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CEFORTE – Centro de Formação Teológica

Curso Livre de Teologia

VICTOR HUGO DE ALENCAR ROSSI

CASAMENTO LEVIRATO

Guarulhos – SP

2016
Victor Hugo de Alencar Rossi

CASAMENTO LEVIRATO

Trabalho apresentado ao CEFORTE – Centro


de Formação Teológica Polo Guarulhos, como
requisito parcial para aprovação na disciplina
de Escritos: Introdução e Exegese sob a
orientação do Professor David Gomes.

Guarulhos – SP

2016
CASAMENTO LEVIRATO

O termo levirato deriva do latim levir que significa cunhado. Esse era um
costume hebreu em que, quando um israelita morria, sem deixar nenhum filho do
sexo masculino, seu parente mais próximo era obrigado a casar com a viúva, a fim
de dar continuidade ao nome da família do parente falecido. O filho primogênito do
novo casal tornava-se herdeiro do primeiro marido de sua mãe e assim herdava sua
herança em forma de terras que foram distribuídas desde a conquista da Terra
Prometida. A lei do casamento levirato não se restringia apenas aos irmãos do
falecido, mas a outros com graus de parentescos menores. Um parente chegado
podia substituir um irmão.

O propósito do casamento entre o povo israelita era promover a família e uma


linhagem de herança. Era muito importante que a linhagem herdeira tivesse uma
continuação, a fim de que o nome de um homem não fosse esquecido por sua morte
prematura. Um benefício secundário era de cunho social: a viúva teria alguém que
cuidasse dela, o que aconteceu no caso de Rute.

Segundo a lei, a viúva não podia se casar com um homem fora da família do
marido falecido, nem mesmo com um homem da mesma tribo, ela era confinada à
família do falecido. Essa lei forçava a poligamia, pois o irmão do morto
provavelmente já possuia sua própria esposa. O casamento levirato formava uma
exceção à lei sobre o incesto, o casamento com a cunhava divorciada ou enviuvada,
mas com filho era proibido pois era caracterizado como incesto.

Através do filho primogênito do casamento levirato, as promessas divinas,


dentro do Pacto Abraâmico, se tornavam reais para o falecido e ele participava da
vida de Israel através de seu filho legal, mesmo que biologicamente, fosse seu
sobrinho.

O homem que não quisesse cumprir seu papel dentro do casamento levirato
deveria sofrer uma grande humilhação. A mulher deveria apresentar a questão
diante do tribunal e lhe restava o recurso de humilhar publicamente o seu cunhado a
fim de que essa humilhação o seguisse como má reputação.
O ato humilhador consistia em descalçar o homem de uma de suas sandálias
e cuspir em seu rosto, ao mesmo tempo que o amaldiçoava. O ato de tirar sua
sandália representava o rebaixamento do homem a uma segunda classe da
sociedade, visto que os escravos andavam descalços. Já o ato de cuspir em seu
rosto gerava uma humilhação e demonstrava o desprezo da cunhada pelo homem
que se negou a cumprir com a sua obrigação, levando sobre si um sinal de desgraça
por toda a vida. O temor de tais consequências poderia fazer com que o homem
mudasse de ideia e cumprisse seu papel no casamento levirato.

O homem descalçado teria sobre si, durante toda a sua vida e de sua família
o estigma de amaldiçoado, tendo em vista que não seria apenas o homem chamado
de descalçado, mas sua casa teria a alcunha de “a casa do descalçado”.

Um dos casos conhecidos da Bíblia é o de Rute e Boaz, em que Boaz se


coloca como o parente-remidor de Rute, aquele que podia cumprir os requisitos da
lei do casamento levirato e gerar filhos herdeiros do marido falecido de Rute e assim
dar prosseguimento à linhagem e à herança da família.

O judaísmo não pratica o casamento levirato visto que a sociedade atual não
é poligâmica. As viúvas entre os judeus, têm o direito de se casar novamente,
contanto que não seja com algum cunhado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LASOR, William S., HUBBARD, David A., BUSH, Frederic W. Introdução ao Antigo
Testamento. 2ª ed. – São Paulo: Vida Nova,1999.h

CHAMPLIN, Russel N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo:


Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, volume 2 –
2ª Ed. – São Paulo: Hagnos, 2001.

CHAMPLIN, Russel N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia: volume 4 – 2ª


Ed. – São Paulo: Hagnos

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