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DESCOMPLICADA E
DIVERTIDA
Ref: EB003
Autor - Luis Carlos Burgos
http:/ / www.burgoseletronica.net
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Dedicatória
Eu dedico este trabalho ao meu irmão Luis Marcelo que não está mais entre
nós materialmente, mas está comigo espiritualmente me dando forças para
superar os desafios da vida. Também ao meu outro irmão e sócio Luis
Henrique, autor de várias fotos deste trabalho e minha mãe D. Darci. Dedico
também esta obra a todos os meus alunos, futuros alunos e a toda equipe da
Burgoseletronica Ltda.
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Bibliografia
www.burgoseletronica.net
APRESENTAÇÃO
Nesta obra que ora se inicia ensinarei como funcionam os circuitos da eletrônica digital de forma
fácil e com diversão, onde o leitor terá a oportunidade (opcional) de montar cada uma das 50
experiências que compõe o livro no kit de componentes e vídeo aula que pode ser adquirido em
nossa loja virtual com o código DVED01. Todos os equipamentos eletrônicos modernos utilizam
os circuitos apresentados aqui como base para seu funcionamento. As funções digitais ensinadas
neste livro são implementadas em grande quantidade muitas vezes num único CI nos demais
aparelhos eletrônicos.
Conforme explicado, no kit adquirido em nossa loja vai uma protoboard (placa de protótipos) junto
com os componentes necessários para a montagem de todos os circuitos que formam o livro para
que o aprendizado se dê de forma rápida e na prática. É uma ótima oportunidade para quem
sempre teve vontade de aprender eletrônica digital, mas não dispunha de tempo ou não
conseguia um material com uma forma mais fácil de compreensão. Espero que nossos leitores
(alunos e futuros alunos) aproveitem bastante o trabalho. No final do livro tem a lista dos
componentes do kit.
INDICE
I. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................01
II. NÍVEL LÓGICO.....................................................................................................................01
III. BINÁRIOS E DECIMAIS.......................................................................................................01
Conversão binários pra decimais.......................................................................................01
Conversão decimal para binário.........................................................................................02
IV. CIs IGITAIS...........................................................................................................................02
V. PORTAS LÓGICAS...............................................................................................................02
EXPE RIÊNC IA Nº 01 – PORT A LÓGIC A E (AND)...............................................................02
EXPER IÊNC IA N º 02 – PORTA LÓGICA OU (OR...............................................................03
EXPER IÊNC IA N º 03 – PORT A LÓGICA NÃO (NOT ) OU INVERSOR A...........................03
EXPER IÊNC IA N º 04 – POR TA LÓGICA NÃO E - NE (N AND)..........................................03
EXPERIÊNC IA Nº 05 – PORT A LÓGIC A NÃO OU - NOU (NOR).......................................04
EXPER IÊNC IA N º 06 – PORT A LÓGICA OU EXCLUS IVA (XOR).....................................04
EXPER IÊNC IA N º 07 – POR TA LÓGICA NOU EXCLUSIV A (XNOR)................................05
VI. AMPLIFICADOR OPERACIONAL NA ELETRÔNICA DIGITAL..........................................05
EXPER IÊNC IA Nº 08 – AMPLIF IC AD OR OPER AC ION AL COMO COMP AR ADOR.........05
VII. O CIRCUITO INTEGRADO 555............................................................................................06
EXPER IÊNC IA N º 09 – 555 COMO MULTIV IBRADOR AST ÁVEL (OSC ILADOR)............06
EXPER IÊNC IA N º 10 – 555 C OMO MULTIVIBR ADOR MON OEST ÁVEL (T IMER)...........07
VIII. OSCILADORES DE ONDA QUADRADA.............................................................................07
EXPER IÊNC IA N º 11 – OSCILADOR COM DU AS PORT AS N E (N AND)...........................07
EXPER IÊNC IA N º 12 – OSCIL ADOR COM DU AS PORTAS NOU (NOR)..........................08
EXPER IÊNCIA N º 13 – OSCIL ADOR COM DOIS INVER SORES.......................................09
EXPER IÊNCIA N º 14 – OSCIL ADOR COM PORT A NE D ISPAR ADORA..........................09
EXPER IÊNC IA N º 15 – OSCIL ADOR COM AMPLIF IC ADOR OPER AC ION AL.................09
IX. O CIRCUITO INTEGRADO 4066..........................................................................................10
EXPER IÊNC IA N º 16 – FUNCION AMENTO DO CI 4066.....................................................10
EXPER IÊNC IA N º 17 – PISC A-P ISC A C OM 4 LEDS SIMULT ÂNEOS...............................10
X. USANDO O CI 4011 PAR A FAZER AS PORT AS LÓGICAS B ÁS IC AS.............................11
Este livro acompanha o DVD com as vídeoaulas e o kit completo para montagem das
experiências apresentadas em cada circuito estudado.
I. INTRODUÇÃO
A eletrônica digital trabalha com apenas duas tensões: 0 V e +V que normalmente é a tensão de
alimentação do circuito. Não há valores intermediários entre as duas. Veja ao lado:
Os circuitos digitais processam os bits de quantidades em quantidades de cada vez. Quanto mais
bits o circuito processa de cada vez, mais rápido ele é. Um conjunto de 8 bits recebe o nome de
Byte e um conjunto de 16 bits chama-se word (palavra). Veja abaixo:
8 bits = 1 Byte
16 bits = 1 word
1 1 1 1 = 15 1 0 1 0 1 = 21 1 1 0 0 0 0 0 = 96
8 4 2 1 = 8+4+2+1 = 15 16 8 4 2 1 = 16+4+1 = 21 64 32 16 8 4 2 1 = 64+32 = 96
73 = 1001001 89 = 1011001
Dica – O número ímpar tem resto 1 e o par resto 0.
CI TTL – É formado por transistores comuns (bipolares). Trabalham entre 0 e 5 V e começam com
o código 7400. Exemplo 7408.
CI CMOS – É formado por transistores mosfets. Trabalham entre 0 e 15 V e começam com o
código 4000. Exemplo 4011. Alguns CMOS são muito sensíveis à estática do corpo.
V. PORTAS LÓGICAS
Circuitos que fazem operações com binários (bits) ou inverte-os. Tais circuitos são formados por
transistores e estão dentro de CIs. Vamos estudar os tipos básicos através de montagens:
Experimente outros valores para R2 e C1. Quanto maiores os valores, menor será a
freqüência do circuito e o led piscará mais devagar. E quanto menores os valores maior
será a freqüência do circuito e o led piscará mais rápido.
Observe atentamente o que acontece com o led. Este circuito funciona exatamente da mesma
forma que o da experiência nº 11, onde temos um led piscando com velocidade baseada na carga
e descarga do capacitor C1 através do resistor R2. Portanto a freqüência deste oscilador depende
dos valores do resistor R2 e capacitor C1.
É formado internamente por quatro chaves eletrônicas. Cada chave é acionada por um pino do CI.
Portanto o CI possui quatro pinos de entrada, quatro de saída e quatro de acionamento, além do
pino de +B e o de terra. Para ligar uma chave interna, seu pino acionador deve estar a nível 1.
Neste capítulo veremos como o CI 4011 (4 portas NE) pode fazer diversas funções lógicas. A sua
função básica funcionando como porta NE está na experiência nº 4.
XII. FLIP-FLOP RS
Aperte as chaves uma de cada vez e observe o comportamento dos leds. Este circuito é bem
parecido com o da experiência 21. Agora usamos um CI 4011 e duas de suas portas NE. Ao ligar
o circuito, supondo que o pino 4 (/Q) está em nível 1 e o pino 3 (Q) está em nível 0, o led verde
fica aceso e o vermelho apagado. Apertando CH1 (SET), o pino 1 do U1A vai a 0, levando o pino
3 a nível 1 e acendendo o led vermelho. Assim os pinos 5 e 6 ficam em nível 1 levando o pino 4 a
nível 0 e apagando o led verde. Se você apertar o CH1 (SET) a situação não muda. Apertando
CH2 (RESET) a situação se inverte (/Q = 1 e Q = 0) e assim fica até apertar CH1 (SET)
novamente.
Ligue o circuito e observe o display. Toque o fio de teste nas linhas de + B e terra da protoboard e
observe o display. Neste circuito além do display também usamos dois transistores de uso geral
BC548 e três portas NE de um CI 4011. Ao ligar o circuito, os terminais “e” e “f” do display estão
alimentados pela linha de +B e formarão a letra “I”. Ao ligar o fio de teste no +B, os pinos 1 e 2 do
CI ficam em nível 1, levando os pinos 3, 5 e 6 a nível 0. O pino 4 vai a nível 1 e o 10 a nível 0.
Assim o transistor Q1 fica polarizado alimentando os terminais “b”, “c” e “g” e fazendo o display
representar a letra “H” (“HIGHT” ou “ALTO”). Ao ligar o fio de teste no terra, os pinos 1 e 2 do CI
ficam com nível 0, levando os pinos 3, 5 e 6 a nível 1. O pino 4 fica no nível 0 e o 10 no nível 1.
Agora é o transistor Q2 quem fica polarizado e alimenta o pino “d” fazendo o display mostrar a
letra “L” (“LOW” ou “nível BAIXO”).
Conforme pudemos observar no desenrolar deste trabalho, muitos circuitos podem ser produzidos
usando as portas lógicas fundamentais E, NE, OU, NOU e NOT. A seguir faremos uma
experiência interessante usando quatro leds e duas chaves, onde combinando estas chaves
ligadas e desligadas podemos acender cada um dos leds.
Ao ligar o circuito um dos leds (D1) fica aceso e os outros apagados. Apertando CH2, apenas D2
acende. Apertando CH1, apenas D3 acende. Apertando as duas ao mesmo tempo, acende
apenas o D4.
Este tipo necessita de um sinal de clock (relógio) para habilitar sua mudança de estado. Assim o
circuito pode transferir ou armazenar dados baseado num determinado intervalo de tempo.
Este tipo é formado internamente por dois flip-flops interligados daí o nome mestre-escravo. O flip-
flop JK possui as saídas Q e /Q como nos demais e cinco entradas: S (SET), R (RESET), J, K e
clock. As letras J e K foram escolhidas por convenção. Ao ligar o circuito, cada saída estará num
nível lógico diferente. Independente dos pinos clock, J e K estarem em nível 1 ou 0, aplicando
nível 1 no terminal S, as saídas passam para o estado SET. Se elas já estavam neste estado
permanecem. Aplicando nível 1 em R as saídas voltam para o estado inicial (RESET). Deixando
os pinos R e S em 0, se os pinos J e K estiverem também em 0 ao aplicar nível 1 no pino de clock,
as saídas não mudam. Deixando J em 1 e K em 0, aplicando 1 no clock as saídas passam ao
estado SET (se já estavam ficam). Deixando J em 0 e K em 1, aplicando 1 no clock as saídas
voltam ao estado inicial (RESET). Deixando J e K em 1, cada vez que o clock ir de 0 a 1 as saídas
mudam de estado.
Este tipo possui duas saídas Q e /Q e quatro entradas: S (SET), R (RESET), CLOCK e D (DATA).
O nome do circuito vem deste último pino de entrada. Independente dos níveis dos terminais D e
clock, aplicando nível 1 no pino S, as saídas mudam de estado e voltam para o estado inicial
quando se aplica nível 1 no pino R. Deixando os pinos R e S com 0, aplicando um pulso de clock,
a saída Q ficará com o mesmo nível da entrada D (Q = 1 se D = 1 e Q = 0 se D = 0).
XVIII. O CI 4017
Este CI, bastante usado nos circuitos digitais, é um contador/divisor com 10 saídas e também é
conhecido como “contador de Johnson”. Possui um pino de entrada de clock, reset, +B e terra.
Ao ligar o circuito um dos 10 pinos de saída estará em nível 1 e os outros em nível 0. Aplicando
um pulso de clock, o nível 1 passa ao pino de saída seguinte e assim por diante.
Vá pressionando a chave CH1 e observe os leds. Cada pulso que damos em CH1, os leds vão se
acendendo alternadamente até o final da fileira e depois recomeçam. Assim funciona o CI 4017.
Monte o circuito ao
lado na protoboard.
As instruções estão
na vídeoaula nº 33
do DVD.
Este circuito é similar ao anterior bastando apenas trocar a chave do pino 14 do CI 4017 por uma
porta NE gatilhada formada pelo U1 4093. Este CI gera o sinal de clock para o CI 4017 acender os
leds em seqüência. A velocidade depende de R1 e C1. Troque C1 por outros valores e veja a
variação da velocidade. Usando o CI 4017 também podemos fazer seqüenciais com menor
quantidade de leds como veremos na próxima experiência:
Ligue o circuito e observe os leds. Observe que neste circuito ligamos a saída O4 no pino de reset
(15) do CI. Desta forma quando o pino 10 (saída O4) for a nível 1, este pulso será aplicado ao
pino 15. Assim o CI é resetado e sua saída O0 vai a nível 1 começando novamente o ciclo. Se
você quiser um seqüencial de 5 leds, basta ligar a saída O5 (pino 1) ao pino reset 15 e assim por
diante.
Alimente o circuito e observe a velocidade dos leds. O CI 4017 possui um pino de saída chamado
“carry out” ou saída de transporte. Este pino é o 12. A cada 10 pulsos de clock que entram no
seu pino 14, aparece um pulso mais largo no pino 12 acendendo o led verde. Desta forma a cada
10 piscadas do led vermelho (freqüência do oscilador) teremos 1 piscada do led verde. Desta
forma o circuito é capaz de dividir por 10 a freqüência do clock que ele recebe.
São circuitos que usam a onda quadrada de um oscilador para dobrar a tensão de uma fonte.
XX. CONTADORES
São circuitos usados para contar bits e a partir daí manipular dados digitais, somas e várias outras
aplicações nos circuitos digitais. Também podem dividir uma freqüência em outros valores. Os
contadores são feitos basicamente por flip flops dentro de CIs. Há dois tipos de contadores:
Não sincronizados (assíncronos) – São mais lentos e usados apenas em circuitos mais simples.
Eles usam um sinal de clock aplicado no primeiro estágio do contador. A saída do primeiro estágio
serve como clock para o segundo estágio. A saída do segundo serve como clock para o terceiro e
assim por diante. Estes contadores não são muito precisos.
Sincronizados (síncronos) – São mais rápidos, precisos e usados em circuitos complexos.
Neste tipo o mesmo sinal de clock é aplicado em todos os estágios do contador ao mesmo tempo
proporcionando velocidade, estabilidade e precisão ao contador.
Um contador pode contar em ordem crescente (“up”) ou decrescente (“down”). Já vimos neste
livro o contador de “Johnson” formado pelo CI 4017. Veremos a seguir outros tipos de contadores.
Contador decádico BCD (decimal codificado em binário) – Contam de 0 a 9 em números
binários usando 4 bits sendo um em cada saída dele (portanto tem 4 saídas). A seqüência de
saída dos bits dele é a seguinte:
Número decimal 0 = saídas binárias 0000
Número decimal 1 = saídas binárias 0001
Observe como os leds vão acendendo na seqüência binária desde 0000 (todos apagados) até
1001 (decimal 9) e depois voltam a apagar todos (0000). Daí o ciclo recomeça na velocidade que
depende dos valores de C1 e R5. Tente trocá-los por valores diferentes e observe a velocidade da
contagem (quanto maior a freqüência do clock mais rápida será a contagem). Após ligue o pino 10
do U2 ao terra e observe como a contagem fica regressiva (de 9 até 0).
Decodificador BCD para display de leds de 7 segmentos – Recebe uma contagem em binário
de 0 a 9 através de 4 bits (trilhas) e mostra os números decimais num display de 7 segmentos. O
mais comum é o CI 4511 usado na próxima experiência.
E XPER IÊ NC IA Nº 40 – C ON TADOR DE 0 A 9
Materiais u sados:
1 protoboard Monte o circuito abaixo na protoboard. As instruções estão na vídeoaula
1 CI 4093 nº 40 do DVD.
1 CI 4510
1 CI 4511
1 display leds 7 seg
1 resistor de 100 K
7 resistores de 470 Ω
1 capacitor de 4,7 µF
Este contador tem três partes distintas: um oscilador formado pelo CI U1 para produzir o sinal de
clock, o CI U2 funcionando como contador binário que fornece em suas saídas Q1 a Q4 uma
contagem de 0 a 9 em formato binário de 4 bits do 0000 (número “0”) até o 1001 (número “9”) e
por fim o decodificador BCD formado pelo CI U3 que converte os números binários de 4 bits em
números decimais mostrados no display de leds com catodo comum (catodos dos leds
interligados ao terra do circuito). Nesta configuração o circuito vai contar do 0 ao 9. Experimente
ligar o pino 10 do U2 ao terra e observe que a contagem fica regressiva (do 9 ao 0). A velocidade
da contagem depende dos valores de R8 e C1. Experimente trocar os valores para comprovar.
Segure a chave CH1 e observe a formação de um dígito “8” no display. Ao soltar a chave
podemos ver qualquer dígito aleatório entre 0 e 9 no display. Este circuito pode ser usado como
um “dado” mais complexo com dígitos entre 0 e 9. Apertando a chave CH1 fazemos funcionar um
oscilador de alta freqüência U1 que aciona o contador U2 e o decodificador BCD U3. A contagem
é tão rápida que vemos apenas um “8” no display. Ao soltar CH1 o oscilador desliga, o contador
U2 pára no número que estava e o U3 o indica no display.
São circuitos usados para transferir dados binários de um estágio para outro a partir de um sinal
de clock aplicado. Cada estágio (registrador) pode armazenar uma informação de 1 bit até ela ser
passada para o registrador seguinte com a variação do sinal de clock. Tais circuitos são feitos
basicamente por flip flops e constituem junto com os contadores a base de funcionamento dos CIs
microprocessadores. Os registradores podem realizar conversões entre dados seriais (trafegam
numa mesma trilha) e paralelos (trafegam em trilhas separadas). Alguns registradores são
bidirecionais onde os dados podem trafegar por ele em ambos os sentidos.
Ao ligar o circuito aperte e solte rapidamente a chave CH2. A seguir aperte e segure a chave CH1
até acender o primeiro led (D1). Solte a chave a seguir e observe como D1 apaga e acende D2
em seguida. D2 apaga, acende D3, D3 apaga, acende D4. D4 apaga e todos ficam apagados até
apertar novamente CH1. Agora aperte CH1 até acender D1 e D2 e solte a chave. D1 apaga D2
fica aceso e D3 acende e assim por diante. Nesta experiência usamos um dos registradores do CI
4015 (há dois registradores dentro dele). Este registrador de deslocamento possui uma entrada de
dados seriais (pino 7 ou D) e saída paralela de 4 bits (ou trilhas) que são os pinos QA, QB, QC e
QD. Apertando a chave CH1 introduzimos um bit “1” em sua entrada D. Este dado vai aparecer na
saída QA acendendo o led D1. A cada variação do sinal de clock gerado por U1, o bit “1” passa
para a saída seguinte QB, QC e QD acendendo o led correspondente (D2, D3 e D4). A velocidade
que este dado passa de uma saída para outra depende da freqüência do clock, ou seja, dos
valores de R5 e C1. Apertando e soltando CH1 simulamos primeiro um bit “1” e depois um bit “0”.
Daí as saídas ficam QA = 1; QB = 0; QC = 0; QD = 0, ou seja, 1000. No próximo ciclo do sinal de
clock as saídas passam para 0100, no próximo ficam em 0010, no outro ciclo ficam em 0001 até
ficarem em 0000 no outro ciclo do clock. Percebam que o bit “1” vai se deslocando, daí o nome do
circuito. A qualquer momento que apertarmos a chave CH2 o circuito reseta, limpa os
registradores e as saídas ficam todas em 0 (0000). Se segurarmos a chave CH1 acendendo os
dois primeiros leds e soltarmos as saídas ficam 1100, depois 0110, depois 0011, depois 0001 e
por fim 0000.
Ao ligar o circuito aperte e solte rapidamente a chave CH2 para resetar o CI. A seguir aperte e
segure CH1 até acender o led D1. Solte a chave em seguida e observe que apagando D1 acende
D2 e assim por diante até chegar em D8. Introduzindo o bit 1 na entrada D1 do CI (apertando
CH1) ele se desloca da saída Q1A até a saída Q2D a cada pulso do clock que entra nos pinos 1 e
9. Observe como neste circuito usamos os dois registradores do CI 4015 formando um único de 8
bits (trilhas). A última saída do primeiro Q1D vai ligada ao terminal de dados (D2) do segundo.
Ao ligar o circuito observe como os leds acendem em seqüência até todos se iluminarem. A seguir
eles vão apagando em seqüência até todos ficarem apagados. A partir daí o ciclo se repete a uma
velocidade que depende de C1 e R9.
São circuitos que recebem dados digitais e transformam numa tensão cujo valor depende da
seqüência de bits recebida. Por exemplo, se o conversor recebe 8 bits de cada vez, se todos
forem 0 (00000000) a tensão fornecida é a mínima e se todos forem 1 (11111111) a tensão é a
máxima e valores intermediários de acordo com a seqüência de 0 e 1. Estes circuitos são usados
em aparelhos que têm circuitos digitais e dispositivos que necessitam de tensão analógica para
funcionar como motores, alto falantes, tubos de imagem de televisores convencionais, etc.
Aperte CH1 e observe os três leds. A seguir aperte CH2 e as duas ao mesmo tempo sempre
observando o comportamento dos leds. Cada chave introduz um bit de informação ao circuito
através dos inversores formador por U1. Apertando CH2, o pino 4 de U2 passa a nível 1 e introduz
uma tensão à entrada não inversora de U2 através de R4 e R5. Daí sai uma tensão baixa pelo
pino 1 do mesmo acendendo apenas D1. Apertando CH1, o pino 2 de U1 vai a nível 1
introduzindo outra tensão ao pino 3 de U2 através de R3. Agora a tensão do pino 1 fica maior e
acende os três leds, porém D1 e D2 fracos. Apertando as duas chaves, a tensão introduzida em
U2 fica maior, aumentando a saída pelo pino 1 e acendendo os três leds, sendo D1 e D2 mais
fortes que no caso anterior. Dependendo, portanto da sequencia de chaves apertadas (bits
introduzidos) teremos tensão maior ou menor no pino 1 de U2. Assim é um conversor D/A.
Aperte CH1 e observe a luminosidade do led. Segure a chave e observe o led. Neste circuito
temos mais uma aplicação dos conversores D/A. Apertando CH1 ligamos um oscilador formado
por U3, R5 e C1 que fornece um sinal de clock para U2. Este último CI conta os bits em binários e
nas suas 4 saídas (4 bits) temos os pulsos somados resultando numa tensão variável sobre R6.
Esta tensão é introduzida no pino 3 de U3 para este controlar a base do transistor Q1 e desta
forma o brilho do led. Dependendo do tempo que seguramos a chave quando a soltarmos o led
vai apresentar um determinado brilho. A velocidade da variação do brilho do led depende da
velocidade de funcionamento do contador U2 e desta forma do oscilador de clock U1 (valores de
C1 e R5). Ligando o pino 10 de U2 ao terra fazemos a variação de brilho do led ficar invertida do
mais forte para o mais fraco. Normalmente os conversores D/A são feitos a partir de contadores
ou registradores de deslocamento (circuitos já estudados).
São circuitos com uma entrada e várias saídas de dados ou vice-versa controlados por terminais
de seleção e pulsos de habilitação (“enable” ou EN). Veja a descrição para cada tipo a seguir:
Multiplexador, multiplex ou “MUX” – Possui várias entradas e uma única
saída de dados. Através de seus terminais de seleção (A, B, C, etc.)
escolhemos qual das entradas (E1, E2, E3, etc.) terá seus dados enviados à
saída S. Porém estes dados só estarão presentes na saída S quando o
terminal de “enable” (EN) estiver em nível alto. A quantidade de terminais de
seleção depende da quantidade de entradas e será sempre potência de 2.
Exemplo: se o MUX tiver 4 entradas, terá 2 terminais de seleção (A e B). Se
tiver 8 entradas terá 3 terminais de seleção (A, B e C) e assim por diante. De
acordo com os níveis de A, B, etc. será selecionada uma das entradas do MUX.
E assim chegamos ao final deste trabalho cujo objetivo foi ensinar de forma simples como
funcionam os circuitos digitais que são a base dos microcontroladores, memórias, relógios e
vários outros que usam a eletrônica digital como base para sua operação. Todos os modernos
equipamentos usam a eletrônica digital como base para seu funcionamento. Esperamos que com
este livro você tenha adquirido seus primeiros ou aprimorado seus conhecimentos acerca da
eletrônica digital. Como mencionado as experiências devem ser praticadas com o kit didático que
acompanha o livro e as vídeo aulas com a explicação das experiências montadas também
acompanham este trabalho num DVD. Eu agradeço muito a todos de minha equipe, aos nossos
alunos e futuros alunos. Nosso site e loja virtual encontram-se abaixo e até nosso próximo
trabalho......
www.burgoseletronica.net
http://loja.burgoseletronica.net
http://www.lojaburgoseletronica.com.br
Níveis lógicos;
Portas lógicas;
Comparadores;
Osciladores de onda quadrada;
Chaves eletrônicas;
Flip flops;
Displays de leds;
Contadores seqüenciais;
Dobrador de tensão;
Contadores binários;
Decodificadores BCD e acionadores de display;
Contadores decimais;
Registradores de deslocamento (“shift register”);
Conversores D/A (digital/analógico);
Multiplexadores;
Demultiplexadores.
Revendas:
São Paulo – Burgoseletrônica – www.burgoseletronica.net http://loja.burgoseletronica.net
Esquemafácil – www.esquemafacil.com.br
Rio de Janeiro – Livrotec – www.livrotec.com.