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Nome: Thallys Amengual Severo

Disciplina: Semiótica

A inovação no seriado

1. O problema do seriado nos meios de comunicação de massa


- A estética “moderna” nos habituou a reconhecer como “obras de arte” os objetos que se
apresentam como “únicos” (isto é, não repetíveis) e originais. Por originalidade ou inovação
entende-se como um modo de fazer o que põe em crise as nossas expectativas, que nos
oferece uma nova imagem do mundo, que renova as nossas experiências.
- Quando a estética moderna se viu diante de obras produzidas pelos meios de comunicação
de massa, negou-lhe qualquer valor artístico exatamente porque pareciam repetitivas,
construídas de acordo com um modelo sempre igual. Assim as definiu como objetos
produzidos “em série”, como são fabricados os automóveis, seguindo um modelo.
- A estética, a história da arte e a antropologia cultural conhecem há muito tempo o problema
da serialidade, gerando a definição de “artesanato” ao invés de classificar como somente
“arte.
- O conceito de excelência era atribuído ao modelo repetido e as reproduções do modelo,
eram reconhecidas como belas e agradáveis
- Diversos casos de expressões que “fingem” ser sempre diferentes, transmitem sempre o
mesmo conteúdo básico. Meios de comunicação de massa, filme comercial, quadrinhos, da
música, da dança e dos seriados televisivos, onde se carrega um pensamento de que sempre
é nos passado a mesma história.
- A presença hoje intensa de séria nos meios de comunicação, faz nos refletir com uma certa
atenção para este “problema”.

2. Uma tipologia da repetição


- Série e serialidade, repetição e retomada, são conceitos amplamente inflacionados.
- Na história da música contemporânea, série e serialidade foram tomados num sentido
oposto ao que é discutido no texto, porque a série dodecafônica é o contrário de
repetitividade serial típica e com mais razão, a série pós-dodecafônica é diferente.
- Ao contrário do que é dito no dicionário, o conceito de “repetir” significa reproduzir uma
réplica do mesmo tipo abstrato.

2.1 A retomada
- Tipo de repetição é a retomada de um tema de sucesso, uma continuação. Usado quase
exclusivamente no meio cinematográfico. (Ex. Star Wars, Vingadores, etc)

2.2 O decalque
- Consiste em reformular, sem informar ao consumidor, uma história que já foi sucesso. Ou
seja, quando é feito um tipo de “remake” de uma obra. (Ex. IT, Bruxa de Blair).
- São classificados tanto os casos de “plágio” ou de reescrita.
2.3 A série
2.3.1
- Intima e exclusivamente ligada à estrutura narrativa.
- Possui personagens principais fixos, em torno dos quais giram outros personagens
secundários que se transformam e, em alguns casos, são modificados para dar sentido de que
a história por vir é diferente das anteriores.
- O leitor acredita que desfruta de uma novidade histórica, distraído por um esquema
narrativo constante e fica satisfeito em encontrar um personagem conhecido ou que possua
alguma característica de si mesmo.

2.3.2
- Séries com estrutura de flash-back, o personagem não é seguido ao longo do curso linear de
sua existência, mas continuamente encontrado em diversos momentos de sua vida, revisitada
em “lembranças”
- Este subtipo de série pode ser definido como um loop, que são séries criadas normalmente
por razões comerciais, para os fins de continuar a história e de prevenir o problema de
envelhecimento de personagem.
- Séries a loop funcionam quando um personagem tem pouco futuro, mas o passado enorme
e nada de seu passado muda o presente vivido na série.

2.3.3
- Outra variação de série chama-se espiral. Caso onde o enredo sempre se repete, mas alguns
personagens ganham mais “notoriedade” ou “poder” ao decorrer. (Ex. Charlie Brown, onde a
cada nova tira, o meso fica mais rico e “profundo”)

2.4 A saga
- Saga é uma sucessão de eventos, quase sempre novos, que se interligam a um processo
“histórico” de um personagem. Ou seja, na saga, os personagens envelhecem e possuem um
futuro mais amplo.
- Saga pode ter uma “linha continua” onde o personagem é acompanhado desde o
nascimento até a morte, seguido por seu filho, neto até o infinito. Ou ad albero que é
ramificado infinitamente, desviando o contexto para outros núcleos familiares.
- A saga é uma série mascarada, nela os personagens mudam.

2.5 O dialogismo intertextual


2.5.1
- Algumas formas de dialogismo vão além dos limites, por exemplo: a citação estilística, onde
um texto cita, de modo mais ou menos explicito, com uma cadência. E no seguinte, um modo
de narrar que imita o texto de outra pessoa.
- A citação explicita e consciente estão muito próximas a uma paródia ou até uma forma de
homenagear outra pessoa/autor/texto.
2.5.2
- Na citação irônica de topos, o espectador para usufruir de uma alusão, deve conhecer o
contexto do filme ou até então, lugares ou cidade onde está se passando. Algo como uma
“piada interna” de quem conhece a história.
- Sendo um jogo cômico que brinca com a pressuposição de que o público reconheça a
referência.

2.5.3
- Os casos citados põem em jogo uma encilopedia intertextual: temos textos que citam outros
textos e o conhecimento dos textos anteriores, é pressuposto para a antecipação dos textos
anteriores.
- Naturalmente, tanto o conhecimento dos textos como o conhecimento do mundo, não
passam de dois capítulos do conhecimento enciclopédico e que, portanto, numa certa
medida, o texto se refere sempre, seja como for, ao mesmo patrimônio cultural.
- Os mass media se preocupam com informações veiculadas por outros mass media.

3 Uma solução estética moderada ou “moderna”


- A retomada por ser feita com ingenuidade ou com ironia: a ironia diferenciada a retomada
furtiva da que é feita com pretensões estéticas. Não faltam critérios que nos permitam decidir
me que sentido a retomada pode ser mais rica e mais complexa.
- O leitor de segundo nível é o que se empolga com a serialidade da série e empolga não tanto
com o retorno.
- A série não se opõe necessariamente á inovação. Nada é mais “serial” do que o esquema-
gravata e, nada é mais personalizante do que uma gravata.
- O espectador que nada soubesse sobre os dois filmes (que um cita o outro) não conseguiria
entender por que acontece o que acontece.
- Estas aspas imperceptíveis são um artificio social, selecionam o happy few.
- Cada tipo de repetição não está limitado somente aos meios de comunicação de massa, mas
pertence por direito, da criatividade artística. O plagio, a citação, a parodia, a ironia, o jogo
intertextual, são típicos de toda uma tradição artístico-literária. Muita arte foi e é serial.
- O mesmo tipo de procedimento serial pode produzir tanto excelência como banalidade.

4 Uma solução estética moderada ou “moderna”


- Infinidade do texto: o texto adota ritmos e os tempos da mesma cotidianidade dentro da
qual se move.
- O verdadeiro problema é que não é tanto a variabilidade quanto o fato de que dentro do
esquema se possa variar ao infinito.
- O fato é que nessas formas de repetições não nos interessa tanto o que é repetido, mas sim
segmentar os componentes de um texto e codifica-los para poder estabelecer um sistema
onde tudo que não se encaixa é definido como independente.
- Devemos começar a conceber uma audiência capaz de fruir de tais produtos desse modo,
porque somente com essa convecção pode-se falar de uma nova estética do seriado.

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