b) as infrações penais praticadas pela elite, não revela-
compreensão: das ou apuradas; trata-se de um subtipo da “cifra negra”, a
José, por falta de dinheiro, assaltou Maria que denun- exemplo do crime de sonegação fiscal
ciou à Polícia. c) as infrações penais de maior gravidade, como, por
 Criminoso = José exemplo, o homicídio, que, ao ser elucidado, permite ao
 Delito/crime = Assalto por motivo próprio poder público planejar melhor suas ações e alterar a legis-
 Vítima = Maria lação
 Controle Social = PM d) as infrações penais de menor potencial ofensivo, por
Gabarito: E enquadrar-se na Lei n.º 9.099/95, a exemplo do delito de
perturbação do sossego alheio
328. (VUNESP/2014 – PC/SP) Conceitua-se a crimi- e) o percentual de delitos praticados pela sociedade de
nologia, por ser baseada na experiência e por ter mais baixa renda que não chega ao conhecimento do poder pú-
de um objeto de estudo, como uma ciência. blico por falta de registro, e, portanto, não são elucidados
a) abstrata e imensurável.
b) biológica e indefinida. Comentário:
c) empírica e interdisciplinar. Crimes do colarinho branco: a expressão “white collar
d) exata e mensurável crimes” é de autoria de Sutherland, que o define como um
e) humana e indefinida. ´ crime cometido por pessoas respeitáveis e com elevado
status social, praticado no exercício da profissão, em regra,
Comentário: com violação de confiança – a doutrina chama essa crimi-
“Pode-se conceituar criminologia como a ciência em- nalidade de “dourada”, por isso a expressão “cifras douradas”
pírica (baseada na observação e na experiência) e interdis- para designar os crimes do colarinho branco que não são
ciplinar que tem por objetivo de análise o crime, a perso- descobertos pelas autoridades.
nalidade do autor do comportamento delitivo, da vítima   
e o controle social das condutas criminosas”. Nestor Sam- Cifra da criminalidade é o distanciamento progressivo
paio Penteado Filho. Manual Esquemático de Criminologia. (processo de atrição, é antônimo de “atração”) entre a crimi-
2010. pg. 19. nalidade legal e a criminalidade real, acarretando prejuízo
Gabarito: C às estatísticas oficiais do Estado, relacionadas à criminali-
dade.
329. (VUNESP/2014 – PC/SP) Dentre os modelos I.         Cifras Negras:
sociológicos, as teorias da criminologia crítica, da rotu- Conjunto de crimes que não chega ao conhecimen-
lação e da criminologia radical são exemplos da teoria. to do Estado para registro por questões subjetivas, como
a) do consenso medo de represálias (sequestro e ameaças), vergonha (hi-
b) da aparência pótese de um homem/mulher que é vítima de estupro) ou
c) do descaso descredito com os órgãos de controle social formal (crimes
d) da falsidade. de bagatela). As cifras negras são as que possuem a maior
e) do conflito. disparidade entre a criminalidade real e a criminalidade le-
gal. Crimes como pirataria e aborto são os que apresentam
Comentário: maior índice de cifras negras.
 Teoria do Consenso A finalidade da sociedade é II.      Cifras Cinzas:
atingida quando há um perfeito funcionamento de suas Conjunto de crimes que chega ao conhecimento da
instituições de forma que os indivíduos compartilham os autoridade policial, entretanto, não prosperam na fase pro-
objetivos comuns a todos os cidadãos, aceitando as regras cessual, haja vista a composição dos danos pelas partes ou
vigentes e compartilhando as regras sociais dominantes. a ausência de representação.

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III.   Cifras Amarelas: 332. (VUNESP/2014 – PC/SP) O modelo integrador


Conjunto de crimes praticados por representantes do de reação social que visa dar assistência à vítima e ao
Estado com abuso de poder ou com arbitrariedade e violên- controle social afetado pelo crime, mediante a repara-
cia policial, os quais não são noticiados aos órgãos fiscali- ção do dano causado, é chamado de modelo
zadores competentes. a) ressocializador.
IV.   Cifras Douradas: b) conservador.
É uma construção da Teoria da Associação Diferencial, c) clássico.
de Edwin Sutherland. É o conjunto de crimes praticados d) restaurador
por criminosos diferenciados, denominados de criminosos e) dissuasório.
do colarinho branco. São casos em que há materialidade
do crime de sonegação fiscal, mas as autoridades não vis- Comentário:
lumbram a autoria delitiva desses crimes, gerando as cifras Modelo restaurador (integrador): recebe também a
douradas. denominação de “justiça restaurativa” e procura restabe-
V.      Cifras Verdes: lecer, da melhor maneira possível, o status quo ante, visando
Conjunto de crimes ambientais cuja autoria não é iden- a reeducação do infrator, a assistência à vítima e o controle
tificada, impossibilitando a responsabilização. É o comum, social afetado pelo crime. Gera sua restauração, mediante
pois difícil que se apontem, na maioria dos casos, os au- a reparação do dano causado.
tores de crimes ambientais. Exemplo disso é o crime am- Conforme o manual esquemático de criminologia -
biental de pichação, com altíssimos índices de cifras verdes, professor Nestor Sampaio Penteado Filho.
uma vez que dificilmente um pichador é preso em flagrante Gabarito: D
delito.
VI.             Cifras rosas: 333. (VUNESP/2014 – PC/SP) A moderna crimino-
Relaciona-se aos crimes de homofobia. logia exige do Estado Democrático de Direito um con-
VII.          Cifras de rua: trole razoável da criminalidade que, no Brasil, apresen-
São os crimes praticados pelas classes menos favoreci- ta como sugestão metodológica eficaz para a pequena
das da sociedade, como roubos, furtos. e média criminalidade o modelo
a) de justiça consensual como, por exemplo, a lei dos
(Por Nicholas Lima)
Juizados Especiais Criminais.
Gabarito: B
b) da “tolerância zero”, criminalizando toda e qualquer
conduta antissocial.
331. (VUNESP/2014 – PC/SP) Uma vítima que, ao
c) do “Direito Penal do Inimigo”, desenvolvido pelo ale-
querer registrar uma ocorrência, encontra resistência
mão Günther Jakobs.
ou desamparo da família, dos colegas de trabalho e dos
d) de “recrudescimento da pena” como, por exemplo, o
amigos, resultando num desestímulo para a formaliza-
tráfico de drogas ilícitas, de acordo com a Lei n.º 11.343/06.
ção do registro, ocasiona o que é chamado de “cifra ne-
e) da utilização do Direito Penal como “prima ratio”,
gra”. Neste caso, estamos diante da vitimização. evitando desdobramentos mais graves.
a) primária.
b) secundária Comentário:
c) quaternária Os Juizados Especiais Criminais, criados pela Lei
d) quintenária 9.099/95, se inspira no modelo consesuado de política
e) terciária. criminal. Por exemplo, é possível a Composição civil dos
danos, prevendo uma etapa de composição civil entre os
Comentário: envolvidos no crime, acordo que, uma vez homologado,
Vitimização Primária -  refere-se ao prejuízo deriva- conduz à renúncia do direito de queixa ou representação –
do do crime praticado, danos físicos,sociais e econômicos. art. 74 da Lei 9.099/95.
(danos à vítima decorrentes do crime). Vitimização Secun- Gabarito: A
dária -  Sobre vitimização do processo penal, consiste no
sofrimento adicional imputado pela prática da justiça cri- 334. (VUNESP/2014 – PC/SP) O objeto da crimino-
minal: Poder Judiciário,Ministério Público, Polícia, Sistema logia que analisa a conduta antissocial, as causas gera-
Penitenciário e as suas mazelas.(sofrimento da vítima com doras e vê a criminologia como um problema social e
toda a burocracia estatal após o crime). Vitimização Ter- comunitário, é
ciária - é a conectada à cifra negra, também chamada de a) a psicologia.
cifra oculta dacriminalidade, pela considerável quantidade b) a ciência humana.
de crimes que não chegam ao SistemaPenal, quando a víti- c) o delito.
ma experimenta abandono e não dá publicidade ao ocorri- d) a sociologia.
do.Cifra negra/subnotificação - os delitos que ocorrem na e) o direito.
vida real são em numerosuperior aos notificados.
Gabarito : E

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Comentário: 336. (VUNESP/2014 – PC/SP) Os métodos científicos


Segundo o autor Nestor Sampaio, em seu manual es- utilizados pela criminologia, como ciência empírica e ex-
quematizado de criminologia, “Atualmente o objeto da cri- perimental que é, são, dentre outros:
minologia está dividido em quatro vertentes: delito, delin- a) jurídicos e escritos.
quente, vítima e controle social. No que se refere ao delito, a b) físicos e naturais.
criminologia tem toda uma atividade verificativa, que analisa c) biológicos e sociológicos.
a conduta antissocial, suas causas geradoras, o efetivo tra- d) costumes e experiências.
tamento dado ao delinquente visando sua não reincidência, e) documentados e teses.
bem assim as falhas de sua profilaxia preventiva”.
Resposta: C Comentário:
A criminologia se utiliza dos métodos biológico e socio-
335. (VUNESP/2014 – PC/SP) A criminologia geral lógico. Como ciência empírica e experimental que é, a crimi-
consiste ______________ ; e a criminologia clínica consiste nologia utiliza-se da metodologia experimental, naturalística e
na _____________. indutiva para estudar o delinquente, não sendo suficiente, no
Assinale a alternativa que preenche, correta e res- entanto, para delimitar as causas da criminalidade. Por conse-
pectivamente, as lacunas. quência disso, busca auxílio dos métodos estatísticos, históri-
a) no estudo do crime e do criminoso, mas não serve cos e sociológicos, além do biológico.
para subsidiar a elaboração das leis penais ... análise da víti- Gabarito: C
ma e da conduta social para subsidiar no planejamento das
políticas criminais 337. (VUNESP/2014 – PC/SP) Pode-se citar como um
b) no estudo da vítima e da conduta social, subsidiando dos fatores sociais desencadeantes da criminalidade:
a elaboração dos tipos penais ... análise do crime e do cri- a) as condições favoráveis de habitação ou moradia.
minoso para servir no planejamento das políticas criminais b) o desemprego, no caso dos crimes do colarinho branco.
c) no estudo do comportamento da vítima e do delin- c) a migração, pela facilidade de adaptação em hábitos e
quente, traçando uma relação de causalidade sem que, con- culturas locais.
tudo, influencie na elaboração de legislação correlata ... aná- d) o crescimento populacional ordenado e planejado.
lise dos crimes, tanto em quantidade como em qualidade e) a pobreza, no caso dos crimes contra o patrimônio.
para servir no planejamento das políticas criminais
d) na relação sistemática do poder público quanto à ela- Comentário:
boração de leis que procuram evitar o crime e sua reincidên- A riqueza e a pobreza são considerados fatores criminó-
cia ... análise e estudos da vítima e sua participação no delito genos de mesma relevância, ou seja, não há prevalência de um
e) na sistematização, comparação e classificação dos sobre ou outro.
resultados obtidos no âmbito das ciências criminais acerca Na riqueza, o criminoso se deixa levar pela ganância e am-
de seus objetos ... aplicação dos conhecimentos teóricos da- bição de manter um alto padrão de vida. Enquanto que na
quela para o tratamento dos criminosos pobreza cede à criminalidade com forma de subsistência ou
ainda por desestruturação social.
Comentário: Pobreza não é causa da criminalidade, causa é algo certo
Modalidades/Vertentes da Criminologia: e ser pobre não é sinônimo de ser criminoso. Aliás, nenhum
* Criminologia Geral: Consiste no estudo sistemático da dos fatores estudados é causa da criminalidade, mas sim me-
criminologia, isto é, uma visão ampla, abordando seus prin- ros fatores que podem ou não influenciar (desencadear) no
cipais aspectos. comportamento criminoso. (Nicholas Lima)
* Criminologia Clínica: É o estudo criminológico direcio- Gabarito: E
nado ao preso durante o cumprimento da pena. É realizado
por meio da laborterapia prisional, consistindo numa moda- 338. (VUNESP/2014 – PC/SP) Entende-se por mal vivência
lidade de prevenção terciária (a única que tem destinatário a) o jovem que sai de casa antes de completar dezoito anos.
certo - o preso / objetivando sua ressocialização e com a b) o grupo polimorfo de indivíduos que vivem à margem
finalidade de evitar a reincidência). da sociedade.
* Criminologia Acadêmica: Consiste no estudo crimino- c) a família que discute constantemente.
lógico com fins pedagógicos e didáticos, fins de ensino (Es- d) o homem que bate na mulher.
tudo da criminologia para o concurso / Faculdade / Palestra e) o filho que agride os pais.
sobre violência doméstica etc).
* Criminologia Radical: É o trabalho criminológico de- Comentário:
sempenhado pela escola crítica ou radical (teoria do con- estudos sobre a influência do ambiente na criminalidade:
flito), a qual atribui ao capitalismo o fator gerador da delin- (...)  Mal vivência - Trata-se da constatação do potencial crimi-
quência (inspiração em Karl Marx). nógeno da adoção deliberada ou desafortunada de um modo
* Criminalística: É uma disciplina auxiliar das ciências cri- de vida marginal. São os casos dos andantes, vagabundos,
minais que estuda os vestígios deixados pelo crime através mendigos, prostitutas etc.
de exames periciais (é o trabalho feito pela polícia científica) (Fonte:  http://eduardocabette.jusbrasil.com.br/arti-
- Possui relação indireta com a criminologia. gos/121937415/a-criminologia-no-seculo-xxi)
Gabarito: E Gabarito: B

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339. (BD/2009 – PC/SP) A criminologia é uma ciên- Comentário:


cia que dispõe de leis a) imutáveis e evolutivas. Por meio da prevenção geral, a pena se dirige à so-
b) inflexíveis e evolutivas. ciedade, intimidando os propensos a delinquir. Como ex-
c) permanentes e flexíveis. põe Magalhães Noronha, a pena “dirige-se à sociedade,
d) flexíveis e restritivas. tem por escopo intimidar os propensos a delinquir, os que
e) evolutivas e flexíveis. tangenciam o Código Penal, os destituídos de freios inibi-
Comentários: tórios seguros, advertindo-os de não transgredirem o mí-
A Criminologia é uma ciência empírica, interdisciplinar nimo ético”.
que, por se utilizar da observação e experimentação esta A prevenção especial atenta para o fato de que o de-
em constante evolução e flexibilidade. Obs.: A criminologia lito é instado por fatores endógenos e exógenos, de modo
está em constante mutação para se adaptar a cada geração que busca alcançar a reeducação do indivíduo e sua recu-
da sociedade. (Por José Daniel) peração. Por esse motivo, sua individualização se trata de
Gabarito: E preceito constitucional (art. 5º, XLVI).
(Penteado Filho, Nestor Sampaio.Manual esquemático
340. (VUNESP/2014 – PC/SP) Em 1973, houve o 1.º de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. –
Simpósio Internacional de Vitimologia, em Jerusalém/ São Paulo: Saraiva, 2012.)
Israel, sob a supervisão do famoso criminólogo chile- Gabarito: B
no______________ . Os estudos impulsionaram a atenção
comportamental, buscando traçarem perfis de vítimas 342 . (VUNESP/2014 – PC/SP) Em um estado de-
potenciais, com a interação do direito penal, da psico- mocrático de direito, o castigo do infrator não esgota as
logia e da psiquiatria. expectativas que o fato delitivo desencadeia; dessa forma,
A alternativa que completa corretamente a lacuna é: podem-se apontar, como objetivos cientificamente mais
a) Osvaldo Loro satisfatórios e adequados na criminologia moderna, a res-
b) Diego Ventura socialização do delinquente, a(o)________________ e a pre-
c) Cláudio Mensura venção do crime.
d) Israel Drapkin Assinale a alternativa que preenche corretamente a la-
e) Ibrain Neto cuna.
a) reparação dos danos à vítima
Comentário: b) informação ao cidadão
Depois, com o 1º Simpósio Internacional de Vitimolo- c) ressarcimento ao Estado
gia, de 1973, em Israel, sob a supervisão do famoso crimi- d) especialização profissional do delinquente
nólogo chileno Israel Drapkin, impulsionaram-se os estu- e) formação espiritual e religiosa do delinquente
dos e a atenção comportamentais, buscando traçar perfis
de vítimas potenciais, com a interação do direito penal, da Comentário:
psicologia e da psiquiatria. (Penteado Filho, Nestor Sam- De acordo com o livro do Nestor de Sampaio, Manual
paio.Manual esquemático de criminologia / Nestor Sam- esquematizado, os fins básicos (por vezes confundidos com
paio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. suas funções) da criminologia são INFORMAR a sociedade
(citado pelo usuário EZIQUIEL SOUZA). e os poderes constituídos acerca do crime, do criminoso,
Gabarito: D da vítima e dos mecanismos de controle social (Formal e
informal). Ainda: a LUTA contra a criminalidade (controle e
341. (VUNESP/2014 – PC/SP) As finalidades da pena prevenção criminal: Primária. secundária e terciária). 
são “retribuição e prevenção”, sendo assim, o objetivo da Gabarito: A
prevenção é o de
a) retribuir ao infrator da lei o malefício causado à so- 343. (VUNESP/2014 – PC/SP) A modalidade pre-
cie- dade na medida proporcional do crime cometido (de- ventiva que cuida da diminuição das oportunidades que
volutiva). influenciam na vontade delitiva, dificultando a prática do
b) evitar que o infrator da lei volte a delinquir (especial) crime, é chamada de prevenção
e que a punição sirva de exemplo para que outros não pra- a) geral.
tiquem o mesmo ato (geral). b) qualitativa.
c) evitar que o cidadão se torne uma vítima, instruindo c) especial.
-o em relação aos perigos sociais (explicativa). d) quantitativa.
d) inibir que o infrator da lei cometa o crime somen- e) situacional.
te por meio de exemplos preventivos (inibitória), sem que
haja necessidade da aplicação efetiva da pena. Comentário:
e) substituir a pena privativa de liberdade pelas penas É a modalidade preventiva que cuida da diminuição
restritivas de direitos, evitando que o infrator da lei seja das oportunidades que influenciam na vontade delitiva é
levado ao cárcere (substitutiva). chamada de prevenção Situacional. São chamadas na cri-
minologia de Técnicas de prevenção situacional.  A pre-
venção situacional é a parte da criminologia que estuda a

76
LIVRO QUESTÕES

prevenção criminal. Existem diversas prevenções, como a Comentário:


do esforço: que dificulta ou impede a prática delitiva, di- ESCOLA POSITIVISTA (Séc. XX):
ficultando o acesso do criminoso, por exemplo; Temos a O positivismo criminológico surge em meados do sé-
prevenção situacional do risco com técnicas de controle de culo XIX, sob a batuta de Garófalo, Lombroso e Ferri, como
entrada e saída, por exemplo ( iluminação pública, Disposi- crítica e alternativa à criminologia clássica então reinante.
tivos de segurança residenciais etc ); Técnica de prevenção Apegados a um rigorismo empírico, entendiam que
situacional do sentimento de culpa ( trabalha com a moral todos os fenômenos (até mesmo o da criminalidade) po-
do infrator, programas sociais que trabalham na sensibili- deriam ser entendidos, teorizados e comprovados ex-
zação dos delinquentes, nas igrejas, nas escolas, nas comu- perimentalmente.
nidades etc). É bacana ter em vista a criminologia moderna A TEORIA DA ANOMIA (1938):
para responder a questão, uma vez que o crime é entendi- Segundo seus doutrinadores, cujos expoentes foram
do como um fator com forte influencia Social, momentâ- Emile Durkheim e Robert Merton, a anomia é uma situa-
nea e situacional. Se existem formas de evitar situações que ção social onde falta coesão e ordem, especialmente no
possam acabar em crime, essas situações podem e devem tocante a normas e valores.
ser tomadas. A própria idéia de bem e mal perde sentido dentro
Gabarito: E desta perspectiva, pois o indivíduo passa a defender valo-
res bastante particulares destas duas facetas.
344. (VUNESP/2014 – PC/SP) O método de estudo da Há um enfraquecimento na consciência coletiva do
Criminologia reúne as seguintes características: que é certo e do é errado.
a) silogismo; vedação de interdisciplinariedade; visão Em suma, entendem que o problema está no fato de
indutiva da realidade. que as normas não têm efetividade, e que esta ausên-
b) empirismo; vedação de interdisciplinariedade; visão cia de regras para a regular as situações sociais gera os
indutiva da realidade. conflitos e os desvios.
c) racionalismo; interdisciplinariedade; visão indutiva (Por Jorge Florencio)
da realidade. Gabarito: “E”
d) empirismo; interdisciplinariedade; visão indutiva da
346. (VUNESP/2014 – PC/SP) Assinale a alternativa
realidade.
que completa as lacunas do texto.
e) racionalismo; interdisciplinariedade; visão dedutiva
Os estudos de Sociologia Criminal de Sutherland (Teoria
da realidade.
da Associação Diferencial) estão principalmente ligados aos
crimes de ________e tiveram como foco ________ .
Comentário:
a) genocídio ... a Alemanha
Conforme leciona Nestor Sampaio Penteado Filho: Po-
b) organizações criminosas ... a Itália
de-se conceituar criminologia como a ciência empírica c) jogo ilegal ... a atual Rússia (ex-URSS)
(baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar d) discriminação de gênero ... países do Oriente Médio
que tem por objeto de análise o crime, a personalidade do e) colarinho branco ... os Estados Unidos da América
autor do  comportamento delitivo, da vítima e o controle
social das condutas criminosas. Comentário:
A criminologia é uma ciência do “ser”, empírica, na A teoria da associação diferencial possui esse nome
medida em que seu objeto (crime, criminoso, vítima e con- visto que o seu criador Edwin H. Stherland, afirma que a
trole social) é visível no mundo real e não no mundo dos depender do tipo de meio social e profissional em que a
valores, como ocorre com o direito, que é uma ciência do pessoa convive ela irá aprender e apreender os comporta-
“dever-ser”, portanto normativa e valorativa. mentos daquela realidade. De forma que pessoas de classe
A interdisciplinaridade da criminologia decorre de social baixa aprenderiam os comportamentos desta classe
sua própria consolidação histórica como ciência dotada de e pessoas de classe social alta teria comportamentos desse
autonomia, à vista da influência profunda de diversas ou- tipo de classe. E, segundo este autor a criminalidade tam-
tras ciências, tais como a sociologia, a psicologia, o direito, bém seria fruto do aprendizado dentro das classes sociais a
a medicina legal etc. quais estão inseridas as pessoas. Desta forma os criminosos
Gabarito: D que possuem mais dinheiros cometeriam crimes afetos aos
seu meio social e os criminosos menos abastados comete-
345. (VUNESP/2014 – PC/SP) O fundador da escola riam crimes que ocorrem frequentemente em suas realida-
denominada “positivismo criminológico” e o teórico inspi- des sociais, isto é, a modalidade de conduta seria distribuí-
rador da Teoria da Anomia são, respectivamente, da de acordo com os meios dispostos aos indivíduos para
a) V. Lizt e Kardec. desenvolverem seus impulsos. Essa teoria tenta explicar a
b) Carrara e Parsons. criminalidade das classes inferiores e também aquela de
c) Beccaria e Ohlin. “colarinho branco” baseada no aprendizado de cada pes-
d) Feuerbach e Merton. soa na classe social em que foi criado e que convive. 
e) Lombroso e Durkheim. (A criminologia do Seculo XXI, do professor Eduardo
Luiz Santos Cabette. Site Atualidades do Direito). 
Gabarito: E

77
LIVRO QUESTÕES

347. (VUNESP/2014 – PC/SP) Comentários:


Escola Criminológica que tem como expoente Albert A criminologia se utiliza dos métodos biológico e so-
Cohen, e que procura equacionar por meio de respostas não ciológico.
criminais e não punitivas o comportamento geralmente juve- Como ciência empírica e experimental que é, a crimino-
nil que desafia os modelos de produção consumista: logia utiliza-se da metodologia experimental, naturalística
a) Escola da Contracultura Contemporânea. e indutiva para estudar o delinquente, não sendo suficien-
b) Teoria da Subcultura Delinquente. te, no entanto, para delimitar as causadas da criminalidade.
c) Escola Socialista Cultural. Gabarito: E.
d) Teoria do Comunismo Consciente.
e) Teoria do Socialmente Razoável. 350. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Poli-
cial) O estudo da vitimologia atual, baseada numa ten-
Comentário: dência política criminal eficiente, privilegia
Teoria das Subculturas Criminais a) a assistência social ao delinquente, bem como um
- Albert Cohen, em 1955, elaborou a teoria da Subcultu- atendimento eficiente do poder público.
ra delinqüente, associada a sistemas sociais e categorias de b) a assistência psicológica à vítima e tratamento ade-
pessoas integrantes de segmentos ou subgrupos étnicos e quado ao delinquente, para sua recuperação.
de minorias. Práticas e idéias culturais diferem das seguidas c) uma pena que recupere o delinquente, sociabilizan-
pela sociedade em geral. Para as teorias subculturais deve- do-o, com trabalho e educação.
se considerar o caráter pluralista e atomizado da sociedade. d) uma punição exemplar para o delinquente, de forma
A semelhança estrutural em sua gênese no comportamento que se cumpra a função retributiva da pena.
regular e no irregular. e) a reparação dos danos e indenização dos prejuízos
- Para as Teorias Subculturais o crime não é produto da da vítima.
desorganização ou ausência de valores, mas sim é reflexo de
um outro sistema de normas e valores distintos, os subcultu- Comentários:
rais, do conflito.
A vitimologia está a serviço do restabelecimento da
(Fonte: Professora Roberta Pedrinha [CERS])
paz social, pois tanto a vítima como a sociedade, em vir-
Gabarito: B
tude da reparação do dano social provocado, sentem rea-
lizadas suas expectativas de reparação, bem como de uma
348. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Poli-
eficaz ressocialização.
cial) Contemporaneamente, a criminologia é conceituada
Gabarito: E.
como
a) uma ciência empírica e social que estuda o criminoso, a
pena e o controle social. 351. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Poli-
b) uma ciência empírica e multidisciplinar que estuda as cial) A prevenção criminal secundária é aquela que atua
formas como os crimes são cometidos. a) na recuperação do recluso, visando a sua socializa-
c) uma ciência empírica e interdisciplinar que estuda o cri- ção por meio do trabalho e estudo, evitando sua reinci-
me, o criminoso, a vítima e o controle social. dência.
d) uma ciência jurídica e interdisciplinar que estuda as for- b) em setores específicos ou de maior vulnerabilida-
mas como os crimes são cometidos. de da sociedade, por meio de ação policial, programas de
e) uma ciência jurídica e multidisciplinar que estuda o cri- apoio e controle das comunicações.
me, o criminoso, a pena e a vítima. c) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos
bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais.
Comentários: d) nos direitos sociais universalmente conhecidos,
Na Criminologia Científica Moderna, a Criminologia é tida como educação, moradia e segurança.
como ciência empírica e interdisciplinar, relacionada ao fenô- e) na reparação do dano causado em razão da delin-
meno delitivo, entendido sob o prisma individual e de proble- quência, assistindo o recluso com programas psicológicos
ma social, como também formas de preveni-lo. 00000000000 e de assistência social.
Gabarito: C.
Comentários:
349. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Prevenção primária:
Os métodos científicos utilizados pela criminologia são  Voltada para as origens do delito, visando neutra-
a) métodos experimental e dedutível, como ciência jurí- lizá-lo antes que ocorra;
dica que são.  Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos
b) métodos psicológico e sociológico, como ciências em- os cidadãos;
pírica e exata que são.  Reclama prestações sociais e intervenção comu-
c) métodos físico e individual, como ciências social e de- nitária;
dutível que são.  Limitações práticas: falta de vontade política e de
d) métodos físico e biológico, como ciência jurídica que são. conscientização da sociedade.
e) métodos biológico e sociológico, como ciências empí-
rica e experimental que são.

78
LIVRO QUESTÕES

Prevenção secundária:  Reclama prestações sociais e intervenção comu-


 Política legislativa penal, ação policial, políticas de nitária;
segurança pública;  Limitações práticas: falta de vontade política e de
 Atua na exteriorização do conflito; conscientização da sociedade.
 Opera a curto e médio prazo; Prevenção secundária:
 Dirige-se a setores específicos da sociedade.  Política legislativa penal, ação policial, políticas de
Prevenção terciária: segurança pública;
 Destinatário: população carcerária;  Atua na exteriorização do conflito;
 Caráter punitivo;  Opera a curto e médio prazo;
 Objetivo: evitar a reincidência;  Dirige-se a setores específicos da sociedade.
 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. Prevenção terciária:
Gabarito: B.  Destinatário: população carcerária;
 Caráter punitivo;
352. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) É  Objetivo: evitar a reincidência;
correto afirmar que a Criminologia  Intervenção tardia, parcial e insuficiente.
a) é uma ciência do dever-ser. (Fonte: Por Alexandre Herculano – www.estrategiacon-
b) não é uma ciência interdisciplinar. cursos.com.br)
c) não é uma ciência multidisciplinar. Gabarito: D.
d) é uma ciência normativa.
e) é uma ciência empírica. 355. (VUNESP/2013 – PC/SP) Para a Criminologia, o
crime é um fenômeno
Comentários: a) filosófico.
É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa b) normativo
do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do c) social.
controle social do comportamento delitivo.
d) penal.
Gabarito: E.
e) jurídico.
353. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) É
Comentários:
correto afirmar que a Criminologia contemporânea tem
Fenomeno filosófico trata de não pode ser, pois não
por objetos
trata de questão do crime.
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle so-
Fenomeno normativo, diz respeito as normas, lei e outros.
cial.00000000000
Fenomeno penal, diz respeito a lei penal ou penalidade.
b) a tipificação do delito e a cominação da pena.
c) apenas o delito, o delinquente e o controle social. Fenomeno jurídico, diz da violação de algum bem jurídico
d) apenas o delito e o delinquente. Gabarito: C.
e) apenas a vítima e o controle social. (Por Vanderlei Branco)

Comentários: 356 (VUNESP – 2013 – PC/SP) Assinale a alternativa


É uma ciência empírica e interdisciplinar, tem por ob- correta.
jetos: o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. a) No modelo clássico (tradicional) de Justiça Criminal,
Gabarito: A. a vítima é encarada como mero objeto, pois dela se espera
que cumpra seu papel de testemunha, com todos os incon-
354. (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) venientes e riscos que isso acarreta.
Entende(m)-se por prevenção primária b) A Vitimologia não possui relação com a Sociologia.
a) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. c) A Vitimologia não estuda a vítima e suas relações
b) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. com o infrator e com o sistema de persecução criminal.
c) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca d) A Vitimologia não possui relação com a Criminologia.
de sua reinserção familiar e/ou social. e) No modelo clássico (tradicional) de Justiça Criminal,
d) o trabalho de conscientização social, o qual atua no a vítima é encarada como sujeito passivo da relação jurídi-
fenômeno criminal, em sua etiologia. ca, pois dela se espera que cumpra seu papel de ofendido,
e) aquela que age em momento posterior ao crime ou com todos os direitos e deveres que isso acarreta.
na iminência de seu acontecimento.
Comentário:
Comentários: Na Escola clássica, que teve como precursor Cesare Be-
Prevenção primária: caria ,não era observado os fatores biológicos ou sociais
 Voltada para as origens do delito, visando neutra- do crime em si.
lizá-lo antes que ocorra; Gabarito: A
 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos
os cidadãos;

79
LIVRO QUESTÕES

357. (BD/2010 – PC/SP) O termo cifra dourada é in- a) Criminologia Radical


dicativoa) dos crimes praticados por membros da realeza. b) Defesa Social
b) da violência doméstica ocorrida nas classes altas e não c) Tolerancia Zero
relatadas à polícia d) Escola Retribucionista
c) dos crimes esclarecidos mediante à oferta de uma re- e) Lei de Saturação CriminalComentário:
compensa.
d) do número de jovens de alto poder aquisitivo envolvi- O Movimento de Lei e Ordem é uma política criminal
dos com o narcotráfico que tem como finalidade transformar conhecimentos em-
e) dos crimes denominados de “colarinho branco”. píricos sobre o crime, propondo alternativas e programas a
partir se sua perspectiva. Essa doutrina sofreu uma ramifi-
Comentários: cação,em meado de 1991, e ficou conhecida também como
Trata-se dos crimes conhecidos como “Crimes do co- Tolerância Zero.
larinho branco”, ou seja, crimes praticado pelas classes pri- Política de Tolerância Zero, em que há uma vulgariza-
vilegiadas. Outra forma de interpretação, é a de interpretar ção a “teoria da vidraça quebrada” que se baseou no ditado
como aqueles crimes que se contrapõem aos “crimes de rua” popular: “quem rouba um ovo, rouba um boi”, essa teoria
(assalto, roubo, furto), por exemplo, crimes contra o meio acredita que com a punição de qualquer conduta mesmo
ambiente, a ordem tributaria, sistema financeiro entre outros. as mais leves, como a de pular por cima da catraca do ôni-
Gabarito: E bus para apresentar exemplos e sensação de autoridade.
(Por Tatiane M. Cruz)
358. (BD/2010 – PC/SP) Atualmente, são objetos de Gabarito: C
estudo da Criminologia:a) o delito, o delinquente, a vítima
e o controle social. 361. (BD/2010 – PC/SP) Para Garcia Pablo de Molina
b) o delito, a antropologia e a psicologia criminais. é entendido como o conjunto de instituições, estratégias e
c) o delito e os fatores biopsicológicos da criminalidade. sanções sociais que pretendem promover e garantir a sub-
d) o delito e o delinquente.
missão dos indivíduos aos modelos e normas comunitárias.
e) o delinquente e os fatores biopsicológicos da crimi-
O texto se refere
nalidade.
a) à Criminogênese
b) aos fatos condicionantes biológicos
Comentários:
c) ao controle social
A criminologia, como ciência que é, estuda o fenômeno
d) aos fatos condicionantes sociológicos
criminal, a vítima, as determinantes endógenas e exógenas
e) aos fatos condicionantes criminais
que isolada ou cumulativamente atuam sobre a pessoa e a
conduta do delinquente, e os meios labor-terapêuticos ou
pedagógicos de reintegra-lo ao grupamento social. (Newton Comentários:
Fernandes; Valter Fernandes). Em conformidade com o estabelecido por Molina, tal
Gabarito: A controle refere-se ao controle social. Para García-Pablos de
Molina o controle social é entendido como o conjunto de
359. (BD/2010 – PC/SP) O período antropológico de instituições, estratégias e sanções sociais, que pretendem
estudo da criminalidade foi iniciado pelo médico promover e garantir referido submetimento do indivíduo
a) Enrico Ferri. aos modelos e normas comunitários (RT, 2002, p.133). Se-
b) Cesare Lombroso. gundo a Criminologia, o controle dos crimes ocorre tam-
c) Cesare Bonesana bém pela integração da atuação social de dois tipos de
d) Emile Durkheim. controles: o informal e o formal.
e) Hans von Hentig. Gabarito: C

Comentários: 362. (BD/2009 – PC/SP) O indivíduo abúlico é aque-


Aqui a resposta se dá por exclusão, o único médico entre le cuja personalidade psicopática se caracteriza
as alternativas é Cesare Lombroso, que é considerado o pai a) pela falta de vontade, sendo uma pessoa sugestio-
da Antropologia Criminal. nável e vulnerável aos fatores criminógenos e que age por
Alternativa A: era jurista e politico indução.
Alternativa C: era jurista e economista b) por ser uma pessoa arrojada, intrépida, combativa,
Alternativa D: sociólogo destemida e decidida
Alternativa E: psicólogo c) por ser destituído de confiança ou de esperança,
Gabarito: B propenso a tremores e que se preocupa e sofre exagerada-
mente com o menor revés.
360. (BD/2010 – PC/SP) O movimento “Lei e Ordem” d) por aparentar placidez e felicidade, porém pode ex-
e a teoria das “janelas quebradas” (“broken windows”) plodir subitamente em fúria.
defendem que pequenas infrações, quando toleradas, e) por ser vaidoso e ter mania de grandeza, aparentan-
podem levar à prática de delitos mais graves. O texto aci- do ser mais do que é.
ma se refere à:

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LIVRO QUESTÕES

Comentários: 365. (BD/2009 – PC/SP) O indivíduo incapaz de cui-


Transtorno abúlico: Primeiramente, é preciso explicar dar-se e bastar-se a si mesmo, com “QI” abaixo de 20 e
que estes pacientes são chamados também de débeis de ins- idade mental abaixo de 3 anos, tem seu estado mental
tinto, de impulso; sua principal característica é a grande falta caracterizado comoa) hipofrênico.
de impulsos, de tenacidade (daí abulia), de vontade, estando b) débil mental.
marcados caracteristicamente pela falta de iniciativa. São fa- c) imbecil.
cilmente influenciáveis, absorvendo os bons e os maus exem- d) idiota.
plos de seu meio. (Fonte: http://www.cartaforense.com.br) e) hiperfrênico.
Gabarito: A
Comentários:
363. (BD/2009 – PC/SP) Considera-se cifra negra a cri- Idiotia é, na psiquiatria, o grau mais elevado da tríade
minalidade a) registrada, mas não investigada pela Polícia. oligofrênica, e os indivíduos portadores possuem o menor
b) registrada, investigada pela Polícia, mas não elucidada. grau de desenvolvimento intelectual. A palavra idiota, do
c) registrada, investigada pela Polícia, elucidada, mas não grego idiótes, referenciava-se originalmente apenas ao ho-
punida pelo Judiciário. mem privado em oposição ao homem de Estado. (Fonte:
d) não registrada pela Polícia, desconhecida, não elucida- www.sinonimo.postis.org)
da, nem punida Gabarito: D
e) não registrada pela Polícia, porém conhecida e denun-
ciada diretamente pelo Ministério Público.

Comentários:
Pode-se dizer que as Cifras Negras é a genitora de todas
as outras pelo fato de que englobam todas as demais, sendo
definida como todos os crimes que não chegam ao conhe-
cimento policial, seja praticado por pessoas do alto-escalão,
contra meio ambiente como também aqueles que até che-
gam ao conhecimento das autoridades, são registrados po-
rém não são chegam até o processo ou ação penal.
Segundo o matemático belga Quetelet, autor da Escola
Cartográfica, depois do século XIX que as ciências criminais
alcançaram projeção passando a se preocupar com a crimina-
lidade de maneira a qual passou a levar em consideração suas
causas, alertando a partir de então a questão dos crimes não
comunicados ao Poder Público. (fonte: http://www.conteudo-
juridico.com.br)
Gabarito: D

364. (BD/2009 – PC/SP) Dentre as idéias defendidas


pelo Marquês de Beccaria, relativamente aos delitos e às
penas, a pena deveria
a) ser prontamente imposta para que o castigo pudesse
relacionar-se com o crime.
b) ser imposta somente após um período de prisão do
deliquente para que este pudesse refletir sobre seus atos.
c) sempre ser imposta de forma a configurar um confisco
de bens do delinqüente.
d) ser imposta de forma a corresponder a uma ação ofen-
siva igual àquela praticada pelo ofensor.
e) imposta somente pelo Santo Ofício da Inquisição.

Comentário:
Um dos principais legados trazidos por Beccaria foi na re-
lação que a relação crime-castigo deveria ostentar. Não obs-
tante tal aspecto, defendia a ideia de que a pena fosse aplica-
da prontamente. (Fonte: http://www.questoesdeconcurso.net
– Por Rafael Ernani Cabral Brocher)
Gabarito: A

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