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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS-CAMETÁ


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CULTURA
MESTRADO EM EDUCAÇÃO E CULTURA

DISCIPLINA: POLITICAS EDUCACIONAIS NA AMAZÔNIA


Professores: Doriedson S. Rodrigues e Eraldo Souza do Carmo

RESENHA

Por Ellen Rodrigues da Silvai

ARROYO, Miguel G. Políticas educacionais e desigualdades: à procura de novos


significados. Educ. Soc. , Campinas, v. 31, n. 113, p. 1381-1416, out.-dez. 2010.

CARNOY, Martin. O Papel do Estado e a Educação. In. Educação, Economia e Estado: base
e superestrutura: relações e mediações. São Paulo: Cortez, 1987.

SAVIANI, Dermeval. O Plano de Desenvolvimento da Educação: análise do projeto do mec.


Educ. Soc. , Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1231-1255, out. 2007.

A análise referente a esta sessão de estudos perpassam por três questões,


educação, economia e políticas, no sentido desta tríade, nos basearemos nos autores principais
desta sessão que são CARNOY (1987); ARROYO (2010) e SAVIANY (2007), que
respectivamente delinearam o debate desta resenha.
Desta forma CARNOY (1987), nos apresenta um panorama do contexto histórico
em que vivenciava a Educação Brasileira na década de 1980, situando suas análises no que
passara enquanto processo econômico social, principalmente em 1982, o autor traça suas
críticas àquele momento que denominara de “marginalização educacional do grosso da
população” (CARNOY, 1987, p. 07), o autor é bastante realista em suas análises naquele
momento fizera várias afirmações que se sustentam até o presente como que: “esta
marginalização decorre evidentemente de problemas estruturais mais amplos” e continua a
análise questionando: “como se surpreender então que boa parte da população infantil seja
atraída para escola através da merenda?” (CARNOY, 1987, p.07).
A então provocação é pertinente, pois expõe a questão dos interesses entre classes
e consequentemente a luta de classe, pois esta claro que o capitalismo cria necessidades, e se
este organiza instituições para cuidar da ideologia é por ter ciente de que há resistência ao
receituário capitalista de sociedade, assim o capital a medida que cria necessidades ele
também desenvolve o controle, e a escola torna-se assim um de seus principais aparelhos, no
entanto este processo não se dá de forma estática, mas em movimento, pois as transformações
no mundo humano se dão através da luta e classe.
Assim, ARROYO (2010), contribui neste debate ao trazer a análise da relação
entre educação e desigualdades, nos levando com isso a pensar sobre como ocorre a
construção de “coletivos feito tão desiguais” e de como estes constroem processos políticos,
ou seja, como se tornam “sujeitos de políticas”, nos levando a entender, pois, que a educação
é uma necessidade humana, apropriada pelo capital, e que a classe trabalhadora luta pelo
acesso a ela, e nesta luta de interesses, a educação é transformada em política pública, como
forma subordinar a classe trabalhadora, mantendo-a assim invisibilizada.
SAVIANY (2007), ao trazer para este debate o contexto histórico do PDE (Plano
de Desenvolvimento da Educação), passamos a compreender que as políticas educacionais no
Brasil passam a ser vistas como um “guarda chuva” que tenta cobrir e construir um visão
sistêmica da educação no Brasil, isto é, um programa que tem principal meta organizar a
educação de forma total, tendo como referência o IDEB e a Prova Brasil. Isso nos leva ao
entendimento que as políticas vista desta forma leva o sistema educacional a um único
sentido, ou seja, equiparar-se quantitativamente aos países desenvolvidos, ou seja, a forma de
levar o Brasil através dos números de qualidade a desenvolver-se economicamente através da
educação.
Portanto a tríade educação, economia e políticas citadas inicialmente estão
totalmente vinculadas a uma luta de interesses, em que a resistência do movimento social, da
classe trabalhadora se configura nas políticas através da hegemonia, ou seja, correlações de
força que dão o tom de quem e a quem servirá a políticas, desta forma precisamos está ciente
da classe como identidade e assim criarmos processos que possa tornar nos levar a
transformação da realidade feita desigual.

i
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC) do Campus Universitário do
Tocantins/Cametá – UFPA. Especialista em Gestão e Planejamento da Educação (UFPA). Professora da
Educação Básica da Rede Municipal de Educação de Cametá - Pará.

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