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- Apagamento do sujeito;
- Atitude antilírica;
- Integração e comunhão com a Natureza (opção pela vida simples em contacto com a
Natureza);
- Poeta da natureza: identifica-se com a Natureza, vive segundo o seu ritmo, deseja
diluir-se nela, integrando-se nas leis do Universo, como se fosse um rio ou uma planta; vê-a na
sua constante renovação;
- Poeta deambulatório;
Sensacionismo:
- Poeta das sensações tal como são;
- Poeta do olhar (privilégio da sensação visual);
- Predomínio das sensações visuais e auditivas;
- Só se interessa por aquilo que capta pelas sensações;
Antimetafísico (negação do pensamento filosófico e da metafísica): o mais importante
é ver (procura extasiar-se com o que vê); atitude que ele quer ter perante a realidade:
atitude de ingenuidade, sem preconceitos, conceitos ou teorias, como uma criança; o
mundo está feito não para pensarmos nele mas para o observarmos e nos sentirmos
em harmonia com ele; desejo de um amor espontâneo, sem calculismos.
- Recusa do pensamento, da intelectualização, da interpretação da realidade;
- Recusa do mistério;
- Recusa do misticismo;
- Recusa o sentimentalismo social e individual;
Poeta panteísta - Deus é tudo o que existe em comunhão;
Paganismo (não acredita no Deus dito convencional);
Desvalorização do tempo enquanto categoria concetual (unificação do tempo); todos os
instantes são a unidade do tempo; para Caeiro o tempo surge eterno, uno, feito de
instantes de presente;
Contradição entre a “teoria” e a “prática” – apesar do poeta afirmar que não se
preocupa com o estilo dos seus versos, a verdade é que ele acaba por se preocupar com
o que escreve;
Rejeição do mundo civilizado;
Personifica o sonho da reconciliação do Universo, com a harmonia pagã e primitiva da
Natureza;
Elimina a dor de pensar;
Não quer saber do passado nem do futuro; vive o presente;
Defende a existência antes do pensamento; o corpo antes do espírito: “pensar é não
compreender”.