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Resumo: A curva de Gresificação Parte I e Parte II

Aluna: Caroline Lessa Gonçalves

Em 1978 Kingery1 sugeriu que a única maneira de se saber realmente se o


processamento antes da queima foi correto é queimando o material. Para isso é preciso
definir claramente as características requeridas pelo produto que se pretende produzir
e, por outro lado, definir alguns parâmetros que nos permitam avaliar quantitativamente
os resultados obtidos. Esses parâmetros são as variáveis de diminuição de porosidade
e a retração, que avaliar o comportamento de uma determinada massa cerâmica
durante a queima.

O objetivo principal da queima é consolidar o formato definido pela operação de


conformação. Nas cerâmicas tradicionais, a massa é formulada de modo tal que durante
as temperaturas mais elevadas do ciclo de queima parte da massa se transforme em
um líquido viscoso que escorre e ocupa os espaços vazios entre as partículas mais
refratárias e dessa forma reduz a porosidade. Durante o resfriamento, esse material
líquido se transforma em um vidro que liga as partículas mais refratárias e aumenta a
resistência mecânica. Então as principais variações sofridas pelo corpo cerâmico
durante a queima são a diminuição da porosidade que pode ser caracterizada pela
absorção de água (AA), e a retração, que é geralmente pela retração linear (RL).

A curva de gresificação é a representação gráfica simultânea das variações da absorção


de água (AA) e retração linear (RL) da peça com a temperatura de queima. Tendo a
faixa de AA desejada e a e a variação de tamanho admissível no produto final, pode-se
usar a curva de gresificação para identificar a temperatura na qual essas características
são alcançadas. Também pode ser utilizada como controle de qualidade. Também é
utilizada como ferramenta para monitorar variações da composição da massa
provocadas por variações das características entre diferentes lotes de uma mesma
matéria-prima e/ou por desvios na dosagem, e corrigi-las.

Exemplo de aplicação da curva de Greisificação:

A Fig. 1 mostra produtos cerâmicos diferentes com características diferentes obtidos


por massas apropriadas que apresentam comportamentos bastante distintos durante a
queima.
A Fig. 2 apresenta a curva de gresificação típica de uma massa utilizada industrialmente
para a produção de pisos a serem enquadrados no grupo BIIb da classificação da Norma
ISO 13.006. Portanto o produto acabado deverá apresentar, dentre outras
características, absorção de água (AA) entre 6 e 10% e uma variação dimensional
inferior a ± 0,6% em relação à dimensão de fabricação ou seja, uma variação máxima
da retração linear (RL) de 1,2%. A variação de temperatura de uma região para outra e
de um dia para outro, é de 10ºC, com isso pode-se com base na curva de gresificação,
avaliar a massa utilizada. Como mostra a Fig. 2, a temperatura de queima necessária
para se obter uma AA de 8% é de 1084 ºC. Considerando que a variação de temperatura
no forno é de 10 ºC, podemos concluir que a temperatura no interior do forno estará
entre 1074 ºC e 1094 ºC. Assim sendo, com base na curva de gresificação, podemos
calcular as RL correspondentes a essas duas temperaturas, que são de 6,0% e 7,2%,
respectivamente. Concluindo que para essa massa, sob essas condições de
processamento e queima, a variação dimensional observada é compatível com as
exigências da Norma ISO 13.006 para o grupo BIIb.
A composição da massa as condições de processamento e/ou a temperatura (ou a
curva de queima) do forno variarem, os resultados poderão ser bastante diferentes.
E também efeitos das condições em que os corpos de provas utilizados para o
levantamento da curva de gresificação são preparados e queimados sobre os resultados
obtidos.

Na parte II, Apresenta exemplos práticos de como a curva de greisificação pode ser
utilizada para avaliar a sensibilidade de uma massa à variações da composição,
densidade do compacto seco e condições de queima.

Toda indústria cerâmica possui uma massa para cada produto, uma boa massa deve
ser facilmente processada, produzir um produto com as características desejada e ter
baixo custo de produção. Idealmente procura-se uma massa que “perdoe” as variações
apresentadas pelo processo produtivo, que apesar das condições de processamento,
continue resultando em produtos com as características desejadas.
A massa para demonstrar como as curvas de gresificação podem ser utilizadas na
avaliação da sensibilidade de uma massa à variação da composição, é usada na
fabricação de pisos por via seca e homogênea que consiste em uma mistura, em peso,
de 65% de argila A e 35% de argila B e é queimada a 1120º C. Exemplo dos efeitos de
uma variação de +- 5% do teor de cada uma das argilas sobre a absorção
de água (AA) e a retração linear de queima (RL).
Na fig.1 uma variação de +- 5% faz com que AA varie de 8,0% e 11,9% e RL entre 4,7%
e 6,5%. Considerando que o produto final é classificado pela norma ISO 13.006 como
pertence ao grupo BIIb, a sua AA deve estar entre 6% e 10%, assim sendo essa variação
na proporção entre as argilas é suficiente para que AA saia fora dos limites
estabelecidos pela norma.

Com base nesses resultados, pode-se determinar através das curvas de gresificação
qual é a máxima variação admissível da proporção das argilas para que tanto AA quanto
RL fiquem dentro da norma e ajustar o sistema de preparação de massas para que
esses limites não sejam excedidos; buscar outras matérias primas mais tolerantes às
variações.

Para que se possa avaliar uma determinada massa, é importante conhecermos as


consequências dessas variações sobre as características do produto final e a curva de
gresifcação pode ser usada para isso, para avaliar a sensibilidade à variação de
densidade a seco e a sensibilidade às condições de queima. Portanto para cada massa
e cada tipo de produto, é preciso avaliar a sensibilidade da massa para essa variável,
estabelecer a faixa de variação admissível e controlar as variáveis de processo de modo
que as características do produto final estejam dentro do limite desejado.

Considerações Finais

Existem outros aspectos fundamentais a serem considerados para avaliar e desenvolver


a massa além do AA e RL, que são:

A Frabricalidade: Facilidade com que a massa permite e resiste à execução de todas as


operações envolvidas no processo de fabricação.
As características do produto final: as dimensões, a forma, a absorção de água, o
tamanho médio e a distribuição do tamanho dos poros, a resistência mecânica, a
expansão térmica e a cor da queima.Os Aspectos econômicos: a massa deve
possibilitar a prática de baixos índices de perda durante o processo.

Pode-se perceber que a avaliação e desenvolvimento de massas são operações


bastante complexas.

Quando o comportamento pelas curvas de gresificação não é o desejado, utiliza-se o


método mais utilizado na prática para buscar uma solução: “tentativa e erro”.

O comportamento da curva de gresificação pode ser explicado cientificamente, e


embora ela sozinha não possibilite a avaliação completa de uma massa cerâmica, ela é
uma ferramenta muito importante, que se associada ao verdadeiro entendimento do
processo, torna-se muito poderosa.

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