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Que geração é essa? O que pensam? O que fazem? Quais são suas
características? Como entendê-los? Que tipo de pedagogia devemos usar? Piaget, Vygotsky?
Wallon?
Essas são algumas perguntas que fazemos ao depararmos com essa nova geração
que cresce diante de nós. O problema maior é que como um fenômeno novo, ninguém sabe ao
certo que geração é essa. O que temos são algumas pistas que podem nos ajudar a
compreendê-los.
Nascidos entre o final dos anos 90 e começo dos anos 2000, essa geração
chamada de Z, nativos digitais, globalists ou milenials, veio a um mundo controlado pela
tecnologia. Assim, se desenvolveram a partir dela.
Assimilam com facilidade as tecnologias que um adulto de 20 anos teria
dificuldade de lidar.
Para eles a tecnologia não é uma ferramenta, mas um modo de vida. Para eles, ela
não é um meio, mas um fim em si mesma.
São tanto consumidores quanto produtores de conteúdo digital. Segundo
pesquisas recentes, a cada minuto são produzidas 72 horas de vídeo no Youtube, 41 mil posts
no Facebook e 3,6 mil fotos vão para o Instagram. Isso para falar de apenas três das redes
sociais existentes.
Do relógio de pulso que controlava o nosso tempo, chegamos ao celular que
controla a nossa vida. E não há como ignorar a relação criada entre esse aparelho e a geração
Z.
O celular exerce uma onipresença na vida deles. Está com eles todo dia e o dia
todo. Tornou-se quase uma extensão do seu corpo.
Não é só pelo fato de engolir outras tecnologias (câmera fotográfica, filmadora,
telefone, computador, internet, rádio, TV, GPS, controle remoto, saúde, música etc), ser um
símbolo de status e ser portátil que esse aparelho criou essa dependência. O problema é que
esse aparelho atende a uma necessidade básica dos ser humano, a comunicação, e é
justamente aí que o nosso problema começa.
O celular não apenas se tornou um meio de se comunicar, ele revolucionou o
modo como fazemos isso. Com ele ganhamos em extensão, mas perdemos em intensidade.
Diante desse quadro surgem novas perguntas e não é simplesmente para onde vai
a tecnologia, mas para onde ela vai nos levar.
Vamos demonizar? Ignorar o problema? Será que podemos controlar o seu uso?
Monitoramento é saudável ou uma invasão de privacidade? Precisamos ser especialistas em
mídia para resolver o problema? Como saber se meu filho é um viciado em tecnologia?
Antes de respondermos a essas perguntas precisamos entender que a tecnologia
é neutra, mas a mídia não.
Também precisamos entender que o problema não é só o que a tecnologia faz,
mas o que ela revela sobre nossos filhos. As redes são a ocasião parar revelar o que está no
coração deles.
Ficamos preocupados com o quadro de ansiedade visto neles quando estão off-
line, com déficit de atenção, com a hiperatividade, a dificuldade de se organizar, de definir
prioridades, com a depressão de Facebook (viciados em curtidas), com o efeito Google, que os
faz pensar que sabem apenas porque estão a um clique das respostas, com a exposição a
pornografia e a pedofilia etc.
Tudo isso são preocupações legítimas, mas é apenas a ponta do Iceberg. E se não
entendermos a natureza do problema, não poderemos tratá-lo de modo eficaz.
Os principais problemas são:
A geração Z está se tornando imediatista – pelo contato com um mundo virtual
em alta velocidade, eles tem dificuldade em lidar com a realidade, onde as coisas nem sempre
acontecem ao nosso tempo.
A geração Z está se tornando narcisista – postam fotos e mais fotos e apelam
para quase tudo em troca de uma curtida. Esse narcisismo inclusive está roubando a
masculinidade e a feminilidade das crianças.
A geração Z está se tornando individualista – se aproximam dos distantes, mas
se afastam dos que estão perto. São antissociais. Não conseguem desenvolver relações intimas
de verdade.
Como vamos responder a isso? Existe alguma receita para lidar com esses
problemas? Como tornar o mundo real melhor que o mundo virtual? Será que a sua família vai
sobreviver ao futuro? Até onde sua fé vai influenciar seus filhos?
Salvo se você tem apreciado essa paz artificial que está na sua casa em
decorrência de ninguém mais se falar por estarem conectados ao celular, há esperança para a
sua família.
A boa notícia é que não precisamos saber tudo sobre as novas tecnologias nem
mesmo estudar as várias pedagogias existentes para tratar com esse problema.
Transformar a geração Z em geração santa vai depender de aplicarmos as
verdades bíblicas na vida de nossos filhos.
A verdade bíblica não é antiga, ela é eterna e por isso vale para qualquer pessoa
em qualquer lugar e em qualquer tempo.
Voltemos ao texto. Os hebreus estão novamente na fronteira entre o deserto e a
terra prometida. Essa geração viu uma geração inteira morrer no deserto por terem temido os
gigantes, agora é a vez deles enfrentarem uma realidade muito mais sutil e muito mais
perigosa – a influência da cultura canaanita. O que eles ouviram de Moisés era de suma
importância para preservarem a fé e influenciarem as próximas gerações.
O problema não estava fora, estava dentro. Não era o que haviam de enfrentar,
mas o que trariam no coração que faria a diferença (Deuteronômio 6:6).
Os princípios abaixo ajudarão não só a transformar a geração Z, mas qualquer
uma.
Conclusão
Não se contente em fazer de seus filhos apenas boas pessoas, mas novas
criaturas. Não os eduque apenas, os evangelize.
O cristianismo está sempre a uma geração de acabar. Que o seu legado abençoe
essa e as próximas gerações.
Ser pai não é apenas uma questão de posição, mas de influência. Mais do que
limites, seus filhos precisam de uma direção.
Anderson Zem